Gaia

RPG
Gaia RPG
Versão: Primeira Edição (setembro de 2023)
Criação: Fellipe “Tio Lipe” Melo
Revisão: Gilberto “Joka” Olimpio e Fellipe “Tio Lipe” Melo
Diagramação: Fellipe “Tio Lipe” Melo
Arte da Capa: Dan Ramos

Artes Internas: as artes usadas pertencem aos seus respectivos autores e estão licenciadas pela Creative Commons.
David Revoy: Portrait Cendrea (p.11), Meeting under the tree (p.37), Bridge medieval fantasy city (p.49; editada –
recorte). C&E Dragon (p.60). Sob a licença CC BY 3.0.
Gauntes: Elf Barbarian (p.13). Metaforge Mercenary (p.14). Human Assassin (p.17). Half Elf Cleric (p.20). Rapier (p.
21). Sob a licença CC BY-NC-ND 3.0.
IBlacKiE-MaiDeNi: Tomb Raiser (p.15). Sob a licença CC BY-SA 3.0.
Kaitlynn Peavler: Ships Mage (p.26). Runecrafter (p.27). Mistwalker (p.28) Sob a licença CC BY-SA 3.0.
Narion: Narion Big (p.19; editada – entalhe xadrez, invertida horizontalmente, recorte). Sob a licença CC BY-SA 3.0.
Neocore Games: King Arthur II concept art 4 (p.30; editada – recorte). Sob a licença CC BY 3.0.
YangTS: artes nas páginas 7, 9, 23, 32, 41, 46, 51 e 56. Sob a licença CC BY-NC-AS 2.0.

Jogadores Teste:
Alesi Souza, Alexandre Freire, Alisson Souza, Amanda Paulino, Bárbara Santos, Du Jiraya, Enzo, Erlaine Alves, Gabriel
Garcia, Gabriela “Sigyn”, Gilberto Olimpio, Igor Chacon, Inácio Freire, Jhonata “Valkyria”, João Paulo, Matheus, Mi-
guel Gustavo, Mykaela Mello, Nycollas “Nick”, Pedro Aguiar, Pedro Godeiro, Phillipe, Sydnei “Austrália”.

Conheça este e outros trabalhos do autor no site:

http://paporpg.blogspot.com.br

© GAIA RPG é uma criação de Fellipe “Tio Lipe” Melo. Maio de 2018.
Baseado na Open Game License, versão 1.0, pela Wizards of the Coast.
É vetada a sua distribuição sem indicar a autoria.
 SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 7 ESSÊNCIA 18
O QUE É RPG? 7 EQUIPAMENTOS 18
COMO JOGAR O GAIA RPG? 7 DEFESAS 19
O QUE PRECISO PARA JOGAR? 8 ARQUÉTIPOS 19
COMO LER ESTE LIVRO? 8 Bárbaro 19
Bardo 19
CAPÍTULO 1: PERSONAGENS 9 Bruxa 19
CONCEITO 9 Caçador 19
NÍVEL 10 Clérigo 19
ATRIBUTOS 10 Curandeiro 20
PROEZAS 10 Comandante 20
Analisar Adversário 10 Druida 20
Arcanista (Mágica) 10 Explorador 20
Arte Marcial 11 Feiticeiro 20
Ataque Furtivo 11 Guardião 20
Aventureiro 11 Ladino 20
Bravura 11 Mago 20
Bruxa (Mágica) 11 Manipulador 20
Comandar Aliado 12 Mercenário 20
Criatura Aliada 12 Monge 21
Determinado 12 Paladino 21
Disciplina 12 Soldado 21
Dissimulação 12 Swashbuckler 21
Druida (Mágica) 12 Trapaceiro 21
Duro de Matar 13 Xamã 21
Encouraçado 13 EXEMPLOS DE PERSONAGENS 21
Enfurecer Adversário 13 CAPÍTULO 2: MAGIAS 23
Escudeiro 13
Familiar 13 ADQUIRINDO MAGIAS 23
Fúria 13 PODER 23
Herbalista 14 ATRIBUTO MÁGICO 23
Ilusionista (Mágica) 14 CONJURAÇÃO 24
Inimigo 14 FOCO 24
Inspirar Aliado 14 LISTA DE MAGIAS 24
Magia 14 Alterar Forma 25
Mestre Cozinheiro 15 Alterar Memória 25
Mobilidade 15 Alterar Tamanho 25
Musculoso 15 Ampliar Atributo 25
Naturalista 15 Ampliar Sentidos 25
Necromante (Mágica) 15 Arma Mágica 25
Negociador 16 Armadura Arcana 25
Paladino (Mágica) 16 Arrebatar 25
Prontidão 16 Aura 26
Proximidade 16 Barreira 26
Rastreador 16 Cancelar Magia 26
Reflexos 16 Charme 26
Robusto 17 Confusão 26
Runista (Mágica) 17 Controlar Elemento 26
Sacerdote (Mágica) 17 Corrosão 26
Sorrateiro 17 Curar 27
Treinamento com (Arma) 18 Detecção 27
Vigoroso 18 Disfarce Ilusório 27
Xamã (Mágica) 18 Drenar 27
CARGA 18 Enfraquecer 27
VIGOR 18 Escudo Arcano 27

|4|
 Escuridão 27 CRIANDO UMA JORNADA 41
Explosão 27 Terreno 41
Fantasia 27 PREPARO 42
Fantoche 28 TESTES DE JORNADA 42
Flecha Arcana 28 Direção 42
Fortalecer 28 Patrulha 42
Ilusão 28 Acampamento 43
Imobilizar 28 Exemplo de Jornada 43
Invisibilidade 28 RAÇÕES E FOME 44
Invocação 28 AÇÕES OPCIONAIS 44
Levitação 29 Caçar Alimento 44
Luz 29 Coletar Ervas 44
Muralha 29 Reforçar Alimentação 45
Nublar Forma 29 CAPÍTULO 6: EXPLORAÇÃO 46
Observação 29
Oráculo 29 INVESTIGANDO LUGARES 46
Pânico 29 Analisar 46
Polimorfismo 29 Perceber 47
Portal 30 Armadilhas 47
Projétil 30 Exemplo de Investigação 47
Reestabelecer 30 ENCONTROS 48
Regenerar 30 Interações 48
Remover Sentido 30 Combates 49
Resistir a Elemento 30 CIDADES 50
Revelação 30 CAPÍTULO 7: COMBATES 51
Sono 30 INICIATIVA 51
Suportar Condição 31 Emboscadas e surpresas 51
Telecinésia 31 AÇÕES E RODADAS 51
Telepatia 31 Aguardar 52
Teleporte 31 Atacar 52
Tornar Vulnerável 31 Conjurar Magias 52
Velocidade 31 Mover-se 52
Visão Verdadeira 31 Postura Defensiva 52
CAPÍTULO 3: EQUIPAMENTOS 32 Recuperar-se 52
RECURSOS E RESERVAS 32 Teste Geral 52
TAMANHO 33 Usar uma Proeza 53
ARMAS 34 Usar um Item 53
ARMADURAS 34 ZONAS E DISTÂNCIAS 53
ESCUDOS 34 Alcance 53
RAÇÕES 35 Visibilidade 53
ITENS 35 DANO E CONSEQUÊNCIAS 53
ERVAS MEDICINAIS 35 Tipos de Dano 53
Unguentos 35 Modificadores de Dano 54
MONTARIAS 35 Indefeso 54
OBJETOS MÁGICOS 36 Morrendo 54
Estabilizar Aliado 54
CAPÍTULO 4: REGRAS 37 EXEMPLO DE COMBATE 54
TEMPO 37 CAPÍTULO 8: ADVERSÁRIOS 56
TESTES 37
Sucesso a um custo 38 USANDO ADVERSÁRIOS 56
Oposição 38 CRIANDO ADVERSÁRIOS 56
Modificadores 38 Relevância 57
Trabalho em Equipe 38 Tipos 57
CONDIÇÕES 39 Funções 58
DETERMINAÇÃO 39 Habilidades 58
DESTINO 39 BESTIÁRIO 61
RECUPERAÇÃO 40 Aboleth (Elite) 62
PROGRESSÃO 40 Animal Enorme 62
Animal Grande 62
CAPÍTULO 5: JORNADAS 41 Animal Médio 62

|5|
Animal Pequeno (Menor) 62 Gigante 68
Animal Predador 62 Goblin (Menor) 68
Anjo 63 Golem 68
Aranha Gigante 63 Grell 68
Arcanjo 63 Grifo 68
Árvore Andante 63 Hag 68
Autômato 63 Hidra 69
Barrete Vermelho 64 Ifrit 69
Basilisco 64 Kobold (Menor) 69
Bulette 64 Ladrão de Almas 69
Cão Infernal 64 Mantícora 69
Carniçal 64 Minotauro 70
Cavaleiro da Morte 65 Ogro 70
Changeling 65 Orc Guerreiro 70
Diabrete 65 Orc Xamã 70
Dragão Ártico (Elite) 65 Otyugh 70
Dragão Elétrico (Elite) 65 Portador da Praga 70
Dragão Pantanoso (Elite) 65 Principado (Elite) 71
Dragão Vulcânico (Elite) 66 Quimera 71
Dríade 66 Sombra 71
Duende 66 Spriggan 71
Elemental de Água 66 Súcubo / Íncubo 71
Elemental de Ar 66 Troll 72
Elemental de Fogo 67 Vampiro (Elite) 72
Elemental de Terra 67 Vinha Constritora 72
Espectro 67 Wyvern 72
Esqueleto 67 Zumbi (Menor) 72
Flor Sangrenta 67
Gárgula 67

|6|
 INTRODUÇÃO
Olá, leitor!
Bem-vindo ao Gaia RPG, um sistema aberto voltado
para criação de RPG ambientados em mundos de fantasia
medieval e que pode ser usado da forma que você preferir.
As suas regras permitem a criação de personagens únicas,
combates dinâmicos e jornadas desafiantes, inspirando-se
em jogos como D&D, 13ª Era, Unity, FATE Acelerado e
Básico, Dungeon World, Ryuutama, Sistema +2d6 e ou-
tros. Além disso, com a licença OGL, você poderá usar as
regras do Gaia RPG em quaisquer jogos que desejar.
O que é RPG?
RPG, ou roleplaying game (“jogo de interpretação”),
é um jogo sobre criar histórias (no caso do Gaia, histórias
de fantasia e aventura). A melhor forma de visualizar uma
partida de RPG é imaginar um filme ou episódios de uma
série. Cada jogador interpretará uma das personagens pro-
tagonistas da história, descrevendo suas ações, fazendo
suas escolhas e falando por elas, cabendo a outro jogador,
chamado de narrador, criar o cenário de fundo, a trama da
história e interpretar todas as personagens coadjuvantes.
Desta forma, narrador e jogadores criarão juntos a história
que desejam jogar, vivendo diversas aventuras fantásticas
nos mundos que estão construindo juntos.
Cada partida ou sessão terá, em média, entre duas e
quatro horas de duração e contará uma história fechada
(comum para jogos curtos e de uma única sessão, como
em filmes), ou dará margem para uma continuação (co-
mum para jogos longos e com múltiplas sessões, como em
|7|
séries e sendo chamados de campanhas). A sessão poderá
ocorrer em volta de uma mesa ou pela internet, através de
programas de chamada de vídeo ou aplicativos para cria-
ção de mesas online, desde que todos possam interagir de
alguma forma.
Por se tratar de um jogo, todo RPG possui um conjunto
de regras, chamado de sistema, que auxilia o narrador na
condução da história, estabelecendo limites e estatísticas
para as mais variadas situações que possam ocorrer. As
regras serão usadas prioritariamente para a resolução de
problemas, através da rolagem de dados, mas também de-
finirão o que as personagens são capazes de fazer. Isso
acrescenta uma camada de estratégia e tensão no jogo,
onde uma rolagem “ruim” pode gerar toda uma série de
novas e complicadas situações para serem resolvidas.
Contudo, diferentemente de um jogo comum, no RPG não
existe um lado “vencedor”. Todos jogam juntos para um
único propósito: diversão. Enquanto todos estiverem se
divertindo, então todos estarão ganhando.
Jogar o Gaia RPG é viver uma aventura fantástica, cri-
ando uma história única com a colaboração de todos.
Como jogar o Gaia RPG?
Não existe um jeito “certo” de se jogar. O narrador, em
geral, descreverá o local e a situação que está ocorrendo e
os jogadores definirão como as suas personagens respon-
derão. Dependendo do que ocorra, o narrador cobrará a
rolagem de um ou mais testes dos jogadores, evitando ou
gerando consequências para as personagens, mas sempre
levando a história adiante. Assim, a situação prossegue até
ser resolvida ou causar uma nova complicação, avançando
a história progressivamente até o seu desfecho.
Um teste é uma forma de avaliar o que houve em uma
determinada situação, gerando tensão para a história. Sim-
plificando, ele é feito com a rolagem de dois dados de seis
faces (chamados de 2d6), somando o resultado com outros
valores, que variam conforme a situação, a fim de avaliar
o sucesso ou a falha da personagem, definindo também
como a cena continuará. Nem toda situação exigirá um
teste, sendo mais bem usado quando envolver algum tipo
de risco.
Os jogadores devem estar cientes que as regras do jogo
servem à história que está sendo contada, e não o contrá-
rio. Desta forma, caso uma regra específica esteja atrapa-
lhando a narrativa, ignore-a. Caso não esteja claro como
resolver uma situação, crie uma regra nova, desde que seja
previamente acordada entre todos. O julgamento final ca-
berá sempre ao narrador.
O que preciso para jogar?
Primeiramente, deve-se ler e ter uma cópia deste livro,
seja digital ou impressa, facilitando a sua consulta. Outros
materiais necessários incluem algumas cópias das fichas
de personagem (onde estarão anotadas as informações re-
levantes dela que o jogador deve saber), rascunhos para
uso geral, lápis, borrachas, alguns marcadores para pontos
de Destino (podem ser outros dados, moedas, botões ou
qualquer outra coisa que possa ser útil), pelo menos quatro
dados de seis faces (d6) para realizar testes, e comidas e
bebidas a gosto. Caso esteja jogando online, muito prova-
velmente o programa que usar terá diversas ferramentas
|8|
para emular tudo o que foi dito acima, de fichas a rolado-
res de dados.
As fichas de personagem e outros materiais podem ser
baixados gratuitamente no link abaixo:
https://paporpg.blogspot.com/p/gaia-rpg.html
Como ler este livro?
Este livro está separado em oito capítulos, sendo os
quatro primeiros de leitura obrigatória para os jogadores,
enquanto o narrador deverá ler todos (ele deve dominar de
forma geral as regras do jogo). Ao longo da leitura haverá
quadros explicativos complementando a regras que estão
sendo apresentadas ou trazendo dicas de como as usar,
bem como exemplos do que está sendo exposto.
Os capítulos estão divididos da seguinte forma:
• Capítulo 1 – Personagens: explica o processo para
a criação de personagens e as suas características.
• Capítulo 2 – Magia: lista todas as magias do jogo e
explica suas regras específicas.
• Capítulo 3 – Equipamentos: lista os itens que as
personagens podem ter e suas regras específicas.
• Capítulo 4 – Regras: apresenta os conceitos básicos
do jogo e a progressão da personagem.
• Capítulo 5 – Jornadas: explica as regras para criar
jornadas desafiantes e seus perigos.
• Capítulo 6 – Exploração: traz as regras de como in-
vestigar locais e realizar encontros no jogo.
• Capítulo 7 – Combate: apresenta as regras de com-
bates e suas consequências.
• Capítulo 8 – Adversários: apresenta as regras para
criar e usar adversários, e traz um bestiário.
 Capítulo 1
PERSONAGENS
Quando vamos jogar um RPG, sempre imaginamos antes
quem desejamos interpretar. As personagens são os álter-
egos dos jogadores nas aventuras, e este capítulo apresen-
tará suas características e como criá-las.
Conceito
Antes de preencher a ficha com as informações apre-
sentadas neste capítulo, deve-se primeiro ter em mente
que tipo de personagem você deseja criar. Ela será uma
elfa arqueira? Um anão gatuno? Quem sabe um estudioso
de uma escola de magia que encontrou em um livro não
catalogado um segredo tão obscuro que pode destruir o
reino, ou render uma boa quantia em ouro. Deve-se idea-
lizar a personagem antes de escolher as suas característi-
cas, considerando o desejo do jogador, o contexto no qual
ela está inserida e as limitações definidas pelo narrador
para a aventura.
O conceito representa então um resumo de quem a per-
sonagem é e o que ela conhece, baseado nesta idealização.
Na hora de criá-lo, imagine a ocupação, o local de origem,
as relações e o papel que a personagem desempenhará no
jogo. A arqueira acima pode ser a princesa élfica de Bos-
queverde. O gatuno pode ser um batedor de carteiras de
Porto Carmim. O estudioso pode ser um bibliotecário da
Escola de Magia de Aurora. Uma forma fácil de definir o
conceito é escrever um breve histórico e descrição sobre
a personagem, sendo um resumo de ambos.
O conceito é importante por dois motivos: primeiro,
ele sintetiza quem é a personagem, guiando a interpretação
|9|
Raças e Conceito
É comum em mundos de fantasia a existência de raças
sencientes além dos seres humanos. Elfos, anões, peque-
ninos, gnomos, faunos, ferais, draconianos... Existe uma
miríade de opções, seja mais “humanoide” até mais “ani-
malesca”. As características que definem um “elfo” po-
dem variar bastante num mesmo cenário (sejam aqueles
que vivem exclusivamente em florestas, ou que possuem
uma ascendência feérica, tornando-os intimamente liga-
dos a magia, ou divina, emanando uma aura quase ange-
lical), ou entre cenários diferentes.
Para o Gaia RPG, entretanto, a raça está associada ao
conceito da personagem. Enquanto em alguns jogos ela
pode influenciar os valores de atributos e fornecer habili-
dades únicas, aqui toda raça possui o mesmo potencial,
sem qualquer distinção.
Conforme explicado, o conceito representa um re-
sumo de quem a personagem é, sendo algo que está as-
sociado à sua origem como um todo (raça e local onde
ela cresceu). O conceito princesa élfica de Bosqueverde,
por exemplo, passa o entendimento que a personagem é
uma herdeira (não necessariamente a única) de um reino
daquele mundo (não necessariamente élfico). Cabe então
ao jogador e narrador aprofundarem esta origem e expli-
carem como ela ser uma princesa de Bosqueverde influ-
enciou a sua vida até aquele momento, não se limitando
ao fato dela ser uma elfa apenas.
do jogador e permitindo ao narrador inseri-la no jogo; se-
gundo, ele indica o que ela é capaz de fazer, facilitando na
hora de escolher as suas características. Além disso, sem-
pre que for necessário avaliar o conhecimento da perso-
nagem sobre algo, ele será feito baseado no seu conceito
e nos seus atributos.
Nível
Representa numericamente o acúmulo de experiência
e o poder geral de uma personagem, iniciando no 1º e po-
dendo chegar até o 10º ao longo das suas aventuras. Veja
Progressão no Capítulo 4 para detalhes sobre o aumento
do nível.
Personagens de 1º nível são aventureiras com pouca
experiência e que estão começando a sua carreira. Como
opção, elas podem iniciar em níveis mais elevados quando
a ambientação exigir personagens mais poderosas, mas se
deve primeiro criá-las como se estivessem no 1º nível para
então aplicar os efeitos das progressões.
Atributos
Representam as capacidades gerais que toda persona-
gem tem em comum. Escolha uma das distribuições a se-
guir para pontuar os atributos: equilibrada (3; 3; 3; 2; 2;
2), focada (4; 3; 3; 2; 2; 1), ou especialista (4; 4; 2; 2; 2;
1); sendo 2 o valor médio, 1 o mínimo e 5 o máximo. A
pontuação deve considerar em que a personagem é boa,
bem como a função que ela desempenhará no jogo.
Segue os atributos das personagens:
Força (FOR): a sua força muscular e potência, sendo
usada para testes físicos gerais e que requerem força bruta,
ataques corpo a corpo e para aparar.
Destreza (DES): a sua coordenação, agilidade e refle-
xos, sendo usada para testes que requerem precisão, velo-
cidade e ataques à distância.
Constituição (CON): a sua resistência física, sendo
utilizada para testes que requerem tolerância física.
Inteligência (INT): a sua memória, raciocínio e co-
nhecimento, sendo usada para testes que requerem análise
e proficiência.
Sabedoria (SAB): o seu bom senso, sentidos e intui-
ção, sendo usada em testes de percepção e sentir a moti-
vação das pessoas.
Carisma (CAR): a sua força de caráter, magnetismo
natural, influência e poder de liderança, sendo usada em
situações sociais para influenciar os outros e determinar a
sua força de vontade.
Proezas
Representam as habilidades, qualidades e técnicas que
a personagem domina. Escolha três proezas no 1º nível e
receba gratuitamente a proeza Treinamento num tipo de
arma a sua escolha. A cada aumento de nível, pode-se ad-
quirir uma nova proeza ou melhorar uma que já se possua.
Ela é melhorada caso seja adquirida novamente, ampli-
ando seus efeitos. Pode-se melhorar uma proeza até duas
vezes. Entretanto, a personagem não poderá ter uma quan-
| 10 |
Idiomas Conhecidos
Em fantasias, é comum haver diversos idiomas, seja de
raças ou de uma região. Cada personagem saberá uma
quantidade de idiomas igual ao valor da sua INT (mí-
nimo de um). O seu primeiro idioma deverá ser o mais
usado no local de sua origem, justificando o seu passado
e conceito. Já os demais poderão ser quaisquer que haja
no mundo, desde que o narrador permita. Além disso, a
personagem somente será letrada nos idiomas que sabe
caso seu conceito indique que ela recebeu algum tipo de
educação, como um erudito, um nobre, um arcanista etc.
Exemplos de idiomas: comum (geralmente atribuído
a humanos, mas falado por toda raça), élfico, gnômico,
dracônico, anão, arcano, rúnico, infernal, celestial.
tidade de melhorias maior que o valor do seu nível. Além
disso, algumas melhorias só podem ser adquiridas após a
anterior, sendo precedidas da palavra “Final”.
Certas proezas possuem a palavra “mágica” ao lado do
seu nome, indicando que elas são próprias para persona-
gens focadas em magia e tendo como requisito a proeza
Magia. Contudo, só é possível adquirir uma delas.
Por fim, não é possível receber bônus da mesma pro-
eza mais de uma vez, independente da fonte.
Segue abaixo a lista com as proezas disponíveis.
ANALISAR ADVERSÁRIO
A personagem pode gastar a sua ação lenta para anali-
sar um adversário que consiga ver, devendo testar INT.
Com uma falha, ela descobre apenas o nível dele. Com
um sucesso, ela descobre o nível mais o valor da sua INT
informações sobre o adversário (veja características dos
adversários no Capítulo 8).
Melhorias:
• Receba +1 para atacar e em todas as defesas contra o
adversário durante todo combate caso tenha sucesso
ao analisá-lo.
• Final: gaste sua ação rápida na rodada para usar esta
proeza ao invés da ação lenta.
ARCANISTA (MÁGICA)
A personagem aprendeu as artes místicas através dos
ensinamentos de um professor ou por autodidatismo, tra-
tando a magia como uma ciência cheia de fórmulas e ritos.
Seus estudos arcanos permitiram que ela aprendesse uma
grande quantidade de magias, recebendo 4 magias extras
de qualquer nível que consiga conjurar.
Atributo mágico: INT.
Melhorias:
• Ela está tão acostumada a fórmulas arcanas que é ca-
paz de conjurar as suas magias sem a necessidade de
um foco (exemplos: magia sem gestos, magia silen-
ciosa etc.), gastando 1 de Essência extra.
• Ao melhorar os efeitos de uma magia, reduza o seu
custo total em 1 ponto de Essência.

ARTE MARCIAL
A personagem sabe como lutar usando apenas as suas
mãos com habilidade. Use DES ao invés de FOR para ata-
car e causar dano desarmado, bem como para calcular a
sua defesa Aparar.
Melhorias:
• Receba +1 no seu ataque quando tentar agarrar, de-
sarmar ou derrubar um alvo (veja Atacar no Capítulo
7 para detalhes sobre estas manobras).
• Final: caso tenha sucesso em agarrar, desarmar ou
derrubar um alvo, gaste a sua ação rápida na rodada
para também aplicar seu dano desarmado nele. Além
disso, receba +1 no seu dano desarmado caso acerte
um ataque contra um alvo que esteja agarrado a mais
de uma rodada.
ATAQUE FURTIVO
A personagem terá +1 no dano quando atacar um alvo
que esteja surpreso ou engajado a um aliado. Esta proeza
só pode ser usada para ataques usando DES.
Melhorias:
• Aumente o seu bônus para +2 no dano.
• Receba o bônus da proeza caso o alvo esteja agarrado,
derrubado ou com metade do Vigor ou menos.
AVENTUREIRO
A personagem está acostumada a viajar e sair em lon-
gas aventuras, recebendo +1 nos testes de jornadas de Di-
reção, Patrulha e Acampamento.
| 11 |
Melhorias:
• Ela não receberá a penalidade por acúmulo de fun-
ções durante uma jornada.
• Caso seja a navegadora do grupo e obtenha sucesso
no teste de Direção, considere que ela obteve um de-
cisivo (aplique este efeito automaticamente caso o
narrador não exija a realização do teste naquela ro-
dada). Caso obtenha um decisivo, aplique ambos os
benefícios extras descritos para o resultado.
BRAVURA
A personagem é destemida e convicta, recebendo +1
na sua Vontade.
Melhorias:
• Utilize CAR ao invés de DES para determinar a sua
iniciativa em combates.
• Receba +1 em testes para tentar intimidar ou liderar
alguém (veja Interações no Capítulo 6 para detalhes).
BRUXA (MÁGICA)
A personagem retira sua magia das emoções e da força
vital, manifestando-a através de rituais passados por gera-
ções. Ela consegue sentir as emoções mais fortes dos seres
vivos a sua volta automaticamente, desde que se concen-
tre. Ela também pode gastar uma ação lenta para sentir a
presença de todos os seres vivos até seu alcance distante
(consegue senti-los, mas ainda deve encontrá-los caso es-
tejam escondidos). Os efeitos desta proeza não afetam ce-
lestiais, construtos, demônios, elementais e mortos-vivos.
Além disso, suas magias são mais persistentes, gerando
-1 na Tolerância e Vontade dos alvos que tentarem evitar
e cancelar os efeitos prolongados causados por elas.
Atributo mágico: SAB.
Melhorias:
• Ela pode formar um pacto com outro ser. Um pacto
é uma ligação mágica entre dois seres, onde a bruxa
deposita um pequeno pedaço da sua alma dentro de
alguém que confie. Para formar um pacto, ambos de-
vem desejar fazê-lo e realizar um ritual de uma hora,
conforme as tradições da bruxa. Ela então transfere
4 de Essência permanente para o aliado (diminua a
da personagem e aumente a do aliado). Em troca, a
bruxa sempre saberá onde ele está (direção aproxi-
mada) e o que está sentindo (principalmente emo-
ções intensas), independentemente da distância. O
pacto pode ser rompido a qualquer momento pela
bruxa gastando a sua ação rápida, ou automatica-
mente caso um deles morra. Ao ser rompido, todos
os seus efeitos são desfeitos, a Essência permanente
retorna para a bruxa e ela cura instantaneamente
SAB no Vigor e Essência. Pode-se manter um único
pacto por vez.
• Caso toque o alvo ao usar uma magia, a personagem
pode utilizar parte da Essência da vítima para a con-
jurar. Divida o custo da magia pela metade (arre-
donde para cima), diminuindo tanto a Essência da
personagem como do alvo. Este efeito também fun-
ciona contra adversários, mesmo eles não tendo pon-
tos de Essência.
COMANDAR ALIADO
A personagem atua como um comandante no campo
de batalha, liderando seus aliados para a vitória. Ela pode
gastar sua ação lenta na rodada para dar uma ação extra
qualquer imediata a um aliado que possa vê-la ou ouvi-la.
Melhorias:
• A ação extra do aliado recebe +1 de bônus no teste.
• Final: gaste sua ação rápida na rodada para usar esta
proeza ao invés da ação lenta.
CRIATURA ALIADA
A personagem possui uma criatura que a acompanha e
obedece às suas ordens. A criatura deve ser criada como
se fosse um adversário comum, tendo metade do nível da
personagem (arredonde para cima; o nível da criatura sobe
com o da personagem). Já o seu tipo deverá estar alinhado
com o conceito da personagem. Em combates, a criatura
terá a mesma iniciativa da personagem, que deverá gastar
a sua ação rápida na rodada para que a criatura faça uma
ação qualquer. Caso morra durante a aventura, pode-se
substituir a criatura no início da seguinte.
Melhorias:
• A personagem tem um forte vínculo com sua criatura
aliada, onde ambas sempre sabem a localização uma
da outra de forma aproximada, independentemente
de quão longe estejam, e o que estão sentindo no mo-
mento (principalmente sentimentos intensos como
dor, angústia, alegria e medo).
• A criatura aprende uma habilidade geral adicional da
lista da sua função ou melhorará uma das que já pos-
sui (escolha ao adquirir esta melhoria).
DETERMINADO
A personagem possui um forte senso de perseverança,
recebendo o valor do seu nível na Essência.
Melhorias:
• Gaste 3 de Essência para usar Determinação.
• Receba +1 de bônus no teste ao usar Determinação.
DISCIPLINA
A personagem é focada e analítica, recebendo +1 em
Analisar e em testes de INT em situações que exijam ana-
lisar algo (como para a proeza Analisar Adversário) ou do
que está acontecendo.
Melhorias:
• Use INT ao invés de DES para determinar a sua ini-
ciativa em combates.
• Receba +1 para tentar se recuperar de um efeito má-
gico prolongado (veja Recuperar-se no Capítulo 7
para detalhes).
DISSIMULAÇÃO
A personagem usará os artifícios necessários para ten-
tar enganar um adversário, podendo testar DES ou CAR
contra o Analisar de um alvo a fim de realizar uma finta.
Com um sucesso, ela recebe +2 de bônus no seu próximo
| 12 |
ataque contra o alvo afetado, ou poderá conceder +1 de
bônus para até dois aliados que ataquem o alvo até o final
da iniciativa seguinte da personagem. Não é possível rea-
lizar uma finta contra um alvo surpreendido (veja Embos-
cadas e Surpresas no Capítulo 7 para detalhes).
Melhorias:
• Receba +1 em testes para tentar fazer uma finta, en-
ganar ou seduzir alguém.
• Caso acerte a finta, ela poderá gastar sua ação rápida
para atacar o alvo afetado na mesma rodada.
DRUIDA (MÁGICA)
A personagem possui uma profunda ligação com a na-
tureza, alimentando sua magia com as forças primitivas
que dão forma ao mundo. Ela pode “falar” com animais e
plantas (eles se comunicam através de gestos e emoções),
e fazê-los agir de forma pacífica ou ignorar a sua presença,
desde que não sejam provocados ou atacados (gaste uma
ação lenta; nenhum teste é necessário). Este efeito só fun-
ciona com criaturas que não estejam sendo controladas
(seja através de magia ou outras proezas).
Além disso, pode-se gastar uma ação lenta e 4 de Es-
sência para localizar um animal ou planta, desde que es-
teja na mesma região da personagem, e perceber o mundo
através dos sentidos da criatura (nenhum teste é necessá-
rio). O efeito dura enquanto ela se manter concentrada (re-
ceber dano interrompe a ligação, devendo-se gastar a Es-
sência novamente), ficando indefesa durante este tempo.
Só é possível usar este efeito numa única criatura por vez,
que ficará sob o controle da personagem (a criatura jamais
entrará numa situação de perigo).
Atributo mágico: SAB.
Melhorias:
• Ela pode se transformar num adversário do tipo besta
que possua o seu nível ou menos (veja Bestiário no
Capítulo 8 para exemplos), gastando uma ação lenta
e 4 de Essência. Ao se transformar, todo equipamento
que estiver carregando será transformado junto e sua
ficha será substituída pela do animal. Enquanto esti-
ver transformada, ela é incapaz de falar e conjurar
magias, mas ainda mantém sua consciência. Ela pode
retornar ao normal apenas na sua iniciativa e gas-
tando uma ação rápida. Este efeito dura 1 hora ou até
ela ser incapacitada.
• Ela pode entrar em uma árvore e sair em outra qual-
quer instantaneamente, gastando uma ação lenta e 4
de Essência, desde que estejam na mesma região.
Regiões
Uma região é uma área grandiosa, como um bosque ou
uma cidade. Ela não possui um formato ou limite de ta-
manho, devendo-se ter bom senso na hora de defini-la.
Locais muito grandes como desertos de dunas gigantes,
cordilheiras ou vastas florestas podem ser divididos em
regiões menores, por exemplo. Uma boa forma de ima-
ginar uma região é vê-la como um local a ser atraves-
sado, onde precisar de um dia para atravessá-la de uma
ponta a outra é um bom parâmetro de distância.
DURO DE MATAR
A personagem é extremamente resistente, jamais de-
sistindo mesmo quando está sem forças. Caso o seu Vigor
chegue a zero, ela poderá imediatamente usar 4 de Essên-
cia para permanecer de pé com 1 de Vigor. Só é possível
usar esta proeza uma vez por cena.
Melhorias:
• Permaneça de pé com seu valor de CON no Vigor.
• Receba +1 em todos os seus testes até o final da sua
próxima iniciativa ao permanecer de pé.
ENCOURAÇADO
A personagem é treinada no uso de armaduras, rece-
bendo +1 de bônus na Esquiva quando estiver vestindo
armaduras médias ou pesadas.
Melhorias:
• Ela não recebe a penalidade e não soma à sua Carga
o tamanho da armadura que estiver vestindo e do es-
cudo que estiver equipando (equipamentos que esti-
verem sendo transportados ainda contam na Carga).
• Final: ela receberá resistência a dano físico caso es-
teja vestindo uma armadura média ou pesada (veja
Modificadores de Dano no Capítulo 7 para detalhes).
ENFURECER ADVERSÁRIO
A personagem sabe manter o adversário focado nela,
podendo gastar uma ação lenta e testar a sua CAR contra
a Vontade de um alvo a fim de provocá-lo. Caso ela tenha
sucesso, o alvo terá -2 em qualquer ação que não seja con-
tra quem o provocou. Este efeito dura todo o combate ou
até o alvo gastar uma ação para se recuperar. Caso falhe,
o alvo fica imune a novas tentativas pelo restante da cena.
| 13 |
Melhorias:
• Pode-se tentar provocar até a sua CAR adversários
ao mesmo tempo.
• Caso acerte um ataque num adversário, ela pode ime-
diatamente tentar provocá-lo gastando a sua ação rá-
pida na rodada. Este efeito não pode ser utilizado em
conjunto com a melhoria anterior.
ESCUDEIRO
A personagem é treinada no uso de escudos, recebendo
+1 de bônus no Aparar quando estiver usando um deles
(não aplique este bônus a Esquiva, independentemente do
tipo do escudo). Além disso, ela poderá usá-lo como uma
arma que possui treinamento (FOR no ataque e dano +1).
Melhorias:
• Gaste sua ação rápida na rodada e forneça +1 na Es-
quiva e no Aparar de um único aliado que esteja ad-
jacente a si até o início da sua próxima iniciativa.
• Final: caso o aliado-alvo da melhoria anterior ainda
seja acertado por um ataque, a personagem pode op-
tar em transferir parte do dano para si. Divida o dano
causado pela metade e o aplique nela e no aliado (ar-
redonde para cima). Aplique os efeitos de resistência
a dano após a primeira divisão.
FAMILIAR
A personagem possui uma criatura que a auxilia, tendo
sido criada artificialmente através de magia. Diferente da
proeza Criatura Aliada, o familiar é um animal pequeno
(use a ficha deste adversário; veja o Bestiário), mas sendo
inteligente e capaz de falar (saberá os mesmos idiomas do
seu mestre), e terá suas próprias ações lenta e rápida (não
gastando as ações do mestre para agir).
Familiares podem se comunicar telepaticamente com
o seu mestre a qualquer distância e sentir a presença um
do outro (sempre sabem a direção de onde estão). Devido
ao seu nível baixo, eles não são muito úteis em combate,
mas podem gastar sua ação lenta na rodada para auxiliar
seus mestres (+1 num teste), e podem transmitir magias
caso estejam até alcance distante.
Criar um familiar requer um dia, componentes mági-
cos com custo de Nível de Recursos 2 (veja o Capítulo 3),
e o cadáver de um animal como recipiente. Caso seja des-
truído, deve-se repetir o processo para revivê-lo.
Melhorias:
• O familiar tem uma fonte própria de energia mágica,
tendo 5 + nível da personagem de Essência que seu
mestre pode gastar apenas para conjurar magias atra-
vés dele.
• O familiar não pode ser destruído, a menos que o seu
mestre assim deseje. Caso tenha seu Vigor zerado na
cena, ele “retorna a vida” na seguinte.
FÚRIA
A personagem entra num estado de frenesi que a torna
uma máquina primal de batalha. Entrar em fúria gasta sua
ação rápida na rodada e 4 de Essência. O efeito dura por
todo o combate ou até ela ser incapacitada.
 Quando em fúria, ela recebe +1 em testes de FOR (ex-
ceto para ataques e Aparar), +1 no dano de ataques usando
FOR, resistência a dano físico (desde que não esteja ves-
tindo uma armadura), e ficará imune ao medo (mesmo que
causado por magia), mas focará apenas em atacar fisica-
mente seus inimigos (não poderá usar outras proezas que
gastem ação lenta e magias).
Melhorias:
• Aumente para +2 os bônus em testes e dano usando
FOR enquanto estiver em fúria.
• Ignore as penalidades de Condições físicas (FOR,
DES e CON) enquanto estiver em fúria.

