O documento discute conceitos relacionados a argumentos, incluindo refutação de proposições, validade, solidez e cogência de argumentos. Explica que refutar uma ideia é mostrar que é falsa, e que contra-argumentos, negação, contra-exemplos e redução ao absurdo são formas de refutar. Também define argumentos válidos, sólidos e cogentes, e discute falácias.
O documento discute conceitos relacionados a argumentos, incluindo refutação de proposições, validade, solidez e cogência de argumentos. Explica que refutar uma ideia é mostrar que é falsa, e que contra-argumentos, negação, contra-exemplos e redução ao absurdo são formas de refutar. Também define argumentos válidos, sólidos e cogentes, e discute falácias.
O documento discute conceitos relacionados a argumentos, incluindo refutação de proposições, validade, solidez e cogência de argumentos. Explica que refutar uma ideia é mostrar que é falsa, e que contra-argumentos, negação, contra-exemplos e redução ao absurdo são formas de refutar. Também define argumentos válidos, sólidos e cogentes, e discute falácias.
Refutar uma ideia é mostrar que essa ideia é falsa.
Um contra-argumento é um argumento que pretende refutar a conclusão de outro argumento. Uma maneira de refutar uma ideia é mostrar que a sua negação é verdadeira ou pelo menos plausível. «Se Deus existe, o aborto é imoral» → Refutação por negação → «Deus existe, mas o aborto não é imoral» Outra maneira muito simples de refutação é recorrer a contra-exemplos. Só há contra-exemplos a proposições universais. A redução ao absurdo é uma maneira de refutar ideias muito usada em filosofia e até no dia-a-dia. É por vezes conhecida pelo seu nome latino: reductio ad absurdum. Na redução ao absurdo, partimos do contrário do que queremos defender e mostramos que isso dá origem a um absurdo: 1. Para defender uma proposição P por redução ao absurdo partimos de não P (hipótese absurda). 2. Mostramos que de não P se segue uma falsidade óbvia (um absurdo) ou uma contradição. 3. Podemos então concluir que a hipótese absurda (ou contraditória), não P, é falsa – logo, P é verdadeira. Uma contradição é uma proposição com a forma seguinte: P e não P. Atividades: 1. Imagine-se que a Carolina afirma o seguinte: «As verdades são relativas». Como se pode refutar a sua ideia? 2. Considere-se a frase «Alguns abortos são imorais». Pode-se refutar esta frase por meio de um contra-exemplo? Por quê? 3. Argumente por redução ao absurdo a favor da ideia de que não há círculos quadrados. 4. Considere o seguinte argumento: «Tem de haver um Criador do Universo. Se não houvesse um Criador, nada poderia existir. Mas isso é absurdo, dado que o Universo existe». Será que o argumento é bom? Porquê? 5. Explique o que é uma contradição e dê exemplos. 6. As contradições são verdadeiras ou falsas? Justifique.
ARGUMENTOS: VALIDADE, SOLIDEZ E COGÊNCIA «»
Um argumento é válido quando é impossível, ou muitíssimo improvável, que as suas premissas sejam verdadeiras e a sua conclusão falsa. A validade é uma relação entre a verdade ou falsidade das premissas e da conclusão. Em termos filosóficos, uma proposição não pode ser válida nem inválida; só os argumentos podem ser válidos ou inválidos. E as proposições são verdadeiras ou falsas. Um argumento sólido é um argumento válido com premissas verdadeiras. A validade só garante que é impossível partir de verdades e chegar a falsidades. Mas um argumento pode ser válido e ter conclusão falsa – desde que também tenha uma premissa falsa. Um argumento cogente ou bom é um argumento sólido com premissas mais plausíveis do que a conclusão. Um argumento é mau quando não é persuasivo e, se não é persuasivo, é porque quem duvida da conclusão não aceita a premissa. Isto acontece quando a premissa não é mais plausível do que a conclusão. ao avaliar argumentos, fazemos as seguintes perguntas: 1. Será impossível ou improvável que as premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa? 2. Serão todas as premissas verdadeiras? 3. Serão as premissas mais plausíveis do que a conclusão? Uma falácia é um argumento que parece cogente mas não é. Um argumento é falacioso quando parece válido mas é inválido; ou quando tem premissas falsas que parecem verdadeiras; ou quando parece ter premissas mais aceitáveis do que a conclusão, mas não tem. Na lógica há alguns instrumentos para determinar a validade ou a invalidade de alguns tipos de argumentos. Mas podemos desde já usar um instrumento simples mas poderoso para avaliar argumentos: a imaginação. Para determinar a validade de um argumento, temos de tentar imaginar uma circunstância possível na qual as premissas sejam todas verdadeiras e a conclusão falsa. Se conseguirmos imaginar essa circunstância, o argumento não é válido. Atividades: 1. O que é um argumento válido? Dê um exemplo. 2. O que é um argumento sólido? Dê um exemplo. 3. As proposições expressas pelas frases seguintes são verdadeiras ou falsas? Justifique a sua resposta. I) Alguns argumentos sólidos têm conclusões falsas. II) Nenhum argumento sólido é inválido. III) Alguns argumentos sólidos são maus. IV) Todos os argumentos válidos são sólidos. 4. Determine se os argumentos seguintes são a) válidos, b) sólidos e c) cogentes, e explique o porquê: I) Se houvesse vida além da morte, a vida faria sentido. Dado que a vida faz sentido, tem de haver vida além da morte. II) Se Platão é ateniense, é grego. Dado que não é grego, não é ateniense. III) Se o criminoso foi por este caminho, teve de deixar pegadas. Dado que não há pegadas, ele não foi por aqui. IV) A vida faz sentido. Mas se a vida faz sentido, Deus existe. Portanto, Deus existe.