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AGONISTAS ADRENÉRGICOS
Substancias que mimetizam o SNAS (adrenérgico ou toraco-lombar).
O sistema adrenérgico é o de “luta ou fuga”.
Essa classe de fármacos é extensamente utilizada, principalmente em razão da especificidade que tais fármacos
possuem, minimizando muitos dos efeitos colaterais que podem decorrer de seu uso.
AUMETO DA GLICEMIA
o Estimulo à gliconeogênese e a glicogenólise
Ambas as visam aumentar a produção de energia (ATP), por meio da via aeróbia (mais rentável),
BRONCODILATAÇÃO
o Aumenta a captação de oxigênio
Visa aumentar o aporte de oxigênio e permitir a produção de ATP pela via mais rentável (aeróbia), que depende
desse gás. Com a maior captação de oxigênio, ocorrerá, consequentemente, maior produção de ATP.
Obs.: ocorre um aumento da PA, devido à vasoconstrição intensa (resistência periférica) e do aumento d FC e do
débito cardíaco.
MIDRIASE
É um dos primeiros efeitos a ocorrer e visa à melhora da noção de profundidade, conferindo uma melhor amplitude
de espaço em que o sujeito se encontra, “orientando a fuga”.
Obs.: Os fármacos adrenérgicos atuam de modo pontual em cada um desses efeitos, por meio de ligações a
receptores específicos.
Obs.: Os neurônios liberam apenas a noroadrenalina, a adrenalina é produzida apenas pela medula da glândula
adrenal, fazendo com que ela seja liberada diretamente na corrente sanguínea, promovendo
um efeito simpático sistêmico, e não pontual (ao contrario da noroadrenalina).
Para que ocorra a liberação dos neurotransmissores é necessário que o potencial de ação chegue aos terminais
axônicos, levando a abertura de canais de cálcio e o influxo de Ca vai possibilitar a exocitose do neurotransmissor.
Uma vez liberado na fenda sináptica, o neurotransmissor vai se ligar a um receptor pós-
sináptico (em outro neurônio ou em uma célula somática).
α1 e β pós-sinápticos
α2 pré- sinápticos
Receptores α1:
Pupila (contração do musculo constritor da pupila – MIDRÍASE).
Vasos Sanguíneos (vasoconstrição)
Receptores β1:
Mácula densa (presente nos rins e é responsável pela liberação de renina, enzima importante na síntese de
angiotensina II, que vai realizar vasoconstrição)
Liberação de aldosterona (retenção de Na, que leva à retenção de água).
Aumenta a atividade simpática
Hiperplasia vascular
Hipertrofia cardíaca
Receptores β2:
Pulmões (brônquios – BRONCODILATAÇÃO)
Útero (relaxamento uterino)
Glândulas sudoríparas (sudorese)
Pâncreas (aumenta a secreção de insulina)
Fígado (aumenta a gliconeogênese e a glicogenólise – AUMENTA A GLICEMIA)
Receptores β3:
Tecido adiposo (lipólise)
FÁRMACOS ADRENÉRGICOS
AÇÃO INDIRETA estimula a liberação de noroadrenalina
AÇÃO MISTA estimula tanto a liberação de noroadrenalina na fenda, como atua diretamente no receptor.
AÇÃO DIRETA atua diretamente no receptor pós-sináptico.
SELETIVIDADE:
A seletividade sempre vai depender
da DOSE, ela não é restrita.
Doses menores podem fazer com
que o fármaco atua apenas em um
determinado receptor, enquanto em
doses moderadas, ele pode passar a
atuar em outros tipos de receptores.
ADRENALINA
Fármaco de ação DIRETA.
Maior seletividade por receptores β.
Muito hidrofílica, não sendo capaz de atravessar a barreira hematoencefálica (efeitos centrais só em altas doses)
EFEITOS GERAIS:
Palidez redução do fluxo sanguíneo cutâneo
Aumento da FC
Broncodilatação receptores β2 (muito usado em emergências)
Hiperglicemia
o β2 = glicogenólise hepática
o α2 = diminuição da liberação de insulina
o β = lipólise
APLICACAÇÃO CLÍNICA:
TRATAMENTO EMERGENCIAL DA ASMA broncodilatação imediata.
CHOQUE ANAFILÁTICO aplicado em doses moderadas, a fim de promover vasoconstrição, uma vez que, a
liberação de histamina pela reação de hipersensibilidade leva a uma
vasodilatação importante, com consequente hipotensão.
