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RENAME 2007

Antagonistas dos canais de Ca2+

Reduzem a morbidade e mortalidade cardiovasculares;

Quando comparados a outros anti- hipertensivos acarretam menor


redução nas taxas de hospitalização por insuficiência cardíaca;

Promovem a redução da resistência vascular periférica

KOHLMANN JR; RIBEIRO, 2005


Antagonistas dos canais de Ca2+

Reduzem a morbidade e mortalidade cardiovasculares;

Quando comparados a outros anti- hipertensivos acarretam menor


redução nas taxas de hospitalização por insuficiência cardíaca;

Tratamento indicado para indivíduos com hipertensão sistólica


isolada;

Promovem a redução da resistência vascular periférica.

HOFFMAN, 2006
RANG et al., 2004
Antagonistas dos canais de Ca2+
Mecanismo:

Canais de Ca2+ sensíveis à voltagem (canais de tipo L ou lentos)


medeiam a entrada de Ca2+ extracelular nos miócitos musculares
lisos e nas células dos nodos sinoatrial e atriventricular em
resposta á despolarização;

Deflagra o processo de contração;

Os antagonistas de canais de Ca2+ inibem a função dos canais de


Ca2+. No músculo liso vascular, este efeito resulta em
relaxamento.
HOFFMAN, 2006
Antagonistas dos canais de Ca2+

Mecanismo:

A entrada de Ca2+ extracelular é mais importante do que a


liberação de estoques intracelulares para iniciar a contração;

Os antagonistas dos canais de Ca2+ se ligam à subunidade α1 dos


canais de Ca2+ tipo L, reduzindo o influxo de cálcio;

Verapamil
Diltiazém
Diidropiridinas: nifedipino, anlodipino, felodipino, isradipino,
nicardipino, nisoldipino, nimodipino.

HOFFMAN, 2006
Antagonistas dos canais de Ca2+

Relaxamento do músculo liso arterial;

Pouco efeito sobre os leitos venosos

HOFFMAN, 2006
Antagonistas dos
canais de Ca2+

HOFFMAN, 2006
RENAME 2007
Antagonistas dos canais de Ca2+ -
efeitos adversos
Principalmente relacionados à vasodilatação excessiva
(principalmente diidropiridinas);

Tonteira, hipotensão, cefaléia, rubor, agravamento de refluxo


gastro-esofágico, disestesia digital e náuseas;

Prisão de ventre (mais comum com verapamil), edema


periférico, tosse, sibilos e edema pulmonar;

Nimodipino: cãibras
HOFFMAN, 2006
Antagonistas dos canais de 2+
Ca -
efeitos adversos
Vários estudos levantaram dúvidas quanto à segurança a longo
prazo do nifedipino de ação curta. Não são apropriadas para o
tratamento prolongado da hipertensão;

Cefaléia, rubor, tonteira e edema periférico;

Vasodilatação abrupta com ativação simpática reflexa;

Não parece haver taquicardia reflexa significativa nem reações


adversas a longo prazo com o uso de formas de liberação
prolongada de nifedipino ou com bloqueadores de Ca2+
diidropiridina que possuem farmacocinética mais favorável (lenta):
anlodipino ou felodipino.
HOFFMAN, 2006
Antagonistas dos canais de 2+
Ca -
efeitos adversos

Verapamil: inibidor da glicoproteína P

Inibe a eliminação de fármacos como digoxina

HOFFMAN, 2006
Antagonistas adrenérgicos
(bloqueadores centrais)
Atuam estimulando receptores α2-adrenérgicos pré-
sinápticos (alfametildopa, clonidina, guanabenzo) e/ou
receptores imidazolínicos (moxonidina, rilmenidina);

Eficácia deste grupo como monoterapia é discreta;

Podem ser úteis em associação com medicamentos de


outras classes terapêuticas, particularmente quando existem
evidências de hiperatividade simpática.

