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Princípios de Clínica Cirúrgica I
Prof.º Priscila Donda
Aula 01 – 12.02.2020
COMO É
UNIDADE DE CENTRO CIRÚRGICO
Sala de cirurgia é a área destinada à realização de
intervenções cirúrgicas e endoscópicas
UNIDADE DE CENTRO CIRÚRGICO
Preconizam-se DUAS SALAS para cada 50 leitos não
DEFINIÇÃO especificados ou para 15 leitos cirúrgicos
Deve ter suas dimensões adequadas de acordo com a
Conjunto de ambientes devidamente localizados, quantidade de equipamentos necessários aos tipos de
dimensionados, inter-relacionados e dotados de intervenções cirúrgica e especialidade cirúrgica
instalações e equipamentos, com pessoal qualificado e
treinado para a realização de procedimentos cirúrgicos COMO DEVE SER
De forma a oferecer o máximo de segurança aos pacientes
e ás melhores condições de trabalho para a equipe técnica PAREDES –
o Cantos arredondados
LOCALIZAÇÃO o Revestimento de material resistente
o Superfície lisa e lavável
Localizado em um local estratégico perto de setores o Cor neutra
críticos – emergência, UTI, central e outro PISO –
Deve ocupar área independente da circulação geral, o Resistente ao uso de água e desinfetantes
ficando livre do trânsito de pessoas e materiais estranhos o Não poroso e de superfície lisa e de fácil limpeza
ao serviço PORTAS –
Deve possibilitar o ACESSO LIVRE E FÁCIL de pacientes o Vai e vem
provenientes das unidades de internação cirúrgicas, o Sem maçanetas
emergência e terapia intensiva o Com visores
JANELAS –
RDC 50 o Tipo basculante
Resolução da Diretoria Colegiada o Vedadas e teladas com malha fina
Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, o Permite a entrada de luz
programação, elaboração e avaliação de projetos físicos INSTALAÇÕES ELÉTRICAS –
de estabelecimentos assistenciais de saúde o Três conjuntos com quatro tomadas em cada, em
paredes distintas
ESTRUTURA FÍSICA o Uma tomada para cada aparelho de raio x
o 1,5 m do piso, com sistema de aterramento
DEVE TER: ILUMINAÇÕ DA SALA –
o Artificial de cor natural
Vestiários
FOCOS –
Lavabos ou área de escovação o Teto, frontal ou auxiliar
Sala de material esterilizado o Uso da Monopla
Sala de guarda de equipamentos
Farmácia
Sala de espera
Sala administrativa
Sala de material de limpeza
Rouparia
Expurgo
Sala ou laboratório de anatomia patológica
Copa
Sala de recuperação anestésica (RPA)
VESTUÁRIO ANTISSÉPTICOS
Luva estéril – barreira entre o campo operatório e a São substâncias de AÇÃO LETAL ou INIBITÓRIA de
equipe reprodução dos microorganismos
Destinam-se a aplicação da pele e mucosas visando a
redução do índice de colonização microbiana e de
infecção do campo operatório
Devem dispor de algumas propriedades essenciais:
o Bactericida – destruição dos patógenos
o Bacteriostática – inibição da proliferação dos
patógenos
o Persistência de ação durante várias horas
ANTISSEPSIA CIRÚRGICA DAS MÃOS o Ausência de causticidade
o Baixo índice de reações de hipersensibilidade
o Baixo custo
CAMPOS OPERATÓRIOS
ADMISSÃO DO CLIENTE
Recepcionar de forma cortês, educada e compreensiva
Realizar uma breve leitura do prontuário ou das
recomendações vindas do setor de origem + certificar o
EQUIPE
consentimento
Médico Cirurgião – responsável pelo ATO CIRÚRGICO a ser Verificar parâmetros vitais do paciente
desenvolvido Observar os cuidados pré-cirúrgicos: dieta zero,
o Planejar, executar e comandar mantendo a medicação, tricotomia, banho, esmalte, adornos e
ordem no campo operatório próteses dentárias
Médico Assistente – auxilia na cirurgia Colocar sapatilhas e gorro
o Pode ser necessário mais de um – depende da Posicionar o paciente na mesa – ajudar no posicionamento
cirurgia para a anestesia
o Compete auxiliar DIRETAMENTE o médico Estabelecer acesso vascular, cateter vesical se necessário
cirurgião e substituí-lo se necessário Monitorizar o paciente
Instrumentação Cirúrgica – responsável pelo preparo da Posicionar placa do bisturi elétrico
mesa de instrumental Realizar a DEGERMAÇÃO DA PELE do paciente
o Deve prever e solicitar com antecedência todo o
material que julgar necessário PREPARAÇÃO PARA O ATO OPERATÓRIO
o Fornece o material ao cirurgião e seus assistentes
Realizar a antissepsia cirúrgica das mãos
Enfermeiro – responsável pelo planejamento das ações da
Colocar o AVENTAL cirúrgico e LUVAS ESTÉREIS
enfermagem e o gerenciamento relativo aos materiais e
Realizar antissepsia da pele do paciente
equipamentos necessários
Colocar os campos delimitando a área cirúrgica
Técnico de Enfermagem – auxilia direto da enfermaria
Iniciar a incisão
o Verifica o funcionamento, conservação e
Ao termino da sutura realizar o curativo
manutenção dos equipamentos
Retirar a parmentação
o Pode exercer atividade instrumentar ou
circulante na sala
Auxiliar de Enfermagem – responsável pela MONTAGEM SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA (SRPA)
da sala cirúrgica e atividades durante e após Destina-se a cuidados ao cliente submetido a intervenção
Circulante da Sala – atendimento direto das solicitações cirúrgica que ainda está sob efeitos anestésicos
da equipe médica ao decorrer do ato e posicionamento do o Permanecer até a recuperação total dos efeitos
paciente da cirurgia
Composta por materiais e equipamentos de monitoração
BISTURI ELÉTRICO dos parâmetros vitais
A avaliação física é feita a cada 15 minutos na primeira
Necessário aplicar GEL CONDUTOR na placa neutra para
hora e 30 minutos na segunda hora
neutralizar a carga elétrica
A alta é dada pelo anestesista
Colocar a placa neutra sob a panturrilha ou região de
ÍNDICE DE ALDRETE E KROULIK: Avalia cinco parâmetros na
grande massa muscular
admissão e nas três primeiras horas
COMPLICAÇÕES
ELPO
SISTEMA TEGUMENTAR
ÚLCERAS DE CÓRNEA
ESTRUTURA FÍSICA
LIMPEZA
INSPEÇÃO
Inspeção rigorosa com auxílio de lupa para detectar a
presença de oxidações, secreções e umidade
Pode ser utilizado – pano limpo absorvente e seco,
secadoras de ar quente ou frio, estufas, ar comprimido
para artigos com lúmen
Verificar se ainda possui matéria orgânica
Lubrificação adequada
Funcionalidade e afiação testadas
EMBALAGEM
PRAZO DE VALIDADE
PROCESSOS QUÍMICOS
ESTERILIZAÇÃO
PROCESSOS FÍSICOS
Paraformoldeído = PASTILHAS
Vapor saturado sob pressão = AUTOCLAVE (tabela)
Calor seco = ESTUFA proibido
Radiação = RAIOS GAMA, COBALTO – consiste na
exposição dos produtos à ação de ondas eletromagnéticas
curtas
o Modifica o DNA das células provocando lesões
estruturais destruindo-a
ARMAZENAMENTO
O ambiente deve ser: limpo, seco, arejado e isolado
Temperatura de 25º C
Não usar materiais aparentemente esterilizados quando
não se tiver certeza da condição estéril
Observar se o lacre preserva a fita apropriada
Observar a data da esterilização
Observar ausência de umidade e integridade da
embalagem
Observar assinatura do responsável pelo preparo
ANTIBIOTICOPROFILAXIA
Indicação apropriada – levando em consideração o SÍTIO a
ser operado
Administrar dose efetiva em até 60 minutos antes da
incisão cirúrgica
o Vancomicina e Ciprofloxacina – 1 a 2 horas antes
Torniquetes – administrar dose total antes de insulflar
Descontinuar em 24 horas
Ajustar a doce para pacientes OBESOS PROTETORES DE FERIDAS
Repetir as doses em cirurgias prolongadas Utilizar PROTETORES PLÁSTICOS de feridas para cirurgias
Combinar administração via intravenosa (IV) e via oral do trato gastrointestinal e biliar
(VO) de antimicrobiano para cirurgia coloretal
Utilizar preparações que contenham álcool no preparo da Descolonização dos portadores nasais que serão
pele submetidos a procedimentos de risco:
Altamente bactericida, ação rápida e persistente – com o Mupirocina intranasal + banho de clorexedina por
clorexedina ou iodo 5 dias – 2 vezes ao dia
Fatores locais –
o Isquemia – necessária boa perfusão e oxigenação
para chegar sangue e ter o processo de
inflamação
o Infecção – quem tem infecção local não irá
cicatrizar, então antes é necessário retirar o
processo infeccioso para depois fazer a
cicatrização do tecido
Logo, temos uma cicatrização tecidual
mais demorada > 10/15 dias
Acompanhar a evolução da cicatrização
para depois retirar os pontos
EXPOSIÇÃO
Sequência de uso dos instrumentos cirúrgicos e da Esses instrumentos são básicos para iniciar o ato cirúrgico
instrumentação: o Pinça Backaus – pinça me que se fixa os campos
operatórios, é extremamente traumática e tem
Diérese Preensão Hemostasia Exposição dente na ponta – delimita o espaço do trabalho
Hemostasia Especial/ Instrumentos Especiais e Depois realiza-se as etapas de
Auxiliares Síntese instrumentação
É necessário fazer a assepsia no local do campo
operatório e para isso utiliza-se:
o Pinça de Pean – serve para fazer a assepsia da
EXEMPLOS DA MESA
cavidade abdominal e torácica
o Cúpula – onde coloca a gase e o clorexidina para
fazer a assepsia
DIÉRESE
OBS: Usa o cabo grosseiro para as CAVIDADES e o Servem para fazer o tamponamento sanguíneo – pinçar
cabo mais delicado para as regiões SUPERFICIAIS vasos sanguíneos, estancar sangramentos ou preparar o
fio para o no cirúrgico
Servem tanto para preensão de estrutura como para
MANEIRAS DE UTILIZAR O BISTURI hemostasia
TESOURAS
Existem basicamente 2 tipos de tesouras que variam de
acordo com a cirurgia e com a profundidade que está
operando
Pinça Kelly – a região da chanfradura é diferenciada
o Pode ter instrumentos retos, curtos, longos e
Pinça Kocher – possui um DENTE na extremidade;
curvos
instrumento traumático, então pode lesar uma estrutura
Tesoura de Metzenbaum – tesoura mais delicada e
(baço, fígado e rim)
estreita na extremidade e com curvatura na ponta
Pinça Mosquito/Halstead
o É menos traumática, e a curvatura permite uma
dissecção Para vasos sanguíneos pode usar para hemostasia os ‘Camples’ –
o Usado para dissecação de hilo esplênico, hilo mais utilizado na cirurgia vascular
hepático, estruturas intracavitárias – permite a
diérese tecidual
Tesoura de Mayo – tesoura mais grosseira
o Serve para cortar fios – existe a reta e a curva
o Se usar em cavidades pode ocorrer lesão dos
órgãos parenquimatosos
PINÇAS DE PREENSÃO
Pinça anatômica – usado em cavidades
Pinça Dente de Rato – não deve ser usado em cavidades
pois é mais traumático
o Usado para suturas de pele
Pinça de Adson – usada em cirurgias mais delicadas (ex:
plástica) trabalhada sobre estruturas delicadas
EXPOSIÇÃO
PORTA AGULHAS
Porta Agulha de Hegar – para estruturas mais rígidas
(trabalha em profundidades)
o Mais comum
Porta Agulha de Mathieu – e para estruturas menos
rígidas (mais delicados e usado em suturas em superfícies)
AGULHAS
Dividas em características por causa da sua SECÇÃO
Existem outros dois mais superficiais o Triangulares – são mais traumáticas, então utiliza
o Afastador de Volkmann – também conhecido para estruturas mais duras
como ‘rastelinho’ Fechar pele e aponeurose
o Afastador de Langenbeck – sendo que esse pode o Cilíndricas – atraumáticas, para suturas delicadas
atingir um plano mais profundo do que o Vasos sanguíneos e suturas no tubo
digestivo
rastelinho
INSTRUMENTOS ESPECIAIS
OUTROS
Tesoura de Potis – tem a haste e uma extremidade
o Usada para cortar o vaso sanguíneo sem pegar a
parede posterior e anterior
o Só é usada nas cirurgias vasculares
O fio tem que ser tão resistente quanto o tecido que está
sendo costurado – varia dependendo do local da sutura
A perda da resistência do fio deve ser compensada pelo
ganho de resistência da cicatriz
o Logo que fazemos a sutura, quem segura a pele
junta é a resistência do fio
o Mas, conforme os dias passam, tem o aumento
da resistência da cicatriz e depois de vários dias
quem passa a segurar é a cicatriz e não o fio
Quando o fio perder a resistência, a cicatriz tem que estar CAPILARIDADE
pronta para se segurar por si só Está relacionada com a quantidade de filamentos
É a capacidade de um fio de captar e absorver os líquidos
o Logo, os fios multifilamentares são melhores pois
quanto mais fio ele tem, melhor a captação
OBS: O problema é que junto com a captação dos líquidos,
o fio também pode captar e absorver os microrganismos e
causa maior risco de infecção
DIÂMETRO
ELASTICIDADE
Quantidade de peso necessária para a ruptura de um fio É a propriedade de retornar a sua forma original depois
dividido pelo diâmetro do fio de ser fracionado
Para os fios de mesmo diâmetro, a maior resistência à O fio vem em ‘zigue-zague’ na caixinha e ao tirarmos ele
tração é aquela que tem que fazer um peso maior para da caixa, ele continua assim, porém ao puxarmos as duas
rompê-la pontas e deixá-lo reto ele pode tomar duas alternativas:
Os fios de origem biológica são fios que se rompem mais o Se ele continuar reto ele NÃO TEM memória
fácil – diferente dos fios de aço, que são mais resistentes o Se ele voltar a sua característica original ele TEM
Tudo isso é baseado em NBR 13904 que diz o mínimo de MEMORIA
resistência à tração que um fio tem que ter Os fios que tem memória são mais difíceis de manusear e
tem maior dificuldade de dar o nó
Alta memoria: fio de náilon, polipropileno e categute
Trauma da passagem da agulha e do fio – possui relação As agulhas cirúrgicas servem para perfurar, penetrar e
com o diâmetro ultrapassar os tecidos que vão receber os fios de sutura
Pode ter a indução de processo inflamatório e isso retarda Elas podem ser de aço ou outras ligas metálicas
a cicatrização o Aço inoxidável (maioria)
Podem ser totalmente absorvidos ou não absorvíveis o Aço carbono
Os fios de origem animal tem maior reação por causa da Precisam ter resistência, rigidez e ductilidade para
proteína animal e isso gera uma reação inflamatória muito absorver os impactos sem quebrar
maior Existem diversos tamanhos e curvaturas e tudo isso deve
ser adequado ao tecido que será suturado
FIOS ABSORVÍVEIS
AGULHAS CORTANTES X NÃO CORTANTES
São aqueles que o nosso organismo absorve
completamente na 4ª semana Agulhas não cortantes – são aquelas que se você cortá-la
É formado por colágeno de animais que são FAGOCITADOS em sentido transversal, ela vai ter uma bolinha – então vai
o Ex: categute simples e cromado ser cilíndrica
Alguns polímeros sintéticos foram desenvolvidos para Agulha cortante – possui um triangulo ao corte e pode ser
serem totalmente absorvíveis, mas ao invés de serem prismática ou espatulada
fagocitados, eles são HIDROLISADOS
FIOS INABSORVÍVEIS
OBS:
INTRODUÇÃO TROMBOFLEBITE
Quando uma pessoa é submetida a uma cirurgia, ela tem Quando tem o entupimento das veias superficiais
chances dele desenvolver uma trombose e chamamos de TROMBOFLEBITE
consequentemente uma embolia pulmonar Nesses casos, existe uma vermelhidão e um cordão
A trombose é uma doença muito COMUM – é uma endurecido que é exatamente o trajeto da Veia Safena
patologia clínica que pode acontecer nas enfermarias Magna
clínicas e cirúrgicas
A trombose pode evoluir para o TEP (Tromboembolismo
Pulmonar) e é considerado uma das maiores causas de
morte súbita – possui mortalidade elevada
TROMBOSE
A trombose resulta da obstrução das veias
Existem 3 tipos de veias –
o Veias Superficiais
o Veias Profundas
o Veias Perfurantes – perfuram a musculatura e
comunicam a veia superficial com a veia profunda
A trombose é o ENTUPIMENTO do vaso por um coágulo
sanguíneo – e pode ser formado em veias profundas ou
em superficiais e causar a trombose
EMBOLIA PULMONAR
TEV – TROMBOEMBOLISMO VENOSO
O quadro de embolia pulmonar ocorre porque o trombo
caminha pelo sistema da veia cava, chega ao coração e por É a trombose seguida de embolia pulmonar
meio da contração cardíaca ganha a circulação pulmonar A TEV se desenvolve por meio da Tríade de Virchow em
– por fim, obstrui a artéria pulmonar e causa a embolia que o paciente tem que ter um dos três fatores
Quando isso acontece ocorre uma obstrução da árvore
vascular pulmonar (sistema circulatório pulmonar)
PROFILAXIAS
Tratando-se especificamente de CIRURGIAS:
PROFILAXIA MECÂNICA
o Tipo do procedimento – quanto maior a cirurgia,
maior é o risco de desenvolver um trombo e Sistema Pneumático Intermitente – ‘Bomba Pneumática’
maior a necessidade de profilaxia o Durante o período que a pessoa estiver parada, a
Ex: Lipoma e Laparotomia Exploradora bomba faz a função da musculatura da
o Tempo anestésico – a anestesia geral é muito panturrilha
mais favorável a um quadro trombótico do que a o Ou seja, ela compre a veia e impulsiona o sangue
anestesia local – pois com a local o paciente
imediatamente ativa a circulação
o Tempo cirúrgico – quanto maior o tempo
cirúrgico, maior o tempo que o paciente fica em
ESTASE
Devemos nos atentar aos pacientes de alto risco – NÃO
pode deixar de fazer a profilaxia pois existe um risco
violento dele desenvolver trombose
o Pacientes idosos – o idoso por natureza tem Meia Elástica –
comorbidades, então > 60 anos ele é de alto risco o Pode ser até o joelho ou meio da coxa
o Entre 40 e 60 mas se for revascularizado, o Evitar o excesso de sangue que tende a ficar
cardiopata, tabagista, DPO e histórico de parado na perna
trombose
O sistema pneumático é melhor do que a meia elástica
ALTERAÇÕES METABÓLICAS
Ocorre a quebra dos aminoácidos e do glicogênio, além
disso pode quebrar as proteínas para disponibilizar glicose
SÍNDROME DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA SISTÊMICA
para a cicatrização dos tecidos
Contudo, se essa resposta for exagerada o paciente fará É esperado que um paciente, na fase aguda, faça febre
queloide ou cicatriz hipertrófica com leucocitose, aumento da FR, aumento da FC e
temperatura
O PACIENTE TEM TENDÊNCIA A DIABETES, PERDA DE PESO,
PROCESSO INFLAMATÓRIO COM FEBRE, LEUCOCITOSE
COM DESVIO À ESQUERDA E TENDÊNCIA A RETENÇÃO
LÍQUIDA COM DESVIO DE VOLUME PARA OS ÓRGÃOS
PRINCIPAIS
RESPOSTA LIMITADA
CIRURGIAS GASROESOFÁGICAS
COMPLICAÇÕES
Deve ser mantido a 20-25 mmHg
Lesar algum vaso causando o hemotórax NÃO deve insuflar muito pois pode fazer necrose, mas
Infecção no local da inserção do dreno que pode resultar também NÃO pode deixar pouco insuflado pois pode
em um empiema pleural manter o sangramento do paciente
Pneumonia Uma vez que colocou o balão deve checar a pressão do
Enfisema subcutâneo – quando o dreno é localizado no balão a cada 4h e desinsuflar a cada 6h para ver se
subcutâneo e não dentro do tórax mantém o sangramento ou não
Neuralgia intercostal – rara
DRENO DE PORTOVAC
DRENO DE PENROSE
DRENO DE KHER
GASTRECTOMIA
ACESSO INTRAÓSSEO
PRINCIPAIS INDICAÇÕES
Veia Jugular Interna, Veia Subclávia, Veia Jugular Externa Qual lado devemos escolher? A preferência é sempre pelo
e Veia Femoral – são as mais comuns lado DIREITO na região cervical
o Qualquer uma dessas veias fazem um caminho o Na região femoral não faz tanta diferença
até o coração na entrada do AD Razões –
Contudo, não queremos trajetos muito longos de cateter o Pleura mais baixa do que do lado esquerdo – por
pois pelo fato da veia ser mais fina e o cateter calibroso, causa do Tronco Braquiocefálico Arterial e, dessa
pode acabar lesionando-a – logo, opta-se pelos TRAJETOS forma, a chance de pegar a pleura é menor, logo,
CURTOS tem menor risco de pneumotórax
Na região cervical temos 6 possibilidades (V. Jugular o Trajeto retilíneo até o AD – pois se o cateter fizer
Interna, Externa e V. Subclávia de ambos os lados), e na muita curva, ele encosta na parede da veia e pode
região inguinal temos 2 possibilidades (V. Femoral de lesionar, com a tendência de oclusão e estenose
ambos os lados) da veia
Então, quanto menos curva fizer é
melhor pois a veia fica pérvia mais
tempo
o Menor risco de lesão do Ducto Torácico – esse
ducto só existe do lado esquerdo
Dentro dele passa a linfa, e se for
atingido terá QUILOTORAX – saída de
linfa para dentro do espaço pleural
PREPARAÇÃO
COMPLICAÇÕES
São complicações potencialmente mais sérias, pois são de
difícil correção
Punção acidental da Artéria Subclávia – para corrigir
precisa abrir o tórax, um procedimento mais grave
Risco de pneumotórax é maior pois está mais perto da
pleura, assim como hemotórax
Quilotórax – do lado esquerdo, devido a presença do
COMPLICAÇÕES
Ducto Torácico
Punção acidental da A. Carótida e da Traqueia Embolia aérea
Lesão do Nervo Recorrente Laríngeo – se a lesão for Trombose, flebite e sepse
bilateral as complicações são sérias Má posição do cateter – sendo nesse caso a chance de
Embolia aérea e pneumotórax perda do cateter é menor, pois a posição é mais
Trombose, flebite e sepse – pode ocorrer em qualquer confortável para o paciente
uma das vias de inserção do cateter Lesão cardíaca pelo cateter
Má posição, perda e embolia do cateter
Lesão cardíaca pelo cateter – arritmia transitória é muito
comum
P1
P2 P3
Princípios de Clínica Médica I
Prof.º Dr.º Cláudio Jorge
Aula 01 – 03.02.2020
❖ O Átrio Direito recebe a Veia Cava Superior e a Veia Cava
EPIDEMIOLOGIA DA DOENÇA Inferior
CARDIOVASCULAR – Anatomia e ❖ O Ventrículo Direito manda o sangue para os pulmões por
meio da Artéria Pulmonar
Fisiologia Cardíaca I o A Valva Atrioventricular Tricúspide fica entre o AD
e o VD
EPIDEMIOLOGIA ❖ O Átrio Esquerdo recebe as Veias Pulmonares
❖ As doenças cardiovasculares são a principal causa de ❖ O Ventrículo Esquerdo manda o sangue para o corpo por
morte no mundo principalmente por DAC (Doença Aguda meio da Artéria Aorta
Coronariana) ou AVC (Acidente Vascular Cardíaco) o A Valva Atrioventricular Bicúspide ou Mitral fica
o O quadro se repete no Brasil, principalmente por entre o AE e o VE
AVC e Isquemia Cardíaca
❖ As taxas de hospitalização aumentam por IC (Insuficiência
Cardíaca) e FA
ANATOMIA
FISIOLOGIA
ACLOPAMENTO EXCITAÇÃO-CONTRAÇÃO
▪ Mecanismo pelo qual o potencial de ação provoca a
contração das miofibrilas
▪ O potencial de ação chega até a unidade contrátil da
célula, se difunde para o interior da fibra muscular pelos
túbulos T (transversos)
▪ Ocorre a liberação de Ca++ pelo Retículo Sarcoplasmático
que irá ativar o RE no receptor de Rianodina tipo 2
▪ Ocorre uma liberação na sístole de Ca++
▪ O Ca++ vai se ligar na tropomina C e ocorre o deslizamento
da Actina e da Miosina gerando a CONTRAÇÃO
o Medicamentos que contém Ca++ aumentam a
contração muscular cardíaca
o CRONOTRÓPICA POSITIVA – aumenta a FC
o CRONOTRÓPICA NEGATIVA – diminui a FC
o INOTRÓPICA POSITIVA – aumenta a força de
contratilidade
o INOTRÓPICA NEGATIVA – diminui a força de
contratilidade
▪ Para que o aumento do Ca++ ocorra existe também uma
população do SNA – como a adrenalina
▪ Após a contração o Ca é transportado para o RS pela
bomba de Ca-ATPase e para o extracelular pela bomba ??
FOCOS
A projeção das válvulas mostra uma representatividade
maior das estruturas que dão nomes aos focos
PERCUSSÃO
NÃO EXISTE
AUSCULTA
Primeira Bulha Cardíaca (B1) – Primeiro ocorre a contração atrial e depois a ventricular
o Produzida pelo fechamento das Valvas o Mas existe uma tração de milissegundos de
Atrioventriculares (Tricúspide e Mitral) – TUM diferença entre um átrio e outro e entre um
o Ocorre no momento do início da sístole ventrículo e outro – pressão VE > VD
ventricular – demora mais tempo do que a B2 O VE tem muito mais musculatura do que o VD, então ele
Segunda Bulha Cardíaca (B2) – possui uma maior quantidade de Células de Purkinje
o Produzida no fechamento das Valvas Semilunares (células de condução)
(Aórtica e Pulmonar) - TA Dessa forma, o seu impulso elétrico é mais rápido do que
o Ocorre no momento da diástole ventricular no VD, e ele despolariza e se contrai mais rápido e antes
do que o VD
B1 B2 = sístole; B2 B1 = diástole A Valva Mitral se fecha em fração de segundos antes da
Valva Tricúspide – em condições normais em adultos, nas
LOCALIZAÇÃO DOS FENÔMENOS
crianças existe outro padrão
Faz-se a fragmentação da sístole e da diástole cardíaca o Consequentemente, a Valva Aórtica se fecha mais
em alguns tempos rápido do que a Valva Pulmonar
o Isso ocorre pois existem sopros que ocorrem no o Esses efeitos são MUITO discretos
início, no meio ou no final da sístole e da diástole A pressão da Artéria Pulmonar gira em torno e 12-20
o É necessário identificar em qual momento esses mmHg e da Artéria Aorta gira em torno de 120 mmHg
sopros acontecem A pressão da Aorta é 10x maior, então, apesar do VE ser
PROTO – pré (início) tanto da sístole quanto da diástole mais rápido ao iniciar a contração, o VD tem uma pressão
MESO – no meio da sístole e da diástole menor para vencer, logo o seu debito cardíaco e a ejeção
TELE – ocorre no final da sístole ou da diástole do sangue começa primeiro
HOLO – ocupa TODA a sístole ou a diástole o De certa forma, a ejeção ocorre quase
o Protossistólico / Protodiastólico simultaneamente
o Mesossistólico / Mesodiastólico o Pois o VE se despolariza antes e inicia sua
o Telessistólico / Telediastólico contração primeiro, mas a ejeção do VD é mais
o Holossistólico / Holodiastólico precoce devido a menor pressão da Artéria
Pulmonar em relação à Aorta
Os meso e tele são comumente causados pelo prolapso da valva A ejeção do VE se completa antes do VD por isso a Valva
mitral Mitral se fecha antes da Valva Tricúspide e a Valva Aórtica
antes da Valva Pulmonar – ou seja, o VD começa a ter a
ejeção um pouco antes por causa da pressão, no entanto,
na hora que o VE despolariza, ele começa a contrair ele
ejeta todo o seu sangue de uma vez, já o VD demora mais
para esvaziar, fechando sua valva depois
o Contudo, no final os dois terminam praticamente
juntos
Exemplos:
o Insuficiência Mitral – sopro holossistólico
o Estenose Aórtica – sopro mesossistólico
Hipofonese – quanto mais lenta a subida da valva, menor Fechamento das Valvas Semilunares durante o início da
o som diástole
o Insuficiência Cardíaca; insuficiência mitral
INTENSIDADE
PATOLOGIAS
Hiperfonese –
Derrame pericárdico o Aumento dos níveis tensionais arteriais, aórticos
Tamponamento cardíaco e pulmonares pois geram maior dificuldade do
o Qualquer situação em que ocorre acúmulo de fechamento das valvas com aumento do som da
líquido: faz com que aumente o liquido no espaço área correspondente – como em casos de
pericárdico e cause um efeito compressivo no hipertensão arterial
coração, e o ventrículo que mais sofre é o VD pois o Quando tem uma hipertensão pulmonar – tem
ele é mais fino, e ele vai perdendo função e um ‘TLA’ da segunda bulha B2 do componente
desenvolve uma IC pulmonar
O tamponamento pode ocorrer em caso o Quando há aumento do debito cardíaco, ocorre
de derrame pericárdico e inflamação do aumento do som – ex: persistência do canal
pericárdio (pericardite) arterial
Lesão da Valva AV – como em estenose mitral Hipofonese – transmissão menos intensa em obesidade,
o A valva fica endurecida, as cúspides ficam DPOC ou qualquer coisa que diminua o se débito cardíaco
fundidas e quando ela fecha causa um impacto (IC, estenose aórtica)
grande causando a hiperfonese da B1, mas se o Grandes calcificações (normalmente ocorre em
esse processo é longo e intenso, ela perde a idosos), pouco movimento, pouco som – ex:
motilidade e passa a ter hipofonese a B1 estenose aórtica grave
PARADOXAL OU INVERTIDO
Ocorre apenas na EXPIRAÇÃO devido ao atraso do
componente A2 (aórtico) em relação a P2 (pulmonar)
Na expiração sobrepõe os dois, então para ter uma
alteração o componente já está atrasado por uma situação
patológica
o Ex: bloqueios elétricos que atrasa A2 (bloqueio de
ramo esquerdo do Feixe de His), e onde ocorre
atraso do esvaziamento do VE – bloqueio do
ramo esquerdo
Desaparece na inspiração e aparece na expiração
Estenose aórtica – funciona como um desdobramento
paradoxal
o Pois o VE demora para esvaziar e tem o
componente aórtico depois do componente
ventricular e isso melhora na inspiração
CLIQUES E ESTALIDOS
CONCEITO
ESTALIDOS DIASTÓLICOS
CARACTERÍSTICAS
AUSCULTA
Na aorta descendente, ela tem uma projeção para o dorso
– à esquerda da coluna vertebral, então pode permitir a
ausculta
No sopro da Estenose Aórtica (valvar) irradia-se para o
sentido do fluxo, ou seja, para o Arco Aórtico e as Aa.