HERBALISTA
A personagem possui um vasto conhecimento sobre
plantas, sabendo identificar e procurar ervas medicinais.
Além disso, ela poderá gastar 10 minutos, uma erva e 2 de
Essência para preparar uma dose de unguento e usá-lo em
si ou num aliado (nenhum teste é necessário). Veja Ervas
Medicinais no Capítulo 3 e Coletar Ervas no Capítulo 5
para detalhes sobre as ervas medicinais.
Melhorias:
• Ao coletar ervas, sempre encontre uma erva adicio-
nal as que deveria coletar com o resultado do teste
(duas caso obtenha um decisivo).
• Escolha dois terrenos. Sempre que tentar coletar er- INIMIGO
vas nestas áreas, receba +2 de bônus no teste. A personagem tem um vasto conhecimento sobre dois
tipos de criaturas (escolha ao adquirir esta proeza), iden-
ILUSIONISTA (MÁGICA) tificando-as sem a necessidade de teste e conhecendo seus
pontos fortes e fracos (considere que ela sempre obtém
A personagem é especialista no uso de ilusões e dis-
sucesso ao usar a proeza Analisar Adversário). Além disso,
trações. Seu conhecimento é tão avançado que ela conse-
a personagem terá +1 de dano em qualquer ataque e magia
gue sentir a presença de ilusões automaticamente (ilusões
contra elas e em testes de SAB para as rastrear.
discretas ou que estejam escondidas precisarão ser encon-
tradas através de um teste), mas ela só pode “ver” através Melhorias:
de uma ilusão caso tenha sucesso em um teste de INT ao • Aplique os efeitos para quatro tipos de criaturas.
analisá-la (ela sente que a pessoa está sob os efeitos de • Final: aplique os efeitos para seis tipos de criaturas.
Disfarce Ilusório, mas não consegue ver sua real aparên-
cia, por exemplo). INSPIRAR ALIADO
Além disso, suas ilusões são extremamente realistas,
A personagem emite uma aura cativante, profere pala-
gerando -1 de penalidade no Analisar dos alvos que tenta-
vras instigadoras, canta uma canção vibrante ou toca uma
rem perceber através delas.
melodia harmoniosa, inspirando um aliado que possa vê-
Atributo mágico: INT.
la e/ou ouvi-la, conferindo +1 em um teste por rodada a
Melhorias: escolha dele. Utilizar esta proeza gasta sua ação rápida na
• Ela pode, imediatamente antes de receber um ataque rodada. O efeito dura uma cena ou até ela ser incapacitada.
e mesmo fora da sua iniciativa, gastar sua ação rápida Melhorias:
na rodada e 4 de Essência para criar uma ilusão de si
• Confira o bônus a até sua CAR aliados por rodada.
que receberá um ataque em seu lugar, sendo cance-
• Caso seja usada durante o descanso do grupo, some
lada logo em seguida (defende-se automaticamente).
+1 nos testes para tentar curar uma Condição e some
• Ela pode por uma aura de alteração sensorial sobre
sua CAR no Vigor total recuperado pela personagem
um alvo que tocar (não pode ser usada em si mesma),
e de todos os aliados dela.
gastando uma ação lenta e 4 de Essência. Durante uma
hora, todos os testes de Analisar ou Perceber feitos
contra o alvo terão -1 de penalidade. Até reconhecê- MAGIA
lo será mais difícil, pois ele não parecerá exatamente A personagem é capaz de controlar poderes sobrena-
consigo mesmo. O efeito será cancelado caso a per- turais que alteram a realidade e criam efeitos fantásticos.
sonagem seja incapacitada ou o seu alvo seja afetado Ela recebe +6 na sua Essência, aumenta seu Poder para 1
pela magia Cancelar Magia. e aprende três magias de nível 1. Veja o Capítulo 2 para
mais detalhes sobre as magias.

| 14 |
Melhorias:
• Ela aprende três novas magias de qualquer nível que
consiga conjurar. Esta melhoria pode ser adquirida
múltiplas vezes.
• Ela recebe +1 no Poder e +4 na Essência. Esta me-
lhoria pode ser adquirida várias vezes, mas seu Poder
não poderá ser maior que o seu nível.
MESTRE COZINHEIRO
A personagem sabe como preparar comidas deliciosas,
usando receitas e temperos que somente ela conhece. Ela
terá +6 em Carga para levar exclusivamente rações e/ou
itens durante jornadas. Além disso, ela pode, uma vez por
dia, reforçar a alimentação do grupo (veja Reforçar Ali-
mentação no Capítulo 6 para detalhes).
Melhorias:
• Ela sabe cozinhar de forma eficiente, reduzindo pela
metade o consumo diário de rações de todo o grupo
(arredonde para cima; caso haja desperdício durante
o dia, aplique-os após este cálculo).
• Pode-se cozinhar e testar Acampamento no mesmo
dia, desempenhando ambas as funções. Caso ela não
seja a administradora, pode-se gerar um bônus de +1
no teste do aliado que desempenhe a função naquele
dia enquanto ainda cozinha.
MOBILIDADE
A personagem pode gastar a sua ação rápida na rodada
para sacar uma nova arma ou pegar uma que tenha perdido
(caso tenha sido desarmada), para tentar fugir de uma
imobilização (caso tenha sido agarrada), ou para se levan-
tar (caso tenha sido derrubada).
Melhorias:
• Receba +1 para evitar ser agarrada, derrubada, desar-
mada e fugir de imobilizações.
• Ela é imune aos efeitos de Proximidade, seja da pro-
eza ou da habilidade dos adversários.
Melhorias:
• Aplique o bônus a quatro terrenos ao todo.
• Final: aplique o bônus a seis terrenos ao todo.
NECROMANTE (MÁGICA)
A personagem utiliza as forças sobrenaturais da morte
para a dominar e realizar suas magias. Ela é capaz de sen-
tir a presença de seres e de energia da morte, onde fontes
poderosas são sentidas automaticamente, mas as sutis ou
que estejam ocultas exigem um teste de Perceber.
A personagem também aprenderá a magia Invocação
gratuitamente (caso já a possua, escolha outra qualquer).
Ela será capaz de invocar apenas mortos-vivos, mas eles
permanecerão pelo dia inteiro ao invés de somente uma
hora. Além disso, pode-se consumir um cadáver para con-
jurar um morto-vivo com a magia, reduzindo o seu custo
para 1 de Essência, independentemente do nível da cria-
tura invocada. Contudo, ela deverá ter a mesma forma que
do corpo morto (um cadáver de um cavalo não pode criar
um morto-vivo humanoide, por exemplo). Por fim, a per-
sonagem poderá optar em gastar 1 de Essência para cada
morto-vivo a fim de mantê-los no dia seguinte, desde que
eles tenham sido invocados usando um cadáver.
Atributo mágico: CAR.
Melhorias:
• Caso uma criatura morra na cena, pode-se gastar sua
ação rápida na rodada e 4 de Essência para torná-la
um morto-vivo menor sob seu comando (terá metade
do nível original, arredondado para cima), agindo na
mesma iniciativa da personagem e a partir da rodada
seguinte. Mortos-vivos criados desta forma duram a
cena, tornando-se pó após este tempo (não é possível
mantê-los), além de contarem no limite que ela con-
segue controlar conforme a magia Invocação.

MUSCULOSO
A personagem possui um corpo forte e próprio para
transportar grandes objetos, tendo +6 na sua Carga.
Melhorias:
• Ela não recebe penalidade de sobrecarga, exceto para
testes de ataque, magia e defesas.
• Receba +1 em testes de FOR para realizar ações que
requerem explosão muscular e o uso de força bruta,
como corridas, saltar, levantar peso, manter alguém
agarrado (não afeta o seu teste de ataque), ou quebrar
coisas com as mãos.

NATURALISTA
A personagem está habituada a viajar em um terreno
específico. Escolha dois terrenos, tendo +1 de bônus em
qualquer teste de jornada quando estiver nele (veja Ter-
reno no Capítulo 5 para detalhes).

| 15 |
 • Pode-se gastar uma ação lenta para emanar uma aura
que torna todos os mortos-vivos até seu alcance dis-
tante pacíficos, desde que sejam adversários meno-
res ou tenham metade do seu nível (arredonde para
cima), gastando 4 de Essência. Os mortos-vivos per-
manecerão parados ou farão outras atividades, igno-
rando a personagem e quem estiver no alcance. Este
efeito dura 1 hora ou até que alguém ataque um dos
mortos-vivos, o que ocorrer primeiro.
NEGOCIADOR
A personagem possui o conhecimento e o dom para
negociar em qualquer situação.
Quando comprar um item do seu NR, faça um teste de
persuadir. Com um sucesso, ela adquire o item sem gastar
uma reserva. Com uma falha, ela adquire o item gastando
uma reserva. Quando comprar um item de NR um ponto
acima do seu valor atual, ela ainda diminuirá sua NR, mas
ficará com pelo menos uma reserva em compensação.
Quando vender um item do seu NR, ela sempre rece-
berá uma reserva, não precisando fazer um teste de persu-
adir. Quando vender um item de NR acima do seu valor
atual, ela receberá uma reserva adicional.
Veja Recursos e Reservas no Capítulo 3 para detalhes.
Melhorias:
• Receba +1 de bônus para tentar persuadir alguém ou
tentar obter informação, seja socializando ou durante
o Preparo antes de uma jornada.
• Caso tenha sucesso em obter informações durante o
Preparo antes de uma jornada, aplique o bônus rece-
bido para um número de testes igual à CAR (o dobro
com um decisivo).
PALADINO (MÁGICA)
A personagem é uma guerreira sagrada, invocando a
fúria divina sobre criaturas profanas. Ela é capaz de sentir
a presença de energias ou criaturas profanas e sagradas,
onde fontes muito fortes serão sentidas automaticamente,
mas as sutis ou que estejam ocultas exigirão um teste de
Perceber (criaturas profanas incluem demônios e mortos-
vivos. Criaturas sagradas incluem celestiais).
Além disso, ela pode realizar um ataque devastador
contra um único alvo. Antes de realizar a rolagem, anun-
cie que está usando este efeito e faça seu ataque físico so-
mando CAR no lugar do atributo usado pela arma (tanto
para o ataque quanto para o dano). Caso acerte, aplique o
dano do seu ataque físico no alvo, mas o trate como dano
sagrado, tendo +1 de bônus para cada ponto de Poder que
a personagem imbuir no ataque, ao custo de 2 de Essência
por ponto de Poder. Um paladino com Poder 3, por exem-
plo, pode optar em gastar 6 de Essência para somar +3 ao
dano, ou apenas 2 de Essência para somar +1. Esta escolha
pode ser feita após o teste de ataque, ou seja, caso a per-
sonagem erre, ela pode optar em gastar o mínimo de Es-
sência e preservar as suas energias.
Atributo mágico: CAR.
Melhorias:
• Pode-se gastar a sua ação rápida na rodada para que
um aliado que possa vê-la e/ou ouvi-la faça um teste
| 16 |
para tentar se recuperar de um efeito que o esteja afe-
tando imediatamente (não gasta a ação do aliado).
• Ela emite uma aura sagrada que afeta a zona onde
está, gerando -1 de penalidade em todos os testes de
criaturas profanas no alcance. Ativar esta aura gasta
a sua ação rápida e 4 de Essência. Seu efeito dura por
todo o combate ou até ela ser incapacitada.
PRONTIDÃO
A personagem está alerta para tudo a sua volta, rece-
bendo +1 em Perceber.
Melhorias:
• Receba +1 para notar armadilhas e emboscadas.
• Ela ignora qualquer valor de penalidade aplicado aos
seus ataques e defesas derivados de efeitos que afe-
tem a sua visão (veja Visibilidade no Capítulo 7 para
detalhes).
PROXIMIDADE
Todo adversário engajado a personagem deve gastar
obrigatoriamente a sua ação lenta na rodada, ao invés da
sua ação rápida, para se reposicionar no combate, e ambas
as ações para se mover para outra zona (veja Mover-se no
Capítulo 7 para detalhes).
Melhorias:
• O adversário só poderá se reposicionar no combate
caso antes tenha um sucesso num teste de DES, per-
dendo sua ação caso falhe.
• Caso esteja engajada a um mesmo adversário que um
aliado, ela poderá gastar a sua ação rápida e gerar +1
de bônus no seu ataque corpo a corpo e de seu aliado
contra aquele adversário naquela rodada, desde que
ambos de fato ataquem o alvo na rodada. Este efeito
beneficia um único aliado por rodada.
RASTREADOR
A personagem é treinada em caça e sobrevivência, não
aumentando a duração da jornada quando fizer um teste
de Caça (ver Caçar Alimento no Capítulo 5 para detalhes).
Melhorias:
• Ela coletará uma quantidade adicional de ração ao
resultado do teste igual ao seu valor de DES.
• Ela não receberá a penalidade de acúmulo de funções
por realizar um teste de Caça e não receberá uma
consequência caso falhe no teste (mas ainda receberá
caso obtenha um crítico).
REFLEXOS
A personagem terá +1 no Aparar e na Esquiva, desde
que não esteja vestindo uma armadura e/ou equipando um
escudo.
Melhorias:
• Receba +2 para determinar a sua iniciativa.
• Ao tentar esquivar de um ataque em área, receba ape-
nas metade do dano caso falhe (arredonde para cima)
e nenhum dano caso tenha sucesso.

ROBUSTO
A personagem tem uma resistência física excepcional,
recebendo +1 na sua Tolerância.
Melhorias:
• Receba +2 nos seus testes de morte.
• Use CON ao invés de DES para calcular sua Esquiva
quando não estiver vestindo uma armadura.
RUNISTA (MÁGICA)
A personagem estudou a magia por trás das inscrições,
sendo capaz de escrever runas e imbuir propriedades má-
gicas em objetos, entendendo qualquer runa que leia. Ela
também pode gastar uma ação lenta para sentir a presença
de runas até seu alcance distante (consegue senti-las, mas
ainda deve encontrá-las caso estejam escondidas), ou para
forçar as que estejam na sua zona a se revelarem (as runas
emitirão um leve brilho azulado, revelando a magia que
existe nelas).
Além disso, escolha duas magias que conhece, tendo
as suas inscrições tatuadas em seu corpo (geralmente uma
em cada braço). Sempre que usar estas magias, reduza seu
custo total em 1 ponto de Essência.
Atributo mágico: INT.
Melhorias:
• Ela pode usar seu sangue para conjurar uma magia,
substituindo parte do custo em Essência por Vigor (1
de Vigor para 1 de Essência; pode-se gastar até o seu
valor de CON em Vigor por conjuração).
• Pode-se escrever, gastando 1 hora no início de cada
dia (sem atrapalhar o deslocamento do seu grupo em
jornadas), até sua INT runas em itens ou equipamen-
| 17 |
tos (máximo de uma runa por objeto). Cada runa re-
presenta uma magia da personagem (escolha apenas
na hora de conjurá-la), podendo ser ativada posteri-
ormente até o final daquele dia. Em combates, pode-
se ativar uma runa gastando a ação rápida na rodada.
O objeto deve estar até seu alcance distante para que
a runa possa ser usada, desparecendo após ativada.
SACERDOTE (MÁGICA)
A personagem recorre ao poder da divindade que serve
para conjurar suas magias. Ao adquirir esta proeza, defina
se a personagem serve uma divindade profana ou sagrada
(esta escolha deve estar alinhada com o conceito dela). In-
dependente da escolha, ela será capaz de sentir a presença
de energias ou criaturas profanas e sagradas, onde fontes
muito fortes serão sentidas automaticamente, mas as sutis
ou que estejam ocultas exigirão um teste de Perceber.
Além disso, ela pode gastar uma ação lenta e 4 de Es-
sência para tornar a zona em que está numa área sagrada
ou profana (conforme a sua divindade). Toda criatura pro-
fana (área sagrada) ou sagrada (área profana) dentro da
área é imediatamente expulsa (são lançadas para a zona
adjacente) e nenhuma fora dela consegue entrar (exceto
adversários elites, mas eles ficam com -1 em todos os tes-
tes dentro da zona). Este efeito dura por 1 hora ou até ela
ser incapacitada.
Atributo mágico: CAR.
Melhorias:
• Pode-se gastar 2 de Essência extra para usar magias
num aliado até alcance distante, independentemente
do alcance da magia (desde que não seja pessoal).
• Pode-se conjurar uma mesma magia em si e num ali-
ado gastando as ações lenta e rápida na rodada (gaste
a Essência para conjurar a magia duas vezes).
SORRATEIRO
A personagem é furtiva e cautelosa, recebendo +1 em
testes de DES para evitar ser percebida (furtividade).
Melhorias:
• Pode-se gastar a sua ação lenta para testar DES (fur-
tividade) contra o maior Perceber entre os adversá-
rios. Caso tenha sucesso, a personagem se esconderá
de todos no combate, não podendo ser alvo de ata-
ques até revelar a sua posição (fazer uma ação ofen-
siva) ou ser rastreada (um único adversário poderá,
uma vez por rodada, repetir o teste de Perceber a fim
de superar o resultado da personagem), podendo sur-
preender um adversário a sua escolha a partir da ro-
dada seguinte. Só é possível se esconder em comba-
tes caso ela tenha esta melhoria, não esteja engajada
naquela rodada e o local deve dar condições para ela
se esconder, como a presença de caixas, árvores,
sombras, dentre outros (dependendo da situação,
confira um bônus ou penalidade no teste).
• Final: caso tenha sucesso em uma Esquiva, ela pode
imediatamente testar DES para tentar se esconder
gastando a sua ação rápida na rodada, mesmo fora da
sua iniciativa.
TREINAMENTO COM (ARMA)
A personagem é treinada num dos cinco tipos de ar-
mas, sendo elas: desarmado, arma veloz, arma comum,
arma pesada ou arma de projétil. Ao atacar com uma arma
na qual tenha treinamento, ela somará metade do seu nível
ao dano total causado (arredonde para cima). Deve-se ad-
quirir esta proeza uma vez para cada tipo de arma.
Melhorias:
• Receba +1 no dano com a arma treinada.
• Receba +1 no ataque com a arma treinada.
VIGOROSO
A personagem é extremante resistente, recebendo +6
no seu Vigor.
Melhorias:
• Receba o seu nível como bônus no Vigor.
• Ela pode gastar a sua ação lenta na rodada para recu-
perar Vigor num valor igual à quantidade de Essên-
cia que gastar, até o máximo de CON mais o seu ní-
vel (caso tenha CON 3 e 4º nível, pode-se gastar até
7 de Essência para curar 7 do Vigor, por exemplo).
XAMÃ (MÁGICA)
A personagem usa o poder dos espíritos para conjurar
suas magias. Ela é capaz de ver, falar e interagir com seres
espirituais. Caso não haja espíritos no local, ela pode in-
vocar um deles entrando em transe por 1 minuto e gas-
tando 4 de Essência (não pode fazer outras ações; receber
dano cancela o transe e gasta a Essência).
A interação com os espíritos depende da interpretação
e testes sociais da personagem. Desta forma, mesmo que
seja invocado, ele pode ou não estar solicito a conversar.
Espíritos são boas fontes de informação, pois são incapa-
zes de mentir, além de poderem realizar pequenas ações
em troca de favores, seja quando invocados (a Essência
gasta serve como pagamento para uma única pergunta ou
pedido) ou no futuro (e eles jamais se esquecem de cobrar
as suas dívidas).
Atributo mágico: SAB.
Melhorias:
• Ela pode se unir a um espírito totêmico, gastando uma
ação lenta e 4 de Essência, recebendo bônus depen-
dendo do espírito escolhido e alterando parcialmente
a sua aparência (olhos mudam de cor, uma cauda
aparece, adquire pelos no corpo, orelhas se alongam,
caninos aumentam, dentre outras). Este efeito dura 1
hora ou até ela ser incapacitada. Não é possível unir-
se a mais de um espírito por vez. Segue os espíritos
totêmicos e seus benefícios:
o Águia: sempre que cair, ela flutua até o chão, não
recebendo dano por queda. Garras e bico afiados
crescem no seu corpo, recebendo +1 no seu dano
desarmado.
o Lobo: seu faro fica aguçado, recebendo +1 no seu
Perceber e em testes de SAB para rastrear suas
presas. Garras e presas crescem no seu corpo, re-
cebendo +1 no seu dano desarmado.
| 18 |
o Peixe: pode respirar e se mover debaixo d’água
como se estivesse voando. Presas crescem no seu
corpo, recebendo +1 no dano desarmado.
o Raposa: sua conexão com o sobrenatural é am-
pliada e sua mente é fortalecida, recebendo +1 na
sua Vontade e diminuindo em 1 ponto a Essência
necessária para conjurar qualquer magia.
o Toupeira: pode gastar uma ação lenta para entrar
e se mover sob a terra, e uma ação rápida para
sair. Ela pode se manter sob a terra pelo dobro da
sua CON rodadas sem asfixiar. Não é possível
enxergar sob a terra, mas recebe +1 no Perceber
para farejar e ouvir e +1 na DES para evitar ser
notada nesta situação (furtividade).
o Urso: seu corpo se torna inabalável, recebendo
+1 na sua Tolerância e aumentando o seu Vigor
máximo em 6 pela duração do efeito (este valor
poderá ser curado normalmente).
• Pode-se gastar uma ação lenta para transferir parte
da sua Essência a um aliado que esteja tocando, onde
a cada ponto de Essência transferido (até a sua SAB
por rodada), o aliado receberá dois pontos (até o va-
lor máximo de Essência que ele possuir).
Carga
Carga = 6 + (FOR x 2)
Representa quanto de peso que a personagem suporta
carregar sem gerar penalidades às suas ações. O seu valor
aumentará quando a sua FOR aumentar e pode ser modi-
ficado por algumas proezas. Veja Tamanho no Capítulo 3
para detalhes sobre a influência do peso na Carga.
Vigor
Vigor inicial = 4 + (CON x 4)
Representa quanto de dano que a personagem é capaz
de suportar antes de ser incapacitada. O seu valor será mo-
dificado por proezas e aumentará conforme o avanço do
nível. A personagem deve descansar ao final do dia para
recuperar o Vigor perdido (veja Recuperação no Capítulo
4 para detalhes).
Essência
Essência inicial = 12
Representa a energia mística e a força de vontade da
personagem, onde seu valor será modificado por Proezas
e aumentará conforme o avanço do nível. Ela será usada
em proezas, magias e na Determinação. Caso seja zerada,
a personagem receberá uma Condição no seu maior atri-
buto até recuperar ao menos 1 ponto. A personagem deve
descansar ao final do dia para recuperar a Essência gasta.
Equipamentos
Representam os itens, armas e armaduras que a perso-
nagem possui para lhe auxiliar durante a sua aventura. Ela
inicia com Nível de Recursos 2, tendo uma arma gratuita
a sua escolha (até NR 2) e uma reserva inicial, podendo
guardá-la ou a usar para adquirir outro item que achar ne-
cessário. Além disso, ela poderá adquirir quantos itens de-
sejar de NR 1 ou menos. Veja o Capítulo 3 para as regras
sobre os equipamentos.
Defesas
São as reações da personagem diante das adversidades
de sua aventura, sendo usadas em oposição a ataques e
dificuldades impostas. Em alguns casos, pode-se optar por
usar uma defesa ativamente, envolvendo geralmente Ana-
lisar ou Perceber. Seus valores serão iguais ao dos atribu-
tos com que estão associadas, podendo ser modificados
por proezas, equipamentos e magias.
As defesas da personagem são:
Aparar: FOR; usada para se defender de ataques
corpo a corpo.
Esquiva: DES; usada para se defender ataques à dis-
tância ou em área.
Tolerância: CON; usada para resistir a efeitos nocivos
ao corpo, como venenos e doenças.
Analisar: INT; usada para evitar ser enganado, fintas
e avaliar coisas ou locais.
Perceber: SAB; usada para evitar ser surpreendido,
flanqueio e notar detalhes.
Vontade: CAR; usada para resistir a efeitos contra a
mente e suas emoções, como medo e provocações.
| 19 |
Arquétipos
O Gaia RPG permite criar qualquer tipo de persona-
gem, não se prendendo a modelos preestabelecidos como
“classes”. Entretanto, há quem prefira ter um modelo à
disposição, facilitando sua criação e sendo útil principal-
mente para quem não está acostumado com as regras.
Segue abaixo alguns arquétipos comuns em fantasias,
com sugestões de atributos e proezas. Não se sinta preso
a estes modelos, mudando-os conforme achar melhor.
BÁRBARO
Guerreiros de tribos selvagens ou lutadores furiosos,
bárbaros se entregam ao calor da batalha e tiram forças de
sua fúria para derrotar seus inimigos, possuindo corpos
tão resistentes quanto sua motivação inabalável.
Atributo principal: FOR.
Atributos secundários: CON e CAR.
Proezas: Fúria e Robusto.
BARDO
O mundo é um local vasto e cheio de histórias épicas
e inspiradoras que devem ser compartilhadas e lembradas,
sendo esta a função do bardo. Oradores, artistas, poetas e
menestréis, os bardos transmitem a história como forma
de inspirar as pessoas e preservar a sua cultura.
Atributo principal: CAR.
Atributos secundários: INT e DES.
Proezas: Aventureiro e Inspirar Aliado.
BRUXA
Emoções são tão poderosas que são usadas por bruxas
para canalizar suas magias, valendo-se de rituais, pactos e
métodos bizarros aos olhos daqueles que não entendem as
suas tradições. Em certos locais, bruxas são vistas como
um sinal de azar, mas, em regiões remotas, seus conheci-
mentos mágicos salvam a vida daqueles que precisam.
Atributo principal: SAB.
Atributos secundários: CON e CAR.
Proezas: Bruxa e Magia.
CAÇADOR
Especializados em rastrear e matar determinados tipos
de presas, caçadores atuam como coletores de peles e ali-
mento, além de controlarem a quantidade de criaturas que
circulam vilas e aldeias, protegendo-as.
Atributo principal: DES.
Atributos secundários: FOR e SAB.
Proezas: Inimigo e Rastreador.
CLÉRIGO
Representantes do poder divino no plano material, os
clérigos atuam como pregadores e legisladores da palavra
divina no mundo, seja curando e protegendo as pessoas a
sua volta, seja as julgando e executando pelos seus crimes.
Atributo principal: CAR.
Atributos secundários: CON e SAB.
Proezas: Magia e Sacerdote.
CURANDEIRO
Vilas e aldeias muitas vezes não possuem clérigos ou
cirurgiões, contando apenas com os conhecimentos sobre
ervas medicinas de curandeiros locais. Eles são os verda-
deiros médicos do povo, ajudando aqueles que precisam
de seus cuidados.
Atributo principal: SAB.
Atributos secundários: CON e INT.
Proezas: Herbalista e Naturalista.
COMANDANTE
Guerras não são vencidas somente com soldados, mas
principalmente através de comandantes perspicazes, res-
ponsáveis por liderar seus aliados e pátrias para a vitória,
usando de estratégias certeiras e boa liderança.
Atributo principal: CAR.
Atributos secundários: FOR e INT.
Proezas: Analisar Adversário e Comandar Aliado.
DRUIDA
Ligados à natureza, druidas são magos que falam com
a vida no mundo através da sua magia. Eles possuem uma
forte ligação com o primitivo e selvagem, sendo respeita-
dos em lugares ermos pelo seu vasto conhecimento natu-
ral e magias de proteção.
Atributo principal: SAB.
Atributos secundários: DES e CAR.
Proezas: Druida e Magia.
EXPLORADOR
Especializados em desbravar lugares selvagens e hos-
tis, exploradores vivem em jornadas em busca de novas
descobertas, tendo a aventura em seu sangue.
Atributo principal: SAB.
Atributos secundários: DES e CON.
Proezas: Aventureiro e Prontidão.
métodos questionáveis. Porém, nem todo ladino é “mau”,
podendo se especializar em explorar masmorras e ruínas.
Atributo principal: DES.
Atributos secundários: CON e CAR.
Proezas: Ataque Furtivo e Sorrateiro.
MAGO
Estes acadêmicos buscam, através da magia, o conhe-
cimento para os segredos do universo e do próprio poder,
criando fórmulas e teorias para os mistérios que desejam
encontrar as respostas.
Atributo principal: INT.
Atributos secundários: SAB e CAR.
Proezas: Arcanista e Magia.
MANIPULADOR
Oportunistas, negociadores ou interrogadores, estas
pessoas usam palavras e informação como armas no seu
ramo de atuação.
Atributo principal: CAR.
Atributos secundários: DES e INT.
Proezas: Dissimulação e Enfurecer Adversário.
MERCENÁRIO
Seja atuando como guarda-costas ou caçadores de re-
compensas, estes guerreiros são extremamente adaptati-
vos, tendo uma gama variada de habilidades e técnicas ao
seu dispor para cumprir com suas missões.
Atributo principal: FOR.
Atributos secundários: CON e INT.
Proezas: Treinamento e Vigoroso.

FEITICEIRO
Algumas pessoas simplesmente nasceram com magia
transbordando dentro de si. Feiticeiros são estas pessoas
que comandam as forças selvagens da magia com sua per-
sonalidade e vontade, dependendo apenas de si mesmos.
Atributo principal: CAR.
Atributos secundários: DES e INT.
Proezas: Determinado e Magia.

GUARDIÃO
Dedicados a proteger seus aliados, guardiões são guer-
reiros focados em defesa, permanecendo na vanguarda e
sempre levando consigo seu confiável escudo.
Atributo principal: CON.
Atributos secundários: FOR e CAR.
Proezas: Encouraçado e Escudeiro.

LADINO
Gatunos e criminosos, ladinos se esgueiram pelas ruas
das cidades a procura de riquezas, muitas vezes usando

| 20 |
MONGE
Excelentes artistas marciais, monges são pessoas que
buscam o equilíbrio físico e espiritual acima das demais
necessidades, preferindo evitar o conflito e entrando em
lutas que de fato valham a pena serem travadas.
Atributo principal: DES.
Atributos secundários: CON e SAB.
Proezas: Arte Marcial e Reflexos.

PALADINO
Campeões fervorosos, estes guerreiros são vistos por
diversas sociedades como bastiões da justiça e bondade,
fazendo somente o certo e sempre protegendo aqueles em
necessidade. Porém, os paladinos são guerreiros sagrados
e líderes natos, agindo mais de acordo com os preceitos
do seu deus que de fato representando somente a justiça.
Atributo principal: CAR.
Atributos secundários: FOR e CON.
Proezas: Magia e Paladino.

SOLDADO
Seja através de quarteis ou militares aposentados, estes
guerreiros foram treinados na arte do combate, possuindo
boa técnica no manejo da espada e sendo capazes de man-
ter seus adversários sempre ao seu alcance.
Atributo principal: FOR.
Atributos secundários: DES e CON.
Proezas: Proximidade e Treinamento.
SWASHBUCKLER
Orgulhosos e exibidos, mas igualmente exímios, estes
espadachins usam sua agilidade e ambas as mãos em com-
bate, sempre utilizando um sabre e qualquer outra arma
ou escudo pequeno. Famosos por seu espírito livre e fan-
farronice, eles geralmente se envolvem em confusões ao
enfurecer seus atuais ou futuros inimigos.
Atributo principal: DES.
Atributos secundários: INT e CAR.
Proezas: Enfurecer Adversário e Mobilidade.
TRAPACEIRO
Manipulando a percepção das pessoas através da sua
magia, trapaceiros são especialistas em usar ilusões a fim
de enganar as vítimas de seus truques, obtendo proveito
próprio da fraqueza dos outros.
Atributo principal: INT.
Atributos secundários: DES e CAR.
Proezas: Ilusionista e Magia.
XAMÃ
Existem outros planos de existência além do material,
sendo um deles o plano espiritual. Xamãs são sacerdotes
especializados no uso e invocação dos espíritos que estão
tanto no plano material como no espiritual, tornando sua
a força deles, bem como realizando magias.
Atributo principal: SAB.
Atributos secundários: CON e CAR.
Proezas: Magia e Xamã.
Exemplos de Personagens
Cristina, Mauro e Alex pretendem jogar o Gaia RPG,
criando assim as suas personagens. Cristina sempre quis
interpretar uma maga focada em ajudar seus aliados.
Mauro, por outro lado, prefere personagens que saibam
se virar em jornadas e combates. Alex gosta do tipo astu-
cioso, que analisa e resolve as situações com precisão.
Desta forma, após conversarem com o narrador, eles de-
cidem criar uma clériga, um caçador e um ilusionista,
respectivamente. Por se tratar de personagens recém-cri-
adas, todas começarão no 1º nível.
A personagem de Cristina se chamará Laila, uma gen-
til e corajosa clériga que deseja desvendar os mistérios
do mundo e ajudar pessoas em seu caminho, tendo como
conceito “Sacerdotisa da deusa do Sol”.
O personagem de Mauro se chamará Ionas, um hábil
caçador que aprendeu seu ofício em sua vila natal, tendo
como conceito “Caçador da Floresta Marrom”.
O personagem de Alex se chamará William, um astuto
ilusionista que deseja pôr à prova seus talentos como má-
gico, tendo como conceito “Mago Ilusionista”.
Como deseja criar uma sacerdotisa, Cristina leu pri-
meiramente o Capítulo 2 para entender como as magias
funcionam e influenciarão a sua personagem. Assim, ela
escolheu CAR como atributo para conjurar as magias da
sua personagem, pondo 4 pontos nele. Ela descreve, en-
tão, Laila como uma pessoa de personalidade magnética
e forte convicção, que está sempre disposta e sendo muito
perceptiva, tendo 3 pontos em CON e SAB. Porém, ela
não é particularmente inteligente, uma vez que faltou a
várias aulas na sua infância devido achar o estudo das
escrituras entediante, tendo apenas 1 ponto em INT. Ela
então terá os seguintes valores de atributo: FOR 2, DES
2, CON 3, INT 1, SAB 3 e CAR 4.

| 21 |
 Ionas viveu praticamente toda a sua vida numa flo-
resta, tendo pouco contato com outras pessoas e afetando
a forma como se relaciona. Entretanto, ele sempre treinou
bem seu corpo e sentidos, tendo assim os seguintes valo-
res de atributo: FOR 2, DES 4, CON 3, INT 2, SAB 3 e
CAR 1.
Já William, diferentemente de sua amiga sacerdotisa,
sempre se dedicou aos estudos arcanos e ao controle so-
bre a magia. Como consequência, seus sentidos ficaram
afiados e sua personalidade se destacou, algo necessário
para o tipo de magia que pratica. Entretanto, o seu corpo
foi negligenciado no processo, tornando-se fraco, tendo
os seguintes valores de atributo: FOR 1, DES 2, CON 2,
INT 4, SAB 3 e CAR 3.
Quanto as proezas, todos escolhem três inicialmente e
recebem Treinamento numa arma gratuitamente. Laila
terá as proezas Magia e Sacerdote, sugeridas pelo arqué-
tipo de clérigo, e Inspirar Aliado, refletindo sua persona-
lidade magnética, sendo Treinada em armas comuns. Io-
nas terá as proezas Inimigo e Rastreador, sugeridas pelo
arquétipo de caçador, a proeza Treinamento em projéteis
e em armas velozes, tendo uma segunda opção de arma
que usa DES. Já William terá as proezas Magia e Ilusio-
nista, sugeridas pelo arquétipo de trapaceiro, e Sorra-
teiro, facilitando sua vida na hora de evitar problemas
sempre que precisar, sendo Treinado em armas velozes.
| 22 |
É chegado o momento de escolher os equipamentos.
Laila terá uma maça (arma comum; NR 2) e gastará sua
reserva inicial para ter uma armadura leve (NR 2), por
fim tendo 3 rações para viagem e 3 itens para iniciar a
aventura. Ionas, como um caçador, terá um arco (arma
de projétil; NR 2) e uma espada curta (arma veloz; NR 1),
gastando sua reserva inicial para ter uma armadura leve,
tendo também 3 rações e 3 itens. Já William não é tão
focado em combate, tendo apenas uma adaga (arma ve-
loz; NR 1), mantendo sua reserva inicial e tendo mais 3
rações e 3 itens.
Baseado nos valores de FOR, Laila e Ionas terão
Carga igual a 10 [6 + (2 x 2)], enquanto William terá
Carga 8 [6 + (1 x 2)]. Baseado nos valores de CON, Laila
e Ionas terão Vigor igual a 16 [4 + (3 x 4)], enquanto
William terá Vigor 12 [4 + (2 x 4)]. Por serem magos, a
Essência de Laila e William será igual a 18 (12 + 6 de
Magia), enquanto Ionas terá Essência 12.
Por fim, Laila terá os seguintes valores nas defesas:
Aparar 2, Esquiva 3, Tolerância 3, Analisar 1, Perceber
3, Vontade 4. Ionas terá os seguintes valores: Aparar 2,
Esquiva 5, Tolerância 3, Analisar 2, Perceber 3, Vontade
1. Já William terá os seguintes valores: Aparar 1, Esquiva
2, Tolerância 2, Analisar 4, Perceber 3, Vontade 3.
Com isso, as fichas das personagens estarão prontas,
podendo iniciar suas aventuras.
 Capítulo 2

MAGIAS
Em cenários de fantasia é comum a presença do sobrena-
tural e místico, seja na forma de criaturas estranhas ou na Poder
manifestação de poderes que alterem a realidade. Magias Ao adquirir a proeza Magia, a personagem aumenta o
são estes poderes que a personagem pode dominar e utili- seu Poder de 0 para 1. O Poder representa a capacidade
zar para as mais diversas finalidades, onde neste capítulo dela em usar magias, tornando-se mais poderosa quanto
maior for e variando de 0 a 5, sendo impossível aprender
serão apresentadas as suas regras.
magias com Poder 0.
O Poder limita o nível da magia que se pode aprender
Adquirindo Magias e conjurar, onde seu valor não pode ser maior que o nível
Caso queira criar uma personagem usuária de magia, da personagem (um feiticeiro com Poder 3, por exemplo,
deve-se primeiro adquirir a proeza Magia. Conforme pode aprender e conjurar magias de nível 1, 2 e 3).
descrito nela, além de outros bônus, a personagem apren-
derá três magias de nível 1, sendo as primeiras magias que
ela conhecerá. Para se aprender novas, deve-se adquirir,
Atributo Mágico
A escolha das magias depende de como a personagem
uma ou mais vezes, a melhoria que concede outras três
as vê. Um mago pode tê-las aprendido através dos estudos
magias, onde o nível delas será limitado ao valor de Poder
e as conjura repetindo fórmulas e rituais mágicos. Um sa-
da personagem no momento da sua aquisição (veja Poder
cerdote será iluminado pelo seu deus, sendo capaz de usar
mais adiante para detalhes).
magias através da crença. Um druida recorrerá aos ele-
Feiticeiros, magos, clérigos e bruxos são exemplos tí-
mentos e espíritos da natureza para lançar magias. Já um
picos de usuários de magia. Contudo, no Gaia RPG, a ma-
feiticeiro manifestará seu poder bruto diretamente na
gia não necessariamente deverá ser vista como um poder
forma de magias.
sobrenatural. Artistas marciais e espadachins também po-
A manifestação das magias é importante para as des-
dem aprender e conjurar magias, por exemplo, vendo-as
crever e definir o atributo para conjurá-las, chamado de
mais como técnicas especiais do que poderes místicos que
atributo mágico, podendo ser INT (magias baseadas no
alteram a realidade. Seja como for, a forma como a perso-
conhecimento de fórmulas mágicas e estudo), SAB (ma-
nagem enxerga sua magia estará diretamente associada ao
gias associadas às emoções, ao natural ou espiritual), ou
seu conceito.
CAR (magias provenientes da força de crença ou vontade
pura). Ao adquirir a proeza Magia, escolha o atributo má-
gico da personagem, não podendo mudá-lo. Caso possua

| 23 |
uma das proezas mágicas (Arcanista, Bruxa, Druida, Ilu-
sionista, Necromante, Paladino, Runista, Sacerdote ou Lista de Magias
Xamã), ele será definido pela própria proeza. As magias do Gaia RPG estão descritas adiante em or-
dem alfabética. Leia a descrição delas para detalhes sobre

