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que pode ser transmitida para seres humanos. Apesar de relativamente silenciosa no
início, a doença tende a evoluir para quadros mais graves, podendo, inclusive, levar o
paciente à morte.
A única maneira de saber com certeza se seu amigo foi infectado é levando-o a um
veterinário. “O diagnóstico é feito por meio dos exames de sangue de sorologia,
reação de imunofluorescência indireta (RIFI) e PCR”.
Outras maneiras de chegar ao diagnóstico é o imprint de feridas, ou seja, uma
citologia por decalque no qual colhe-se fragmento do órgão ou nódulo a ser
examinado a fim de tentar localizar o parasita.
A entrevista com o tutor, assim como a avaliação clínica do paciente, também são
muito importantes para ajudar o profissional a solicitar os exames adequados com
precisão.
Até pouco tempo, o diagnóstico de Leishmaniose era uma das piores notícias que um
tutor poderia receber. Isso porque não havendo cura para a zoonose, a recomendação
era que todos os pets confirmados com a doença fossem sacrificados.
A respeito disso, é interessante destacar que até havia remédios para a doença. No
entanto, uma determinação de 1953 proibia o uso desses medicamentos em cães. A
justificativa é que esses fármacos poderiam tornar o protozoário da Leishmania mais
resistente, dificultando o tratamento em seres humanos.
A partir de 2018, graças a um medicamento de uso exclusivo nos pets, a
Leishmaniose deixou de ser uma doença sem cura. “Hoje em dia, é possível tratá-la
com um medicamento chamado Milteforan (miltefosina)”.
ainda assim, é importante que o pet seja acompanhado de perto por um veterinário
durante toda sua vida, já que o tratamento de Leishmaniose canina não elimina
completamente a doença. No entanto, impede a progressão da doença e diminui a
carga do parasita, fazendo com que o cachorro deixe de ser um transmissor.