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T RTorácico

AUMA
É toda lesão causada por um
Avaliação e Exame físico
agente externo a caixa Inspeção:
torácica ou aos órgãos que a Sudorese Cianose
compõe. Palidez Frequência respiratória
Desvio de traqueia
Sendo traumas com alto índice de morbidade e Distensão da jugular
mortalidade devido a: Esforço respiratório
Hipóxia Acidose Palpação:
Hipercapnia Choque Hipersensibilidade
Crepitação (Efisema subcutâneo)
Anatomia Instabilidade óssea
Ausculta:
É composto por MV diminuídos -> Indicativo de
Ossos -> 12 pares de pneumotórax ou hemotórax
costelas Estertores -> contusões ( sangue no
Músculos -> Auxilia no pulmão)
mov respiratório e junto Bulhas cardíacas
aos ossos protege os
órgãos fratura de arco costais
Pleuras -> Parietal que recobre a cavidade mais Mais comum em idosos, por
externa e a Visceral que recobre a parte interna fraqueza muscular e
dos pulmões osteoporose.
cavidade pleural -> Espaço entre as duas pleuras Sua alta mortalidade está
que permite o deslizamento de uma sobre a outra relacionada a quantidade
no mov respiratório. de costelas fraturadas.
Pulmões, coração e grandes vasos.
Pacientes com lesão nas 1°
costelas, tem risco de outras
lesões significativas, como
ruptura de aorta
As extremidades quebradas podem lacerar move para dentro, em resposta à pressão
músculos, pulmão e vasos sanguíneos, com a negativa criada no interior da cavidade torácica
possibilidade de contusão pulmonar associada, Expiração: quando os músculos relaxam,
pneumotórax ou hemotórax. Nas fraturas de o segmento pode mover-se para fora, à
múltiplas costelas, a contusão pulmonar é a medida que aumenta a pressão dentro
lesão associada mais. do tórax.
comum.
Avaliação: Deve se observar se existe dor
torácica a movimentação ou respiração que
é evidenciado pelo aumento do esforço
respiratório.
Manejo: O alivio dar dor é o tratamento
prioritário que pode ser relizado pelo uso de
tipoias ou faixas de posicionamento do
braço, levando em conta a chance dele
desenvolver maiores complicações Essa movimentação paradoxal do segmento
respiratórias e evoluir para um choque. É instável torna a ventilação menos eficiente, e o
importante evitar a atelectasia pulmonar e grau de ineficiência está diretamente relacionado
para isso não se deve fazer imobilização ao tamanho do segmento instável. O paciente
rígida do tórax, além de pedir para o neste quadro possui duas situações que prejudicam
paciente tossir e respirar profundamente. a ventilação e a troca de gases, sendo eles:
Segmento instável
Contusão pulmonar subjacente -> que
Tórax instável não permite a troca de gases devido a
inundação alveolar por sangue
Ocorre tórax instável
Avaliação: Paciente apresenta dor intensa, FR
quando duas ou mais
elevada, sem respirações profundas devido as
costelas adjacentes são
dores, hipóxia, instabilidade do segmento e
fraturadas em mais de
respiração paradoxal.
um local ao longo do seu
Manejo: Voltado para analgesia e suporte
comprimento.
ventilatório e reposição volêmica cautelosa
O resultado é um segmento da parede torácica que para evitar sobrecarga.
não está mais em continuidade com o restante do
tórax.
contusão pulmonar
Quando o tecido pulmonar é
Respiração paradoxal
lacerado ou rasgado por
Inspiração: quando os músculos
mecanismo fechado ou
respiratórios são contraídos para elevar e
penetrante, o sangramento
afastar as costelas, abaixando o diafragma,
dentro dos espaços aéreos
o segmento instável, paradoxalmente, se
alveolares pode resultar em
contusão pulmonar.
À medida que os alvéolos se enchem de sangue, as É um ferimento chamado de ferimento
trocas gasosas são prejudicadas, pois o ar não “assobiante”
consegue entrar nesses alvéolos a partir das vias -> Como o fluxo de ar segue o de menor
aéreas terminais. Além disso, o sangue e o edema resistência, o fluxo criado pela lesão aberta vai
intersticial entre os alvéolos prejudicam ainda mais ser preferível do que o fluxo normal de
as trocas gasosas nos alvéolos que são ventilados. respiração, por isso a ventilação efetiva é inibida