Conjuração o seu funcionamento. Antes, porém, seguem explicações

sobre as características gerais das magias:
Utilizar uma magia gasta a ação lenta da personagem • Nome: informa o nome da magia.
e uma quantidade de Essência, onde quanto maior o seu • Nível: informa o nível da magia e o valor mínimo de
nível, maior será o seu custo. Quando a personagem usar Poder que se deve ter para aprendê-la e usá-la.
uma magia em si mesma ou num alvo passivo (um aliado, • Custo: informa o custo em Essência para conjurar a
por exemplo), nenhum teste será necessário para acertá- magia (E = Essência).
la, exceto caso possua uma penalidade em seu atributo • Duração: informa quanto tempo a magia dura após
mágico (com um sucesso, ela conjura a magia e gasta a ser conjurada. Ela poderá ser instantânea ou durar 1
Essência. Com uma falha, nada acontece). Quando quiser minuto (10 rodadas; praticamente todo o combate),
afetar um alvo hostil, deve-se testar o atributo mágico 1 hora (ou cena), 1 dia, ou ser permanente.
contra uma das defesas dele a fim de acertá-lo (uma falha, • Alcance: informa o alcance da magia. Pessoal indica
neste caso, ainda gastará a Essência da magia). que afeta apenas quem a usar. Toque exige que o alvo
Certas magias permitem ampliar seus efeitos através seja tocado. Próximo indica que o alvo deve estar na
de melhorias ao custo de Essência adicional, caso o mago mesma zona do mago, mas não precisando tocá-lo.
possua um valor de Poder alto o suficiente. Distante indica que o alvo pode estar até uma zona
Similar as proezas, não é possível acumular efeitos de de distância do mago. Ilimitado indica que o alvo
uma mesma magia. Entretanto, ser alvo da mesma magia pode estar em qualquer lugar do mundo.
novamente reiniciará a sua duração. Por fim, magias que • Defesa: indica a defesa que deve ser usada pelo alvo
têm duração se autossustentam, não dependendo do mago para evitar a magia.
após sua conjuração. Todavia, algumas delas poderão ser
• Melhorias: informa quais melhorias a magia possui.
canceladas antes do tempo dependendo do que a conjura-
Cada melhoria aumenta o valor de Poder exigido pela
dora faça ou do próprio alvo. Além disso, a personagem
magia em um determinado valor (exemplo: uma me-
pode cancelar uma única magia que conjurou por rodada lhoria +1 de uma magia de nível 2 exige que a per-
gastando sua ação rápida, mas devendo estar dentro do al-
sonagem tenha Poder 3 ou maior para que possa ser
cance de conjuração dela.
usada), e seu custo em Essência (exemplo: uma me-
lhoria +4E aumenta o custo da magia em 4 pontos).
Foco Lista de Magias ordenadas por Nível (Nv)
Todo usuário de magia precisa focar em algo para sua
conjuração. Os focos são objetos, palavras ou gestos que Magia Nv Magia Nv
ajudam a personagem a canalizar Essência para conjurar Ampliar Sentidos 1 Escuridão 2
uma magia. Focos do tipo objeto incluem varinhas, livros Arma Mágica 1 Imobilizar 2
(também chamados de grimórios), cajados, joias, bolas de Armadura Arcana 1 Invisibilidade 2
cristal, símbolos religiosos e partes de criaturas, devendo Arrebatar 1 Nublar Forma 2
ser adquiridos como itens ou armas. Focos do tipo palavra Aura 1 Pânico 2
utilizam a voz, seja recitando orações, fórmulas mágicas Barreira 1 Reestabelecer 2
ou cânticos antigos. Focos do tipo gestos usam as mãos e Controlar Elemento 1 Remover Sentido 2
movimentos corporais para conjurar a magia. Corrosão 1 Telepatia 2
Ao adquirir a proeza Magia, escolha 2 focos que sua Curar 1 Tornar Vulnerável 2
magia usa. Tentar conjurar uma magia sem usar um deles Detecção 1 Velocidade 2
Disfarce Ilusório 1 Cancelar Magia 3
gera uma penalidade de -2 no teste. É impossível conjurar
Escudo Arcano 1 Explosão 3
uma magia sem ter ao menos um foco disponível.
Flecha Arcana 1 Muralha 3
Fortalecer 1 Regenerar 3
Exemplo: Laila é uma sacerdotisa que conjura magias
Ilusão 1 Revelação 3
através da sua crença na deusa do Sol. Como ela usa
Invocação 1 Sono 3
de fé para conjurar magias, o seu atributo mágico será
Levitação 1 Suportar Condição 3
CAR (também devido a proeza Sacerdote). Como uma
Luz 1 Telecinésia 3
maga, ela escolheu Magia como uma das suas proezas
Oráculo 1 Teleporte 3
iniciais, recebendo Poder 1 e aprendendo três magias.
Projétil 1 Alterar Tamanho 4
Desta forma, ela decidiu começar com as magias Cu-
Resistir a Elemento 1 Fantasia 4
rar, Fortalecer e Luz. Quanto aos seus focos, ela define
Alterar Forma 2 Observação 4
que um deles será um pingente com o símbolo do culto
Ampliar Atributo 2 Polimorfismo 4
que sempre está usando e o outro será orações. Assim,
Charme 2 Visão Verdadeira 4
ao conjurar uma magia, ela deve orar à deusa e segu-
Confusão 2 Alterar Memória 5
rar seu pingente.
Drenar 2 Fantoche 5
Enfraquecer 2 Portal 5

| 24 |
ALTERAR FORMA
Nível 2. 4E. 1 hora. Pessoal.
A personagem adapta o formato do seu corpo parcial-
mente, recebendo benefícios específicos. Ao conjurar esta
magia, escolha um dos efeitos abaixo. Melhorias: use a
magia em um aliado tocado (+1; +2E).
• Alterar aparência: seu rosto, a cor da sua pele, olhos
e cabelos, o formato do corpo, altura, idade... tudo ou
alguns detalhes mudam. Estas alterações não podem
ser drásticas, mas fornecem +1 em testes de intera-
ção, dependendo da situação.
• Aquático: guelras e nadadeiras surgem no seu corpo,
permitindo-a respirar debaixo d’água e se mover sob
ela sem penalidades.
• Arma natural: garras, presas e/ou chifres crescem no
seu corpo, gerando +1 no dano desarmado (não some
este bônus com os provenientes da proeza Xamã).
• Asas: um par de asas surgem nas suas costas, permi-
tindo-a voar livremente pelo céu.
• Cauda: uma cauda cresce em seu corpo, melhorando
sua coordenação motora e podendo manipular obje-
tos com tanta precisão quanto uma mão humana. Ela
fornece +1 em testes de FOR e DES que envolvam
atletismo e acrobacias (exceto ataques e defesas).
• Movimento aracnídeo: ela consegue andar nas pare-
des e tetos normalmente como um inseto.
ALTERAR MEMÓRIA
Nível 5. 10E. Permanente. Toque. Vontade.
A personagem vasculha as lembranças do alvo e pode
modificá-las. Antes de acessar as memórias, teste seu atri-
buto mágico contra a Vontade do alvo. Com um sucesso,
ambos ficam em transe por 1 minuto e a personagem deve
testar Analisar para encontrar uma lembrança específica,
recebendo uma penalidade dependendo de quão antiga e
profunda seja a memória (-1 para memórias entre 1 e 10
anos; -2 se tiver mais de 10 anos). Ao encontrar a lem-
brança, ela a aprende e poderá testar novamente seu atri-
buto mágico contra a Vontade do alvo para alterá-la ou a
apagar. Cada tentativa de alterar a memória do alvo torna
o processo mais complicado, gerando uma penalidade de
-1 cumulativa. Ao fim de cinco testes, seja para encontrar
ou alterar a memória, o efeito da magia termina.
Caso a personagem seja interrompida ou receba dano
durante o transe, a magia é cancelada, devendo ser refeita.
Com uma falha no teste inicial, o alvo fica imune a novas
tentativas pelo resto do dia.
ALTERAR TAMANHO
Nível 4. 8E. 1 min. Toque. Tolerância.
A personagem altera o tamanho de um alvo, fazendo-
o crescer ou encolher, afetando também tudo que estiver
carregando e vestindo (objetos largados retornam ao nor-
mal após uma rodada). Em todo caso, o alvo não conse-
guirá mais usar objetos feitos para o seu tamanho original.
Fazer um alvo crescer dobra o seu tamanho, tornando-
o mais forte. Ele receberá +2 em FOR (exceto para ata-
ques e defesas), +4 em Carga (ajustado conforme o bônus
na FOR), e +2 no dano de ataques usando FOR. Contudo,
| 25 |
ele se torna mais fácil de ser percebido (-1 em testes fur-
tivos), de ser acertado à distância (-1 em Esquiva), e tem
maior dificuldade para acertar alvos distantes (-1 em ata-
ques à distância). Caso cresça num espaço onde seu novo
tamanho não caiba, o alvo receberá [Poder x 4] de dano
físico devido ao esmagamento e a magia é cancelada.
Fazer um alvo encolher reduz seu tamanho pela metade,
sendo mais difícil de percebê-lo (+1 em testes furtivos),
de ser acertado à distância (+1 em Esquiva), e tem facili-
dade para acertar alvos distantes (+1 em ataque à distân-
cia). Entretanto, ele se torna mais fraco fisicamente, tendo
-2 em FOR (exceto para ataques e defesas), -4 em Carga
(ajustado conforme a penalidade em FOR), e causa -2 de
dano em ataques usando FOR.
AMPLIAR ATRIBUTO
Nível 2. 4E. 1 hora. Toque.
A personagem aumenta um dos atributos do alvo em
+1 (escolha ao conjurar; não se pode aumentar o mesmo
múltiplas vezes). Melhorias: aumente o bônus para +2 ou
forneça +1 para dois atributos diferentes (+2; +4E).
AMPLIAR SENTIDOS
Nível 1. 2E. 1 hora. Toque.
A personagem amplifica um dos sentidos do alvo, agu-
çando-o (gera +1 de bônus para Analisar e Perceber) ou o
permitindo enxergar no escuro (não recebe penalidade de
Visibilidade devido a escuridão; escolha um efeito ao con-
jurar). Melhorias: aumente duração para 1 dia (+2; +4E).
ARMA MÁGICA
Nível 1. 2E. 1 min. Toque.
A personagem imbui uma arma ou os punhos do alvo
(ataque desarmado) com magia, fornecendo +1 de bônus
no ataque e alterando o tipo de dano causado por ela para
outro a sua escolha (exceto físico e mental). Melhorias:
forneça também +1 no dano (+1; +2E); aumente a duração
para 1 hora (+1; +2E).
ARMADURA ARCANA
Nível 1. 2E. 1 min. Toque.
A personagem envolve o alvo com uma aura de prote-
ção mágica similar a uma armadura. Use o atributo má-
gico dela no lugar de FOR e DES para determinar o Apa-
rar e a Esquiva do alvo (ignore a DES e armadura que ele
estiver usado). Melhorias: o alvo receberá resistência a
um tipo de dano entre arcano, físico ou mental, devendo
escolher um ao conjurar a magia (+2; +4E); o alvo terá
resistência aos três tipos de dano da melhoria anterior (+4;
+8E); aumente a duração para 1 hora (+1; +2E).
ARREBATAR
Nível 1. 2E. Instantânea. Próximo. Aparar.
A personagem libera uma poderosa rajada ou onda de
choque que não causa dano, mas que empurra o alvo para
a zona seguinte. Caso colida com algo, seu deslocamento
é interrompido, onde ele e o obstáculo receberão [Poder x
2] de dano físico. Melhorias: afete a todos que estiverem
na zona da personagem, exceto a si mesma (+2; +4E).
AURA
Nível 1. 2E. 1 min. Toque.
A personagem invoca uma aura que causa [Poder] de
dano de um tipo a sua escolha em quem tocar o alvo (ex-
ceto físico e mental). Considera-se que o alvo da magia
foi tocado quando ele acertar/receber um ataque ou mano-
bra corpo a corpo em/de um inimigo. Este dano só poderá
ser aplicado uma única vez por rodada em cada vítima.
Melhorias: a aura passa a afetar quem estiver engajado
com o alvo, não precisando mais tocá-lo diretamente (+1;
+2E); a conjuradora (não o alvo) pode explodir a aura gas-
tando sua ação rápida na rodada, cancelando a magia, mas
causando [Poder x 2] de dano automático do tipo da aura
em quem estiver engajado com o alvo da magia (+1; +2E);
aumente a duração para 1 hora (+2; +4E).
BARREIRA
Nível 1. 2E. 1 min. Toque.
A personagem cria um campo mágico em volta do alvo
que terá uma quantidade de Vigor igual ao valor do seu
atributo mágico, onde todo dano deverá antes diminuir o
Vigor da magia para só então afetar o alvo. Não é possível
curar o Vigor desta magia, apenas renovar seu efeito com
uma nova conjuração. Melhorias: dobre o Vigor forne-
cido pela magia (+1; +2E); triplique o Vigor (+2; +4E);
quadruplique o Vigor (+3; +6E), quintuplique o Vigor
(+4; +8E); aumente a duração dela para 1 dia (+2; +4E);
afete a si mesma e todos os aliados que estiverem na sua
zona (+3; +6E).
CANCELAR MAGIA
Nível 3. 6E. Instantânea. Distante.
A personagem cancela uma magia conjurada por outra
pessoa caso tenha sucesso num teste do seu atributo má-
gico. Só é possível cancelar uma magia cujo nível seja
menor ou igual ao Poder dela.
CHARME
Nível 2. 4E. 1 hora. Próximo. Vontade.
A personagem fascina o alvo, sempre tendo sucesso
nos testes sociais contra ele. Um alvo fascinado fará de
tudo para agradar a fonte do seu fascínio, atendendo a to-
dos os seus caprichos. Entretanto, solicitar o impossível
(como dar a sua vida ou entregar tudo o que tem), ou agir
diretamente contra ele (atacar, humilhar ou intimidar)
cancela a magia automaticamente. Solicitar algo questio-
nável, mas que seja plausível (como atacar um aliado ou
revelar um segredo), permite ao alvo testar Vontade para
tentar cancelar a magia antes de realizar a ação. Por fim,
caso resista ou cancele a magia, o alvo ficará imune a no-
vas tentativas de uso dela pelo resto do dia de quem a con-
jurou contra ele. Melhorias: agora pedidos plausíveis não
permitem que o alvo faça um teste para cancelar a magia
(+1; +2E); aumente a duração dela para 1 dia (+2; +4E);
afete todos os inimigos que estiverem na zona da perso-
nagem (+3; +6E).
| 26 |
CONFUSÃO
Nível 2. 4E. 1 min. Próximo. Vontade.
A personagem embaralha a mente do alvo, confundido
seu sistema motor e raciocínio. Pela duração da magia, o
alvo terá -1 de penalidade em todos os seus testes, inde-
pendentemente do tipo. Melhorias: afete todos os inimi-
gos que estiverem na zona da personagem (+3; +6E).
CONTROLAR ELEMENTO
Nível 1. 2E. Instantânea. Distante.
A personagem é capaz de manipular um elemento con-
forme desejar, seja para criar algo simples (é impossível
criar ferramentas ou estruturas complexas), alterar a sua
forma ou cessar a sua existência. Uma vez conjurada, o
efeito da magia é permanente, degradando-se de forma
natural (criar água numa superfície aberta a fará escoar,
mas dentro de um recipiente ela será contida). É possível
manter o controle sobre um elemento temporariamente,
mas se deve gastar a Essência exigida para o volume afe-
tado toda rodada. As aplicações da magia limitam-se a cri-
atividade do jogador, apenas não podendo ser usada para
ataques e defesas. Na sua forma mais básica, a magia afeta
até 1 metro cúbico do elemento. Sempre que adquirir esta
magia, escolha o elemento que a personagem é capaz de
controlar (exemplos: água, fogo, raio, terra, vento). Me-
lhorias: ela é capaz de afetar uma zona inteira (+2; +4E);
capaz de afetar até duas zonas (+4; +8E).
CORROSÃO
Nível 1. 2E. 1 min. Distante. Tolerância.
A personagem invoca uma energia que consome len-
tamente a vitalidade da vítima, causando [Poder] de dano
de um tipo a sua escolha (exceto físico) no momento da
conjuração e no início da iniciativa do alvo pela duração
da magia. Melhorias: ao invés de afetar um alvo, pode-se
criar uma névoa corrosiva que afeta a todos numa zona
(inclusive a conjuradora). Quem entrar ou permanecer
dentro da névoa receberá o dano automaticamente assim
que entrar na área e no início da sua iniciativa. Todos den-
tro da névoa são tratados como cegos (veja Visibilidade
no Capítulo 7 para detalhes), sendo impossível enxergar
algo que esteja dentro dela (+3; +6E).

CURAR
Nível 1. 2E. Instantânea. Toque.
A personagem cura uma quantidade do Vigor do alvo
igual ao seu atributo mágico (não funciona em construtos
e mortos-vivos). Melhorias: dobre o valor curado (+1;
+2E); triplique o valor curado (+2; +4E); cure a si mesma
e todos os aliados que estiverem na sua zona (+3; +6E);
cure completamente o Vigor do alvo (+4; +8E).
DETECÇÃO
Nível 1. 2E. 1 hora. Pessoal.
A personagem consegue perceber coisas que antes não
seria possível, como magia, essência sagrada ou profana,
vida, morte ou venenos (escolha um efeito ao conjurar),
podendo testar Perceber para localizá-los e Analisar para
distingui-los. Melhorias: use a magia num aliado tocado
(+1; +2E); aumente duração para 1 dia (+2; +4E).
DISFARCE ILUSÓRIO
Nível 1. 2E. 1 hora. Toque. Analisar.
A personagem altera a aparência de um objeto ou pes-
soa, podendo mudar a sua forma e tamanho parcialmente,
enganando completamente quem falhar num teste de Ana-
lisar contra o atributo mágico dela. Caso o alvo da magia
faça algo que desperte dúvidas sobre o seu disfarce, quem
foi enganado pode testar Analisar novamente para enxer-
gar além da magia. Uma pessoa que tenha sucesso em
Analisar a magia verá por trás da ilusão, mas os seus efei-
tos continuarão para as demais. O efeito da magia é can-
celado caso o alvo dela receba qualquer dano. Melhoria:
o efeito da magia não é mais cancelado caso o alvo receba
dano (+1; +2E); aumente a duração para 1 dia (+2; +4E).
DRENAR
Nível 2. 4E. Instantânea. Toque. Tolerância.
A personagem conjura uma energia nefasta em suas
mãos, causando [atributo mágico + (Poder x 2)] de dano
em um alvo (escolha um tipo entre arcano, mental ou ne-
crótico), e curando seu Vigor numa quantidade igual a me-
tade do dano que causar (arredonde para cima). Melhorias:
além do dano, a magia drena 1 ponto de atributo aleatório
do alvo e o transfere para a personagem por 1 minuto (+2;
+4E); além do dano, a cura poderá aumentar o valor má-
ximo de Vigor da personagem por 1 hora, caso seja maior
| 27 |
que o necessário para a curar completamente, mas não po-
dendo ser acumulado (use sempre o maior bônus de Vigor
obtido. +2; +4E).
ENFRAQUECER
Nível 2. 4E. 1 min. Próximo. Tolerância ou Vontade.
A personagem amaldiçoa o alvo, aplicando uma Con-
dição nele. Escolha o atributo afetado ao conjurá-la, onde
o alvo deve testar Tolerância caso afete FOR, DES ou
CON, ou Vontade caso afete INT, SAB ou CAR. Pode-se
acumular vários efeitos diferentes da magia, mas não os
mesmos. Melhorias: aumente a duração para 1 dia (+2;
+4E); afete todos os inimigos que estiverem na zona da
personagem (+3; +6E).
ESCUDO ARCANO
Nível 1. 2E. Instantânea. Pessoal.
A personagem cria um escudo de energia arcana que a
protege contra um único ataque físico, somando +2 no seu
Aparar e na sua Esquiva (pode ser conjurada após a rola-
gem da defesa). Usar esta magia gasta a sua ação rápida
na rodada e pode ser conjurada em qualquer iniciativa.
Melhorias: pode-se usar o bônus contra até um número
de ataques na mesma rodada igual ao seu atributo mágico
(+2; +4E).
ESCURIDÃO
Nível 2. 4E. 1 min. Distante.
A personagem cria uma nuvem de escuridão que cobre
toda uma zona. Todos que estiverem dentro dela são tra-
tados como cegos (veja Visibilidade no Capítulo 7 para
detalhes). A escuridão é tão densa que nem mesmo cria-
turas que enxergam no escuro conseguem ver. É impossí-
vel enxergar algo que esteja dentro dela. Melhorias: pode-
se escolher quem será afetado pela magia (+2; +4E).
EXPLOSÃO
Nível 3. 6E. Instantânea. Distante. Esquiva.
A personagem explode uma grande energia dentro de
uma zona, causando [atributo mágico + (Poder x 2)] de
dano de um tipo a sua escolha (exceto físico e mental), afe-
tando a todos na área, exceto a si mesma. Mesmo que con-
siga esquivar, o alvo ainda receberá metade do valor do
dano (arredonde para cima). Melhorias: pode-se escolher
quem será afetado pela magia (+2; +4E).
FANTASIA
Nível 4. 8E. 1 hora. Próximo. Analisar.
A personagem faz o alvo sonhar acordado, prendendo-
o em uma ilusão que só existe dentro da mente dele. Cada
ação que fizer no mundo ilusório se reflete no mundo real.
Assim, ele pode sonhar que está andando para a borda de
um lago a fim de dar um refrescante mergulho, quando na
verdade está prestes a pular de um precipício. Porém, a
magia terá seu efeito cancelado assim que o alvo receber
qualquer dano. Por fim, caso resista ou cancele a magia, o
alvo ficará imune a novos usos dela pelo resto do dia de
quem a conjurou contra ele.
FANTOCHE
Nível 5. 10E. 1 min. Próximo. Vontade.
A personagem suprime a consciência do alvo e o torna
a sua marionete, controlando todas as ações dele com sua
mente. O alvo fará tudo que a personagem ordenar, inclu-
sive se matar. Porém, ele pode testar Vontade novamente
antes de realizar a ação para tentar cancelar a magia, caso
ela envolva suicídio ou uma violação grave de um voto
pessoal (como uma mãe matar seu filho, um paladino ferir
um inocente que jurou proteger). Cancelar a magia desta
forma requer um esforço grandioso do alvo, perdendo me-
tade do seu Vigor atual (arredonde para cima). Entretanto,
caso cancele ou resista a magia, ele ficará imune a novas
tentativas de uso dela pelo resto do dia de quem a conju-
rou contra ele.
FLECHA ARCANA
Nível 1. 2E. Instantânea. Distante.
A personagem atira uma flecha feita de pura magia que
acerta o alvo automaticamente, causando 2 de dano puro
que ignora qualquer forma de resistência, mesmo as pro-
venientes de magias. Melhorias: conjure uma flecha adi-
cional no mesmo alvo ou em outro, podendo ser adquirida
várias vezes (+1; +2E).
FORTALECER
Nível 1. 2E. 1 min. Próximo.
A personagem fortifica as defesas mágicas de um alvo,
fornecendo-o +1 em testes de Tolerância e Vontade para
resistir e cancelar magias. Melhorias: aumente a duração
para 1 dia (+2; +4E); aumente o bônus para +2 (+2; +4E);
afete a si mesma e todos os aliados que estiverem na sua
zona (+3; +6E).
ILUSÃO
Nível 1. 2E. 1 hora. Próximo. Analisar.
A personagem cria uma ilusão de um som ou objeto
estático. A ilusão existe na área em que foi conjurada e
todos que puderem vê-la ou ouvi-la podem testar Analisar
contra o atributo mágico da personagem para perceber que
ela é falsa. Caso seja alertado sobre a ilusão por alguém,
o alvo pode testar Analisar novamente, mas gastando sua
ação lenta. Qualquer pessoa que toque a ilusão perceberá
o que ela é. Melhorias: cria uma ilusão única que se move
e emite sons até o tamanho de um animal grande (cavalo),
ou uma estática que ocupe todo um cômodo (uma zona)
(+1; +2E); cria uma ilusão estática que ocupa uma quadra
(duas zonas), ou composta por tantas partes móveis
quanto se desejar em uma zona, mas que ainda seguem
um padrão (+2; +4E); cria uma ilusão estática que ocupa
poucas quadras (quatro zonas), ou do tamanho de uma
pessoa que é tão complexa que é real ao toque, mas ainda
é incapaz de causar dano (+3; +6E).
IMOBILIZAR
Nível 2. 4E. 1 min. Distante. Esquiva.
A personagem cria vinhas, cordas ou braços de energia
que prendem o alvo num local, agarrando-o (veja Atacar
| 28 |
no Capítulo 7 para detalhes sobre a manobra agarrar). Me-
lhorias: afete todos os inimigos que estiverem na zona da
personagem (+3; +6E).
INVISIBILIDADE
Nível 2. 4E. 1 min. Toque.
A personagem torna o alvo invisível (trate as pessoas
como cegas ao lidar com o alvo). A magia será cancelada
caso o alvo faça uma ação ofensiva ou conjure uma magia.
Melhorias: aumente a duração para 1 hora (+1; +2E); o
efeito da magia não termina mesmo após realizar uma
ação ofensiva ou conjurar outra magia (+2; +4E).
INVOCAÇÃO
Nível 1. Variável. 1 hora. Próximo.
A personagem chama ou invoca uma criatura para lhe
ajudar. A criatura será criada como um adversário comum
de qualquer tipo e seu nível não poderá ser superior ao da
personagem. O custo em Essência da magia será igual ao
nível da criatura invocada, podendo-se gastar até o dobro
do seu Poder na conjuração (exemplo: um druida de 5º
nível e Poder 3 deseja invocar um poderoso lobo. Com
Poder 3, ele pode gastar até 6 de Essência para invocar um
lobo de nível 6. Contudo, devido ao seu nível, ele só con-
segue invocar um lobo de até nível 5, gastando 5 de Es-
sência).
Pode-se invocar mais de uma criatura por vez, mas
sempre a mesma por conjuração da magia (seguindo o
exemplo anterior, pode-se invocar uma matilha de lobos),
numa quantidade máxima igual ao seu Poder (a matilha
possuirá 3 lobos...), e a soma dos níveis delas não poderá
ser maior que o nível da personagem (... sendo um alfa de
nível 3 e dois subordinados de nível 1).
Em combates, a invocação agirá imediatamente após a
personagem que a invocou e na rodada em que for conju-
rada, tendo seu próprio conjunto de ações. A invocação
sempre obedecerá às ordens de sua mestra, mesmo que
isso a ponha em situações de perigo. Contudo, caso seja
ordenada a realizar uma ação suicida (exemplos: machu-
car a si mesma; enfrentar sozinha uma horda de criaturas;
ficar para trás para ganhar tempo para que sua mestra es-
cape), a invocação poderá, antes de realizar a ação, testar
Vontade para tentar escapar do controle da conjuradora,
agindo como desejar caso tenha sucesso (a personagem
ainda poderá gastar a sua ação rápida na rodada para can-
celar a magia). Por fim, caso a personagem fique incons-
ciente, suas invocações não mais farão ações ativamente,
priorizando retornar para próximo da sua mestra e a pro-
teger até que ela recupere a consciência.
LEVITAÇÃO
Nível 1. 2E. 1 min. Distante.
A personagem faz um objeto ou pessoa flutuar no ar.
O alvo mantém o movimento que estava realizando no ar
ou fica estático flutuando no mesmo lugar. Pode-se tam-
bém desacelerar o alvo, parando o seu movimento lenta-
mente e o impedindo de se machucar caso caia de locais
altos. Melhorias: afete um alvo extra a cada aquisição
(+1; +2E); o alvo pode voar por 1 hora (+2; +4E).
LUZ
Nível 1. 2E. 1 hora. Pessoal ou Toque.
A personagem conjura um globo de luz que flutua ao
seu lado, iluminando uma zona. Apagar o globo ou afastar-
se dele além de uma zona cancela a magia. Como opção,
ela pode tocar um objeto para torná-lo a fonte de luz, po-
dendo se afastar da personagem livremente. Melhorias: a
magia irradia luz solar, afetando criaturas que são fracas
sob ela (+2; +4E); aumente duração para 1 dia (+2; +4E).
MURALHA
Nível 3. 6E. 1 min. Distante.
A personagem cria uma muralha cujas características
variam conforme o seu elemento (escolha ao conjurar). A
muralha terá um Vigor igual a [Poder x 10] que deve ser
zerado para ser destruída, sendo imune a dano mental. Já
o seu formato pode ser plano (parede com 10 metros de
comprimento por 3 de altura) ou circular (cúpula com 2
metros de raio; abriga até 5 pessoas). Por fim, cada ele-
mento acrescenta uma característica a muralha:
• Água: cria uma muralha congelada com resistência a
dano físico e imune a dano congelante.
• Fogo: cria uma parede de chamas que não possui
forma física (imune a dano físico e ígneo, mas sendo
possível atravessá-la), tendo metade do Vigor base e
quem a tocar, uma vez por rodada, receberá [Poder x
3] de dano ígneo e deverá obter sucesso num teste de
Esquiva para não ficar queimando durante 1 minuto
(causa Poder de dano contínuo no início da iniciativa
do alvo).
• Planta: cria uma parede de vinhas vulnerável a dano
ígneo, mas que tentará agarrar a todos no alcance en-
gajado dela uma vez por rodada (ataque utilizando o
atributo mágico da personagem com +1 de bônus).
• Raio: cria uma nuvem elétrica que não possui forma
física (imune a dano físico e elétrico, mas sendo pos-
sível atravessá-la), tendo metade do Vigor base e quem
a tocar, uma vez por rodada, receberá [Poder x 3] de
dano elétrico e deverá obter um sucesso em um teste
de Tolerância para não perder suas ações.
• Terra: cria uma muralha de rocha sólida com resis-
tência a dano congelante, físico e ígneo, e imune a
dano elétrico.
| 29 |
• Vento: cria uma parede de ventos fortes com metade
do Vigor base, mas que repele completamente qual-
quer projétil disparado contra ela (inclusive projéteis
oriundos de magias).
NUBLAR FORMA
Nível 2. 4E. 1 min. Próximo.
A personagem cria uma ilusão sobre um alvo que torna
difícil de visualizar a forma do seu corpo, gerando -1 de
penalidade em todos os ataques físicos feitos contra ele.
Melhorias: também gere -1 de penalidade nos testes para
desviar de ataques feitos pelo alvo da magia (Aparar e Es-
quiva), bem como para o notar e o analisar (Analisar e
Perceber; +2; +4E).
OBSERVAÇÃO
Nível 4. 8E. 1 hora. Ilimitado. Analisar.
A personagem expande os seus sentidos e consegue
observar um local ou pessoa que tenha visto naquele dia,
independentemente da distância entre eles. Enquanto esti-
ver observando o alvo, ela deve se manter concentrada,
perdendo a percepção do que está a sua volta (considere-
a indefesa), onde a magia será cancelada caso seja ela seja
atrapalhada ou receba dano. Esta magia oculta a presença
da personagem, mas qualquer pessoa que esteja sendo ob-
servada juntamente com o alvo e que possa sentir a pre-
sença de magia pode testar Analisar para descobrir que
estão sendo espionados, cancelando o seu efeito.
ORÁCULO
Nível 1. 2E. 1 dia. Toque.
A personagem tem uma visão do futuro do alvo, for-
necendo-o +1 num número de testes naquele dia igual ao
seu valor de Poder (os testes devem ser diferentes). Pode-
se usar esta magia até uma vez por dia por alvo. Melho-
rias: afete um alvo extra a cada aquisição (+1; +2E).
PÂNICO
Nível 2. 4E. 1 min. Próximo. Vontade.
A personagem emana uma aura assustadora contra o
alvo, cujo efeito varia conforme a relevância do adversá-
rio: menores ficam apavorados, fugindo como podem; co-
muns ficam intimidados, tendo -1 em todos os testes que
façam contra a personagem (aplique o efeito anterior caso
recebam a magia novamente enquanto estão intimidados);
e elites recebem o mesmo efeito dos comuns, mas têm +2
para evitar e cancelar a magia. Melhorias: afeta todos os
inimigos que estiverem na zona da personagem (+3; +6E).
POLIMORFISMO
Nível 4. 8E. 1 hora. Toque. Tolerância.
A personagem transforma o alvo num animal a escolha
dela (veja Bestiário no Capítulo 8 para exemplos). O ani-
mal escolhido não poderá ter um nível maior que o Poder
da conjuradora. Animais são incapazes de falar, mas o alvo
mantém o seu intelecto enquanto estiver transformado. O
alvo não poderá usar magias nesta forma e todos os seus
equipamentos são transformados com ele.
PORTAL
Nível 5. 10E. 1 min. Ilimitado.
A personagem abrirá um portal ligando dois locais em
que tenha feito uma inscrição alguma vez, desde que não
tenha sido apagada ou danificada, independentemente da
distância, mesmo que em outro plano. Para criar o portal,
ela deve se concentrar ao longo de 1 minuto (receber dano
ou ser atrapalhada a obriga reiniciar o processo e gasta a
Essência da magia). O portal ficará aberto por 1 minuto e
permitirá que até algo enorme passe por ele. O portal será
aberto sempre ao lado de quem o conjurar.
PROJÉTIL
Nível 1. 2E. Instantânea. Distante. Esquiva.
A personagem atira contra um alvo um projétil mágico
que causa [atributo mágico + (Poder x 3)] de dano de um
tipo a sua escolha. Exemplo: um mago com atributo má-
gico 4 e Poder 2 que atire uma lança de chamas usando
esta magia causará 10 de dano ígneo (Poder 2 x 3 = 6 +
4 = 10). Melhorias: afete um alvo extra a cada aquisição
desta melhoria (+2; +4E); receba +2 no teste para atacar o
alvo com esta magia (+2; +4E).
REESTABELECER
Nível 2. 4E. Instantânea. Toque.
A personagem remove um efeito negativo qualquer do
alvo, como uma doença, veneno ou Condição, o que tenha
sido causado por magias até nível 3 (Corrosão, Charme,
Pânico, Sono, dentre outros). Escolha um efeito removido
por conjuração. Melhorias: remova todo e qualquer efeito
negativo que esteja afetando o alvo de uma vez (+2; +4E);
afete a si mesma e todos os aliados que estiverem na sua
zona (+3; +6E).
| 30 |
REGENERAR
Nível 3. 6E. 1 min. Toque.
A personagem imbui o alvo com energia regenerativa,
curando 1 do Vigor ao conjurar a magia e novamente no
início da iniciativa dele pela duração da magia (Vigor má-
ximo curado = bônus x 10). Esta magia não funciona em
construtos e mortos-vivos. Melhorias: aumente o bônus
em +1 por rodada para cada aquisição (+1; +2E).
REMOVER SENTIDO
Nível 2. 4E. 1 min. Próximo. Tolerância.
A personagem amaldiçoa o alvo, deixando-o cego (não
consegue enxergar e falha automaticamente em situações
que dependam diretamente da visão. Veja Visibilidade no
Capítulo 7 para detalhes), surdo (incapaz de ouvir e falha
automaticamente em situações que exijam a sua audição),
ou mudo (incapaz de falar e receba -2 em testes sociais
que exijam se comunicar). Escolha um efeito por conjura-
ção. Melhorias: aumente a duração para 1 dia (+2; +4E).
RESISTIR A ELEMENTO
Nível 1. 2E. 1 min. Próximo.
A personagem envolve o alvo com uma energia prote-
tora que confere resistência a um tipo de dano a sua escolha
(exceto arcano, físico e mental). Esta magia anula o efeito
da magia Tornar Vulnerável. Melhorias: aumente a dura-
ção para 1 hora (+1; +2E); torna o alvo imune ao tipo de
dano escolhido (+2; +4E).
REVELAÇÃO
Nível 3. 6E. Instantânea. Toque.
A personagem toca um objeto ou uma pessoa e desco-
bre um número de fatos sobre o alvo igual ao seu valor de
Poder. Exemplos de informações que podem ser obtidas:
quem é o seu antigo dono; se tem alguma característica
oculta; como foi perdido; como chegou até ali; quem o
criou; o último local onde esteve; seu nome; sua idade. Os
fatos devem ser descritos de forma direta e breve, sendo
sempre verdades e limitando-se apenas a informação de-
sejada (descobrir o nome de alguém não fornece seu RG),
onde cada fato revela apenas uma informação (uma es-
pada amaldiçoada pode ter mais de uma maldição, de-
vendo-se gastar dois fatos para descobrir ambas).
SONO
Nível 3. 6E. Variável. Próximo. Vontade.
A personagem afeta a mente de um alvo, tornando seu
raciocínio lento até que durma. Seu efeito varia conforme
a relevância do adversário: menores adormecem, ficando
indefesos por 1 hora ou até receberem dano (podem agir
na rodada seguinte); comuns ficam letárgicos por 1 min.,
recebendo -1 em todos os testes (caso recebam a magia
novamente enquanto estão letárgicos, aplique o efeito an-
terior); e elites recebem os mesmos efeitos dos comuns,
mas terão +2 para evitar e cancelar a magia. Melhorias:
afeta a todos que estiverem na zona da personagem, ex-
ceto a si mesma (+2; +4E).
SUPORTAR CONDIÇÃO
Nível 3. 6E. 1 hora. Próximo.
A personagem envolve o alvo com uma força positiva
que o protege contra efeitos malignos, tornando-o imune
a uma Condição (escolha ao conjurar a magia). Melho-
rias: torna-se imune a todas as Condições (+2; +4E).
TELECINÉSIA
Nível 3. 6E. 1 min. Distante.
A personagem consegue manusear e/ou mover um
alvo apenas com a força do seu poder mágico. Esta magia
funciona como se a personagem estivesse usando FOR à
distância, mas o limite de tamanho do objeto que ela pode
carregar será baseado no seu valor de Poder (veja Tama-
nho no Capítulo 3 para detalhes). Desta forma, ao ativar a
magia, ela poderá usar o seu Poder para atacar alvos dis-
tantes, causando o dano da arma que estiver movendo com
a magia (some o valor de Poder no teste de ataque e para
calcular o dano causado, ao invés do atributo). Caso ela
use apenas a força bruta da magia, considere como se
fosse um ataque desarmado (dano físico). Proezas relaci-
onadas ao uso de armas poderão ser usadas para gerar bô-
nus para os ataques, mas não para o dano (Treinamento,
por exemplo). Pode-se também usar telecinésia para Apa-
rar e Esquivar de ataques físicos como se a personagem
estivesse usando um escudo, mas ela só receberá os bônus
do equipamento e das proezas associadas caso esteja de
fato manuseando o item com a magia.
TELEPATIA
Nível 2. 4E. 1 hora. Distante. Vontade.
A personagem consegue ler os pensamentos superfici-
ais de um ou mais alvos, ou criar uma conversa telepática
entre ela e um ou mais alvos dentro do alcance (escolha
uma das aplicações ao conjurar; não pode fazer ambas ao
mesmo tempo). Ler os pensamentos de um alvo fornece
+1 num único teste por rodada contra ele (seja para atacar
ou se defender; deve estar sempre no alcance). Já conver-
sar telepaticamente oculta o que está sendo dito, man-
tendo a conversa em segredo (após conjurar a magia,
pode-se conversar com alguém independentemente da
distância). A quantidade de alvos que podem ser afetados
| 31 |
será igual ao seu Poder, não sendo possível trocá-los após
conjurar a magia. Melhorias: caso use a magia para criar
uma conversa telepática, ela poderá ser realizada com um
único alvo conhecido que esteja além do alcance, inde-
pendentemente da distância (+2; +4E).
TELEPORTE
Nível 3. 6E. Instantânea. Toque. Tolerância.
A personagem teleporta instantaneamente o alvo até o
limite do seu alcance distante. Pode-se usar esta magia
para desviar de um ataque, gastando a sua ação rápida na
rodada e em qualquer iniciativa, somando o seu Poder no
Aparar ou na Esquiva (antes da rolagem da defesa) e se
deslocando caso tenha sucesso. Melhorias: afete um alvo
extra a cada aquisição (+1; +2E).
TORNAR VULNERÁVEL
Nível 2. 4E. 1 min. Próximo. Tolerância.
A personagem amaldiçoa o alvo, tornando-o vulnerá-
vel a um tipo de dano a sua escolha. Esta magia anula o
efeito de resistência das magias Armadura Arcana e Re-
sistir a Elemento. Melhorias: aumente a duração para 1
dia (+2; +4E); afeta a todos que estiverem na zona da per-
sonagem, exceto a si mesma (+2; +4E); torna o alvo vul-
nerável a todo e qualquer tipo de dano (+2; +4E).
VELOCIDADE
Nível 2. 4E. 1 min. Próximo.
A personagem aumenta a velocidade do alvo, que po-
derá fazer uma ação lenta e duas rápidas por rodada. Me-
lhorias: o alvo poderá fazer duas ações lentas e uma ação
rápida na rodada, podendo optar em substituir uma ação
lenta por uma rápida (+2; +4E).
VISÃO VERDADEIRA
Nível 4. 8E. 1 hora. Pessoal.
A personagem consegue enxergar além de ocultamen-
tos e ilusões, não sendo enganada por magias que tentem
afetar seus sentidos. As magias Disfarce Ilusório, Escuri-
dão, Fantasia, Ilusão, Invisibilidade e Nublar Forma não
afetam a personagem (ela consegue ver “através” delas).
 Capítulo 3

