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MATOS
RESUMO
ABSTRACT
(*)
Ph. D. pela Columbia University of New York, Professora Assistente do Instituto de Psicologia da USP - SP.
Endereço para correspondência: Rua Engenheiro Bianor, 153 - CEP 05502-010 - São Paulo - SP -E-mail:
maamatos@usp.br
Fazer uma análise fun- cional é identificar a função, isto é, o valor de sobrevivência de um deter- m
fenômeno
Cinco passos básicos para a realização de uma análise ‘ambiente’
funcional ou, no caso,
do comportamen- to.‘compor-
Identificar relações ordenadas entre variáveis ambientais e o comporta- mento de interesse. Identificar rela- ções ent
Formular predições sobre os efeitos de manipulações dessas variáveis e desses outros comportamentos sobre o co
que ocorre.
(Sidman, 1994). Por outro lado, uma análise
estrutural por enfocar aspectos de composição
(elementos) e organização (disposição,
ordem ou seqüência) e dificilmente permitiria
planejar essa substituição ou transferência de
funções entre eventos.
Outra vantagem de análises funcionais é
que elas podem ser realizadas a longo prazo,
isto é, entre eventos que estão separados por
um intervalo de tempo entre si. Uma
determina- da variável ambiental pode não
estar presente no momento em que ocorreu
uma mudança comportamental e mesmo
assim estar relacio- nada com esta mudança.
Análises funcionais, por não estarem
fundamentadas em aspectos estruturais,
permitem uma explicação histórica, e
protegem o analista do comportamento de
conceitos mediacionistas como memória,
informação, trauma, decodificação, com-
plexos etc.
Uma análise funcional nada mais é do que uma análise das contingências res- ponsáveis por um comportamento ou por mudanças nesse c
berradeveria
Algumas perguntas básicas que todo ana- lista do comportamento e sesejoga no chão, com
fazer juntamente etc.) e orações antes de do
suas
conceituais (Isto é, em termos de
“Qual é a função desse comportamento para aquela pessoa?”clas- ses de ações. Ex.: a criança faz
“Qual é a função da omissão desse comportamento para aquela pessoa?
birra). Identifique exemplos e não-
"Qual é a relação funcional entre esse comportamento e seus efeitos para aquela pessoa?"
exemplos para uma definição
completa.
b) Verifique a freqüência de ocorrência de
cada uma das ações identificadas, bem
como da classe geral.
2. Especifique o produto de cada uma
dessas ações e o produto da classe
de ações.
a) É uma condição reforçadora ou uma
condição aversiva?
Para terminar, uma palavra de advertên- b) Sua ação se faz por apresentação,
cia aos que pretendem utilizar a análise funcio- re- moção, ou impedimento?
nal na terapia. O problema com a terapia, com-
c) O produto é grande, provável, imediato?
portamental ou não, é que este tipo de
interven- d) Existem produtos a longo prazo? Quais?
ção lida quase exclusivamente com as grita e bate o pé, grita e
especificações verbais do comportamento de esperneia,
interesse (especificações essas que são de fato
comportamentos, mas de outro interesse).
Isto pode resultar numa psicologia/psicoterapia
de poltrona. Verbalizações ‘de poltrona’
especi- ficam corretamente o ambiente
apenas até o ponto em que tatos corretos
foram instalados, e apenas até o ponto em
que estes tatos perma- neçam precisos e
corretos. O problema é que operantes verbais
de tatos permanecem preci- sos e corretos
somente até o ponto em que metodicamente
interajam com as condições (antecedentes e
conseqüentes) ambientais ‘ex- tra-poltrona’
que os instalaram.
Sugerimos a seguir, à guisa de ‘receita’,
alguns passos a serem seguidos quando da
realização de uma análise funcional de um
deter- minado comportamento de interesse
(Malott, Whaley & Malott, 1997).
1. Identifeque o comportamento de inte-
resse
a) Verifique se você o enunciou em ter-
mos empíricos (Isto é, em termos de
ações do participante. Ex.: a criança