HOFFMAN, 2006
Metildopa

Medicamento de escolha para tratamento da


hipertensão na gravidez

Pró-fármaco; análogo da dopa

Convertida à α-metilnorepinefrina nos neurônios


adrenérgicos;

Armazenamento da α-metilnorepinefrina nas vesículas


secretoras, substituindo a norepinefrina;
HOFFMAN, 2006
Metildopa

(noradrenalina)

HOFFMAN, 2006
Metildopa
α-metilnorepinefrina: potente agonista α2;

Ação no tronco encefálico: ação em receptores pré-sinápticos


α2 atenua liberação de noradrenalina – redução do efluxo de
sinais adrenérgicos vasoconstritores para o sistema nervoso
simpático periférico;

α-metilnorepinefrina é tão potente quanto a norepinefrina


como vasoconstritor; a substituição nas vesículas dos
neurônios adrenérgicos periféricos não altera a resposta
vasoconstritora.

HOFFMAN, 2006
Metildopa

Efeitos adversos:

Pseudotolerância: retenção gradual de sal e água com o uso


prolongado, o que tende a atenuar o efeito anti-hipertensivo.
Necessário uso concomitante de um diurético;

Inibição de centros responsáveis pelo estado de vigília e


alerta: sedação (geralmente transitória);

Depressão;

Boca seca

HOFFMAN, 2006
Metildopa

Efeitos adversos:

Redução da libido;

Parkinsonismo;

Hiperprolactinemia – risco de ginecomastia e galactorréia;

Acúmulo de α-metiltirosina em neurônios dopaminérgicos ?

HOFFMAN, 2006
Clonidina e guanabenzo
Diminuição da descarga simpática do SNC;

Em doses excessivas, podem ativar os receptores α2B, nas


células musculares lisas vasculares, causando vasoconstrição
(perda do efeito terapêutico);

Escassez de informação disponível sobre a sua eficácia na


redução do risco das conseqüências cardiovasculares da
hipertensão;

A interrupção súbita pode causar síndrome de abstinência (18


a 36h após a interrupção do fármaco): cefaléia, apreensão,
tremores, dor abdominal, sudorese e taquicardia. Pode ocorrer
elevação excessiva da PA.
HOFFMAN, 2006
Clonidina e guanabenzo
A interrupção súbita pode causar síndrome de abstinência (18
a 36h após a interrupção do fármaco): cefaléia, apreensão,
tremores, dor abdominal, sudorese e taquicardia. Pode ocorrer
elevação excessiva da PA;

Na ausência de lesão de órgão-alvo: readministração do


medicamento;

Bloqueadores beta-adrenérgicos não devem ser utilizados:


podem acentuar a hipertensão via receptores α.

HOFFMAN, 2006
Antagonistas adrenérgicos (bloqueadores α1)

Diminuem a resistência arteriolar e


aumentam a capacitância venosa
(noradrenalina)

Fenômeno de primeira dose (até 50 %


dos pacientes): hipotensão ortostática
dentro de 90 minutos após a
administração inicial do fármaco ou
aumento da dose.
Prazosina
Não são recomendados como
monoterapia para pacientes
hipertensos. Utilizados em associação
com diuréticos.

Opção para pacientes hipertensos com


Doxazosina hiperplasia prostática benigna, visto
que melhoram os sintomas urinários
RENAME 2007
Vasodilatadores
Hidralazina: produz relaxamento direto do
músculo vascular;

Mecanismos moleculares não esclarecidos, mas podem


envolver uma queda nos níveis intracelulares de cálcio;

Não deve ser utilizada como monoterapia (taquicardia


reflexa);

HOFFMAN, 2006
RENAME 2007
CHOBANIAN et al., 2003
Questão 42

Considerando-se os inibidores da enzima de conversão de


angiotensina (ECA), é INCORRETO afirmar que a ação anti-
hipertensiva do grupo se relaciona com:

A) a diminuição da vasoconstrição causada pela angiotensina II.