Atua também nos mastócitos, inibindo a liberação de histamina.
ASSOCIADO A ANESTÉSICOS LOCAIS visa aumentar o efeito desses anestésicos reduzindo a sua
“lavagem”, mantendo-os ligados ao receptor por um tempo mais
prolongado.
FALÊNCIA CARDÍACA aumento da FC.
EFEITOS ADVERSOS:
Hipertensão aumento da liberação de renina, gerando mais angiotensina II; aumento da FC.
Tremores ação muscular de receptores β2.
Agitação, cefaléia e insônia apenas em altas doses, já que é hidrossolúvel e só assim consegue atravessar
a barreira hematoencefálica.
Hipocalcemia ação muscular de receptores β2.
Hiperglicemia aumento da gliconeogênese e glicogenólise.
Arritmias taquicardia
Angina em pacientes coronariopatas adrenalina promove o aumento do trabalho cardíaco, gerando
maior demanda de oxigênio. Como na maioria das vezes, nesses
pacientes, os vasos sanguíneos estão obstruídos, ocorrem
predominantemente processos anaeróbicos, gerando acumulo de
acido lático com consequente isquemia.
Hemorragias cerebrais pacientes previamente hipertensos.
FARMACOCINÉTICA:
Administração = parenteral rápido início de ação e curta duração
Biotransformação = MAO e COMT
NOROADRENALINA
Maior seletividade por receptores α
Muito hidrofílica, não sendo capaz de atravessar a barreira hematoencefálica.
Alta labilidade muito instável, perdendo sua conformação com facilidade (maior problema).
EFEITOS GERAIS:
Aumento da RVP vasoconstricção
Por ter maior atuação em receptores α, não tem relevância no aumento da FC.
APLICACAÇÃO CLÍNICA:
CHOQUE HIPOVOLEMICO administrada via parenteral em casos de hipotensão acentuada, elevando a PA.
HIPOTENSÃO
EFEITOS ADVERSOS:
Angina e Arritmia
Elevação da pressão
Bradicardia reflexa
Necrose no sitio de injeção vasoconstricção intensa nesses locais
Redução do fluxo sanguíneo renal e intestinal
FARMACOCINÉTICA:
Administração = parenteral rápido início de ação e curta duração
Biotransformação = MAO e COMT
ADRENALINA x NOROADRENALINA
DOPAMINA
Maior seletividade por receptores dopaminérgicos:
D1 –> presente nos vasos da artéria renal, promovendo sua vasodilatação e aumento do fluxo renal, com
melhor filtração glomerular e excreção de Na.
MUITO UTILIZADO EM PACIENTES COM BLOQUEIO RENAL.
EFEITOS GERAIS:
Efeitos cardiovasculares dose dependentes
o Doses moderadas => Ativa receptores β, aumentando a FC e o DC (utilizada no choque cardiogênico)
o Doses elevadas =>Ativa receptores α, aumentando a RPV (efeito vasoconstrictor)
APLICACAÇÃO CLÍNICA:
CHOQUE CARDIOGÊNICO doses moderadas; aumenta o DC e a função renal.
FALÊNCIA CARCIACA CONGESTIVA principalmente no paciente com IR crônica e resistência vascular
periférica normal a baixa.
EFEITOS ADVERSOS:
Taquicardia, Angina e Arritmias
Hipertensão, cefaleia e vasoconstrição periférica
Náusea e vômitos
FARMACOCINÉTICA:
Administração = infusão IV rápido início de ação e curta duração
Biotransformação = MAO e COMT
ISOPROTERENOL
Agonista β não seletivo (maior seletividade para β1 e β2)
EFEITOS GERAIS:
Aumento da FC e redução da RVP
Broncodilatação
APLICACAÇÃO CLÍNICA:
TRATAMENTO DA ASMA usado via inalatória para promover a broncodilatação (β2).
Na emergência para estimar a frequência cardíaca em pacientes com bradicardia ou bloqueio
atrioventricular.
EFEITOS ADVERSOS:
Taquicardia e Palpitação
Vasodilatação cutânea (rubor)
Arritmias cardíacas
Isquemias cardíacas em pacientes coronariopatas.
FARMACOCINÉTICA:
Administração = oral, inalatória rápido início de ação e curta duração.
Biotransformação = COMT e pobre substrato para a MAO.
DOMUTAMINA
Agonista β seletivo (seletividade para β1)
O uso contínuo pode lavar a tolerância.