Carótidas
o Então, se ouvir um sopro na A. Carótida ou no
Arco Aórtico, pode ser uma projeção da estenose
Então, é necessário auscultar a aorta – deve-se avaliar o
pulso, como está a amplitude, se tem turbilhonamento ou
sopro (como em casos de aneurismas)
PULSOS PERIFÉRICOS
Logo após sair do VE (no local da Valva Aórtica), tem-se a
Aorta Ascendente Ao avaliarmos os pulsos periféricos, buscamos entender
o Dela emergem as artérias coronárias – A. várias coisas, principalmente por serem mais acessíveis
Coronária Direita e o Tronco da A. Coronária Frequência de Pulsação – quantos batimentos você tem
Esquerda durante 1 minuto
o As artérias coronárias se subdividem em A. o 60 a 100 bpm – normal
Coronária Descendente Anterior e em A. o > 100 bpm – taquicardia e quando ele estiver
Coronária Circunflexa acima de FC normal, falamos em TAQUISFGMIA
Da Crossa (Arco) da Aorta tem-se o Tronco (comum em casos de choque – pulso mais
Braquiocefálico, a Artéria Carótida Comum Esquerda e a acelerato)
Artéria Subclávia Esquerda saindo diretamente da A. o < 100 bpm – bradicardia
Aorta Ritmo – deve-se avaliar se existe regularidade entre uma
o A A. Carótida Comum Direita e a A. Subclávia pulsação e outra ou não
Direita saem do Tronco Braquiocefálico
Por fim, segue a Aorta Descendente – a qual possui
diversas ramificações ao longo do corpo
O pulso arterial geralmente é palpável e NÃO é visível ou Onda A gigante – vigorosa contração atrial direita
pode ser totalmente visível; já o pulso venoso é visível e (sobrecarregado)
NÃO é palpável o Atresia ou estenosa tricúspide – valva
O pulso venoso também tem como característica: relativamente fechada, então o átrio fica
o Aspecto ondulante hipertrofiado e sobrecarregado para vencer essa
o Mais visível do que palpável pressão
o Mais perceptível em posição horizontal o Estenose pulmonar
o Varia com a respiração – colabando na inspiração o HAP grave – hipertensão arterial pulmonar
o Desaparece quando se comprime as veias Ausência de onda A – o paciente que não te contração
jugulares na base do pescoço atrial, normalmente ocorre em arritmias
o Fibrilação atrial – ocorre uma despolarização
FLEBOGRAMA atrial por múltiplos focos e fazem com que o átrio
entre em um estado de fibrilação, então essa
Onda A – representa a contração atrial direita
despolarização rápida não gera qualquer
Onda C – aumento da pressão no AD decorrente da
contração
contração ventricular isovolumétrica –
o Fluter atrial
o Ao terminar de esvaziar o átrio tem-se a
Ausência de Colapso/Deflexão X – se não tem a onda A,
contração ventricular isovolumétrica – estará
não ocorre o colapso X que é o relaxamento atrial
com as valvas A-V fechadas e as Semilunares
(diástole)
ainda não abriram, então o ventrículo contrai na
o Fibrilação e Fluter atrial
cavidade fechada e promove uma pressão
Onda V gigante – reflete justamente a pressão do sangue
indireta nos átrios e causa a Onda C
entrando novamente no átrio
Colapso X – após isso tem a fase diastólica atrial, o
o Insuficiência mitral por causa da sobrecarga
relaxamento atrial
volêmica
Onda V – quando tem a entrada do sangue nos átrios
o Insuficiência tricúspide – sobrecarga de volume
começa a ter o aumento da pressão dele e causa essa onda
porque a valva não fecha direito e o sangue é
Colapso Y – quando esse sangue sai de forma passiva e
regurgitado
tem a queda da pressão atrial
Colapso/Deflexão Y profunda – é o súbito colapso
Em geral, o flebograma é a medida no ÁTRIO DIREITO –
diastólico do pulso venoso em situações de pressão
mas isso tudo acontece de forma simultânea no átrio
venosa muito elevada
esquerdo também
o Ocorre uma resistência da saída do sangue de
o Isso ocorre porque o AD reflete principalmente as
forma pacifica – demora para o sangue escoar
veias
para os ventrículos
o Pericardite constritiva e tamponamento
pericárdico
A – normal
B – Onda A gigante
C – Onda V gigante; então tem onda A e deflexão X – o
paciente NÃO está em fibrilação atrial, ele apenas tem
uma insuficiência tricúspide isolada
D – Onda V gigante com perda da onda A e do colapso X –
insuficiência tricúspide com a fibrilação atrial
E – colapso Y profundo – paciente com tamponamento
cardíaco e pericardite constritiva
INTRODUÇÃO
Situação normal – durante a diástole esperamos que as Além da Insuficiência Aórtica ter um sopro bem
valvas AV estejam abertas para receber o sangue e as característico, ela traz junto vários sinais clínicos –
Semilunares estejam fechadas para evitar o refluxo do costumamos dizer que nela TUDO PULSA
sangue o Vemos o paciente pulsar em diversos locais do
Ocorrem depois da B2 e antes da B1 corpo
Principais causas do sopro diastólico – Sinal de Musset – movimentação da cabeça (‘pendendo
o Estenose da Valva AV – nessas estenoses a maior para frente e para trás’)
parte dos átrios estarão sobrecarregados e têm Sinal de Quincke – pulsação do leito ungueal
uma contração mais vigorosa Sinal de Muller – pulsação da ulvula
Nítido intervalo entre a B2 e o sopro Sinal de Traube – som agudo sobre o pulso femoral em
devido ao relaxamento isovolumétrico ‘tiro de pistola’
Pode ser um reforço pré-sistólico – Sinal de Durozies – ruído sistólico femoral distal e ruído
dependendo da contração atrial diastólico femoral proximal à compressão dessa artéria
Baixa frequência (melhor audível com a o Ausculta a artérias antes e após e a compressão
campânula), tonalidade grave em para perceber o ruído
RUFLAR Pulsos amplos com ascensão e declínio rápidos –
o Insuficiência das Semilunares – o Pulso em Martelo D’Água – periférico
São protodiastólicos, aspirativos (por o Sinal de Corrigam – pulsaçãp da carótida
causa do refluxo do sangue), podendo o Sinal de Rosenbach – pulsação do fígado
ocupar a meso e a telediástole o Sinal de Becker – pulsação da retina
Alta frequência (melhor audível com o
diafragma) em decrescente – mais alto SOPRO DE AUSTIN-FLINT
no início da diástole e tende a diminuir
É um sopro semelhante ao da estenose mitral, audível no
foco mitral e provocado por uma Insuficiência Aórtica
INSUFICIÊNCIA AÓRTIC A
Grave
Etiologia – Ocorre pois a valva aórtica é próxima a valva mitral e
o Febre reumática quando uma grande quantidade de sangue reflui
o Aneurisma de AO, geralmente por dilatação da (associado a grande pressão), pode causar o fechamento
raiz da aorta e relacionado com envelhecimento da valva mitral
e fragilidade da parede arterial o Isso faz com que haja um sopro na valva mitral,
o Fibrocalcificação valvar – até 60% das EAo semelhante ao da estenose mitral
possuem IAo associada (dificuldade para abrir e Tende a ser mais PROTOdiastólico, diferente de outros
para fechar) sopros – é de fácil caracterização
o Dissecção aguda de AO
o Endocardite infecciosa – causa destruição e DIAGNÓSTICO COMPLEME NTAR
insuficiência da valva
Ecocardiograma – deve avaliar
Sintomas –
o Fração de ejeção do VE
o Sintomas relacionados à Insuficiência Cardíaca
o Diâmetro diastólico do VE – quando está muito
o Dispneia e astenia
dilatado é indicativo de cirurgias (mesmo
o Terror noturno – durante a madrugada
assintomáticos)
geralmente a FC cai (normal), mas se cair muito
aumenta o tempo da diástole e assim aumenta a
chance de regurgitação de sangue
Sensação de desconforto e morte
OBS – Se o AE está sobrecarregado por pressão, para ele se aliviar ESTENOSE TRICÚSPIDE
ele sobrecarrega a pressão na Artéria Pulmonar e inclusive pode
dilatar o tronco dela, causando o Sopro de Graham-Steell; por isso Semelhante ao da estenose mitral, porém é mais audível
pode acompanhar a evolução da doença pela monitorização da no FOCO TRICÚSPIDE – é um sopro menor
pressão da Artéria Pulmonar Sofre exacerbação com a Manobra de Rivero-Carvalho
Em geral, NÃO está associado com a hiperfonese de B1 e
nem a estalido de abertura com a estenose tricúspide
SOPRO
Tem a característica de um RUFLAR DIASTÓLICO (barulho
de asa de pombo) – é um som baixo e de baixa frequência
(melhor audível com a campânula do esteto)
Manobra de Valsava – costuma aumentar a magnitude do
sopro
SOPROS INOCENTES/FUNCIONAIS
P1
P2 P3
Princípios de Clínica Médica I
Prof.º Dr.º Flávio
Aula 01 – 06.02.2020
SÍNTESE DOS HORMÔNIOS
INTRODUÇÃO À ENDOCRINOLOGIA
• Derivados de aminoácidos:
o Dopamina, catecolamina e hormônio tireoidiano
• Neuropeptídeos pequenos: ▪ ESQUERDA – produção da Insulina
o GnRH, TRH, Somastotatina e ADH o Cadeia alfa e beta ligada por uma ponte de
• Proteínas grandes: sulfeto em cima da cadeia alfa
o Insulina, LH e PTH o Antes de ser essa molécula ela é uma pré-pró-
• Hormônios esteroides: insulina, vira pró-insulina e depois insulina
o Cortisol, testosterona, aldosterona e estrogênio quando ela perde a cadeia de peptídeo seco
• Derivados de vitaminas: ▪ DIREITA – pré hormônio chamado PONC
o Retinóides (vitamina A) e vitamina D o Da origem a vários outros hormônios como
exemplo ACTH (estimula a adrenal a produzir o
cortisol), MSH (estimula os melanócitos)
AÇÃO HORMONAL
TIPOS DE RECEPTORES
RECEPTORES HORMONAIS
▪ São macromoléculas proteicas que se associam a ligantes
para iniciarem seus efeitos
RECEPTORES DE CITOCINAS
▪ Análogos aos receptores de tirosinocinases – a união do
ligante induz a ligação do receptor às cinases
intracelulares
o JAK – 1, 2, 3 e TYK2
▪ GH, PRL e leptina ativam preferencialmente a JAK2
▪ As JAK fosforilam os componentes da família de
transdutores de sinais e ativadores de transcrição além de
outras vias de sinalização
EIXO DA TIREÓIDE
HORMÔNIOS
EIXO DA PROLACTINA
DOENÇAS DA ADENO-HIPÓFISE
QUADRO CLÍNICO
HIPERPROLACTINEMIA
• A maioria dos MACROADENOMAS hipofisários são lesões
• Causa muito comum para motivar uma consulta com o
NÃO FUNCIONANTES e por não apresentar a
endócrino, clínico e ginecologista
hipersecreção o diagnostico está relacionado com o
HIPOPITUITARISMO ou com o efeito de massa como • O aumento da Prolactina tem diferentes causas:
cefaleia e distúrbio visuais o FISIOLÓGICAS – gestação, amamentação,
estresse, estimulação mamilar (ato sexual na
• Os adenomas hipofisários não secretantes são achados
noite anterior a coleta do exame), exercício e
incidentais (10%) e são achados em exames radiológicos
sono
• Outros sinais: Apoplexia Hipofisária, compressão dos
o MEDICAMENTOS – número imenso de remédios
nervos cranianos (relação anatômica com o Seio
que podem causar o aumento, principalmente:
Cavernoso – 3º, 4º e 6º), atrofia dos Nervos Ópticos, crises
▪ Bloqueador do receptor de DOPAMINA
convulsuionais, rinorréia, diabetes insipidus e outros
– a dopamina inibe a Prolactina, se usa
um bloqueador do receptor dela, faz o
DEFEITOS NO CAMPO VISUAL efeito contrário
▪ Geralmente acontece no MACROADENOMA, no ▪ Estrógenos – mulheres que tomam
microadenoma é muito raro de acontecer anticoncepcionais e tem a Prolactina um
▪ A Hipófise fica logo abaixo do Quiasma Óptico, que tem pouco aumentada, provavelmente é da
dois tipos de fibras: laterais e medianas medicação
o Laterais – NÃO CRUZAM O QUIASMA e são o DOENÇAS DO EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE –
responsáveis pela visão CENTRAL ▪ Prolactinomas – micro ou macro;
o Medianas – CRUZAM O QUIASMA (internas) e são ▪ Pseudoprolactinomas – são tumores
responsáveis pela visão LATERAL que de alguma forma comprimem a
▪ Quando um tumor comprime o Quiasma Óptico ele lesa a Haste Hipofisária (onde passa a
fibra interna, a que cruza o Quiasma Óptico, então tem o Dopamina), e dessa forma a Dopamina
comprometimento da visão lateral do paciente deixa de fazer o seu estímulo na Hipófise
o HEMIANOPSIA BITEMPORAL BILATERAL Anterior, e sem o estímulo inibitório
essa Prolactina aumenta
• Os valores de Prolactinomas as
MUITO altos e os dos
Pseudoprolactinomas são mais
baixos
DOSAGEM DA PROLACTINA
▪ Deve ser feita mais de uma vez para diagnosticar – já que
pode se elevar em situações de estresse
▪ Ajuda a diferenciar diferentes causas de Prolactnemias
▪ Valor de referência: 15 a 25 ng/ml
TRATAMENTO
▪ Definitivo: eliminar a causa básica
▪ Principal: restrição da ingestão hídrica – 500 mL
▪ Pode ser associado a Furosemida
DIABETES INSIPIDUS ▪ Se não houver resposta:
o Emprego de medicações que diminuem a
▪ Paciente urina muito mas a urina dele tem uma
resposta dos Túbulos Coletores ao ADH e
característica de água de tão clara que ela é – pouco
aumentam a excreção de água livre
concentrada e de volume muito grande
▪ Demeclociclina, Carbonato de Lítio e
▪ Deficiência do ADH:
Fludocortisona
o Central – genética, congênita (muito raro) ou
adquirida (muito comum – principalmente pós
TCE e neurocirurgia)
o Não produz ADH
▪ Resistência ao ADH:
o Produz ADH na neuro-hipófise mas o seu
funcionamento é anormal – então ele urina
muito
o Pode ser genético ou adquirido principalmente
devido a algumas medicações
▪ Excessiva degradação de ADH
QUADRO CLÍNICO
▪ Poliúria persistente (pode chegar a 12 litros por dia), sede
(principalmente bebidas geladas) e polidpsia
▪ Acontece de forma abrupta
▪ Nictúria quase sempre está presente
▪ Se o acesso à água for interrompido ocorre o aumento da
osmolaridade plasmática com manifestações neurológicas
(irritabilidade, confusão, ataxia etc)
TIREÓIDE
ANATOMIA
HISTOLOGIA
Células Foliculares –
o Secreção da Tireoglobulina e HT (hormônios
tireoidianos)
o Delimitam o lúmen do folículo preenchido com o
líquido coloide
o O ápice é voltado para o lúmen/colóide e a
porção basolateral voltada para a região
extrafolicular
Células Parafoliculares – se localizam no meio do folículo
o Derivada da crista neural
o Produzem a Calcitonina – relacionada a
regulação e o metabolismo do cálcio e do fosforo
EMBRIOLOGIA o Tem como objetivo REDUZIR A CALCEMIA
promovendo a formação óssea
A Glândula Tireoide é uma das primeira ou a primeira que
se forma no embrião – durante as primeiras semanas de
vida
Tem a sua origem na base da língua e migra até a região
cervical nas primeiras semanas de gestação
Contudo, ela só começa a produzir o seu próprio hormônio
a partir da 20ª semana
o Por isso, nas primeiras semanas depende única e
exclusivamente do hormônio tireoideiano da
mãe
Surge de um broto da endoderme, e por meio dos fatores
de transcrição ela irá formar os seus Folículos Tireoidianos
o As Células Foliculares se agrupam em formato
cilíndrico – como várias bolas – e quando corta é METABOLISMO E DISTRIBUIÇÃO DO IODO
possível vê-las agrupadas e no meio delas tem o O Iodo é necessário para a formação dos hormônios
LIQUIDO COLÓIDE (o líquido que reveste e tireoidianos
preenche toda a glândula) Todo iodo que adquirimos através da alimentação, sai
o Além das Células Foliculares temos as Células igualmente na urina e nas fezes – mas a todo momento
Parafoliculares (células C) que são de origem ele participa de forma ativa para a formação dos
neuroectodérmica e originam outros hormônios hormônios tireoidianos
INSPEÇÃO
PALPAÇÃO
DOENÇAS
HIPOTIROIDISMO
HIPERTIROIDISMO/TIRE OTOXICOSE
DOENÇA DE GRAVES
TIREOTOXICOSE
Principal causa de Tireotoxicose e Hipertireodismo
Síndrome clínica da exposição ao excesso dos hormônios
primário
tireoidianos sendo produzidos pela glândula ou não
Acomete mas mulheres do que homens
Doença de Graves – doença auto imune em que o
Possui associação com eventos adversos pessoais, então
anticorpo produzido estimula a Glândula Tireoide produzir
normalmente esses pacientes sofreram a há um tempo
HT e esse hormônio
problemas psicológicos
o Então tem uma tireotoxicose com o
Histórico familiar de doenças tireoidianas
hipertirodismo
Nesse caso, é criado um receptor contra um receptor do
Factícia – comum; a pessoa começa a tomar T4 e T3
TSH – chamado de TRAb
mesmo que tenha a função normal para acelerar o
o Anticorpo que vai se ligar e funcionar igual ao
metabolismo
TSH, então ele estimula a tireoide a produzir mais
o Tem excesso de hormônio em circulação, mas
tiroglobulina, aumenta o tamanho da célula
que não vem da Glândula Tireoide – Tireotoxicose
folicular e produz mais T3 e T4 – e como ele não
SEM hipertireoidismo
obedece o feedback, ocorre um aumento
Hamburguer – ‘carne de pescoço’ quando moída para
indeterminado da produção de T4 e T3
fazer o hambúrguer levava junto a tireoide do animal e
Sinais e sintomas de Tireotoxicose, Bócio e Exoftalmia
dentro dos folículos tinha hormônio tireoidiano bovino e
quando comia eles apresentavam uma TIREOTOXICOSE
SEM HIPERTIROIDISMO pois não é da Glândula Tireoide ASPECTO MICRO E MACROSCOPIO
dela Ocorre destruição dos folículos
Aumentam os vasos sanguíneos – aumento do fluxo
HIPERTIROIDISMO sanguíneo com o ‘sopro tireoidiano’
TSH se liga ao receptor e aumenta o tamanho da célula
A Glândula Tireoide produz em excesso esse hormônio
folicular, então ocorre o BÓCIO DIFUSO pois a glândula
Todo hipertiroidismo leva a um quadro de Tireotoxicose,
aumenta como um todo – se uma forma bem regular dos
mas nem todo caso de Tireotoxicose decorre de uma
dois lados
hiperfunção de uma hiperfunção da Glândula Tireoide
Alteração anatômica
Os nódulos sólidos da tireoide são comuns – não são
facilmente palpáveis (4-7% mulheres e 1% homens)
A maioria dos nódulos são BENIGNOS mas clinicamente,
pela anamnese, dados e exame físico, pode correr um
risco maior de malignidade
Mais comuns em mulheres – então se for encontrado em
homens, tem maior chance de ser maligno
ZONA FASCICULADA
A maior zona do córtex da Adrenal
Recebe o estímulo do ACTH que vem da Hipófise e é
responsável pela produção dos Glicocorticoides
o O principal é o CORTISOL
Tem ação anti-inflamatória, anti-alergênica e é importante
pra manutenção do nosso meio
ZONA RETICULAR
Estimulada pelo ACTH e por outras substâncias até
desconhecidas que irão fazer a produção dos hormônios ESTEROIDOGÊNESE
sexuais – principalmente os masculinos
TODOS os hormônios derivados da Glândula Adrenal
o Cerca de 10% da Testosterona é produzida por ela
derivam de uma molécula de COLESTEROL
no homem e os 90% no Testículo
A partir daí ocorrem mudanças na cadeia do colesterol
o Na mulher em torno de 50% é produzida pelos
A molécula de colesterol sofre a ação de uma enzima –
Ovários e 50% pela Glândula Adrenal
hidroxilases – que são responsáveis pela ação de
diferentes hormônios dentro da glândula
MEDULA
o Zona Glomerulosa – o colesterol vira um
Composta por Células Cromafins que irão produzir as mineralocorticoide – Aldosterona
catecolaminas – Adrenalina e Noradrenalina o Zona Fasciculada – vira um glicocorticoide –
Colesterol
o Zona Reticulada – produção dos hormônios
sexuais
BIOQUIMICAMENTE
Se medir a ação da enzima 21 hhdroxilase em um
pacientes com as formas clássicas:
o Na Forma Perdedora de Sal, a ação da enzima é
de 0,1% - possui uma deficiência muito grande
ALTERAÇÕES DAS FORMAS CLÁSSICAS
o Na Forma Virilizante Simples varia entre 1 e 1,5%
de ação e efetividade da enzima – deficiência A única diferença é que na Forma Virilizante Simples ela
menor mas muito grave também começa um pouco mais tardiamente, cerca de 1 ano – já
E por fim a forma não clássica ela tem de 30 a 50% da na Forma Perdedora de Sal, se não for tratada (1 semana
enzima – então consegue continuar o processo de ação de vida) pode ir a óbito
nos hormônios O quadro clínico depende da exposição intrauterina ao
Dessa forma tem aumento das substâncias que são aumento dos hormônios sexuais masculinos -
precursoras da 21 hidroxilase hiperandrogenismo
o Aumenta principalmente a 17 OH progesterona
na Zona Fasciculada – marcador de Hiperplasia 45XX
Adrenal Congênita
Ao nascimento/infância:
o A atividade da enzima acumula na Zona Reticular
o Genitália externa ambígua – pseudo-
então começa a produzir mais hormônios sexuais
hermafroditismo-feminino
masculinos (andrógenos) do que deveria produzir
o Virilização precoce – entra em uma ‘falsa’
puberdade – pseudopuberdade precoce
heterossexual
Entra como se fosse um menino, mas na
verdade é uma menina (45XX)
o Avanço da idade óssea
o Crescimento linear acentuado – risco de baixa
estatura
o Hirsutismo
Idade adulta:
o Alterações menstruais e infertilidade
ETIOLOGIA
APA – Adenona Produtor de Aldosterona
o Tumores esporáticos em geral
o Uni ou Bilaterais – a maioria é unilateral
o Causa de 30% a 80% dos casos de HAP – 2ª maior
causa
o Tumores benignos e pequenos de até 3 cm
o Mais comum em mulheres jovens e crianças
o Apresentam padrão celular híbrido – células da
glomerulosa e da fasciculada
Hiperplasia Bilateral ou Hiperaldosteronismo Idiopático
(HAI) – OBSERVAÇÕES
o Considerado o subtipo mais prevalente de HAP
Tumores raros <1 % dos hipertensos
o Ocasionalmente as adrenais apresentam-se
Acontece em qualquer faixa etária
normais
Hipertensão arterial não é uma regra para o diagnóstico
o Eventual presença de nódulos Os principais sinais e sintomas são: sudorese, dor de
o Frequentemente estão associados à hiperplasia
cabeça e palpitação – mas aparecem em menos de 50%
do córtex adrenal
dos casos
Deve saber essas diferenças porque o tratamento para cada uma
delas é DIFERENTE QUADRO CLÍNICO
Características da HAS:
FEOCROMOCITOMA o Paroxística – eleva e abaixa o tempo todo
Rara Tumores de NA e Adrenalina
Acomete a medula da adrenal – que possui Células o Persistente – 60% dos casos
Cromafins e produz Adrenalina e Noradrenalina Tumores secretores de NA
A região medular é um gânglio simpático em localização HIPERTENSÃO EM FEOCROCITOMA NÃO É UMA REGRA
diferentes FEO produtores apenas de ADR podem apresentar
TODOS esses gânglios podem sofrer doenças e causar o hipotensão
aumento das catecolaminas
FEOCROMOCITOMA – Doenças dos gânglios simpáticos DIAGNÓSTICO
localizados na adrenal X PARAGANGLIOMA – doença dos
Clínica/suspeita
gânglios simpáticos localizados FORA da adrenal
Dosagem de catecolaminas e metanefrinas urinárias e/ou
plasmáticas
Teste de supressão: clonidina X Teste de estímulo:
glucagon
QUADRO CLÍNICO
TRATAMENTO
IA Primária -
o Hiperpigmentação, astenia, fraqueza, perda Glicocorticóide – não existe um GC fisiológico
ponderal, náusea, vômito, hipoglicemia, Mineralocorticóide
hipotensão, avidez por sal, amenorreia, Prevenção
depressão, psicose, redução da libido e da Crise adrenal aguda
pilificação corporal, vitiligo, calcificação auricular
IA Secundária – INCIDENTALOMA ADRENAL
o Diferem em 2 aspectos da primária – NÃO ocorre São definidos com LESÕES em região adrenal(is)
a hiperpigmentação e geralmente tem AUSÊNCIA descobertos em exames radiológicos realizados por
de depleção hídrica devido a preservação da outros motivos – excluindo pacientes que os realizam para
secreção de mineralocorticoides rastreamento de malignidades ou que aja suspeita de
o Sintomas podem ser mais brandos patologia adrenal
Malignidades são causas incomuns de IA em pacientes que
não tem câncer
Diante do achado de um IA, devemos fazer 2 perguntas
importantes –
o 1 – benigno x maligno
o 2 – funcionante ou não funcionante
ETIOLOGIA
Autoimune – associação com outras doenças autoimune e
síndrome poliglandular
Infecciosas – tuberculoso/Pbmicose
AIDS
ASPECTOS GERAIS
FISIOLOGIA
SECREÇÃO INSULÍNICA
A partir do momento em que ingerimos açúcar por meio
do carboidrato, ele entra dentro da célula beta (ocorre a
COMPLICAÇÕES VASCULARES
quebra da glicose), gera ATP e essa geração de ATP
Existem dois tipos: de pequenos (microvasculares) e promove o fechamento dos canais de cálcio na célula beta
grandes vasos (macrovasculares) O fechamento dos canais de cálcio promove a
MICROVASCULARES – despolarização da membrana plasmática fazendo com que
o Retinopatia diabética – uma das principais aconteça a abertura do canal de cálcio
causas de cegueira no mundo O cálcio extracelular entra na célula – influxo de cálcio
o Nefropatia diabética – uma das complicações E esse influxo é o MENSAGEIRO para que os grânulos de
que mais levam os pacientes a entrarem em insulina que estavam estocados sejam secretados na
hemodiálise circulação
o Neuropatia diabética – principalmente se tiver Existem 2 picos de secreção de insulina –
um mal controle por muitos anos, pode o O primeiro está relacionado com a nossa
apresentar problemas como ausência de alimentação (mais proeminente)
sensibilidades, dores e formigamentos o E o segundo pico, que é mais baixo, e depende
MACROVASCULARES – basicamente da insulina que foi formada
o AVC, Infarto e Insuficiência Arterial Periférica –
o paciente possui um risco de 2 a 3 vezes maior
FATOR AMBIENTAL
Em um indivíduo saudável, em todo momento existe a
secreção de insulina (secreção basal) São fatores desencadeantes da chance maior que a pessoa
Contudo, a partir do momento em que comemos algo eu possui de ter uma doença autoimune
contém carboidrato, existe a secreção de insulina Exposição ao vírus – principalmente o Coxsackie e Rubéola
estimulada pela alimentação Toxinas – pesticidas, nitratos, comidas defumadas,
o Ou seja, a secreção fica aumentada normalmente nitrosaminas e outros
no café da manhã, almoço e janta Deficiência da vitamina D
Alimentar – principalmente devido à exposição precoce ao
leite de vaca e a baixas concentrações de zinco
DIABETES MELLITUS TI PO 1
Estresse
5% a 10% de todos os pacientes diabéticos do mundo
Pode ser dividido em duas formas: FATOR AUTOIMUNE
o Tipo 1-A: é a grande maioria (90%) e ocorre
quando consegue afirmar que existe um fator Relacionado diretamente com a participação de linfócitos
autoimune evidente (anticorpos) TeB
o Tipo 1-B: ocorre a mesma história do A, mas não Tem-se uma destruição das células beta (principalmente
possui evidência de autoimunidade pelos linfócitos T) e os linfócitos B vão reagir a essa
A grande maioria dos pacientes estão na faixa de crianças destruição produzindo marcadores de destruição da
e adolescentes – contudo, ele PODE ACONTECER EM célula beta – INSULINITE
QUALQUER FAIXA ETÁRIA O linfócito B produz anticorpos como: anti-insulina (IAA),
Caracterizada pela DESTRUIÇÃO (apoptose) DAS CÉLULAS anti-ilhotas (ICA), anti-tirosinofosfatase tipo 2 (IA2), anti-
BETA – causada por um problema imunológico auto- descarboxilase do ácido glutâmico (anti-GAD) e anti-
imune transportador de Zinco
NÃO produz quase nada ou nada de insulina, e sem ela o São marcadores da destruição
NÃO tem a entrada de glicose na célula Anticorpo NÃO destrói a célula beta, eles são apenas
o O corpo reconhece a célula beta como anormal, MARCADORES
que promove um processos inflamatório e
destrói essas células
A prevalência varia de acordo com a localidade – existe
uma incidência maior em países mais ao norte, e pode ser
uma questão relacionada com a exposição à luz solar
A agregação familiar é RARA – não é comum, por exemplo,
ter um pai e um filho com DM1
FISIOPATOLOGIA
TRATAMENTO
CETOACIDOSE DIABÉTIC A
TECIDO GORDUROSO
O tecido gorduroso, no paciente obeso, é um tecido
extremamente inflamatório que libera diversas
substâncias – principalmente os ácidos graxos livres, que
causarão uma LIPOTOXICIDADE no pâncreas, então ele
aumenta a resistência à insulina e diminui mais a
produção de insulina pela lipólise (quebra da gordura)
Quando fazemos o diagnóstico da DM Tipo II – a grande
maioria dos paciente soa assintomáticos ou FÍGADO
oligosintomáticos, e então atrasa o diagnóstico e o Resistência Insulínica e Fígado – o fígado é responsável
tratamento efeiciente cerca de 4 a 7 anos pela produção de glicose, principalmente no período de
o Normalmente, no diagnóstico metade da função jejum
pancreática do paciente já foi esgotada –
A produção basal de glicose hepática em jejum do paciente
restando apenas 50% da produção de insulina
diabético é MUITO maior do que em um paciente não
Existe uma redução na produção de insulina pela célula diabético
beta – devido a uma DISFUNÇÃO nessas células
Logo, tem pouco insulina (e a que tem não funciona), tem
aumento do glucagon e então ele vai no fígado e aumenta
CÉLULAS ALFA a produção da glicose
Em uma situação normal, o paciente tem uma refeição –
seu nível de glicose sobe, acompanhando, o nível de MÚSCULO
insulina sobe e o glucagon desce (hormônio contra
O músculo é o principal captador de glicose no organismo
regulador da insulina)
– ele é o grande utilizador de glicose da nossa circulação
Em um paciente diabético DM2, ele come e aí a glicemia
A RI no músculo do paciente DM2 leva a uma MENOR
dele sobe muito mais do que o normal e a insulina NÃO
captação de glicose
sobe, ou sobe bem pouco devido à deficiência de insulina;
o Logo, juntando os fatores mencionados até
contudo, o glucagon SOBE
agora, temos o AUMENTO DE GLICOSE NA
POR QUÊ O GLUCAGON SOBE? Alguns estudos sugerem
CORRENTE SANGUÍNEA
que a célula beta passa por um processo de modificação e
ela se desdiferencia passando a ser reprogramada –
EFEITO INCRETINA
O intestino secreta hormônios que tem grande
importância e ligação com o pâncreas
Esses hormônios (incretinas) promovem alterações no
pâncreas quando temos a chegada de comida ao intestino
o Principalmente o GLP-1, produzido no TGI distal
(antes de chegar no intestino grosso) e ele tem
diversos efeitos – ele AUMENTA a secreção de
insulina DIMINUI a do glucagon
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
Hiperglicemia –
o > 600 mg/dL
Hiperosmolaridade –
o >320 mOsm/Kg
Acidose e/ou cetose é MÍNIMA ou AUSENTE
HIPOGLICEMIA
CONSEQUÊNCIAS
FISIOPATOLOGIA
LIPOPROTEÍNAS
GORDURA E ÁGUA NÃO SE MISTURAM – por isso, para a
gordura ‘caminhar’ na nossa circulação em que o meio é
aquoso, ele precisa ser carregado de uma forma mais fácil
Eles precisam ser transportados no plasma em associação
com proteínas específicas que formam complexos solúveis
chamados de LIPOPROEÍNAS
SEGUNDA CLASSIFICAÇÃO/CATEGORIZAÇÃO
Hipercolesterolemia Isolada
LDL e Tireoide – Hipertrigliceridemia
o Quando temos uma diminuição dos níveis Hiperlipidemia Mista
circulantes de HT, também temos a redução dos HDL baixo – normalmente está relacionado com o
receptores de LDL no Fígado triglicérides aumentado
HIPERQUILOMICRONEMIA
TRATAMENTO
SÍNDROME METABÓLICA
HEMOGLOBINA GLICADA
DIAGNÓSTICO DE DM
VALORES DE REFERÊNCI A
Colesterol Total = < 200
Triglicérides = < 150
HDL = > 40
LDL – Valor muda conforme a estratificação de risco
o Risco baixo < 130
o Risco intermediário < 100
o Risco alto < 70 – paciente que nunca infartou mas
possui outras comorbidades
o Risco muito alto < 50 – normalmente se o
paciente já infartou tem um risco muito alto
IMPORTANTE/DICAS:
Saber quais são os exames da glicemia e quais são para
acompanhamento e quais são para diagnóstico
O que é a hemoglobina glicada e para que ela serve –
reação não enzimática, dado em %, serve para diagnóstico
e acompanhamento
Saber os valores de cada exame que diagnosticam a
diabetes
Lembrar que solicitamos o colesterol total, HDL e
triglicérides
Lembrar da fórmula de Frieldewald – pega o triglicérides e
divide por cinco, soma com o HDL e tira do valor total
só serve quando tiver < 400 de triglicérides
Para dosar LDL com TG > 400 deve pedir ao laboratório
ANTICORPOS
Tireoide de Hashimoto (hipotiroidismo) –
reconhecimento pelo sistema imunológico das células
foliculares como sendo algo estranho, logo, acaba
destruindo os folículos e diminui a produção de T3 e T4
o Como um marcador da destruição tem a
Esses fótons são medidos através de um fotomultiplicador formação dos anticorpos
(PMT) que tem a função de transformar a luz enviada em o Anti-TPO (anti-peroxidase) e anti-tireoglobulina
impulsos elétricos Doença de Graves (hipertiroidismo) – o sistema
Os impulsos são lidos em CONTAGENS de luz por segundo imunológica acaba criando um anticorpo contra o receptor
– proporcional ao valor de antígenos na amostra do TSH, e ele acaba funcionando como o próprio TSH
o Logo, a presença desse anticorpo (TRAb) se liga
ao receptor e faz com que a glândula produza
mais HT
DICAS:
Lembrar principalmente dos exames relacionados com o
TSH – doenças e anticorpos
Dosagem da prolactina
Contra-reguladores da insulina e os testes usados para
confirmar diagnóstico
ATEROSCLEROSE
CK-MB
ECOCARDIOGRAFIA
ATC – Cateterismo/Angioplastia
IMPORTANTE:
Marcador positivo com ECG normal – IAMSSST
o Se o ECG tem supra do ST, NÃO precisa dosar as enzimas –
Marcador negativo com ECG normal – Angina Instável
já é diagnóstico de IAM
o Se for rápido, faz Angioplastia
CATETERISMO/ANGIOPLASTIA
o Se demorar ou não tiver o aparelho, administrar
Usado no paciente com dor torácica, ECG com IAMCSST e Trombolítico
chegou rápido no hospital o Paciente com dor típica e fator de risco indicando IAM mas
Normalmente o cateterismo é feito na região inguinal ou ECG normal – pensar em IAMSSST ou Angina Instável
no braço, e com o Raio X é possível ver como está a o Deve dosar os marcadores, se vier positivo é
situação do coração infarto, e se tiver negativo é angina
Marina Cavalcante Chini
Exames
P1
P2 P3
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Prof.º Dr.º Mário
Aula 01 – 11. 02.2020
SANGUE CENTRIFUGADO
HEMOGRAMA COMPLETO
• HEMÁCIAS – 45% do total do sangue
INTRODUÇÃO • LEUCÓCITOS – 1%
• PLASMA – 54%
❖ Exame simples e de baixo custo o 90% do plasma é composto por água
❖ Pode ser automático (maioria atualmente) ou manual o Nos 10% restantes podemos encontrar:
❖ Nele contém MUITAS INFORMAÇÕES proteínas, hormônios, íons, sais minerais, zinco,
cobre, minério, vitaminas, glicose, oxigeno, gás
COLETA carbônico, bicarbonato, gordura e outros
• Hoje é possível separar a quantidade dessas três
❖ Deve ser colocado no TUBO ROXO porque contém o EDTA
composições
– anticoagulante que impede o cálcio de atuar na cascata
de coagulação
❖ No tubo contém uma etiqueta de identificação com os
dados do paciente
❖ NÃO é necessário jejum para realizar um hemograma
completo
o Como normalmente a pessoa vai realizar outros
exames que precisam de jejum juntamente com
o hemograma, então elas fazem em jejum
❖ Na maioria das vezes é feito pela coleta do sangue venoso
o Mas pode ser feito pela sague arterial porque só
precisa que sejam células sanguíneas, não
importa de onde
HEMOGRAMA MANUAL
HEMOGRAMA AUTOMÁTICO
DEGRADAÇÃO HEMATÓCRITO
• DIAPETESE – a hemácia pode variar a sua forma e passar • Medida de proporção das hemácias no sangue
em todos os capilares no começo da sua vida • Não é certeiro para diagnosticar a anemia
• No final dos 120 dias a membrana das hemácias fica rígida • NORMAL –
– não possui mais a diapetese o 45% corresponde aos eritrócitos
• Ocorre no baço ou no fígado o <1% leucócitos
• No baço temos as trabéculas: o 55% de plasma
o As hemácias que estão novas conseguem passar, • Se tiver 70% de eritrócitos, teoricamente teriam 29% de
mas as que estão com a membrana rígida não plasma – ou seja, tem pouca água =
passam e os macrógafos destroem elas e o seu HEMOCONCENTRADO
produto da sua degradação continua no sangue: • Se tiver muita agua o sangue esta HEMODILUIDO
bilirrubina, grupo heme etc
ÍNDICE HEMATIMÉTRICO
• HEMOCATERESE – DESTRUIÇAO DAS HEMÁCIAS
TIPOS DE ANEMIAS
ANEMIAS MICROCITICAS
• Anemia Ferropriva
• B- Talassemia Menor
• B- Talassemia Maior
• Doença da Hemoglobina H
• Anemia Sideroblástica – anemias que depositam ferro
dentro das hemácias
ANEMIAS MACROCITICAS
SÉRIE PLAQUETÁRIA
PLAQUETOSE
Aumento de plaquetas
Doenças Mieloproliferativas Crônicas
Pós-hemorragias
Infecção/Inflamações Crônicas
Lesões Teciduais
Esplenectomia – porque as plaquetas são fagocitadas no
baço, então com a sua retirada, aumenta a sua quantidade
no sangue
Marina Cavalcante Chini
Princípios de Clínica Médica I – Exames Complementares
Prof.º Dr.º Mário
Aula 03 – 17.03.2020
Deve ser feita através do JATO MÉDIO URINÁRIO – o
EXAME DE URINA – URINA TIPO I paciente despreza o primeiro jato de urina, e no segundo
jato coloca-se o coletor e coleta uma quantidade ideal de
URINA TIPO I urina
o Cerca de 40 a 50 mL de urina
Também conhecido como: o NÃO deve-se encher o frasco pois pode vazar e
o EAS – Elementos Anormais e Sedimentos atrapalhar no exame
o Urinálise – análise da urina O recipiente coletor é descartável e deve ser limpo e seco
‘Tipo I’ – pois é realizado APENAS o exame de urina para não interferir no resultado do exame
o Não realiza-se urocultura, avaliação da presença O ideal é identificar o frasco coletor com o nome do
de drogas ou substâncias na urina paciente, data e o horário da coleta
o Apenas o exame SIMPLES o Com canetas permanentes para não correr o risco
o ‘Tipo II’ – utiliza-se quando faz também a de erros e trocas de exames nos laboratórios
urocultura ou procura outras substâncias que não A análise ideal é a que é feita em até 1 hora após a coleta
são encontradas no exame simples o A amostra pode ficar de 2 a 14h para fazer a
Exame semiquantitativo – pois não demonstra no análise – mas não é o ideal
resultado os valores absolutos, e sim se deu FORTE, FRACO
ou MÉDIO reator O EXAME
Realizado de maneira não invasiva através da amostra
coletada de urina É divido em 3 partes:
o É considerado invasivo quando a amostra é o Exame Físico
colhida por meio do cateter vesical – de forma o Exame Químico
asséptica menores probabilidades de o Exame Microscópico do Sedimento – avalia os
resultados falso positivo e falso negativo sedimentos que ficam no fundo do frasco de
Exame barato – custa em média 10 reais coleta
Traz várias informações das funções metabólicas do
paciente EXAME FÍSICO/MACROSCÓPICO
Se for feita uma amostra ao acaso da urina, ela poderá ter O QUE É UMA TIRA REAGENTE?