B) a redução da resistência periférica sem aumentar a freqüência
cardíaca ou a contratilidade miocárdica.
C) a redução da resistência periférica sem, reflexamente, aumentar
o débito cardíaco.
D) o aumento da taxa de inativação da bradicinina.
2004

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O mecanismo de ação anti-hipertensivo da hidralazina está
baseado na(o):
(A) inibição dos canais de cálcio.
(B) inibição da enzima conversora da angiotensina.
(C) vasodilatação através do relaxamento da musculatura lisa
arteriolar.
(D) antagonismo dos receptores βadrenérgicos.
(E) antagonismo dos neurônios adrenérgicos
2004

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As substâncias que exercem seu efeito anti-hipertensivo através
da inibição da enzima conversora da angiotensina são:

(A) Losartan e Nifedipina.


(B) Aminofilina e Captopril.
(C) Enalapril e Ramipril.
(D) Enalapril e Losartan.
(E) Captopril e Nimodipina.
24. A escolha da terapia anti-hipertensiva deve ser influenciada pelo tipo
de hipertensão e qualquer outra condição clínica do paciente. De acordo
com o tratamento farmacológico, assinale a alternativa INCORRETA:

a) A hidralazina e o minoxidil são vasodilatadores de ação direta.


b) A redução da pressão pode ser obtida através do bloqueio da Enzima
Conversora de Angiotensina (ECA) ou dos receptores de angiotensina II.
c) Os inibidores da ECA reduzem a resistência periférica e o volume
sanguíneo sem interferir com a freqüência cardíaca.
d) Drogas que interferem na abertura ou fechamento do canal de cálcio
nunca devem ser usadas para o tratamento da hipertensão.
18) Os agentes anti-hipertensivos podem ser classificados em
grupos de acordo com seus locais ou mecanismo de ação,
conforme descrito abaixo:

I – Diuréticos;
II – Agentes simpaticolíticos;
III – Bloqueadores dos canais de cálcio;
IV – Inibidores da enzima conversora de angiotensina;
V – Antagonistas do receptor de angiotensina II;
VI – Vasodilatadores.

Assinale a alternativa que contenha fármacos pertencentes aos


grupos II e IV desta classificação:

(A) Carvedilol, Minoxidil, Clortalidona.


(B) Losartana, Metildopa, Furosemida.
(C) Anlodipina, Nimodipina, Verapamil.
(D) Atenolol, Captopril, Carvedilol.
2002

37. O efeito colateral mais freqüente do uso dos inibidores de


enzima do captopril é a (o):

(A) impotência sexual


(B) prurido
(C) insuficiência renal aguda
(D) boca seca
(E) tosse
2008
2008

24. O gráfico apresenta a concentração plasmática versus tempo do medicamento


nitrendipina em dois pacientes, sendo um portador de insuficiência hepática e outro,
considerado sadio. Ao analisar o gráfico, pode-se concluir que:

(A) a área sob a curva do medicamento nitrendipina é maior no indivíduo com


insuficiência hepática, o que demonstra que a absorção do medicamento e o risco de
reações adversas são sempre maiores nos pacientes portadores dessa patologia.
(B) a meia-vida de eliminação do medicamento representado no gráfico é maior no
indivíduo sadio, pois esse fármaco não depende de metabolização hepática.
(C) o Tmáx é igual nos dois pacientes para esse medicamento, apesar de
apresentarem características fisiopatológicas diferentes, enquanto o risco de reações
adversas é maior no indivíduo com insuficiência hepática.
(D) os indivíduos portadores de insuficiência hepática necessitam de um ajuste de
dose quando utilizam medicamentos que sofrem metabolização hepática,
principalmente quando se trata de um fármaco diurético, como a hidroclorotiazida.
(E) o indivíduo com insuficiência hepática apresenta meia-vida de eliminação maior
para medicamentos que necessitam ser metabolizados pelas enzimas microssomais
hepáticas, cabendo ao clínico reduzir a dose desses fármacos para evitar reações
adversas.
47. Os bloqueadores adrenérgicos são de uso limitado por causarem
efeitos adversos indesejáveis. Dentre os efeitos adversos que limitam
seu uso está:

