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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

CIDADE UNIVERSITÁRIA

Jorge Alessandro Monteiro Nunes - DRE: 118068869.


Rodrigo Melandre Cardoso - DRE: 123519176
Thiago de Morais Costa Frias - DRE:121050192

PRÁTICA DE DESTILAÇÃO SIMPLES E FRACIONADA

Relatório da disciplina de Química


orgânica experimental, apresentado
ao professor João Monerat, a fim de
compor as avaliações da disciplina.
(Turma noturna).

Rio de Janeiro
27/11/2023
Sumário
Relatório do Experimento V – Destilação simples e fracionada. ................................................... 3
Introdução. ................................................................................................................................ 3
Conteúdo teórico abordado – Destilação simples e fracionada................................................ 3
Experimento em sala de aula – Separação de mistura líquida através da destilação simples e
fracionada...................................................................................................................................... 4
Descrição da atividade. ............................................................................................................. 4
Etapa 1 – Preparação do aparato de destilação simples. .......................................................... 4
Etapa 2 – Observação da variação de temperatura x volume de líquido destilado. ................. 5
Etapa 03 – Primeira análise de dados. ...................................................................................... 6
Etapa 04 – Destilação fracionada. ............................................................................................. 7
Etapa 05 – Segunda análise de dados. ...................................................................................... 8
Conclusão. ................................................................................................................................. 8
Referência:..................................................................................................................................... 9
Relatório do Experimento V – Destilação simples e fracionada.
Introdução.

Este relatório tem como função descrever as práticas realizadas em sala de aula, bem
como realizar um breve aprofundamento teórico sobre o conteúdo abordado. Ele descreverá o
procedimento realizado pelo grupo na aula do dia 27 de novembro de 2023 de maneira que seus
resultados possam ser debatidos e/ou replicados.

O objetivo deste relatório é apresentar as técnicas de destilação simples e destilação


fracionada como métodos eficazes na separação de misturas líquidas. A análise abrangeu desde
os fundamentos teóricos até os procedimentos práticos de cada técnica, destacando suas
aplicações específicas em laboratórios e indústrias. Além disso, buscou-se comparar as duas
técnicas, evidenciando suas diferenças e vantagens, e oferecer orientações sobre a escolha
apropriada entre destilação simples e fracionada com base nas características da mistura a ser
separada.

Ao concluir este relatório, espera-se fornecer uma compreensão abrangente dessas


práticas destilatórias, contribuindo para o conhecimento teórico e prático dos leitores e
estabelecendo uma base sólida para aplicações futuras na purificação e separação de
substâncias químicas.

Conteúdo teórico abordado – Destilação simples e fracionada.

A destilação é um processo fundamental na separação de componentes de misturas


líquidas, e duas técnicas amplamente utilizadas são a destilação simples e a destilação
fracionada. Ambas visam a separação de substâncias com base em diferenças de ponto de
ebulição, aproveitando-se das propriedades físicas distintas dos componentes.

Na destilação simples, a mistura é aquecida até que o componente de menor ponto de


ebulição atinja a fase gasosa, sendo então condensado e coletado. Essa técnica é eficaz quando
os componentes têm uma diferença significativa de pontos de ebulição, permitindo uma
separação relativamente rápida. Sua eficácia encontra-se na separação de misturas líquidas com
pontos de ebulição superiores a 25ºC entre si.

Por outro lado, a destilação fracionada é empregada quando os pontos de ebulição dos
componentes são mais próximos. Nesse processo, uma coluna de fracionamento é adicionada
ao sistema, proporcionando múltiplas etapas de vaporização e condensação. Isso resulta em
uma separação mais precisa, uma vez que os componentes são submetidos a repetidos ciclos
de vaporização e condensação, permitindo a coleta de frações mais puras. O processo torna-se
mais lento e há maior desprendimento de energia envolvida na atividade, portanto a relação
custo – benefício deve ser levada em conta para identificar o melhor processo a ser utilizado
dentro dos objetivos esperados.