uma densidade de 1.002 a 1.030
Se for feita uma urina de 24 h – o paciente urina em um Única avaliação que NÃO é feita por macroscopia
Tiras plásticas que possuem substâncias que revelam a
frasco maior durante 24h e leva para a análise
positividade por modificações da cor
o A densidade varia de 1.015 a 1.025
O VALOR DE REFERÊNCIA DE DENSIDADE PODE MUDAR Mostra uma faixa de proximidade – NUNCA os valores são
reais (exame semiquantitativo)
DE ACORDO COM O LABORATORIO
SIMPLES – avaliam apenas 1 parâmetro, no caso, a
Lembrando que a densidade da água é de 1.000 – logo, a
urina é mais densa que a água, então a tendência é ela se densidade
MÚLTIPLAS – avaliam vários parâmetros
depositar no fundo do frasco ou do recipiente
Sinaliza a capacidade de concentrar ou diluir –
EXAME QUÍMICO
o Urinas MENOS densas nos mostram que o
paciente está HIDRATADO São avaliados os seguintes parâmetros: pH, nitrito,
o Urinas MAIS densas podem mostrar que o proteínas, glicose, corpos cetõnicos, urobilinogênio,
paciente NÃO ESTÁ HIDRATADO bilirrubina e hemoglobina
Existe uma avaliação, pela densidade da urina no exame, O valor de referência é que todos os elementos estejam
em que podemos avaliar a osmolaridade da urina - AUSENTES e para que o valor do pH seja sempre ÁCIDO
o A osmolaridade do homem é cerca de 295 a 300 (em torno de 6,0 a 6,5)
(no sangue) Toda a parte da química da urina pode ser realizada de
o Porém na urina é diferente, e para avalia-la existe duas maneiras para fazer a quantificação desses
um cálculo: a osmolaridade da urina vai ser igual elementos –
as últimas duas unidades da densidade da urina e o Máquina
multiplicar por 35 o Tiras de reagentes
Normalmente de 50 até 900
miliosmolar é considerado NORMAL a
PH
osmolaridade de uma urina
Deve ser em torno de 4,5 a 8,0
o O pH também pode variar de acordo com o
laboratório
O pH urinário reflete a capacidade do rim em manter a
concentração normal dos íons de hidrogênio no líquido
extracelular
OBS GLICOSE
1. O pH urinário NÃO é usado para avaliar o pH do Avalia a presença ou não de glicose na urina
paciente, o ideal é fazer a gasometrial arterial, mas o Também é feita por meio das fitas e também é avaliada
pH urinário pode ajudar na indicação por meio das ‘cruzes’
2. Alguns antibióticos funcionam melhor com pH ácido Glicosúria – presença de glicose na urina
e outros com o pH alcalino – ou seja, nem todos o Comum em pacientes que não fazem o controle
servem para a infecção urinária com a insulina ou medicamentos
a. Os melhores são feitos para agir em Antigamente era feita avaliação macroscópica através da
ambientes ácidos, pois as bactérias que presença de formigas na urina ou provando a urina para
causam a infecção urinária gostam de vivem ver se era doce ou não
em meios ácidos Classificação:
b. Ex: ciprofloxaxina e furantorína o Traços <100 mg/dL
o + < 250 mg/dL
o ++ < 300 mg/dL
o +++ < 500 mg/dL
PROTEÍNAS o ++++ > 1.000 mg/dL
MIOGLOBINA
A mioglobinúria (presença de mioglobina no sangue) pode
ocorrer quando:
o Destruição aguda das fibras musculares por meio
de exercício excessivo, convulsões, hipertermina
e queimaduras graves (principalmente as de 3º
grau, pois atingem o músculo)
OBS
URINOCULTURA E ANTIBIOGRAMA
OBSERVAÇÕES
Um adulto de porte médio tem cerca de 3 litros de plasma
FUNÇÃO RENAL (água, metabólitos e nutrientes diluídos)
Envolve várias funções pertinentes aos rins: o Logo, o rim desse adulto tem a capacidade de
o Filtração glomerular – ocasiona a eliminação de fazer a filtração de 180 litros de plasma por dia
produtos nitrogenados o Cabe dizer que o rim tem a capacidade de filtrar
o Eritropoiese – a eritropoietina é um hormônio os 3 litros de plasma do sangue 60 vezes por dia
secretado pelo rim para a maturação das células De tudo o que é filtrado, são excretados somente 1,5 litros
do sangue de urina por dia (de 180 litros) – contando com a reposição
o Regulação do cálcio e do fósforo da ingesta de líquidos durante o dia
o Regulação do volume extracelular Dessa forma, 99% do filtrado do rim é REABSORVIDO pois
o Controle da pressão renal – por meio das o nosso organismo precisa reutiliza as substâncias
arteríolas aferentes e eferentes, o rim faz o
controle; além dos inibidores da ECA POR QUÊ FILTRAR TUDO ISSO?
o Regulação do balanço de potássio
Para remover os produtos da degradação mais
o Equilíbrio ácido-base – por meio da função de
rapidamente – Não esperar acumular durante o dia e a
TAMPÃO que o rim faz por meio dos íons pessoa vir a sofrer com os metabólitos e as substâncias
hidrogênio que possam comprometer o organismo
COLETA
RECOMENDAÇÕES:
DIAGNÓSTICO DE DRC
Resposta: ALT/TGP
HEPATOGRAMA II
ENZIMAS HEPÁTICAS II
É um pouco mais ESPECÍFICA ao pensar nas Vias Biliares e A causa mais comum de colestase é a parada da descida
também em relação aos seus valores de referência da bile até o duodeno pelo Ducto Colédoco
Normalmente são os cálculos menores que obstruem essa
passagem, então toda a produção da bile fica estaseada na
Vesícula Biliar
o Pode ser também: tumor, colangite e outros
Logo, ocorrerá o aumento da fosfatase alcalina por ela
estar muito relacionada com a vesícula
OBS 1 –
ICTERÍCIA INTRA-HEPÁTICA
Dentro do hepatócito, essas icterícias podem decorrer de
problemas de –
o Captação – existem doenças que não conseguem
captar a bilirrubina, ou seja, algum problema
relacionado com a Albumina
o Conjugação – problemas relacionados com a
conjugação do ácido glicurônico na bilirrubina
o Excreção – nessas doenças a bilirrubina não
consegue ser excretada para a bile
ACOLIA FECAL
LABORATÓRIO
As enzimas pancreáticas irão ultrapassar a membrana
basolateral das células acinares e migram para a
circulação sistêmica – como consequência aumenta a sua
quantidade no sangue
Amilase sérica –
o É a primeira enzima a aumentar, ocorre entre 6-
12 horas do processo e normaliza entre 3 a 5 dias
o Geralmente está aumentada cerca de 3x do
normal
o Falso positivo – colecistite aguda, doença
intestinal, gestação ectópica, salpingte,
alcoolismo, cetoacidose, alterações das glândulas
salivares
CÂNCER DE PRÓSTATA
O EXAME
PERFIL
Permite visualizar lesões que não são identificadas na
incidência em PA
Normalmente solicita PA + Perfil para identificar melhor as
estruturas, como saber os limites dos lobos pulmonares,
vértebras e outras
Marina Cavalcante Chini
Princípios de Clínica Médica I – Exames Complementares
Prof.º Dr.º Mário
Aula 10 – 19.05.2020
INSPIRAÇÃO No Derrame Pleural ocorre a perda da incisura
diafragmática
Ao realizar uma radiografia de tórax, o paciente tem que Possível de analisar cardiomegalia – feito por meio da
fazer a INSPIRAÇÃO avaliação da área cardíaca (A + B)
Inspiração correta – o Razão = (a + b) / c – o tamanho permitido do
o Feita em apneia inspiratória máxima para que coração é o tamanho de um hemitórax
haja boa expansibilidade pulmonar
Para sabermos se o exame está bem inspirado, devemos
ter de 9 a 11 costelas posteriores projetando-se sobre os
campos pulmonares
Sombra
mamária
Hiperecogênico Anecogênico
SOMBRA ACÚSTICA
REFORÇO ACÚSTICO
MODALIDADES DO USG
USG Obstétrico
USG Morfológico – avaliação das estruturas da criança no
útero
USG Abdominal – baço, fígado, rins, pâncreas, vesícula
USG Vias Urinárias – bexiga, ureteres e rins
USG Escrotal – epidídimo, testículo
USG Punho, Ombro, Tornozelo, Perna e Braço
Ecocardiograma
USG Doppler MMII ou MMSS – arterial ou venoso
USG Carótidas
USG Transesofágico
P1
P2 P3
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Aula 01 – 06.02.2020
Os cornetos e as conchas nasais fazem com que o ar que
ANATOMIA E FISIOLOGIA adentra o nariz seja turbilhonado
RESPIRATÓRIA As partículas menores fixam na mucosa nasal – para
prevenir que elas alcancem os pulmões
o EPISTAXE – sangramento nasal
ANATOMIA
A mucosa nasal possui cílios pois durante a noite, o trato
O sistema respiratório compreende os Pulmões e as Vias respiratório vai fazendo uma limpeza por meio dos
Respiratórias (caminhos em que o ar passa até chegar aos movimentos ciliares – tira as secreções
alvéolos pulmonares e promover as trocas gasosas) Filtrar, aquecer e umidificar o ar
o Vias Respiratórias: Fossas Nasais, Faringe,
Laringe, Traqueia, Brônquios, Bronquíolos e
FARINGE
Alvéolos Pulmonares
Os Alvéolos formam o parênquima pulmonar Parte posterior do nariz e da boca
O Trato Respiratório é dividido em 2: Dividida em:
o SUPERIOR – Cavidade Nasal, Faringe e Laringe o Nasofaringe – parte superior da faringe
Resfriado – pois só atinge as vias aéreas o Orofaringe – parte média da faringe
superiores / gripe atinge o sistema o Laringofaringe – parte inferior, só é possível de
o INFERIOR – Traqueia, Brônquio principal e ser observada na intubação
Bronquíolos O ar continua sendo aquecido e umidificado, e as
partículas indesejáveis vão ficando pelo caminho
LARINGE
Parte de trás onde fica a cartilagem cricoide e epiglote
o A epiglote fecha a glote durante o movimento de
deglutição para que o alimento não caia nas vias
respiratórias
Pregas vocais, cartilagens aritenóides
TRAQUEIA
12 cm de comprimento
Circundada por anéis cartilaginosos mas que NÃO fecham
a sua circunferência, sempre tem uma abertura
o Durante a intubação pode ocorrer a
traqueomalácia, em que a traqueia é
traumatizada
Revestida por células ciliadas e células secretoras de muco
TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR que ajudam a remover a poeira e os micróbios do ar
o Elimina muco, principalmente durante a noite –
FOSSAS NASAIS através do movimento ciliar da mucosa
PERFUSÃO
É o caminho que o gás faz até chegar nas células do
organismo
O O2 é transportado para os capilares dos tecidos
periféricos quase inteiramente em combinação com
a hemoglobina – permite que o sangue transporte 30
a 100 vezes mais oxigênio
Ocorre por meio da DIFERENÇA DE PRESSÃO – as
células dos tecidos possuem menos O2 do que a
corrente sanguínea então entra e possui mais CO2
do que a corrente sanguínea, então a célula sai para
o sangue
A perfusão é a capacidade do oxigênio de chegar aos
tecidos
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA
FUNÇÃO RESPIRATÓRIA
Ventilação
Difusão – uma vez que os gases estão nos alvéolos sejam
difundidos através da membrana
Perfusão – oxigênio ser levado para todas as células do
nosso corpo
Necessário para que as células do nosso corpo possam
captar o oxigênio e eliminar o gás carbônico
CONCEITO
TIPO I
TRATAMENTO
Como o problema é ventilatório, é necessário o uso de
equipamentos que façam essa função pelo paciente
o OXIGENIOTERAPIA NÃO INVASIVA
o VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA
Ao ofertar oxigênio resolve o problema da Hipercapnia
OBSERVAÇÕES
Quando a PCO2 alveolar aumenta acima de 60 a 75 mmHg
– a pessoa tem também a dispneia e torna-se grave
Caso aumenta de 80 a 100 mmHg – a pessoa torna-se
letárgica e algumas vezes semicomatosa
Caso aumente para 120 a 150 mmHg – a anestesia e a
CAUSAS morte podem ser o resultado
DIAGNÓSTICO
A pessoa terá hiperventilação que pode ocorrer através
do aumento da frequência respiratória (TAQUIPNÉIA) ou
aumento da intensidade da respiração
Na tromboembolia pulmonar (TEP), o trombo pode chegar por via venosa pelas cavas
passa para o AD, VD e de lá é encaminhado para circulação pulmonar através do tronco
pulmonar. Com isso pode formar o trombo “em sela” ou “cavaleiro”.
Quando os músculos estão contraídos o sangue flui para o coração. Já quando os
músculos estão relaxados, as válvulas impedem o retrocesso do sangue.
Devido à alteração do fluxo vascular como em flebites, as plaquetas formam um tampão
plaquetário, o qual recruta outras células que contribuem na coagulação.
No processo varicoso as veias ficam tortuosas e as valvas afastadas, não auxiliando
mais na ejeção de sangue.
Obs: Tabaco e o anticoncepcionais atrapalham na coagulação.
Síndrome da classe econômica costuma ocorrer acima de 8 horas de voo.
IMPACTO DA TEP
Alta letalidade imediata e mediata
Risco de recorrência
Ausência de quadro clínico patognomônico
Não é de diagnóstico clínico
O diagnóstico exige comprovação por imagem
Pode não se chegar ao diagnóstico final
Tratamento interfere na homeostase da coagulação
A profilaxia é eficaz, mas não absoluta
CAUSAS DA TEP
ESTASE VENOSA: pode ser causada por imobilização, pressão local, obstrução,
insuficiência cardíaca congestiva e desidratação.
LESÃO DA PAREDE VASCULAR: pode ser causada por trauma, inflamação (flebite) e
trombose anterior.
ESTADOS DE HIPERCOAGULABILIDADE HEREDITÁRIA ou ADQUIRIDA
Pode ocorrer por resposta a trauma, cirurgia, gravidez, câncer, uso de estrógenos,
estados trombofílicos (excesso de fatores pró-coagulantes, deficiência de fatores
anticoagulantes e alteração do sistema homeostático), resistência à proteína C (por
presença de fator V de Leiden).
DIAGNÓSTICO DA TEP
É feito através da angiotomografia pulmonar com tomógrafo helicoidal.
A trombose venosa profunda (TVP) ocorre com mais frequência na região íleo femoral
sendo a TVP da panturrilha a principal causa. Porém, existe também TVP das veias
pélvicas e da artéria subclávia.
EMBOLIA PARADOXAL
A persistência do forame oval faz com que o sangue provindo das veias cavas vá do AD
para o AE.
EPIDEMIOLOGIA
TVP e TEP são a 3° causa de doenças cardiovasculares.
TVP é 3x mais comum que TEP
90% das TEP é de origem da TVP
TEP-principal complicação pulmonar aguda de pacientes internados
Na necropsia 2/3 apresentam TEP sem diagnóstico e 2/3 tem diagnóstico sem TEP.
FATORES DE RISCO
TEV prévio
Idade
Obesidade
Tabagismo
Trauma
Cirurgia nos últimos 3 meses
Imobilização e viagens prolongadas
Câncer
Gravidez
Uso de ACO e TRH
Sedentarismo
Doenças clínicas como ICC e DPOC
FISIOPATOLOGIA
Na TEP alguns alvéolos estão tamponados e, a priori, gera efeito espaço morto em
determinada área do pulmão. A morte ocorre porque vem mediadores inflamatórios
(serotonina e tromboxano), que mexem com a área afetada do pulmão, e nos
pneumócitos tipo II diminuir a produção de surfactante (impede que os alvéolos se
colabem), pois eles estão sem irrigação. Dessa forma, essa região toda colaba, levando
à ATELECTASIA, tornando-se distúrbio de SHUNT. Logo, ocorre hipoxemia e
broncoespasmo, pois os fatores inflamatórios fecham os brônquios e generaliza para os
dois pulmões. Ou seja, a TEP apresenta insuficiência respiratória do tipo 1 por espaço
morto.
SHUNT DIREITA- ESQUERDA INTRAPULMONAR
Com o shunt, o corpo tenta compensar com taquidispnéia por conta do estímulo dos
receptores J pulmonares (eixo neural do centro respiratório), gerando alcalose
respiratória e depois falta de ar. Com isso ocorre hipertensão pulmonar aguada por
obstrução mecânica e vasoespasmo e, ainda que o paciente sobreviva, pode ter cor
pulmonale agudo (problema cardíaco de origem pulmonar).
O acúmulo do volume no lado direito do coração faz com que os septos atriais e
ventriculares começam a se abaular e falta volume para o outro lado (choque
cardiogênico por origem de cor pulmonale, consequência da TEP).
QUADRO CLÍNICO DE TVP
Edema, sinais flogísticos e comprometimento da circulação em MMII (panturrilha ou
membro todo- edema e aspecto brilhante). Depois, na evolução, a circulação da região
edemaciada fica pálica (Phlegmasia Alba Dolens) e depois fica tudo
avermelhado/arroxeado (Phlegmasia Cerulea Dolens).
Na semiologia, realiza-se o “Sinal de bandeira” para conferir o membro, sinal de Homans
(dorsoflexão pega o pé e joga em direção a panturrilha, paciente sente dor) e sinal de
Oslow (aperta-se o músculo da panturrilha em direção ao osso (tíbia).
DIAGNÓSTICO DA TVP
Duplex-scan venoso é o exame feito para visualizar varizes na TVP.
EXAMES COMPLEMENTARES
Usualmente não se pede RX e tórax para TEP a fim de não perder tempo.
SINAL DE WESTERMARK área fica meio acinzentada por causa da passagem de
sangue, na imagem vê-se uma área enegrecida por causa do trombo, que está ocluindo.
TRATAMENTO
Geralmente morrem nas
primeiras 2 horas e se
sobreviverem morrem mais tarde.
Anticoagulação reduz cerca de
80-90% a mortalidade.
Não age sobre o trombo, mas
inibe sua continuidade
Anticoagulante mais usado por
via parenteral é a heparina que
pode ser:
HEPARINA NÃO FRACIONADA
Aplicada em via intravenosa.
Inibe a trombina IIa e Xa com
maior risco de trombocitopenia
por heparina. Exige
monitoramento de TTPa, pode
ser utilizada em insuficiência
renal e apresenta menor meia
vida. Recomendada para
pacientes hemodinamicamente
instáveis.
DESAFIO
HIPER-REATIVIDADE BRÔNQUICA
ASMA EXTRÍNSECA ALÉRGICA – ASMA ATÓPICA Não se sabe realmente a causa de porque a pessoa
desenvolve a asma que não seja por um fator externo
Possui sua origem relacionada à fatores externos como: o ‘Asma escondida’
alérgenos, agente químico, drogas e fármacos Ocorre em uma minoria dos pacientes
Principal tipo de asma encontrado na população Desconfia-se dela quando a pessoa não tem alergia a nada,
o Ocorre em cerca de 70% das pessoas < 30 anos e 50% não entra em contato com nenhum produto químico e ela
das > 30 anos começa a desenvolver as crises de asma
o > 90% das crianças entre 2-15 anos É mais comum na FASE ADULTA
Aeroalérgenos – glicoproteínas de baixo peso molecular Contudo, o processo asmático é o mesmo – alguma
que ficam suspensas no ar e podem entrar em contato substancia irrita a mucosa brônquica e provoca a
com o sistema respiratório e ocasiosa as crises de asma broncoconstrição
o Ácaros (mais associado) – são aracnídeos que
vivem ‘escondidos’ pela casa e provocam o ASMA INDUZIDA POR ASPIRINA – ASMA INDUZIDA POR
processo alérgico por conta das glicoproteínas DROGAS
liberadas e não pelo animal em si
o Baratas (fezes), cães e gatos (pêlos e descamação Ocasionado pelo medicamento Aspirina (AAS) –
da pele), fungos (mofos e bolores que produzem corresponde a 3% das asmas de adultos
esporos) e grão de pólen (vindo das flores) Também pode ocorrer por outros anti-inflamatórios não
o Muitas pessoas possuem alergia a essas esteroidais (AINE’s) da classe dos não seletivos
substâncias mas só tem manifestação das vias o Ibuprofeno
aéreas superiores o Diclofenaco
Uma vez que a pessoa entra em contato com ao o Piroxican
aeroalérgenos ela provoca uma resposta imunológica o Indometacina
rápida – Reação de Hipersensibilidade Tipo I ou Reação de De todas as classificações, essa é a menos comum e está
Hipersensibilidade IgE Mediada sempre relacionado a um componente genético
Porém, para desencadear a crise asmática, ela tem que ter Suspeita-se quando ela entra em contato com a AAS e tem
tido contato prévio com alguma dessas substancias, para a presença concomitante da asma e da rinite além da
o sistema imunológico entender que eles são agressores presença de pólipos nasais
o Cada vez que a pessoa tem contato, as CRISES Acredita-se que ocorre porque o AAS inibe a COX-1 e então
SÃO PIORES pois a resposta imunológica já está o ácido araquidônico passa a ser metabolizado pela
desenvolvida enzima lipoxigenase, e ela acaba gerando leucotrienos – os
leucotrienos fazem parte do processo inflamatório
ASMA EXTRÍNSECA NÃO-ALÉRGICA – ASMA NÃO-ATÓPICA o Então, ao liberá-los eles acabam gerando
inflamação e broncoconstrição nas vias aéreas
Possui sua origem relacionada à fatores externos inferiores e ocasionam a asma
Não envolve a reação de IgE mediada – se caso for
solicitado a imunoglobulina E no exame de sangue, não CONSIDERAÇÕES FINAIS
será encontrada elevação
Irritação DIRETA da mucosa por substâncias tóxicas – Doença crônica que apresenta período de exacerbação e
agentes químicos período de remissão
o Inorgânicos – resina, solda, glutaraldeído O que é ruim para o paciente é a BRONCOCONSTRIÇÃO,
o Orgânicas – poeira da madeira, farinha, cereais e pois o paciente passa a ter sintomas respiratórios e pode
crustáceos até ocasionar a morte se não for corretamente tratado
Quando essas substâncias estão presentes no ambiente do 60% dos pacientes são pessoas que tem a asma
trabalho, passa a ser chamado de ASMA OCUPACIONAL persistente – sem os períodos de exacerbação e remissão,
o Comumente frequente em pessoas de 30/40 então ele deve ser tratado continuamente
anos e que relatam a crise asmática no ambiente
do trabalho
ASMA PERENE
Ocorre associada a parte alérgica e é perene pois os ácaros
e animais domésticos estão presentes durante o ano todo
TESTES CUTÂNEOS
RAIO X DE TÓRAX
Em um terceiro caso:
o Corpúsculos de Creola – são aglomerados de
células epitelias (do epitélio brônquico)
descamado que acabam formando uma espécie
de ‘cacho’
RESULTADO
Deve-se saber a idade, sexo, altura e peso do paciente –
são fatores que influenciam na capacidade respiratória
o Existem diferenças nas suas capacidades
ESPIROMETRIA pulmonares
Importante saber os volumes e as capacidades
‘Prova de Função Pulmonar/Ventilatória’
pulmonares para avaliação do exame em relação com as
Fundamental e PRINCIPAL exame que ajuda a confirmar o
unidades de tempo
diagnóstico de asma – avalia a respiração
o Avalia e quantifica a obstrução
o Estratifica os pacientes com distúrbios
ventilatórios – onde há a restrição da passagem
do ar, seja inspiratório ou expiatório, não apenas
a ASMA
Exame realizado com a ação do paciente – o técnico
explica o exame e o paciente é o responsável por fazer
TRATAMENTO DA CRISE
CI – Corticoesteroides Inalatórios
FORM - Formoterol
EXAME DE IMAGEM
RAIO X
Radiografia de Tórax PA e Perfil – exame mais comum e
mais solicitado pois é fácil percepção do derrame pleural e
de fácil acesso
o Principal solicitado em uma suspeita de derrame
pleural para confirmar o diagnóstico
o PA – quer que o raio x atinja primeiro a região
posterior, passe pelo paciente e saia
anteriormente (solicitado para avaliar a parte Também pode ser solicitado o raio x em LAUREL – com o
pulmonar) – exemplo da foto está NORMAL paciente em decúbito lateral do lado onde suspeita-se do
derrame pleural
o É uma incidência um pouco mais sensível do que
em PA (75 a 100 mL)
Derrame Pleural Loculado – por mais que o paciente fique Temos como diagnóstico padrão (do líquido pleural e sua
em pé no raio x, o líquido fica ‘detido’ em certo local, característica entre transudato e exsudato) a
então, apesar de apagar um pouco o seio costo-frênico, ele TORACOCENTESE
se acomoda mais em outro local o É possível avaliar o conteúdo desse líquido – pus,
sangue, células neoplásicas, células de
tuberculose e outros
A Toracocentese é o procedimento de escolha pois tem
função diagnóstica (avalia volume e aspecto do líquido
pleural, se é novo ou de etiologia incerta) e terapêutica
com a finalidade de avaliar os sintomas (principalmente a
falta de ar)
CONTRA INDICAÇÕES
Anti-coagulação ou distúrbios hemorrágicos
Localização incerta do líquido
Volume de líquido mínimo
Alteração da anatomia da parede torácica
Pneumopatia grave – risco x benefício
Tosse incontrolável
COMPLICAÇÕES
Pneumotórax
Sangramento – hemoptise
Hipotensão
Hemotórax por lesão dos vasos intercostais
Punção do baço ou fígado
Síncope vasovagal
PROCEDIMENTO
Anestésico local
Antissepsia local + campos e luvas estéreis
Agulha e cateter plástico
Válvula de controle de 3 vias – tri way
Gazes para ferimentos
Seringa de 30 a 50 mL
Recipientes apropriados (diagnóstica)
Recipientes vazios – frascos para a terapêutica
Aparelho de USG se o procedimento for guiado
ASMA E DPOC
CARGA TABÁGICA
Ao avaliarmos uma pessoa tabagista em relação ao DPOC ATIVAÇÃO DOS MACRÓFAGOS ALVEOLARES
devemos avaliar a carga tabágica – maços consumidos por
dia x o número de anos de tabagismo A ativação desses macrófagos irá fazer com que eles
Deve-se associar a quantidade com o tempo de exposição secretem fatores quimiotáticos (como a IL-8) que
a fumaça para não mascarar a doença estimulam o recrutamento de neutrófilos
Por esse cálculo é possível ter uma boa análise se o O macrófago que deveria fagocitar o neutrófilo, faz o
paciente está desenvolvendo ou irá desenvolver a DPOC contrário e acaba recrutando-os
o Ex: 1 maço e meio por 30 anos – 1,5 x 30 = 45 Quando o neutrófilo chega até a região do parênquima
A maioria dos pacientes com DPOC possui carga de 40 pulmonar causam outros fatores inflamatórios que
maços/ano e é incomum ter DPOC em pessoas com carga culminam no ENFISEMA PULMONAR – por causa da
tabágica < 20 maços/ano inflamação generalizada e falta de macrófagos para
fagocitá-los
TABACO X DPOC
NEUTRÓFILOS PRODUZINDO ENZIMAS PROTEOLÍTICAS –
As substâncias presentes no tabaco podem causar: ELASTASE
PRODUÇÃO EXAGERADA DE MICO E HIPERTROFIA DAS Os neutrófilos que foram recrutados pelos macrófagos
GLÂNDULAS SUBMUCOSAS começam a produzir a ELASTASE – enzima proteolítica que
tem função de atuar na elastina
Foto histológica da parede do brônquico em que
A elastina tem função de manter a sustentação e a
percebemos que a substância do cigarro produz a
integridade do tecido pulmonar
HIPERTROFIA dessas glândulas e por isso irá gerar um
A elastase irá promover a lise da elastina e então perde-se
aumento da produção de muco
a estrutura dos brônquios e dos bronquíolos
‘Bronquite Obstrutiva Crônica’ – porque é uma
o Também relacionado com o ENFISEMA
inflamação com produção de muco e espessamento da
PULMONAR
parede do brônquio
A Alfa-1-Antitripsina é uma enzima que INIBE A ELASTASE É um processo que concentra-se nos bronquíolos
– e dessa forma não permite que ela destrua a elastina, respiratórios – região central do ácino ou lóbulo pulmonar
promovendo a destruição do parênquima pulmonar Acomete do centro para a periferia, atingindo a região
o E por fim, culminando no ENFISEMA PULMONAR mais proximal do ácido
Ocorre com mais frequência por estar relacionado a
FISIOPATOLOGIA exposição ao tabaco e outras fumaças
ENFISEMA PULMONAR
BRONQUITE OBSTRUTIVA CRÔNICA O paciente fica com uma coloração mais avermelhada –
possível de ser percebida quando ele levanta os braços,
Na ausculta irá apresentar sibilos (por causa da pois somente a parte da cabeça fica assim
obstrução), roncos (devido às secreções dos brônquios - Ocorre pois o paciente tem uma policitemia (aumento do
pode diminuir ao tossir), estertores creptantes (ruídos número de hemácias)
adventícios finos provocados pela secreção na parte distal
dos alvéolos pulmonares) e subcreptantes (mais
grosseiros, localizados nos bronquíolos terminais)
Também tem a diminuição do murmúrio vesicular por
causa da obstrução e acúmulo de muco
ELETROCARDIOGRAMA
RAIO X DE TÓRAX
CLASSIFICAÇÃO DA DPOC
QUESTIONÁRIO MRC
Antibioticoterapia
Corticoide sistêmico
Teofilina ou Aminofilina
Ventilação não invasiva ou invasiva
Objetivos –
o Tratar o fator associado
o Melhorar a oxigenação
o Diminuir a resistência das vias aéreas
o Melhorar função da musculatura ventilatória
A atelectasia é uma COMPLICAÇÃO de algum outro estado Tuberculose Crônica, Fibrose Pulmonar e Radiações
em que a pessoa se encontrava e como consequência
acabam desenvolvendo a atelectasia ADESIVAS (FALTA DE SURFACTANTE)
FATORES DE RISCO
RADIOGRAFIA DE TÓRAX
PALPAÇÃO
PNEUMONIA X ATELECTASIA
COMPLICAÇÕES DA ATELECTASIA
Pneumonia aguda
Broncogramas aéreos – são ‘buracos’ ainda com Bronquiectasia
transparência, ou seja, são os brônquios com presença de Hipoxemia
ar Insuficiência respiratória – a atelectasia se encontra no
o Ocorre na Pneumonia, pois a infecção se delimita tipo I de IR
ao parênquima e não fica no brônquio, ao
contrário da atelectasia
BRONCOSCOPIA
METÁSTASE À DISTÂNCI AS
Necessário para confirmar as alterações nos exames de N – Ausência ou presença e extensão de metástases
imagem para linfonodos regionais; localmente avançado
Pode ser realizada pela CITOLOGIA DE ESCARRO – tem
M – Ausência ou presença de metástases à distância
sensibilidade de 60-70% , então hoje em dia não é tão
utilizada
Biópsia Brônquica ou Transbrônquica OBS – Os linfonodos são os principais mecanismos de metástase de
(Broncofibroscopia) – câncer de pulmão
o Sensibilidade de 70-80% para nódulos centrais >
2cm – pois os nódulos pequenos não são TRATAMENTO
observados na maioria das vezes
ESTÁDIO I
Biópsia Transtorácica por agulha guiada por TC –
enquanto o paciente faz a TC, faz também a biopsia da Linfonodo NÃO comprometido – são candidatos a
massa tumoral tratamento de cirurgia que pode ser acompanhada ou não
o Sensibilidade de 95% para nódulos periféricos > 2 de quimioterapia adjuvante (pós cirurgia)
cm o IA < ou igual a 3cm
o IB > 3cm e < 5cm
ESTÁDIO III
ESTÁDIO IV
SILICOSE
PREVENÇÃO
Intervenções a nível industrial – mais eficaz
Uso de EPI’s
Vigilância
Cessas tabagismo
Vacinação contra influenza e pneumococo
ASBESTOSE
SINAIS E SINTOMAS
Geralmente não apresenta sinais e sintomas – doença
insidiosa
Dispneia e tosse aparecem nos indivíduos com fibrose
maciça – pois já apresentam enfisema ou bronquite
Exposição excessiva pode apresentar FIBROSE MACIÇA
PROGRESSIVA
DIGANÓSTICO
Histórico de exposição à poeira de carvão
TC e RX – padrão opaco próximo ao HILO
Testes de função pulmonar não são diagnósticos, mas são
uteis para a caracterização da função pulmonar
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Princípios de Ginecologia e Obstetrícia I
Prof.º Dr.º Renato Madlun
Aula 01 – 05.02.2020
VAGINA
ANATOMIA GENITAL FEMININA
❖ Vagina é um canal fibromuscular que possui relação
anatômica na parte anterior, posterior e no fundo da
COMPOSIÇÃO
vagina (mais ou menos 10 cm)
❖ Composto por Vulva, Vagina, Útero, Trompas (Tubas o Temos a Bexiga na parte anterior da vagina – as
Uterinas) e Ovário suas paredes estão em íntimo contato
o Na parte posterior da vagina temos o Reto
o Na parte superior da vagina temos o Útero
❖ A vagina é atapetada por uma mucosa, forma a parte
inferior do canal do parto, recebe o pênis e o ejaculado
durante a relação sexual
❖ Comunica-se superiormente com o canal do colo do útero
e inferiormente com o Vestíbulo da Vagina
❖ Serve como um canal para o líquido menstrual,
❖ Isso é importante porque como é uma estrutura muscular,
quando o bebê nasce as fibras na parte anterior da vagina
se rompem e a bexiga se exterioriza
o Ao romper as fibras musculares posteriores no
momento em que a mulher faz força, o reto se
exterioriza
❖ Existe um caso em que a vagina se vira e traz todos os
conteúdos adjacentes para fora = CISTOCELE
❖ Além disso pode ter um prolapso uterino que pode ser de
primeiro, segundo e terceiro plano
DRENAGEM PÉLVICA
CICLO MENSTRUAL
FASE PROLIFERATIVA
É a primeira fase, ocorre nos primeiros 14 dias
Também é conhecida como: ‘Fase Folicular’, ‘Fase
Estrogênica’
Ocorre principalmente sob o estímulo do FSH – aumenta
as camadas das células granulosas e as células ovarianas
se diferenciam formando a Célula da Teca
o Interna – secreta hormônios
o Externa – cápsula vascular
A seguir as Células Granulosas por meio do FSH secretam
estrogênio e formam o espaços cheio de líquido (Antro) –
Folículo Antral ou de Graaf (maduro)
OVULAÇÃO
Após os 14 dias de proliferação folicular, ocorre a ovulação
– se houver a fecundação, começa a formação de um
embrião, e se não houver ocorre a formação do Corpo
Lúteo
2 dias antes da ovulação temos um pico de estrogênio e
depois um pico de LH (12 horas antes)
O LH atua nas células granulosas e ocorre um aumento de
Progesterona, essas células ficam grandes e cheias de
inclusões lipídicas
SEM A FECUNDAÇÃO – perde as inclusões lipídicas e
involui
COM A FECUNDAÇÃO – começa a produção da
Gonadotrofina Coriônica Humana pela placenta que atua
como LH
o O corpo lúteo perpetua até a 12ª semana
FASE SECRETORA
É a segunda fase, e também é conhecida como: ‘Fase
OBSERVAÇÕES
Progestagênica’ ‘Fase Lútea’
Quando NÃO HÁ fecundação, começa a produção do Hipotálamo GnRH Hipófise -LH e FSH Ovário –
Corpo Lúteo estradiol e progesterona
Nesse momento começa a descamação do endométrio FSH alto e estradiol (E2) baixo – defeito está no ovário, os
que havia sido proliferado na primeira fase para que logo folículos deixam de produzir estradiol
após ocorra a menstruação Retirada do ovário – GnRH alto, LH e FSH alto e
progesterona e estradiol baixo
GnRH baixo, FSH baixo e estradiol alto – defeito no ovário,
perdeu o freio, comum em tumores ovarianos
E2 alto, FSH alto, GnRH baixo – defeito na hipófise,
tumores hipofisários
OBSERVAÇÕES
OBSERVAÇÕES
ANATOMIA DO COLO
INSPEÇÃO DO COLO
COLPOSCOPIA
ACHADOS COLPOSCÓPIOS
VASOS ATIPICOS
ANAMNESE
Produzido pelo sincíciotrofoblasto do 7º ao 9º dia após a Hormônio responsável por fazer com que o útero fique
fecundação, ou seja, no 21º ao 23º dia do ciclo menstrual sempre relaxado, pois a tendência dele era contrair na
– é o responsável pelo diagnóstico de gravidez, onde dosa tentativa de eliminar o óvulo que está nele
a fração beta do HCG
Efeitos da progesterona –
o Diminui os GAPS miometrial, produzindo o
relaxamento uterino
o Inibe a produção de prostaglandinas
o Diminui o receptor uterino de citocina –
hormônio produzido na Neuro-Hipófise e
responsável pela ejeção do leite e pela contração
uterina
o Diminui imunidade materna – fazendo com que
tenha uma tolerância fetal
ATIVINA E INIBINA
o É um substrato para produção de corticoide pela
Adrenal fetal São glicoproteínas da família fator decrescimento beta
O resultado final da progesterona é sempre manter o (TGF-beta)
útero relaxado para dar continuidade a gravidez Inibina – tem a subunidade alfa e 2 subunidades betas
(Inibina A e Inibina B)
HORMÔNIO LACTOGÊNIO PLACENTÁRIO – HLP o Função de fazer feedback negativo com o FSH
para não promover o crescimento folicular
Também é um hormônio polipeptídeo produzido pelo
Ativina A, B e AB – tem um grande aumento antes do
sinciciotrofoblasto
trabalho de parto
Semelhante ao GH, Prolactina e também um pouco com o
o Especula-se que ela aumente as prostraglandinas
TSH
fetais e consequentemente aumenta a contração
Detectado na 3ª semana de gestação e os níveis sobem
uterina
gradativamente de acordo com o avanço da gravidez
o Desaparecendo no 2º dia pós parto
RESUMO DO GRÁFICO
Esse hormônio possui duas funções –
o Preparar a mama para o aleitamento, mas não é
tão significativo
o Promover uma resistência à insulina na célula
materna – principal função
Dificulta a entrada de glicose dentro da
célula materna, para ter uma maior
quantidade de glicose circulante no
sangue materno – funciona como
ANTAGONISTA DA INSULINA
Isso ocorre para que essa glicose,
através da A. Útero-Placentária, entre
1ª fase do ciclo – LH e FSH produzidos pela Adeno-Hipófise
no espaço viloso e passe a nutrir o feto
mantém o ovário produzindo principalmente Estradiol e
Logo, promover um aporte melhor de glicose circulante no
um pouco de Progesterona
sangue da mãe para a glicose ir para o feto, pois o feto
o A progesterona começa a aumentar um pouco
precisa disso
próximo da ovulação
Dessa forma, aumenta a lipólise e a proteólise materna –
Próximo da ovulação ocorre um pico de LH – cerca de 24h
para promover mais aminoácido e ácido graxo para o feto
antes da ovulação, e é um dos responsáveis pela ovulação,
O problema é que se a mulher já tiver uma resistência à
com isso também tem um pequeno pico do estradiol (em
insulina ou tiver uma alteração a nível de DM subclínico,
torno do 14ª dia)
ela irá desenvolver o Diabetes Gestacional
Após a mulher ovular, forma-se uma nova estrutura no
ovário chamada Corpo Lúteo que produz o hormônio
fundamental da gravidez – a Progesterona (responsável
por promover o relaxamento uterino)
NA MÃE
A mãe respira O2 – a molécula entra e a nível de alvéolo
ele irá oxigenar o sangue
O sangue entra no AE da mãe, vai para o VE e lá ele ejeta
O feto absorve através do líquido que entra no trato
o sangue com a molécula de O2 para a A. Aorta materna
digestivo e elimina através de fezes e urina
A molécula caminha pela A. Aorta, que se divide em A.