pneumotórax
pelo colapso do pulmão no lado da lesão, e
embora o paciente esteja respirando o oxigênio é
Lesão de tórax mais impedido de entrar na corrente sanguínea.
comum que pode ser Avaliação: Paciente ansioso, taquipneico, FC
dividida em: elevada e pulsos filiformes e ruídos de
Simples aspiração durante a inspiração e borbulhas
Aberto durante a expiração
Hipertensivo Manejo: Curativo oclusivo de 3 pontas, pois
ao mesmo tempo que impede a entrada do ar
# PNEUMOTÓRAX SIMPLES ele permite a saída do ar durante a
É a presença de ar na cavidade pleural que a expiração e previne de um pneumotórax
medida que ele aumenta acaba comprimindo hipertensivo, se sofrimento respiratório
o pulmão e o colapsando. persistir realizar descompressão torácica
Avaliação: Apresentando MV diminuídos do lado com jelco 14 no 5 espaço intercostal da linha
afetado, dor intensa, e insuficiência respiratória axilar anterior.
Manejo: Deve ser feita a suplementação com O2 e # PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO
a monitorização da SatO2, posição reclinada, se Estagio de agravamento do quadro simples ou
não precisar imobilizar, raio-x e drenagem aberto, onde há uma maior compressão
torácica. pulmonar, pois o ar entra e não tem nenhum
# PNEUMOTÓRAX ABERTO espaço de saída ou descompressão e é
Envolve a entrada de ar no potencialmente fatal, pois compromete também
espaço pleural, fazendo o o retorno venoso para o coração, aumentando a
pulmão colapsar. Um pressão do lado da lesão e desviando o
defeito na parede torácica mediastino para o outro lado do toráx, causando
que resulta em uma curvatura excessiva na veia cava inferior.
comunicação entre o meio Avaliação; Paciente vai apresentar
externo e o espaço pleural desconforto, dor torácica, Ingurgitamento
Geralmente se origina de uma lesão penetrante. de jugular, desvio de traqueia para o lado
Quando o paciente tenta inalar, o ar atravessa a oposto da lesão, MV diminuídos, cianose e
ferida e entra no espaço pleural, devido à pressão apneia, timpanismo a percussão ,
negativa criada na cavidade torácica à medida em crepitação( enfisema subcutâneo)
que os músculos da respiração se contraem. subcutâneo)
Manejo: A prioridade do tratamento é a
descompressão torácica, que deve ser feita
Contusão cardíaca
diante de sinais como: resulta da aplicação de
Piora da disfunção respiratória ou da força na parte anterior do
dificuldade para ventilar com dispositivo tórax, especialmente em
de bolsa-válvula -máscara evento de desaceleração,
Redução ou ausência unilateral dos ruídos como um incidente de
respiratórios trânsito com um impacto
3. Choque descompensado (pressão frontal violento. o
arterial sistólica menor que 90 mmHg com coração é, então, comprimido entre o esterno
pressão de pulso reduzida) anteriormente e a coluna vertebral posteriormente
A descompressão deve ser feita no 5° espaço Essa compressão causa aumento abrupto na
intercostal da linha axilar anterior, visando pressão dentro dos ventrículos até várias vezes o
converte um pneumotórax hipertensivo em um nível normal, o que resulta em contusão cardíaca,
pneumotórax aberto, revertendo o O músculo cardíaco fica contundido, com graus
comprometimento hemodinâmico associado à variáveis de dano às células miocárdicas. Essa
redução do retorno venoso causada pelo desvio das lesão quase sempre resulta em ritmo cardíaco
estruturas mediastinais para longe do pulmão anormal, como a taquicardia sinusal.
colapsado. Avaliação: Pode causar arritmias,
OBS: Pacientes com curativo oclusivo e contratilidade prejudicada diminuindo o DC e
desenvolveu um hipertensivo deve ser retirado fazendo o paciente entrar em choque, pode ter
o curativo para reduzir a pressão. ruptura valvar com sinais de ICC , dor torácica,

