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Índice...............................................................................................................................1
1.Introdução.....................................................................................................................2
2.Dialetos.........................................................................................................................3
3.Conclusão.....................................................................................................................8
4.Bibliografia....................................................................................................................9
4.1.Referências:...........................................................................................................9
1.Introdução
A língua é um instrumento de comunicação, sendo composta por regras gramaticais
que possibilitam que determinado grupo de falantes consiga produzir enunciados que
lhes permitam comunicar-se e compreender-se. Por exemplo: falantes da língua
portuguesa. Dentro dessas línguas pode haver variações de acordo com o território
onde os falantes se encontram, a essas variações dentro das línguas nós chamamos
de dialetos. Um dos exemplos de dialetos encontrados é o português de Brasil e o
português de Portugal, assim como o português de Angola e o português de
Moçambique.
2.Dialetos
O dialeto é a variedade de uma língua própria de uma região ou território e está
relacionado com as variações linguísticas encontradas na fala de determinados grupos
sociais. As variações linguísticas podem ser compreendidas a partir da análise de três
diferentes fenômenos: exposição aos saberes convencionais (diferentes grupos
sociais com maior ou menor acesso à educação formal utilizam a língua de maneiras
diferentes); situação de uso (os falantes adequam-se linguisticamente às situações
comunicacionais de acordo com o nível de formalidade) e contexto sociocultural (gírias
e jargões podem dizer muito sobre grupos específicos formados por algum tipo de
“simbiose” cultural).
É uma variante linguística, que tem origem em uma outra língua. Não
necessariamente é originada na língua oficial do território em que se fala o dialeto.
Por vezes, na comunidade, fala-se apenas o dialeto local, sem o uso da língua oficial
do país. Em alguns lugares de colonização italiana no Rio Grande do Sul, por
exemplo, existem vilarejos que falam apenas o dialeto do Vêneto, Norte da Itália, e
internamente não se fala português.
A sociolinguística defende que existem outros fatores além dos regionais que
determinam um dialeto. E que existem os chamados dialetos etários (com as
diferenças marcadas entre as formas de expressão de geração para geração) e
dialetos sociais (entre diferentes grupos sociais).
Os critérios que levam a que um conjunto de dialetos seja considerado uma língua
autônoma e não uma variedade de outra língua são complexos e frequentemente
subvertidos por motivos políticos. A Linguística considera os seguintes critérios para
determinar que um conjunto de dialetos faz parte de uma língua:
Um dialeto, para ser considerado como tal, tem de ser falado por uma comunidade
regional. As características da língua que não são específicas de um grupo regional
são consideradas socioletos (variedades próprias de diferentes grupos sociais, etários
ou profissionais) ou idioletos (variedades próprias de cada indivíduo).
Por vezes, os critérios políticos que interferem na língua podem estar muito distantes
dos critérios científicos. Há países, em que autênticas línguas são consideradas
apenas dialetos da língua oficial, quando, na realidade, não o são de todo. Não é
preciso ir muito longe. Até ao século XX, a língua galega foi considerada um dialeto da
língua castelhana. Na realidade, a linguística demonstrou, ao longo do século, que o
galego é um dialeto pertencente ao sistema linguístico do português, tal como são os
dialetos do Brasil e de Portugal. De um ponto de vista legal, o galego é considerado
uma língua autônoma, ainda assim, ela é estudada em muitas universidades como
uma variante do sistema linguístico galego-português.
A língua portuguesa usou como norma padrão, a partir do século XIV, os dialetos
falados entre Coimbra e Lisboa, com especial relevo para este último. No Brasil, a
norma padrão evoluiu do dialeto de Lisboa para o do Rio de Janeiro (com a fuga da
corte para o Brasil em 1808) e, desde então, para uma influência partilhada pelas
variedades cultas em uso nas maiores cidades do país, em especial as duas maiores
metrópoles globais na costa da região Sudeste.
Nessa norma padrão oral tácita do português brasileiro, a letra S é sempre
pronunciada /s/ em coda silábica (enquanto no estado do Rio de Janeiro seria sempre
pronunciada /ʃ/, e por vezes variando entre um alófono e o outro em outras regiões do
país, como o Norte, o Nordeste, o Espírito Santo, a Zona da Mata Mineira e a Ilha de
Santa Catarina); enquanto a letra R é pronunciada /ʁ/ – tendo AFI: [x], [ɣ], [χ], [ʁ], [h] e
[ɦ] como possíveis alófonos – na mesma situação, como dominante nas regiões Norte,
Nordeste, na Ilha de Santa Catarina e em todo o Sudeste porém no estado de São
Paulo (onde, como no Rio Grande do Sul ou na Europa, seria pronunciada como
vibrante simples alveolar, ou /ɾ/, ou como no Paraná, no Mato Grosso do Sul, em
Goiás e em uma boa parte do Sudoeste de Minas, como aproximante alveolar, ou /ɹ/).
Neste padrão linguístico, o deletamento de /ʁ ~ ɾ ~ ɹ/ em coda silábica em final de
palavra comum na fala cotidiana, informal, do português brasileiro, quase universal,
especialmente entre as classes de renda mais baixa, é considerado um desvio.