Ilíacas e segue pela A. Ilíaca Interna
TROCAS MATERNO-FETAIS – BARREIRA PLACENTÁRIA
Dela vai para a A. Uterina, que entra do próximo à junção
entre o colo e o corpo uterino
A A. Uterina se divide em 2 ramos maiores que correm em
paralelo ao útero –
o Aa. Arqueadas – elas se ramificam em A. Radial
(eu entra no ângulo reto da musculatura) e A.
Circunflexa
A A. Circunflexa origina a A. Útero Placentária –
responsável por promover a troca de oxigênio no Espaço
Interviloso
o O oxigênio passa para lado fetal através dos
mecanismos citados acima
NO FETO
O sangue sai do Espaço Interviloso por meio da Veia
O sangue entra através da A. Útero Placentária dentro do Umbilical – leva o sangue oxigenado ao feto
Espaço Interviloso e ele segue por meio do cordão o Só existem duas veias que levam sangue
umbilical até o feto oxigenado – Veia Pulmonar (adulto) e Veia
Ocorre a passagem de sangue nos dois sentidos – ou seja, Umbilical (feto)
ele volta para a circulação materna
PRESSÕES E SATURAÇÃO DO O2
NA MÃE
No ar que a mãe respira – 160 mmHg com saturação 21%
No alvéolo – 100 mmHg com saturação de 14%
No pulmão o sangue venoso chega com pressão de 40
mmHg e uma saturação de 75%
o Ao passar pelo pulmão, e o sangue arterial sai
com saturação de 98% e com pressão de 100
mmHg no sangue arterial
NO ESPAÇO INTERVILOSO
O O2 segue todo o trajeto e é jogado dentro do Espaço
Interviloso
o Nesse momento, a PO2 vai para 35 mmHg e a
saturação é de 70% - o feto tira esse oxigênio de
uma pressão muito baixa
NO FETO
Depois esse sangue passa para o lado do feto, e dentro da
Artéria Umbilical (que leva o sangue de novo do feto para
ser oxigenado na mãe) a pressão de O2 é de 15 mmHg com
saturação de 25% - ou seja, o feto consome muito oxigênio
P1
P2 P3
Infectologia
Prof.º Luciana S. Jorge
Aula 01 – 05.03.2020
Até 3 meses – normalmente causada pela flora materna e
MENINGITES BACTERIANAS bacilos adquiridos do hospital durante o parto
De 3 meses a 5 anos – ‘ganhou a rua’ – quando sai da fase
INTRODUÇÃO materna as bactérias são dele pois é colonizado pelas
vias aéreas pelas principais bactérias que vão causar
Meningite é uma inflamação das meninges e na maioria infecções nas vias aéreas e meningite
das vezes tem-se meningocefalia associada o Streptococcus pneumoniae
o Além da bactéria que inflama a meninge e o o Haemophilus influenzae – mais importante;
encéfalo tem outros patógenos que também atualmente a taxa é muito baixa pois existe
pode fazer isso como os vírus – HIV -, tuberculose vacinação
e outros o Neisseria meningitidis
Processo inflamatório das meninges do encéfalo e da De 5 a 60 anos – quando começamos a envelhecer, a
medula espinal que invade o parênquima cerebral – bactéria mais importante é o Pneumococo
devido ao contato próximo – e, nessa reação inflamatória o S. pneumoniae, N. meningitidis
no cérebro pode causar lesões necróticas, toxicas, Acima de 60 anos – as bactérias são parecidas com as de
hemorrágicas e anóxicas até 3 meses pois o sistema imunológico é baixo
o Anóxia: ocorre porque tem vasculite – inflamação
das artérias que levam o sangue ao cérebro e isso
promove a necrose do Sistema Nervoso Central
o Produz toxidade pois as bactérias se multiplicam
e dessa forma tem-se lesão celular, então cada
célula que morre libera substâncias tóxicas e
reação inflamatória (como interleucinas) gerando
a toxicidade no organismo
Bacteremia – a bactéria se multiplica no cérebro e na
corrente sanguínea
A reação inflamatória causa a maior parte dos sintomas –
febre, tremores e calafrios por exemplo
PROCESSO DE INFLAMAÇÃO
LÍQUIDO CEFALORRAQUEANO (LÍQUOR)
LCR NORMAL –
COLORAÇÃO DE GRAM
Diplococos Gram-negativos –
o MENINGOCOCUS
OBS: A INFECÇÃO QUE MAIS CAUSA ALTA DE PROTEÍNA NO o Necessário uso de máscara e isolar o paciente
ENCÉFALO – GRAU DE ENCEFALITE - É MENINGO TUBERCULOSE
MENINGOCOCCEMIA
ETIOPATOGENIA
FORMAS CLÍNICAS
QUESTÕES:
1. Quando isolar o paciente com meningite?
2. Por quanto tempo isolar o paciente com meningite?
3. Qual é o tipo de isolamento para meningite?
CASOS CLÍNICOS:
1. F.S.V, 20 anos, sexo masculino, foi trazido ao hospital por
referir inicialmente cefaleia holocraniana, vômitos e febre
há 1 dia. Na adminissão, encontrava-se desorientado, com
agitação psicomotora intercalado com sonolência.
a. Cite a principal hipótese diagnóstica que você
consideraria para o caso e o(s) microrganismo(s)
envolvido(s).
2. F.V, 10 dias de vida, sexo masculino, foi trazido ao hospital
pela mãe por ter começado a apresentar-se irritado e
FORMA FULMINANTE DA MENINGOCOCCEMIA chorando muito há 1 dia, seguido de vômito, parada da
Ocorre em 10% dos casos aceitação de alimentação e sonolência.
Possui instalação rápida e letalidade elevada a. Cite a principal hipótese diagnóstica que você
Síndrome de Waterhouse-Friderichsen – consideraria para o caso e o(s) microrganismo(s)
o Colapso periférico, choque e necrose das supra- envolvido(s).
renais
TRATAMENTO
Ceftriaxona, Cefotaxima
Penicilina G Cristalina
Ampicilina
Cloranefenicol
AGENTES ETIOLÓGICOS
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
Durante a primeira fase – Farmacocinética – já explicada
anteriormente, o antibiótico tem que passar pelos
seguintes eventos:
TEMPO-DEPENDENTE Beta-lactâmicos
Aminoglicosídeos
Tempo de exposição das bactérias às concentrações
Quinolonas
séricas e teciduais do antibiótico
Glicopeptídeos
o O antibiótico mata de acordo com o tempo em
Rifamicinas
que a bactéria fica exposta a ele
Metronidazol
Tempo que o antimicrobiano permanece acima da MIC –
inibindo mais de 90% da replicação bacteriana
Tetraciclinas
Macrolídeos
Cloranfenicol
Clindamicina
Sulfionamidas
PARÂMETROS FARMACOLÓGICOS
ANTIBIÓTICOTERAPIA II
ANTIBIÓTICOS BACTERICIDAS
BETA-LACTÂMICOS
QUINOLONAS
POLIMIXINA B E COLISTINA
SULFONAMIDAS
CARBAPENENS
Imipenem, Meropenem, Doripenem e Ertapenel
É um beta-lactâmico que tem um ESPECTRO MUITO
MAIOR do que as penicilinas e as cefalosporinas
1ª geração – para cocos gram-positivos adquiridos de É de uso hospitalar – a cobertura para gram-positivos,
comunidade (streptococos e stafilococos de comunidade gram-negativos e anaeróbicos é bem extensa
que sejam sensíveis) e H. influenzae o + Streptococos e Stafilococos sensíveis a
o Infecção urinária não complicada em CRIANÇAS Oxacilina, Stafilococos de comunidade
o VO, EV, EV, VO o - Enterobactérias e Pseudomonas aeruginosa
o Cefazolina – usada para profilaxia pré-operatória (exceto o Ertapenem)
o Cefalotina – tem a mesma cobertura para o São drogas de escolha para bacilos gram-negativos e
stafilococos que a Oxacilina, mas ela é enterobactérias de espectro estendido produtoras de
nefrotóxica por isso NÃO é a droga de escolha beta-lactamase
o Pode ser uma alternativa para infecções de vias TODOS cobram anaeróbicos, principalmente de flora
aéreas superiores e inferiores em crianças intestinal
2ª geração – aumenta o espectro e melhora a influência São drogas de AMPLO ESPECTRO de ação para infecções
para bacilos gram-negativos e para H. influenzae e sistêmicas graves
bacteroides anaeróbicos de flora intestinal Imipenem e Meropenem – excelente concentrações no
o Cefoxitina – droga altamente indutora de tecido, sendo o Meropenenm é a droga de escolha para
resistência bacteriana, deve ser usada em tempo meningites hospitalares
curto TODOS POSSUEM POTENCIAL PARA CRISE CONVULSIVA –
3ª geração – aumenta mais ainda o espectro de ação sendo o Meropenem o que tem menor potencial
o Cefotaxima – droga de escolha para recém-
nascidos pois não tem o efeito colateral de INDICAÇÕES
formação de icterícia já que o fígado da criança Infecções graves por aeróbios e anaeróbios
não consegue metabolizar bem as drogas (tem Infecções por bactérias multirresistentes
ligação proteica plasmática maior) Infecções abdominais, sistema nervoso central, pulmão,
o Usada para pielonefrite em adultos (alta pele, partes moles e infecções ginecológicas e de urina
cobertura para enterobactérias) – Ceftriaxona Neutropenia febril
o O problema está relacionado com a produção de
bactérias produtoras de beta-lactamase que
inativam o anel beta-lactâmico das
Mecanismo principal de resistência das bactérias
cefalosporinas
contra eles: PORINAS – as bactérias criaram uma
4ª geração – Veio para a cobertura de Pseudomonas
porina mais fechada e eles não conseguem passar
aeruginosas, enretobactérias e consegue manter a
cobertura para stafilococos aureus de comunidade
o O problema está relacionado com a
NEUROTOXICIDADE – principalmente em idosos e
portadores de doença renal crônica, pois é
Exemplos – Vancomicina (EV) e Teicoplamina (EV e IM) Nefrotoxicidade – pode ser reversível
Ambos são inibidores da síntese da parede celular e Ototoxicidade – tentar evitar o uso ACIMA DE 14 DIAS pois
bactericidas lentos, pois agem nos aminoácidos e não no é quando a ototoxicidade começa a aparecer e ela é
peptidoglicano irreversível
Paralisia neuromuscular – leva a suspenção da droga, pois
Atingem streptococos e stafilococos sensíveis e resistentes
a Oxacilina é um bloqueio neuromuscular
Indicações –
o São usadas em infecções por stafilococos EFEITO PÓS-ANTIBIÓTICO DOS AMINOGLICOSÍDEOS
resistentes a Oxacilina e enterococos resistentes A ação antimicrobiana continua mesmo que a
a Ampilicina – NÃO entra de cara com essa droga concentração sérica ou tissular seja menor do que o MIC
por serem bactericidas LENTAS, então da Permite doses únicas maiores administradas ao dia
preferência para as rápidas Menor nefrotoxicidade
o Pacientes alérgicos aos beta-lactâmicos Não diminui a ototoxicidade
Menor custo
VANCOMICINA
MACROLÍDEOS
De uso EV e é uma droga nefrotóxica e ototóxica
Se for infundida de forma rápida e com diluição incorreta São BATERIOSTÁTICOS
pode causar a ‘Síndrome do Pescoço Vermelho’ e pode ser Medicamentos –
confundido com reações alérgicas o Azitromcina – VO e EV
Pode causar reações de hipersensibilidade o Claritromicina – VO e EV
o Eritromicina – somente VO
AMINOGLICOSÍDEOS Cobertura para cocos gram-positivo e alguns bacilos gram-
São drogas de espectro contra bacilos gram-negativos negativos (H. influenzae)
fermentadores e não fermentadores de glicose – então Também agem em bactérias atípicas como micoplasma e
cobre enterobacterias e cinetobacter e pseudômonas clamídia PODE SER UMA ALTERNATIVA PARA
auriginosas PNEUMONIAS ATÍPICAS
Medicamentos – Agem em infecções respiratórias em crianças, pneumonia
o Estreptomicina – uso IM pneumocócica, infecções superficiais de pele, alternativa
o Gentamicina - existe uso tópico, colírio e uso EV para sífilis (quando tem reação de hipersensibilidade à
ou IM penicilina) e para micobacteriose (principalmente a
o Amicaicina – uso EV ou IM claritromicina)
o Tobramicina – uso EV, colírio e uso tópico
o Netilmicina – uso EV em crianças e recém- CLINDAMICINAS
nascidos Apresentação VO, EV ou tópica (pomadas, colírio)
o Paramomicina – VO Pode ser uma ALTERNATIVA devido à resistência dos 60%
Geralmente cobrem bacilos gram-negativos aeróbicos dos bacterióides
Alternativa às infecções abdominais e pélvicas
INDICAÇÕES CLÍNICAS DOS AMINOGLICOSÍDEOS Droga de escolha para abcessos pulmonares, pneumonia
Sepse aspirativa e empiema
Infecção urinária o Envolve a cobertura para anaeróbicos
Endocardite bacteriana – NUNCA como dose única Infecções odontogênicas, sinusite e otite crônica
Peritonite o Envolve a cobertura para gram-positivos e para
Meningite em recém-nascidos anaeróbicos
Infecção ocular Osteiomielite (excelente penetração no tecido ósseo),
Osteomielite e pioartrite infecções de pele e de partes moles
Droga alternativa para Micobacteriose o Envolve a cobertura para stafilococos
PRECAUÇÃO PADRÃO
Defesa do profissional de saúde
o Conjunto de medidas utilizada no atendimento
de TODOS os pacientes, independente do estado
do paciente de infecção
o Manipulação de equipamentos e/ou artigos
suspeitos de contaminação
o Higienizar as mãos, uso de luvas e outros EPI’s
dependendo da situação do paciente
Indivíduo saudável que entra em contato com o fungo mas Acomete 74% a 96% dos casos – adultos entre 30 e 60
NÃO tem sintoma anos com predomínio dos homens
Diagnóstico – Possui início lento dos sintomas que podem persistir por 4
o Reação intradérmica onde injeta na pele o a 6 meses até 1 ano
antígeno da PCM e observa se o paciente tem Em alguns casos, a PCM se desenvolve e o paciente não
uma resposta de hipersensibilidade tardia sente, apenas é detectado em exames de rotina
Se fizer reação POSITIVA – já entrou em 90% dos casos tem comprometimento pulmonar –
contato com o fungo, mas NÃO é preciso diferente da forma agua, onde esse comprometimento é
tratar já que ele está assintomático raro
o Achados de necropsia do fungo latente (pós o Pulmão > trato respiratório superior e digestivo
morten) superior > pele
A PCM crônica pode ser leve, moderada e grave
DOENÇA POR PCM A lesão de mucosa oral é muito comum – dentes em mal
estado de conservação e cometimendo de gengiva
o Aspecto de AMORA da lesão – faz o diagnóstico
FORMA AGUDA/SUBAGUDA (JUVENIL) clínico
Acomete 5-25% dos casos – crianças, adolescentes e
adultos jovens de 30-40 anos
É uma forma GRAVE
Tem uma evolução rápida acometendo múltiplos órgãos e
sistemas
O diagnóstico é feito em poucas semanas do início dos
sintomas
Acomete o sistema mononuclear fagocítico – por isso o
paciente tem linfadenomefalia cervical/generalizado
o Esses gânglios podem supurar e fistulizar, além de
FORMA CRÔNICA – CASOS LEVES
causar hepatoesplenomefalia por atingir o
sistema fagocítico Pequena porção de pacientes emagrece, acomete um ou
Pode acometer o intestino, pele, mucosas, osteoarticular poucos órgãos
e raramente o pulmão Em alguns casos podem evoluir como forma grave
Causa febre, perda de peso e anorexia Existe uma supressão intensa da imunidade celular que
A linfadenomegalia intra-abdominal pode evoluir também pode causar uma forma mista
formando massas tumorais que irão causar a compressão
de órgãos (ducto biliar e alça intestinal) FORMA CRÔNICA – CASOS GRAVES
No laboratório –o hemograma pode apresentar eosinofilia Tem que seguir 3 ou mais critérios –
periférica em 30-50% dos casos e pode atingir até 70% dos o Perda de peso > 10% do normal
leucócitos o Acometimento pulmonar grave
o Acometimento de outros órgãos – glândulas
adrenais (diretamente), SNC e ossos
o Linfadenomegalia em múltiplas cadeias
superficiais ou profundas, forma pseudotumoral
(> 2cm diâmetro sem supuração) ou forma
supurativa
o Altos títulos de anticorpos (porque a doença está
em atividade)
o Instabilidade clínica por insuficiência respiratória,
disfunção adrenal, síndrome neurológica ou
abdômen agudo
OBS –
OUTRAS MANIFESTAÇÕES
Miocardite, choque e arritmias agravadas por distúrbios
eletrolíticos
OUTROS DISTÚRBIOS HE MORRÁGICOS Pancreatite
Pode causar SARA sem necessariamente provocar Anemia
sangramento pulmonar – ocorre através de uma resposta Distúrbios neurológicos – confusão mental, delírio,
inflamatória sistêmica alucinações, sinais de irritação meníngea (meningite
Outros tipos de diátese hemorrágica associado à asséptica), encefalite, paralisias focais, espasticidade,
plaquetopenia nistagmo, distúrbios visuais, neurite periférica, paralisia de
Na pele deve ser feito um exame completo e avaliar – nervos cranianos, radiculite, Sd de Guillain-Barre e mielite
petéquias, equimoses e sangramento no local de punção
SEMPRE avaliar as conjuntivas e outras mucosas OBS –
Sistema Nervoso Central – o paciente pode apresentar
hemorragia intracraniana também Os casos de Forma Pulmonar Grave podem evoluir
para insuficiência respiratória aguda, hemorragia
INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA (IRA) maciça ou SARA. Precede o quadro de icterícia e
insuficiência renal e o óbito pode ocorrer nas
Devido à vasculite generalizada por causa da resposta
primeiras 24 horas da infeção
inflamatória intensa, o paciente pode evoluir com a
insuficiência renal aguda
Essa evolução ocorre em 16% a 40% dos casos – IRA em
que o paciente NÃO para de urinar
FASE DE CONVALESCENÇ A DA LEPTOSPIROSE
o Não oligúrica e hipocalêmica (queda de potássio)
Existe um aumento da reabsorção de Sódio nos Túbulos Ocorre quando o paciente não evolui para a forma grave
Contorcidos Proximais, logo, se absorve muito Na+ perde ou que melhorou após o tratamento
muito K+ - por isso o paciente faz hipocalemia Dessa forma, ocorre o desaparecimento lento da icterícia
Entretando, o débito urinário pode estar normal ou em dias ou semanas
diminuído Contudo, ele fica astênico e terá anemia – pois todo
o Aumento de creatinina e uréia séricas + acidose quadro de sepse leva à essa desnutrição posterior
metabólica o Por isso, a melhora é extremamente lenta
Isso leva a perda progressiva do volume intravascular Uveíte pode aparecer até 18 meses depois da resolução da
DESIDRATAÇÃO infecção e persistir por anos
o E, com a desidratação, tem a IRA oligúrica
o Na hora que faz a desidratação faz uma segunda SINAIS DE ALERTA NA LEPTOSPIROSE
síndrome de IRA
Dispnéia, tosse e taquipneia
Alterações urinárias – oligúria
1ª Síndrome de IRA – não oligúrica e hipocalêmica
Fenômenos hemorrágicos – hemoptise, hemoptoicos e
2ª Síndrome de IRA – oligúrica com azotemia; K+ petéquias (indício de gravidade)
normal ou alto Hipotensão
Alterações no nível de consciência
Vômitos
Arritmia
Icterícia alaranjada
Marina Cavalcante Chini
Infectologia
Prof.º Luciana S. Jorge
Aula 08 – 15.05.2020
EXAMES NA LEPTOSPIROSE CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO EM UTI
Hemograma, função renal e hepática, CPK (lesão Dispneia ou taquipneia – FR > 28 irpm
muscular) e urina – Hipoxemia – PO2 < 60 mmHg
o Aumento de bilirrubina direta, anemia, Escarros hemoptoicos ou hemoptise
plaquetopenia, leucocitose e neutrofilia com Infiltrado no Raio X de Tórax
desvio à esquerda Insuficiência Renal Aguda
o Aumento de creatinina e uréia, aumento de CPK Distúrbios eletrolíticos e gasométricos sem resposta à
o Aumento das transaminases de 3 a 5x o valor reposição endovenosa de volume e/ou eletrólitos
normal Hipotensão refratária à volume
Geralmente a TGO predomina sobre a Arritmias cardíacas agudas
TGP por causa da lesão muscular Alteração do nível de consciência
provocada pela leptospirose Hemorragia digestiva
Diagnostico diferencial com a Hepatite
Viral Aguda, que tem um aumento de OBS – A queda de hemoglobina, especialmente no
10x do valor normal das transaminases paciente hidratado e sem exteriorização de sangramento,
o A GGT pode ser normal ou aumentada pode sugerir SANGRAMENTO PULMONAR
o Diminuição da atividade da protrombina e
aumento do tempo de protrombina
o Proteinúria, hematúria e leucocitúria TRATAMENTO
Líquor – se o paciente tiver distúrbio de comportamento e
Indicada antibioticoterapia e qualquer período da doença
sem hemorragia intracraniana e hipertensão, se colher o
– mas parece mais eficaz na 1ª semana de sintomas
líquor terá aumento de linfomona nuclear ou predomínio
Reação de Jarisch-Herxheimer – acontece pelo início da
de neutrófilos de forma moderada
antibioticoterapia em uma doença por Leptospira ou
Raio X de Tórax – pode ser normal, ou pode apresentar
bactérias que liberam grande quantidade de endotoxinas
infiltrado alveolar e lobar; uni ou bilateral; sugerir
ao morrer (Ex: sífilis)
congestão e SARA
o Início súbito de febre, calafrios, cefaleia, mialgia,
ECG – paciente pode ter fibrilação atrial, bloqueio
exacerbação do exantema, choque refratário a
atrioventricular e alteração da repolarização ventricular
volume
Sorologia – ELISA-IgM no 1º atendimento em fase aguda e
o Pode ser confundido com a evolução de SEPSE
após 5 a 7 dias, se for negativo deve repetir
o Tratar com doses altas de corticoesteróides
o Pois no 1º atendimento pode estar em título
AMOXICLINA – resposta boa à beta-lactâmicos; droga de
baixo e não ser positivo ainda
escolha
o FAZ O DIAGNÓSTICO DA LEPTOSPIROSE
o Adultos – 500 mg VO, 8/8h por 7 dias
o Também deve fazer IgM e IgG para dengue; e
o Crianças – 50 mg/kg/dia VO, 6-8h por 5 a 7 dias
vírus de hepatite A, B e C
DOXICICLINA – 100 mg, VO, 12/12h por 5 a 7 dias
PCR – pode estar alta na fase aguda
o Contraindicado em < 9 anos, gestantes,
Hemocultura para leptospira – até o 7º dia
nefropatias e hepatopatias
o Caso o paciente não possa usar Amoxicilina
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
AZITROMICIA ou CLARITROMICINA – alternativas
Fase Precoce – dengue, influenza, malária (com dado Fase tardia – PENICILINA G CRISTALINA, AMPICILINA E
epidemiológico), riquetsiose (Doença do Carrapato) e CEFTRIAXONA
Chagas agudo
Fase Tardia – hepatites virais agudas, dengue
hemorrágica, hantaviroses, febre amarela, malária grave,
febre tifoide, endocardite, riquetsiose, Chagas agudo,
pneumonia, pielonefrite, meningite, doença das vias
biliares, Sd hemolítica urêmica, Sd hepatorrenal e outras
vasculites
Doença antiga, incomum e rara – mas no Brasil ela possui EPIDEMIOLOGIA DO TÉTANO NOS PAÍSES POBRES
certa conotação
É uma doença do sistema nervoso caracterizada por O Tétano é endêmico – como no Brasil
espasmos musculares que são causados por um toxina Existe um aumento da incidência SEMPRE que ocorrem
produzida pelo Clostridium tetani (bacilo encontrado no desastres naturais (terremoto e tsunami)
solo, na forma de ESPOROS) o 2016 – estimativa de 48 mil a 80 mil óbitos no
o Os esporos são a forma que ele encontrou de mundo
sobreviver no meio ambiente (sujo, com Alta taxa de mortalidade por caso
ferrugens, tecido necrótico etc) 2015 – Tétano neonatal chegou a matar aproximadamente
o Os esporos NÃO são mortos e eliminados do 34 mil crianças
ambiente 14 países ainda NÃO eliminaram o Tétano materno e
A vacinação com toxóide tetânico começou em 1940 – neonatal
quando começou a diminuir o número de casos
É uma doença com risco para a população NÃO vacinada PATOGÊNESE DO TÉTANO
O termo ‘lockjaw’ significa mandíbula travada ou trismo –
O Clostridium tetani é um bacilo gram-negativo
é um dos achados do tétano, pode começar na cabeça mas
anaeróbico obrigatório, ou seja, ele vive obrigatoriamente
depois generaliza
em condições pobres em O2
o Possuem dificuldade em abrir a boca pela
o Ele precisa disso para sobreviver e se multiplicar
contratura permanente
– ambientes podres e necróticos
o Espasmos dolorosos e intensos dos músculos
É encontrado no intestino de mamíferos e presente
Masseter coma incapacidade de abrir a boca
amplamente no SOLO na forma de esporos
A imunização e tratamento correto das feridas e lesões
Diante de uma lesão de pele humana (por diversas causas),
traumáticas que irão evitar o Tétano (pois são a porta de
tem-se uma porta de entrada e então o C. tetani é
entrada) – a melhor medida é a prevenção, pois ela é
INOCULADO nessa lesão em forma de esporos, e
sofrível e traz mortalidade significante
normalmente é um ferimento sujo
Possui 4 apresentações clínicas –
Nesse ambiente ele se transforma em um bacilo
o Generalizada
vegetativo e produz uma toxina responsável pela doença
o Local ou localizado
– TETANOPASMINA, é uma metaloprotease que irá
o Cefálico
destruir as proteínas das membranas do sistema nervoso
o Neonatal
Ela sobe pelo cordão espinhal e pelo tronco cerebral e age
no axônio do neurônio motor – continuando a produzir
EPIDEMIOLOGIA DO TÉTANO NOS PAÍSES RICOS mais toxinas
Vacinação quase universal, principalmente em crianças Ela tem um efeito de produzir a INIBIÇÃO da mensagem
Houve uma queda drástica da incidência desde os anos entre os neurônios (bloqueio da neurotransmissão a nível
1940 de axônio) – perda da inibição do corno anterior e dos
Entre 2009-2017 o CDC notificou 264 casos nos EUA neurônios autonômicos, tornando-se um paciente rígido
o 23% > 65 anos – ou seja, a população idosa DEVE Logo, se não inibe, acaba CONTRAINDO mais pois essa
ser vacinada mensagem evita o tônus muscular
o 13% < 20 anos o Dessa forma, ocorre o aumento do tônus
o 12% portadores de DM – relação com o pé muscular, espasmos dolorosos e instabilidade
diabético infectado e a falta de sensibilidade, autonômica generalizada
levando a traumas e lesões o Quanto maior a quantidade de toxina liberada,
o 8% usuários de drogas injetáveis – por maior serão esses efeitos no organismo INTEIRO
contaminação das lesões – rigidez generalizada
PROGNÓSTICO
A taxa de mortalidade chega a 50% nos países pobres
Mesmo o paciente que é curado do Tétano, pode ter um
prejuízo funcional prolongado, principalmente nos idosos
sobreviventes
o É muito difícil o idoso se recuperar do tétano
Tétano Neonatal – mortalidade de 88%
o Os bebês sobreviventes podem ter recuperação
completa e lesão neurológica (maioria)
Quando menor o PI, MAIOR será a gravidade e MAIOR será
a mortalidade do paciente
DOENÇA DE CHAGAS
DOENÇA DE CHAGAS
TRYPANOSOMA CRUZI
TRANSMISSÃO:
Picada do inseto (forma mais fácil de se transmitir) – Triatoma que faz a defecação
Transmissão materna- infantil em ate 5%
Parasitemia materna chega até 31% - a partir dela se faz a transmissão materno-infantil enquanto o bebe esta no útero da
mãe
A exposição sustentada / frequente do ser humano ao vetor esta associado a diminuição da parasitemia e da transmissão
congênita – induz uma resposta imune celular Th1 que supera a resposta Th2 na gravidez
Risco de infecção pela transfusão de sangue e componentes – a taxa de infecção por unidade de sangue
infectada/transfundida é de 10 a 25%
Transplante de órgãos sólidos por doadores infectados – o transplante de coração é o que mais tem risco de transmitir a
doença de chagas (75 a 100%), depois o fígado (0 a 29%) e o rim (0 a 19%)
A transmissão oral é menos frequente quando ingere o tripanosoma cruzi- alimentos e bebidas contaminadas por fezes
dos triatomíneos
Acidentes de laboratórios em profissionais da saúde
Infecto Luciana Jorge 23/04/20
CICLO DE VIDA DO TRIPANOSOMA CRUZI
1. Tripomastigota: possui um flagelo que se estende ao longo da borda externa do bicho. Não se
divide no sangue. Possui a função de TRANSMITE a infecção para os órgãos. Quando chega
nos tecidos dos órgãos o tripomastigota se transforma em amastigota
O inseto triatomíneo infectado se alimenta do sangue do ser humano e libera dejeta/ libera a
forma TRIPOMASTIGOTA nas fezes, próximo ao local de picada do hospedeiro
A partir dai, cada vez que a forma tripomastigota ganha o tecido, se transforma em amastigota, se múltipla por divisão binaria, cai
novamente na corrente sanguínea e se dissemina para outros tecidos
Então,
Obs: a forma tripomastigota NÃO se replica na corrente sanguínea. A replicação ocorre apenas no interior das células na forma
amastigota
O vetor se infecta a partir do sangue de um hospedeiro infectado. Esse hospedeiro que vai transmitir pode ser o homem e outros
mamíferos
Infecto Luciana Jorge 23/04/20
EPIDEMIOLOGIA DA DOENÇA DE CHAGAS:
Endêmica em 21 países da América Latina sul dos EUA ao norte da Argentina e Chile
Regiões pobres rurais da América Central e do Sul
Vetor esta presente em casas de pau a pique (barro)- os moradores estão expostos continuamente ao vetor – a taxa de
incidência da infecção é de 0,1 a 4%
Migração interna rural urbana, transmissão congênita, transfusão de sangue que vão disseminando a doença a regiões
urbanas
Anos 90: programas de controle do vetor e testes obrigatórios de banco de sangue: houve uma diminuição da prevalência
da doença e interrupção da transmissão pelo Brasil em 2000
Houve um aumento da transmissão oral na bacia do Amazonas e em áreas do Gran Chaco (Brasil)- resistência do vetor a
alguns tipos de venenos
Atravessou fronteiras internacionais – epidemia global, com transmissão para regiões não endêmicas
EUA mais de 300 mil imigrantes infectados, índice de subdiagnóstico de 95%
FASE AGUDA:
o Ocorre em qualquer idade. Geralmente nos primeiros anos de vida
o Na maioria dos casos é assintomático. Mas pode causar febre, inflamação no sito de inoculação (cancro de inoculação),
linfadenopatia e hapatoesplenomegalia – resposta inflamatória aguda sistêmica
o Sinal de romana (edema palpebral unilateral) -sinal clássico da doença de chagas – é
quando a conjuntiva é porta de entrada – o mosquito consegue dejetar suas fezes na
conjuntiva do paciente e a pálpebra reage formando um edema
o Duração: 1 a 2 meses
o Em 90 dias há uma diminuição da concentração de parasitas no sangue (parasitema)
o A doença aguda só é grave em menos de 1 a 5 % dos casos
o Pode acontecer miocardite aguda, derrame do pericárdio e meningoencefalite – mortalidade de 0,2 a 0,5%
o Quando a infecção aguda é congênita – o RN esta assintomático ou com sintomas discretos. A minoria nasce com doença
grave e risco de morte
o Transmissão oral (alimentos sólidos ou líquidos contaminados)- doença mais grave com mortalidade mais alta
o Resolução da fase aguda geralmente é espontânea e a infecção passa para uma forma indeterminada e crônica se não for
tratada
FASE INDETERMINADA:
o Assintomática – não apresenta sintomas e nem acometimento visceral: possui bom prognostico
o Se fizer sorologia vem reagente, mas é assintomático – raio X de tórax e ECG estão normais
o Entretanto, cada vez mais pacientes na fase indeterminada evoluem para anormalidade cardíacas ou digestivas súbitas
que podem ser detectadas no ECO, RM e manometria do esôfago
FASE CRÔNICA:
Atinge cerca de 30 a 40% dos pacientes após 10 a 30 anos de infecção aguda- os pacientes vão evoluir com problemas no coração
ou gastrointestinais – cardiomiopatia ou megavísceras (megaesôfago e megacólon)
Acometimento cardíaco
o Forma mais comum e mais grave da forma crônica da doença de chagas
o Atinge cerca de 14 a 45 % dos pacientes
o Atinge o sistema de condução e o miocárdio
o No ECG aparece 1 ou + sinais como: bloqueio fascicular anterior esquerdo, bloqueio de ramo direito, anormalidades
segmenatres da parede do ventrículo E
o Manifestações tardias: disfunção do só sinusal com bradicardia grave, bloqueios atrioventriculates de alto grau,
taquicardia ventricular, extra sístoles ventriculares complexas, cardiomiopatia dilatada progressiva com falência cardíaca
congestiva, aneurisma apical, embolia por formação de trombos no ventrículo E dilatado ou aneurisma
o Manifestações precoce: alteração do sistema de condução
Infecto Luciana Jorge 23/04/20
o Morte súbita é a principal causa de morte na doença cardíaca por chagas, seguido de falência cardíaca refrataria e
tromboembolismo pulmonar
o Pode estar associada a outras causas de cardiomiopatia dilatada
o Fatores de prognósticos ruins: disfunção do VE, classificação 3 e 4 da insuficiência cardíaca, cardiomegalia e TV não
sustentada
o É uma das principais causas de AVC não embólica
Acometimento gastrointestinal
o É menos comum
o Mais frequente no cone sul da América do Sul
o Alterações assintomáticas de motilidade, acalasia discreta ate megaesôfago grave
o Disfagia, odinofagia, refluxo esofágico, perda de peso, aspiração, tosse e regurgitação
o Megaesôfago pode ser um fator de risco para tumor de esôfago – fazer endoscopia digestiva alta
o Megacólon – constipação persistente devido a dilatação principalmente do sigmoide e do reto que pode levar fecaloma,
vólvulo e isquemia intestinal
o Acometimento do intestino delgado e biliar raros
o Acometimento cardíaco + GI é raro – 5 a 20% dos casos com miocardiopatia
Forma aguda
o O T. cruzi causa um resposta inflamatória tecidual aguda
o Nichos da forma amastigota nos tecidos principalmente no coração, músculo esquelético e liso. Mas também pode estar no
SNC, gônadas e sistema fagocitário mononuclear
o O processo inflamatório gera citocinas pro inflamatórias (TNF alfa e INF gama) que estimula uma resposta inflamatória
intensa, leva a produção de anticorpos e a ativação de uma resposta imune celular inata (células naturais Killer e macrófagos)
que vão conter a multiplicação desse parasita
o Como é uma doença que se não for tratada não tem cura- a resposta inflamatória não faz com que a doença desapareça, ela
apenas contem o parasita
o Componente autoimune da doença em que a cardiomiopatia chagassica levaria a uma resposta autoimune do individuo –
detecção de autoantigenos que fizera reação cruzada com os antígenos do T cruzi
o Equilíbrio entre a persistência da infecção e a resposta imune do hospedeiro é crucial – estabelece a progressão da
cardiomiopatia
Forma crônica
o Inflamação crônica que progride com fatores de virulência da sepa com tropismo tecidual
o Forma cardíaca: ambiente inflamatório em que há produção de citocinas, mecanismos citotóxicos que levam ao dano tecidual
e cardiomiopatia grave
Forma indeterminada
DIAGNÓSTICO:
Doença aguda
Pesquisar por microscopia direta a forma tripomastigota no sangue ou em outros líquidos como no líquor
Suspeita de meningoencefalite – pesquisar o bicho no líquor para ver se a lesão cerebral é causada pela doença de chagas
Infecção congênita: a pesquisa de anticorpos no sangue do bebe só é possível a partir dos 8 meses de vida
Infecto Luciana Jorge 23/04/20
Esfregaço de sangue corado por Giemsa – sensibilidade de 34 a 85%
Métodos parasitológicos indiretos como o PCR – pode não ser tão confiável
PCR – reação em cadeia da polimerase – amplificada um pedaço da cadeia de dna do protozoário. Só que se positivar um pedaço
de dna no sangue não significa que há infecção esta em atividade ou que o bicho esta inteiro – é mais sensível que a hemocultura,
mas pode dizer que um dia teve o bicho. O PCR é mais importante na tarsnmissao materna infantil
Doença crônica
Western blot: países em que outras doenças fazem recaao cruzada com o tripanosoma como a leishmaniose
ELISA: possui sensibilidade e especificidade alta – se o 1º teste de ELISA for positivo fazer outro teste confirmatório – então, usa
ELISA +Imunofluorescência indireta, ELISA + hemaglutinação
Não existe teste rápido de 1ª linha porque não são muito sensíveis
OBS: Sempre que um teste vir positivo, confirmar com outro método
Na doença crônica a parasitemia é muito baixa – a pesquisa de parasitas só sangue direta e por PCR não são confiáveis – não
possui indicação de fazer
Acometimento cardíaco
o Todo paciente que vem com sorologia positiva, deve fazer um ECG em repouso, mesmo em pacientes assintomáticos
o ECO de rotina, principalmente se o paciente tiver alteração de ECG, for homem > 30 anos e mulher > 45 anos
o Se o paciente for sintomático, principalmente arritmia cardíaca fazer um Holter de 24h, teste ergométrico, RM cardíaca
VETORIAL
CONGENITAL
ORAL
O tratamento é controverso
A eficácia do tratamento diminui com o decorrer da infecção primaria – o diagnostico e a intervenção precoce são cruciais
Drogas utilizadas: BENZNIDAZOL (+ utilizada) e NIFURTIMOX- foram licenciadas a mais de 50 anos, mas ainda não se sabe a
eficácia e a segurança
BENZNIDAZOL
NIFURTIMOX
Cardiomiopatia chagásica
É difícil predizer a evolução clinica
Alguns pacientes são assintomáticos mesmo com a evidencia da doença
Podem evoluir para morte súbita e falência cardíaca, arritmias graves
Em doenças mais avançadas como disfunção do VE e cardiomegalia pode ter um risco de morte de 85% em 10 anos
Benznidazol na doença grave não possui nenhuma função
Critério de cura: negativação dos testes sorológicos (é raro)
Não há marcadores laboratoriais que sugerem a cura ou a progressão para a cardiomiopatia, principalmente na fase
indeterminada
PCR não ajuda
Risco de reinfecção
Realizar consulta clinica 1x por ano, ECG, ECO – depende da gravidade do paciente
Pressão arterial é baixa
Alta incidência de bradiarritmias
Não toleram enzimas de conversão de angiotensina e beta bloqueadores
Amiodarona é a melhor droga para tratar arritmias
Implantes de marca passo pode ser indicado para bradiaritmias graves e anormalidades de condução
Não há tratamento especifico para sintomas digestivos leves. Megacolon e megaesôfago grave- tratamento endoscópico ou
cirúrgico
PREVENÇÃO
Infecto Luciana Jorge 23/04/20
Controle do vetor
Triagem no banco de sangue
Viajantes: evitar dormir em casebres, uso de repelentes, evitar frutas contaminada, sucos de cana (vendedores de rua)
Uso de EPI
Não há vacinas
Diagnostico precoce
Triagem de mãe e RN em áreas endêmicas
Não usar benznidazol ou nifurtimox durante a gestação ou amamentação
Período de incubação da infecção aguda em pacientes imunossupremidos é de ate 112 dias
Programa de transplantes de órgãos
Medicina do
Esporte
P1
P2 P3
Medicina do Esporte
Prof.º Dr.º Daniel
Aula 01 – 14.02.2020
OBSERVAÇÕES
AVALIAÇÃO PRÉ-PARTICIPAÇÃO
ESPORTIVA ECG
Nos EUA não é pedido ECG em pacientes normais
COMO FUNCIONA
No Brasil é realizado mesmo em pacientes que não
A avaliação pré participação esportiva possui o intuito de tiveram nenhum sinal de alerta no exame físico
diagnosticar e prevenir os casos de morte súbita Na Itália é lei realizar o ECG porque identifica arritmias
Ela é composta por: Alterações no ECG (positivo) pede teste de esforço e se
o Anamnese - PARQ-Q (questionário) for inconclusivo ou negativo é solicitado o ecocardiograma
Histórico de morte súbita familiar (para Para pacientes ACIMA de 55 anos pede o ecocardiograma
homens antes dos 55 anos e para o Avalia a câmara cardíaca para observar a
mulheres antes dos 65 anos) – A miocardiopatia hipertrófica
principal causa de morte súbita no atleta
é miocardiopatia hipertrófica (no Brasil). OUTROS