EQUIPAMENTOS
Espadas, escudos, cotas de malha, rações, cordas, ervas. objeto de mesmo NR sem ter reservas, mas forçar a aqui-
Equipamentos são objetos que a personagem usará para sição reduzirá o NR da personagem em 1 ponto. Por fim,
lhe auxiliar durante a aventura. Todos iniciam com até caso o bem possua até um ponto acima do NR atual dela,
três equipamentos de nível de recursos 2 e quantos quiser a personagem ainda poderá adquiri-lo, mas seu custo é tão
de níveis inferiores, devendo ser escolhidos conforme apre- dispendioso que gastará todas as reservas que ela possui e
sentado neste capítulo. seu NR será reduzido em 1 ponto. Não é possível adquirir
algo que esteja dois pontos acima do NR atual dela.
A tabela abaixo apresenta a descrição de cada NR.
Recursos e Reservas
O nível de recursos (NR) representa os bens, objetos NR Estilo de Vida Gastos e Bens
e dinheiro que a personagem possui, quão bem de vida ela 0 Mendigo Uma única refeição, uma noite
está e o que pode adquirir, sendo uma generalização para no celeiro da estalagem, roupas
o seu poder aquisitivo sem precisar se preocupar com a de segunda mão
quantidade de moedas de ouro e joias que ela carrega. Seu 1 Trabalhador Roupas comuns, uma noite numa
valor inicialmente será igual a 2, mas poderá variar entre estalagem, itens comuns, rações
de viagem
0 e 5 ao longo das aventuras. Valores maiores de NR são
2 Especialista Roupas elegantes, um cavalo de
possíveis, mas aconselhados apenas para as personagens
carga, armas gerais, armadura e
do narrador (uma personagem com NR acima de 5 será
escudo leve
tão rica e, possivelmente, influente, que não faz sentido 3 Mestre artesão Um cavalo de guerra, um bote,
para ela continuar se aventurando e arriscando a sua vida). ou Regente uma casa pequena, um banquete,
Ao longo do jogo, a personagem poderá adquirir quan- um servo, uma armadura média,
tos objetos e bens ela desejar que possuam um NR inferior escudo pesado
ao seu valor atual, sem gastar nada. Caso o objeto possua 4 Nobre Um navio pequeno, uma casa
o mesmo valor de NR dela, deve-se gastar uma reserva grande, alguns empregados, uma
para adquiri-lo. armadura pesada
As reservas funcionam como moedas, sendo gastas 5 Duque ou Um grande navio, uma muralha
para adquirir itens que tenham o valor do NR da persona- Senhor Feudal pequena, uma mansão, diversos
gem, tendo-se inicialmente 2 reservas ao criá-la (veja adi- empregados, suprimentos sufici-
ante como obter mais reservas). É possível adquirir um entes para uma milícia

| 32 |

Recursos, equipamentos e bom senso
Os recursos permitem que a personagem adquira itens e
serviços que estiverem à disposição. Contudo, deve-se
avaliar quando é possível ou não adquirir algum bem e
seus custos relativos. Em desertos, por exemplo, um bar-
ril de água custará uma fortuna. Em uma vila provavel-
mente não haverá um ferreiro hábil o suficiente para con-
feccionar uma armadura pesada ou mesmo armas mais
complexas que um machado. A sua personagem pode até
ter o NR necessário para manter um exército, mas sem
hierarquia e capacidade de liderar nada impede que seus
homens debandem ao menor sinal de perigo.
Exemplo – Adquirindo itens: Laila tem NR 2 e 2 reser-
vas e deseja adquirir um arco (arma de projétil) e uma
armadura média. Após consultar a tabela de armas e
de armaduras, ela percebe que para adquirir o arco
basta gastar 1 reserva, já que seu NR é igual ao da
arma. Contudo, para adquirir a armadura média, ela
precisa não apenas gastar a única reserva que lhe
resta, como também reduzir o seu valor de NR para 1,
pois a armadura custa NR 3. Como ela precisa de am-
bos para a sua próxima aventura, ela decide comprá-
los, diminuindo o seu NR. Após a aquisição, ela segue
para comprar as rações. Entretanto, cada ração custa
NR 1 e ela não possui mais reservas. Desta forma, ela
só poderá adquirir uma única ração e isso reduzirá
ainda mais o seu NR, agora de 1 para 0.
A personagem receberá uma ou mais reservas sempre
que for premiada ao concluir uma missão ou quando en-
contrar um tesouro durante a sua jornada. Outra forma de
obter reservas é vendendo seus bens. Caso o objeto que se
pretende vender tenha um NR de compra menor que o
atual da personagem, ele não gerará reservas independen-
temente da quantidade que se venda. Caso tenha um NR
acima, ele gerará uma reserva automaticamente para cada
ponto acima do valor atual dela (uma personagem de NR
2 que, por exemplo, venda um item de NR 4 receberá 2
reservas). Caso tenha o mesmo valor de NR, deve-se fazer
um teste de persuadir (veja Interações no Capítulo 6 para
detalhes). Com um sucesso, a personagem negociou bem,
vendendo o item e recebendo uma reserva. Com uma fa-
lha, a negociação não funcionou, vendendo o item, mas
sem receber reservas.
Exemplo – Obtendo reservas: um grupo de persona-
gens derrotou um dragão terrestre que estava prote-
gendo um tesouro grandioso, onde cada membro con-
seguiu duas reservas e ainda alguns itens mágicos. Um
rei concedeu riquezas, terras e títulos às personagens
após terem salvado sua filha de um terrível feiticeiro.
Para aumentar o valor atual do NR em um ponto, a
personagem deve gastar um número de reservas igual ao
novo valor que se pretende alcançar (aumentar o NR de 2
para 3, por exemplo, requer 3 reservas). Após o aumento,
toda reserva que sobrar será perdida. Entretanto, da
mesma forma que o NR pode aumentar, ele também pode
diminuir dependendo do que aconteça na aventura, geral-
mente como consequência dos erros da personagem ou
| 33 |
por sua própria ganância ao comprar mais do que é capaz
de pagar com suas reservas no momento.
Exemplo – Diminuindo recursos: o grupo foi capturado
por comerciantes de escravos para lutar até a morte
em uma arena, tendo seus bens e equipamentos rouba-
dos. Devido a vilania de um nobre, as personagens fo-
ram consideradas traidoras do reino, confiscando suas
posses e terras.
Tamanho
Cada equipamento e objeto possui um peso e volume
que é representado pelo seu tamanho. Assim, a quantidade
máxima de objetos que uma personagem pode levar con-
sigo está associado ao valor de Carga que ela possui. Caso
a soma do tamanho de todos os objetos carregados por ela
seja menor ou igual a sua Carga, nada acontece. Porém,
caso a soma seja maior, ela recebe uma penalidade de -2
em todos seus testes físicos (incluindo ataques e defesas),
estando com sobrecarga. Uma personagem pode carregar
até no máximo o dobro do seu valor de Carga.
A tabela abaixo apresenta o tamanho de vários objetos
comumente usados em aventuras.
Tamanho Objetos
0 Acessórios (joias), roupa (vestindo), saco e
mochila, utensílios (sabão, talheres).
1 Arma veloz, arma comum, armadura leve,
escudo leve, livro, ração, roupa (sobressa-
lente), itens para aventuras (corda, tocha,
saco de dormir, lampião).
2 Arma pesada, arma de projétil*, armadura
média, escudo pesado, objetos pequenos
(cadeiras, cestos), uma criança.
3 Armadura pesada, baú pequeno, barril, ob-
jetos pequenos e pesados, um adulto.
4 Objetos volumosos e móveis (espelho de
corpo, portas, sofás pequenos).
5 Objetos grandes e pesados, baús grandes.
* Incluem aljavas e suas munições.
Em regra, a personagem pode equipar ou transportar
um objeto. Equipar um item significa vesti-lo ou deixá-lo
pronto para uso. Isso inclui a roupa ou armadura que está
vestindo, suas armas e qualquer item que ela possa pren-
der em alguma parte da sua vestimenta para fácil acesso,
como um cinto para porções ou facas. Todo objeto equi-
pado está à vista, podendo ser tirado da personagem, seja
a desarmando ou roubando, ou destruído com facilidade.
Já um item transportado está dentro de um saco ou mo-
chila, pouco ou totalmente fora de vista, e necessitando do
gasto de uma ação rápida para ser pego e uma ação lenta
para usá-lo. Pode-se transportar de tudo, desde que faça
sentido, dado o tamanho do item e da personagem. Em
geral, pode-se erguer um objeto com tamanho igual ou
menor que a sua FOR, e arrastar os demais.
Exemplo: Laila possui Carga 10 e está levando con-
sigo uma maça (arma comum), uma armadura média,
quatro rações e três itens, que totalizam 10 de tama-
nho, estando no seu limite de carga (sem penalidade).
 Ela ainda possui um pingente com o símbolo da sua
deusa, através do qual canaliza sua magia, porém, por
se tratar de um acessório, ele tem tamanho nulo. Caso
encontre algo na aventura que queira levar, ela ficará
com sobrecarga, tendo -2 em todos seus testes físicos.
Armas
As armas são equipamentos usados para ferir um alvo.
Elas são separadas por tipo, definindo o atributo que será
somado ao seu ataque e dano (que será igual ao bônus lis-
tado, mais o atributo usado no ataque, mais metade do nível
da personagem, arredondado para cima, caso ela possua a
proeza Treinamento naquela arma. Toda arma causa dano
do tipo físico), o alcance dela, o seu tamanho (Tam.), e o
NR necessário para a adquirir.
Além disso, cada tipo de arma possui pelo menos uma
propriedade específica relacionada ao seu manuseio, seja
Arma Atributo Dano Alcance Tam.
Desarmado FOR +0 Engajado - -
Veloz DES +1 Engajado 1 2
Comuns FOR +2 Engajado 1 2
Pesadas FOR +3 Engajado 2 2
Projétil DES +2 Distante 2*
* Incluem aljavas e suas munições.
Armaduras
As armaduras são vestimentas que a personagem pode
usar para melhorar a sua defesa física. Elas modificam o
cálculo da defesa Esquiva (armaduras leves somam um
bônus. Já armaduras médias e pesadas utilizam um valor
fixo no lugar da DES), mas geram uma penalidade (Pen.)
em todos os testes de FOR e DES de quem as vestir (ex-
ceto para ataques e defesas). Além disso, elas exigem um
valor mínimo de FOR para serem usadas conforme o seu
tamanho (Tam.). Personagens focadas no uso de armadu-
ras devem avaliar as vantagens de possuir a proeza En-
couraçado.
As armaduras leves incluem aquelas feitas com couro
reforçado ou acolchoado, sendo bastante populares entre
aventureiros iniciantes e bandidos, podendo ser compra-
das em algumas vilas ou cidades maiores. As armaduras
médias incluem cotas de malha ou de couro reforçado
com placas ou escamas, sendo usada por soldados e mer-
cenários, raramente podendo ser adquiridas em vilas. As
armaduras pesadas incluem aquelas de peças completas,
com ou sem elmo, seja feita com escamas, placas polidas
ou pesadas, sendo comuns apenas a nobres, cavaleiros e
aventureiros muito ricos. É praticamente impossível en-
contrar uma armadura pesada para vender em cidades,
sendo obras de arte vistas apenas em metrópoles.
Cada tipo de armadura requer um tempo para ser ves-
tida, onde as leves levam 1 minuto, as médias 5 minutos
e as pesadas 10 minutos. Diminua o tempo pela metade
| 34 |
para permitir algum tipo de ação, impor uma limitação ou
dar opções diferenciadas de uso.
Segue abaixo a descrição de cada propriedade:
Arremessável: as armas velozes podem ser arremes-
sadas num alvo a até alcance próximo. Basta se reposici-
onar ao lado da arma para pegá-la.
Duas Mãos: armas pesadas são lentas e grandes, exi-
gindo o uso de ambas as mãos para serem usadas. Armas
de projétil não são necessariamente pesadas, mas atirar e
as recarregar também exige o uso de ambas as mãos.
Imobilização: lutar desarmado permite que usar a ma-
nobra agarrar. Veja Atacar no Capítulo 7 para detalhes.
Ocultável: armas velozes podem ser escondidas com
no corpo da personagem com um teste de DES contra o
Analisar de quem se pretende enganar.
Versátil: lutar com uma arma veloz em cada mão ou
empunhar uma arma comum com ambas as mãos soma +1
de bônus ao dano causado com elas.
NR Propriedades e Exemplos
Imobilização.
Exemplos: apressamentos, chutes e socos.
Arremessável, Ocultável e Versátil.
Exemplos: adaga, espada curta, machadinha, sabre.
Versátil.
Exemplos: espada longa, maça, machado, lança.
Duas Mãos.
Exemplos: alabarda, espada larga, machado pesado.
2 Duas Mãos.
Exemplos: arcos e bestas.
caso alguém auxilie a personagem. Não se pode vestir
duas ou mais armaduras ao mesmo tempo.
Armadura Esquiva Pen. Tam. NR
Leve DES+1 - 1 2
Média 4* -1 2 3
Pesada 5 -2 3 4
* Caso a DES de quem a vestir seja igual a 3 ou superior,
some +1 à Esquiva fornecida pela armadura.
Escudos
Os escudos são equipamentos utilizados para comple-
mentar a defesa física da personagem, sendo geralmente
segurados na sua mão inábil. Dependendo do seu tipo,
eles poderão somar +1 de bônus na defesa Aparar (leve)
ou também na Esquiva (pesado) de quem os equipar.
Assim como para as armaduras médias e pesadas, os
escudos pesados causam uma penalidade (Pen.) em todos
os testes de FOR e DES (exceto para ataques e defesas),
e exigem uma FOR mínima para serem usados conforme
seu tamanho (Tam.).
Usar dois escudos não acumula seus bônus defensivos.
Personagens focadas no uso de escudos devem avaliar as
vantagens de possuir a proeza Escudeiro.
Escudo Defesa Pen. Tam. NR
Leve Aparar - 1 2
Pesado Aparar e Esquiva -1 2 3
Rações
Trata-se da água e da comida que a personagem leva
consigo durante as viagens, sendo importantíssimas para
jornadas. Cada unidade de ração é suficiente para alimen-
tar uma pessoa por um dia, e elas podem ser compradas
em praticamente qualquer cidade. Rações duram até um
mês antes de apodrecer.
• Cada ração custa NR 1 e possui tamanho 1.
Itens
São objetos que podem ser usados durante aventuras
e permitem que a personagem realize ações sem maiores
dificuldades, geralmente cancelando alguma penalidade
que normalmente afetaria o teste (como usar uma tocha
para iluminar locais escuros, ou uma corda para escalar
um local elevado), mas não sendo críticos para sua sobre-
vivência. Não é preciso definir os itens que a personagem
está levando ao adquiri-los, podendo fazê-lo durante a
aventura sempre que a situação exigir, anotando o gasto.
Itens podem ser adquiridos em qualquer aglomeração ur-
bana. Cada item custa NR 1 e tem 1 de tamanho.
Exemplos deles incluem: tochas (duram 1 hora cada),
cordas (10 metros), kits (primeiro-socorros, disfarces, es-
crita), ferramentas (carpintaria, metalurgia, armadilhas),
pederneiras, sacos de dormir, roupas extras, etc.
É possível adquirir versões melhoradas dos itens que,
além de cancelar as penalidades, geram um bônus de +1
em testes quando forem aplicáveis ou seus efeitos duram
por mais tempo. Porém, o seu custo em NR será de 2 para
itens consumíveis e de 3 para os não-consumíveis.
• Cada item custa NR 1 e possui tamanho 1.
• Itens melhorados consumíveis custam NR 2.
• Itens melhorados não-consumíveis custam NR 3.
Ervas Medicinais
Uma personagem com a proeza Herbalista conhece e
sabe como identificar e coletar ervas medicinais. As er-
vas são a principal matéria-prima para produzir unguen-
tos e venenos, mas também podem ser utilizadas diaria-
mente de várias formas, como em comidas e cosméticos.
Ervas podem ser encontradas a venda mesmo em vilas
por NR 1 cada, onde três delas têm tamanho 1 (durante o
inverno ou em locais difíceis para plantas crescerem, seu
custo pode aumentar para NR 2). Caso ela seja medicinal,
qualquer pessoa pode usá-la para melhorar a sua saúde,
curando o seu valor de CON no Vigor caso a esfregue na
ferida ou a consuma (gaste uma ação lenta).
As ervas podem ser cultivadas (algo que dificilmente
uma personagem terá tempo para fazer) ou encontradas
na natureza, sendo comuns durante a primavera e raras
durante o inverno. Após coletada, uma erva durará uma
semana até apodrecer, não podendo mais ser usada. Veja
Coletar Ervas no Capítulo 5 para detalhes.
• Cada erva custa NR 1 e três delas possuem tamanho
1 (arredonde as frações para cima).
• Utilizar uma erva medicinal gasta uma ação lenta e
cura sua CON no Vigor.
| 35 |
UNGUENTOS
Além de coletar ervas, uma personagem com a proeza
Herbalista pode preparar unguentos usando as que pos-
sui. Os unguentos são medicamentos na forma de pastas,
óleos ou bebidas que concedem benefícios imediatos ou
prolongados a quem os usar. Eles também podem ser usa-
dos como venenos, aplicados em armas (cada unguento
permite 3 usos em armas), ingeridos ou derramados sobre
uma vítima, onde cada nova aplicação agrava os sintomas,
causando novas Condições. Venenos só podem ser cura-
dos com o consumo de um remédio (ver abaixo), a magia
Reestabelecer ou ao descansar (veja Recuperação no Ca-
pítulo 4 para detalhes).
Os unguentos podem ser adquiridos apenas em locais
onde exista um herbalista, onde cada frasco custa NR 2 e
tem tamanho 1. Usar um unguento requer uma ação lenta.
Preparar um unguento não requer um teste, mas leva
10 minutos, gastando 2 de Essência e uma erva medicinal
(faça um teste de SAB para criá-lo apenas caso esteja sob
efeito de Condição, onde a falha desperdiçará a Essência
e a erva). Após criado, ele terá validade de um mês.
Ao adquirir ou criar um unguento, escolha qual efeito
ele proporcionará a quem o consumir dos listados abaixo.
Efeitos dos unguentos:
• Porção: o alvo recupera o dobro do valor da CON
dele no seu Vigor.
• Remédio: o alvo cura uma Condição que o esteja
afligindo. Só pode ser consumido uma vez por dia.
• Veneno Debilitante: o alvo recebe uma Condição fí-
sica caso falhe num teste de Tolerância.
• Veneno Entorpecente: o alvo recebe uma Condição
mental caso falhe num teste de Vontade.
• Tônico: o alvo recupera o valor da CON dele na sua
Essência.
Montarias
O grupo estará durante boa parte de uma aventura se
deslocando entre cidades, seja cruzando vastas planícies,
montanhas escarpadas ou florestas densas. Dependendo
de onde se pretende ir, a viagem poderá ser muito longa
e exigente, sendo interessante estudar outras formas de
locomoção que não sejam apenas usando os próprios pés.
Assim, é comum o uso de animais como montaria ou para
transporte de carga durante longas viagens, facilitando o
trabalho do grupo.
Os tipos de montarias variam bastante conforme o ce-
nário, indo dos tradicionais cavalos a até os fantásticos e
alados grifos. Seja ela qual for, a tabela abaixo apresenta
suas principais características, sendo: a Carga (o quanto
consegue transportar sem sobrecarga), o Deslocamento
(o quanto se desloca em um dia de viagem), e o NR (seu
custo em recursos para ser adquirida). As montarias lis-
tadas abaixo deverão ser tratadas como um animal grande
menor (o grifo possui uma ficha própria; veja o Bestiário
no Capítulo 8 para detalhes).
Caso ela também possa ser usada em combates, deve-
se adquirir a Proeza Criatura Aliada ao invés de comprá-
la com recursos.
 Montaria Carga Deslocamento NR Arma mágica: trata-se de uma arma que possui pro-
Mula 24 40 km 2 priedades mágicas nela, melhorando suas características.
Cavalo 22 50 km 2 Ao adquirir uma arma mágica, escolha qual o tipo de dano
Camelo* 22 40 km 2 que ela causa (pode ser diferente de físico), tendo um ou
Lagarto** 20 40 km 3 mais dos efeitos a seguir (some +1 ao NR inicial da arma
Grifo (alado) 18 60 km 4 para cada efeito que ela tiver): some +1 no ataque com a
* Camelos não possuem problemas para obter alimento e arma; some +1 ao dano causado pela arma; ignore o tama-
seu deslocamento não é afetado em desertos. nho da arma na Carga de quem a estiver usando; a arma
** Lagartos não têm seu deslocamento afetado em monta- recebe a propriedade arremessável e retorna automatica-
nhas e no subterrâneo. mente para a mão do usuário ao final da iniciativa dele.
Armadura mágica: trata-se de uma armadura que
As montarias também sentem fome e sede, porém não tem propriedades mágicas nela, melhorando suas carac-
precisam ser alimentadas com rações durantes jornadas a terísticas. Cada armadura mágica poderá ter um ou mais
menos que estejam em um ambiente de difícil obtenção dos efeitos a seguir (some +1 ao NR inicial da armadura
de alimento, obrigando que as personagens gastem duas para cada efeito que ela tiver): some +1 na Esquiva for-
rações por dia com elas. Caso sofram de fome, aplique necida por ela; ignore o tamanho dela na Carga de quem
primeiramente Condições físicas nelas. Veja Rações e a estiver vestindo e cancele sua penalidade; escolha um
Fome no Capítulo 5 para detalhes. tipo de dano que ela fornece resistência ao seu usuário.
Lembre-se que as personagens geralmente serão mé- Escudo mágico: trata-se de um escudo que tem pro-
dias (tamanho entre 3 e 4), devendo-se somar o que ela priedades mágicas nele, melhorando suas características.
estiver transportando ao limite de carga do animal. Cada escudo mágico poderá ter um ou mais dos efeitos a
seguir (some +1 ao NR inicial do escudo para cada efeito
Objetos Mágicos que ele tiver): some +1 no bônus defensivo fornecido por
ele; ignore o tamanho dele na Carga de quem o estiver
São itens imbuídos magia e únicos, gerando bônus de
+1 em testes específicos, permitindo o uso de magias que usando e cancele sua penalidade; escolha um tipo de dano
a personagem desconhece, ou criando efeitos únicos. Em que ele fornece resistência ao seu usuário.
geral, eles não poderão ser comprados, devendo ser en- Pergaminho mágico: trata-se de um pergaminho que
contrados durante a aventura ou presenteados como re- possui uma magia atrelada a ele, permitindo que quem o
compensa pelas ações das personagens. tenha use uma magia que conheça ou não. Pergaminhos
Independente do uso ou tipo, uma personagem não só podem ser usados por personagens que tenham a pro-
pode levar consigo mais itens mágicos que o seu nível, eza Magia, e requerem o uso da ação de conjurar magia.
onde eles irão interferir no funcionamento uns dos outros, Ao ser usado, o pergaminho se desfaz em cinzas, não po-
impedindo seu uso e anulando os bônus concedidos. dendo ser usado novamente, mas não requer o gasto de
Segue alguns exemplos de objetos mágicos que podem Essência para conjurar a magia. Seu custo varia conforme
ser adquiridos no Gaia RPG e seus efeitos. O NR indi- o nível da magia que ele possui. NR 2 (nível 1), NR 3 (ní-
cado é uma sugestão caso o narrador deseje tê-los a venda vel 2), NR 4 (nível 3), NR 5 (nível 4). Tamanho 1.
em seu cenário de jogo.

