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REVISÃO - AC

ACT: É uma terapia comportamental baseada no contextualismo funcional, filosofia que visa
a predição e influência do comportamento com precisão, escopo e profundidade,
conjuntamente na teoria das molduras relacionais, uma abordagem pós-skinneriana da
linguagem e da cognição.

Hexaflex: Em ACT, o Hexaflex é percebido e utilizado como um modelo unificado para uma
análise transdiagnóstica do sofrimento apresentado pelo cliente.

1. Aceitação: Refere-se à disposição de aceitar e permitir as experiências internas


indesejadas, como pensamentos, emoções e sensações, em vez de tentar evitá-las ou
controlá-las. Aceitação envolve abrir espaço para essas experiências, em vez de lutar
contra elas.

2. Desfusão: Refere-se à separação dos pensamentos de suas funções literais. Em vez de


levar os pensamentos muito a sério ou se deixar levar por eles, a desfusão envolve ver
os pensamentos como eventos mentais que vêm e vão, sem necessariamente refletir a
realidade.

3. Estar Presente: Estar presente significa estar plenamente consciente do momento


presente, em vez de ficar preso em pensamentos sobre o passado ou o futuro. Isso
envolve prestar atenção consciente ao que está acontecendo no aqui e agora.
4. Self como Contexto: Este é o quarto ponto do hexaflex. Envolve a capacidade de se
ver como um observador consciente dos próprios pensamentos e experiências, em vez
de se identificar totalmente com essas experiências. Isso ajuda a criar uma perspectiva
mais ampla e flexível sobre si mesmo.

5. Valores: Refere-se a identificar e conectar-se com os valores pessoais fundamentais.


Os valores representam o que é mais importante e significativo para uma pessoa na
vida. Viver de acordo com os valores pode ajudar a orientar ações e escolhas de uma
maneira consistente com o que é realmente importante.

6. Ação Comprometida: Envolve a realização de ações alinhadas com os valores,


mesmo quando se enfrentam desafios ou desconforto. Comprometer-se com ações que
estão de acordo com os valores pessoais ajuda a criar uma vida significativa e plena.

Flexibilidade Psicológica: é sentir e pensar com abertura, estando em contato com o


momento-presente e em compromisso com os nossos valores escolhidos.

Inflexibilidade Psicológica:

1. Esquiva Experencial (Afeto como anseio): Relaciona-se com o sentir, como nos
relacionamos aos nossos sentimentos, se estamos abertos ou fechados para sentir, ou
seja, aceitar e permitir.

2. Fusão Cognitiva (Coerência como anseio): Relaciona- se com a cognição, ou seja, a


forma como pensamos (comportamentos internos), buscando desenvolver raciocínio e
lógica, ou seja a busca pela coerência, nos agarrando em pensamentos fechados e
“consolidados”.
3. Atenção Inflexível (Orientação como anseio): A atenção dispersa, voltada para o
passado ou futuro, desconectada do aqui agora.

4. Apego ao Self Conceitualizado (Pertencimento como anseio): Necessidade de


pertencer a grupos, se grudar a rótulos de quem somos e como somos, sem espaço
para se enxergar transitando de comportamentos para rótulos.

5. Ruptura de Valores ou Motivação (Significado como anseio): Relaciona-se ao que


é importante para vida do indivíduo. Valores não são metas, metas são passageiras e
valores são persistentes e inconclusivos, a ruptura afasta o indivíduo do que é
importante para ele.

6. Inação ou Comportamento (Competência como anseio): Falta de contato com


ações comprometidas, conhecida como impulsividade ou passividade, ausência do
indivíduo agir em prol do seus valores.

Teoria dos Quadros ou Molduras Relacionais: é uma abordagem psicológica desenvolvida


dentro do campo da Análise do Comportamento, mais especificamente como uma extensão
da Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT). Desenvolvida por Steven C. Hayes e seus
colaboradores, a RFT explora como os seres humanos aprendem e utilizam relações entre
estímulos verbais, contribuindo para a compreensão da linguagem e do pensamento que
amplia a concepção de Skinner sobre o comportamento verbal.

A teoria se baseia na ideia de que as pessoas aprendem a relação entre estímulos, criando
“molduras relacionais” que influenciam a interpretação e resposta a novas situações. Ao
contrário do condicionamento clássico ou operante, que se concentra nas relações diretas
entre estímulos e respostas, a RFT explora como as pessoas estabelecem relações entre
diferentes estímulos de maneira mais complexa e abstrata.

Alguns conceitos-chave da RFT incluem:

1. Molduras Arbitrárias: As relações entre estímulos são arbitrárias e podem ser


aprendidas de maneira flexível. Por exemplo, a palavra “cadeira” pode ser relacionada
a uma imagem de cadeira, mesmo que não haja uma semelhança física direta.

2. Compreensão Relacional: A RFT destaca a importância da compreensão relacional,


que envolve a capacidade de relacionar estímulos de maneiras diversas. Isso permite a
generalização de aprendizados para diferentes contextos, por exemplo em classes
como cores.

3. Fusão Cognitiva: A fusão cognitiva ocorre quando as pessoas se identificam


excessivamente com seus pensamentos, tratando-os como verdades absolutas. A RFT
explora como a fusão cognitiva pode impactar o comportamento e a tomada de
decisões.

4. Defusão: Defusão refere-se a estratégias para se distanciar dos pensamentos e reduzir


a influência da fusão cognitiva. Isso pode incluir técnicas como rotular pensamentos
como eventos mentais ou observar pensamentos de uma perspectiva mais objetiva.

5. Relações de Equivalência: A RFT sugere que as pessoas podem aprender relações de


equivalência, permitindo que um estímulo seja relacionado a outro de maneira similar
à transmissão de propriedades entre os estímulos.

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