Já na Itália, a principal causa é a arritmia
Ecoespirometria – avalia a frequência cardíaca máxima,
Histórico de tontura, perda de limiar de lactato e grau de Co2 máximo
consciência, palpitações, dor torácica – Teste de Esforço – utilizado quando há um grau de
consequência hemodinâmica durante o isquemia
exercício físico TODOS os exames devem ser repetidos a cada ano ou a
Uso de medicações – arritimogênicos cada temporada do atleta
Patologias previas – diabetes, HAS,
obesidade MIOCARDIOPATIA HIPERTRÓFICA
o Exame Físico –
Quando o paciente apresenta uma miocardiopatia
Assimetrias
hipertrófica patológico há uma hipertrofia concêntrica
Déficits musculares
A musculatura ventricular está completamente
Mal formações
hipertrofiada diminuindo o volume do ventrículo
Encurtamentos
A fração de ejeção de sangue é menor, a FC é muito
Ausculta cardiovascular (alteração
elevada ao esforço físico o que pode levar a arritmia e a
rítmica e bulhas) + respiratória (ruídos
morte súbita
ou alterações no murmúrio vesicular) Na ECO é observado uma hipertrofia excêntrica, ou seja,
o Exames Complementares – preserva o volume da câmara, mas excentricamente o
ECG: pacientes abaixo de 55 anos é músculo está hipertrofiado
solicitado um exame de o Ejeta grande quantidade de sangue devido à
eletrocardiograma força do músculo cardíaco
Hemograma o O atleta geralmente apresenta bradicardia, é
Função Hepática uma alteração normal dos atletas como a
Função Renal bradicardia sinusal
Colesterol Total e Frações
Exame patológico de fezes – toda e ATLETAS
qualquer tipo de infecção aumenta o
A frequência cardíaca em repouso do atleta é menor,
risco de problemas cardíacos
porque é muito eficiente para bombear sangue – isso
OBS Em pacientes negros com sintomatológica positiva
chama-se bradicardia sinusal
(dor nos MMII e cansaço em atividades físicas) é realizado
É observada sobrecarga ventricular no eletrocardiograma
eletroforese de hemácias para identificar anemia do atleta porque possui uma massa muscular maior
falciforme
NÃO ATLETAS
FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO
COMO FUNCIONA
CICLO DE KREBS
Dependendo da atividade, é usado o Ciclo do Ácido Cítrico
ou o Ciclo de Krebs
A medida que a atividade física continua, permanece Limiar de Lactato – depende se o indivíduo é
formando o lactato que é uma fonte energética para o treinado ou não. Mesmo que haja grande produção
tecido muscular e para os neurônios – mas entra em fadiga de lactato, é utilizado pelas células – após esse
em determinado momento limiar, entra em FADIGA
Na formação de lactato há liberação de hidrogênio (lactato
+ hidrogênio = ácido láctico)
CICLO DE CORI OU VIA GLICOSE-LACTATO-GLICOSE
Os íons de hidrogênios são os vilões e são captados pelos
NAD, o fator limitante para a fadiga é o NAD porque ele Produção da glicose a partir do lactato
também é necessário para o Ciclo de Krebs
OBSERVAÇÕES
IL-10:
o Aumenta a resistência a isquemia cerebral por
meio da modulação intracelular ao Ca++
o O pré-condicionamento ao estresse oxidativo
leve irá mediar a uma neuroproteção das células
da glia independete de IL-10
IL-8:
o Aumenta a sua produção em situações de
estresse persistente durante o estresse crônico
EXERCÍCIOS DE ALTO R ENDIMENTO E FUNÇÃO o Corredores de maratona não aumentam somente
IMUNOLÓGICA a capacidade física, mas também sua
homeostasia basal quando preparam o corpo
Exercício agudo – sessão única; resposta de estresse para um exercício prolongado e extenuante
o O exercício agudo leva ao estresse
homeostase orgânica reorganização dos RESPOSTA IMUNE E ORVERTRAINING
sistemas envolvidos
Exercício crônico – treinamento; adaptação ao estresse Aumento de citocinas pró-inflamatórias: IL-1, IL-6 e TNF
Aumento de prostaglandina E2
Redução de IgA salivar
Tendência à imunodepressão
Aumento da incidência das vias aéreas superiores
ANATOMIA LIGAMENTAR
ANATOMIA ÓSSEA
CLASSIFICAÇÃO
Classificamos os entorses do tornozelo em 3 graus –
o Grau I – lesão parcial do LFTA com o LFC intacto –
ESTÁVEL
Dor e edema discretos com marcha
normal
TESTE DE ROTAÇÃO EXTERNA DO PÉ
o Grau II – lesão completa do LFTA com uma lesão
Estabiliza a Tíbia do paciente em sua porção proximal e faz parcial do LFC – ESTÁVEL
a rotação externa do pé Dor e edema moderados (podendo ou
Se estiver lesionado o paciente irá referir DOR não estar associado à equimose) e
marcha claudicante
o Grau III – lesão completa do LFTA e do LFC
podendo ou não estar associada à outras lesões –
INSTÁVEL
Dor e edema importantes com marcha
impossibilitada
DIAGNÓSTICO
QUESTÕES:
TRATAMENTO
Do ponto de vista de origem e inserção, os graus e Quando o LCA está intacto, ele dá reforço ao
referências anatômicas são IMPORTANTES – deslocamento anterior da Tíbia – principal restritor da
principalmente do ponto de vista cirúrgico anteriorização da Tíbia
Isso ocorre pois a localização do tendão de enxerto que Age como um bloqueio à hiperextensão, sendo forçado
substituirá o LCA será melhor quando mais anatômico for contra a prateleira intercondilar
a sua origem e inserção o Quando o joelho está em extensão, o LCA é
o IMPORTANTE PARA A FUNCIONALIDADE DO forçado contra essa prateleira
JOELHO APÓS A REABILITAÇÃO o Por isso, quando temos uma distância
intercondilar muito estreita é um fator de risco
para a lesão do LCA e pode gerar uma ruptura
Ele pode ser considerado como um restritor secundário
aos estresses em varo e valgo
Dentre os pacientes com hemartrose aguda, cerca de 70%
apresentam uma laceração aguda do LCA
MECANISMO DO TRAUMA
Trauma Direto – quando outro indivíduo ou veículo colide
contra o paciente e força o seu joelho
Trauma Indireto – mais comum (principalmente no
futebol) e pode ser:
CARACTERÍSTICAS DO LCA o Trauma rotacional – associado ao estresse em
valgo, com o pé fixo ao solo
O Ligamento Cruzado Anterior é dividido em duas bandas:
o Banda Antero-Medial – que está tensa em flexão o Hiperextensão do joelho sem apoio – quando o
paciente faz um ‘chute no ar’, e como a Tíbia tem
o Banda Postero-Lateral – que está tensão em
uma tendência de se anteriorizar, gera um
extensão
estresse súbito do LCA e ao depender pode gerar
São também descritas fibras que se mantém tensas em
a sua ruptura
todo o arco de movimento do joelho – elas se torcem de
acordo com a POSIÇÃO DO JOELHO
Anamnese – saber se o trauma é agudo ou crônico É realizada com o paciente em decúbito dorsal, com o
A entorse do corpo sobre o joelho seguido de ESTALO está membro contralateral em extensão e o membro afetado
presente em 85% dos casos com o quadril semifletido e o joelho fletido a
Derrame articular – quando ele for imediato representa aproximadamente 90º
80% com lesão no LCA O examinador senta no pé do paciente e com ambas as
o Em 30% não refere dor e em 15% ainda mãos na panturrilha faz uma força de posterior para
continuam no futebol anterior na Tíbia tentando anteriorizá-la
O teste é positivo quando a Tíbia se anterioriza
Se a lesão for crônica é preciso caracterizar quando foi o
É feita preferencialmente com o pé neutro –
primeiro episódio, a frequência dos traumas, se o paciente
o Com o pé em rotação interna é realizado para
evoluiu com o falseio e se ele tem lesões dos meniscos
avaliação da lesão do LCA, LCP e lesão do canto
associado
póstero-lateral
o As lesões dos meniscos estão associadas em 20-
o Com o pé em rotação externa é utilizada para
40% das lesões agudas do LCA
avaliação da lesão do LCA e lesão dos ligamentos
o Sendo a lesão do menisco lateral a lesão mais
do canto póstero-medial
comum associada a lesão AGUDA do LCA e a lesão
do menisco medial, a lesão mais comum
associada a lesão CRÔNICA do LCA
Menisco Lateral – AGUDO
Menisco Medial – CRÔNICO
EXAME FÍSICO
CONFIABILIDADE
EXAME DE IMAGEM
TESTE DE MCMURRAY O Raio X dificilmente traz diagnóstico de lesão meniscal –
contudo, em alguns casos pode ter uma pequena lesão na
Examinar executa o movimento de rotação interna e
região periférica do joelho
externa palpando a Inter linha do joelho com o paciente
o Conhecida como ‘Sinal de Rauber’ – mais comum
em decúbito dorsal, joelho fletido e quadril à 90º
em lesões crônicas (ponto de calcificação)
Artografia – atualmente não é utilizada
RM – padrão ouro; tem boa acuraria (90-98%) e não
invasivo
o Observar o tamanho da lesão e também a sua
continuidade (se ela tem comunicação com a
superfície meniscal e articular – pois tem maior
indicação ao tratamento cirúrgico)
o Lesão em Alça de Balde – ‘gravata de borboleta’,
lesão muito comum
OBS –
CISTO MENISCAL
RESUMO:
o Lesão muito comum no esporte – provocada pelo ato
torcional
o Em geral provoca dor aguda com ou sem derrame articular
o Os pacientes são inicialmente tratados com – proteção +
repouso + anti-inflamatório + gelo
o Após a RM fazer o diagnóstico certeiro
o Lesão crônica – avaliação no exame clínico e
complementado com RM
o Tratamento – depende do tipo
o Crônicas degenerativas – NÃO INDICA CIRURGIA
o Agudas e crônicas com acometimento da
superfície articular – INDICAÇÃO CIRÚRGICA
o Sempre que possível deve fazer a sutura do menisco
o Pós cirúrgico – diminuição de flexibilidade + fisioterapia
até recuperação TOTAL
P2 P3
Medicina do Trabalho
Prof.º Dr.º Mário
Aula 01 – 06.02.2020
ASO – ATESTADO DE SAÚDE OCUPACIONAL
MEDICINA DO TRABALHO
São necessárias 3 vias:
o Médico
O QUE É?
o Trabalhador
Especialidade que se preocupa com a prevenção das o Empresa
doenças nos ambientes profissionais e controle dos riscos Constam informações do trabalhador, da empresa e dos
ambientais riscos aos quais o trabalhador está exposto em relação
Ligada as normas governamentais que a empresa deve aquele trabalho
cumprir na promoção da saúde do trabalhador Os exames solicitados nesse atestado dependem e variam
Guiam o trabalhador para que ele exerça sua função sem de acordo com o tipo de trabalho exercido
colocar sua SAÚDE e QUALIDADE DE VIDA em risco
OBJETIVOS
MAPA DE RISCO
EXAMES PERIÓDICOS
Os exames periódicos são realizados de acordo com a
função exercida pelo trabalhador e dependem da idade
É realizado a cada 2 anos por empregados que tem de 18
a 45 anos e que não estão expostos à riscos ocupacionais
Para empregados superiores a 45 anos e inferior a 18 anos
esses exames devem ser feitos todos os anos
o Incluindo trabalhadores com doenças crônicas e
expostos à riscos ocupacionais
LER E DORT
O QUE É?
Tenossinovite
Tendinite
Epicondilites TABELA DE GRUPOS DE RISCO
Síndrome do Túnel do Carpo
Bursite
Dedo em Gatilho
Síndrome do Desfiladeiro Torácico
Síndrome do Pronador Redondo
Síndrome Cervicobraquial
Dorsalgia
Cervicalgia
Ciática
Lumbago com ciática
Sinovites e Tenossinovites
Tenossinovite do Estiloide Radial (De Queravain)
Transtornos de tecidos moles relacionados com o uso, uso
excessivo e a pressão de origem ocupacional
LER e DORT é de categoria amarela – possui relação com
Sinovite crepitante crônica da mão e do punho
velocidade, estática, força e relatividade
Bursite de mão
Concepção dos equipamentos, organização da produção,
Bursite do olecrano
ambiente físico, contrato de trabalho, concepção de
ferramentas e organização do trabalho
CLASSIFICAÇÃO DE SCHILLING (1994)
Fatores de Risco:
1. Trabalho como causa necessária – intoxicação por o Fatores biomecânicos – esforço, postura e gestos
chumbo, silicose e doenças profissionais legalmente repetitivos
prescristas o Fatores psicossociais – insatisfação, percepção
2. Trabalho como fator contributivo, mas não necessário – negativa do trabalho
piora uma doença que já tinha risco, mas o trabalho não é Sensibilidade individual
o fator causal
a. Doença coronariana, doenças do aparelho SÍNTESE DOS FATORES EXISTENTES NO TRABAL HO
locomotor, LER, DORT, câncer, varizes do MMII PREDISPONENTES DE LER E DORT
3. Trabalho como provocador de um distúrbio latente ou
Fatores de Risco –
agravador de doença já estabelecida – bronquite crônica,
o Repetitividade, esforço e força, posturas
dermatite de contato alérgica, asma e doenças mentais
inadequadas, trabalho muscular estático,
imobilidade da tarefa, pressão mecânica,
vibração, frio e fatores organizacionais
Modulares –
o Intensidade, duração e frequência
É preferível fazer movimentos rápidos e dinâmicos do que
ESTÁTICOS – pois o estático não favorece o retorno venoso
TENOSSINOVITE ESTENOSANTE
TESTE DE COZEN
‘Dedo em Gatilho’
Manobra com o cotovelo fletido em 90º com a mão
Atraso no fechamento dos dedos
posicionada em pronação
o Se não tratar a pessoa pode não conseguir mais
A extensão do punho contra a resistência provoca dor no
abrir os dedos
Epicôndilo Lateral
EPICONDILITE MEDIAL
‘Cotovelo de Golfista’
Decorre do envolvimento das origens dos Tendões
TESTE DE FILKENSTEIN Flexores do Carpo
A mão deve ser fechada com os dedos envolvendo o
polegar TESTE DO COTOVELO DE GOLFISTA
A flexão radial do carpo provoca DOR INTENSA na base do
Manobra realizada com o cotovelo fletido a 90º e a mão
polegar – na altura do processo estiloide radial
posicionada em SUPINAÇÃO
A flexão do punho contra a resistência provoca dor no
Epicôndilo Medial
TESTE DE JOBE
É feita a ABDUÇÃO dos braços em rotação interna com os
antebraços estirados contra resistência
Provoca dor no ombro em caso de lesão do tendão
supraespinhoso
O examinador deve também observar a redução da força
do membro afetado
TENDINOPATIA DO INFRAESPINHOSO
RESUMO
A VIBRAÇÃO E O TRABALHADOR
O problema da vibração para o trabalhador é que ela
As vezes a onda tem a sua amplitude aumentada, porém a atinge o sistema osteomuscular – osso, músculo, tendões,
sua frequência é baixa nervos, ligamentos, articulações e coluna vertebral
Como a vibração atua no indivíduo? o Geralmente as pessoas que trabalham com
o A partir disso, seremos capaz de indicar o melhor vibrações de corpo inteiro terão mais problemas
tipo de EPC e EPI para atuar na vibração relacionado com a coluna vertebral
Qual a ação da vibração na saúde do trabalhador? o Contudo, quem atua com as vibrações localizadas
o Dessa forma poderemos saber como o médico terão problemas osteomusculares localizados
controlará a saúde – quais exames ele deve pedir, o Também pode ter afecção do sistema vascular e
como deve ser o tipo de consulta e outros nervoso
Na NR 15 será possível encontrar a portaria sobre Existe uma lista de doenças relacionadas ao trabalho que
‘Vibrações’ – e quais são as atitudes que os trabalhadores inclui as VIBRAÇÕES – tem relação com o trabalho mas não
e empregadores devem ter a respeito dessas atividades precisa ser específica do trabalho
A vibração é considerada uma atividade INSALUBRE – e
elas são divididas em localizadas e de corpo inteiro SÍNDROME DE RAYNAUD E ACROCIANOSE E
Devem ser realizadas perícias no ambiente do trabalho ACROPARESTESIA
para avaliar a presença ou não das vibrações, e se estiver
presente deve saber qual é o valor para ver se ela se A Síndrome de Raynaud é uma patologia onde ocorre
enquadra na saúde do trabalhador isquemia em alguns locais do corpo e então tem como
característica a cianose (fica roxo) e em outros lugares está
VIBRAÇÕES DE CORPO I NTEIRO bem irrigado, com a coloração avermelhada
o NÃO está relacionada somente com a patologia
Normalmente motoristas, tratoristas e pessoas que atuam do trabalho
dentro de maquinários que vibram – situações em que o o Acomete mais as MÃOS
corpo todo vibra
SÍNDROME CERVICOBRAQUIAL
OSTEONECROSES
OUTROS ACOMETIMENTOS
RADIAÇÕES IONIZANTES
RISCO TRABALHADOR
Porque todas elas podem fazer mal ao ser humano e
O risco dependerá:
a luz visível não faz mal?
o Da potência da fonte geradora
o Porque tudo não está apenas relacionado a
o Da distância o trabalhador da fonte
frequência, tudo também está relacionado a
o Do tipo de radiação (frequência)
potencia.
o Do tempo de exposição à radiação
o Ex: Uma pessoa recebe uma frequência de
o
uma antena de radio e está afastada da onde
é emitido a onda, então ela recebe pouca Forno de micro-ondas
potencia, porem a frequência nunca muda. o Aquece o alimento
Amplitude das ondas vao mudar em relação o Botão de potencia- ela mexe na amplitude da
a proximidade da pessoa e o local que está onda.
emitindo. o Ex: quando você coloca um copo de leite em 10 s
o Agora, falando em radiação ionizante quem e ele sai fervendo é porque a potencia está
está dentro da sala vai receber uma potencia muito alta.
MICRO-ONDAS
RADIAÇÃO NUCLEAR
MUTAÇÃO DO DNA
A célula Natural Killer (Linfócito T citotóxico) irá
FAGOCITAR a célula com defeito e isso ocorre todos os dias
Formação de células cancerígenas – quando o NK não dá
conta ou a pessoa tem o sistema imunológico
enfraquecido
Levar o material genético modificado, e quando a pessoa
tiver filho ele pode nascer com problemas genéticos
RADIODERMATITE
Inflamações na pele – pessoas que receberam radiação e
no local onde a radiação pega desenvolve um processo
inflamatório no local
EPC
EPI
Queda da produtividade
STRESS CONSTRUTIVO Ausência no trabalho – absenteísmo
Elemento de socialização – principalmente no ambiente Aumento do número de erro
de trabalho Atitudes mais autoritárias
Conflitos na equipe
Equilibra relações
Isolamento social
Forma alianças com o objetivo de ganhar mais força na
execução de tarefas
SÍNDROME DE BURNOUT
STRESS DESTRUTIVO ‘Perda de energia’
Qualquer trabalhador pode apresentar Burnout – aparece
Desvia a atenção dos reais objetivos
em profissionais que tenham contato interpessoal mais
Torna a vida uma eterna derrota
exigente
Favorece a percepção ESTEREOTIPADA
TRATAMENTO
FASES DO STRESS
Uso de antidepressivos e psicoterapia
FASE DE ALARME Atividade física regular e exercícios de relaxamento
Reação IMEDIATA do organismo à uma situação, também ajudam a controlar os sintomas
aumentando o metabolismo
SINTOMAS PSICOLÓGICO S
Ativa ou o sistema parassimpático ou o simpático
Insatisfação com tudo e mau humor
FASE DE RESISTÊNCIA/ADAPTAÇÃO Insônia
Começam a existir as alterações no corpo e na mente – Despersonalização
o Dores musculares Excessiva atitude crítica
o Cansaço excessivo Agitação
o Dores de cabeça Intolerância
o Falta de concentração
o Instabilidade emocional REAÇÕES COMPORTAMENTAIS
o Depressão
Resistência a mudança
A partir dessa fase é possível perceber os sintomas e sinais
Discórdias
do stress devido ao trabalho – quando se faz o diagnóstico
Divergências
e pode agir para ajudar o paciente
Confrontos
Tomar decisões precipitadas
1º - pessoas
2º processos de trabalho
3º produtividade
4º prazos
ATIVIDADES
Ginástica laboral
Treinamento de caminhada e corrida – treinos duas vezes
na semana e subsídio para a inscrição em corridas urbanas
Teatro, banda e coral – conduzidos por profissionais
contratados apresentando-se em eventos festivos ao
longo do ano
Programa de prevenção e tratamento do tabagismo –
medicamentos gratuitos
Programa de integração do portador de deficiência –
fisioterapia e passeio cultural
Atendimento nutricional – uma vez por semana para
atender casos encaminhados pelos médicos do trabalho
P1
P2 P3
Medicina Legal
Prof.º Dr.º Cícero / Marcus Luz
Aula 01 – 06.02.2020
o Unicidade, não existe ninguém parecido
INTRODUÇÃO À MEDICINA LEGAL o Em casos de anormalidade existe um X na ficha
❖ Código de Hamurabi – código organizado em que há um • Agostinho de Souza Lima – primeiro professor de
conjunto de leis que determinam que o indivíduo deve medicina legal no Brasil e o primeiro a produzir uma obra
pegar pelas injurias cometidas ao outro individuo, além de medicina legal
de prever que o médico deve prestar serviço à sociedade o 1895 – ‘Tratado de Medicina Legal’
❖ Júlio César – a primeira citação documental de exame o Assume o ensino prático na faculdade de
cadavérico foi realizada em seu cadáver medicina
o O exame era proibido na época, então • Nina Rodrigues – traz a antropologia forense para o Brasil
teoricamente foi feito de forma ilegal no modelo nacionalista
o Os médicos que realizavam o exame cadavérico o Indígena, negro, caucasianos imigrantes
não faziam isso com o título de ‘médico’ pois na o Primeira contribuição original para a medicina
época não era reconhecido legal no Brasil por ser baseado na população
brasileira
Constitutio Criminalis Carolina →
SÃO PAULO
Discorria acerca dos temas médico-legais e previa a
obrigatoriedade da ouvida dos médicos antes da ▪ Oscar Freire – maior pesquisador de medicina legal no
prolação da sentença. Brasil
o Porém todas as suas pesquisas foram
Ocorreu na Alemanha, considerada o berço da minimamente publicadas, a maioria das obras
medicina legal. eram desconhecidas
o A maioria era de conhecimento apenas da
faculdade de medicina
▪ Flamínio Flávio – publica a obra ‘Medicina Legal’
❖ Ambroise Paré – considerado o pai da cirurgia e da
o Todas as obras do Oscar Freire estão dentro dessa
medicina legal
obra de Flamínio
o Lança o primeiro tratado ocidental sobre
o É por meio da obra dele que temos uma medicina
medicina legal
legal autônoma do Brasil
❖ Fortunato Fidelis – organiza os fundamentos da medicina
o Os protocolos de medicina legal estão nessa obra
legal e defende a execução de necropsias completas
❖ Alphonse Bertillon – fez a primeira proposta para a OBRA MAIS RECENTE
investigação de criminalidades = ANTROPROMETRIA
(orelha, nariz etc) ❖ GENIVAL FRANÇA – Publica o ‘Tratado de Medicina Legal’
o Criou um sistema chave para restringir as o Obra usada como referência atual
características dos possíveis agressores o Atualiza legislação e metodologia – comtempla
o Criou a ‘Bertilonagem’ – sistema de identificação todas as alterações dentro da Medicina Legal no
o Após isso criou-se o modelo de identidade por Brasil
meio da impressão digital, por ser única
(deixando o modelo de Bertillon para trás)
OBS: Atlas e conteúdo teórico do professor Malthus –
▪ Ficha Datiloscópia
www.malthus.com.br
❖ Cesare Lombroso – a partir das características é possível
determinar anotomicamente se ele é crimonoso ou não
METODOLOGIA
o O que ele encontrou em comum na maioria dos
criminosos é determinado como um padrão ❖ Perinecroscopia – levantamento do local do crime
o Eugenia – seleção do que é biologicamente o Coletar e fotografar sistematicamente tudo o que
adequado está no local do crime
❖ Ivan Vucetich - Fez a avaliação do desenho digital
DECOMPOSIÇÃO CADAVÉRICA
RELAÇÃO COM AS DEMAIS CIÊNCIAS MÉDICAS E Papa Inocêncio III – ferimentos em juízo
JURÍDICAS Decretaus das pontifícios/fundamento da moracidade
Código Criminal Carolino
Direito Civil – paternidade, impedimentos matrimoniais, Império Germano – PERÍCIA MÉDICA
erro essencial, limitadores do nascituro Necropsia do cadáver do Papa Leão X – envenenamento
Direito Penal – lesões corporais, sexualidade criminosa, Primeiro livro de Medicina Legal (Ambroise Paré)
aborto legal e ilícito, infanticídio, homicídio, emoção e
paixão e embriaguez
Direito Constitucional – dissolubilidade do matrimonio, a
proteção à infância e à maternidade
Marina Cavalcante Chini
Medicina Legal
Prof.º Dr.º Cícero / Marcus Luz
Aula 02 – 13.02.2020
CIENTÍFICO o Doenças infectocontagiosas
o Uso de entorpecentes
Palermo Itália/Livro Fortunato Fidelis o Crimes de ação pública – erro médico
Paulus Zacchias – considerado o FUNDADOR da medicina
legal
ATESTADOS:
Século XIX – o suspeito pode ser confirmado
Declaração pura e simples por escrito de um fato medico
PERÍCIA MÉDICO LEGAL de suas consequências
o Aprova, reprova e comprova – afirma por ter fé
Conjunto de procedimentos médicos e técnicos que tem de ofício
como finalidade o esclarecimento de um fato de interesse o Papel timbrado, receituário para fins de:
da justiça Licença
A finalidade é a PROVA – requerida pela autoridade ou Dispensa
pelas partes Justificativa
o Elemento demonstrativo da autenticidade de um Higidez
fato, em vivos, nos cadáveres, nos esqueletos, o Não exigem compromisso legal
nos animais e em objetos o Delito de falsidade/Atestados graciosos (falsos)
Técnicos habilitados e experimentados aos quais incumbe Oficioso – justificativa às aulas e provas
interpretar vestígios materiais Administrativo – para serviço público, aposentadoria,
Compete-lhes ver os fatos e referi-los com EXATIDÃO licença, abonos de faltas
(Visumet Repretum) para esclarecimento do julgador Judiciários – pelos juízes/administração da justiça
Os peritos devem redigir um relatório claro, metódico,
minucioso e exato que tomará o nome de AUTO quanto é
ditado ao escrivão e LAUDO quando é escrito por um OBS Atestado difere-se de declaração. No atestado
perito quem o afirma, por ter fé de ofício prova, reprova ou
comprova e na declaração exige apenas o relato –
‘declaração de amor’
TIPOS DE PERITOS
RELATÓRIO: PERITIA PERCIPIENDI
LEIGO – pessoa da comunidade
LOUVADO – indicado pela autoridade judiciária (juiz), Constitucional
reconhecido saber É a descrição mais minuneira de uma perícia médica
CONCURSADO – concurso público para medicina legal, (autoridade/policial/judiário)
médico legista que pode fazer a perícia Constituído por –
o O médico legista vai fazer o exame do corpo e o o Preambulo – qualificações
perito faz a análise do local e armas, por exemplo (autoridade/perito/vitima)
o O perito NÃO coloca a mão no cadáver o Quesitos –
Histórico: registro dos fatos
DOCUMENTOS MÉDICOS LEGAIS Descrição: é a mais importante e deve
ser detalhada
DOCUMENTOS Discursão
Conclusão: síntese diagnóstica
Reproduzir manifestação de pensamento Depende de exame complementar
De interesse da justiça – AUTO –
o Autoexame cadavérico (aborto); Atentado
NOTIFICAÇÃO: violento ao pudor; Lesão corporal; Embriaguez;
Comunicação compulsória peita pelos médicos às Validez para trabalho; Conjunção carnal;
autoridades (social/sanitária) Infanticídio; Acidente de trabalho; Exame
o Acidente de trabalho – infortunística Complementar
Maior a massa muscular em desenvolvimento = mais De acordo com a classificação estabelecida pelo autores
saliente os acidentes ósseos que utilizam como referência os grupos étnicos
MAS NÃO DETERMINA O PESO DE INDIVIDUO – apenas a
constituição muscular do indivíduo NEGRÓIDES
o E com isso identifica também a atividade
Tem como ponto de referência os grupos étnicos do
ocupacional
continente africano
Mas algumas regiões da Oceania contém populações
PROTUBERÂNCIA MENTUAL nativas com as mesmas características
Sexo Masculino – saliente A classificação indígena é derivada dos negróides
Sexo Feminino – arredondada, suave
CAUCASÓIDES
MONGOLÓIDES
PESO MÉDIO
Representa os grupos étnicos AMARELOS – todos os
Sexo Masculino – 63 gramas
grupos do extremo oriente
Sexo Feminino –
Dentre as tribos dos mongóis, 65% da população asiática
tem descendência de um mesmo individuo
OSSO ZIGOMÁTICO
Marina Cavalcante Chini
Medicina Legal
Prof.º Dr.º Cícero / Marcus Luz
Aula 03 – 20.02.2020
ÍNDICES (Altura nasioalveolar / diâmetro bi zigomático máximo) x
100
o Avalia o viscerocrânio, e não o neurocrânio
ÍNDICE HORIZONTAL Dolicofacial – Oceania
Para determinar o padrão morfológico que permite uma Mesofacial – negros
classificação específica da etnia Braquifacial – europeus/árabes
LARGUMA MÁXIMA DO CRANIO X 100 / GLABELO –
METALAMBDA
o Utiliza a distância bi zigomática para a largura
máxima do crânio
o Avaliação do NEUROCRANIO e não do
VISCEROCRANIO – pois pode não ter ele
Para crianças NÃO USA, usa apenas os referências de arco
dentário e crescimento ósseo
Dolicocrânio – provavelmente tem origem negroide ou
nórdica
Mesocrânio – amarelos (mongoloide)
INDICE NASAL
Baquicrânio – caucasoide (europeus centrais)
A diferença da abertura piriforme também permite
determinação do grupo étnico
(largura nasal máxima /altura nasoespinal) x 100
Leptorrino – caucasiano
Mesorrino – amarelo; mais triangular
Platirrino –negros; base mais ampla
ÍNDICE VERTICAL
(Altura basiobregma / diâmetro transversla máximo) x 100
ÂNGULO FACIAL
o Não dá nenhuma informação referente ao sexo,
apenas ao grupo étnico Um dos critérios mais seguros para a determinação do
Estenocrânio – negros grupo étnico
Metriocrânio – amarelos O ponto de referência é o poro acústico externo (fixo) e
Tapeinocrânio – europeus centrais glabela (fixo)
Promove a intersecção entre duas linhas, uma horizontal
(poro) e vertical (glabela)
Espinha nasal anterior (jaguar), região alveolar (cloquet),
margem da ponta do dente (curvier) – utiliza-se esses três
ângulos pois o indivíduo pode ter algum problema nesses
três ângulos
Os valores são próximos pois a mínima projeção
equivocada dos eixos pode produzir uma relação
equivocada – um dos 3 modelos deve conter a
identificação da amostra
ÍNDICE FACIAL PROSOP IOMÉTRICO
IDADE ÓSSEA
FOTOGRAFIA CLASSIFICAÇÕES
A partir disso, foi proposta uma CLASSIFICAÇÃO para os Existem vários formatos das digitais que as classificam:
tipos morfológicos o ARCO – as linhas estão dispostas paralelamente
o Todos os segmentos do corpo foram NÃO observa-se o delta nessa imagem
classificados de acordo com o seu formato o PRESILHA INTERNA E EXTERNA – as linhas
o Dessa forma, o critério morfológico NÃO é formam uma dobra e constituem uma presilha
essencialmente métrico Ainda observa-se o delta nesses padrões
Dessa forma era possível visualizar a face do indivíduo e Interna – a presilha se forma na face
reconstruir a sua face – a partir dos elementos interna do delta
morfométricos Externa – a presilha se forma na face
Complemento da Bertinolagem externa do delta
Bifurcação da presilha é critério de
DACTILOSCOPIA DE VUC ETICH inclusão ou de exclusão
o VERTICILE – as linhas estão distribuídas
Apresenta um sistema mais eficiente para a identificação concentricamente como se fosse um córtex
Imagem da IMPRESSÃO DIGITAL – pois ao contemplar a Tem-se a presença do delta
morfologia das linhas da superfície do tegumento, elas
NÃO se modificavam e não se repetiam além de serem
classificáveis
Essa identificação é ÚNICA, IMUTÁVEL (pois se mantém
inalterada independente da faixa etária) e é CLASSIFICADA
(apesar de não serem iguais, se mantém em categorias
específicias)
A combinação dos 10 dedos é variável, então para não Malformações (congênitas) ou deformidades (adquiridas)
estabelecer uma descrição longa criou-se uma fórmula – a Pode ser usado como fator de identificação – mas é
FÓRMULA DIGITAL COMPLEMENTAR
o Na primeira linha os dedos da mão direita e na Quando ela se estabelece pode ser usada com critério pois
segunda os da mão esquerda é individualizante, mas é preciso ser combinado com
o Utiliza-se letras e números para classificar outros critérios
o Quando o indivíduo NÃO POSSUI o dedo, coloca-
se um ‘0’ e não o ‘X’ TATUAGEM
DNA
TIPOS DE LESÃO
É o maior extravasamento de sangue de um vaso bastante Disjunção craniofacial desarticulação dos ossos da
calibroso e que NÃO possui difusão nas malhas dos tecidos cabeça, acompanhado de fraturas
moles o Grande impacto; ex: acidentes de trânsito
Nos tecidos temos a formação de cavidades que possuem Fratura da base do crânio propagação da fissura que
uma coleção sanguínea – sensação de FLUTUAÇÃO na parte da calvária até os andares posterior, médio e
palpação anterior da base
Geralmente faz relevo na pele e tem delimitação nítida o Longitudinal – anteroposterior (1)
Pode ser encontrado nas cavidades ou dentro dos órgãos o Transversal – laterolateral (2)
(hematoma intraparenquimatoso) o Circular – ao redor do buraco occipital (3)
o Crista Galli – em volta dessa apófise, com o seu
BOSSA SANGUÍNEA aprofundamento
Diferencia-se do hematoma por apresentar-se sempre
sobre um plano ósseo e pela sua saliência
o Normalmente em lesões no crânio
Vulgarmente conhecido como ‘galo’
Possui fluido e sangue – mas não tem a ruptura do tecido
FRATURAS
Descontinuidade dos ossos – decorrem da compressão,
flexão ou torção
o Diretas – no próprio local do traumatismo
o Indiretas – provém de violência em região LUXAÇÕES
distante ao traumatismo Deslocamento de dois ossos cujo as superfícies de
Pode possuir um simples traço ou vários – ou ainda, ser articulação deixam de manter contato
reduzida a fragmentos (fratura cominutiva) o Completas – superfícies se afastam totalmente
Fechada – subcutânea X Aberta – exposta / Completas X o Incompletas – perda de contato parcial
Incompletas Podem ser fechadas ou expostas
Nas crianças é comum haver apenas a deformação do osso Ex: ombro, cotovelo, tornozelo e joelho
ou a ‘fratura em galho verde’, quando ela está incompleta
Orientação: Transversal; Longitudinal; Oblíqua; Espiralada; ENTORSES
Hélice; Passo de Parafuso; Galho Verde; T; Y
Lesões articulares provocadas por movimentos
exagerados dos ossos da articulação – incide APENAS
sobre o ligamento
Possui dor intensa na articulação atingida, redução
temporária de função, tumefação, rubor e pode ter
equimose ou hematomas na região
O ORIFÍCIO DE SAÍDA:
Normalmente as bordas são voltadas para fora, lesão
irregular, bastante sangrante e rompe o tecido
Normalmente é maior do que o orifício de entrada,
principalmente em projéteis de alta energia
CALOR DIRETO
Chamamos de QUEIMADURA – pois tem o contato da
superfície do corpo com o calor diretamente
As fontes são variáveis – o calor pode ser produzido por
combustão de algum material, corrente elétrica
(eletricidade), pode estar associado a explosão ou
incêndios – normalmente de forma acidental
GRAUS DE QUEIMADURAS
1º grau – temos o ERITEMA (mancha avermelhada) – afeta
principalmente a epiderme e a derme
o Essa área avermelhada chamamos de ‘Sinal de
REGRA DOS 9 Christinson’ – o comprometimento é brando
A extensão das queimaduras pode variar – a queimadura 2º grau – formação do ERITEMA e do FLICTENA – ‘Sinal de
que atingir uma área extensa, provavelmente terá uma Chambert’
gravidade maior 3º grau – temos a NECROSE – ela possui extensão variável,
Usada para estabelecer a gravidade dessas queimaduras – pode até atingir o plano muscular
divisão da superfície do corpo em territórios que 4º grau – temos a CARBONIZAÇÃO, quando tem a
equivalem a áreas cuja porcentagem seja de 9% calcinação do tecido – ele torna-se enegrecido semelhante
Dessa forma, somando as superfícies das áreas do corpo e ao carvão
tendo como referência 9%, teremos o total de 99%, sendo o Pode ser total ou pode ser observada em partes
que 1% dessa área corresponde à área do períneo do corpo – é considerado carbonizado mesmo
Regra da Palma – utiliza a palma da mão como sendo assim
equivalente a 1% da superfície do corpo e distribuindo ela o Tem dificuldade para identificação, então muitas
sobre as áreas dos 9% vezes é necessário utilizar o DNA, pois o corpo
PERMITE A CLASSIFICAÇÃO DOS QUEIMADOS DE apresenta uma transformação bastante severa
ACORDO COM A EXTENSÃO DA PORCENTAGEM DO
CORPO QUE FOI AFETADO COM A QUEIMADURA Geralmente as lesões extensas e a carbonização são características
de lesões letal – pois podem ter complicações produzidas a partir
delas (propagação de processos infecciosos, por exemplo)
Tanatologia refere-se ao estudo da morte. É tratada dentro da psicologia, luto. Além disso, contempla as diferenças formas de
sepultamento e há uma tanatologia voltada para a medicina legal
Estudo da morte sob a perspectiva forense – quais quesitos são pertinentes como a realidade de morte (morte é real), instrumento
que causou a morte (traumatologia), circunstancia da morte, exame perinecroscopio (cena em que se desenvolve o óbito)
Angiografia cerebral também garante a determinação da realidade do óbito porque se não tem circulação cerebral (não ocorre
perfusão do contrate) não tem como manter a atividade do sistema nervosos, há comprometimento da atividade encefálica
Tríade de Bichat:
Mas atualmente há uma primazia da atividade cerebral – recurso utilizado como referencia para a realidade do óbito. Isso porque a
atividade cardíaca e respiratório pode ser mantida através de aparelhos
A partir do momento em que o óbito é constatado, o cadáver não é mais propriedade da família (não pode fazer um sepultamento
onde eu quiser)
O óbito é atestado através de um documento legítimo e a inumação deve ser adequada – espaço adequado para o sepultamento que
atende as normas sanitárias
Inumação significa colocar na terra. Pode ser diretamente no solo em populações mais simples, é indigente porque não é
reconhecido o corpo ou pode ser feito em sepultado em cemitérios
O cadáver pode ser submetido a cremação – não pode ser feito nenhuma avaliação pericial após o evento. Ao cremar o corpo
elimina a possibilidade de realizar uma nova perícia- a cremação representa um empecilho a pericia
O exame necroscópico garante que mesmo após a inumação uma nova pericia pode ser realizado. É feito a exumação do cadáver
mesmo após sepultado
Na cremação o cadáver é submetido a 1000º C no intervalo de 1 a 2h e as cinzas são armazenadas e pode ser destinada conforme o
desejo da família
Para a medicina legal interessa a morte em decorrência de homicídio, suicido e acidente – interesse jurídico. Mas quando a causa
da morte é patológica não é pertinente a medicina legal
Medicina Legal Luz 16/04/20
Mais de uma morte ocorrendo no mesmo momento – COMORIÊNCIA – estabelece o momento do óbito igual para todos os
indivíduos, mesmo que exista diferença entre o momento da morte de um e de outro corpo. Por exemplo, acidentes
automobilísticos, aéreos – um individuo pode ter morrido no momento do acidente e outro após 20 minutos, mas mesmo assim
considera uma comoriência.