| 36 |
 Capítulo 4
REGRAS
Este capítulo apresentará as principais regras usadas no
Gaia RPG. Lembre-se sempre que as regras determinam
como o jogo deve ser jogado, mas não podem estar acima
da diversão daqueles que o jogam. Caso alguma regra não
lhe agrade ou faça sentido para você, nada impede que ela
seja mudada, respeitando o bom senso e estando em co-
mum acordo com todos da sua mesa.
Tempo
O Gaia RPG usa alguns termos para representar o
fluxo do tempo no jogo, sendo descritos a seguir. A ação
é o momento em que alguém pode agir, geralmente le-
vando poucos segundos (combates) até algumas horas. Já
a rodada é a soma das ações de todos os envolvidos numa
cena, sendo parte dela. Numa jornada, uma rodada é con-
cluída quando todos os testes de jornadas necessários são
realizados uma vez. Numa exploração, uma rodada é con-
cluída quando todas as personagens realizam uma ação
para investigar o local. Num combate, a rodada inicia
quando o combatente mais veloz faz a sua ação e termina
quando o mais lento conclui a sua ação.
A cena é a principal forma de medir o tempo dentro
do jogo. Ela representa o tempo necessário para que um
conjunto de ações resolvam uma determinada situação.
Uma jornada, uma exploração ou um combate, por exem-
plo, ocorrem durante uma única cena. A melhor forma de
pensar nelas é imaginar um filme. Sempre que a câmera
muda para um novo local ou faz uma transição de tempo,
a cena muda. Isso vale para quando se está lendo um livro
| 37 |
ou jogando um RPG. Sempre que a narrativa mudar o foco
de uma situação, a cena atual é encerrada e uma nova co-
meça. Com a prática, a transição e definição de cenas du-
rante uma narrativa se torna mais natural, e tanto jogado-
res quanto narradores a perceberá mais facilmente. Em
geral, uma cena dura de alguns minutos até poucas horas,
podendo se estender dependendo do caso. Um combate,
por exemplo, pode demorar menos de um minuto, mas
procurar informações sobre o desaparecimento do filho de
um nobre pode se estender pelo dia inteiro, enquanto uma
viagem pode levar dias.
A soma de todas as cenas que completam um pedaço
da história é chamada de aventura. Cada aventura possui
uma meta a ser cumprida, direcionando as ações e esco-
lhas que as personagens farão. Encontrar o filho do nobre
pode ser o objetivo da aventura, por exemplo, e ela será
encerrada apenas quando for alcançado. As aventuras po-
dem ser curtas (durando uma sessão), médias (durando até
três sessões), ou longas (durando quatro ou mais sessões).
Por fim, a soma de um conjunto de aventuras que com-
pletam uma história maior é chamada de campanha. Elas
ocorrem ao longo de diversas sessões e meses de jogo,
podendo até durar anos.
Testes
Quando jogamos um RPG, a maior parte das ações fei-
tas pelas personagens serão apenas interpretadas pelos jo-
gadores. Andar, falar com alguém, pegar alguma coisa,
respirar, dormir... todas estas ações são resolvidas apenas
através da descrição. Entretanto, certas situações podem
gerar consequências para a personagem, colocando-a em
risco ou impactando o curso de uma cena ou de toda a
aventura. Nestes casos, simplesmente descrever o que
acontece não é o suficiente, onde a soma de fatores como
sorte, habilidade e estratégia são determinantes para a re-
solução da ação, indicando o desenrolar dos fatos e o des-
tino da personagem.
Os testes são um meio de determinar os resultados de
uma ação, seja a favor ou contra a personagem. Eles de-
vem ser feitos apenas quando a situação puder gerar uma
consequência impactante ou pôr a personagem em
risco. Nos demais casos, o curso da ação deve ser definido
pela interpretação dos jogadores ou pelo bom senso do
narrador, o que for mais interessante.
Testes, em geral, são realizados quando a personagem
precisa superar um obstáculo ou resistir a algo. O resul-
tado deles será determinado pela soma dos valores obtidos
na rolagem de 2d6, mais o valor de um Atributo adequado
a situação, mais quaisquer modificadores aplicáveis.
Teste = 2d6 + Atributo ± Modificadores
O resultando de um teste pode ser um:
• Sucesso: obtenha um valor maior ou igual a 10. A
personagem conseguiu o que queria. Rolar “6” em
ambos os dados sempre será um sucesso.
• Falha: obtenha um valor menor ou igual a 9. A per-
sonagem falhou no que pretendia. Rolar “1” em am-
bos os dados sempre será uma falha.
• Decisivo: obtenha um sucesso e ambos os dados ro-
laram “4”, “5” ou “6”. A personagem foi além do que
esperava, geralmente recebendo um benefício extra
além do sucesso.
• Crítico: obtenha uma falha e ambos os dados rola-
ram “1”, “2” ou “3”. A personagem ficou aquém do
necessário, geralmente recebendo uma consequência
adicional a falha.
Entenda que toda rolagem importa para a cena, e que
o resultado do teste deve permitir que a história siga adi-
ante. Conforme foi explicado, um teste só deve ser feito
se a sua consequência for significativa, independente do
resultado obtido. Assim, caso uma personagem precise es-
calar um muro, um teste só deve ser exigido se o resultado
da ação tiver impacto na cena. Neste caso, por exemplo,
com um sucesso ela escalará o muro e despistará seus per-
seguidores, ou não conseguirá e será alcançada com uma
falha, podendo ou não iniciar um combate.
Perceba que até mesmo a falha mantém a história an-
dando, não apenas informando o “erro” da personagem. O
que não pode acontecer neste momento é um segundo jo-
gador propor uma solução e fazer um teste, invalidando as
consequências do resultado anterior. Considerando que a
personagem falhou quando tentou escalar o muro, por
exemplo, um segundo jogador não deveria tentar levá-la
nos ombros, pois o sucesso nesta ação invalida o resultado
anterior. No caso de oposições (veja mais adiante), a con-
sequência para uma falha na defesa, por exemplo, será o
dano.
| 38 |
SUCESSO A UM CUSTO
Mesmo que a personagem falhe num teste, a história
deve prosseguir de alguma forma. Entretanto, o narrador
pode achar mais interessante para a cena que a persona-
gem obtenha sucesso, mas a um custo. A esta situação dar-
se o nome de “cair para frente” ou “acertar errando”.
Desta forma, a personagem conseguiu o que queria, mas
em troca de uma consequência, prejudicando-se. Ela pode
ter escalado o muro e despistado seus perseguidores, por
exemplo, mas deixou cair uma carta do seu empregador,
dando uma pista sobre o seu destino. Ou no ato de pular o
muro ela pode ter escorregado e batido o corpo no chão,
recebendo dano. Ou no último momento um dos persegui-
dores pode a ter acertado com um dardo envenenado, dei-
xando-a com uma Condição. Cada situação gerará uma ou
mais opções de sucesso a um custo, cabendo ao narrador
usar do bom senso e/ou concordar com as sugestões dos
próprios jogadores em alguns casos.
OPOSIÇÃO
Os testes serão suficientes para resolver a grande mai-
oria das situações, mas há alguns casos em que a persona-
gem pode afetar ou ser afetada diretamente por alguém,
como atacar, se defender de algo, realizar uma manobra
ou criar uma situação vantajosa. Nestes casos, a persona-
gem impõe uma oposição ao tentar afetar um alvo.
Para resolver uma oposição, ambos os envolvidos de-
vem realizar um teste relacionado com a situação, onde
quem obtiver o maior resultado vence. Em toda oposição
sempre haverá dois lados: um ofensor (que faz a ação), e
um defensor (que reage a ação). O ofensor usará um atri-
buto a fim de afetar o defensor, que reagirá usando uma
das suas defesas.
Testes de oposição não resultam em decisivos e críti-
cos para qualquer dos lados envolvidos. Em caso de em-
pates, o ofensor sempre vencerá.
MODIFICADORES
Certas situações podem modificar o resultado de um
teste, gerando bônus ou penalidades para personagem. Os
modificadores, em geral, variam de -4 até +4. Os bônus
podem ser obtidos com proezas, Determinação, auxílio,
equipamentos ou magias. Já as penalidades podem se ori-
ginar de sobrecarga, terreno, magias e visibilidade. Algu-
mas situações podem gerar modificadores por serem na-
turalmente mais fáceis ou difíceis, como tentar rastrear al-
guém sob forte chuva, por exemplo.
TRABALHO EM EQUIPE
Caso a situação permita, a personagem pode gastar sua
ação na rodada (ação lenta em combates) ou na cena para
gerar +1 de bônus em um teste de um aliado, podendo-se
acumular até +2 de bônus desta forma. O narrador deve
avaliar cada situação a fim de permitir o auxílio, e se a
personagem está apta a ajudar. Considera-se que uma per-
sonagem que auxilie num teste também participa dele, re-
cebendo suas eventuais consequências.
Já quando várias personagens estão tentando alcançar
algo como um grupo (como para evitar serem percebidas
por inimigos), o narrador pode exigir que todas elas façam
o mesmo teste. O grupo inteiro terá sucesso caso metade
ou mais de seus membros sejam bem-sucedidos, do con-
trário todo o grupo terá falhado (decisivos e críticos ge-
ram consequências extras apenas para quem o obteve, e
não para o grupo todo).
Condições
São status que dificultam a vida da personagem, for-
çando-a a fazer todos os testes do atributo afetado e da sua
defesa associada rolando 3d6, ao invés de 2d6, mas so-
mando apenas os dois piores resultados obtidos.
As Condições podem ser causadas por efeitos mágicos
e sobrenaturais (magias), fatores naturais (cansaço ou do-
enças), ou infligidos (ataques ou venenos).
Não é possível ter mais de uma Condição afetando o
mesmo atributo. Desta forma, caso a personagem receba
uma que já possua, agrave a sua situação dela, tornando-a
mais difícil de ser curada (aumentando a sua duração ou
causando -1 de penalidade no teste para recuperá-la), ou a
substitua por outra similar (uma Condição em FOR pode
se tornar uma em CON, por exemplo).
A duração de uma Condição varia conforme cada situ-
ação. Caso derive de magias, dificilmente durará além de
uma cena. Já aquelas provenientes de fontes naturais e in-
fligidas exigem que a personagem obtenha sucesso em um
teste do atributo afetado (a Condição não afeta este teste),
podendo-se tentar curar uma única uma vez ao descansar.
Uma personagem que acumule as seis Condições terá
seu Vigor e sua Essência zerados imediatamente, ficando
indefesa e devendo ser estabilizada para evitar sua morte
(veja Dano e Consequências no Capítulo 7 para detalhes).
Ao ser estabilizada, recupere 1 de Vigor e Essência e can-
cela a Condição que estiver afetando o seu pior atributo.
As Condições são:
• Físicas: enfraquecido (FOR), restrito (DES), e exa-
usto (CON).
• Mentais: abalado (INT), confuso (SAB), e inseguro
(CAR).
Determinação
A personagem pode focar em algo que deseja realizar,
usando sua força de vontade para alcançar um objetivo.
Este esforço é chamado de Determinação, podendo ser
usado para fazer um teste rolando 3d6, ao invés de 2d6,
mas somando apenas os dois maiores resultados obtidos.
Pode-se também optar em usar Determinação para cance-
lar o efeito de uma Condição que esteja afligindo a perso-
nagem durante uma rodada.
Condições e Efeitos
As Condições são representações genéricas de efeitos
comuns, facilitando sua aplicação ao longo do jogo. Por
exemplo, uma personagem caída está restrita, onde ela
pode gastar sua próxima ação para cancelar o efeito ao
se levantar. Use o bom senso na hora de usar as Condi-
ções ao que você está acostumado.
| 39 |
Usar Determinação gasta 4 pontos de Essência, onde o
seu uso deve ser anunciado antes da realização do teste e
só poderá ser usada uma vez por rodada.
Destino
Às vezes, o jogador não quer depender da sorte para
que sua personagem faça algo, principalmente quando ele
se esforçou para interpretar a cena. O Destino representa
justamente o poder de influência direta dele na narrativa,
podendo ser gasto para definir como a cena transcorrerá.
Pode-se gastar Destino uma vez por rodada para:
• Ação Extra: faça uma ação extra na cena ou rodada
(em combates, escolha entre lenta ou rápida).
• Fôlego Extra: cure 4 de Vigor ou de Essência ime-
diatamente (escolha um ao gastar o Destino).
• Recurso Extra: receba uma reserva extra para ad-
quirir um item do seu NR a sua escolha.
No início de toda sessão, conceda 1 ponto de Destino
a cada jogador presente. Ao final dela, os pontos que não
foram gastos serão perdidos, não sendo acumulados para
a seguinte. Pode-se ganhar 1 ponto de Destino por cena ao
longo de uma sessão realizando:
• Atos de Coragem: caso a personagem assuma um
risco por uma causa ou alguém, ou aja heroicamente.
Levar um ataque por uma pessoa indefesa ou aliado,
realizar um ato perigoso pelo grupo ou provocar um
conflito ao defender algo ou alguém são exemplos.
• Atos de Astúcia: caso a personagem seja criativa ao
solucionar problemas ou traçar estratégias, evitando
conflitos e criando cenas interessantes.
• Atos de Interação: caso o jogador interprete a cena
com paixão e a descreva com imersão, realçando-a e
empolgando todos na mesa.
O Destino é um instrumento narrativo poderoso, mas
deve ser usado com bom senso. Pontos de menos podem
dificultar em excesso a vida do grupo, enquanto o oposto
pode cancelar a tensão da narrativa.
Opcional: Destino do grupo
O Gaia RPG incentiva que as personagens trabalhem em
equipe para superar desafios, onde o narrador pode jul-
gar mais interessante que os pontos de Destino sejam
compartilhados por todos do grupo. Desta forma, no iní-
cio de cada sessão, o grupo começará com uma pontua-
ção de Destino igual a metade da quantidade de jogado-
res presentes (arredonde para cima), sendo adquiridos
normalmente ao longo dela. Assim, um grupo de três jo-
gadores começará com 2 pontos de Destino. Ao usar esta
opção, os jogadores não poderão ter pontos de Destino
individuais como na regra padrão.
Usar esta opção incentiva o trabalho em equipe dos
jogadores, que se envolverão mais nas cenas uma vez
que todos compartilham o mesmo recurso narrativo. Ela
também ajuda aqueles jogadores mais tímidos e que pos-
suem uma dificuldade natural em se expressar em obter
pontos de Destino mais facilmente, contribuindo assim
mais ativamente para o benefício do grupo.
 Premiando a Interpretação
Interpretar uma personagem é a base de qualquer RPG,
mas nem todo mundo se sente confortável em fazê-lo ou
sabe como. Em muitos sistemas, a interpretação é usada
como fator para progredir a personagem, mas no Gaia
RPG ela atuará como um instrumento para incentivar o
jogador a facilitar a vida da sua personagem, influenci-
ando a construção e o desenrolar das cenas.
Porém, avaliar se o jogador atendeu a um dos crité-
rios para ganhar Destino pode ser complicado devido ao
fator subjetivo associado. Desta forma, caso o narrador
tenha dúvidas sobre dar ou não o ponto, ele pode pergun-
tar a opinião dos demais jogadores. Lembre-se que a nar-
rativa deve ser contada por todos, e não apenas pelo nar-
rador. Levar em consideração a opinião dos jogadores
não apenas é sábio, como ajuda na imersão deles e faci-
lita o trabalho do narrador.
Recuperação
Toda personagem deve descansar ao final do dia por
pelo menos 8 horas para se recuperar. Caso não descanse,
ela receberá uma Condição no dia seguinte devido priva-
ção de sono, e não recuperará o Vigor perdido e Essência
gasta no dia anterior.
A recuperação é influenciada pelo local em que se pre-
tende descansar. Caso esteja em uma jornada, recupera-se
metade do seu Vigor e da sua Essência máxima, mas não
é possível tentar cancelar uma Condição que se tenha ad-
quirido. Caso esteja em uma cidade, pode-se dormir em
uma casa ou estalagem (local confortável e seguro), recu-
perando-se todo o Vigor e a Essência e se pode testar para
tentar cancelar uma Condição que a esteja afligindo.
| 40 |
Progressão
Muitos serão os perigos que as personagens enfrenta-
rão em suas aventuras. Superar uma dura jornada ou ven-
cer um desafio particularmente difícil as dará o conheci-
mento para seguir adiante, aprimorando sua força. A este
ganho de poder e experiência se dá o nome de progressão,
sendo representado com o aumento do nível.
Para aumentar o nível, o narrador deve definir a velo-
cidade de progressão do jogo. Como padrão, uma perso-
nagem aumentará o seu nível após um número de sessões
igual a metade do nível a ser alcançado (arredonde para
cima). Desta forma, a personagem passará do 1º para o 2º
nível ao final da primeira sessão de jogo, mas precisará de
outras duas para aumentar do 2º para o 3º nível (3 ÷ 2 =
1,5 = 2). Caso o narrador deseje um jogo mais rápido,
pode-se aumentar um nível a cada sessão ou diminuir em
1 o padrão (mínimo de uma sessão). Caso ele deseje um
jogo mais lento, deve-se acumular um número de sessões
igual ao próximo nível. As sessões acumuladas serão ze-
radas sempre que a personagem aumentar de nível.
A cada nível acima do 1º, a personagem receberá seu
valor de CON no Vigor, +2 na Essência e uma nova pro-
eza. Nos 3º, 6º e 9º níveis, aumente em 1 ponto um atri-
buto a sua escolha (até 5 no máximo). Atenção: aumentar
o valor da CON após o 1º nível não influenciará o valor
do Vigor da personagem dos níveis anteriores.
Exemplo: uma personagem que possui CON 2 terá, no
1º nível, 12 de Vigor. Ao alcançar o 2º nível, seu Vigor
aumentará em um valor igual a sua CON atual (+2),
ficando então 14. No 3º nível, porém, ela aumenta sua
CON para 3, onde seu Vigor passará a ser 17 (14 + 3).
 Capítulo 5
JORNADAS
Aventurar-se pelo mundo é parte essencial de toda aven-
tura, mas também pode ser perigoso. Por isso, viagens de-
vem ser planejadas para evitar surpresas ou mesmo a
morte do grupo frente as adversidades da natureza. No
Gaia RPG, a jornada é um desafio a ser superado, onde
suas regras específicas serão apresentadas neste capítulo.
Criando uma Jornada
Quando o foco do jogo for a história em si, o narrador
não precisa obrigar que as personagens façam testes para
chegar ao seu destino (apenas descreva como foi a viagem
e o que elas encontraram em seu caminho). Entretanto,
quando se deslocar de um local para o outro possuir seus
riscos, espera-se que o narrador crie uma jornada para de-
safiar as personagens.
O primeiro passo para se criar uma jornada é definir o
seu ponto de partida e de chegada, avaliando assim as pos-
síveis rotas entre eles. Cada rota terá uma distância e, por
consequência, uma duração específica para ser comple-
tada. Considera-se que uma jornada será curta caso dure
entre algumas horas até 2 dias, média caso dure entre 3 e
4 dias, e longa caso dure 5 ou mais dias.
Sabendo sua duração, pode-se determinar a quantidade
de rodadas da jornada, sendo igual aos dias necessários
para concluí-la. Uma viagem de 3 dias, por exemplo, terá
três rodadas. A quantidade mínima de rodadas de uma jor-
nada será um (viagem curta) e a máxima será cinco (via-
gem longa).
| 41 |
TERRENO
A rota a ser percorrida numa jornada será influenciada
pelo cenário (como no caso de fronteiras entre reinos),
mas principalmente pelo seu terreno. Quanto mais hostil
e selvagem for o terreno que precisa ser superado, maior
será o impacto no deslocamento do grupo, influenciado a
escolha da rota em si e a duração final da jornada.
Segue abaixo o quanto cada tipo de terreno influencia
no deslocamento do grupo. Estima-se que uma pessoa se
move a pé em torno de 30 quilômetros por dia (ou em oito
horas de caminhada).
• Sem influência: bosque, estrada, planície, terra árida
e terreno rochoso.
• Deslocamento pela metade: floresta, pântano e mon-
tanha.
• Deslocamento em um terço: deserto, selva densa e
subterrâneo.
• Deslocamento em um quarto: alpino (altitudes ex-
tremas e clima ártico).
Além de afetar o deslocamento, o terreno também gera
um modificador que deverá ser aplicado a todos os testes
de jornada, conforme descrito na tabela abaixo.
Modificador Terreno
+1 Estrada e planície
+0 Bosque, terra árida e terreno rochoso
-1 Floresta, pântano e montanha
-2 Deserto, selva densa e subterrâneo
-4 Alpino (altitudes extremas ou ártico)
Preparo
Definida a duração da jornada e a sua rota, é chegada
a hora de se preparar. Um grupo preparado estará à frente
contra qualquer adversidade que possa vir a encontrar em
seu caminho.
Preparar-se envolve adquirir os mantimentos (comprar
itens e rações), cuja quantidade dependerá da duração da
jornada e o quanto as personagens conseguem carregar, e
obter informações sobre o destino e suas possíveis rotas.
Os jogadores devem escolher quais as personagens farão
estas ações, cabendo às demais auxiliar como puderem.
Ao tentar obter informações, uma personagem fará um
teste de CAR, onde as demais poderão ajudá-la (veja Tra-
balho em Equipe no Capítulo 4 para detalhes). Esta ação
é opcional, mas pode se provar muito útil dependendo do
resultado que se obtenha ou até gerar novas complicações
para a cena.
• Sucesso: a personagem obterá uma informação útil
e/ou nova, recebendo +1 num único teste de jornada
a sua escolha (ou o forneça para um aliado).
• Falha: a personagem não obteve qualquer informa-
ção útil OU obteve sucesso, mas a informação teve
um custo monetário (gaste uma reserva de cada per-
sonagem envolvida no teste), ou atraiu atenção inde-
sejada (gere um conflito antes, durante ou após a jor-
nada, a critério do narrador).
• Decisivo: a personagem obteve sucesso, recebendo
+1 em um número de testes de jornada a sua escolha
igual a sua CAR (pode-se escolher quais aliados re-
ceberão um ou mais destes bônus).
• Crítico: a personagem não obteve informações úteis
E ainda precisou gastar algo no processo ou atraiu
atenção indesejada.
Entretanto, às vezes, as personagens não terão tempo
ou dinheiro suficiente para se prepararem, principalmente
quando estiverem fugindo de algo. Nestes casos, pule esta
fase e as deixe a própria sorte.
Testes de Jornada
Após se preparar, o grupo estará pronto para iniciar a
jornada. Uma rodada de testes de jornada envolve a reali-
zação de três testes obrigatórios, sendo eles de: Direção,
Patrulha e Acampamento. Cada teste só poderá ser feito
pela personagem do grupo que possui a função para rea-
lizá-lo, sendo elas: navegadora (Direção), batedora (Pa-
trulha), e administradora (Acampamento).
Uma personagem só poderá acumular funções caso o
grupo não tenha pessoas suficiente para exercê-las, mas
terá -1 de penalidade em todos os testes de jornada inde-
pendentemente de quantas funções acumule. Caso o grupo
tenha integrantes sobrando, as personagens que não pos-
suam uma função poderão auxiliar como puderem. Fato-
res que podem modificar os testes de jornada incluem:
proezas, magias, sobrecarga, terreno e preparo.
Segue a descrição de cada teste de jornada e seus pos-
síveis resultados e efeitos. Os testes devem ser realizados
na seguinte ordem: Direção, Patrulha e Acampamento.
| 42 |
Definindo distâncias
As distâncias foram calculadas em quilômetros a fim de
facilitar o uso de mapas e na hora de imaginar extensões
territoriais. Porém, quando for explicar para os jogadores
sobre a viagem, informe a distância em dias, facilitando
o entendimento de quanto tempo gastarão e quais recur-
sos serão necessários. Além disso, evite o uso de distân-
cias quebradas (como 34,6 quilômetros), sendo mais prá-
tico arredondá-las para números múltiplos de cinco.
Variando o terreno
Quando criar uma jornada, evite ficar mudando constan-
temente o terreno. Ele deverá ser o mesmo a cada rodada,
facilitando na hora de estipular desafios, durações e mo-
dificadores. Esta pode não ser a solução mais realista,
mas dinamiza o processo e permite focar mais na narra-
tiva do que em testes.
Familiaridade com a região
Geralmente quando uma aventura se inicia, a persona-
gem estará em sua terra natal, exceto quando for uma fo-
rasteira. É comum que pessoas de uma região a conheça,
seja por experiência ou tradição. Desta forma, quando a
personagem estiver viajando numa região que conheça,
ela terá +1 em todos os seus testes de jornada devido a
sua familiaridade com o local.
DIREÇÃO
A navegadora será responsável por guiar o grupo du-
rante a jornada, indicando a melhor rota a ser seguida com
um teste de SAB. Este teste visa impedir que o grupo se
perca ou escolha um caminho longo, afetando a duração
da viagem e/ou gerando perigosos extras.
• Sucesso: o grupo encontra o caminho.
• Falha: o caminho percorrido é confuso (aumente a
duração da jornada em uma rodada), OU o caminho
percorrido possui muitos obstáculos (gere -1 no teste
de Acampamento nesta rodada), OU o caminho per-
corrido é muito perigoso (gere -1 no teste de Patrulha
nesta rodada), OU o caminho percorrido é desgastante
(todos do grupo recebem uma Condição). Escolha
uma das consequências listadas.
• Decisivo: o grupo obteve sucesso E percorreu um ca-
minho tranquilo (gere +1 no teste de Acampamento
nesta rodada) ou percorreu um caminho seguro (gere
+1 no teste de Patrulha nesta rodada).
• Crítico: aplique duas consequências da falha.
PATRULHA
A batedora será responsável por verificar os arredores
da rota escolhida pela navegadora, evitando que o grupo
esbarre com qualquer potencial problema, devendo-se re-
alizar um teste de DES.
• Sucesso: o grupo encontra o perigo antes de ser en-
contrado, podendo-se tentar evitá-lo (faça um Traba-
lho em Equipe onde todos devem testar DES. Consi-
dere que o batedor já obteve sucesso) ou o enfrentar.
 Encontros opcionais
Caso o narrador queira, pode-se ignorar os testes de Pa-
trulha. Em histórias cujo foco esteja mais no destino fi-
nal que na viagem em si, fazer um teste de Patrulha pode
atrapalhar o fluxo da narrativa. Entretanto, é comum que
jornadas a regiões ermas ou por estradas infestadas de
bandidos possam ter encontros perigosos, cabendo aos
jogadores os evitarem ou poderão ser pegos em embos-
cadas.
Além disso, nem todo encontro precisa ser perigoso.
Certas criaturas podem se manter neutras diante da pre-
sença das personagens ou apenas fugir, assustadas. Em
estradas, mercadores com itens e promoções chamativas
podem ser bons achados, enquanto caravanas podem re-
quisitar trabalhos em troca de transporte, comida ou pa-
gamento. Desta forma, quando o foco estiver na jornada
em si, o teste poderá torná-la uma experiência única para
as personagens e narrativa.
• Falha: o perigo encontra o grupo (não é possível
evitá-lo) E eles são pegos numa emboscada (inicie
um conflito com o grupo inteiro estando surpreso),
ou o batedor é encontrado pelo perigo sozinho antes
do grupo ser encontrado, ficando isolado de seus ali-
ados (inicie um conflito), ou o batedor não notou
algo perigoso a tempo em seu caminho, recebendo
uma Condição e, em seguida, sendo encontrado pelo
real perigo (inicie um conflito).
• Decisivo: o grupo teve sucesso E encontrou um meio
de evitar o perigo completamente (sucesso automá-
tico no Trabalho em Equipe), ou encontrou um meio
de surpreender o perigo (caso o perigo seja evitado
com o Trabalho em Equipe, ele estará automatica-
mente surpreso).
• Crítico: o perigo encontra o grupo E aplique duas
consequências da falha.
ACAMPAMENTO
A administradora será responsável por montar um
acampamento propício e seguro para o grupo descansar,
além de distribuir os mantimentos e evitar desperdícios.
Ao final de uma rodada de testes, faça um teste de INT,
verificando o impacto da viagem aos mantimentos e se o
grupo foi capaz de descansar corretamente.
Ao final de um dia, cada membro do grupo deverá con-
sumir uma ração. Além disso, conforme explicado no Ca-
pítulo 4, a recuperação durante jornadas envolve curar
metade do Vigor e da Essência máxima da personagem,
mas não pode tentar cancelar uma Condição adquirida.
• Sucesso: o grupo se recuperar normalmente.
• Falha: o grupo desperdiçou mantimentos durante a
jornada (cada membro consome uma ração extra na
rodada), OU o local de descanso é desconfortável (o
grupo não se recupera na rodada), OU o local de des-
canso é perigoso (a administradora deverá fazer um
teste de Patrulha com -1 de penalidade, mas usando
o seu Perceber ao invés de DES). Escolha uma das
consequências listadas.
| 43 |
• Decisivo: o grupo teve sucesso E poupou mantimen-
tos durante a jornada (consuma metade das rações
exigidas, arredondado para cima), ou encontrou um
local confortável para descansar (todos do grupo re-
cuperam o Vigor e a Essência completa e podem tes-
tar para tentar cancelar uma Condição que os estejam
afligindo).
• Crítico: aplique duas consequências da falha.
O teste de Acampamento deve ser feito independente-
mente de, ao final da última rodada, o grupo chegar numa
cidade. Entretanto, como o descanso do grupo se dará fora
da jornada, ele não poderá ser modificado pelo teste (afete
apenas os mantimentos do grupo).
EXEMPLO DE JORNADA
Laila, Ionas e Wiliam desejam ir a uma cidade que
está a 75 quilômetros de onde estão. Considerando-se
apenas a distância, a viagem durará em torno de dois dias
e meio (75 km de distância ÷ 30 km de deslocamento do
grupo). Ao estudarem a rota, eles percebem que ela se
estende por uma planície até seus últimos 15 quilômetros,
chegando numa floresta. O deslocamento do grupo não é
afetado na planície, mas é diminuído pela metade na flo-
resta, aumentando o tempo total da jornada. Desta forma,
a viagem terá uma duração de dois dias na planície (60
÷ 30) e um dia na floresta (15 ÷ 15), totalizando três dias
ou 3 rodadas de testes.
Sabendo que a viagem levará três dias, o grupo pre-
cisa se preparar. Após discutirem, eles decidem que Ionas
e Wiliam ficarão encarregados de comprar os mantimen-
tos, enquanto Laila buscará informações. Ela então segue
até o templo da deusa do Sol decidida a perguntar aos
sacerdotes se eles sabem algo que possa ajudá-la. O nar-
rador então pede que Cristina, jogadora de Laila, faça
um teste de CAR, tendo +1 de bônus devido aos sacerdo-
tes serem solícitos com um membro do culto e obtendo 10
(sucesso). Eles informam a Laila que rumores de seus fi-
éis apontam a floresta como sendo amaldiçoada e que pe-
rigos inomináveis espreitam durante a noite. Ela então
retorna aos seus aliados e explica o que descobriu, forne-
cendo ao grupo um bônus de +1 num teste de jornada du-
rante a viagem, onde possivelmente será usado na flo-
resta, uma vez que aparenta ser o local mais perigoso.
O grupo está pronto para partir, mas o narrador deve
antes definir os modificadores de terreno. O primeiro e
segundo dia transcorrerão numa planície, enquanto o ter-
ceiro será em uma floresta. Assim, o modificador para a
primeira e segunda rodada será de +1 (planície) e de -1
para a terceira (floresta).
Antes de saírem em viagem, o grupo discute quem será
responsável por cada função. Mesmo Ionas sendo um ca-
çador, decide-se que Laia atuará como a navegadora, ca-
bendo a ele ocupar a função de batedor, evitando acumu-
lar mais de uma função. Já Wiliam, o mais centrado do
grupo, será o administrador.
Definidas as funções, o grupo finalmente parte em sua
jornada. Laila guia os seus aliados atravessando as pla-
nícies (primeira rodada). Ela testa SAB com +1 de bônus
(modificador de terreno) e obtém 11 (sucesso). O narra-
dor, então, descreve que a viagem transcorre bem e que
Laila guia o grupo na Direção correta, evitando maiores
problemas. Ele ainda explica que a planície é tranquila e
que não há perigos nas proximidades, dispensando o teste
de Patrulha na primeira rodada. O grupo então precisa
avaliar a sua escolha de local de descanso. Wiliam co-
meça os trabalhos como administrador, preparando a re-
feição e verificando os gastos na rodada, testando Acam-
pamento. Ele testa INT com +1 de bônus e obtém um de-
cisivo, optando por poupar mantimentos. Desta forma, o
grupo todo se recupera normalmente e gasta apenas duas
rações nesta rodada (3 rações ÷ 2 = 1,5 = 2).
A segunda rodada transcorre normalmente e sem mai-
ores problemas. Já a terceira rodada se passa na floresta.
A fim de evitar problemas, Laila gasta o bônus de +1 que
obteve durante o Preparo no seu teste de Direção, mas
falha. O narrador então descreve que a floresta é traiço-
eira com o grupo, causando a Condição restrito (DES)
em todos após caírem de um pequeno precipício escon-
dido entre as árvores e arbustos. Machucados, os mem-
bros do grupo optam em usar todos os recursos à dispo-
sição para evitar um conflito durante o teste de Patrulha,
gastando 4 de Essência para usar Determinação. O es-
forço acaba sendo válido, pois Ionas obtém um decisivo,
escolhendo assim evitar o perigo automaticamente. O
narrador então descreve que o batedor encontrou carca-
ças de animais mortos e rastros de teias, desviando o
grupo de um possível encontro com aranhas gigantes.
Por fim, ao final do terceiro dia, o grupo atravessa a
floresta e chega à cidade. Como o descanso nesta rodada
se dará na cidade, William testa Acampamento apenas
para avaliar o impacto do trecho final da jornada nos
mantimentos do grupo, mas obtém um crítico. Como re-
sultado, o narrador decide que o grupo, após cair do pre-
cipício, acabou perdendo boa parte de seus mantimentos,
fazendo com que todos do grupo tenham perdido uma ra-
ção extra cada (primeira consequência). Além disso, para
o azar deles, as aranhas que foram evitadas lá atrás pos-
suem um ninho próximo à saída da floresta, exigindo um
novo teste de Patrulha (segunda consequência), tendo -2
de penalidade (-1 do terreno e -1 da falha). Todavia, con-
trariando o destino, William agora obtém um decisivo,
evitando o perigo automaticamente.
Após superarem um trecho final extremamente peri-
goso e terrível, o grupo consegue chegar ao seu destino
quase sem alimento (as rações poupadas por William na
primeira rodada foram compensadas com a falha obtida
na segunda) e machucado (em consequência do teste de
Laila). Ao menos eles terão comida quente e uma cama
confortável para descansar ao chegarem na estalagem.
Rações e Fome
A personagem deve levar consigo água e comida du-
rante uma jornada, consumindo uma ração por dia. Caso
fique sem rações, os seus testes de jornada do dia seguinte
serão feitos normalmente, mas para cada dia subsequente
sem comer ela recebe uma Condição. Caçar alimento per-
mite obter mais rações (veja Ações Opcionais mais adi-
ante neste Capítulo).
| 44 |
Recupera-se uma Condição devido à fome a cada dia
que a personagem se alimentar bem e descansar em uma
cidade, ou caso o grupo obtenha um decisivo num teste de
Acampamento e escolha fazer uma recuperação completa.
Ações Opcionais
Além das três funções obrigatórias (navegador, bate-
dor e administrador), existem outras três que podem ser
ocupadas conforme a necessidade do grupo ou caso uma
ou mais personagens possuam as proezas exigidas. São
elas e seus testes de jornada opcionais: caçador (Caçar
Alimento), herbalista (Coletar Ervas) e cozinheiro (Refor-
çar Alimentação).
Segue abaixo regras adicionais para o uso destas fun-
ções em jogo e seus testes de jornada específicos.
CAÇAR ALIMENTO
A caçadora é responsável por coletar alimento extra
caso uma viagem dure além do necessário ou o grupo
acabe gastando mais rações que o previsto, impedindo as-
sim que seus membros fiquem debilitados devido à fome.
Qualquer personagem pode exercer esta função, mas
aumentará a duração da jornada de todo o grupo em um
dia (personagens com a proeza Rastreador podem caçar
sem afetar o deslocamento do grupo). Esta função conta
no máximo que a personagem pode ter, gerando a penali-
dade por acúmulo de funções na rodada.
Durante uma jornada, é possível realizar um teste de
Caça uma vez por rodada antes do teste de Patrulha. Para
isto, faça um teste de DES e gaste um Item (represen-
tando as armadilhas, ferramentas e outros objetos neces-
sários para coletar alimento).
• Sucesso: a caçadora encontra uma quantidade de ra-
ções igual ao seu valor de DES.
• Falha: a caçadora não encontra alimento E se feriu
durante a caça (receba uma Condição), ou precisou
usar mais material do que esperava (gaste dois Itens
ao invés de um), ou atraiu atenção indesejada (inicie
um conflito com uma criatura local).
• Decisivo: a caçadora encontra uma quantidade de ra-
ções igual ao dobro do seu valor de DES
• Crítico: aplique duas consequências da falha.
COLETAR ERVAS
A herbalista é alguém com grande conhecimento sobre
ervas, unguentos, venenos e medicamentos, podendo gas-
tar algumas horas durante uma jornada (ou mesmo quando
seu grupo estiver em uma cidade) para procurar por ervas
valiosas. Esta função exige que a personagem possua a
proeza Herbalista para poder ser usada, mas não gera a
penalidade por acúmulo de funções na rodada. Veja Ervas
Medicinais no Capítulo 3 para detalhes sobre ervas medi-
cinais e preparo de unguentos.
Durante uma jornada, é possível realizar um teste de
Coletar Ervas por rodada antes do teste de Direção. Para
isto, faça um teste de CON e gaste um Item (represen-
tando as ferramentas e objetos necessários para coletar e
armazenar as ervas coletadas), sendo também modificado
pela estação do ano (+1 na primavera e -1 no inverno), e
pelo tempo gasto (+1 caso gaste metade do dia, aumen-
tando assim a duração da jornada em um dia).
• Sucesso: a herbalista encontra 2 ervas medicinais.
• Falha: a herbalista não encontra ervas OU encontra
uma única erva, mas se feriu durante a procura (re-
ceba uma Condição), ou precisou usar mais material
do que esperava (gaste dois Itens ao invés de um), ou
atraiu algum perigo quando estava coletando (inicie
um conflito com alguma criatura local).
• Decisivo: a herbalista encontra 4 ervas medicinais.
• Crítico: a herbalista não encontrará ervas E aplique
duas consequências da falha.
REFORÇAR ALIMENTAÇÃO
Uma boa alimentação pode melhorar a disposição de
uma pessoa, mas uma alimentação mágica faz milagres.
Uma verdadeira cozinheira pode preparar refeições mara-
vilhosas, aumentando as forças de seus aliados dentro e
fora de jornadas. Esta função exige que a personagem pos-
sua a proeza Mestre Cozinheiro para poder ser usada, mas
não gera a penalidade por acúmulo de funções na rodada.
Durante uma jornada, é possível realizar um teste de
Reforçar Alimentação por rodada antes do teste de Acam-
pamento (ou uma vez por dia quando estiver em cidades).
Para isto, faça um teste de INT e gaste um Item (repre-
sentando os temperos, receitas únicas e materiais de cozi-
nha necessários). Todas as rações do grupo serão afetadas
pelo resultado do teste. Desta forma, uma pessoa que não
queira ter sua ração modificada deve avisar antes da rea-
lização do teste.
| 45 |
• Sucesso: aplique um dos benefícios abaixo para as
rações reforçadas.
o Receba +1 para curar uma Condição naquele dia
ou rodada.
o Receba +1 num único teste de jornada no pró-
ximo dia ou rodada.
o Receba +1 para resistir a Condições durante todo
o próximo dia ou rodada.
o Aumente o Vigor OU a Essência máxima durante
todo o próximo dia ou rodada no valor da INT do
cozinheiro (escolha um, devendo-se aplicar a to-
das as rações reforçadas).
• Falha: nenhum benefício é gerado OU aplique um,
mas a cozinheira percebeu que cometeu um erro a
tempo, precisando gastar dois Itens adicionais para
evitar estragar o alimento do grupo (gaste três Itens
ao invés de um).
• Decisivo: aplique um dos benefícios E não gaste o
Item necessário para reforçar nesta rodada.
• Crítico: nenhum benefício é gerado E a cozinheira
estragou a refeição, provocando uma intoxicação ali-
mentar no grupo (aplique uma Condição no dia se-
guinte em todos que consumirem a ração alterada),
ou ela criou algo tão diferente e único que não agra-
dou o grupo (gere uma penalidade de -1 em todos os
testes de quem consumiu a ração alterada durante
todo o próximo dia, exceto para ataques e defesas).
 Capítulo 6
EXPLORAÇÃO
Os testes de jornada serão usados para a realização de vi-
agens em regiões selvagens, o que pode levar dias. Entre-
tanto, as personagens poderão optar por gastar horas ex-
plorando um único lugar, que revelará dificuldades tão ou
mais intensas que as jornadas, ou interagir com outras
pessoas, criando laços ou adquirindo bens. Neste capítulo
serão apresentadas as regras para a criação de desafios du-
rante a exploração, bem como encontros e interações.
Investigando lugares
Durante uma aventura, as personagens visitarão os
mais diversos lugares, de cidades grandiosas a masmorras
sinistras. A variedade de cada ambiente a ser explorado
depende do cenário onde a história ocorre, além das esco-
lhas que os jogadores farão ao longo da aventura. Explorar
estes locais pode ser algo simples, seja através das descri-
ções do narrador ou da intepretação dos jogadores. Entre-
tanto, alguns locais terão desafios a serem superados ou
permitirão que sua exploração traga benefícios às perso-
nagens, devendo ser investigados através de testes.
Antes de iniciar uma cena de investigação, o narrador
deve definir com os jogadores o objetivo das personagens
e como elas farão para alcançá-lo, fornecendo-o uma ideia
dos testes que serão necessários. Faça, então, um teste al-
ternadamente com cada jogador. Todas as personagens do
grupo devem fazer ao menos um teste, exceto se presta-
rem auxílio. Caso uma delas auxilie um aliado, faça um
único teste e aplique as suas consequências a ambas. A
necessidade de uma nova rodada de testes depende dos
| 46 |
resultados obtidos, do local (exigindo duas ou mais roda-
das até ser completamente explorado), e do interesse dos
jogadores (ao tentar novamente ou estabelecer um novo
objetivo). O tempo entre cada rodada depende da situação,
podendo variar de alguns minutos a horas (explorar um
cômodo leva alguns minutos, mas uma vila inteira pode
exigir horas).
Ao investigar lugares, as personagens farão o que
acharem melhor, sendo limitadas apenas pelo ambiente e
circunstâncias. A dificuldade da investigação depende do
que se está procurando, do tempo gasto explorando e do
que o local tem a oferecer, gerando modificadores para os
testes. Alguns lugares podem não ter o que a personagem
deseja, por exemplo. Porém, o sucesso num teste deve ao
menos lhe dar uma pista, permitindo a continuidade da
história ou criando situações interessantes.
Deve-se utilizar prioritariamente as defesas Analisar e
Perceber para investigar lugares, mas atributos como FOR
e DES também podem ser testados dependendo da situa-
ção, como para evitar perigos, correr, perseguir, suportar
cargas e outros. Dentre os fatores que modificam os testes,
inclui-se penalidade por excesso de carga, proezas, o am-
biente e a sua visibilidade (locais encobertos parcialmente
por sombras ou tomados pela escuridão geram penalida-
des de -1 a -2 nos testes).
ANALISAR
Certos locais são propícios a terem passagens secretas
ou ocultar mistérios, muitas vezes possuindo informações
que podem ajudar as personagens em algo. Olhar cada
canto não será apenas importante, mas também crucial
para encontrar tesouros ou pistas que podem passar des-
percebidas.
Analisar serve para avaliar minunciosamente uma área
e descobrir o que ela tem a oferecer, sendo usada quando
a personagem assumir um papel mais ativo na exploração.
Em áreas selvagens, ela é usada para localizar rastros, es-
tudar o ambiente ou encontrar abrigo. Em cavernas ou
masmorras, é utilizada para achar pistas e passagens ocul-
tas, levando a tesouros ou caminhos mais seguros. Em ci-
dades, é usada para obter informações do cenário ou ava-
liar o melhor caminho a ser seguido.
• Sucesso: a personagem encontra o que deseja OU
algo inesperado, mas igualmente vantajoso.
• Falha: ela recebe uma Condição, OU perde um re-
curso valioso, OU um novo problema surge na cena.
Escolha uma das consequências listadas.
• Decisivo: ela encontra o que deseja E algo extra que
a beneficiará (pode ser um item específico, um bônus
de +1 num teste futuro que tenha relação ao que ob-
teve, ou uma informação relevante sobre algo que
encontrará mais adiante).
• Crítico: ela recebe duas consequências da falha OU
o problema que desencadeou será agravado.
PERCEBER
Quando estiver explorando um local desconhecido, a
personagem deve ter cuidado em cada passo que der, prin-
cipalmente se estiver numa masmorra, na tumba de um ser
profano ou no esconderijo de criminosos. Armadilhas es-
preitam em cada esquina, prontas para enfraquecer, ferir
ou matar aqueles distraídos.
Perceber serve para evitar problemas ao investigar lo-
cais potencialmente perigosos, sendo utilizado quando a
personagem assumir um papel mais passivo na explora-
ção. Ele é usado principalmente para notar e reagir à ar-
madilhas e emboscadas.
• Sucesso: a personagem percebe o problema antes
dele acontecer, podendo ignorá-lo, evitá-lo ou se pre-
parar para o enfrentar.
• Falha: ela não percebe o problema, sendo surpreen-
dida por adversários, OU afetada por uma armadilha,
OU perde um recurso valioso, OU um novo pro-
blema surge na cena. Escolha uma das consequên-
cias listadas.
• Decisivo: ela percebe o problema E terá vantagem
contra ele, conferindo +1 num teste contra ele para
todos do grupo.
• Crítico: ela recebe duas consequências da falha OU
uma delas é agravada de alguma forma.
ARMADILHAS
Algo comum ao se explorar uma masmorra e templos
antigos são armadilhas. Em jogos clássicos de fantasia
medieval, muitas vezes o narrador deve preparar antes de
cada sessão cada armadilha e seus locais, prevendo os ca-
minhos que os jogadores poderão escolher. No Gaia RPG
isso não é necessário, podendo-se improvisá-las sempre
que a situação exigir e fizer sentido no contexto da cena e
do ambiente.
| 47 |
Independente do seu tipo, uma armadilha pode causar
dano, uma Condição ou gerar um novo problema. Caso ela
cause dano, seu valor será igual a 4 + nível da armadilha
e seu tipo geralmente será físico. O nível da armadilha de-
fine sua letalidade, onde, em geral, será igual ao maior ní-
vel dentre as personagens do grupo. Uma armadilha de 3º
nível, por exemplo, causará 7 de dano.
Segue exemplos de armadilhas: agulhas envenenadas
(Condição física), armadilha de dardos (dano e Condição
física), armadilha de lanças (dano físico), fosso (novo pro-
blema), fosso com estacas (novo problema e dano físico),
jato de chamas (dano ígneo; área), lâmina em pêndulo
(dano físico), paredes ou teto móvel (novo problema),
teias (Condição restrito), runa mágica (conjura uma magia
até nível 4 qualquer da lista do Capítulo 2).
EXEMPLO DE INVESTIGAÇÃO
Laila, Ionas e William chegaram ao seu destino: uma
ruína no meio da floresta. Sua estrutura lembra a de um
templo antigo, tendo desmoronado quase que completa-
mente, não havendo, à primeira vista, qualquer forma de
entrar. O local está abandonado, mas as personagens sa-
bem que o templo é maior do que aparenta por fora de-
vido as informações que obtiveram antes da viagem. O
narrador então explica aos jogadores que podem investi-
gar o local, encontrando pistas sobre o seu passado e de
como entrar.
Sendo o mais intelectual do grupo, William decide es-
tudar a ruína e descobrir pistas sobre ela, testando Ana-
lisar. Ionas, por outro lado, começa a procurar por uma
forma diferente de entrar no templo, testando Perceber.
Já Laia acha melhor ficar de prontidão para qualquer pe-
rigo a fim de alertar os amigos, testando Perceber para
notar qualquer coisa que possa ser perigosa.
William faz o teste e obtém 13 (sucesso). O narrador
explica que a personagem leu, anos atrás, sobre um culto
que havia construído um templo para orar em nome de
um deus antigo e profano, cujo nome é impronunciável.
Neste local, o culto desempenhou rituais bizarros e matou
incontáveis inocentes, mas também acumulou segredos
mágicos nunca revelados. Analisando o que sobrou do
templo, ele foi capaz de notar o símbolo deste deus escul-
pido em algumas rochas, dando-lhe a certeza que aquele
era de fato o local onde o culto se escondera. Com esta
informação em mãos, William recebe um bônus de +1
para procurar por estes segredos uma vez que entrar no
templo.
Laila faz seu teste e obtém 11 (sucesso). Ela faz uma
ronda no local e descobre rastros que parecem pertencer
a criaturas profanas. Usando seus dons de sacerdotisa,
ela sente que tanto o templo como a floresta emanam uma
forte aura maligna. Certamente eles podem esperar se-
rem atacados assim que anoitecer se permanecerem ali
por muito tempo. Ela então retorna para contar o que
descobriu.
Ionas, por outro lado, obteve 8 (falha). Contudo, tendo
em vista que este teste é o mais importante para a conti-
nuidade da história, o narrador decide que ele teve um
sucesso, mas a um custo. Ionas está estudando a ruína em
busca de uma entrada segura, quando, repentinamente, o
solo sob os seus pés cede e desmorona, levando consigo
o caçador. Ele cai de uma grande altura, machucando-se
no processo. O narrador considera a situação equiva-
lente a acionar uma armadilha de nível 1, causando 5 de
dano físico na personagem e diminuindo o seu Vigor para
11 (16 - 5). Ao se recuperar da queda, Ionas analisa o
local à sua volta e percebe que acidentalmente encontrou
uma forma de entrar na parte oculta do templo.
William e Laila, gratos pelo amigo não ter se machu-
cado gravemente, então gastam 1 item e descem usando
cordas, iniciando uma nova rodada de investigação.
Encontros
Ao longo de uma jornada, na exploração de uma mas-
morra ou durante suas andanças pelas cidades, as perso-
nagens podem se deparar com monstros ou pessoas, inici-
ando um encontro. Os encontros são situações nas quais o
grupo se envolve com uma ou mais personagens contro-
ladas pelo narrador, através de interações ou combates.
Em geral, os encontros são planejados pelo narrador
durante seu preparo antes de cada sessão, sendo necessá-
rios a fim de definir os principais caminhos e obstáculos
a serem superados pelos jogadores, guiando a narrativa.
Entretanto, os jogadores poderão escolher qualquer cami-
nho para cumprir com os objetivos de suas personagens,
mesmo aqueles que não foram previstos pelo narrador.
Neste caso, os encontros ocorrerão em consequência ao
rumo tomado pela história ou devido a falha de um teste.
INTERAÇÕES
Lidar com pessoas é algo essencial no dia a dia de
qualquer personagem, seja para obter algo que deseja ou
estabelecer laços. Amizades podem salvar a sua vida, da
mesma forma que inimigos podem a atormentar durante a
aventura e tornar tudo mais complicado. Em alguns cená-
rios, sua reputação e influência será tão ou mais impor-
tante que a sua habilidade em combate, abrindo portas
para si. É também através da interação que a personagem
recebe algumas das informações mais relevantes para a
sua aventura, podendo até descobrir novas possibilidades
e caminhos que não havia percebido antes.
A interação é o momento em que o aspecto mais in-
terpretativo do jogo se destaca, pedindo que os jogado-
res e o narrador atuem e sejam as personagens, falando
por elas e descrevendo como se comportam.
Em geral, a interação não exige testes. Basta descrever
e interpretar o que a personagem faz e fala. Contudo, nem
sempre quem está ouvindo acreditará nela ou será solícito,
cobrando o sucesso em um ou mais testes. Nestes casos,
o principal atributo utilizado será CAR, mas outros como
FOR, DES e INT também serão úteis, dependendo das
ações da personagem. Já as defesas Analisar e Vontade
serão as mais usadas.
Segue abaixo uma lista dos principais testes feitos em
interações.
Enganar: mentir, blefar, trapacear e fintas são algu-
mas formas de enganar uma pessoa. Para enganar, faça
um teste de CAR (usando palavras) ou DES (movimentos
corporais) contra o Analisar do alvo. Com o sucesso, ele
| 48 |
acredita na personagem durante a cena, ou até algo expor
a verdade.
Intimidar: ameaçar e demonstrar força são as princi-
pais formas de causar medo ou abalar uma pessoa. Para
intimidar, faça um teste de CAR (usando ameaças ou re-
putação) ou FOR (demonstrando força) contra a Vontade
do alvo. Com o sucesso, ele fica desencorajado a tentar
algo contra a personagem ou assustado durante a cena, ou
até algo mostrar a fragilidade dela ou encorajar o alvo.
Liderar: comandar, alertar e encorajar são algumas
ações da liderança. As proezas Bravura, Comandar Aliado,
Inspirar Aliado e Paladino fornecem bônus e ações únicas
para que a personagem lidere seus aliados, mas ela tam-
bém pode gastar uma ação para guiar alguém ou testar
CAR para encorajar um aliado (a moral do grupo pode
modificar o teste).
Persuadir: argumentar e empatizar são as formas para
persuadir alguém. Para persuadir, faça um teste de CAR
(usando argumentos ou reputação) ou INT (demonstrando
conhecimento) contra o Analisar do alvo. Com o sucesso,
ele é convencido e aceita as verdades ditas pela persona-
gem. Às vezes, caso a interpretação do jogador seja ótima
ou seu argumento muito convincente, nenhum teste deve
ser cobrado.
Seduzir: elogios, palavras e gestos suaves, subornos e
apelar para a luxúria de uma pessoa são as melhores for-
mas de seduzir alguém. Para seduzir, faça um teste CAR
(usando palavras) ou DES (movimentos corporais) contra
a Vontade do alvo. Com o sucesso, ele cede aos próprios
desejos ou encantos da personagem, ficando distraído ou
dando o que ela quer durante a cena, ou até ser alertado.
Socializar: ter etiqueta e bom senso são algumas das
regras que devem ser seguidas em ambientes sociais. So-
cializar é usado para obter informação, conseguir favores
ou aumentar a sua reputação em certos círculos sociais,
como na nobreza, na guilda de ladrões, na associação dos
aventureiros, no culto de uma divindade ou entre milita-
res. Para isso, faça um teste de CAR (modifique depen-
dendo da sua reputação naquele círculo ou reino), onde o
sucesso dará a personagem o que ela precisa.
Exemplo: Laila, Ionas e William estão diante de Gredo,
um xamã que mora na Floresta Marrom. Gredo não é
hostil a princípio, mas possui suas ressalvas quanto a
Ionas. Eles precisam convencê-lo a revelar informa-
ções importantes sobre o paradeiro de Ayna, a filha do
chefe da vila de Ionas, que desapareceu há alguns dias.
Cristina, jogadora de Laila, acredita que a melhor
abordagem seria apelar à empatia do xamã, fazendo-
o ajudar de bom grado (persuadir). Mauro, porém, não
vê Ionas sendo capaz de negociar com o xamã devido
suas vilas serem rivais, achando melhor arrancar a in-
formação a força (intimidar). Já Alex sabe que William
sempre tenta lucrar quando a oportunidade permite,
acreditando ser mais fácil oferecer algo a Gredo em
troca da informação (seduzir).
O narrador, então, analisa cada situação e explica
aos jogadores as possíveis consequências. Sendo um
xamã, Gredo possui uma profunda ligação com os es-
píritos, tornando-o mais empático que a maioria dos
membros da sua vila, onde falhar na tentativa apenas
 o tornaria cego aos pedidos de Laila ou o faria exigir
algo em troca. Ameaçar o xamã pode ser efetivo, mas
o tornaria ainda mais hostil aos moradores da vila de
Ionas ou até iniciar um conflito. Quanto ao suborno,
possivelmente há algo que o xamã precise, ajustando o
custo da informação conforme o resultado da barga-
nha. Pesando cada caso, o grupo decide usar o método
sugerido por Alex, seduzindo o xamã com a possibili-
dade de fazer o chefe da vila de Ionas lhe dever um
favor, colhendo assim benefícios futuros. William en-
tão testa sua CAR e obtém 10 (sucesso), convencendo
Gredo a ajudar.
COMBATES
Às vezes palavras não são suficientes, a negociação fa-
lha e a única coisa a ser feita é recorrer a violência. Com-
bates são um dos principais pilares de aventuras em mun-
dos de fantasia e muitas vezes é o elemento de destaque
num jogo. No Gaia RPG, eles também possuem a sua im-
portância, tendo um capítulo somente para tratar das suas
regras. Entretanto, por serem consequências comuns de
interações, jornadas e investigações (principalmente após
uma ou mais falhas nestas situações), eles se categorizam
como encontros e serão explicados a seguir.
Combates podem ocorrer por diversos motivos. O ar-
qui-inimigo de uma das personagens finalmente a encon-
trou e deseja concretizar a sua vingança. A discussão com
os guardas foi de mal a pior e o grupo precisa lutar para
não ser preso injustamente. O navegador do grupo as
guiou por um caminho errado e agora elas estão cercadas
por monstros. As personagens finalmente acharam a câ-
mara secreta do necromante e precisam derrotá-lo. As mo-
tivações serão as mais variadas, mas uma coisa é certa:
todo combate deve ter um motivo. Ele será um momento
dramático na narrativa, onde a vida das personagens es-
tará em risco. Caso tenham que enfrentar inimigos fáceis
demais, muitas vezes é melhor se limitar a apenas descre-
ver como elas os derrotam, ou simplificar o processo a um
único teste. De forma semelhante, impor diversos comba-
tes ao grupo apenas porque seu batedor está azarado no
| 49 |
teste de Patrulha atrapalha a continuidade da narrativa e
cansa os jogadores. Assim sendo, utilize-os em momentos
chaves da história, criando tensão e aumentando a drama-
ticidade do jogo.
Mas como criar um combate? Primeiro, tenha em
mente a sua causa e defina os lados envolvidos. Responda
as seguintes questões: quantas personagens há no grupo?
Quantos adversários enfrentarão? Quais os objetivos de
cada lado?
Segundo, determine o local do combate e o descreva.
Limite-se a falar apenas o que há de mais importante nele,
para que os jogadores entendam quais são os limites e as
possibilidades das personagens. Novamente responda:
onde ocorrerá? Como é o local? Onde as personagens
estão? A que distância estão os adversários?
Terceiro, escolha os adversários. No Gaia RPG, o nar-
rador terá a liberdade para criar os inimigos que quiser,
conforme explicado no Capítulo 8 sobre os adversários.
Por fim, a cena anterior ao combate ajudará o narrador a
definir algumas destas informações, como o seu local, a
quantidade de adversários e seus objetivos.
Um combate poderá ser fácil, equilibrado ou difícil,
dependendo do número e força dos adversários, variando
com a situação. Não é interessante criar apenas combates
equilibrados, pois isso tira parte da tensão da narrativa ao
passar uma falsa sensação de segurança para os jogadores.
Além disso, o mundo deve ser mais coerente que justo, e
reagir de forma equivalente as atitudes e falhas das perso-
nagens. Porém, cuidado ao forçar muitos combates fáceis
ou difíceis, pois pode levar a frustração, seja pela ausência
de desafio ou pelo excesso.
Criar um combate equilibrado é impossível. Todavia,
pode-se tomar como base o Nível de Desafio (ND) dos
adversários para isso. O ND será igual à soma dos níveis
de todos os adversários envolvidos no combate, sendo
ideal que seu valor seja o mais próximo possível da soma
dos níveis das personagens. Além disso, a quantidade de
adversários em cena não deverá ser maior que o dobro da
de personagens, nem menor que a metade (arredonde para
cima).
 Exemplo: após chegarem ao centro do templo, Laila,
Ionas e William se deparam com um cultista e alguns
esqueletos. Deitada sobre um altar está Ayna, a filha
do chefe da vila de Ionas. Temendo pelo pior, o grupo
parte para o combate. O narrador decide que o encon-
tro será equilibrado, onde o ND ideal dos adversários
deverá ser igual a 3 (3 personagens x 1º nível). Desta
forma, ele determina que haverá um cultista de 2º nível
e dois esqueletos de 1º nível, totalizando ND 4.
Cidades
A maioria das aventuras ocorrerão em locais remotos,
exigindo que as personagens realizem jornadas. Contudo,
também há muito o que fazer em cidades.
Aglomerações urbanas são os principais locais onde as
personagens interagirão com as personagens do narrador,
seja criando laços ou inimizades. Lá será possível descan-
sar após uma longa aventura, repor mantimentos e, quem
sabe, descobrir novos rumos. Também é possível aventu-
rar-se nelas, seja enfrentando uma guilda de bandidos ou
desmascarando um nobre corrupto. Quando se pensa em
aventuras urbanas, elas normalmente tendem a envolver
sociedades secretas e intrigas políticas, mas não é raro
descobrir que uma masmorra pode estar escondida sob as
ruinas subterrâneas da capital, por exemplo, estando cheia
de armadilhas e monstros que podem destruir a paz dos
seus habitantes caso escapem para a superfície. Aventuras
em cidades podem acabar tendo todos os elementos de ex-
ploração apresentados neste capítulo, alternando-os con-
forme as ações das personagens.
Outra característica importante de cidades é o que elas
podem oferecer às personagens em termos de suprimentos
e serviços. Em geral, quanto maior a cidade, maior a pro-
babilidade de encontrar o que se deseja.
Desta forma, as aglomerações urbanas podem ser se-
paradas em quatro tipos.
Aldeias: locais com construções tipicamente rurais,
possuindo entre 50 e 500 moradores. Aldeias não dispõem
de serviços ou produtos especializados, contando com no
máximo um ferreiro e/ou herbalista. Sua força defensiva
consiste basicamente nos próprios aldeões, tendo pouca
| 50 |
ou quase nenhuma arma, sendo mais utilizadas como fer-
ramentas nas atividades diárias. Além disso, quando cer-
cadas por muros, estes possuem construção simples e em
madeira, sendo mais comuns naquelas situadas em regiões
perigosas. Elas possuem quase nenhuma forma de comér-
cio formal, como lojas e estalagens, dependendo da visita
de comerciantes externos e caravanas.
Vilas: locais com uma pequena aglomeração de mora-
dias e algumas ruas, possuindo entre 500 e 5.000 morado-
res. Vilas possuem uma estrutura mais próxima à de cida-
des, tendo alguns comércios e serviços especializados à
disposição. É comum também haver estalagens para visi-
tantes, bem como uma sede para o regente local e/ou seus
subsidiários. Elas contam com uma pequena força defen-
siva composta prioritariamente de soldados locais, tendo
no máximo um comandante experiente. Vilas costumam
separar bem sua área rural da área urbana através de pe-
quenas muralhas, possuindo até duas entradas.
Cidades: locais tipicamente urbanizados, tendo algu-
mas ruas principais e várias laterais, possuindo entre 5.000
e 50.000 moradores. Cidades são grandes o suficiente para
ter todo tipo de comércio e pessoas, separando bem seus
diversos distritos (distrito nobre, distrito do castelo, dis-
trito comercial, distrito residencial, porto... etc.). Devido
sua importância e tamanho, cidades costumam ter temas
que representam sua principal atividade ou característica
(exemplos: cidade portuária de Delvre, cidade mineradora
de Brunmurd, cidade armeira de Forjamestre). Quando
uma cidade tiver um tema, trate como mais fácil de obter
recursos associados ao mesmo.
Metrópoles: são as maiores aglomerações urbanas,
possuindo mais de 50.000 moradores. Geralmente haverá
apenas uma por reino, sendo o local onde a realeza reside.
São extremamente fortificadas, comumente centralizando
as sedes de órgãos de grande influência para a população
e soberania do reino, como o Exército e a Igreja, bem
como de algumas organizações secretas e/ou criminosas.
Metrópoles são antigas e guardam segredos ainda não re-
velados para a maioria dos seus moradores, sendo ótimos
locais para aventuras de mistério e intriga.
 Capítulo 7
COMBATES
Ao longo das aventuras, inimigos e monstros poderão sur-
gir no caminho das personagens, travando batalhas mor-
tais. Este capítulo explicará as regras dos combates e suas
consequências.
Iniciativa
Antes do combate ter início, deve-se definir a ordem
em que os combatentes agirão, o que depende da iniciativa
deles. A iniciativa será igual à DES da personagem, sendo
modificada por proezas, penalidade de armadura e sobre-
carga. Quanto maior ela for, mais rápida a personagem
será. Desta forma, compare a iniciativa de todos os com-
batentes, agindo primeiro aquele que tiver o maior valor,
sendo seguido pelos demais em ordem decrescente. Aque-
les com valores iguais agirão ao mesmo tempo.
EMBOSCADAS E SURPRESAS
A cena que antecede o combate é importante não ape-
nas para estabelecer os seus critérios (local, adversários e
situações), como também para determinar se um dos lados
foi surpreendido. As emboscadas devem ser resolvidas
antes das iniciativas, onde cada lado deve escolher um
membro para fazer os testes pelo grupo. O lado ofensor,
que pretende fazer a emboscada, deve testar DES contra o
Perceber do lado defensor (furtividade versus percepção).
Caso o lado ofensor vença, ele surpreende seus inimigos
e seus membros agem primeiro (ignore a ordem da inici-
ativa). Caso o lado defensor vença, ele não é surpreendido
e a iniciativa será determinada normalmente. Atacar um
| 51 |
alvo surpreso concede +2 de bônus no teste, mas apenas
no primeiro ataque contra ele.
Perceba que esta resolução só é necessária caso a situ-
ação exija. Durante jornadas, falhar em testes de Patrulha
pode ter como consequência as personagens serem surpre-
endidas por adversários, podendo também acontecer du-
rante a exploração de lugares como masmorras e templos
antigos.
Ações e Rodadas
Durante a sua iniciativa, cada combatente poderá fazer
uma ação lenta e uma ação rápida. As ações lentas en-
volvem atacar um alvo, conjurar uma magia, usar uma
proeza, usar um item, assumir postura defensiva, realizar
um teste geral qualquer conforme a situação, aguardar ou
mover-se uma zona. Já as ações rápidas são ações breves
ou reflexas, envolvendo tentar se recuperar de um efeito
(proveniente de magias ou não), cancelar uma magia que
ele tenha conjurado ou se reposicionar dentro da sua zona.
Certas proezas permitem usar a ação rápida de outras for-
mas ou até na iniciativa de outro combatente, dando mais
opções para a personagem.
Após o combatente realizar suas ações lenta e rápida,
será a vez do seguinte até que todos tenham agido nas suas
respectivas iniciativas, concluindo uma rodada. A rodada
representa o tempo necessário para que todos no combate
façam suas ações, onde, após seu término, uma nova é ini-
ciada, permitindo que os combatentes que não estejam in-
capacitados ajam novamente.
 O combate termina caso todos os combatentes de um
dos lados sejam incapacitados, desistam, fujam ou uma
mistura de ambos os casos. Combatentes do lado perdedor
que terminarem incapacitados ou que tenham desistido fi-
carão à mercê do lado vencedor, tendo seu destino deter-
minado pelos seus inimigos. Combatentes que tenham fu-
gido poderão ser perseguidos ao final da cena do combate.
Segue abaixo a descrição de cada tipo de ação que pode
ser usada em combates
AGUARDAR
Aguardar é uma ação lenta em que o combatente age
após a sua inciativa, escolhendo esperar para avaliar o que
os demais farão. No momento que julgar oportuno, o com-
batente que estiver aguardando poderá decidir agir, inter-
rompendo a vez de outro (ele apenas agirá primeiro. Após
ter agido, ainda será a vez de quem foi interrompido). Caso
a rodada termine, o combatente deverá agir ou perderá a
vez (não é possível “guardar” as suas ações para a rodada
seguinte). A iniciativa do combatente não é alterada por
usar esta ação.
ATACAR
Atacar é uma ação lenta que visa afetar negativamente
um alvo, seja causando dano, agarrando-o, desarmando-o
ou o derrubando. Ataques são testados usando o atributo
da sua arma (FOR ou DES) contra as defesas Aparar (ata-
ques corpo a corpo) ou Esquiva (ataques à distância e em
área) da vítima.
Veja detalhes sobre Dano mais adiante neste Capítulo
para saber como causá-lo e suas consequências.
Para agarrar, faça um ataque desarmado (FOR) con-
tra o Aparar do alvo. Um alvo agarrado recebe a Condição
restrito (DES) e não pode se reposicionar (ação rápida) e
se mover (ação lenta) enquanto estiver imobilizado, mas
pode gastar sua ação lenta para fazer um ataque desarmado
ou com uma arma veloz contra quem o está agarrando, ou
tentar escapar fazendo um teste de FOR ou DES contra o
Aparar do agressor. Já a personagem que está agarrando
pode fazer um ataque desarmado ou com uma arma veloz
no alvo que está agarrando a partir da rodada seguinte, de-
vendo gastar sua ação rápida na rodada para manter a imo-
bilização. Não é possível agarrar um alvo maior que si
mesmo (uma pessoa de tamanho médio, por exemplo, não
pode agarrar alguém de tamanho grande ou superior).
Para derrubar, faça um ataque com qualquer arma
contra a defesa que couber do alvo. Um alvo caído recebe
a Condição restrito (DES) e não pode se reposicionar
(ação rápida) e se mover (ação lenta) até gastar uma ação
lenta para se levantar, cancelando também a Condição.
Para desarmar, faça um ataque com qualquer arma
contra a defesa que couber do alvo. Um alvo desarmado
não poderá usar a sua arma até gastar uma ação lenta para
sacar uma nova ou recuperar a perdida. Desarmar é um
ataque que visa separar o alvo de um dos seus recursos,
desde que seja algo que esteja segurando (uma arma, um
escudo) ou acessível (uma joia, item, mochila). No caso
específico de adversários, desarmá-los os impedirá de re-
alizar um tipo de ação (retirar o arco de um atirador, por
exemplo, o impedirá de atacar à distância), diminuirá seu
| 52 |
dano base em -1 (perderá a arma que está usando), ou ge-
rará uma penalidade de -1 no ataque (-2 se for o foco de
um mago).
CONJURAR MAGIAS
Conjurar é uma ação lenta que visa usar uma magia,
seja em si mesmo, num aliado ou contra um alvo. Em con-
trapartida, para cancelar uma magia conjurada, basta gas-
tar a sua ação rápida na rodada. Quando o combatente usar
uma magia em si mesmo ou num alvo passivo (um aliado,
por exemplo), nenhum teste será necessário para acertá-
la, exceto caso ele possua uma penalidade em seu atributo
mágico (com uma falha nada acontece. Com um sucesso,
a personagem conjura a magia e gasta a Essência exigida).
Quando quiser afetar um alvo hostil, deve-se testar o atri-
buto mágico contra a defesa descrita pela magia a fim de
acertá-lo (uma falha, neste caso, ainda gastará a Essência
da magia).
Veja detalhes sobre as Magias no Capítulo 2.
MOVER-SE
Mover-se entre zonas é uma ação lenta em que o com-
batente se desloca da zona atual para outra adjacente. Ne-
nhum teste é exigido para realizar esta ação, a menos que
haja algum obstáculo no caminho (neste caso será cobrado
um teste de FOR ou DES, dependendo do obstáculo a ser
superado). Já para se reposicionar dentro da sua zona atual,
o combatente deverá gastar a sua ação rápida na rodada.
Veja detalhes sobre as zonas e distâncias mais adiante
neste Capítulo.
POSTURA DEFENSIVA
Postura defensiva é uma ação lenta que visa aumentar
a prontidão do combatente diante dos perigos do combate.
Ao utilizá-la, ele receberá +1 nos testes das suas defesas
Aparar, Esquiva, Analisar e Perceber até o início da sua
próxima iniciativa.
RECUPERAR-SE
Recuperar-se é uma ação rápida que visa cancelar um
efeito negativo que esteja afetando o combatente. Efeitos
negativos geralmente são provenientes de magias, mas al-
gumas proezas também podem causá-los. Para cancelar
um efeito, deve-se testar e ter sucesso numa defesa espe-
cífica (conforme a descrição do próprio efeito). Só é pos-
sível cancelar um único efeito por rodada.
Não é possível usar esta ação para tentar cancelar os
efeitos causados por doenças e venenos. Nestes casos, use
a magia Reestabelecer ou as regras descritas em Recupe-
ração no Capítulo 4.
TESTE GERAL
Teste geral se trata de uma ação lenta generalista em
que o combatente pretende alcançar um efeito específico
durante o combate, seja procurar por algo (teste de SAB),
resolver um enigma (teste de INT), livrar-se de um obstá-
culo físico (teste de FOR), ou até persuadir um inimigo a
desistir (teste de CAR). O narrador deverá adaptar o teste
ao que a personagem pretende alcançar.
USAR UMA PROEZA
Usar uma proeza é uma ação lenta ou rápida (con-
forme a descrição dela) que permite ao combatente usar
os efeitos de uma proeza durante o combate.
A maioria das proezas fornecem bônus passivos para
as ações que o combatente normalmente realiza, não gas-
tando ações. Todavia, algumas poucas poderão modificar
ou criar ações únicas para serem usadas na cena. Alguns
exemplos de proezas que geram ações únicas no combate
são: Dissimular, Enfurecer Adversário, Inspirar Aliado,
Proximidade e Sorrateiro.
Veja a descrição de cada proeza para saber como usá-
la e em quais situações.
USAR UM ITEM
Usar um item é uma ação lenta em que o combatente
usa um item que está carregando a seu favor, seja aplicar
um unguento em si mesmo ou num aliado, beber uma por-
ção mágica, arremessar uma bomba (considere um ataque
cujo efeito será definido pelo item usado), dentre outros.
Zonas e Distâncias
Uma zona é uma área de dimensões definidas onde um
ou mais combatentes estão fisicamente, podendo haver
uma ou mais delas no combate. O tamanho e formato dela
varia conforme o local, seja o cômodo de uma casa, uma
área aberta ou um longo e estreito corredor. Seu tamanho
também define o máximo de combatentes que cabem nela,
já o seu formato delimita as posições que eles podem ocu-
par, afetando suas formas de ataque. Lutar num corredor
estreito, por exemplo, pode limitar que até quatro comba-
tentes fiquem engajados ao mesmo tempo, enquanto os
demais só poderão atacar à distância.
Perceba que as dimensões de uma zona não precisam
ser expressas numericamente, devendo-se apenas usar de
bom senso para definir os seus limites. A melhor forma de
imaginar o limiar entre as zonas é a existência de um obs-
táculo que impeça o livre movimento dos combatentes.
Um porto, por exemplo, pode ter suas zonas delimitadas
por caixotes e várias pessoas, onde um navio atracado
pode ser uma zona extra. Já para uma mansão com dois
níveis, pode-se considerar o térreo inteiro como uma zona,
enquanto o pavimento superior é outra, sendo ligadas por
uma escada.
ALCANCE
Um ou mais combatentes poderão estar engajados em
uma zona, desde que estejam em combate direto entre si
(corpo a corpo). Eles também poderão estar próximos na
mesma zona (à distância), mas não estando engajados.
Um alvo que esteja em uma zona adjacente do comba-
tente estará distante. Para o alcançar, pode-se fazer um
ataque à distância contra ele ou gastar uma ação lenta para
se mover até a outra zona.
Um alvo que esteja a duas ou mais zonas distantes do
combatente estará fora de alcance, deve-se primeiro se
mover entre as zonas para tentar diminuir a distância que
os separa antes de realizar um ataque.
| 53 |
VISIBILIDADE
Em algumas situações, uma zona poderá estar coberta
por neblina ou escuridão, ou o combatente não conseguirá
enxergar por algum motivo. Quando for o caso, ele rece-
berá -1 (penumbra ou neblina leve) ou -2 (escuridão com-
pleta ou neblina densa) de penalidade para realizar ataques
e nas suas defesas Aparar, Esquiva, Analisar e Perceber.
As personagens que possuem a melhoria da proeza Pron-
tidão não receberão estas penalidades em combates.
Dano e Consequências
Um ataque efetivo que tenha como objetivo machucar
o alvo causará um valor de dano. O dano causado por uma
arma será igual à soma do valor do atributo usado pela
personagem no ataque, mais o bônus fornecido pela arma,
mais metade do nível dela (caso possua a proeza Treina-
mento para a arma utilizada; arredonde para cima), mais
quaisquer bônus de proezas que se apliquem na situação.
Já o dano causado por uma magia variará conforme a que
for conjurada, devendo-se ler a descrição dela para deta-
lhes. Por fim, o dano causado por um adversário depen-
derá do seu nível, conforme pode ser visto no Capítulo 8.
Perceba que não existe uma rolagem ou teste para cal-
cular o dano causado, sendo um valor fixo. Porém, o alvo
poderá ter características que modificarão o dano que re-
ceber, sejam reduções, imunidades ou vulnerabilidades.
Veja Modificadores de Dano mais adiante para detalhes.
Deve-se aplicar o dano até zerar o Vigor do alvo. Caso
seja uma personagem, ela ficará indefesa e morrendo (veja
mais adiante). Caso seja um adversário, ele será derrotado
(pode-se permitir que o jogador que o derrotou escolha o
destino dele, geralmente sendo morto).
TIPOS DE DANO
Todo dano terá obrigatoriamente um tipo conforme a
sua natureza, sendo eles listados abaixo. Os tipos são im-
portantes para definir quando aplicar os modificadores de
dano que o alvo tiver (veja mais adiante).
O dano ácido é causado por substâncias capazes de
decompor quimicamente a matéria, sendo provenientes de
ácidos, bases ou secreções únicas de algumas criaturas.
Não se deve confundir este dano com os efeitos causados
por doenças e venenos (ácidos causam dano ao Vigor, en-
quanto doenças e venenos causam Condições).
O dano arcano é proveniente exclusivamente de ma-
gias, sendo a mais neutra forma de energia que permeia o
universo. Magias não necessariamente causarão este tipo
de dano, mas apenas elas são capazes de causá-lo.
Os danos congelante (frio), elétrico (raio) e ígneo
(fogo) são autoexplicativos, sendo provenientes de fontes
que geram estes tipos de energias.
O dano físico é o mais comum de todos e afeta direta-
mente o corpo do alvo, sendo proveniente de ataques físi-
cos (cortes, perfurações e esmagamento) e impactos (con-
tusões e queda).
O dano mental afeta diretamente a mente do alvo,
sendo proveniente de ataques psíquicos, efeitos emocionais
ou que afetam sua alma. Ele é menos comum que o físico,
uma vez que efeitos deste tipo tendem a se manifestar na
forma de penalidades e Condições, ao invés de diminuir o
Vigor do alvo.
O dano necrótico provém da energia sobrenatural de
divindades profanas, sendo associado a corrupção e a ener-
gia da morte e do fim de tudo.
O dano sagrado provém da energia sobrenatural de di-
vindades sagradas, sendo associado a pureza ou a energia
da criação e início de tudo.
MODIFICADORES DE DANO
Em algumas situações, o combatente poderá ter uma
proeza ou habilidade, ser alvo de uma magia ou usar item
mágico que o permite diminuir o dano recebido pela me-
tade (arredonde para cima), sendo chamado de resistência.
Ela é aplicada a um tipo de dano, devendo-se ter múltiplos
efeitos para ser capaz de resistir a mais tipos. Proezas que
fornecem resistência a dano incluem Encouraçado e Fúria.
Já magias incluem Armadura Arcana e Resistir a Elemento.
A habilidade Defensivo dos adversários também fornece
resistência a dano.
Além da resistência, o combatente poderá ser comple-
tamente imune a um tipo de dano, não tendo o seu Vigor
afetado por ele. Similarmente, ele poderá ter sido amaldi-
çoado, ser alvo de uma magia ou simplesmente pertencer
a uma espécie que possui uma fraqueza, sendo vulnerável
a um tipo de dano e recebendo 50% a mais do seu total
(arredonde para cima).
Múltiplos efeitos da mesma resistência, imunidade e
vulnerabilidade não se acumulam. Contudo, imunidade a
um mesmo tipo de dano sempre sobrepõe o efeito da re-
sistência, enquanto receber a vulnerabilidade a um mesmo
tipo cancela os efeitos anteriores de resistência e imuni-
dade, e vice-versa.
Caso o combatente seja naturalmente vulnerável a algo,
como é o caso para celestiais, demônios, feéricos, plantas
e mortos-vivos, ela sobrepõe as demais resistências que
ele possua (exemplo: vulnerabilidade a fogo sobrepõe re-
sistência a dano físico).
Exemplo: uma personagem resolve utilizar sua proeza
Paladino para atacar um demônio, causando então 11
de dano sagrado. Entretanto, como os demônios são
vulneráveis a dano sagrado, deve-se aumentar o dano
total causado para 17 (11 x 1,5 = 16,5 = 17).
INDEFESO
A personagem está paralisada, inconsciente ou incapa-
citada (Vigor zerado), sendo incapaz de se defender e não
poderá fazer ações. Quando for atacada nesta situação, ela
receberá automaticamente o dobro do dano normalmente
causado pelo agressor ou uma falha automática num teste
de morte (veja adiante).
MORRENDO
Uma personagem que tenha o seu Vigor zerado está
morrendo. No início de cada iniciativa dela após ser inca-
pacitada, deve-se fazer um teste de morte (CON; descon-
sidere o efeito da Condição exausta neste teste). Caso ob-
tenha três sucessos, ela ficará estável. Caso acumule três
falhas antes dos sucessos, ela morrerá. Um decisivo conta
| 54 |
como dois sucessos. Um crítico como duas falhas. Caso
seja atacada nesta situação, ela receberá uma falha auto-
mática ao invés de dano.
Uma personagem que seja estabilizada deve converter
cada falha que obteve no teste de morte numa Condição,
afetando primeiramente os seus maiores atributo e que só
podem ser recuperadas ao descansar.
ESTABILIZAR ALIADO
Um aliado pode se aproximar da personagem (engajar)
a fim de estabilizá-la, devendo fazer um teste de INT para
isso, recebendo -1 de penalidade para cada falha no teste
de morte do alvo, e +1 de bônus para cada sucesso. Pode-
se tentar estabilizar uma personagem apenas uma vez por
rodada.
Veja os resultados do teste abaixo:
• Sucesso: a personagem fica estável E recupera 1 de
Vigor, podendo agir a partir da próxima iniciativa.
• Falha: ela continua indefesa e morrendo.
• Decisivo: mesmo do sucesso E cura uma das Condi-
ções que recebeu devido as falhas do teste de morte.
• Crítico: o mesmo da falha E ainda recebe uma falha
adicional no teste de morte.
Exemplo de Combate
Laila, Ionas e William irão lutar contra um cultista e
dois esqueletos. Antes do combate iniciar, deve-se definir
o objetivo de cada grupo. As personagens desejam salvar
Ayna, que foi sequestrada, precisando para isso destruir
os esqueletos e derrotar o cultista. Já os adversários que-
rem completar o ritual, sacrificando a vítima como ofe-
renda a um deus antigo, matando quem tentar atrapalhar.
Com isso em mente, o combate tem início.
Como não houve emboscadas, determina-se a inicia-
tiva dos envolvidos. Os esqueletos são rápidos, tendo 3 de
iniciativa, mas o cultista possui apenas 1. Desta forma,
comparando-as com a DES das personagens, a ordem das
ações será: Ionas, os esqueletos, Laila e William (mesma
iniciativa), e o cultista.
Ionas não perde tempo e prepara o seu arco, atirando
uma flecha no cultista a fim de forçá-lo a derrubar o pu-
nhal em suas mãos, impedindo-o de matar a vítima (ação
lenta: ataque para desarmar). Ele então ataca o cultista,
obtendo 13 no teste contra apenas 9 do adversário, tendo
sucesso. O cultista é desarmado e ver o punhal voar para
longe, devendo gastar uma ação lenta para o recuperar.
Como atacou à distância, Ionas decide não se mover, não
gastando a sua ação rápida na rodada.
Os esqueletos então partem para a ofensiva. Como to-
dos os combatentes estão na mesma zona, eles se aproxi-
mam das personagens gastando suas ações rápida (repo-
sicionar) para engajar e atacam (ação lenta: ataque para
causar dano). O primeiro esqueleto ataca Laila, obtendo
11 contra 11 da Aparar dela, acertando-a (empates favo-
recem o ofensor). O segundo ataca William, obtendo 13
contra apenas 9 da Aparar, também o acertando. Laila e
William recebem 5 de dano físico cada. Porém, os esque-
letos possuem a habilidade Corrosão, forçando Laila e
William a testar Tolerância. Laila obtém 10 no teste,
tendo sucesso, mas William obtém 7, falhando. Como
efeito secundário, William receberá 1 de dano necrótico
toda rodada no início da iniciativa dele durante 1 minuto,
ou até cancelá-lo.
Resolvidas as ações dos esqueletos, é a vez de Laila e
William. Laila decide curar William usando a magia Cu-
rar (ação lenta: conjurar magia), recuperando 4 do Vigor
dele. Contudo, ela primeiro precisou gastar a sua ação
rápida para se reposicionar e ficar adjacente ao aliado,
pois a sua magia exige que ela toque o alvo. Já William
recebe 1 de dano pelo efeito do ataque anterior e opta por
atacar o esqueleto que lhe machucou usando sua magia
Projétil, obtendo 13 no ataque contra 8 da Esquiva do
adversário, acertando-o. Ele escolheu causar dano do
tipo sagrado com a sua magia, acionando a vulnerabili-
dade do esqueleto e causando incríveis 11 de dano (7 do
| 55 |
dano da magia + 50% = 7 + 3,5 = 10,5 = 11), quase o
destruindo com um único ataque. Ao final da sua inicia-
tiva, William decide gastar sua ação rápida para tentar
se recuperar do efeito da Corrosão, testando Tolerância
e obtendo 9, falhando novamente.
Por fim, é a vez do cultista. Impossibilitado de usar
seu punhal, ele decide se livrar de seus inimigos primeiro,
lançando um raio nefasto contra Ionas, obtendo 10 no
ataque contra 12 da Esquiva, errando-o. Todavia, o cul-
tista possui a habilidade Focalizar, concedendo-o +2 no
seu próximo ataque por ter errado, independentemente do
alvo que escolher.
Após concluir a iniciativa do cultista, a rodada se en-
cerra e uma nova inicia, retomando a ordem das ações e
dando continuidade ao combate.
 Capítulo 8