Ambas as técnicas são essenciais em laboratórios e indústrias, desempenhando papéis


distintos na purificação e separação de substâncias. Este relatório explora em detalhes os
princípios, procedimentos e aplicações práticas dessas duas formas de destilação, fornecendo
uma compreensão abrangente de suas respectivas utilidades e eficácias.
Experimento em sala de aula – Separação de mistura líquida através da
destilação simples e fracionada.

O grupo utilizou para o experimento:

1) 2 suportes com uma garra;


2) 1 elevador;
3) 1 balão volumétrico de 100ml;
4) 1 cabeça de destilação;
5) 1 termômetro;
6) 1 condensador;
7) 1 unha;
8) 1 proveta.

Descrição da atividade.

O grupo foi orientado a preparar uma solução contendo 17ml de álcool propílico e 17ml
de acetona. Após colocar no balão volumétrico foi necessário montar o aparato para realizar o
processo de destilação simples.

Etapa 1 – Preparação do aparato de destilação simples.

A seguinte ordem de montagem foi seguida pelo grupo, para maior eficácia no
processo e preparação segura do aparato de destilação. Esta montagem está de acordo com a :

1) Posicionamento dos Suportes - Fixe os suportes firmemente na bancada do


laboratório, garantindo estabilidade. Posicione os suportes de maneira que formem
uma estrutura vertical.
2) Utilização do Elevador - Encaixe o elevador em um dos suportes para sustentar o balão
volumétrico durante a destilação.
3) Montagem do Balão Volumétrico - Fixe o balão volumétrico na extremidade do
elevador, assegurando uma conexão segura. Certifique-se de que o balão esteja bem
apoiado e nivelado.
4) Acoplamento da Cabeça de Destilação - Posicione a cabeça de destilação no topo do
balão, garantindo uma vedação adequada. Ajuste a altura da cabeça de destilação
conforme necessário.
5) Inserção do Termômetro - Coloque o termômetro na abertura da cabeça de destilação,
assegurando que a ponta do termômetro esteja posicionada no local adequado para
medir a temperatura da destilação.
6) Conexão do Condensador - Acople o condensador à saída da cabeça de destilação,
garantindo uma conexão hermética.
7) Fixação da Unha e Proveta - Fixe a unha em um suporte lateral para coletar as frações
destiladas. Posicione a proveta sob a unha para facilitar a medição e coleta precisa das
frações.
Figura 1 - Estrutura para destilação simples.

Etapa 2 – Observação da variação de temperatura x volume de líquido destilado.

Nesta etapa, após a conclusão da montagem, a solução foi aquecida para início do
processo de destilação. Ao mesmo tempo foi acompanhada a variação de temperatura no
termômetro e foram levantados pontos de temperatura de acordo com o volume obtido na
destilação. Sabendo que a solução é composta de partes iguais de acetona e álcool propílico
busca-se a separação destes dois líquidos através deste processo, bem como verificar sua
eficácia.
A tabela 01 apresenta os dados da primeira etapa do experimento:

Valores obtidos na destilação simples


30 27

25 22 23
Volume destilado (ml)

19
20

13 14
15
10
10
5
5

0
60 60 62 64 71 75 80 93
Temperatura (°C)

Tabela 01 – Destilação simples.

Etapa 03 – Primeira análise de dados.

Percebe-se, pelo estudo do gráfico apresentado, que a destilação simples não se mostra
eficaz para realizar a separação dos dois líquidos de maneira ideal. O esperado é que o A falta de
um “GAP” entre a destilação da acetona (ponto de ebulição aproximado 60°C) e o álcool propílico
(ponto de ebulição aproximado 80°). Essa variação abaixo dos limites apresentados para a
eficácia da destilação simples (diferença de 25°C entre os líquidos) deixa subentendido que parte
dos componentes líquidos foram carreados pelos gases conforme foram destilados, o que não
garante com clareza que o volume de 15ml destilado neste processo contenha apenas acetona
(cujo ponto de ebulição é o menor dentre as duas substancias.

No processo seguinte será incluído um novo item a estrutura de destilação para garantir
a separação ideal dos líquidos.
Etapa 04 – Destilação fracionada.