PERINECROSCOPIA – avaliação de tudo o que está associado ao cadáver, avalia o local em que ocorreu o óbito
Provas de realidade de morte em áreas isoladas e com recursos escassos – dificuldade de determinar a morte em um intervalo
curto de tempo, com o passar do tempo torna-se mais fácil identificar a morte
Prova da fluoresceína – administração dessa substancia na circulação sanguínea e observa a esclera do olho. Se ocorrer uma
mudança cromática e a esclera tornar-se amarela esverdeada então ainda tem circulação- não tem óbito. Porém se injetar a
substância e a esclera do olho permanecer branca não tem mais circulação
Prova de force pressão / Icard – utiliza uma pinça de dissecação (reta e serrilhada) e pinça a face interna da coxa- torce o
tegumento e puxa – redução da elasticidade da pele
Observações tardias como rigidez cadavéricas, fenômenos destrutivos – mancha verde no abdômen são eventos tardios que dão
certeza do óbito
Velório – o corpo é exposto por um intervalo de tempo variável – imprecisão do diagnostico no momento da morte. Era preciso
ficar observando o corpo para ver se realmente estava morto (despertar ou não do corpo)
Catatonia, letargia são estados em que parece que o individuo esta morto, mas na realidade não esta
Morte somática (morte do corpo como um todo) é a falência de todos os sistemas simultaneamente. Ocorre de forma desigual,
pois ocorre autólise de células como nervosas rapidamente e autólise da musculatura esquelética mias tardiamente
(Espermatozoide – 6h após a morte e Bulbo do pelo pele permanece viável após algumas horas da morte do corpo)
CRONOTANOTOLOGIA
Fenômenos cadavéricos:
As alterações são progressivas- há um cronograma de como a morte se instala no corpo e como evolui. É uma sucessão de eventos
relacionados a morte. Esses fenômenos acontecem em um intervalo de tempo post morte- IPM
Perda da consciência
Insensibilidade - não responde a nenhum estimulo doloroso
Medicina Legal Luz 16/04/20
Imobilidade – fácies hipocrática (face do moribundo, face cadavérica)- palidez intensa, desidratação dos lábios,
afilamento das margens das narinas, corrugação do mento e fibrisas como se fossem pequenas projeções filiformes da
superfície do corpo
Cessação da atividade cardíaca e respiratória – não percebe os ruídos cardíacos e respiratórios
Esses fenômenos podem ser falsiados – esses fenômenos não são diagnostico de morte, é um diagnóstico inadequado do óbito
Fenômenos consecutivos:
Resfriamento do corpo – 0,5º C nas primeiras horas e progressivamente perde 1º C por hora ate que haja um equilíbrio
com a temperatura do ambiente
Desidratação – evaporação tegumentar
Hipóstase – manchas rosáceas que se formam a partir de 20 a 30 min após o óbito e atingem extensão máxima após 8h
ou 12h. todos os pontos de apoio do corpo não apresentam hipóstases, ficam pálidas como as nádegas e escapula se o
cadáver estiver em decúbito dorsal
Formação da hipóstase – área violácea. Já as áreas mais clara são as áreas de pressão do corpo, pontos de apoio. Mesmo
que muda a posição do corpo, continua com a hipóstase
Rigidez cadavéricas começa com cerca de 30 min, forma máxima em 8h e se perde de 1 a 3 dias. A rigidez inicia-se na
mandíbula e progressivamente para a nuca e membros superiores e inferiores
Em trauma com morte súbita – espasmos cadavérico- não se anula após o óbito. Por exemplo, indivíduo que comete
homicídio fica com a arma na mão mesmo após o óbito
o Pallor mortis – palidez da face cadavérica. Não há mais circulação sanguínea – palidez intensa (lividez)
o Algor mortis – formação da hipóstase, formação da mancha avermelhada nas áreas de precipitação do sangue. Decúbito
dorsal se forma no dorso. Refere a perda de temperatura, aspecto frio do cadáver, resfriamento cadavérico
o Rigor mortis – rigidez cadavérica
o Livor mortis – manchas violáceas de hipóstase (aspecto violáceo)
Fenômenos destrutivos:
Período putrefativo:
1. Fase de coloração – mudanças cromáticas importantes do cadáver. Inicia na fossa ilíaca direta, no ceco. Formação da
mancha verde abdominal. Nos indivíduos RN, quando é constatado o óbito há uma mancha verde na região torácica
porque a microbiota se concentra nas vias respiratórias ao invés do TGI
Mudança cromática importante e proliferação da microbiota intestinal que atuam no tecidos para substrato de sua
nutrição
Medicina Legal Luz 16/04/20
2. Fase gasosa – o corpo torna-se escuro, enegrecimento do corpo. O corpo apresenta grande volume, inchaço torácico,
abdominal, face, pescoço. No individuo do sexo masculino há inchaço da bolsa escrotal
Devido a intensa quantidade de gás pode produzir a eversão do útero, protrusão dos olhos e da língua
O cadáver ainda possui uma modificação da posição dos mmss – levemente arqueados – atitude ou posição de boxeador
O tegumento possui um limite para essa projeção – o corpo fica deformado, formação de flictema putrefativos. O
tegumento possui a tendência de se romper
A fase gasosa possui maior fetidez
3. Fase coliquativa – os tecidos se tornam pastosos
A fetidez da fase gasosa e da fase coliquativa são intensa – grande quantidade de insetos (moscas) depositando ovos- as
larvas permanecem até a fase de esqueletização – constituí um aspecto para determinar o tempo de morte
4. Fase de esqueletização – exposição de ossos que estão mergulhados em uma face enegrecida que recebe o nome de
putrilagem. A esqueletização representa o fim do processos destrutivo. Os ossos se tornam porosos ate que se
desintegram
O dente possui uma preservação com tempo superior a 50- anos. A parte petrosa do osso temporal também demora para se
desaparecer. Já os demais ossos se tornam frágeis e quebradiços e desaparecem
Mancha verde abdominal, dilatado, volumosos. Aspecto esverdeada gás sulfitico com
hemoglobina – sulfahemoglobina. Caracterizada a fase de coloração para a fase gasosa
Vasos sanguíneos – rede venosa superficial com circulação post mortem de Bruarden – a
circulação é promovida pelo gás que se desloca no interior dos vasos, o gás empurra o sangue
para a rede venosa superficial
Fase coliquativa – os tecidos desaparecem e formam uma massa que recobre parcialmente os
ossos
Esqueletização da mandíbula
As larvas se concentram inicialmente nas aberturas naturais do corpo e depois vão para os vários segmentos
A identificação dos corpos nesses fases é muito difícil, é necessário os instrumentos da traumatologia como as medidas do crânio
As larvas se alimentam dos tecidos de decomposição. As larvas aceleram a destruição do cadáver e fornecem informações
relevantes sobre o tempo de morte por exemplo
Medicina Legal Luz 16/04/20
CALENDÁRIO TANATOLÓGICO
Período abiótico:
o Fenômenos imediatos – momento da morte
o Fenômenos consecutivos- ate 24 horas
Período putrefativo:
o Fase de coloração: 24 horas a 7 dias
o Fase gasosa: 4/8 dias a 30 dias – com 30 dias é o ápice da fase gasosa, ocorre ruptura da parede abdominal
Obs: no verão a fase gasosa é mais breve, enquanto que no inverso é mais tardia
o Fase coliquativa: 1 a 6 meses até 3 anos -é a fase que mais demora e é a mais longa
o Fase de esqueletização: a partir de 3 anos
Os corpos expostos ao ar livre possuem uma decomposição mais rápida do que os corpos que tiveram inumação (enterrados). A
inumação faz com que a decomposição seja mais lenta
Medicina Legal
Prof.º Dr.º Cícero / Marcus Luz
Aula 10 – 07.05.2020
Mesológicos – civilização silvícolas e psicologia coletiva
PSICOPATOLOGIA FORENSE (multidões)
Legais – reincidência
INTRODUÇÃO
PSICOPATOLOGIAS
Psicopatologia Forense é a área que trata das aplicações
forenses da psiquiatria servindo ao Direito os MANÍACO
conhecimentos médicos da especialidade
Avalia a capacidade civil, responsabilidade penal, Caracterizado por hiperatividade motora e psíquica de
periculosidade e outros – fornece LAUDOS e PARECERES forma desorganizada – agitação e exaltação da
É o estudo médico-legal das doenças mentais, oligofrenias, afetividade e do humor
psicopatias e neuroses Surgimento do erotismo, agressividade, escândalos e
disputas
IMPUTABILIDADE o O paciente interessa-se por tudo, sem pensar em
nada
Refere-se à pessoa que no momento da ação é capaz de É um transtorno CÍCLICO – crises de excitabilidade e
entender (com pleno discernimento) o seu caráter ILÍCITO estado depressivo de intensidade, duração e disposição
do fato – se responsabiliza pelos seus atos variáveis
SEM REPERCURSSÃO SOBRE A INTELIGÊNCIA
HIPÓTESES DE INIMPUTABILIDADE
PSICOPATA
ESQUIZOFRENIA
Transtornos mentais caracterizados por ALTERAÇÕES Caracterizado pelo desrespeito pela vida e direito dos
PROFUNDAS da cognição, afetividade, da motricidade, da semelhantes
consciência, memória, orientação ou de algum desses Inicia-se na infância ou começo da adolescência
estados de maneira duradoura Também é conhecido como ‘Psicopatia sociopatia ou
Pode ser originado por causa endógena ou exógena Transtorno da Personalidade anti-social’
Corresponde a alienação mental – doença mental no
sentido estrito TRANSTORNO DA PERSONALIDADE DISSOCIAL
o INIMPUTÁVEL com substituição de pena por
Desprezo das obrigações sociais, falta de empatia e desvio
reclusão em casa de custódia e tratamento
considerável entre o comportamento e as normais sociais
o Sujeitos a interdição da pessoa e dos bens
estabelecias
Baixa tolerância à frustração e baixo linear de descarga de
PSICOSES ENDÓGENAS O U FUNCIONAIS agressividade, inclusive violência
Predisposição genética Tendência de culpar os outros ou explicar conflito com a
Distúrbio funcional grave dos centros superiores sociedade
o Ex: psicose maníaco-depressiva, esquizofrenia,
paranoia, parafrenia e epilepsia genuína NEUROSES
FENÔMENOS AFETIVOS
Emoção e emotividade
o Emoção – fenômeno afetivo de intensidade
variável, provocado por estímulo exterior, ligado
ao conhecimento ou à tendência e acompanhado
de forte cenestesia com antecedente,
concomitante ou como consequênte
Crimes emocionais
Ex: torcida de futebol – agem sob forte emoção (torcida
organizada, agressividade da multidão)
CASAMENTO
ANULÁVEL
Impedimentos dirimentes públicos –
Incapacidade de consentir
o Parentesco
Idade insuficiente
o Vínculo – monogamia
Erro essencial sobre a pessoa –
o Crime – condenação por tentativa ou
o Identidade – física e civil
consumação de homicídio sobre o cônjuge do
o Honra e boa fama
outro
o Crime
Impedimentos dirimentes privados –
o Defeito físico irremediável:
o Coação – vício de consentimento
Deformidade permanentes
o Incapacidade de consentir –
Anomalias sexuais (impotência coeundi
Menores de 14 anos
– homem e acopulia – mulher) ambos
Interditos e surdos-mudos
física e psíquica
o Rapto – com a raptada em poder do raptor
o Moléstias graves – doenças mentais
o Falta de consentimento paterno – menores de 18
anos e maiores de 16 anos
SEPARAÇÃO
o Idade – menores de 16 anos
Consensual
PARENTESCO Jurídica – sevícias, adultério, abandono do lar (1 ano),
conduta desonrosa e condenação criminal
Ascendentes com descendentes – natural ou civil
Descendentes e colaterais até o 3º grau
PERÍCIA
Adotado com o filho do adotante
Por afinidade – ‘linha reta’ Ruptura do Hímen – mostra que houve conjugação carnal,
o Sogro/nora assim como a presença de esperma na vagina
o Sogra/genro o Entalhes
o Rupturas completas ou incompletas; cicatrizadas
ou não; carúnculas
INFANTICÍCIO
REPRODUÇÃO ASSISTIDA
NATIMORTO
Se este instinto se equilibra dentro dos padrões de normalidade, teremos o IDEAL. Todavia, vez por outra, surgem
distúrbios, transtornos, perversões e alterações da identidade sexual capazes de comprometer a segurança das
pessoas e o equilíbrio da sociedade.
A) AUMENTO OU EXALTAÇÃO
1. Temperamento genital
2. Onanismo automático: é o cara que se masturba.
3. Satiríase: o sujeito não se satisfaz com a relação sexual, ele sempre quer mais.
4. Ninfomania: a mulher não se satisfaz com a relação sexual, sempre quer mais. É a destruidora de lar
5. Crises genitais momentâneas
6. Exaltação por motivo de certos atos fisiológicos
B) DIMINUIÇÃO
1. Frigidez: é a relação de casamento. A mulher tem uma aversão para a relação sexual. Ela pode ter anulação
do casamento porque essa não quer transar.
2. Impotência
3. Ausência congênita do apetite sexual
4. Erotomania: são pessoas que não tem o estimulo sexual.
A) INVERSÃO
b) DESVIO DO INSTINTO
1. sadismo: gosta de sentir prazer batendo no outro. Pode ser agressão verbal (sadismo leve); bater para sentir
prazer (sadismo moderado); agressão corporal ou matar por amor (sadismo grave).
2. Masoquista: gosta de apanhar para sentir prazer. Masoquista grave: morrer por amor.
3. Necrofilia: ter relação com o cadáver
4. Vampirismo: lamber sangue (ex: menstruação)
5. Bestialidade: atração sexual por animais
6. Fetichismo: algo de especial que meche com a pessoa na área sexual
ANAFRODISIA
É a diminuição ou deteriorizacao do instinto sexual no homem. Devido, geralmente, a uma doença nervosa ou
glandular. Podendo acometer indivíduos jovens e aparentemente sadios ou como sintoma de pre impotência.
FRIGIDEZ
Em muitas situações, a culpa cabe ao marido ou aos amantes, que não procuram levar a mulher ao orgasmo, pelo
egoísmo da antecipação, acabando por torna-la frigida, ou pela forma desastrosa e violenta dos primeiros coitos,
criando um verdadeiro horror ao ato sexual
ANORGAMIA
EROTISMO
Manifesta-se pela tendência abusiva dos atos sexuais. No homem chama-se satiríase. Na mulher chama-se ninfomania.
A Satiríase é manifestada por ereção quase permanente, repetidas ejaculações e excessivo ardor sexual, podendo
estar ou não acompanhada de delírios e alucinações.
Obs. Não confundir com PRIAPISMO, caracterizado este por uma ereção patológica, contínua, dolorida, sem
ejaculação, proveniente quase sempre de causas psíquicas.
Pode levar o doente ao crime, ao escândalo e à prostituição. Um fato marcante da ninfomania é a doente não se
satisfazer do desejo sexual, transformando muitas vezes, uma donzela na última das prostitutas, procurando saciar
seus apetites de qualquer maneira, sejam quais forem as consequências.
É um transtorno no qual o gozo sexual prescinde da presença do sexo oposto. É o coito sem parceiro, apenas na
contemplação de um retrato, de uma escultura ou na presença de uma pessoa amada.
EROTOMANIA
É uma forma de erotismo extremamente mórbida. O indivíduo é levado por uma ideia fixa de amor e tudo nele gira
em torno desta paixão, que domina e avassala todos os seus instantes.
É um amor etéreo, ideal, puríssimo, absolutamente isento de qualquer desejo carnal, e o amante adora
excessivamente a alma da mulher, indiferente ao corpo
Há 2 formas de erotômanos:
Uns, discretos, tímidos, ingênuos, guardando em silêncio sua paixão, podendo chegar até a matar-se, sem
uma queixa, sem uma reclamação.
Outros, inoportunos, intransigentes, exasperados, perseguidores e insolentes, chegando às vezes às últimas
consequências contra o ente amado.
FROTTEURISMO
Caracteriza-se pela forma como certos indivíduos aproveitam-se das aglomerações em transportes públicos ou em
outros locais de aglomeração humana, com o objetivo de “esfregar ou encostar seus órgãos genitais, principalmente
em mulheres, ou tocar seus seios e genitais, sem que a outra pessoa perceba ou identifique suas intenções”.
EXIBICIONISMO
Os portadores destes transtornos são levados pela obsessão impulsiva de mostrar seus órgãos genitais, sem convite
para a copula, apenas por um estranho prazer incontrolável.
Exibição a distância dos genitais, sem insinuações lúbricas, sem violência e sem manifestação de desejo da posse
carnal.
Manifestam em locais de grande aglomeração humana, como estádios, praças, portas de colégios, etc.
NARCISISMO
É a admiração pelo próprio corpo ou culto exagerado de sua própria personalidade e cuja excitação sexual tem como
referência o próprio corpo.
MIXOSCOPIA
Caracteriza-se pelo prazer erótico despertado em certos indivíduos em presenciar o coito de terceiros.
FETICHISMO
Se apresenta como uma absorção completa de amor por uma determinada parte do corpo ou por objetivos
pertencentes a pessoa amada.
Por certas partes do corpo: mãos, pes, olhos, cabelos, nucas, seios
Por algumas funções ou emanações orgânicas: voz, olhar, odor, modo de caminhar, hábitos
Por objetos que se relacionam com o corpo: sutiãs, calcinhas, meias, sapatos, lenços, camisolas, trajes de
enfermeira e noiva.
PLURALISMO (TROILISMO)
Manifesta-se pela pratica sexual em que participam três ou mais pessoas. O franceses chamam-no de “ménage à trois”
e, no Brasil é conhecido como “suruba”.
SWAPPING
É uma pratica heterossexual que se realiza entre integrantes de dois ou mais casais, em que se verifica a troca de
parceiros de forma consentida.
GERONTOFILIA (CRONO-INVERSAO)
É a atração de certos indivíduos ainda jovens por pessoas de excessiva idade. Na maioria das vezes são do sexo
masculino
RIPAROFILIA
Manifesta-se pela atração de certos indivíduos por mulheres desasseadas, sujas, de baixa condição social e higiênica.
Essa perversão da sexualidade é mais comum no sexo masculino
TRAVESTISMO
É um transtorno da identidade sexual. Pode ocorrer entre indivíduos heterossexuais, que se sentem impelidos a vestir-
se com roupas de pessoas do sexo oposto, fato este que lhes rende gratificação sexual.
UROLAGNIA
É o prazer sexual pela excitação de ver alguém no ato da micção ou apenas em ouvir o ruído da urina ou ainda urinando
sobre a parceira ou esta sobre o parceiro.
COPROFILIA
É a perversão em que o ato sexual se prende ao ato de defecação ou ao contato das próprias fezes.
BESTIALISMO (ZOOFILISMO)
É a satisfação sexual com animais domésticos. Indivíduos portadores desta aberração muitas vezes são impotentes
com mulheres. Pode ocorrer nos dois sexos, porém é mais comum no masculino
ONANISMO
É o impulso obsessivo a excitação dos órgãos genitais, comum na puberdade. Atingindo essa obsessão na idade adulta,
tem conotação de psicopatia.
O onanismo juvenil desaparece sem vestígio, desde que o jovem se inicie numa vida heterossexual normal.
VAMPIRISMO
Caracteriza-se pelo modo de satisfação erótica quando na presença de certa quantidade de sangue, ou, em algumas
vezes, obtida através de mordeduras na região lateral do pescoço.
NECROFILIA
Manisfesta-se pela obsessão e impulsão de praticar atos sexuais com cadáveres. O caráter comum dessas perversões
é que são todas dependentes de uma degeneração psíquica mais ou menos pronunciada.
É o desejo e a satisfação sexual realizados com o sofrimento da pessoa amada, exercido pela crueldade do pervertido,
indo muitas vezes até a morte.
PEDOFILIA
É uma perversão sexual que se apresenta pela predileção erótica por crianças, indo desde os atos obscenos até a
prática de manifestações libidinosas.
É mais comum entre indivíduos do sexo masculino com graves problemas de relacionamento sexual.
São quase sempre portadores de personalidade tímida, que se sentem impotentes e incapazes de obter satisfação
sexual com mulheres adultas.
Geralmente são portadores de distúrbios emocionais que dificultam um relacionamento sexual normal.
a intelectiva ou educacional
a psicogênica
a endocrinológica
Intersexualismo ou sexo dúbio: o indivíduo apresenta-se com genitália externa e/ou a genitália interna indiferenciadas.
Transexualismo: o indivíduo é um inconformado com seu estado sexual. Geralmente não admite a prática
homossexual.
Travestismo: a pessoa sente-se gratificada com o uso de vestes, maneirismos e atitudes do sexo oposto. São tendentes
ao homossexualismo.
Existem graus variados que vao desde os tipos masculinizados (feições, hábitos, disfarces e maneiras de se portar) ate
os tipos femininos, delicados e ternos, nos quais jamais se poderia pensar numa inversão sexual.
O indivíduo se conduz como se pertencesse ao gênero oposto. É o transtorno da identidade sexual que mais chama a
atenção, pela sua complexidade e por seus desafios às questões morais, sociais e jurídicas.
Trata-se de uma inversão psicossocial, uma aversão e uma negação ao sexo de origem, o que leva esses indivíduos a
prostestarem e insistirem numa forma de cura por meio da cirurgia de reversão genital.
1 - Teoria genética: atribui existir um gene específico no cromossoma sexual capaz de se transmitir (atualmente a mais
aceita)
2 - Teoria fenotípica: que se admite a influência da própria conformação física do indivíduo androginóide, levando a
mulher para o transexualismo masculino, e a conformação anatômica andróide, levando o homem para o
transexualimso feminino.
3 - Teoria psicogênica: que admite a influência da orientação e do comportamento dos pais como capazes de marcar
tendências nitidamente masculina ou feminina.
4 - Teoria neuroendócrina: que afirma exisitirem alterações nas estruturas dos centros de identidade sexual, em face
de o hipotálamo não receber a quantidade necessária de hormônios.
5 - Teoria eclética: que aceita os mais diversos fatores endógenos e exógenos como causadores dessa alteração.
**ASPECTOS MEDICO-LEGAIS
O indivíduo faz opção por certas práticas sexuais que, na intimidade, são toleradas sem maiores censuras como a
mixoscopia e o ananismo.
A pessoa se identifica sexualmente com o mesmo sexo, imitando o sexo oposto ou agindo como se fora igual, como
nos casos do homossexualismo e do travestismo, que a sociedade começa a aceitar como questão da preferência de
cada um.
PERVERSÃO SEXUAL
A manifestação mais abjeta da sexualidade, cuja pratica denota um comprometimento moral e psíquico muito grave,
e que justifica maior interesse médico-legal, como nos casos de bestialismo, da necrofilia e da pedofilia.
ASPECTOS MEDICO-LEGAIS.
As condutas sexuais atentatórias ao pudor, em sua maioria, traduzem-se, sob o ângulo médico-legal, por delito de
ultraje aos bons costumes, abusos desonestos, atentados ao pudor, tentativa de violência e agressões que podem
levar a lesões graves ou a morte. Correspondem, portanto, na quase totalidade, no capítulo dos crimes contra os
costumes.
Em geral, toda perversão sexual depende de uma degeneração psíquica mais ou menos grave. A criminalidade sexual
quase sempre traz consigo um substrato de perturbação mental.
O importante, portanto, é saber se cada uma dessas anomalias constitui uma entidade própria ou sintomas de certas
morbidades psíquicas para se atribuir uma cota de imputabilidade compreensível em cada caso particular.
Etinofilia: atração entre raças. Exemplo: entre preto e branco; Japonês e brasileiro.
Excrementofilia
É o estabelecimento do diagnostico de tempo de morte. É determinado por elementos periciais. Estabelecer o tempo de morte é
importante porque implica circunstancias, exclui e inclui suspeitos. Já o diagnóstico errado pode levar a suspeitas, instrumentos e
locais errados
Fenômenos cadavéricos:
Fenômenos imediatos
Fenômenos consecutivos
São aspectos importantes para estabelecer um intervalo de tempo até 24h, evento recente.
Fenômenos transformativos:
Fenômenos destrutivos
o Autólise
o Putrefação
o Maceração
Fenômenos conservativos
o Mumificação
o Corificação
o Saponificação
o Petrificação ou calcificação
FASES DA PUTRFAÇÃO :
1. Fase de coloração – o intervalo de tempo de morte estabeleceu entre 24h até 7 dias
2. Fase gasosa pode variar de 4/8 dias
A fase gasosa pode acontecer mais rápida e abreviar a fase de coloração em virtude da temperatura, por exemplo.
Quanto mais quente, mais rápida acontece a fase gasosa
Em quadros de sepse – evolução do processo putrefativo é acelardo, fase gasosa ocorre mais rapidamente
3. Fase coliquativa – intervalo de 1 a 6 meses ate 3 meses. Depende Inumação ou permanência do cadáver ao ar livre é
e da temperatura
4. Fase de esqueletização – a partir de 3 anos, mas pode ser acelerada pela presença de temperatura elevada e da fauna
dos cadáveres
FAUNA CADAVÉRICA
Dípteros – moscas
Coleópteros – besouro
Lepidópteros – borboletas
Os corpos que são levados de uma região para outra na tentativa de ocultar o crime, podem ser reconhecidas através dos insetos
que podem ser diferentes dependendo da distribuição geográfica dessa fauna
Medicina Legal Luz 23/04/20
Gás sulfídrico atrai os insetos para botarem ovos e larvas nas cavidades naturais do organismo como a boca, anus, nariz e nas
aberturas/ ferimentos como no orifício de entrada de um projetil – ajuda identificar a área da lesão do trauma
Tempo de morte
Localidade do corpo
Localização de possíveis traumas e lesões de acordo com a concentração de larvas nas regiões
Algumas espécies de lepidópteros podem estar relacionadas a sustâncias ilícitas como cocaína
É possível identificar cocaína em todos os insetos porque eles se alimentam do corpo em decomposição
OBS: Nenhum critério de diagnostico de tempo de morte é estabelecido isoladamente – é importante ter vários critérios
concordantes
Corpo mergulhado na agua também não há insetos - a maceração exclui a presença de insetos
Grande parte dos tecidos que estão comprometidos como o tegumento não necessariamente serão observados nos planos mais
profundos. A maceração ocorre nas camadas mais superficiais que estarão mias corrugadas. Já o músculo se mantém e os órgãos
como o encéfalo também estão mais amolecidos – é necessário avaliar vários elementos
Gelo – baixas temperatura do inverno ou congelamento: desidratação profunda do corpo que se preserva, o corpo é mumificado.