EFEITOS GERAIS:
Aumento da frequência sinusal
Doses elevadas => efeitos vasculares α –> vasoconstricção e aumento da Pressão arterial
APLICACAÇÃO CLÍNICA:
AUMENTAR O DC NA FALÊNCIA CARDÍACA DESCOMPENSADA
o CIRURGIAS CARDÍACAS
o FCC
o IAM
EFEITOS ADVERSOS:
Taquicardia
Hipertensão
Tolerância com o uso repetitivo
AGONISTA β2 SELETIVO
Metaprolol, Terbutalina, Salbutamol, Ritrodrina, Fenoterol.
APLICACAÇÃO CLÍNICA:
TRATAMENTO DA ASMA usado via inalatória para promover a broncodilatação.
AUMENTAR O TEMPO DE GESTAÇÃO (Terbutalina) reduz a contração uterina.
EFEITOS ADVERSOS:
Tremores e fadiga
Ansiedade (maior captação pelo SCN – via inalatória)
Taquicardia
Hiperglicemia (glicogenólise e gliconeogênese).
Tolerância com o uso continuo
A adrenalina induz rapidamente a broncodilatação, mas o tempo em que essa ocorre é pequeno,
quando comparado ao promovido pelo Salbutamol, por isso é comum associar os dois
medicamentos, obtendo-se uma ação de inicio rápido (adrenalina) e prolongada (Salbutamol).
AGONISTA α1 SELETIVO
Fenilefrina, Metoxamina
APLICACAÇÃO CLÍNICA:
HIPOTENSÃO efeito vasoconstrictor
DESCONGESTIONANTE NASAL (Fenilefrina) redução do fluxo de muco nos pulmões pela redução do fluxo
sanguíneo.
EXAMES OFTALMOLOGICOS (Fenilefrina) midríase
AGONISTA α2 SELETIVO
Clonidina, Metildopa
APLICACAÇÃO CLÍNICA:
ANTI-HIPERTENSIVO (Clonidina, Meildopa) reduz a liberação de noroadrenalina, reduzindo a PA
ANALGESICO (Clonidina)
SEDATIVO (Clonidina)
EFEDRINA
o Agonista de ação mista (estimula a liberação de noroadrenalina e estimula os receptores diretamente).
o Muito lipofílico (atravessa a barreira hematoencefálica com facilidade)
APLICACAÇÃO CLÍNICA:
DESCONGESTIONANTE NASAL efeito vasoconstrictor
NARCOLEPSIA
HIPOTENSÃO
EFEITOS NO SNC:
Aumenta o estado de alerta e vigília
Reduz a fadiga e o cansaço
Aumenta o desempenho atlético
Pode gerar dependência
EFEITOS GERAIS:
Aumento da FC e do DC
Vasoconstricção
Aumenta a PA
Broncodilatação
ANFETAMINA
MECANISMO DE AÇÃO: Potente estimulante do SNC, aumento da liberação de noradrenalina, dopamina e 5-HT na
fenda sináptica.
EFEITOS NO SNC:
Aumenta o estado de alerta
Reduz a fadiga e o cansaço
Melhora do humor e da confiança
Melhora da concentração (inicio do tratamento)
Confusão mental, agressividade (excesso de noroadrenalina)
Delírios e alucinações
Tendências suicidas e homicidas sempre após uma grande descarga adrenérgica há uma grande descarga
colinérgica, causando uma depressão intensa.
EFEITOS GERAIS:
Taquicardia e aumento da PA
Retenção urinaria (reduz a contração da bexiga)
Lipólise
Tremores
METANFETAMINA = Tem os mesmos efeitos da anfetamina, mas causa dependência mais rapidamente.
EFEITOS PSICOLOGICOS:
NOROADRENALINA = “faz a pessoa sair do lugar”; não dá prazer ou alegria.
Uma grande descarga a nível hipotalâmico promove intensa saciedade, reduzindo o apetite
(emagrecimento).
SEROTONINA = melhora o humor, reduzindo a ansiedade e facilitando relacionamentos sociais.
Não dá prazer ou alegria. Ex.: antidepressivo Fluoxetina
DOPAMINA = neurotransmissor do prazer
do prazer
ASSOCIAÇÃO DA ADRENALINA A ANESTÉSICOS LOCAIS ADRENALINA (aumenta o tempo de ação dos anestésicos).
NARCOLEPSIA ANFETAMINA