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INTRODUÇÃO: Para uma minimização dos riscos de lesionar a via aérea

de pacientes durante a intubação orotraqueal, é comum a utilização de


bloqueadores neuromusculares (BNM’s) na prática anestésica. No entanto, seu
uso está associado a algumas complicações como anafilaxia, complicações
respiratórias no pós-operatório, entre outras. OBJETIVO: A revisão a seguir tem
por objetivo reunir dados relevantes sobre os principais BNM’s utilizados na
emergência. METODOLOGIA: Para tanto, foram coletados artigos nas bases de
dados Scielo, Lillacs e PubMed, com posterior descrição dos dados mais
relevantes sobre o referido tema. RESULTADOS: Os BNM’s podem ser de duas
classes principais, despolarizante e adespolarizante. Entre os BNM’s
despolarizante temos a Succinilcolina, que é formado por duas moléculas de
ACh ligadas entre si, e age como agonista do receptor nicotínico. Sua ação se
dá pela mimetização da acetilcolina, ligando-se as duas subunidades alfa do
receptor, que gerando uma despolarização da membrana, que resulta na
contração muscular. Alguns efeitos colaterais da Succinilcolina são bradicardia,
mialgia, aumento da pressão intra-ocular, hipercalemia, anafilaxia, entre outros.
Já os BNM’s adespolarizante são divididos em dois grupos, os compostos
benzilisoquinolínicos e compostos aminoesteróides. A ação dos BNM’s
adespolarizante vem da ação antagonista competitivo da ACh no receptor pós-
sináptico, impedindo a despolarização da membrana. Por não ser metabolizado
na junção neuromuscular, o bloqueio é decorrente do efeito dilucional da droga à
medida que o tempo passa, são drogas altamente ionizadas, hidrossolúveis,
com volume de distribuição aproximado ao do plasma. O Rocurônio é o BNM
adespolarizante -amina quaternária-, de ação mais rápido disponível
clinicamente, apresentando condições de intubação em 60-90 segundos, e
exerce efeitos cardiovasculares mínimos, não libera histamina, no entanto tem
maior incidência de reações anafiláticas. Na reversão dos efeitos dos BNM’s
adespolarizantes temos os anticolinesterásicos, que inibem a ação da enzima
acetilcolinesterase levando à redução da degradação de ACh o que potencializa
sua ação. A reversão é feita no final da cirurgia, somente depois de ocorrido um
grau de resolução espontânea do bloqueio. O sinal mais confiável da reversão
do bloqueio pelo anticolinesterásico é a ausência de fadiga. Não há utilidade
para reversão de bloqueios por BNM’s despolarizantes como a Succinilcolina,
pois estes aumentam a concentração de acetilcolina que potencializa o efeito em
receptores muscarínicos, o que pode resultar em bradicardia, miose, aumento
da peristalse, náusea, broncoespasmos, sudorese e salivação, então um
antimuscarínico deve ser administraro junto ao anticlinesterásico para minimizar
os efeitos colaterais. Na reversão de BNM induzido por Rocurônio, o
Sugammadex mostrou-se mais rápido e seguro quando comparado a
Neostigmina, este ultimo sendo o anticolinesterásico mais utilizado em
anestesia. CONCLUSÃO: A Succinilcolina continua sendo o fármaco mais
usado para situações de emergências, apesar dos altos indices de sequelas ou
complicações em seu uso, e estudos trazem o Sugammadex como opção mais
eficiente na reversão do Rocurônio.
Palavras chave: Bloqueadores Neuromusculars, Intubação.

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