Áreas desérticas (muito quente e seco)- corpo desidrata e se torna uma múmia – mumificação natural
Corpos com grande adiposidade em solos arenosos e úmidos – saponificação – ácidos graxos em associação com os sais do solo
formam uma ADIPOCERA – conversão da gordura do corpo em sabão- sabão natural
Possui aspecto em cera, cheiro rançoso e adocicado, coloração amarelado, róseo ou acinzentado
A interrupção da processo de transformação para uma processo conservativo dificulta identificar o tempo
Corificaçãoo – corpo inumado em urnas/ataúdes metálicas. O tecido do tegumento adere firmemente aos ossos e ficam com um
aspecto de COURO
Corpo exposto a tratamento quimioterápico, radioterapia – elimina a maior parte da microbiota – o corpo se decompõe de forma
alterada
HISTOTANATOLOGIA
Medicina Legal Luz 23/04/20
Histotanatologia – observações no tecido decorrente do processo de morte. Estabelecer um critério cronotanatodiagnose através da
decomposição dos tecidos – atividade autolítica, determina o tempo de morte. Ainda não há um protocolo estabelecido, é um
recurso ainda em estudo
FENÔMENOS INDIRETOS
Velocidade de digestão dos alimentos – avaliação do conteúdo gástrico para identificar o grau de digestão dos alimentos
e estabelecer o tempo de morte
Fenômenos vegetativos - Crescimento da barba e cabelos
Não constitui um protocolo regular para todas as pericias
EXAME NECROSCÓPICO
Possui como propósito estabelecer a causa do óbito através dos processos patológicos – necropsia patológica
Descrição do conteúdo das cavidades – contribui para o estabelecimento do laudo que deve ser bem destelhado com fotografias do
cadáver e das lesões - Registro sistemático dos procedimentos
Plastão esterno costal (esterno + arcos costais) é retirado, exposto a cavidade torácica
Dobra o tegumento – as laminas ósseas são cortantes (é uma forma de garantir a segurança de quem esta realizando a necropsia)
Medicina Legal Luz 23/04/20
Se tiver perfuração por projetil de arma de fogo – estabelecer qual é o trajeto- é importante para estabelecer a posição e a
angulação do disparo, disposição dos planos
Incisão do couro cabeludo de um processo mastoide para o outro, retira o couro cabeludo e expõe a
calvaria
Secção da calvaria por uma serra - Pode ser seccionada separadamente ou junto com o encéfalo
Técnica de Griesinger: corte da calvaria e encéfalo em um único corte (como se fosse cortar uma laranja ao meio, o crânio é a
casca e o encéfalo é a laranja)
Técnica de Pitres – secciona a calcaria e o encéfalo é retirado inteiro. É feita varias secções no encéfalo do plano frontal ate o
cerebelo e tronco encefálico (cortes seriados)– avalia a profundidade e dimensão da lesão e quais foram as estruturas afetadas
É preciso ter uma compatibilidade entre o exame Peri necroscópico e o exame realizado no cadáver – o laudo é fortalecido e a
pericia de concordância
Medicina Legal Cícero 09/04/20
TOXICOFILIA
Intoxicação periódica ou crônica nociva que é produzida pelo repetido consumo de uma droga natural ou sintética
Tóxico ou droga: substancias naturais, sintéticas ou semissintéticas que podem causar tolerância, dependência e crise de
abstinência
Dependência química: uso de substância química para afastar um sintoma indesejado – interação que existe entre o metabolismo
orgânico do viciado e o consumo de determinada droga
Tolerância: aumenta o dose para chegar no efeito desejado. Por exemplo, tolerância a cafeína- precisa de doses cada vez mais
elevadas
Abstinência: ausência da droga, diminuição no plasma que causa tremor e delirium tremis –
Crise de abstinência: síndrome caracterizada por tremores, inquietação, náuseas, vômitos, irritabilidade, anorexia e distúrbios de
sono
Estados toxicofílicos: compulsão irresistível e incontrolável do uso de drogas a todo o custo. Dependência psíquica, tendência de
aumentar a dose e o efeito nocivo individual e coletivo
TIPOS DE TÓXICOS:
MACONHA – marijuana, diamba, erva maldita, canabis, birra, maria joana e Haxixe
Os viciados apresentam:
Lassidão
Olhar perdido a distancia
Comportamento excêntrico
Memoria afetada
Perde a ambição
Falta de orientação no tempo e no espaço
Sensação de flutuar nas nuvens
Percepção deformada, problemas psicóticos como fuga da realidade, indiferença e desligamento completo
HAXIXE é retirado da resina seca de folhas esmagadas de maconha e comercializado em forma de tabletes sólidos, secos e duros
– é misturado ao fumo e usado em cigarros e cachimbos
MORFINA
É um alcaloide derivado do ópio e apresenta-se em forma de liquido incolor
Injeção intramuscular
Abscessos – falta de assepsia
Morfofilia ou morfomania é o uso vicioso de tomar morfina
O inicio da droga o paciente sente-se eufórico, disposto, extrovertido – lua de mel da morfina
Medicina Legal Cícero 09/04/20
Com o passar o tempo o viciado emagrece, torna-se pálido, costas arqueadas e cor de cere. Envelhecimento precoce, pele
enrugada e o cabelo cai. Surgem insônias, suores, tremores, angustia, desespero, apetência, impotência sexual e vômitos
Período de estado – caquexia, normalmente falece de problemas cardíacos e tuberculose
Dependência é muito rápida
HEROÍNA
Produto sintético - éter diacético da morfina – diacetilmorfina
Pó branco e cristalino. Após a diluição é injetado. Pode ser misturado no fumo do cigarro
É um derivado da morfina, só que 5x mais forte
Os viciados apresentam:
o Contraste arrasador entre uma decadência física lamentável e um humor imoderado e injustificável
o Olhos fundos, brilhantes, pupila dilata
o Tremor quase generalizado predomínio nos lábios e extremidades dos membros
o Tiques nervosos e excitações repentinas
Intoxicação aguda:
LSD 25
Acido lisérgicos centeio (dietilamina do ácido lisérgico).
É uma droga alucinógena, semi sintético extraído da ergotina do centeio
Consome-se em tabletes de açúcar ou num fragmento de cartolina manchado sutilmente da droga, dissolvida na água e
ingerido.
É a droga de maior poder alucinógeno conhecido.
BARBITÚRICOS
Barbiturismo é o uso abusivo e vicioso dos barbitúricos
Tremores, perturbação da marcha, disartria, sonolência, estado confusional e apatia
Em dosagem excessiva leva a uma grave depressão do SNC, podendo o paciente ir ao coma ou à morte.
Medicina Legal Cícero 09/04/20
ÓPIO
É extraído das cápsulas de papoula Papaver somniferum
É consumido sob forma de cigarros
Seu processo de obtenção e industrialização é muito difícil, por isso é um tóxico pouquíssimo usado no Brasil.
O viciado em ópio tem uma fase de excitação geral.
Em seguida, passa o drogado para uma fase de depressão, de indiferença e de abatimento, a inteligência torna-se obscura,
a memória prejudicada, o estado físico é de prostração e a angústia começa a se intensificar
ANFETAMINAS
Psicoanalépticas – ativam o sistema nervoso
Uso com ingestão com água, dissolvidas em bebidas alcoólicas ou dissolvidas e injetadas na veia
O consumo abusivo de anfetaminas (“bolinhas”) constitui, no momento, o maior problema médico e social no que se
refere aos tóxicos no país.
Essa é a droga mais usada e mais facilmente adquirida no Brasil
Evitar a sonolência, desinibir, euforia, diminui o apetite
A intoxicação aguda pelas anfetaminas caracteriza-se pela inquietação psicomotora, incapacidade de atenção,
obnubilação da consciência, estado de confusão com manifestações delirantes
CRACK
Bicarbonato de cocaína- constiuido por uma pasta a base de cocaína. É um subproduto
Usado por pessoas com menores poder aquisitivo – uso através da aspiração em cachimbos improvisados
Substancia psicodislépticas
Efeitos:
COLA
Hidrocarbonetos
Efeito muito rápido e de pouca duração
Psicodislépticas – leva a euforia e à alucinação, numa fase mais avançada, a cola pode causar lesões graves na medula,
nos rins, fígado e nervos periféricos
Uso por inalação
MERLA
Pasta de coca – é um sulfato da cocaína, produtos químicos, como benzina, querosene, gasolina, ácido sulfúrico, éter e
metanol
Tem um poder destrutivo muito maior do que o do crack
Seu uso é através de cigarros ou cachimbos, misturados com fumo puro.
Os efeitos e sua sensação a princípio é de bem-estar e leveza, depois segue-se uma sensação desagradável e de
inquietação, deixando o indivíduo agitado e nervoso.
A pele do indivíduo tem mau cheiro permanente
Afeta primeiramente o fígado (hepatite toxica). Depois o cérebro – destruição dos neurônios, perda progressiva da
memoria e da coordenação motora. Causa fibrose pulmonar e alteração do ritmo cardíaco
ÁLCOOL
Absorção pelas vias digestivas, passa para a veia porta e para o fígado. Vai para a circulação sanguínea e linfático do
organismo
Gastrite enantematica
Medicina Legal Cícero 09/04/20
Pancreatite
Congestão meníngea
A entrada do álcool na circulação vai para todos os tecidos
Tolerância é a capacidade maior ou menor que uma pessoa tem de se embriagar. A tolerância depende de vários fatores
como estados emotivos, estafa, sono, temperatura
Quanto maior o peso, mais diluído fica o álcool – 2/3 do corpo são constituídos por líquidos
Abstêmio, bebedor moderado e o grande bebedor toleram o álcool em graus diferentes
Embriaguez alcoólica: perde a consciência. É o conjunto de manifestações neuropsicossomáticas resultantes da
intoxicação etílica aguda de caráter episódico e passageiro. É um ESTÁGIO
Alcoolismo é o ESTADO- síndrome psico-organica de perturbações devido ao uso continuo de álcool. Independendo do
momento do exame, de um maior ou menor consumo de bebida.
Manifestações físicas: congestão das conjuntivas, taquicardia, Taquipneia, hálito alcoólico-acético
Manifestações neurológicas: alterações do equilíbrio, da marcha, e das perturbações da coordenação motora (ataxia,
dismetria, dissinergia, disartria)
Manifestações psíquicas: alterações do humor, do senso ético, da atenção do senso-percepção, do curso do pensamento
e da associação de ideias
Fases da embriaguez:
o Hepatomegalia
o Edema palpebral
o Tremores das mãos
o Ventre aumentado
o Pescoço fino
o Insegurança na marcha
o Congestão das conjuntivas
o Dispepsia
o Vermelhidão da face
Perturbações neurológicas:
Polineurite:
É um comprometimento de vários neurônios periféricos por um processo degenerativo
É uma síndrome sensitivo-motora: parestesia das extremidades, hiperestesias cutâneas, hipoestesia superficial, mialgias,
alterações dos reflexos, atrofias musculares e perturbações de coordenação motora.
Medicina Legal Cícero 09/04/20
Poliencefalite superior hemorrágica de Wernicke
Lesões por minúsculos focos hemorrágicos dos nervos cranianos do tronco cerebral
Sintomas: paralisia dos músculos do globo ocular, sintomas trigeminais (nevralgia facial), paralisia dos músculos faciais,
disfonia, disfasia, tremor da língua e tremores peribucais
Perturbações psíquicas:
Psicoses alcoólicas
Alucinose dos bebedores (alucinações auditivas)
Delírio de ciúmes dos bebedores (ideias interpretativas de ciúme e infidelidade conjugal)
Epilepsia alcoólica
Dipsomanias (crise impulsiva e irreprimível de ingerir grandes quantidades de bebidas alcoólicas)
Delirium tremens
DELIRIUM TREMENS: estado de confusão, agitação e angústia, com tremores, alucinações de ordem visual e amnésia. O delírio
consiste em alucinações terrificantes, visões de animais asquerosos e rastejantes quem enchem o ambiente, como cobras,
escorpiões que o doente tenta afugentar ou tirar de suas vestes. Figuras liliputianas de colorido triste. Macaquinhos que descem
pelo fio da lâmpada ou minúsculas mulheres despidas com quem o paciente brinca na palma da mão. A duração da crise é de 3 a
10 dias e a convalescença é precedida de prolongado sono.
Temperatura:
o Frio: congelamento
o Calor: insolação ou intermação
o Queimaduras: graus
Cáusticos: vitrolagem
Venenos:
o Mitridisação
o Envenenamento – perícia
Asfixiologia
Respiração normal: entrada de ar atmosférico (21% de oxigênio), vias aéreas permeáveis, elasticidade do tórax, expansão
pulmonar, circulação sanguínea e volume circulatório normais. Leva o oxigênio através da oxihemoglobina
Sinais externos:
o Manchas de hipóstase
o Cianose de face – aumento de CO2
o Equimoses da pele e das mucosas
Sinais internos:
o Equimoses viscerais – manchas de Tardiu é uma equimose subpleural
o Aspecto de sangue – sangue escuro devido ao aumento do CO2
o Congestão visceral
o Distensão e edema de pulmão
o Rigidez precoce
o Tonalidade rósea da face, sangue e pulmões
o Sangue fluido
o Prova de Katayama: Reação para diagnosticar a presença de óxido de carbono. Diluem-se 5 gotas de sangue em 10 ml de
água. Em seguida, acidifica-se a mistura com 5 gotas de sulfureto de amónio e ácido acético. A prova é positiva quando a
mistura ficar cor de rosa avermelhada.
Asfixia puras:
Afogamento – troca de oxigênio pela agua – perde o oxigênio por 3 minutos e o cérebro morre
o Afogamento branco – não ingere agua. Choque térmico- sujeito esta com o corpo quente e entra em uma agua fria.
NÃO há ingestão de agua, não há cianose, morre pro choque térmico
o Afogamento azul – parada da entrada de ar, a carboexiemoglobina ficar carregada por gás carbônico – fica
cianótico
No afogamento aperta por 3 minutos e perde a consciência porque falta oxigênio no cérebro (ele morre)- morte encefálica e após
5 minutos e perde o oxigênio do coração sofre uma isquemia – parada cardíaca
Sinais de afogamento:
Enforcamento completo – sujeito com corda no pescoço e o peso do corpo faz com que a corda aperta – SULCO
TÍPICO OBLÍQUO na área de maior peso. Causa fratura de vertebras, fratura do osso hiode,
Sinal de Friedberg – sufusão hemorrágica dos grandes vasos cervicais – hemorragia da musculatura do
pescoço
ESTRANGULAMENTO - laço horizontal no pescoço, sulco uniforme – constrição do pescoço com uma corda, cordão. O
SULCO HORIZONTAL E HOMOGÊNEO
ESGANADURA– aperta o pescoço com as mãos, fica com a marca das unhas no
pescoço.
O Sinal de Carrara é característico de uma lesão por um MARTELO, que faz parte das Lesões Produzidas
por Ação Contundente. É conhecido também como ‘Sinal do Mapa Mundial de Carrara’ e nele ocorre o
aprofundamento parcial e uniforme com inúmeras fissuras e em forma de arcos e meridianos. Também
ocorre por causa da Díploe (lâmina óssea do crânio).
FERIDA CONTUSA – Acontece em ‘Lesões Produzidas por Ações Contundentes’ e os instrumentos que a
produzem são: barra de ferro, cabeça de machado e martelo
3. O QUE É ELETROPLESSÃO?
É uma lesão causada pela exposição à Eletricidade Artificial e que na maioria das vezes é ACIDENTAL.
Produz uma gama variável de lesões e está relacionada com a carga de eletricidade recebida.
< 120 V – pode produzir o óbito, mas ele é decorrente de morte cardíaca, pois a corrente atua diretamente
sobre a atividade cardíaca
120 e 1200 V – a morte envolve uma parada respiratória, conhecida como ‘morte pulmonar’
Mina de Hoffmann é um efeito produzido pelo projétil de arma de fogo em um TIRO ENCOSTADO. Ele
ocorre quando o tiro acontece no crânio e o projétil explode a lâmina óssea produzindo um ‘efeito de
câmera de pressão’
Orla de enxugo/limpeza – contorno do ferimento, devido a força do projétil para entrar no tegumento –
a pólvora suja o projétil, então na margem do ferimento fica toda a sujeira da pólvora
Orla de contusão – porque para que o projétil penetre e produza lesão, ele precisa fazer uma força muito
grande, então ele tem que CONTUNDIR e geralmente apresenta um aspecto de hematoma
Zona de Esfumaçamento – quando dispara e a pólvora queima, todo o material de combustão da pólvora
produz uma fumaça que pode grudar na margem do ferimento – sai com a lavagem e o ferimento fica
limpo
Zona de Tatuagem – ao mesmo tempo, tem pequenos pontos metálicos do projétil e da pólvora que
poderão produzir queimaduras e penetrar na pele perifericamente ao orifício de entrada e NÃO SAI
MESMO SE LAVA
ORIFÍCIO DE SAÍDA a borda do ferimento é voltada para FORA, é uma lesão irregular, bastante
sangrante e que rompe o tecido. Normalmente é MAIOR do que o orifício de entrada
GELADURA
1º grau - a área que sofreu a geladura está levemente pálida na margem, por te diminuição da circulação
de sangue ou apresenta-se rubefeita; Possui o ‘aspecto ranserino’ – quando tem a percepção da pele com
arrepio (pontuações com a pele corrugada); É uma lesão mais simples e de menor gravidade ;Tem
modificação da sensibilidade no local da lesão mas não tem destruição do tegumento
3º grau – começa a gravidade severa; Tem necrose do tegumento e das extremidades do corpo –
geralmente vem representada pelo escurecimento progressivo das extremidades; Quadro que evolui para
o 4º grau; A isquemia resulta na morte dos tecidos
4º grau – representa gangrena e a desarticulação dos tegumentos (perda do segmento – ex: pode perder
os dedos); É uma gangrena seca e pode se tornar úmida se houver contaminação por bactérias;
Geralmente resulta em amputação, pois a área que sofreu gangrena deverá ser removida cirurgicamente
QUEIMADURA
1º grau – temos o ERITEMA (mancha avermelhada) – afeta principalmente a epiderme e a derme; Essa
área avermelhada chamamos de ‘Sinal de Christinson’ – o comprometimento é brando
2º grau – formação do ERITEMA e do FLICTENA – ‘Sinal de Chambert’
3º grau – temos a NECROSE – ela possui extensão variável, pode até atingir o plano muscular
4º grau – temos a CARBONIZAÇÃO, quando tem a calcinação do tecido – ele torna-se enegrecido
semelhante ao carvão; Pode ser total ou pode ser observada em partes do corpo – é considerado
carbonizado mesmo assim; Tem dificuldade para identificação, então muitas vezes é necessário utilizar o
DNA, pois o corpo apresenta uma transformação bastante severa
A intensidade da radiação e a sua exposição, mesmo em condições mínimas, produz um dano celular
muito maior do que os demais elementos. Quando essa radiação atinge um nível que seja
incompatível com a manutenção da homeostase teremos uma lesão grave – o grau de irradiação
estabelecido segue um critério específico. Se manifesta de formas diferentes, tem desde lesões no
TGI (envolvendo a mucosa) até inflamação, fibrose, lesões diretas do parênquima pulmonar e a
ampliação progressiva do risco de desenvolvimento de neoplasias. Apresenta desde queimadura até
hemorragias (devido a rupturas dos vasos) e evolui para o óbito.
8. O QUE É MARCA DE JEL LINEK E SINAL DE LICHTEMBERG?
Marca de Jellinek – ocorre em indivíduos que sofreram lesão por ELETROPLESSÃO. Apresenta lesão
cutânea de descontinuidade produzida pela descarga elétrica artificial. É uma ferida que pode estar
cauterizada e DELIMITA O TERRITÓRIO onde ocorreu a descarga elétrica e vem acompanhada de
pequenas áreas de impregnação metálica (metalização elétrica)
Sinal de Lichtemberg – ocorre em lesões causadas pela ELETRICIDADE NATURAL. É uma marca cutânea
que evidencia a descarga elétrica atmosférica. Normalmente tem uma formação dendrítica – aspecto de
árvore, e parte do ponto de onde ocorreu a descarga elétrica.
O Sinal de Montaldi ocorre em queimaduras pelo CALOR DIRETO. Ele mostra a presença de fuligem dentro
das vias respiratórias – evidencia que o indivíduo INALOU essas partículas de suspensão antes de morrer.
Se o indivíduo já estiver morto antes de sofrer a queimadura, ele não terá esse sinal.
Essas linhas de tensão mostram que a ferida toma direções diferentes de acordo com a área atingida
(somente no vivo) e em cada localização pode ir para um sentido diferente. Ex: mama – lesão vertical;
abdômen – lesão horizontal
Lei de Filhos Em uma mesma região e com as linhas de força em um só sentido seu maior eixo tem
sempre a mesma direção – CONCORDANTE
Lei de Langer Na confluência de regiões de linhas de força diferentes, a extremidade da lesão toma o
aspecto de ‘ponta de seta, triângulo ou quadrilátero’ – DISCORDANTE
Nutrologia
P1
P2 P3
Nutrologia
Prof.º Bruna Buzati
Aula 01 – 04.02.2020
▪ Ratinose (beterraba), estaquiose (leguminosas e
NUTRIENTES E NECESSIDADES abóboras) → NÃO são hidrolisadas e nem absorvidas pelo
NUTRICIONAIS – Macro e micro sistema digestivo
▪ Polissacarídeos – açúcares derivados de álcoois como o
nutrientes sarbitol, manitol e xilitol
o Digeríveis
O QUE É A NUTROLOGIA E PARA QUE SERVE ? o Parcialmente digeríveis
❖ Estuda os benefícios e malefícios causado pela ingestão o Não digeríveis
de nutrientes
o Relaciona o indivíduo ao nutriente e se envolve METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS
saúde e doença
▪ É armazenado no Fígado
❖ Diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças
▪ Em excesso de glicose ela se transforma em GLICOGÊNIO
❖ Promoção de uma longevidade saudável com melhor
(por meio da glicogênese)
qualidade de vida
▪ Na ausência de glicose → ocorre a gliconeogênese (no
❖ Avaliação das necessidades visando a manutenção da
Fígado e Rim) → lactato, aminoácidos e glicerol
saúde e redução de risco de doenças
❖ Tratamento das manifestações de deficiência ou excesso
FIBRAS
IMPORTÂNCIA DA NUTROLOGIA ▪ Parte do alimento que não digere e não absorve mas
possui uma funcionalidade importante no organismo
❖ Importante para o funcionamento dos mecanismos de
▪ Uma parte dela faz parte da formação do BOLO FECAL com
absorção, digestão e utilização dos nutrientes pelo
a ajuda da ingestão de água
organismo humano
▪ ‘É a parte comestível das plantas ou dos carboidratos que
resistem à digestão e à absorção no intestino delgado de
PRINCIPAIS NUTRIENTES
humanos, com fermentação completa ou parcial no
intestino grosso.’
CARBOIDRATOS
LIPÍDEOS
FUNÇÃO
▪ Digestão, absorção e transporte de vitaminas lipossolúveis
▪ Diminui o esvaziamento gástrico e estimula o fluxo biliar
pancreático – FACILITA O PROCESSO DIGESTIVO
▪ Fonte de energia
▪ Manutenção da temperatura corpórea
▪ Síntese de hormônios
▪ Mediadores sobre a resposta imune
▪ Participação no processo inflamatório
▪ Saturados – podem ser de cadeia curta, média ou longa • Composição corporal – massa livre de gordura constitui o
o Quanto maior for o tamanho maior será o seu compartimento corporal com maior atividade metabólica
peso molecular, ponto de fusão e insolubilidade • Idade – declíneo de 1% a 2% por década
o Encontrados em alimentos de origem animal • Sexo – o gasto energético total é mulheres é MENOR do
o TCM: ácido caproico, caprilico, cáprico e láurico que nos homens
o Fontes: coco, babaçu, amêndoa e leite (em baixa • Ação dos hormônios tireoidianos – aumento no consumo
quantidade) de oxigênio, metabolismo e produção de calor
• NÃO são armazenadas em quantidade significativa – é ▪ Síntese de purinas (guanina e adenina) e piramidinas
necessário um suprimento diário (timina) dos ácidos nucleicos DNA e RNA
▪ Relacionada à Anemia Megaloblástica
VITAMINA C – FUNÇÕES
VITAMINA B12 - CIANOCOBALAMINA
▪ Necessária para a formação de colágeno
▪ Metabolismo de aminoácidos – tirosina e fenilalanina ▪ Fator importante no metabolismo dos ácidos nucleicos
▪ Facilita a biodisponibilidade do Ferro (síntese de DNA)
▪ Antioxidante ▪ Anemia Perniciosa ou Megaloblástica – células vermelhas
maiores e imaturas; número menor do que o normal
▪ Atua na maturação das células sanguíneas vermelhas
VITAMINA B1 – TIAMINA
▪ Atua na formação da Bainha de Mielina
▪ Relacionada ao metabolismo do carboidrato
▪ Os alcoólatras possuem um prejuízo na absorção dessa
VITAMINA H OU B7 – BIOTINA
vitamina ou fosforilação defeituosa
▪ O sintoma mais importante é a FRAQUEZA PROGRESSIVA ▪ Vitamina menos conhecida e estudada
DOS MÚSCULOS (braço, perna e coxa) ▪ É uma importante coenzima para o metabolismo proteico,
▪ A falta dessa vitamina pode levar a perda de apetite, lipídico e energético
fadiga, paralisia e insuficiência cardíaca ▪ Essencial para o crescimento celular, homeostase da
glicose e síntese do DNA
▪ Deficiência: dermatite, alopecia, anorexia, depressão e
VITAMINA B2 – RIBOFLAVINA
anormalidades cardíacas
▪ Relacionada com a formação das hemácias, glicogênese e ▪ Fonte: Leite, Fígado, Vísceras e gema de ovo
crescimento celular
VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS
VITAMINA B3 – NIACINA
• Vitamina A, D, E e K
▪ Relacionada na mobilização do Cálcio • Quantidades significativas são armazenadas no Fígado e
▪ Essencial nas reações bioquímicas do metabolismo de Tecido Adiposo
macronutrientes • Por serem insolúveis em água, requerem a BILE para a
▪ Obtenção de energia na forma de ATP digestão e QUILOMÍCRONS para o transporte via linfática
▪ Protege os epitélios e o trato gastrointestinal
▪ Necessária no reparo de DNA
VITAMINA A
▪ Vegetais de cor amarelo-alaranjado – cenoura, abóbora,
VITAMINA B5 – ÁCIDO PANTOTÊNICO
moranga, manga e mamão
▪ Papel básico no metabolismo de glicídios e proteínas e na ▪ Fígado, gema de ovo, leite integral e produtos lácteos
liberação de energia dos carboidratos
▪ Envolvido na síntese de aminoácidos, ácidos graxos,
colesterol, fosfolipídios e hormônios esteroides
▪ Essencial para a PORÇÃO PIGMENTAR da
hemoglobinavitamina b6
▪ Atua como coenzima para mais de 100 enzimas
▪ Relacionado ao metabolismo dos aminoácidos
▪ Gliconeogênese
▪ Síntese de neurotransmissores (serotonina, tauria e
histamina)
▪ Formação do tecido conjuntivo: colágeno e elastina
CÁLCIO
PERDE DE PESO
Atender às necessidades específicas por modificações na Triagem/avaliação nutricional – saber se o paciente está
composição nutricional, consistência ou distribuição das comendo ou não
refeições Calcular as necessidades nutricionais – de acordo com a
Os suplementos nutricionais são formulações específicas patologia
para o uso oral, que complementam o aporte nutricional Indicar a TN a ser instituída – oral, enteral e parental
de uma dieta insuficiente Monitoramento/acompanhamento nutricional
Adesão à TNO – Aplicação dos indicadores de qualidade na TN –
o Hiporexia, saciedade precoce, náuseas, disfagia, o Avalia se a dieta recomendada está sendo efetiva
significado emocional atribuído à alimentação, ou não
perda da autonomia e preferencias alimentares
EQUIPE MULTIDISCIPLINAR para avaliar a alimentação do
paciente
CONSISTÊNCIA DA DIETA
CONTRA INDICAÇÕES
FÍSTULAS
Comunicações entre dois epitélios que NÃO é par se
comunicarem
Quando ela acontece no sistema digestivo e sai acima de
500 ml não é indicado
VIAS DE ACESSO
RISCO DE ASPIRAÇÃO
INDICAÇÃO E SELEÇÃO NE
Quando há a presença de distúrbios neurológicos, há
maior risco de aspiração
Maior nas doenças esofágicas
Aumentado nos casos de tumores de cabeça e pescoço
RESÍDUO GÁSTRICO
Objetivo – identificar resíduos gástricos que possam
predispor a broncoaspiração
Deve-se aspirar com a seringa o volume gástrico ates de
iniciar nova dieta enteral
Drenagem > 250 mL – é necessário usar um procinético TIPOS DE SONDAS
o 2 checagens > 250 mL
o Valores maiores e 500 mL tem que avaliar quais PVC – mais rígidas e normalmente coloca na boca para
são os motivos que fazem a pessoa drenar mais drenar; calibrosas; não radiopacas e de curta duração
do que 500 mL e se vai ou não introduzir a dieta o Gástrica
o Drenagem gástrica
Silicone/Poliuretano – pequeno calibre;
VANTAGENS
maleáveis/flexíveis; radiopacas e de longa duração
o Gástrica
o Entérica
o TNE
GASTROSTOMIA E JEJUNOSTOMIA
GASTROSTOMIA
COMPLICAÇÕES
Incidência: 8-30%
Remoção acidental da sonda
Obstrução da sonda
Infecção de parede e peritonite (15%)
Fístula gástrica
Perfuração gástrica
SEMPRE depois da dieta é necessário passar a água, tanto
para a nutrição do paciente como para limpar a sonda e
evitar infecções
JEJUNOSTOMIA
VELOCIDADE DE INFUSÃO
VANTAGENS
Individualização da fórmula quanto a composição e
volume
o Bolo –por seringa, coletar e injetar diretamente Custo menor
no estômago
o Intermitente gravitacional e com Bomba de
Infusão
Marina Cavalcante Chini
Nutrologia
Prof.º Bruna Buzati
Aula 02 – 18.02.2020
DESVANTAGENS Concentração de partículas osmoticamente ativas na
solução (carboidratos simples, proteínas hidrolisadas,
Instabilidade bromatológica, microbiológica e
TCM, minerais e eletrólitos)
organoléptica
Estômago – tolerância maior à osmolalidade
Composição nutricional não definida
Volume excessivo – para diminuir a viscosidade
Maior risco de contaminação
POLIMÉRICA –
o Macronutrientes, principalmente as proteínas
o Apresentam-se na forma intacta (polipeptídeo)
o Baixa osmolalidade
o Função gastrointestinal normal
OLIGOMÉRICA OU SEMI-ELEMENTAR –
o Macronutrientes parcialmente hidrolizados A PRESCRIÇÃO
Proteínas (dipeptídeos e tripeptídeos)
Carboidratos (dissacarídeos)
MONOMÉRICA OU ELEMENTAR –
o Macronutrientes na forma TOTALMENTE
HIDROLISADA
Proteína – aminoácidos livres
Carboidrato – monossacarídeos
Lipídeos – principalmente TCM, ácidos
graxos livres
ESPECIALIZADAS –
o De acordo com as patologias
o Podem ser monométricas, oligoméricas ou
poliméricas
o Disfunções orgânicas: hepatopatas, nefropatas,
pneumopatas e imunomodulatores
DENSIDADE CALÓRICA
OSMOLARIDADE/OSMOLAL IDADE
PNEUMONIAS ASPIRATIV AS
ETIOLOGIA E CONTROLE DA DIERRÉIA
Fatores de risco –
o Cabeceira da cama <30º
o Glasgow <9
o Presença de vômitos
TODO PACIENTE COM SONDA TEM RISCO DE ASPIRAÇÃO
– Elevar cabeceira da cama à 30-45º (deve estar na
prescrição)
Síndrome de Realimentação –
o TN introduzida em pacientes que ficaram muito
tempo em jejum, principalmente em gravemente
desnutridos
o Distúrbios hidroeletrolíticos, disfunção hepática,
hiperglicemia e insuficiência respiratória
o Deficiência de vitamina do complexo B
o Ingestão < 1200 cal/dia
o Tiamina cofator piruvato desidrogenase
o PREVENÇÃO E TRATAMENTO – prescrever
eletrólitos, tiamina e monitorizar clínica e
laboratorial diária
Síndrome de Hiperalimentação –
o Ocorre quando é ofertado nutrientes em
QUANTIDADES SUPERIORES às necessidades
nutricionais, principalmente com energia em
excesso
HMA
Perda ou ganho de peso
Verificar a integridade do TGI: alterações na ingestão,
digestão, absorção e excreção
o Ingestão alimentar:
Apetite
Disfagia e Odinofagia
Náuseas/Vômitos
Diarreia
Constipação
Medicações em uso
as
IMPRESSÃO GERAL
Icterícia
Cianose
Equimoses e Hematomas
EXEMPLO DA AVALIAÇÃO NUTROLÓGICA
Unhas quebradiças
Cabelo fino e ralo Parte 1 – História Médica
Despigmentação do cabelo ‘Sinal da Bandeira’ o Mudança de peso – como estava o peso há 6
Avaliação da conjuntiva – corado ou descorado meses e o peso atual; porcentagem de mudança;
Edema mudança de peso nas últimas 2 semanas
Identificação do Osso Orbitário e do Arco Zigomático – (aumento, sem alterações ou diminuição)
pode haver redução ou aumento da adiposidade maxilar o Ingestão Dietética – avaliar se a ingestão mudou
Qualidade dos dentes (adequado/inadequado); e se houver mudança,
Língua – pode estar despapilificada (sem as papilas classificar o tipo (dieta sólida, líquida
gustativas) normocalórica ou hipocalórica e jejum)
Queilite Angular – processo inflamatório localizado no o Sintomas Gastrointestinais – avaliar se tem algum
ângulo da boca, uni ou bilateral e caracterizado por sintoma e qual a sua frequência e duração
discreto edema, descamação, erosão e fissuras o Capacidade Funcional – avaliar se tem alterações,
o Também conhecido como ‘boqueira’ se tiver classificar em tipos (moderado/grave) e a
Presença de Artrite mudança nas últimas 2 semanas (melhorou, não
modificou e piorou)
ABDÔMEN Parte 2 – Exame Físico
o Diminuição de tecido adiposo subcutâneo –
Auscultar se há ruído hidro-aéreo presente e normal
abaixo dos olhos, tríceps e bíceps
indicação de TGI funcionante
Classificar se está em todas as áreas ou
Diferenciar distensão abdominal de ascite
apenas em algumas
o Redução da massa muscular – têmporas,
clavícula, ombro, escápula, costelas, quadríceps,
panturrilha, joelho, entre os ossos da mão e entre
o polegar e o dedo indicador
o Edema – se está relacionado à desnutrição ou não
o Ascite – presença ou ausência
MÉTODO INDIRETO
ICA
Estima a massa muscular
VANTAGENS –
o Não requer muita habilidade do avaliar
o Simplicidade de execução
o Confortável e não-invasiva
o Possui equações específicas para diferentes
grupos populacionais
DESVANTAGENS –
o Estado de hidratação do avaliado
o Custo mais elevado que outras técnicas
duplamente indiretas
Recomendações
o Não usar diurético nos 7 dias anteriores ao teste
o Jejum, pelo menos, nas 4h anteriores ao teste
o Não ingerir bebidas alcóolicas 48h antes do teste
o Não realizar atividade física extenuante 24h
ANTROPOMETRIA
anteriores ao teste
o Urinar, pelo menos, 30 minutos antes do teste Utiliza – massa, estatura, IMC, circunferência, diâmetros
o Permanecer em repouso de 5 a 10 minutos antes ósseos e espessura de dobras cutâneas
do teste
ESTATURA
COMPOSIÇÃO CORPORAL
PCT –
o Medida paralelamente ao eixo longitudinal do
braço, na face posterior, no ponto que
Estimativa de peso corporal para pacientes com edema – compreende a metade da distância entre
acrômio e olecrano
Estimativa de peso corporal para pacientes com ascite – Prega cutânea subescapular –
o A medida é executada obliquamente em relação
ao eixo longitudinal, dois centímetros abaixo do
ângulo inferior da escápula
DOBRAS CUTÂNEAS
HOMENS
COMPORAÇÃO DE MÉTODOS
ANÁLISES
TIPOS DE ANÁLISES
RESULTADOS
RESPOSTA NEUROENDÓCRINA
Primeiramente deve-se avaliar se o indivíduo está É uma técnica de introdução de sonda na luz da traqueia
hemodinamicamente estável – se estiver, pode introduzir com o objetivo de manter a via aérea patente, administrar
a alimentação O2 e eliminar o Co2 produzido
Na maioria dos casos ocorre por meio da nutrição enteral Principais indicações:
– por causa do estado do indivíduo, mas também pode ser o Quando o indivíduo não tem condições de
oral ou parenteral manter a via aérea de forma espontânea
Se conseguir introduzir essa nutrição, terá os benefícios da o Acúmulo de secreções pulmonares, edema e
nutrição precoce: diminuição do nível de consciência
o Redução da incidência de úlcera O trauma normalmente é uma indicação de intubação
o Redução da lesão trófica intestinal orotraqueal