ADVERSÁRIOS
Adversários são inimigos que as personagens enfrentarão
em combates ou que gerarão alguma oposição para elas, Criando Adversários
sendo controlados pelo narrador. Eles aparecerão regular- Criar um adversário é simples. Primeiro, defina a re-
mente em uma aventura, principalmente em momentos de levância dele, auxiliando o narrador a definir o seu nível.
tensão para a trama. Este capítulo explicará como eles se- Conhecendo o nível, consulte a tabela abaixo para suas
rão usados e criados. características gerais. Escolha então o seu tipo, anotando
as suas características únicas. Por fim, escolha a função e
as habilidades dele, conforme sua função e tipo.
Usando Adversários
Adversários atuam principalmente em combates, seja Características Gerais dos Adversários
em grupo ou individualmente, possuindo características Nível Bom Média Dano Vigor
próprias. Eles podem fazer as mesmas ações que as per- 1 +4 +2 5 12
sonagens, estando sujeitos as mesmas regras e limitações. 2 +4 +2 6 16
Uma diferença deles para as personagens, porém, é o fato 3 +5 +2 7 20
de não possuírem Essência e Destino. Entretanto, eles são 4 +5 +2 8 24
compensados através de habilidades únicas e gerais, que 5 +5 +3 9 28
também fazem as vezes de proezas. 6 +5 +3 10 32
Nem sempre é preciso definir todas as características 7 +6 +3 11 36
de um adversário para usá-lo. Quando ele apenas repre- 8 +6 +3 12 40
senta uma dificuldade para a personagem, resolva o pro- 9 +6 +3 13 46
blema com um único teste. Nestes casos, imagine quão 10 +6 +4 14 52
bem o adversário seria na situação e faça um teste de opo- 11 +7 +4 15 58
sição ou imponha um modificador ao teste da persona- 12 +7 +4 16 64
gem. Não é necessário, por exemplo, definir todas as ca-
racterísticas de um nobre com o qual a personagem vai
As características gerais de um adversário são defini-
negociar, onde um modificador de -1 num teste de CAR é
das pelo seu nível, sendo elas: Bom, Média, Dano e Vigor.
suficiente para informar que ele é fluente na arte dos ne-
gócios ou não está propenso a discussões. O Bom representa seu valor de teste nas situações em
Uma forma de estabelecer valores de teste para o ad- que se destaca e é especializado, conforme descrito no seu
versário é usar os valores de Bom e Média apresentados tipo. Em combates, sempre use o valor de Bom para rea-
na sua tabela de criação (veja a seguir). lizar ataques. A Média representa seu valor de teste nas