Para a destilação fracionada faz-se uso da torre de destilação na saída do balão


volumétrico e antes da cabeça de destilação, conforme apresentado na F2

Figura 2 - Estrutura para destilação fracionada (adicionada torre de destilação).

Conforme apresentado na descrição teórica, este processo leva mais tempo para sua
conclusão, por conta da adição da torre de destilação, que faz com que os líquidos carreados
pelos gases sejam capturados nos recheios, promovendo maior contato entre as fases. Garante-
se assim que o conteúdo carreado pelos gases seja menor. Quanto maior o tamanho da torre
maior são os pratos teóricos e maior é a eficácia da separação dos líquidos.

Para esta destilação foram obtidos os seguintes resultados:

Valores obtidos na destilação fracionada


30 27
23
Volume destilado (ml)

25 22
19
20
13 14
15
10
10
5
5

0
60 60 62 64 71 75 80 93
Temperatura (°C)

Tabela 02 – Destilação simples.


Etapa 05 – Segunda análise de dados.

Após a segunda rodada de destilação, pode-se perceber que há um crescimento


constante do volume destilado x temperatura. Essa suavização do crescimento do gráfico,
seguido de um “GAP” mais fácil de ser identificado entre os 14 e 19ml representa a eficácia do
processo fracionado. A olho nu também foi mais fácil identificar que os produtos destilados
após os 15ml apresentavam características distintas ao cair na bureta. Identifica-se com maior
facilidade a diferença de fases da mistura. O experimento foi interrompido antes da completa
destilação do álcool conforme orientação do professor.
Conclusão.

De maneira prática este relatório atendeu os objetivos levantados em classe de


maneira teórica comprovando a eficácia da destilação fracionada para separar os componentes
da mistura de dois líquidos. Pontua-se, a seguir, as questões chave identificadas ao longo deste
texto

1) Ineficácia da Destilação Simples - O gráfico sugere que a destilação simples não foi
ideal para separar completamente acetona e álcool propílico. A falta de um "GAP"
entre a destilação da acetona e o álcool propílico indica que a temperatura não
variou o suficiente para garantir a separação eficaz, possivelmente resultando em
uma mistura nos produtos destilados.
2) Possível Arraste de Componentes na Destilação Simples - A variação abaixo dos
limites para a eficácia da destilação simples sugere a possibilidade de arraste de
componentes líquidos pelos gases durante a destilação. Isso implica que o volume
destilado pode não conter apenas acetona, tornando o processo menos confiável
para separações precisas.
3) Vantagens da Destilação Fracionada - O aumento constante do volume destilado
em relação à temperatura indica a eficácia crescente da destilação fracionada. O
"GAP" identificado entre os 14 e 19ml sugere uma melhor separação entre os
componentes, reforçando a eficácia do processo fracionado.
4) Facilidade de Identificação na Destilação Fracionada - A suavização do crescimento
do gráfico na destilação fracionada facilitou a identificação visual das
características distintas nos produtos destilados. A diferença de fases na mistura
tornou-se mais evidente, proporcionando uma separação mais clara entre os
componentes.

Essas conclusões destacam a superioridade da destilação fracionada em comparação


com a destilação simples, com base nos resultados observados no experimento. Vale a pena
ressaltar que cada um destes processos encontra sua utilidade dentro da indústria de acordo
com o que é necessário separar dentro da solução. Existe todo um debate a respeito do custo
do processo de destilação fracionada e sua relação com a energia a ser colocada no processo
contra o quão purificada uma mistura deve ser e o quão ela é valiosa para que seja necessário
evitar seu arraste ou desperdício dentro de um processo.

Se a diferença entre os pontos de ebulição dos líquidos misturados for superior a 25°C
a destilação simples é o suficiente para fazer a separação dos mesmos, evitando assim maior
custo e tempo desprendido para o processo.
Espera-se assim que o relatório tenha obtido o resultado esperado ao discorrer sobre
os benefícios de cada processo de separação, bem como uma apresentação prática de ambos
os processos para a separação de uma mistura líquida de acetona com álcool propílico.

Referência:
1. Mohrig, J. R., Alberg, D. G., & Adams, G. M. (Ano de Publicação). Laboratory Techniques in
Organic Chemistry.

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