o Menor produção sistêmica de citocinas
VENTILADOR PULMONAR
inflamatórias, menor morbidade infecciosa e
menor mortalidade O ventilador pulmonar tem o objetivo de aliviar total ou
NÃO HÁ BENEFÍCIO EM OFERECER TNE OU TNP POR parcialmente o trabalho respiratório do paciente e
MENOS DE 3 DIAS controlar o O2 e a umidade que o nosso organismo precisa
REPOSIÇÃO VOLÊMICA
Há a infusão de fluidos diante da necessidade para
adequar a perfusão tecidual e o fluxo sanguíneo
Fundamental para restabelecer a oxigenação e evitar a
COMPLICAÇÕES DURANTE A INTERNAÇÃO lesão celular
As perdas de volemia podem levar a diversas complicações
Instabilidade hemodinâmica e inclusive à morte
Parada cardiorrespiratória
Choque
Sepse
Alterações metabólicas
MONITORAÇÃO RESPIRATÓRIA
Em uma internação, o primeiro objetivo é monitorar a
respiração e fatores relacionados a isso – para manter a As vezes há necessidade do uso de drogas vasoativas
oxigenação sanguínea e manter o indivíduo vivo – elas tem um mecanismo vasopressor e
Evitar hipoxemia grave que pode levar a efeitos deletérios, normalmente são administradas por bomba de
inclusive irreversíveis infusão em acesso vascular central
A alimentação nem sempre é abordada em um primeiro o Noradrenalina, vasopressina, adrenalina e
momento pois existem situações que são primordiais do dopamina
que o alimento naquele momento
A pele tem a função de barreira, então ela é a primeira Ocorre o aumento da produção de hormônios catabólicos
linha de defesa do corpo – e eles contribuem para o distúrbio metabólico grande
Além disso, possui função imunológica, térmica e também Ocorre uma resistência insulínica, proteólise, lipólise e
é uma forma de proteção contra lesões por radiação UV hiperglicemia
Existem camadas na pele, e de acordo com o grau de o Os altos níveis de glicemia estão associados à
queimadura ele irá atingir ou não essas camadas da pele: resultados insatisfatórios
epiderme e derme
EPIDEMIOLOGIA
A queimadura é um trauma de origem térmica –
produzida por um agente físico (calor, eletricidade, e No Brasil – 1 milhão de acidente com queimaduras por ano
radiação ou frio) ou um agente químico (ácidos e bases) o 100 mil pacientes no atendimento hospitalar
É uma lesão de intensidade variável de acordo com a sua o Desses 100 mil pacientes, 2.500 evoluem ao
EXTENSÃO e PROFUNDIDADE ÓBITO direta ou indiretamente em razão das
Ocorre nos tecidos de revestimentos internos e externos queimaduras
Pode ocasionar um desequilíbrio em outros órgãos e
sistemas – circulatório, respiratório, renal, metabólico e CLASSIFICAÇÃO DAS QUEIMADURAS
digestório
Quando temos um temperatura > 68º - em 1 segundo Depende da intensidade do agente agressor, do tipo de
temos uma coagulação proteíca, então já ocorre uma queimadura, da temperatura, do tempo de contato com a
vítima e outros fatores
morte celular e ela caracteriza coagulação e necrose nessa
região
o Ocorre trombose dos vasos – o fluxo sanguíneo
cessa imediatamente
o Estase pode durar até 3 a 4 semanas
o Tecidos ao redor continuam metabolicamente
ativos
RISCO DE SEPSE
NUTRIÇÃO
PÂNCREAS:
É um órgão de secreção de substancias como glucagon, insulina, gastrina, somastotastina que relacionadas a digestão de
alimentos
Mede cerca de 15 cm
Pâncreas exócrino = ácinos + ductos pancreáticos
Pesa de 60 a 100 g
Pâncreas endócrino: ilhotas pancreáticas
o Células alfa: glucagon
o Células beta: insulina
o Células delta: gastrina e somatostatina
80% da pancreatite aguda é devido a litíase biliar e ao álcool, 10% causa idiopática e 10% outras causas
Diagnóstico:
Dor aguda no andar superior do abdômen. Podem não ceder com o uso de analgésicos narcóticos (morfinas, dolantina,
tramal, codeína, fentanil)
Febre
Náuseas e vômitos em 80% dos casos: sintomas comuns, muitas vezes reflexo da dor intensa
PANCREATITE CRÔNICA:
Áreas de fibrose
Substituição de tecidos
Consumo de álcool
Dor
Crises dolorosas intensas no andar superior do abdômen (duração de ate 1 semana)
Remissão de meses a anos dependente do fator de exposição como o álcool e alimentação gordurosa
Tratamento:
Clinico
Suspensão do álcool
Eliminar os fatores agressores
Na remissão/assintomáticos: dietas hipogordurosas e hiperproteicas
Minimizar a dor
Recuperar/manter o status nutricional
Minimizar o quadro catabólico
Minimizar a perda de massa magra
Preconizar a via oral, se não for possível alimentar por via oral, dor
persistente por mais de 5 dias oi impossibilidade de atingir o aporte
calórico-proteico optar por enteral e se não for possível parenteral
Controle da má absorção
Controle do DM
Minimizar a perda de massa magra
Minimizar o quadro catabólico
Manutenção do status nutricional
Desnutrição energética proteica é frequente na fase terminal da pancreatite crônica, principalmente devido ao consumo de álcool
Não existe evidencia de suplementação especifica. Mas deve ser avaliado cada caso para ver se tem alguma deficiência de
vitaminas e minerais, se não tiver NÃO precisa suplementar
Precisa dar atenção na má absorção, diarreia, esteatorreia (eliminação de gorduras nas fezes)
Então se a alimentação por via oral não for suficiente deve utilizar módulos proteicos – quantidade grande de proteína para ser
ingerida e Enzimas pancreáticas
DOENÇA CELÍACA
Doença celíaca esta associada ao consumo de GLÚTEN que é uma porção proteica dos cereais como o trigo, cevada, aveia e
centeio. De acordo com o cereal que essa porção proteica esta presente recebe um nome diferente:
o Trigo- gliadina
o Centeio- secalina
o Cevada- hordeína
o Aveia- aveína
O glúten causa um dano na mucosa intestinal é prejudicial e toxico ao intestino do paciente intolerante
Etiologia
Comprometimento do intestino delgado proximal – deficiência na absorção de agua, eletrólitos, cálcio, magnésio, ferro, zinco,
vitaminas lipo e hidrossolúveis, gordura, monossacarídeos, peptídeos, aminoácidos
Nutrologia Bruna 14/04/20
Aula 6
Quadro clínico da doença celíaca:
Sorologia:
Obs: o individuo precisa estar exposto a dietas com glúten para fazer o
exame. Se ficar de 3 a 12 meses com uma dieta sem glúten o resultado
pode ser normal
o Sinais e sintomas TGI: diarreia crônica, distensão abdominal, flatulência, anemia ferropriva
o Osteoporose de início precoce, elevação de transaminases
o Familiares de primeiro e segundo graus de pacientes com doença celíaca
o Hipocalcemia, deficiência de acido fólico e vitaminas lipossolúveis
A doença celíaca pode aparecer em qualquer época da vida – lactantes (época de desmame x introdução de cereais), adolescente,
fase adulta (3ª ou 4ª década) principalmente durante gestações, idoso – desencadeado por infecções ou cirurgias
Quadro clínico:
Diarreia e vômitos
Déficit de crescimento
Distensão abdominal
Irritabilidade e anorexia
Manifestações neurológicas
Obs: os sintomas da doença celíaca são a ponta do ice Berg porque a maioria das pessoas possuem a doença, mas não apresentam
os sintomas
A perda de peso esta associada a menos de 20% das pessoas. A maioria apresentam peso normal
Os obesos e pessoas com baixo peso apresentam benefícios com dietas isenta de glúten
81% dos casos apresentam ganho de peso após 2 anos de dieta isenta
Objetivos do tratamento:
Em quadros muitos graves da doença celíaca a dieta deve ser estruturada em três etapas:
PRIMEIRA: sem glúten, lactose, sacarose e fibra (favorecem os sintomas como a diarreia)
SEGUNDA: sem glúten, baixo aporte de lactose
TERCEIRA: sem glúten
Melhora clinica
Ganho ponderal
Mudança da consistência das fezes
Se pastosas passar para a segunda fase
Se bem formadas passar para a terceira fase
Arroz
Milho
Araruta
Polvilho doce e azedo
Mandioca
Sagu
Tapioca
Fécula de batata
Fubá
Farinha de milho
Amido de ilho
Canjica
Trigo sarreceno
Amaranto
Quinoa
Doenças inflamatórias intestinais crônicas- processo inflamatório não controlado da mucosa intestinal
RETOCOLITE ULCERATIVA
Quadro clinico:
Quadro leve:
Quadro moderado:
Quadro grave:
Tratamento:
Medicamentos
Dieta
Suplementos
DOENÇA DE CROHN
Processo inflamatório crônico que comete a mucosa e a parede intestinal, mesentério e os gânglios linfáticos
A principal diferença da doença de Crohn para a retocolite é que a doença de Crohn é de forma descontínua e pode lesionar
qualquer parte do TGI da boca até o anus
Epidemiologia:
Quadro clínico:
Dor febre
Perda de peso
Ilíte aguda- semelhante a apendicite
Obstrução, abscesso, megacólon toxico, fistulas, hemorragias digestiva baixa, perfuração
Manifestações perianais- fistulas, abcessos, fissuras, estenose
DIETA ORAL
Fase de remissão:
Pacientes desnutridos
Não atingem a necessidade pela VO
TGI funcionante
Tipos de dieta:
NUTRIENTES ESPECÍFICOS:
Desnutrição na DII:
CRONH x RCU
É o resultado da ressecção do intestino delgado – compromete a absorção dos nutrientes que seriam absorvidos nessa parte do
intestino que foi retirado
Etiologia:
Adultos:
o Doença de Crohn
o Doença mesentérica vascular
o Malignidade
Crianças:
o Volvo intestinal
o Atresia intestinal
Trofismo da mucosa:
Deficiências nutricionais:
Nutrologia Bruna 14/04/20
Aula 6
Deficiência de eletrólitos e desidratação recorrentes
Deficiência de vitaminas lipossolúveis
Deficiência de B12 e ácido fólico
Deficiência de zinco, cobre, selênio, ferro e cobre
Hipoalbuminemia
Redução das dissacaridases – lactase
Tratamento:
Obs: a Nutrição enteral não é tão utilizada porque não tem o trato gastrointestinal para realizar a absorção. É mais utilizada a
nutrição parenteral que coloca os nutrientes diretamente na corrente sanguínea do paciente
Nutrologia
Prof.º Bruna Buzati
Aula 07 – 12.05.2020
GORDURA TRANS
NÃO é boa para o organismo – está associada ao aumento
do risco cardiovascular e morte súbita
Ocorre o aumento de LDL plasmático e indução
aterosclerótica
MICRONUTRIENTES
Deve ter muita atenção com os micronutrientes,
principalmente em pacientes com uso de diuréticos pois
ocorre a perda dos eletrólitos (K, Mg, Tiamina, Selênio e
outros)
CONSUMO DE SÓDIO
Está associado ao aumento da pressão arterial e maior
mortalidade
Porém, NÃO é bom retirar totalmente o sódio da
alimentação – deve ingerir a quantidade certa por dia
o No Brasil – 5g/dia são recomendadas
São espécies bacterianas da flora intestinal normal – que Possuem a função de melhorar não apenas a saúde do
habitam o intestino usualmente intestino, mas também a FUNÇÃO IMUNE do organismo
Essas bactérias produzem lactato e ácidos graxos de cadeia Classificação –
curta como produtos finais da fermentação de o Não sofrem hidrólise e não é absorvido no TGI,
CARBOIDRATOS mas mesmo assim tem função benéfica
o Essas produções são benéficas e isso modula a o Estimulam o crescimento, desenvolvimento e
mucosa, imunidade e funcionamento do corpo atividades metabólicas – tem ação
em geral principalmente nos probióticos, sendo
Recomendações – substratos para eles
o ASPEN 2016 – utilizados em populações especiais o Promove microbiota intestinal saudável e induz
(transplante hepático, trauma e efeitos no lúmen que exercem ação benéfica local
pancreatectomia) e sistêmica
o CRITICAL CARE NUTRITION 2015 – considerados Ingredientes alimentares não digerível pelas enzimas do
em pacientes críticos, mas não se sabe qual TGI e afetam beneficamente o hospedeiro
probiótico, dose e tempo de suplementação Possuem grande importância na função imune –
Isso ocorre na maioria dos estudos pois o Não é apenas um tecido digestório
concordam que a suplementação com o Participa de outros sistemas não diretamente
probiótico pode ajudar mas não sabem relacionados ao TGI
os detalhes disso Quando temos a ingestão de prebióticos, alteramos
Os probióticos podem influenciar nos sintomas da inclusive as atividades metabólicas do organismo,
Síndrome do Intestino Irritado – dor abdominal, distensão promovendo um balanço da microbiota intestinal
abdominal, flatulência, movimentos intestinais etc
Eles estão sendo usados para prevenir, mitigar ou tratar PRODUÇÃO DE AGCC
doenças específicas há anos – desde colite necrosante em
Produtos primários do metabolismo dos prebióticos –
prematuros até hipertensão em adultos
acetato, propionato, butirato, dióxido de carbono, metano
o Usados em segurança em alimentos e laticínios
e hidrogênio
há mais de 100 anos
Absorvidos e utilizados pelas células epiteliais
NÃO HÁ CONCLUSÃO ESPECÍFICA SOBRE QUAIS ESPÉCIES
Estimulam a absorção de sais e água, o crescimento de
E LINHAGENS SÃO MAIS EFICAZES AINDA – ainda estão
células epiteliais e a motilidade intestinal
estudando qual combinação é mais eficaz para cada
Diminui a ocorrência de câncer de cólon
patologia
EFEITOS BENÉFICOS
CONCLUSÕES
Encefalopatia Hepática – a lactulose reduz a concentração
O uso deles está relacionado há diversas doenças
de amônica no sangue e previne a patologia; o prebiótico
Recomendado para população específica – transplante
pode melhorar a situação
hepático, trauma e pancreatectomia
Câncer de cólon – os prebióticos reduz a produção de
Alguns indivíduos tem a microbiota alterada então é
componentes carcinogênicos e a concentração sérica de
preciso interferir nisso
triglicérides
o Uso de antibióticos, DVA, opioides, jejum
prolongado, preparo do cólon
Ainda não se sabe qual probiótico utilizar, dose e tempo CONCLUSÃO
de tratamento Produtos lácteos – maior parte das inovações no uso de
É preciso mais estudos para entender a relação com a NP probióticos e prebióticos
Campo novo e bastante promissor em pacientes críticos e Carboidratos derivados da lactose (lactulose, lactilol),
cirúrgicos inulina e olifrutoses
Capacidade de resistir ao suco gástrico e aos ácidos biliares o Utilizados como prebióticos e promovem efeitos
Consumo regular reforça a resposta imune benéficos no TGI e sistêmico
INTRODUÇÃO COMORBIDADES
Os mais relatados na literatura são ANOREXIA e BULIMIA Depressão está presente em 50% dos casos
o Prevalência de 0,5 a 3% da população Transtornos de ansiedade 23% a 54%
90% ocorrem no sexo feminino – mas alguns tem TO 10% a 23%
aumentados mais em homens Uso de álcool e drogas no subtipo bulímico
Tendem a ser um segredo, ou seja, são de difícil Osteoporose, osteopenia e insuficiência renal crônica em
diagnóstico e notificação razão da desnutrição na anorexia
Os transtornos se devem geralmente a um cuidado
estético exacerbado – cobrança da sociedade pelo padrão O QUE AFETA?
de beleza e isso tende a uma obsessão ou doença
Cérebro – alterações químicas e memória ruim
o O padrão busca a redução do IMC e de gordura
Músculos – câimbra e dores; paralisia
abdominal
Intestino – constipação e inchaço
Cabelo – torna-se fino e quebradiço
ANOREXIA NERVOSA
Pele – torna-se amarelada e seca
Caracterizada por uma recusa alimentar em manter o Rins – lesão renal aguda
peso mínimo preconizado para estrutura e idade Ossos – osteoporose e aparentes
Há alterações na forma de avaliar o próprio corpo ou
negação das evidências de um baixo peso QUADRO CLÍNICO
Intenso medo de ganhar peso
Normalmente possuem um corpo extremamente magro, Intenso emagrecimento
com ossos aparecendo etc Saliências ósseas
Subtipos – restritivo e bulímico Hipotensão
O transtorno exige um tratamento MULTIDISCIPLINAR – Hipotermia
nutrologia, psicologia, psiquiatria, educador físico, médico Bradicardia
e outros
Acontece principalmente em mulheres de 18 a 30 anos, e ASPECTOS NUTROLÓGICO S
50% dos casos tem boa recuperação
Restrição de alimentos calóricos
Possui recaídas e a mortalidade é de 5% a 20% sendo
o Consumo frequente de saladas, frutas e produtos
relacionada à suicídio e alterações no organismo diet e light
o Pouco frequente – cereais e derivados (pães,
ETIOPATOGENIA
massas, arroz) e carnes
Possui componentes psicológicos, biológicos, genéticos, Horários das refeições irregulares
familiares e socioculturais Aversão a carboidratos e gorduras
Etiologia multifatorial – Consumo adequado de proteínas geralmente
o Fatores predisponentes – pessoas, familiares e Deficiência subclínica de Ferro, Zinco e Cálcio
culturais Hipercarotenemia e hipercolesterolemia
o Fatores precipitantes – insatisfação com o corpo
e dietas para emagrecer
o Fatores mantenedores – consequentes a
desnutrição e do ciclo de compulsão/purgação
Transtorno caracterizado pela ingestão muito rápida e Preocupação excessiva com a alimentação saudável
intensa de alimentos, acompanhada de sensação de Medo de compulsão alimentar, de engordar, dieta
descontrole restritiva, descontrole e compulsão, culpa, vergonha e
o Características – comportamento compensatório frustração
após compulsão Sinais –
Predomina no sexo feminino (90%) – geralmente > 12 anos o Examina todos os rótulos e detalhes nutricional
Relacionado a sintomas depressivos e ansiosos – tem a do alimento
tendência ao suicídio, mas é menor do que na anorexia o Só se permite alimentos saudáveis, pesa todos
porque NÃO tem o fator mantenedor o Não tem vida social muito frequente por não
O diagnóstico pode ser feito por observação – a pessoa poder comer e beber outras coisas
come em um período de tempo pequeno uma quantidade o Dificuldade de comer o que outra pessoa
de comida muito grande, e então ela tem o mecanismo preparou
compensatório por vômito, laxante, jejum, diurético e o Observa e comenta a maneira como as outras
exercícios abusivos pessoas preparam a comida
P1
P2 P3
Princípios de Pediatria I
Prof.º Dr.º Geraldo
Aula 01 – 05.02.2020
TERMORREGULAÇÃO
FEBRE
• Regulação da temperatura corporal: o centro
termorregulador é o HIPOTÁLAMO ANTERIOR
MEDIDAS E ORIENTAÇÕES
• Origem da febre: Pirógenos Exógenos (bactérias, vírus,
❖ Temperaturas: fungos e toxinas) ou tóxicos e drogas
o Axilar > 37,0º C • Estimulam a produção pelos macrófagos de Pirógenos
o Bucal > 37,4º C Endógenos (IL-1, TNF, IL-6)
o Retal > 37,5º C • Dessa forma vão estimular as Prostaglandinas (atravessam
o Hipotermia < 35,5º C a barreira)
❖ Reduzir agasalho – para não interferir na temperatura, • Age no termostato
pois deixa a criança ainda mais quente
❖ Líquido a vontade AFERIR TEMPERATURA
❖ Ambiente ventilado
❖ Aferir temperatura após 15 minutos • Temperatura retal – termômetro no reto a 5 cm no
❖ Importante ver a quantidade de dias com febre, e qual foi lactente; 7 cm no adolescente por 2 minutos
a temperatura mais baixa e a mais alta nesses dias • Temperatura axilar – enxugar a axila e termômetro
colocado por 4 minutos
CARACTERÍSTICAS SEMIOLÓGICAS • Temperatura bucal – termômetro sob a língua com a boca
fechada por 3 a 5 minutos
❖ Início – súbito ou gradual
❖ Intensidade – TIPOS DE DOENÇAS E A FEBRE
o Leve ou febrícula até 37,5º C
o Moderada de 37,6 a 38,5º C • Doença Aguda – início súbito (pneumonia, erisipela)
o Alta acima de 38,6º C • Febre Prolongada – quando ultrapassa 1 semana
❖ Duração – prolongada por mais 1 semana (tuberculose, linfoma e malária)
❖ Evolução – registro em gráfico térmico o Início sem causa conhecida e prolonga-se
o Obscura: T > 37,9º C em várias ocasiões, NO
TIPOS DE FEBRE MÍNIMO POR 3 SEMANAS, sem diagnóstico
hospitalar após 3 dias ou 3 consultas
• Febre Contínua – sempre acima do normal, varia até 1º C ambulatoriais
o Ocorre em casos de Febre Tifoide, endocardite • Febre Recorrente – episódios repetidos (brucelose, doenã
infecciosa e pneumonia de Hodgkin)
• Febre Irregular ou Séptica – picos altos e baixos
o Ocorre na septicemia
FEBRE EM DOENÇA AGUDA
• Febre Remitente – acima do normal, varia mais de 1º C
o Ocorre em septicemia e tuberculose ▪ Sinais de alerta (Viral x Bacteriana) - PROVA
• Febre Intermitente – hipertermia e temperatura normal; o Faixa etária
um dia ocorre febre e outros dois não ▪ Perigo: < 2 meses e < 28 dias no neonatal
o Terçã ou Quartã (febre um dia e três dias sem) – → indicação para internação
ocorre na Malária ▪ Alerta: 3 meses a 3 anos
• Febre Recorrente ou Ondulante – sem febre dias ou o Intensidade da febre
semanas e após febre elevada ▪ Alerta: > 39,5º C + tremores de frio
o Ocorre em brucelose (doença causada por ▪ O tremorde frio é fator preocupante pois
laticínios) e linfomas (o linfonodo normalmente é indica que o patógeno está andando no
indolor, ao contrário do que ocorre em processos corpo da criança – como a bacteremia –
infecciosos) e pode causar outras doenças)
o Duração maior do que 3 dias – avaliar os níveis de
temperatura durante esse tempo para ver se
houve uma piora na febre
Febre > 3 dias de duração → • > 30mm/hora após 24-36 horas de febre → indicação de
infecção
▪ Hemograma, VHS, Proteína C reatva
▪ Até 2 anos – Urina 1 PROTEÍNA C REATIVA
▪ Se estiver resfriado deve-se pensar em Sinusite
• > 7 mg/L após 12-24 horas de febre
Gravidade do Estado Infeccioso →
URINA
▪ Leve – febre de até 38,5º C e em bom estado geral
o Observar por 72 horas • Bacterioscópio (gram-negativo) – a principal bactéria é a
▪ Moderado – febre entre 38,5 e 39,4º C e com abatimento ESTERICA COLI
o Antitérmico + Reavaliar • Leucocituria > 10.000 mm³ ou > 10/campo
o Solicitar hemograma, VHS, Proteína C reativa • Se resultado duvidoso – Sondagem vesical ou Punção
suprapúbica
HEMOCULTURA
• n
RAIO X TÓRAX
FEBRE + ATENÇÃO
ACIDENTES NA INFÂNCIA –
PREVENÇÃO E SOCORRO
AMBIENTE DOMÉSTICO
ACIDENTES NA INFÂNCIA Domicílio Familiar – é o ambiente em que ocorre
MAIORES EVENTROS TRAUMÁTICOS com crianças
‘Evento causador de injúria não intencional’ – definição
pequenas até o fim da idade escolar
da OMS para o termo acidente
Ordem decrescente dos locais: cozinha, banheiro, escadas
‘Qualquer dano à integridade física, intelectual e social
e corredores, quarto, sala, elevador, lavanderia, piscina,
dos indivíduos provocado por circunstâncias nocivas’ –
quintal e garagem
relação de agravo pelo Ministério da Saúde (2011)
Os acidentes na infância são muito comuns – mais leves e
PREVENÇÃO
mais graves
A melhor forma de não ocorrer um acidente é evitar Orientação e conscientização dos pais – mudanças no
qualquer tipo de artimanha que as crianças podem ter comportamento, com uma supervisão mais efetiva e
contato eliminação dos riscos dentro de casa
Quase 1 milhão de menores de 18 anos morrem todo ano o Proteção passiva
por consequência de traumas de diversas naturezas e 100
crianças morrem a cada hora por causas evitáveis PRINCIPAIS ACIDENTES
o Afogamento, queda do bebê conforto e carrinho
Controle de injúrias/agravos examinar quais são os fatores Primeiro ano de vida – asfixias, quedas, queimaduras e
aspiração de corpo estranho (por colocarem tudo na boca)
de risco passíveis de modificação
A partir de 2 anos – quedas, asfixias, queimaduras e
PREVENÇÃO afogamentos (piscina, balde, banheira e outros)
Pré escolares maiores – atropelamento, queimaduras e
Prevenção Primária evita a ocorrência do acidente ou intoxicações
da violência (ativa/passiva)
Prevenção Secundária bloqueio da transferência de PROTEÇÃO
energia à vítima em quantidade que excedem seus
limiares de tolerância e um sistema efetivo de Instalação de protetores de tomadas elétricas
atendimento de emergia e cuidados hospitalares (‘no Portões em escadas
momento’) Armazenamento seguro de medicamentos/produtos de
Prevenção Terciária trata da REABILITAÇÃO, limpeza e objetos cortantes
promovendo apoio às vítimas para que voltem ao seu Acesso fácil ao número de telefone do centro de controle
potencial máximo de antes do trauma (‘depois’) de intoxicações
Redução da temperatura das águas das torneiras
INTERVENÇÃO Instalação de alarmes de incêndio
SHOPPING
ABORDAGEM DA CRIANÇA APÓS A QUEDA
Limitar o passeio a uma/duas horas com crianças
Avaliação inicial (ABCDE) – ver se a criança está
pequenas
responsiva, se está sentindo, NUNCA movimenta a vítima
Alimentar as crianças pequenas antes de sair de casa
até chegar o socorro
Supervisionar o tempo todo
o SÓ remover do local se for risco adicional à
Identificar as crianças com pulseiras ou etiquetas na roupa
vítima e/ou socorrista
com nome e número de telefone do responsável
Exames radiológicos
Evitar lojas com corredores estreitos e objetos quebráveis
Exames laboratoriais
Explicar as crianças como proceder caso se percam
Exames adicionais – dependem dos achados iniciais
Nunca utilizar loja de jogos ou brinquedos como babá
Se a criança estiver inconsciente e sem respirar iniciar
Orientar as crianças a nunca acompanhar/falar/receber
a REANIMAÇÃO
doces ou presentes de estranhos
Acionar os serviços de emergência diante dos sinais de
Não deixar as crianças sozinhas dentro do carro – procurar
alerta:
estacionar em áreas iluminadas
o Inconsciência
o Sonolência, convulsão, confusão mental
TIPOS DE ACIDENTES
o Dor em região do dorso e pescoço
QUEDAS
QUEIMADURAS
Uma das principais causas de morbimortalidade em
países desenvolvidos Terceira causa de morte e um dos principais acidentes de
Fator causal mais prevalente em todas as faixas etárias Pediatria
Sexo mais afetado é o MASCULINO Primeiro lugar entre as ocorrências domiciliares
Local mais frequentes é no próprio domicílio (0-9 anos), A maioria dos acidentes se dá por líquidos quentes
escola (10-14 anos) e recintos esportivos (15-19 anos) o Os FATAIS se dão por CHAMA – churrasqueira,
fogão etc
Contusões (lactentes) ferimentos cortocontusos (2-5
anos), fraturas de osso de extremidades (6-9 anos) Grandes queimaduras evoluem com infecções graves
0-2 anos: móveis, escadas e andadores Não só a pele é acometida na queimadura, mas toda a
criança se torna enferma – distúrbios hidroeletrolíticos,
2-6 anos: idade de ‘se aventurar’ – janelas
metabólicos e imunológicos
6-10 anos: equipamentos de recreação e prática esportiva
Classificação pelo tipo de agente:
o TÉRMICAS – fogo e líquido quente
o ELÉTRICAS – raio, tomadas e fios
o QUÍMICAS – soda cáustica
Classificação quanto à profundidade:
o 1º grau – epiderme – vermelha, quente e
dolorosa + NÃO tem bolhas
o 2º grau – epiderme e derme – dolorosa, vermelha
e COM bolhas
o 3º grau – todas as camadas + músculo (pode
chegar ao osso)
PREVENÇÃO
SEGURANÇA PARA JOVENS PASSAGEIROS –
o Manter toda criança menor de 13 anos no banco
traseiro
TRATAMENTO
o Usar dispositivo de contenção em toda viagem
PRIMEIRAS MEDIDAS – o Usar dispositivo de contenção apropriado para
o Retirar roupas ou substâncias aderidas a pele idade e tamanho
lesada o Instalar dispositivo de contenção de maneira
o Melhor tratamento é o resfriado com água fria correTa
por 5-15 minutos VIAGENS DE AVIÃO –
NÃO ABANAR – envolver em um lençol o Transportar cada passageiro em seu próprio
limpo assento
o Remover anéis e pulseiras o Acomodar as crianças em assento próprio da
o Se houver chamas – ‘PARE, DEITE E ROLE’ mesma maneira como as viagens de automóveis
o Grande queimado – suporte básico de vida – crianças com mais de 18 kg utilizar cinto de
INTERNAÇÃO – segurança da aeronave
o Queimaduras de segundo grau com mais de 10% ATROPELAMENTOS –
da superfície corpórea ou de terceiro grau com o Mais comum em meninos de 3-12 anos
mais de 3% o Jamais deixar crianças andarem nas ruas sozinhas
o Queimaduras elétricas o Aumentar a visibilidade das crianças
o Queimaduras em áreas especiais – face, mãos, o Educar jovens motoristas
pés e genitálias o Campanhas de orientação para os grupos de risco
o Doentes crônicos o Manter calçadas em bom estado
INTRAHOSPITALAR – o Controlar a velocidade dos veículos
o Terapia hídrica o Sinalização adequada
o Nutrição e antibioticoterapia
PREVENÇÃO
Criança deve estar sempre sob a supervisão de um adulto
Em lugares abertos manter-se próximo ao salva-vidas
Isolar as piscinas – grade e lona
Bóia de braço NÃO é segura
Evitar brinquedos próximos a piscina
Desligar o filtro da piscina durante o uso
PREVENÇÃO
Orientação alimentar adequada de acordo com a idade e
recomendações quanto à organização e à disposição, no
domicílio, de objetos habitualmente visados pelas crianças
menores de 5 anos
Evitar alimentar crianças enquanto elas correm e brincam
Supervisionar a alimentação
Atenção aos brinquedos
INTOXICAÇÕES
MEDIDAS
Descontaminar e diminuir o tempo e a intensidade da
exposição ao organismo tóxico
Atendimento hospitalar especializado FONTE
QUADRO CLÍNICO
OUTROS ACHADOS
ESTÁGIO V
Existem várias provas específicas e cada uma delas é para Três exames de fezes APÓS o tratamento – dias 7, 14 e 21
um tipo de parasitose o Amebíase – 7, 14, 21 e 28; Estrongiloidíase – 8, 9
Normalmente faz as 3 amostras, e se for identificado e 10; Enterobíase – 5 a 7 dias a partir do 8º dia
algum problema vai para a prova específica pós tratamento
DOENÇA DE CROHN
COLITE ULCERATIVA
TRATAMENTO
TRATAMENTO
PLANO C
Incapacidade de ingestão oral, íleo adinâmico, sinais
sugestivos de septicemia ou concomitância de infecções
graves
Três fases:
o Fase de reparação (expansão) – restabelecer o
estado normal de hidratação em curto período
Se a criança estiver em choque
hipovolêmico - necessário hidratação
urgente e com acompanhamento
rigoroso
Faz essa fase por até 3 meses
Criança hidratada, pelo menos 2
diureses claras fase de manutenção
Criança hidratada e sem diurese
retenção urinária ou insuficiência renal
aguda
Normocítica – CHCM > 30 e VCM = 75-90 Crianças pré-escolares – principalmente devido aos
Macrocítica – CHCM > 30 e VCM > 94 processos acima
Microcítica – CHCM > 30 e VCM < 75 Gestantes – pois ela precisa ingerir uma quantidade de
Microcítica Hipocrômica – CHCM < 27 e VCM < 70 ferro para ela e para o bebê
o Dá Sulfato Ferroso e Ácido Fólico para proteção
de malformações durante a gestação
CHCM = Hb x 100 / Ht
PREVALÊNCIA
VCM = Ht x 10 / GV em milhões
Mundial –
RDW – diferença de tamanho das hemácias; se o Crianças pré-escolares (47,4%) - < 6 anos
estiver > 14%, ele estará aumentado e é uma o Gestantes (41,8%)
característica da anemia ferropriva o Mulheres não gestantes (30,2%)
o Homens (12,7%)
o Idosos (23,9%)
Brasil –
DEFINIÇÃO DA ANEMIA FERROPRIVA o Prevalência de 30,2% a 68,8% dependendo do
É a anemia por deficiência de ferro e é o tipo mais comum local
de distúrbio nutricional na infância
Ocorre principalmente em países em desenvolvimento –
normalmente porque a alimentação NÃO é adequada, e
tem menor quantidade de ferro oferecida; número maior
de infecções e outros
Ferro Heme – proveniente da proteína animal (carne) Ferro Ferroso (Fe 2+) – permanece solúvel até um pH = 7,0
o Fácil absorção (10-30%) o O pH do estômago é muito ácido, e quando passa
o Não sofre influência da dieta – não perde a para o intestino o pH aumenta – logo, é preciso
capacidade de entrar no intestino, ele consegue de uma formação que possa ser aproveitada nos
entrar DIRETO na membrana sem precisar de dois ambientes (solúveis)
algum fator auxiliador o POR ISSO ESSE É O FERRO UTILIZADO!
Ferro não-Heme – produtos vegetais Ferro Férrico (Fe 3+) – permanece solúvel até pH = 3,0
o Pouca absorção (1-6%)
o Sofre influência na dieta – fatores inibidores e VALORES LIMITES DA HEMOGLOBINA
facilitadores
5 meses a '4,99’ anos = 11,0 g%
Logo, a criança que NÃO come carne tem uma maior
5 anos a ’11,99’ anos = 11,5 g%
chance de desenvolver a Anemia Ferropriva
12 anos a ’14,99’ anos = 12,0 g%
Não grávidas (> 15 anos) = 12,0 g%
INIBIDORES DA ABSORÇÃO DO FERRO NÃO-HEME Grávidas = 11,0 g%
Ácido Fítico – encontrado nas fibras, cereais integrais e Homens (> 15 anos) = 13,0 g%
feijões
Ácido Oxálico – espinafre e beterraba DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Tanino – chás, café e chocolate
Cálcio – leite e derivados PRIMEIRO ESTÁGIO
NÃO É PROIBIDO, pode dar normal para as crianças! Mas deve A criança começa a utilizar o Ferro que está armazenado
equilibrar com os facilitadores/estimuladores da absorção no fígado até ele acabar (depleção das reservas)
EXAME – dosagem da ferretina sérica – ela estará
diminuída
FACILITADORES DA ABSORÇÃO DO FERRO NÃO-HEME
Ácido ascórbico – presente principalmente nas frutas SEGUNDO ESTÁGIO
cítricas, dar após as refeições
Depois de diminuir a ferretina, começa a faltar ferro no
Aminoácidos
SANGUE
HOMEOSTASE DO FERRO EXAMES –
o Ferro sérico (reduzido)
Reaproveitamento do Ferro das hemácias – após os 12 o Saturação do ferro na transferência (reduzido)
dias, os macrófagos fagocitam as hemácias o Capacidade total de ligação da transferrina
O ferro presente nelas que estiver em excesso é guardado (aumentada) – ela está com pouco ferro e quer
no fígado que aumente a ligação, então a capacidade dela
O restante é REAPROVEITADO para a formação de novas aumenta
hemácias o Protoporfirina eritrocitária (aumentada)
o Aumento de receptores da transferrina
TERCEIRO ESTÁGIO
TIPOS DE FERRO
Sulfato Ferroso –
o Fer-In-Sol – 1 gota = 1 mg
o Dose 3 a 5 gotas/kg/dia de 1 a 2 vezes ao dia
Hidróxido de Ferro Polimatosado –
o Noripurum – 1 gota = 2,5 mg
Ferro Quelato-Glicinato –
o Neutrofer – 1 gota = 2,5 mg
o Os fatores da dieta NÃO atrapalham a absorção
desse ferro
SUPLEMENTAÇÃO DE FER RO
FORTIFICAÇÃO ALIMENTAR
Pelo menos 5 episódios com náuseas intensa e vômitos Cefaleias de origem secundárias apresentam tratamento
com duração de 1h a 5 dias direcionado para a ETIOLOGIA
Ocorrem pelo menos 4 vezes por hora, por pelo menos 1 Cefaleia tensional geralmente é fraca e NÃO precisa de
hora tratamento medicamentoso
TRATAMENTO MIGRÂNEA
SINTOMÁTICO
Utilizado na fase aguda/álgica
Repouso – em lugar fechado e escuro para diminuir o
sintoma
Analgésicos comuns
Antieméticos – quando associado náuseas e vômitos no
quadro
PROFILÁTICO
Indicado quando grande número de crises e essas são
incapacitantes
Medicações específicas
Tentar reduzir o uso abusivo de analgésicos
Agenda de crises de cefaleia
PRIMÁRIAS
MICROCEFALIA
Aumento do tamanho e peso cerebral (maior número e
tamanho das células nervosas) macrocefalia familiar Malformação congênita em que o cérebro não se
(benigna) e hemimegalencefalia – ambas genéticas) desenvolve de maneira adequada
Associação com síndromes genéticas – acondroplasia, Perímetro cefálico inferior ao esperado para idade e sexo
neurofibromatose, esclerose tuberosa e síndrome do X
frágil
ZIKA
RUBÉOLA
CITOMEGALOVÍRUS