| 56 |
situações em geral. Os valores de Bom e Média também
são aplicados às defesas, que, por simplicidade, podem ser
divididas em físicas e mentais. Para situações em que o
adversário é fraco e/ou ruim, some apenas +1 no teste.
O Dano representa o dano fixo causado por seus ata-
ques. Já o Vigor representa sua resistência, similar as per-
sonagens, mas ele será automaticamente derrotado caso o
seu valor chegue a zero (adversários não ficam morrendo
ou precisam ser estabilizados).
RELEVÂNCIA
Cada adversário possui um grau de importância numa
aventura, podendo ser: menor, comum ou elite.
Adversários menores são fracos e apenas atrapalham
as personagens, forçando-as a gastar recursos e energias
ao lidar com eles. É preciso dois deles para realmente
ameaçar uma personagem, tendo como nível ideal a me-
tade da média do grupo (arredonde para cima; nível má-
ximo = 5). Cada indivíduo de um grupo de adversários
menores possui apenas metade do Vigor correspondente
ao seu nível (arredonde para cima), e o valor do Vigor de
todo o grupo é interligado, onde, caso um deles receba
dano suficiente para ser derrotado, a diferença deve ser
aplicada no seguinte. Eles possuem as habilidades únicas
do seu tipo e a habilidade Coordenação apenas, indepen-
dentemente da sua função e nível.
Adversários comuns são aqueles que geram desafio
para as personagens lidarem, tendo um nível ideal igual à
média do grupo, podendo variar em mais ou menos 1 (ní-
vel médio ± 1). Eles possuem um número de habilidades
gerais igual a metade do seu nível (arredonde para cima).
Adversários elites, ou “chefões”, são aqueles que po-
dem matar uma personagem facilmente, onde enfrentar
um deles sozinho é o mesmo que suicídio. Geralmente são
necessárias pelo menos duas personagens para enfrentar
um único elite. Entretanto, ele dificilmente estará sozinho,
sendo acompanhado por vários capangas (menores ou co-
muns). O nível ideal deles é igual à média do grupo mais
dois (nível médio + 2), sendo o seu Vigor igual ao corres-
pondente do seu nível mais 50% para cada personagem do
grupo (um adversário elite que enfrente três personagens
terá 150% a mais no seu Vigor, por exemplo). Eles pos-
suem um número de habilidades gerais igual a metade do
seu nível (arredonde para cima), recebendo gratuitamente
a habilidade única Ação Épica.
TIPOS
A natureza de um adversário varia bastante, sendo re-
presentada pelo seu tipo. Ele indica a espécie ou o grupo
de espécies ao qual o adversário pertence, listando seus
pontos fortes, fracos e quaisquer características únicas que
pode ou não possuir. A definição do tipo é muito impor-
tante, pois certos efeitos são mais poderosos ou mais fra-
cos contra tipos específicos de criaturas, além de que cer-
tas habilidades só podem ser adquiridas por alguns tipos,
independentemente da função do adversário.
Veja a seguir os tipos de criaturas dos adversários.
Aberração: são criaturas abomináveis e de aparência
bizarra, não possuindo uma forma definida. Envolvem se-
res extradimensionais ou alienígenas, tendo geralmente
| 57 |
capacidades mentais ou mágicas impressionantes, mesmo
que as vezes sejam incapazes de se comunicar com seres
diferentes de si. Ao criar um adversário deste tipo, escolha
uma das habilidades a seguir que ele possui: Anfíbio, An-
timagia, Corpo Imortal, Membros Extras, Mente Fechada
ou Voador.
Besta: são criaturas que povoam os ecossistemas de
mundos fantásticos, incluindo animais e versões gigantes
deles, bem como alguns seres míticos, como pégasos, gri-
fos e mulas sem cabeça, podendo ou não serem mágicos.
Todas as bestas possuem bons sentidos e intuição, mas sua
inteligência costuma ser bastante limitada. Já suas demais
características dependem do seu tamanho e função (ani-
mais pequenos, como gatos e raposas, costumam ser ágeis
e furtivos, enquanto grandes felinos tender a ser agressi-
vos e bons caçadores). Ao criar um adversário deste tipo,
escolha uma das habilidades a seguir que ele possui: An-
fíbio, Camuflagem, Coordenação, Furtivo, Ofensivo, Vi-
goroso ou Voador.
Construto: são criaturas artificiais criadas através de
magia ou rituais sombrios. Devido seus corpos artificiais,
todo construto tem a habilidade Corpo Imortal, podendo
também adquirir Antimagia, Membros Extras e Mente Fe-
chada no lugar de uma das suas habilidades gerais. Caso
seu Vigor chegue zero, ao invés de morrer, ele fica inativo
até ser concertado, demorando pelo menos uma hora e o
construto desperta com 1 de Vigor.
Celestial: são criaturas sagradas que habitam o plano
celestial, atuando como os agentes diretos dos deuses. Ge-
ralmente possuem uma boa índole, mas podem ser cruéis
se solicitados. Todo celestial possui as habilidades Corpo
Imortal, Defensivo (dano sagrado) e Voador, podendo
também adquirir Antimagia e Mente Fechada no lugar de
uma das suas habilidades gerais. Entretanto, eles são vul-
neráveis ao dano necrótico.
Demônio: são criaturas profanas que habitam o plano
infernal, servindo a seres mais poderosos e divinos que
eles, mas igualmente maliciosos e cruéis. Eles se divertem
torturando almas, levando destruição e terror por onde
passam. Todo demônio possui as habilidades Corpo Imor-
tal e Defensivo (escolha um tipo entre congelante, elé-
trico, físico, ígneo, mental e necrótico), podendo também
adquirir Antimagia, Mente Fechada e Voador no lugar de
uma das suas habilidades gerais. Entretanto, eles são vul-
neráveis ao dano sagrado.
Dragão: são criaturas reptilianas bastante poderosas,
sendo consideradas as mais fortes dentre todos os seres
que habitam o mundo mortal. As suas espécies menores
geralmente são desprovidas de grande intelecto (como os
wyverns), mas seus membros mais poderosos, os verda-
deiros dragões, são inteligentes, podendo se comunicar
normalmente com outros seres e até usar magia. Indepen-
dentemente da sua força, todo dragão possui uma impla-
cável aura intimidadora e um bom faro. Além disso, eles
possuem a habilidade Voador e uma entre Debilitar e So-
pro Elemental, podendo também adquirir Imunidade (do
mesmo tipo do seu Sopro Elemental) no lugar de uma das
suas habilidades gerais.
Elemental: são criaturas mágicas e/ou extradimensio-
nais ligadas a um elemento específico. Alguns elementais
possuem uma forma similar ao seu elemento, como uma
massa de energia consciente, e outros uma forma definida
e fundida ao seu elemento. Devido ao seu corpo ser com-
posto basicamente de energia, todo elemental possui a ha-
bilidade Corpo Imortal, podendo também adquirir Camu-
flagem, Imunidade (escolha um tipo entre congelante, elé-
trico e ígneo) e Voador no lugar de uma das suas habili-
dades gerais.
Feérico: são criaturas que estão intimamente ligadas a
natureza, tendo uma aparência que pode gerar fascínio ou
repulsa. São extremamente ligadas a magia, possuindo as
habilidades Antimagia e Defensivo (dano arcano), podendo
também adquirir Mente Fechada e Voador no lugar de
uma das suas habilidades gerais. Entretanto, são vulnerá-
veis ao ferro frio e recebem -1 em todo teste caso vistam
algo deste material (grilhões, colares, tiaras etc.).
Humanoide: são criaturas que representam qualquer
ser que possua uma forma humana ou similar, não tendo
características únicas, mas sendo versáteis. Exemplos in-
cluem humanos, raças clássicas de fantasias e suas varia-
ções (anões, elfos e orcs), ogros e outros gigantes em ge-
ral. Os gnomos, goblins e kobolds são classificados como
humanoides no Gaia RPG, mas, em alguns cenários, os
gnomos e goblins podem ser criaturas feéricas, enquanto
os kobolds podem ser formas inferiores de dragões sem
nenhuma das suas características únicas. Independente-
mente da sua espécie, toda criatura humanoide terá uma
habilidade geral extra, seja da sua função ou não, repre-
sentando a versatilidade deste tipo.
Monstro: são criaturas que ultrapassam o senso comum
do mundo, sendo literalmente monstruosidades antinatu-
rais e quase nunca benignas. Elas podem ser resultantes
de experimentos mágicos que deram muito errado ou de
terríveis maldições, sendo, muitas vezes, um híbrido bi-
zarro de diversos seres que habitam o mundo. Devido ao
seu lado mais animalesco, costumam ter sentidos extre-
mamente apurados ou até sobrenaturais. Ao criar um ad-
versário deste tipo, escolha uma das habilidades a seguir
que ele possui: Anfíbio, Antimagia, Camuflagem, Fur-
tivo, Membros Extras, Mente Fechada, Ofensivo, Sopro
Elemental, Vigoroso e Voador.
Morto-vivo: são criaturas profanas que estão mortas,
onde o seu corpo não possui mais uma alma atrelada. De-
vido ao seu corpo morto, todo morto-vivo possui as habi-
lidades Corpo Imortal e Defensivo (dano necrótico), po-
dendo também adquirir Antimagia e Mente Fechada no
lugar de uma das suas habilidades gerais. Entretanto, eles
somente se manterão “vivos” caso consumam a carne, o
sangue, as vísceras, a alma ou as emoções de suas vítimas.
Além disso, todos são vulneráveis ao dano sagrado. Por
fim, mortos-vivos elites podem comandar aqueles de ní-
vel inferior ao seu, tendo-os como seus servos (trate como
uma habilidade extra).
Planta: são criaturas similares a plantas, mas que se
movem livremente. Elas podem ser plantas amaldiçoadas
que agem como animais ou seres de origem botânica, mas
que possuem um mínimo de intelecto. São ótimas em se
camuflar ao ambiente em que vivem e podem sentir outros
seres vivos através de sentidos únicos, já que geralmente
não dispõe dos mesmos sentidos que as demais criaturas.
| 58 |
Toda planta possui as habilidades Camuflagem e Vigo-
roso, podendo também adquirir Membros Extras no lugar
de uma das suas habilidades gerais. Contudo, elas são vul-
neráveis ao dano ígneo.
FUNÇÕES
Representam como os adversários agem dentro e fora
dos combates, indicando quais habilidades gerais eles po-
dem ter e orientando a sua criação. As funções são: agres-
sivo, resistente, especialista e místico.
Um adversário agressivo é focado em atacar, procu-
rando sempre ferir seus inimigos. Guerreiros brutais, fei-
ticeiros poderosos e monstros letais são exemplos desta
função. As suas habilidades gerais incluem: Brutal, Cor-
rosão, Impacto, Ofensivo, Proximidade e Retribuição.
Um adversário resistente tem uma postura defensiva,
seja suportando dano sozinho ou também de seus aliados.
Escudeiros, guardiões e criaturas blindadas são exemplos
desta função. As suas habilidades gerais incluem: Aura,
Defensivo, Impacto, Inspirar, Proteger e Vigoroso.
Um adversário especialista usa de velocidade e esper-
teza nas suas ações, enganando os seus inimigos ou se es-
pecializando em defesa. Gatunos, manipuladores, criatu-
ras escorregadias e venenosas são exemplos desta função.
As suas habilidades gerais incluem: Debilitar, Defensivo,
Dissimular, Focalizar, Furtivo e Mobilidade.
Um adversário místico usa magias e poderes sobrena-
turais para controlar o campo de batalha, afetando os seus
inimigos ou auxiliando aliados. Magos, feiticeiros, xamãs
e acólitos são exemplos desta função. As suas habilidades
gerais incluem: Corrosão, Debilitar, Drenar, Energizar,
Magia e Projétil.
HABILIDADES
As habilidades representam os poderes especiais do
adversário, onde a sua escolha varia conforme a criatura
que o narrador deseja criar. Elas são separadas em gerais,
que dependem da função do adversário e a sua quantidade
varia conforme sua relevância, e únicas, que dependem do
seu tipo, sendo fornecidas automaticamente ou escolhidas
no lugar das suas habilidades gerais. Além disso, assim
como para as proezas das personagens, habilidades gerais
podem ser melhoradas caso sejam adquiridas novamente.
Adversários menores não possuem habilidades gerais,
recebendo apenas aquelas provenientes do seu tipo e a ha-
bilidades Coordenação. Já comuns e elites possuem uma
quantidade de habilidades gerais igual a metade do nível
(arredonde para cima), com a observação que elites ainda
têm gratuitamente a habilidade única Ação Épica.
Segue abaixo a descrição das habilidades (as únicas
estão indicadas entre parênteses).
Ação Épica (única): o adversário poderá realizar uma
ação qualquer adicional em qualquer momento da rodada,
desde que seja após a sua iniciativa. Adversários elites re-
cebem esta habilidade gratuitamente.
Anfíbio (única): o adversário pode agir tanto em terra
quanto dentro d’água livremente, podendo prender a res-
piração por até 1 hora e não recebendo penalidades em suas
ações quando estiver no ambiente oposto ao seu (escolha
se ele é uma criatura aquática ou terrestre).
 Antimagia (única): magias são mais difíceis de afetar
o adversário, que terá [Bom + 1] para tentar evitar, resistir
e cancelar efeitos derivados de magias.
Aura: no início da iniciativa do adversário, todo com-
batente adjacente a ele receberá [Média - 1] de dano auto-
maticamente (escolha um tipo na aquisição; afeta aliados).
Ativar ou desativar a aura gasta uma ação rápida. Melho-
ria: a sua aura não afeta aliados.
Brutal: caso o adversário erre um ataque, o alvo ainda
receberá [Média - 1] de dano colateral do tipo do ataque.
Melhoria: aumente em +1 o dano colateral causado.
Camuflagem (única): o adversário é mais difícil de
perceber em seu habitat natural, tendo [Bom + 1] para es-
conder-se e surpreender seus inimigos.
Coordenação (única): o adversário terá [Bom +1] no
seu ataque para tentar acertar um alvo que esteja engajado
com pelo menos um aliado dele. Os adversários menores
possuem apenas esta e as habilidades únicas que o seu tipo
fornece automaticamente.
Corpo Imortal (única): o adversário possui um corpo
inorgânico ou orgânico incomum, ou que é feito de uma
substância ou energia sobrenatural, não precisando comer,
dormir e respirar, nunca envelhecendo e não podendo ser
afetado por doenças, venenos e cansaço (imune a Condi-
ção exausto; CON).
Corrosão: caso o adversário acerte um ataque, o alvo
receberá o Dano (escolha um tipo na aquisição, exceto fí-
sico) e deverá testar Tolerância. Caso falhe, o alvo rece-
berá [Média - 1] de dano contínuo do mesmo tipo do ata-
que no início da sua iniciativa e durante 1 minuto. Este
efeito pode ser cancelado com uma ação de recuperar-se.
Melhoria: aplique -2 de penalidade no teste de Tolerân-
cia do alvo.
Debilitar: ao adquirir esta habilidade, defina se ela é
causada por um efeito sobrenatural (magia) ou por um ve-
neno. Caso o adversário acerte um ataque, o alvo receberá
o Dano (efeito sobrenatural: escolha um tipo na aquisição;
veneno: dano físico) e deverá testar Tolerância (caso afete
o corpo) ou Vontade (caso afete a mente). Caso falhe, o
alvo receberá uma Condição física (corpo) ou mental
(mente), ou ficará vulnerável a um tipo de dano (corpo),
durante 1 minuto (escolha um dos efeitos na aquisição).
Caso esta habilidade seja causada por um efeito sobrena-
tural, pode-se tentar cancelá-la com uma ação de recupe-
rar-se. Caso seja causada por um veneno, ela só poderá ser
curada com o uso de um remédio, da magia Reestabelecer
ou ao descansar. Melhoria: aplique -2 de penalidade no
teste de Tolerância ou Vontade do alvo.
Defensivo: o adversário terá resistência a um tipo de
dano (escolha na aquisição). Melhoria: escolha um novo
tipo de dano ao qual ele é resistente, podendo-se adquirir
esta melhoria várias vezes.
Dissimular: gaste uma ação lenta e teste Bom contra
o Analisar do alvo. Caso tenha sucesso, o adversário terá
+2 no seu próximo ataque contra aquele alvo, podendo
gastar a ação rápida para fazê-lo ainda na mesma rodada.
Como opção, pode-se conceder o bônus a um aliado qual-
quer até alcance distante ou +1 de bônus para dois aliados
no alcance. Melhoria: caso tenha sucesso, aumente em +1
o dano do seu ataque ou dos aliados afetados.
| 59 |
Drenar: caso o adversário acerte um ataque corpo a
corpo, o alvo receberá o Dano (escolha um tipo entre ar-
cano, mental ou necrótico na aquisição) e o adversário cu-
rará o seu Vigor em um valor igual a metade do dano que
causar (arredonde para cima). Melhoria: converta o valor
curado que superar o Vigor máximo do adversário em Vi-
gor temporário, que durará até o final do combate.
Energizar: caso o adversário acerte um ataque, o alvo
receberá o Dano (do mesmo tipo do ataque) e o adversário
terá +2 no próximo ataque contra o mesmo alvo. Melho-
ria: aplique o bônus contra qualquer alvo ou o forneça a
um aliado qualquer até alcance distante.
Focalizar: caso o adversário erre um ataque, ele terá
+2 no próximo ataque contra qualquer alvo. Melhoria: au-
mente em +1 o dano do próximo ataque caso o acerte.
Furtivo: gaste sua ação lenta para testar Bom contra o
maior Perceber entre as personagens. Caso tenha sucesso,
ele se esconderá de todos no combate, não podendo ser
alvo de ataques até revelar a sua posição (fazer uma ação
ofensiva) ou ser rastreado (uma única personagem poderá,
uma vez por rodada, repetir o teste de Perceber a fim de
superar o resultado do adversário), podendo surpreender
um alvo a sua escolha a partir da rodada seguinte. Só é
possível se esconder em combates caso ele tenha esta ha-
bilidade, não esteja engajado e o local deve dar condições
para ele se esconder, como a presença de caixas, árvores,
sombras, dentre outros (dependendo da situação, confira
um bônus ou penalidade no teste). Melhoria: caso tenha
sucesso em se defender de um ataque, ele poderá imedia-
tamente gastar sua ação rápida para testar Bom e tentar
se esconder, mesmo fora da sua iniciativa.
Impacto: caso o adversário acerte um ataque, o alvo
receberá o Dano (do mesmo tipo do ataque) e deverá testar
Tolerância. Caso falhe, o alvo também será derrubado ou
desarmado (escolha um ao acertar o ataque). Melhoria:
aplique -2 de penalidade no teste de Tolerância do alvo.
Inspirar: gaste uma ação rápida na rodada para que
todos os aliados até alcance distante recebam +1 em To-
lerância e Vontade até a próxima iniciativa do adversário.
Gaste uma ação lenta para que todos os aliados até alcance
distante recebam +1 nos seus próximos ataques. Melho-
ria: ambos os usos desta habilidade podem usar qualquer
tipo de ação, seja rápida ou lenta.
Magia: o adversário saberá conjurar magias. Escolha
três magias que ele conhece da lista do Capítulo 2 (quatro
se for elite), onde o valor do seu atributo mágico será igual
a Bom e o seu valor de Poder será igual a metade do seu
nível (arredonde para cima). Ele não terá Essência, mas
poderá usar cada magia que conhece um número de vezes
por dia igual à 1 + o seu valor de Poder - nível da magia
(exemplo: um adversário de nível 5 terá Poder 3 e poderá
conjurar a magia Velocidade até 2 vezes por dia. Veloci-
dade é uma magia de nível 2, portanto: 1 + Poder - nível
= 1 + 3 - 2 = 2 usos). Melhoria: ele aprenderá três novas
magias (quatro se for elite), podendo-se adquirir esta me-
lhoria múltiplas vezes.
Membros Extras (única): o adversário possui braços
extras, uma ou mais caudas ou vários tentáculos que fun-
cionam como membros sobressalentes capazes de mani-
pular objetos com grande precisão. Sempre que necessitar
usar força bruta para algo (levantar peso, quebrar coisas,
manter um alvo agarrado) ou realizar uma ação atlética
(exceto ataques e defesas), ele terá [Bom + 1] no seu teste.
Mente Fechada (única): o adversário é imune a qual-
quer forma de controle mental e aos efeitos das magias
que afetam sua Vontade (Alterar Memória, Charme, Con-
fusão, Enfraquecer, Fantoche, Pânico, Sono e Telepatia).
Mobilidade: gaste sua ação rápida para se recuperar
dos efeitos desarmado, derrubado e agarrado, ao invés da
sua ação lenta. Melhoria: ele é imune à proeza e à habili-
dade Proximidade, e terá +1 para evitar ser derrubado,
desarmado, agarrado e para fugir de imobilizações.
Ofensivo: some +1 no Dano do adversário. Melhoria:
caso ele acerte um ataque contra um alvo que esteja sur-
preso, agarrado, derrubado ou com metade do Vigor ou
menos, cause +1 de dano extra.
Projétil: o adversário poderá realizar ataques (associ-
ados ou não a outras habilidades) até alcance distante sem
depender de armas ou magias. Escolha o tipo de dano que
o ataque causa ao adquirir a habilidade. Melhoria: escolha
uma segunda forma de ataque à distância, causando um
tipo de dano diferente do primeiro, podendo-se adquirir
esta melhoria múltiplas vezes.
Proteger: gaste sua ação rápida na rodada para prote-
ger um único aliado até o início da sua próxima iniciativa,
fornecendo-o +1 em Aparar e na Esquiva. Melhoria: caso
o ataque ainda acerte o aliado, o adversário poderá optar
em receber metade do dano no lugar dele (aplique metade
no adversário e no aliado; arredonde para cima).
Proximidade: um combatente engajado com o adver-
sário deverá gastar uma ação lenta, ao invés de uma ação
rápida, para se reposicionar. Melhoria: além disso, o com-
batente somente poderá se reposicionar caso antes tenha
sucesso num teste de DES, perdendo sua ação se falhar.
Retribuição: caso o adversário erre ao tentar desviar
de um ataque corpo a corpo, ele causará [Média - 1] de
| 60 |
dano colateral (escolha um tipo na aquisição) no comba-
tente que o acertou. Melhoria: aumente em +1 o dano co-
lateral causado.
Sopro Elemental (única): o adversário é capaz de re-
alizar um ataque em um cone a sua frente até alcance dis-
tante, afetando um número de alvos até seu valor de Bom
(priorize combatentes engajados entre si), devendo ser de-
fendido com Esquiva (trate como um ataque em área), e
causando o seu valor de Dano em quem acertar (escolha
um tipo entre ácido, congelante, elétrico e ígneo na aqui-
sição). Após usar o sopro, o adversário deve esperar uma
rodada para utilizá-lo novamente, aumentando-se o tempo
de espera em uma rodada para cada novo uso.
Vigoroso: aumente o Vigor do adversário em 50% (ar-
redonde para cima. Elites devem somar todas as porcen-
tagens antes de multiplicar o seu Vigor). Melhoria: ele re-
genera [Média - 1] de Vigor no início da sua iniciativa
(não é possível regenerar dano igual da sua vulnerabili-
dade, caso possua) OU aumente o bônus no Vigor para
100% (escolha um ao adquirir a melhoria).
Voador (única): o adversário é capaz de voar livre-
mente pelos céus.
Exemplo: durante a exploração de uma ruína, o grupo
se vê diante de esqueletos. Em fantasias, esqueletos em
geral representam um desafio razoável para persona-
gens iniciantes, então o narrador define que eles serão
adversários comuns. Considerando sua relevância, os
esqueletos terão nível 1, uma vez que o nível médio do
grupo é 1. Como são mortos-vivos, o narrador anota
as características únicas do seu tipo. Estes esqueletos
foram reanimados para lutar por um mestre, tendo a
função agressivo e a habilidade Corrosão, represen-
tando a energia maligna impregnada em seus ataques
 Adversários e seus ataques Bestiário
Por padrão, todo ataque que um adversário fizer causará O objetivo do Gaia RPG é fornecer as ferramentas para
dano físico e terá alcance engajado. Para causar um tipo que os narradores possam criar seus próprios adversários.
de dano diferente, deve-se ter uma habilidade que justi- Porém, nem todos têm o tempo e a criatividade necessária
fique a mudança. Já para que o seu ataque tenha alcance para criar tudo que um jogo precisa, principalmente se tra-
distante, o adversário deve empunhar uma arma à distân- tando de monstros. Desta forma, segue uma lista com al-
guns dos adversários mais comuns em fantasias e explica-
cia (nenhum bônus é somado ao seu dano), ou possuir a
ções sobre as características deles:
habilidade Projétil. Desta forma, outras habilidades terão
• Nome: informa o nome dele. Quando for menor ou
alcance engajado, a menos que também se tenha Projétil.
elite, sua relevância estará indicada entre parênteses
ao lado do nome (modifique o Vigor dos adversários
Tamanho das Criaturas
elites conforme o grupo que eles enfrentarão).
Toda criatura possui um tamanho, assim como objetos. • Nível, tipo, função e tamanho: indica o nível, o tipo,
Ele não terá muita relevância no jogo, mas servirá para a função e o tamanho do adversário.
dar uma noção de dimensão e peso da criatura. O tama- • Descrição: explica o que é o adversário e seus prin-
nho varia da seguinte forma: minúsculo (tamanho 0), pe- cipais comportamentos.
queno (tamanho 1 e 2), médio (tamanho 3 e 4), grande • Habitat: lista possíveis ambientes em que o adver-
(tamanho 5 e 6), enorme (tamanho 7 e 8), imenso (tama- sário pode ser encontrado.
nho 9 e 10), e colossal (tamanho 11 ou maior). • Bom (+B), Média (+M), Dano (D), Vigor (V): lista
A maioria das raças de fantasias possui tamanho mé- as estatísticas gerais dele conforme o seu nível.
dio, com exceção do pequenino e gnomo que são peque- • Combate: indica suas principais formas de ataque, o
nos. Adversários, por outro lado, poderão ter uma grande alcance delas e o tipo de dano que causam.
variedade de tamanhos, desde minúsculos pixies até dra- • Habilidades: lista as habilidades únicas e gerais do
gões gigantescos, devendo-se considerar este fator na adversário. Quando uma habilidade geral tiver uma
hora de criá-los. Adversários pequenos costumam ser melhoria, ela terá um “+” ao lado do seu nome.
ágeis e velozes, por exemplo, enquanto os enormes são
lentos, mas incrivelmente fortes e resistentes. O tamanho Lista de Adversários ordenados por Nível (Nv)
do adversário deve também influenciar na definição do Adversário Nv Adversário Nv
seu nível e habilidades. Um adversário pequeno geral- Animal Pequeno 1 Minotauro 5
mente não é perigoso sozinho, raramente tendo um nível Goblim 1 Sombra 5
maior que 2. Porém, muito do que torna um dragão um Kobold 1 Vinha Constritora 5
adversário perigoso é o seu tamanho, concedendo-o es- Zumbi 1 Elemental de Água 6
camas grossas e uma força absurda, justificando assim Animal Médio 1 Elemental de Ar 6
valores altos de ataque, dano e Vigor de níveis maiores. Changeling 1 Elemental de Fogo 6
Deve-se também considerar que, mesmo que um adver- Duende 1 Elemental de Terra 6
sário grande não possua a função resistente, é provável Esqueleto 1 Otyugh 6
que ele tenha as habilidades Defensivo e Vigoroso por Orc Guerreiro 1 Troll 6
causa do seu tamanho (substitua um ou mais das suas Animal Grande 2 Bulette 7
habilidades gerias por eles). Aranha Gigante 2 Cavaleiro da Morte 7
Pode-se também usar o tamanho como justificativa Barrete Vermelho 2 Hag 7
para diminuir certas características e aumentar outras, Carniçal 2 Portador da Praga 7
dentro do razoável. Caso uma criatura seja minúscula, Diabrete 2 Spriggan 7
Orc Xamã 2 Wyvern 7
por exemplo, pode-se considerar que o seu Vigor será
Animal Predador 3 Árvore Andante 8
igual a metade do valor do seu nível para aumentar em
Autômato 3 Ifrit 8
+1 o valor de Bom em situações que requerem DES.
Cão Infernal 3 Ladrão de Almas 8
Dríade 3 Quimera 8
Criando adversários eficientes
Flor Sangrenta 3 Arcanjo 9
As regras deste capítulo permitem criar quaisquer adver- Gárgula 3 Golem 9
sários ou adaptá-los de outros jogos, principalmente se Espectro 4 Hidra 9
precisar improvisá-los em cena. Entretanto, segui-las é Grell 4 Vampiro 9
mais uma sugestão do que uma obrigação. Perceba que Grifo 4 Aboleth 10
não faz sentido que todos os adversários de certo nível Mantícora 4 Dragão Pantanoso 10
tenham sempre as mesmas características. Desta forma, Ogro 4 Gigante 10
altere uma ou mais delas sempre que for necessário para Súcubo/Íncubo 4 Dragão Ártico 11
Animal Enorme 5 Dragão Elétrico 11
o seu jogo, usando estas regras como um guia. Porém,
Anjo 5 Dragão Vulcânico 12
tenha bom senso e cuidado para não exagerar.
Basilisco 5 Principado 12

| 61 |
ABOLETH (ELITE) ANIMAL GRANDE
Nível 10. Aberração mística grande. Nível 2. Besta resistente grande.
Dizem que esta criatura habita as profundezas dos oce- Engloba cavalos, touros, gorilas, crocodilos, tubarões
anos há milênios, sendo detentora de um grande intelecto e versões gigantes de animais médios. Eles costumam ter
e uma memória eidética. Muitas vezes visto como uma grande força e resistência física, tornando-os perigosos.
divindade local, o aboleth usa de sua magia para escravi- Não costumam ser ágeis, mas, quando caçadores, atacam
zar mentes mais fracas, forçando outras criaturas a execu- suas presas repentinamente.
tar seus planos bizarros. Quando precisa lutar, ele utiliza Habitat: diversos.
de sua agilidade aquática e tentáculos poderosos para en-
Bom Média Dano Vigor
fraquecer e sugar as forças de seus inimigos. +4 +2 6 24
Habitat: aquático.
Combate: garras e presas (engajado; dano físico; Im-
Bom Média Dano Vigor
pacto).
+6 +4 14 52
Habilidades: Impacto. Vigoroso.
Combate: cauda (engajado; dano físico), tentáculos
com ferrões (engajado; dano físico; Debilitar), tentáculos ANIMAL MÉDIO
luminescentes (engajado; dano mental; Drenar). Nível 1. Besta especialista média.
Habilidades: Anfíbio. Debilitar + (venenoso; dano fí- Envolve javalis, símios, mastins, lobos, tubarões pe-
sico; maldição - ver abaixo). Drenar (dano mental). Magia quenos e versões gigantes de animais pequenos. É o mais
(Poder 5), Membros Extras. diversificado dos grupos de animais, geralmente vivendo
Magias conhecidas: Alterar Memória (1 uso/dia), em pequenos bandos.
Charme (4 usos/dia), Fantoche (1 uso/dia), e Telepatia (4
Habitat: diversos.
usos/dia).
Maldição: um alvo que falhe num teste de Tolerância Bom Média Dano Vigor
ao ser acertado pelos ferrões do aboleth receberá a Condi- +4 +2 5 12
ção exausto (CON). Caso não a cure, no dia seguinte o alvo Combate: garras e presas (engajado; dano físico).
terá se transformado em uma criatura de pele translúcida Habilidades: Coordenação. Mobilidade.
e gosmenta, tendo -1 de penalidade em todos os testes e
ficando vulnerável a qualquer tipo de dano caso fique mais
de dez minutos fora da água (molhar todo o corpo cancela
ANIMAL PEQUENO (MENOR)
o efeito e reinicia o tempo em que pode ficar fora da água). Nível 1. Besta especialista pequena.
Uma vez transformado, este efeito só poderá ser curado Engloba cães, gatos, texugos, macacos, falcões e ver-
com o efeito melhorado da magia Reestabelecer (Poder 4) sões gigantes de animais minúsculos. São animais solitá-
ou com um remédio milagroso (NR 5 ou maior). Por fim, rios ou vivem em bandos. Tendem a evitar lutas, mas se
uma criatura transformada é mais susceptível ao controle defendem ou ao seu território caso se sintam ameaçados.
do aboleth, falhando automaticamente caso seja alvo das Habitat: diversos.
magias dele, e a duração delas será permanente enquanto Bom Média Dano Vigor
a criatura não quebrar por si mesma o efeito. +4 +2 5 6
Combate: garras e presas (engajado; dano físico).
ANIMAL ENORME Habilidades: Coordenação. Furtivo.
Nível 5. Besta resistente enorme.
Engloba elefantes, rinocerontes, baleias e versões gi- ANIMAL PREDADOR
gantes de animais grandes. Trata-se de animais lentos e
Nível 3. Besta agressiva média.
pesados, que contam com sua enorme força bruta e resis-
tência física excepcional quando são forçados a lutar. Engloba leões, tigres, pumas, guepardos e onças. Em
Habitat: diversos. geral, são caçadores solitários, formando bandos apenas
para acasalar ou caçar melhor. São territoriais e perigosos,
Bom Média Dano Vigor mas só atacam quando estão com fome ou se sentem ame-
+5 +3 9 56 açados de alguma forma.
Combate: garras e presas (engajado; dano físico; Im- Habitat: diversos.
pacto). Bom Média Dano Vigor
Habilidades: Defensivo (físico). Impacto. Vigoroso +. +5 +2 8 20
Combate: garras e presas (engajado; dano físico; Im-
pacto).
Habilidades: Impacto. Proximidade. Ofensivo.