A) hiperglicemia pelos bloqueadores alfa;


B) broncoconstricção pelos bloqueadores alfa;
C) distúrbio do sono pelos bloqueadores alfa;
D) aumento da pressão intraocular pelos betabloqueadores;
E) insuficiência cardíaca congestiva pelos betabloqueadores.
24 – Em um paciente com hipertensão são utilizadas várias classes de
fármacos, isolados ou associados, entre outras possibilidades à disposição
dos pacientes sob prescrição médica, encontram-se:

A) Antagonistas dos canais de cálcio.


B) Inibidores da enzima conversora de angiotensina II.
C) Antagonistas de receptor AT1 da angiotensina II.
D) Diuréticos.
E) Todas as alternativas acima.
Instituto Municipal de Ensino Superior de São Caetano do Sul – IMES
2002

19. Reduzem a ação Betabloqueadora porque induzem o metabolismo


hepático do propranolol e do metoprolol as:

(A) Tetraciclinas.
(B) Eritromicinas.
(C) Rifamicinas.
(D) Clindamicina
2005

29. As substâncias que exercem ação anti-hipertensiva por inibirem a


Enzima Conversora da Angiotensina (ECA) são:

(A) Metotrexato e Captopril.


(B) Enalapril e Ramipril.
(C) Fluconazol e Cetoconazol.
(D) Midazolam e Prednisona.
(E) Salbutamol e Clonidina.
2005

30. A hipertensão é a mais comum doença cardiovascular. Entre os


agentes simpatolíticos de ação central utilizados na hipertensão,
pode-se citar:

(A) Captopril e Propranolol.


(B) Metildopa e Clonidina.
(C) Formoterol e Dipiridamol.
(D) Prednisona e Nitroprussiato.
(E) Amilorida e Estreptoquinase.
A hipertensão é uma doença cardiovascular muito prevalente. Entre as
complicações mais freqüentes estão: o infarto agudo do miocárdio, a
insuficiência cardíaca, o acidente vascular cerebral e a insuficiência renal.
A partir da década de 60 do século XX, as doenças cardiovasculares
superaram as infectocontagiosas como primeira causa de morte no Brasil.
Com referência aos medicamentos utilizados no tratamento da hipertensão
arterial, julgue os seguintes itens.
Prefeitura de SP 2002

14. Em um paciente hipertenso, recebendo insulina para o tratamento de


diabetes, a droga que deve ser utilizada com cuidados extremos e
orientação ao paciente é:

(A) a Hidralazina.
(B) a Prazosina.
(C) a Guanetidina.
(D) o Propranolol.
(E) a Metildopa
Prefeitura de SP 2002

17. Um efeito colateral perigoso e previsível do nadolol (um beta-


bloqueador), que constitui a contra-indicação para o emprego clínico em
pacientes suscetíveis, é a indução de:

(A) hipertensão.
(B) arritmia cardíaca.
(C) crises asmáticas.
(D) depressão respiratória.
(E) hipersensibilidade.
Prefeitura de São Bernardo 2004

31- Pacientes portadores de hipertensão fazem acompanhamento


ambulatorial, cujos medicamentos comumente prescritos são: furosemida,
propranolol, captopril. A que classe terapêutica, ou mecanismo de ação,
estes medicamentos fazem parte, respectivamente:

a) Agonista beta2 adrenérgico, inibidor da fosfolipase A2, antagonista


de receptores muscarínicos.
b) Diurético, agonista beta2 adrenérgico, antagonista de receptores
muscarínicos.
c) Diurético, bloqueador dos receptores beta adrenérgicos, inibidor da
enzima conversora de angiotensina.
d) Antagonista de receptores muscarínicos, inibidor da fosfolipase A2,
agonista beta2 adrenérgico.

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