HEmotórax
falta de ar
Manejo: O2 em alta fração, acesso EV para
É a presença de terapia cautelosa de líquidos, monitorização
sangue no espaço hemodinâmica e tratamento de arritmias.
pleural, podendo
acumular ate 3L de
Tamponamento cardíaco
liquido
Podendo ocasionar hipovolemia e choque É o acumulo de sangue no
hipovolêmico saco pericárdico, que pode
Avaliação: Pode gerar dor torácica, dispneia, acumular até 300ml, no
MV diminuídos, percussão maciça e sinais de entanto 50 já diminui a DC
choque
Como o pericárdio é inflexível, a pressão começa
Manejo: Consiste na Monitorização, reposição
a aumentar rapidamente dentro do saco à medida
volêmica e suporte ventilatório e
que o líquido se acumula dentro dele. O aumento
procedimento cirúrgico para drenagem
da pressão pericárdica impede o retorno venoso
torácica.
para o coração, o que leva à redução do débito
cardíaco e da pressão arterial.
Avaliação: Deve ser feita analisando a tríade
de beck:
Bulhas cardíacas distantes ou abafadas
Distensão venosa jugular ( devido o
aumento da pressão nas veias e artérias
pela repressão do sangue)
Hipotensão e pulso paradoxal
Manejo: deve fazer O2 em alta fração,
acesso EV com cautelosa terapia de líquidos,
e tratamento cirúrgico - Pericardiocentese
Trauma
ABDOMINAL
É a principal causa de morte evitável Quadrante superior direito ->
em pacientes de trauma por ser de fígado e vesícula
difícil identificação, pois os sinais e Quadrante superior esquerdo -
sintomas costumam ser tardios. > baço e estômago
quadrante inferior direito e
Portanto qualquer paciente com
esquerdo -> intestinos,
sinais de choque de origem
ureteres distais e ovários
desconhecida após trauma de tronco
deve ser considerado hemorragia intra-abdominal
até que se prove o contrario. FISIOPATOLOGIA
ANATOMIA Os órgãos da cavidade abdominal são divididos em:
Órgãos sólidos; Fígado, baço e vasos
É dividida em duas regiões sanguíneos que quando sofrem leões eles
de acordo com o peritônio: SANGRAM
Cavidade peritoneal: Órgãos ocos: Intestinos, vesícula e bexiga
composta por baço, que quando sofrem lesões LIBERAM O
fígado, vesícula, CONTEÚDO na cavidade abdominal.
estômago, parte do Traumas com extravasamento de sangue para a
intestino grosso cavidade comumente causa CHOQUE
(cólon, transverso e sigmoide), parte do intestino HEMORRAGICO
delgado(jejuno e íleo) e os órgãos reprodutores Traumas com extravasamento de conteúdo
femininos. comumente causam PERITONITE e SEPSE.
Espaço retro peritoneal: Localizado atrás do Lesões por compressão: órgãos do abdome são
peritônio sendo composto pelos rins, ureteres esmagados entre objetos sólidos, como entre o
veia cava inferior, aorta volante e a coluna
vertebral. As forças de
abdominal, pâncreas,
cisalhamento criam
maior parte do duodeno e
ruptura dos órgãos
cólon ascendente
sólidos ou ruptura de
desendente e o reto,
vasos Sanguíneos na
bexiga e os reprodutores
cavidade devido às
masculinos
forças de esgarçamento
Exercidas contra seus ligamentos de sustentação
Ausculta: Não é útil no pré-hospitalar. No
O aumento da pressão intra-abdominal produzida
entanto podem ser auscultados ruídos no
pela compressão pode causar ruptura do
tórax devendo ser considerado ruptura
diafragma, fazendo com que os órgãos
diafragmática.
abdominais se movam pra dentro da cavidade
pleural e comprometa a expansão pulmonar

AVALIAÇÃO MANEJO
Avaliação primária: Pacientes tendem a
apresentar mudanças nos parâmetros de
respiração e circulação:
Choque compensado= discreto aumento
Deve inicialmente fazer o reconhecimento da
na FR
lesão e o início do transporte
Choque hemorrágico = Taquipneias
Fornecer O2 conforme necessidade do
Ausculta de RH no tórax
paciente
Avaliação secundária: Realizado o SAMPLE e
Se for trauma aberto fazer controle da
exame físico detalhado
hemorragia com pressão direta ou curativo
Inspeção: É avaliado a respeito de lesões de
compressivo
tecido mole e distensões, no entanto a
Em lesão com risco de lesão vertebral ou
maioria dos sinais aparecem tardiamente,
pélvica estabilizar paciente, para assim
como:
estabilizar fragmentos e reduzir os riscos de
Lesão do cinto de
hemorragias durante o transporte
segurança
Acesso venoso calibroso para reposição de
Sinal de cullen (que
volume afim de manter PA sistólica estável
é equimose em volta
em:
do umbigo
Pacientes sem TCE: 80-90
Sinal de grey-turner (equimose nos
Pacientes com TCE: min 90
flancos)
para manter a perfusão dos órgãos vitais mas sem
Palpação: Feita para identificar áreas de dor,
elevar demais para não correr o risco de romper
podendo ter duas reações:
coágulos.
Defesa voluntária: Paciente tenciona os
Adm Tranexâmico(transdamin) medicamento
músculos do abdome
estabilizador de coágulos.
Defesa involuntária; rigidez ou
espasmos dos músculos em resposta a Empalamento
peritonite Fixação do objeto para
A palpação profunda deve ser evitada e em casos evitar movimento durante
de objetos empalados elas não deve ser feita. o transporte e suporte
psicológico a vitima
EVISCERAÇÃO
Parte de algum órgão abdominal que é deslocada
para fora a partir de um ferimento aberto.
Deve-se cobrir o ferimento com gases ou
compressas estéreis e umidificadas com
SF0,9% para evitar necrose do tecido.
Oferecer suporte psicológico a vitima.

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