| 62 |
ANJO
Nível 5. Celestial agressivo médio.
São considerados os soldados celestiais, sendo envia-
dos ao plano mortal em missões de reconhecimento e para
destruir demônios menores. São extremamente centrados
no dever, possuindo nenhuma individualidade.
Habitat: plano celestial.
Bom Média Dano Vigor
+5 +3 9 28
Combate: espada longa ou maça (engajado; dano fí-
sico), lança divina (distante; dano sagrado; Projétil), pu-
nição (engajado; dano sagrado; Retribuição).
Habilidades: Corpo Imortal (imune a doenças, venenos
e a Condição exausta). Defensivo (dano sagrado). Projétil
(dano sagrado). Proximidade. Retribuição (2 de dano sa-
grado). Voador.
Vulnerabilidade: dano necrótico.
ARANHA GIGANTE
Nível 2. Besta especialista média.
Trata-se de uma versão monstruosa de aranhas, tendo
o tamanho de um lobo ou felino grande. Costumam viver
em pequenas colônias, espalhando teias nos locais onde
caçam e atacando suas presas com um veneno debilitante
quando elas se enroscam na armadilha, mas podem agir
sozinhas se preciso.
Habitat: bosque, floresta, pântano, selva, subterrâneo.
Bom Média Dano Vigor
+4 +2 6 16
Combate: presas (engajado; dano físico; Debilitar),
teias (próximo; ver abaixo).
Habilidades: Debilitar (venenoso; dano físico; condi-
ção física). Escalador.
Escalador: aranhas podem se mover em superfícies
verticais ou até mesmo penduradas de ponta cabeça como
se estivesse andando normalmente no chão. Além disso,
elas usam [Bom + 1] para realizar ações atléticas que en-
volvam saltos, acrobacias, escaladas e equilíbrio.
Teias: como uma variação da sua habilidade Debilitar,
aranhas podem espalhar teias para criar armadilhas e ni-
nhos, ou as atirar diretamente sobre um alvo. Caso um
alvo desavisado ou surpreso caia numa teia, ele ficará en-
roscado como se estivesse agarrado (Condição restrito),
podendo testar apenas DES para tentar escapar a cada ro-
dada (ao invés da FOR da aranha. Veja o Capítulo 7 para
detalhes do ataque agarrar). Caso seja atirada no alvo, faça
um ataque contra a Esquiva dele, aplicando o efeito acima
com um sucesso. Um ou mais aliados podem gastar suas
ações lentas para auxiliar o alvo a tentar escapar (use a
regra de Trabalho em Equipe do Capítulo 4). Por fim, teias
são muito inflamáveis, causando 6 de dano ígneo contínuo
no início da iniciativa de quem as estiver tocando (elas
levam duas rodadas até virarem cinzas e o fogo apagar).
| 63 |
ARCANJO
Nível 9. Celestial resistente médio.
São os guardiões da entrada para o plano celestial e
líderes dos anjos. Raramente saem de seu posto e possuem
um grande senso de dever e honra. São muitas vezes vis-
tos como protetores sagrados em certas culturas.
Habitat: plano celestial.
Bom Média Dano Vigor
+6 +3 13 46
Combate: alabarda (engajado; dano físico), presença
divina (engajado; dano sagrado; Aura).
Habilidades: Aura + (2 de dano sagrado; não afeta ali-
ados). Corpo Imortal (imune a doenças, venenos e a Con-
dição exausta). Defensivo + (dano sagrado e físico). Pro-
teger +. Voador.
Vulnerabilidade: dano necrótico.
ÁRVORE ANDANTE
Nível 5. Planta resistente enorme.
Também chamados de “pastor de árvores”, estes seres
gigantes são semelhantes a árvores, mas possuem braços,
pernas e algo próximo a um rosto na parte mais alta de seu
tronco. Eles são capazes de se comunicar com outras cri-
aturas, mas pouco o fazem, preferindo cuidar das árvores
e as proteger sempre que a floresta estiver ameaçada.
Habitat: floresta, selva.
Bom Média Dano Vigor
+6 +3 12 60
Combate: desarmado (engajado; dano físico).
Habilidades: Animar árvore (ver abaixo). Camufla-
gem. Defensivo (dano físico). Inspirar +. Vigoroso.
Animar árvore: pode-se gastar uma ação lenta para
fazer uma árvore se mover e até atacar. Ela terá as mesmas
características da árvore andante e agirá na sua iniciativa,
mas será tratado como um adversário menor (Vigor 30).
Pode-se controlar apenas uma árvore por vez.
Vulnerabilidade: dano ígneo.
AUTÔMATO
Nível 3. Construto agressivo médio.
Trata-se de uma criatura consciente criada pela união
de um corpo artificial (geralmente humanoide) com um
espírito através de um ritual mágico, tendo um corpo mais
forte e resistente que o de humanos. A maioria dos autô-
matos possui um mestre a quem serve, tendo sido criado
com um propósito em mente, mas há aqueles que obtive-
ram a liberdade, sendo vistos com desconfiança por isso.
Habitat: diversos.
Bom Média Dano Vigor
+5 +2 7 30
Combate: besta (distante; dano físico), desarmado
(engajado; dano físico).
Habilidades: Corpo Imortal (imune a doenças, venenos
e a Condição exausta). Proximidade. Vigoroso.
BARRETE VERMELHO
Nível 2. Feérico agressivo pequeno.
Esta pequena criatura diabólica é um duende maligno
que possui uma compulsão sanguinolenta em matar suas
vítimas, tingindo seu chapéu pontudo com o sangue delas.
Ele possui olhos escarlates e uma expressão sinistra que
causa medo até no mais corajoso dos guerreiros.
Habitat: bosque, floresta, locais onde houve muito
derramamento de sangue, plano feérico.
Bom Média Dano Vigor
+4 +2 6 16
Combate: cutelo (engajado; dano físico; Brutal).
Habilidades: Antimagia. Brutal (1 de dano físico).
Defensivo (dano arcano).
Vulnerabilidade: ferro frio.
BASILISCO
Nível 5. Besta resistente grande.
São serpentes cobertas por escamas resistentes e pos-
suem um veneno que entorpece as suas vítimas, enquanto
o seu olhar penetrante as transforma em pedra. Extrema-
mente territoriais, defendem o seu covil até a morte. Pos-
suem comportamento similar ao de outras cobras, sendo
ligeiramente mais inteligentes.
Habitat: pântano, subterrâneo.
Bom Média Dano Vigor
+5 +3 9 42
Combate: presas (engajado; dano físico; Debilitar).
Habilidades: Debilitar (venenoso; dano físico; condi-
ção física). Mobilidade. Petrificar (ver abaixo). Vigoroso.
Petrificar: um alvo que tenha o seu Vigor zerado pelo
basilisco deve realizar um teste de morte, onde uma falha
o transformará em pedra. Qualquer dano (exceto mental)
que o alvo receber nesta forma destruirá o seu corpo, ma-
tando-o automaticamente. Apenas a magia Reestabelecer
melhorada (Poder 4) pode remover este efeito.
BULETTE
Nível 7. Monstro resistente grande.
Também conhecido como “tubarão da terra”, esta cri-
atura vive para comer. Tendo a habilidade de se deslocar
sob a terra, o bulette usa seu sentido sísmico para localizar
e aguardar a aproximação de suas vítimas no subsolo, sal-
tando sobre elas e as engolindo completamente. Contudo,
sobre a terra, seus sentidos e, principalmente, sua veloci-
dade diminuem consideravelmente.
Habitat: planície, savana, terras áridas.
Bom Média Dano Vigor
+6 +3 11 54
Combate: patada e mordida (engajado; dano físico;
Impacto).
Habilidades: Defensivo (dano físico). Escavador (ver
abaixo). Impacto + (-2 no teste de Tolerância do alvo).
Vigoroso.
| 64 |
Escavador: o bulette pode gastar a sua ação lenta para
entrar sob o solo, escavando-o magicamente e se deslo-
cando dentro dele como se estivesse nadando. Quando es-
tiver submerso sob a terra, seus testes de furtividade usa-
rão seu valor de Bom e ele será capaz de sentir a presença
de qualquer coisa que esteja se movendo sobre o solo a
até 1 quilômetro a sua volta através de seu sentido sísmico
(usará seu valor de Bom para Perceber). Ao encontrar uma
presa, ele tentará se aproximar sorrateiramente para então
gastar a sua ação rápida e sair do solo “saltando” sobre a
vítima, atacando-a com uma ação lenta. O bulette pode
prender a respiração sob solo por até 1 hora e ficará imune
a todo tipo de dano (exceto mental), mas ainda receberá a
metade caso seja alvo de um ataque explosivo (arredonde
para cima; o ataque explode o local onde ele está enter-
rado, forçando-o a se expor).
CÃO INFERNAL
Nível 3. Demônio agressivo médio.
Olhos vermelhos, hálito fumegante e uma aura de en-
xofre emana deste cão demoníaco. Ele viaja ao plano mor-
tal em busca almas atormentadas e corrompidas, sendo os
cães de caça do plano infernal.
Habitat: plano infernal.
Bom Média Dano Vigor
+5 +2 7 20
Combate: garras e presas (engajado; dano ígneo; Cor-
rosão).
Habilidades: Coordenação. Corpo Imortal (imune a
doenças, venenos e a Condição exausta). Corrosão (1 de
dano ígneo). Defensivo (dano ígneo).
Vulnerabilidade: dano sagrado.
CARNIÇAL
Nível 2. Morto-vivo agressivo médio.
São monstros sedentos por carne que atacam tudo o
que é vivo em seu caminho. Têm formas variadas, desde
animais predadores até humanoides, tendo sempre como
características as garras longas e afiadas, presas proemi-
nentes e o corpo magérrimo e acinzentado.
Habitat: floresta, pântano, subterrâneo, locais associ-
ados a morte.
Bom Média Dano Vigor
+4 +2 6 16
Combate: garras e presas (engajado; dano necrótico;
Debilitar).
Habilidades: Corpo Imortal (imune a doenças, venenos
e a Condição exausta). Debilitar (sobrenatural; dano ne-
crótico; condição física). Defensivo (dano necrótico).
Vulnerabilidade: dano sagrado.
CAVALEIRO DA MORTE
Nível 7. Morto-vivo resistente médio.
Quando o espírito atormentado de um guerreiro é preso
a um cadáver ou armadura, ele pode se tornar um cava-
leiro da morte. Leal a quem o invocou, estes mortos-vivos
servem como guardiões e protetores, matando violenta-
mente quem atrapalhar o seu dever.
Habitat: diversos.
Bom Média Dano Vigor
+6 +3 11 54
Combate: espada ou maça (engajado; dano físico),
miasma da morte (engajado; dano necrótico; Aura).
Habilidades: Aura (2 de dano necrótico). Corpo Imor-
tal (imune a doenças, venenos e a Condição exausta). De-
fensivo (dano necrótico). Proteger +. Vigoroso.
Vulnerabilidade: dano sagrado.
CHANGELING
Nível 1. Feérico especialista médio.
Também chamados de “substitutos”, são seres criados
pelas fadas verdadeiras para substituir os mortais que elas
sequestram, sendo versões “perfeitas” dos originais. Eles
costumam servir aos seus mestres, mas eventualmente po-
dem se ver livres de suas amarras, agindo conforme a sua
própria vontade. Costumam ser ótimos espiões, dada a sua
capacidade de imitir a aparência dos outros seres.
Habitat: urbano, bosque, floresta, plano feérico.
Bom Média Dano Vigor
+4 +2 5 12
Combate: escolha uma arma (alcance conforme o tipo
da arma usada; dano físico).
Habilidades: Antimagia. Defensivo (dano arcano).
Mimetizar Aparência (ver abaixo).
Mimetizar Aparência: uma vez por cena, o change-
ling poderá transformar a sua aparência, imitando a de um
alvo que esteja vendo. A cópia é perfeita, possuindo até
mesmo detalhes ocultos à primeira vista. Este efeito dura
o tempo que o changeling quiser, sendo cancelado apenas
caso fique inconsciente ou seja morto.
Vulnerabilidade: ferro frio.
DIABRETE
Nível 2. Demônio agressivo pequeno.
Servos inferiores das hordas demoníacas, estas peque-
nas criaturas espalham ruína por onde passam, preparando
o terreno para a chegada de seus mestres. Lembram crian-
ças deformadas, tendo uma cauda e chifres pontudos.
Habitat: plano infernal.
Bom Média Dano Vigor
+4 +2 6 16
Combate: garras e presas (engajado; dano ígneo; Cor-
rosão).
Habilidades: Corpo Imortal (imune a doenças, venenos
e a Condição exausta). Corrosão (1 de dano ígneo). De-
fensivo (dano ígneo).
Vulnerabilidade: dano sagrado.
| 65 |
DRAGÃO ÁRTICO (ELITE)
Nível 11. Dragão místico enorme.
Extremamente territorial, este dragão usa sua couraça
branca para se camuflar nas regiões onde vive, utilizando
ataques debilitantes e congelantes para enfraquecer suas
vítimas antes de devorá-las. Devido seu território possuir
pouca fonte de alimento, costuma perseguir suas vítimas
até as últimas consequências.
Habitat: montanha, alpino, ártico.
Bom Média Dano Vigor
+7 +4 15 87
Combate: cauda (engajado; dano físico), garras (en-
gajado; dano congelante; Debilitar), presas (engajado; dano
congelante; Corrosão), sopro (distante; dano congelante;
até 7 alvos).
Habilidades: Corrosão + (3 de dano congelante; -2 no
teste de Tolerância do alvo). Debilitar + (sobrenatural;
dano congelante; condição física com -2 no teste de Tole-
rância do alvo;). Imunidade (dano congelante). Sopro Ele-
mental (dano congelante). Vigoroso. Voador.
DRAGÃO ELÉTRICO (ELITE)
Nível 11. Dragão especialista enorme.
Senhor da tormenta, este poderoso dragão cruza o céu
matando por puro capricho. Vaidoso e soberbo, adora ser
bajulado. É meticuloso ao caçar, preferindo situações em
que está em segurança enquanto tortura suas vítimas. De-
vido a vastidão de seu território, é comum avistá-lo sobre-
voando oásis e caravanas, sendo o terror de viajantes.
Habitat: montanha, deserto.
Bom Média Dano Vigor
+7 +4 15 87
Combate: cauda, garras e presas (engajado; dano fí-
sico), sopro (distante; dano elétrico; até 7 alvos).
Habilidades: Focalizar +. Mobilidade +. Imunidade
(dano elétrico). Sopro Elemental (dano elétrico). Vigo-
roso. Voador.
DRAGÃO PANTANOSO (ELITE)
Nível 10. Dragão especialista enorme.
Senhor dos pântanos, este dragão possui uma couraça
enegrecida coberta por limo e fungos, emanando uma aura
doentia e venenosa. Astucioso e calculista, costuma usar
todo tipo de tática nefasta para obter o que deseja. Existem
relatos deste dragão ser capaz de controlar a fauna local a
seu favor, usando-a para atrair vítimas mais apetitosas.
Habitat: floresta densa, pântano.
Bom Média Dano Vigor
+6 +4 14 78
Combate: cauda (engajado; dano físico), garras e pre-
sas (engajado; dano físico; Debilitar), sopro (distante;
dano ácido; até 7 alvos).
Habilidades: Debilitar (venenoso; dano físico; condi-
ção física com -2 no teste de Tolerância do alvo). Dissi-
mular. Imunidade (dano ácido). Sopro Elemental (dano
ácido). Vigoroso. Voador.
DRAGÃO VULCÂNICO (ELITE)
Nível 12. Dragão agressivo enorme.
Trata-se de um dragão profundamente arrogante e po-
deroso, sendo motivado apenas pelo seu desejo insaciável
por riquezas. Costuma fazer sua toca dentro de vulcões ou
nas mais altas montanhas, evitando visitantes indesejados
e mantendo seu olhar de superioridade sobre todos abaixo.
Suas escamas emanam uma aura de calor tão forte que di-
zem poder derreter até metal.
Habitat: montanha, vulcão.
Bom Média Dano Vigor
+7 +4 17 96
Combate: aura furiosa (engajado; dano ígneo; Retri-
buição), cauda, garras e presas (engajado; dano físico;
Brutal), sopro (distante; dano ígneo; até 7 alvos).
Habilidades: Brutal (3 de dano físico). Defensivo
(dano físico). Imunidade (dano ígneo). Ofensivo +. Retri-
buição (3 de dano ígneo). Sopro Elemental (dano ígneo).
Vigoroso. Voador.
DRÍADE
Nível 3. Feérico místico médio.
São espíritos mágicos que optaram em habitar uma ár-
vore, assumindo uma forma física similar à da planta que
escolheram, protegendo-a. Elas não possuem uma aparên-
cia definida, usando de magia para atrair outras criaturas
a fim de drenar sua força vital.
Habitat: bosque, floresta, selva, plano feérico.
Bom Média Dano Vigor
+5 +2 7 20
Combate: toque drenante (engajado; dano arcano;
Drenar), vinhas (engajado; dano físico).
Habilidades: Antimagia. Defensivo (dano arcano).
Drenar (dano arcano). Magia (Poder 2).
Magias conhecidas: Alterar Forma (1 uso/dia), Con-
trolar Elemento (planta; 2 usos/dia) e Charme (1 uso/dia).
Vulnerabilidade: ferro frio.
DUENDE
Nível 1. Feérico especialista pequeno.
São pequenas fadas humanoides de aparência bastante
variada. Brincalhões, adoram guloseimas, seja mel ou até
sangue. Não costumam ser agressivos, comunicando-se
com outros seres de locais seguros e propondo tratos.
Habitat: bosque, floresta, plano feérico.
Bom Média Dano Vigor
+4 +2 5 12
Combate: garras e presas (engajado; dano físico).
Habilidades: Antimagia. Defensivo (dano arcano).
Manto Invisível (ver abaixo).
Manto Invisível: duendes são especializados em evi-
tar serem vistos, sendo visíveis aos olhos apenas daqueles
que saibam o seu nome ou que ele permita. Uma vez visto,
é impossível ficar novamente invisível para aquela pes-
soa. Não funciona contra criaturas feéricas.
Vulnerabilidade: ferro frio.
| 66 |
ELEMENTAL DE ÁGUA
Nível 6. Elemental especialista grande.
Estas criaturas de corpos líquidos costumam ser pací-
ficas, mas reagem com ferocidade caso se sintam ameaça-
das. Elas podem alterar a solidez de seus corpos conforme
desejar, tornando-os mais ou menos congelados.
Habitat: aquático, plano elemental de água.
Bom Média Dano Vigor
+5 +3 10 32
Combate: tentáculos de água (engajado; dano físico).
Habilidades: Corpo Fluído (ver abaixo). Corpo Imortal
(imune a doenças, venenos e a Condição exausta). Defen-
sivo (dano físico). Imunidade (dano congelante).
Corpo Fluido: seu corpo o permite atravessar frestas
e pequenos buracos, bem como ocupar o mesmo espaço
de outras criaturas do seu tamanho ou inferior. Caso ocupe
o mesmo espaço de um alvo, pode-se gastar sua ação lenta
para tentar agarrá-lo (primeira rodada), e posteriormente
asfixiá-lo (segunda rodada em diante). Uma vítima só
pode ser asfixiada caso ainda esteja agarrada, exigindo um
novo ataque do elemental contra a Tolerância. Caso acerte
o ataque, o alvo recebe uma Condição (comece pelas físi-
cas), devendo-se aplicar o efeito descrito no Capítulo 4
caso ele acumule todas as seis. Para cancelar estas Condi-
ções, o alvo primeiro deve fugir do agarrar, movendo-se
automaticamente para fora do espaço ocupado pelo ele-
mental, e depois gastar uma ação lenta para recuperar o
fôlego e curar todas as Condições causadas pela asfixia.
ELEMENTAL DE AR
Nível 6. Elemental especialista grande.
Estes elementais são feitos de espíritos de ar conden-
sados numa forma entre o físico e o etéreo, podendo au-
mentar ou diminuir a densidade do seu corpo a fim de voar
caso desejem. Atacam com rajadas de vento tão poderosas
que cortam até mesmo rochas.
Habitat: céu, plano elemental de ar.
Bom Média Dano Vigor
+5 +3 10 32
Combate: rajadas cortantes (engajado; dano físico).
Habilidades: Corpo Fluido (ver abaixo). Corpo Imortal
(imune a doenças, venenos e a Condição exausta). Defen-
sivo (dano físico). Voador.
Corpo Fluido: seu corpo o permite atravessar frestas
e pequenos buracos, bem como ocupar o mesmo espaço
de outras criaturas do seu tamanho ou inferior. Caso ocupe
o mesmo espaço de um alvo, pode-se gastar sua ação lenta
para tentar agarrá-lo (primeira rodada), e posteriormente
asfixiá-lo (segunda rodada em diante). Uma vítima só
pode ser asfixiada caso ainda esteja agarrada, exigindo um
novo ataque do elemental contra a Tolerância. Caso acerte
o ataque, o alvo recebe uma Condição (comece pelas físi-
cas), devendo-se aplicar o efeito descrito no Capítulo 4
caso ele acumule todas as seis. Para cancelar estas Condi-
ções, o alvo primeiro deve fugir do agarrar, movendo-se
automaticamente para fora do espaço ocupado pelo ele-
mental, e depois gastar uma ação lenta para recuperar o
fôlego e curar todas as Condições causadas pela asfixia.
ELEMENTAL DE FOGO
Nível 6. Elemental resistente grande.
Habitantes do plano do fogo, estas criaturas agressivas
são formadas por um turbilhão de brasas e chamas incan-
descentes. Muitas vezes atacam sem motivo, agindo por
puro instinto de tornar tudo em cinzas.
Habitat: vulcão, plano elemental de fogo.
Bom Média Dano Vigor
+5 +3 10 32
Combate: labaredas (engajado; dano ígneo; Aura).
Habilidades: Aura (2 de dano ígneo). Corpo Imortal
(imune a doenças, venenos e a Condição exausta). Defen-
sivo (dano físico). Imunidade (dano ígneo).
ELEMENTAL DE TERRA
Nível 6. Elemental resistente grande.
Quando espíritos de terra passam a habitar uma massa
rochosa, ela pode ganhar vida e se tornar estas criaturas.
Pesados e sólidos, são os mais resistentes dos elementais,
movendo-se lentamente e atacando com as rochas.
Habitat: subterrâneo, plano elemental de terra.
Bom Média Dano Vigor
+5 +3 10 32
Combate: pancada (engajado; dano físico; Impacto).
Habilidades: Corpo Imortal (imune a doenças, venenos
e a Condição exausta). Defensivo (dano físico). Fundir-se
à terra (ver abaixo). Impacto.
Fundir-se à terra: o elemental pode gastar a sua ação
lenta para fundir seu corpo a qualquer mineral, ficando
imune a todo tipo de dano (exceto mental), mas também
sendo incapaz de atacar enquanto permanecer nesta
forma. Ele pode se mover normalmente dentro do mineral,
onde sair gastará sua ação rápida na rodada.
ESPECTRO
Nível 4. Morto-vivo místico médio.
Quando uma criatura consciente morre com um pro-
fundo rancor, seu espírito pode ser possuído por uma fúria
avassaladora, transformando-a num espectro. Eles não se
lembram mais quem foram no passado, sendo espíritos
movidos apenas pelo ódio de destruir tudo à sua volta. Seu
toque corrói e suga a vida de seres vivos.
Habitat: subterrâneo, locais associados a morte.
Bom Média Dano Vigor
+5 +2 8 24
Combate: toque (engajado; dano necrótico; Drenar).
Habilidades: Corpo Imortal. Defensivo (dano necró-
tico). Drenar (dano necrótico). Incorpóreo (ver abaixo).
Incorpóreo: seu corpo não é físico, flutuando no ar
enquanto se desloca (não pode se afastar muito do solo) e
podendo atravessar superfícies sólidas com até 1 metro de
espessura. Além disso, o espectro é imune a dano, exceto
arcano, mental, necrótico e sagrado. Contudo, ele é inca-
paz de interagir com o mundo material nesta forma (tocar
ou mover objetos). Para interagir com o material, ele de-
verá se tornar semicorpóreo, podendo assim atacar suas
| 67 |
vítimas, mas será apenas resistente a dano físico. Ficar se-
micorpóreo gasta uma ação rápida, enquanto retornar a
sua forma incorpórea gasta uma ação lenta.
Vulnerabilidade: dano sagrado.
ESQUELETO
Nível 1. Morto-vivo agressivo médio.
São criaturas que assombram cemitérios, ruínas e lo-
cais de antigas batalhas, sendo criadas a partir da energia
necrótica acumulada na área ou pelas mãos de um necro-
mante. Seus corpos emanam o miasma da morte, afetando
quem estiver próximo a eles.
Habitat: subterrâneo, locais associados a morte.
Bom Média Dano Vigor
+4 +2 5 12
Combate: garras ou espada (engajado; dano necró-
tico; Corrosão).
Habilidades: Corpo Imortal (imune a doenças, venenos
e a Condição exausta). Corrosão (1 de dano necrótico).
Defensivo (dano necrótico).
Vulnerabilidade: dano sagrado.
FLOR SANGRENTA
Nível 3. Planta agressiva grande.
Estas criaturas atraem a presa com seu perfume adoci-
cado e flor escarlate exuberante, para então enredá-la em
seus espinhos e a engolir de uma única vez. Quando no
auge de seu tamanho, são capazes de engolir um humano
adulto inteiro.
Habitat: bosque, floresta, selva.
Bom Média Dano Vigor
+5 +2 7 30
Combate: vinhas espinhentas (engajado; dano ácido;
Corrosão).
Habilidades: Camuflagem. Corrosão (1 de dano ácido).
Membros Extras. Vigoroso.
Vulnerabilidade: dano ígneo.
GÁRGULA
Nível 3. Elemental resistente médio.
São os guardiões de templos, possuindo uma aparência
similar à de estátuas demoníacas. Extremamente territori-
ais, atacam a tudo que se mova dentro de sua morada, pas-
sando-se por estátuas e surpreendendo as suas vítimas. Di-
ferentemente do que sua aparência sugere, eles são inteli-
gentes, mas incapazes de se comunicar.
Habitat: cemitério, ruínas, templo, urbano.
Bom Média Dano Vigor
+5 +2 7 20
Combate: garras e presas (engajado; dano físico).
Habilidades: Corpo Imortal (imune a doenças, venenos
e a Condição exausta). Defensivo (dano físico). Voador.
GIGANTE
Nível 10. Humanoide agressivo imenso.
Os gigantes são conhecidos como desastres ambulan-
tes, arrasando vilas próximas aos seus habitats em busca
de carne para aplacar sua fome. Geralmente possuem um
intelecto baixo, mas são capazes de se comunicar com ou-
tros seres. Costumam ser solitários, egoístas e cruéis, odi-
ando até outros de sua espécie.
Habitat: montanha.
Bom Média Dano Vigor
+6 +4 15 104
Combate: desarmado ou tronco de árvore (engajado;
dano físico; Brutal), pedregulho (distante; dano físico).
Habilidades: Brutal + (4 de dano físico). Impacto +
(-2 no teste de Tolerância do alvo). Ofensivo. Vigoroso +.
GOBLIN (MENOR)
Nível 1. Humanoide especialista pequeno.
Um dos seres mais comuns nas fantasias. Pequenos,
imundos e numerosos, vivem do que conseguem obter e
jamais atacam sozinhos. São sobreviventes natos, aguen-
tando qualquer ambiente em que possam encontrar o mí-
nimo de alimento. Em alguns cenários, possuem uma in-
teligência similar à de uma criança humana, enquanto em
outros são tão ou até mais geniais que seres que se julgam
civilizados. Em outros cenários, ao invés de humanoides,
possuem uma ancestralidade feérica, alterando suas habi-
lidades natas.
Habitat: diversos.
Bom Média Dano Vigor
+4 +2 5 6
Combate: adaga ou garras (engajado; dano físico).
Habilidades: Coordenação. Furtivo.
GOLEM
Nível 9. Construto resistente grande.
Considerado muitas vezes como o ápice da criação ar-
cana, o golem é um gigante humanoide feito de aço e ferro
que protege um lugar a mando de seu criador. Ele possui
movimentos lentos e brutos, atacando apenas quando for
ordenado ou quando os invasores do local que ele está
protegendo desrespeitam as leis instaladas em sua progra-
mação arcana. Sozinhos são ameaças temíveis, mas tam-
bém podem ser encontrados em pequenos grupos.
Habitat: diversos.
Bom Média Dano Vigor
+6 +3 13 69
Combate: espada pesada (engajado; dano físico).
Habilidades: Corpo Imortal (imune a doenças, venenos
e a Condição exausta). Defensivo (dano físico). Mente Fe-
chada. Proteger +. Vigoroso.
| 68 |
GRELL
Nível 4. Aberração especialista média.
Com a bizarra aparência de um cérebro com um grande
bico afiado, o grell flutua silenciosamente à espreita de
presas solitárias, agarrando-as com seus longos e fibrosos
tentáculos carregados com uma poderosa toxina parali-
sante. Ele costuma agir sozinho, mas também pode formar
pequenos bandos, sempre preferindo atacar vítimas que
aparentem maior fragilidade.
Habitat: subterrâneo, ruínas.
Bom Média Dano Vigor
+5 +2 8 24
Combate: bico (engajado; dano físico), tentáculos
(engajado; dano físico; Debilitar).
Habilidades: Debilitar (venenoso; dano físico; condi-
ção física). Membros Extras. Voador.
GRIFO
Nível 4. Besta especialista grande.
São criaturas grandes com o corpo de leão e a cabeça
e asas de águia. Eles vivem em regiões remotas e grandes
altitudes, mergulhando sobre as suas presas ao atacar. São
caçadores solitários, mas podem ser encontrados em pe-
quenos grupos familiares.
Habitat: terreno rochoso, terras áridas, montanha.
Bom Média Dano Vigor
+5 +2 8 24
Combate: garras e bico (engajado; dano físico).
Habilidades: Impacto. Mobilidade. Voador.
HAG
Nível 7. Feérico místico médio.
Também conhecidas como as verdadeiras bruxas, es-
tas criaturas horrendas são fadas malignas que provocam
e se alimentam dos pesadelos das pessoas, ou caçam cri-
anças em busca de sua inocência e sangue rejuvenescedor.
São feiticeiras formidáveis e possuem uma personalidade
distorcida e cruel.
Habitat: floresta, selva, plano feérico.
Bom Média Dano Vigor
+6 +3 11 36
Combate: garras (engajado; dano físico), rajada má-
gica (distante; dano arcano; Projétil).
Habilidades: Antimagia. Defensivo (dano arcano).
Energizar. Magia + (Poder 4). Projétil (dano arcano).
Magias conhecidas: Charme (3 usos/dia), Disfarce
Ilusório (4 usos/dia), Invisibilidade (3 usos/dia), Pânico (3
usos/dia), Projétil (4 usos/dia), e Sono (2 usos/dia). Caso
seja criada como uma elite, acrescente as magias Drenar
(3 usos/dia) e Polimorfismo (1 uso/dia).
Vulnerabilidade: ferro frio.
HIDRA
Nível 9. Monstro agressivo imenso.
Trata-se de uma criatura horrenda com corpo crocodi-
liano e múltiplas cabeças presas em pescoços longos que
lembram cobras. Eternamente faminta, a hidra é um ser
carnívoro que vaga de lugar em lugar sempre em busca de
alimento, devorando tudo que encontrar pelo caminho.
Caso acabe não encontrando o que comer, suas cabeças
podem se voltar contra si mesmas, devorando umas as ou-
tras. Possui a terrível habilidade de regenerar suas cabeças
perdidas, e são ótimas nadadoras.
Habitat: lago, pântano, praia, rio.
Bom Média Dano Vigor
+6 +3 7* 69
*Dano reduzido devido a especificidade da habilidade Múl-
tiplas cabeças.
Combate: mordida (engajado; dano físico; Múltiplas
cabeças).
Habilidades: Anfíbio. Coordenação (apenas com suas
próprias cabeças. Veja Múltiplas Cabeças para detalhes).
Múltiplas Cabeças (ver abaixo). Proximidade. Vigilante
(ver abaixo). Vigoroso.
Múltiplas Cabeças: toda hidra tem, em geral, cinco
cabeças. Cada cabeça pode fazer uma ação lenta para ata-
car um alvo, causando 7 de dano físico caso acerte, mas a
hidra em si só poderá fazer uma única ação rápida. Caso
duas ou mais cabeças ataquem o mesmo alvo, todas rece-
bem o bônus de +1 no ataque da habilidade Coordenação.
Se a hidra receber 10 ou mais de dano numa única inicia-
tiva (duas ou mais personagens com o mesmo valor de
iniciativa agem na mesma iniciativa), uma das suas cabe-
ças morre. Se todas as suas cabeças morrerem, a hidra
morre. No fim da iniciativa da hidra, ela regenera duas
cabeças para cada cabeça perdida desde a sua última ini-
ciativa, a menos que ela tenha recebido dano ígneo desde
a sua última iniciativa. Ela cura 3 de Vigor para cada ca-
beça que regenerar desta forma.
Vigilante: enquanto a hidra estiver descansando ou
dormindo, pelo menos uma de suas cabeças estará alerta,
tendo [Bom + 1] em testes de Perceber para não ser sur-
preendida.
IFRIT
Nível 8. Elemental resistente grande.
São criaturas humanoides que possuem corpo similar
ao de um leão antropomórfico, com garras e presas proe-
minentes e uma juba de fogo. Muito territoriais, são soli-
tários e raramente são vistos no plano mortal, manifes-
tando-se com uma poderosa fúria quando são invocados.
Habitat: deserto, vulcão, plano elemental do fogo.
Bom Média Dano Vigor
+6 +3 12 60
Combate: garras flamejantes (engajado; dano ígneo;
Aura).
Habilidades: Aura (2 de dano ígneo). Corpo Imortal
(imune a doenças, venenos e a Condição exausta). Imuni-
dade (dano ígneo). Vigoroso.
| 69 |
KOBOLD (MENOR)
Nível 1. Humanoide especialista pequeno.
São pequenas criaturas reptilianas conhecidas por ser-
virem dragões e deuses malignos. Individualmente fracos,
dependem da força de seus números para derrotar outras
criaturas, usando armadilhas e emboscadas.
Habitat: terras áridas, deserto, subterrâneo.
Bom Média Dano Vigor
+4 +2 5 6
Combate: adaga ou garras (engajado; dano físico).
Habilidades: Coordenação. Furtivo.
LADRÃO DE ALMAS
Nível 8. Demônio especialista médio.
Este demônio humanoide que lembra um verme possui
uma bocarra circular cravejada de dentes pontiagudos que
dilaceram a carne de suas vítimas e sugam sua energia vi-
tal. São exímios caçadores, usando as sombras e veloci-
dade sobrenatural para colher as almas de seus alvos.
Habitat: plano infernal.
Bom Média Dano Vigor
+6 +3 12 40
Combate: presas dilaceradoras (engajado; dano men-
tal; Drenar).
Habilidades: Corpo Imortal (imune a doenças, venenos
e a Condição exausta). Defensivo (dano físico). Drenar +
(dano mental). Mobilidade. Sugar Alma (ver abaixo).
Sugar Alma: um alvo que tenha seu Vigor zerado pelo
demônio deve fazer um teste de morte, onde a falha fará
sua alma ser devorada, morrendo automaticamente. Além
disso, a alma devorada fortalece do demônio, aumentando
em +1 o seu valor de Bom durante 1 minuto. Devorar uma
segunda alma neste tempo aumenta em +1 o seu valor de
Média pela mesma duração. Uma terceira aumenta em +1
o seu Dano. Uma quarta dobra o seu Vigor máximo, sendo
este o limite de almas que pode ser sugada num único dia.
Vulnerabilidade: dano sagrado.
MANTÍCORA
Nível 4. Monstro especialista grande.
Corpo de leão, asas de dragão, uma cauda coberta de
espinhos afiados e um rosto que lembra vagamente o de
um ser humano – a mantícora é um monstro no sentido
mais literal. Cruel e astuciosa, esta criatura costuma caçar
em pequenos bandos e torturar suas vítimas, podendo até
servir a mestres que lhe garantam presas fáceis. Possui um
intelecto razoável e é capaz de se conversar com outros
seres, mas costuma usar sua esperteza para tentar encon-
trar formas “divertidas” de causar dor a sua comida.
Habitat: deserto, montanha, terras áridas.
Bom Média Dano Vigor
+5 +2 8 24
Combate: cauda espinhosa (distante; dano físico; Pro-
jétil), garras e presas (engajado; dano físico).
Habilidades: Dissimular. Projétil (dano físico). Voa-
dor.
MINOTAURO OTYUGH
Nível 5. Monstro agressivo grande. Nível 6. Aberração resistente grande.
Trata-se de um monstro humanoide que possui cabeça Esta criatura grotesca possui um corpo grande apoiado
e patas de touro. É extremamente agressivo, matando a por três patas robustas, uma “cabeça” em formato de ten-
tudo e todos que adentram seu território, agindo impulsi- táculo com três olhos, dois poderosos tentáculos laterais
vamente quando diante da possibilidade de realizar uma com esporões em suas pontas, e uma bocarra de dentes
carnificina e se deliciar do sangue e vísceras de suas víti- pontiagudos afiados como navalhas. O otyugh é um glu-
mas. Possui intelecto limitado, mas sua memória formidá- tão que prefere aguardar a aproximação de suas presas en-
vel o impede de se perder em qualquer labirinto que aden- terrado sob restos de carniça e outras criaturas, usando
tre. Geralmente tem hábitos solitários. seus tentáculos laterais para as derrubar e mordê-las com
Habitat: ruínas, labirinto, subterrâneo. sua enorme boca.
Habitat: floresta densa, pântano, ruínas, subterrâneo.
Bom Média Dano Vigor
+5 +3 9 42 Bom Média Dano Vigor
+5 +3 10 48
Combate: chifres ou machado (engajado; dano físico;
Retribuição). Combate: mordida (engajado; dano físico; Debilitar),
Habilidades: Brutal (2 de dano físico). Proximidade. tentáculos (engajado; dano físico).
Retribuição (2 de dano físico). Vigoroso. Habilidades: Debilitar + (venenoso; dano físico; do-
ença – ver abaixo). Membros Extras. Vigoroso.
OGRO Doença: um alvo que falhe num teste de Tolerância ao
Nível 4. Humanoide resistente enorme. ser mordido pelo otyugh receberá a Condição exausto
São criaturas grandes e fortes. São conhecidos pela sua (CON). Caso não a cure, no dia seguinte o alvo receberá
estupidez e costumam agir por ganância e gula, ou apenas outra Condição (priorize as físicas), recebendo novas
matando por prazer. Tendem a ser solitários, mas podem Condições enquanto se manter doente. Cancelar a Condi-
se unir a outros ogros ou quaisquer criaturas quando estão ção exausto será suficiente para curar a doença e impedir
sendo comandados. que ela piore, mas as demais Condições deverão ser cura-
das normalmente ao longo dos próximos dias.
Habitat: terreno rochoso, montanha, subterrâneo.
Bom Média Dano Vigor PORTADOR DA PRAGA
+5 +2 9 36 Nível 7. Demônio resistente grande.
Combate: clava gigante (engajado; dano físico). São criaturas humanoides flácidas e obesas, tendo os
Habilidades: Impacto. Ofensivo. Vigoroso. corpos cobertos por chagas e insetos nojentos. Servos dos
lordes infernais, estes demônios contaminam uma área e
ORC GUERREIRO espalham corrupção no plano mortal, preparando o ambi-
Nível 1. Humanoide agressivo médio. ente para a chegada de seus senhores corruptos.
Recorrentes antagonistas de fantasia, os orc são bárba- Habitat: plano infernal.
ros e guerreiros que valorizam a força do indivíduo, sendo Bom Média Dano Vigor
geralmente brutos e resistentes. +6 +3 11 54
Habitat: diversos.
Combate: garras e presas (engajado; dano ácido;
Bom Média Dano Vigor Aura).
+4 +2 6 18 Habilidades: Aura + (2 de dano ácido; não afeta alia-
Combate: machado grande (engajado; dano físico). dos). Corpo Imortal (imune a doenças, venenos e a Condi-
Habilidades: Ofensivo. Vigoroso. ção exausta). Defensivo (dano físico). Praga (ver abaixo).
Vigoroso.
Praga: a presença de um único portador é suficiente
ORC XAMÃ para cobrir um local com miasma, espalhando doença e
Nível 2. Humanoide místico médio. morte. Todos que entrarem na mesma zona dele devem
Alguns orc se associam com os espíritos e deuses pro- fazer um teste de Tolerância, recebendo a Condição exa-
fanos em busca de poder, tornando-se os líderes religiosos usta (CON) caso falhem. Este teste deve ser feito apenas
de suas tribos e capazes de usar magias. uma vez por combate, mas fora dele deverá ser repetido
Habitat: diversos. uma vez a cada hora. Após um dia em que o portador ficar
Bom Média Dano Vigor num local, a sua praga se espalha longe o suficiente para
+4 +2 6 16 cobrir toda uma aldeia, adoecendo e matando toda forma
de vida lentamente. Após um mês, sua área será grande o
Combate: cajado (engajado; dano físico), raio mágico suficiente para cobrir uma vila inteira e continuará se ex-
(distante; dano arcano; Projétil). pandindo lentamente. Considere este efeito como sendo
Habilidades: Energizar. Projétil (dano arcano). uma doença e veneno para fins de cura e resistência.
Vulnerabilidade: dano sagrado.

| 70 |
PRINCIPADO (ELITE)
Nível 12. Celestial especialista médio.
São os mensageiros sagrados, levando aos líderes mor-
tais as palavras dos deuses. Devido sua posição diplomá-
tica, possuem bastante personalidade e influência, mas
também são os mais susceptíveis a serem corrompidos.
Raramente se envolvem em combates, mas o farão a fim
de cumprir com o seu dever.
Habitat: plano celestial.
Bom Média Dano Vigor
+7 +4 16 64
Combate: espadas curtas (engajado; dano físico), lâ-
minas sagradas (engajado; dano sagrado; Debilitar).
Habilidades: Corpo Imortal (imune a doenças, venenos
e a Condição exausta). Debilitar + (sobrenatural; dano sa-
grado; condição mental com -2 no teste de Vontade do
alvo). Defensivo + (dano sagrado e físico). Invisibilidade
(ver abaixo). Mobilidade +. Voador.
Invisibilidade: a fim de ficarem próximos aos mortais
que precisam guiar, os principados conseguem refletir a
luz que toca os seus corpos, ficando invisíveis. Para isso,
eles devem gastar uma ação lenta, permanecendo assim
até agirem ofensivamente ou cancelarem o efeito. Pode-
se usar esta habilidade uma vez por cena.
Vulnerabilidade: dano necrótico.
QUIMERA
Nível 8. Monstro agressivo grande.
Esta criatura possui o corpo de um felino, asas de dra-
gão, cauda de escorpião e três cabeças de animais distin-
tos: bode, dragão e leão. Agressiva e cruel, a quimera
ataca qualquer criatura que encontre a fim de devorá-la.
Costuma atacar as suas vítimas de surpresa, descendo so-
bre elas voando e as engolfando com seu sopro de fogo.
Habitat: terras áridas, terreno rochoso, montanha, de-
serto.
Bom Média Dano Vigor
+6 +3 13 40
Combate: ferrão (engajado; dano ácido; Corrosão),
garras e presas (engajado; dano físico), sopro (distante;
dano ígneo; até 6 alvos).
Habilidades: Corrosão + (2 de dano ácido; -2 no teste
de Tolerância do alvo). Ofensivo. Sopro Elemental (dano
ígneo). Voador.
SOMBRA
Nível 5. Demônio especialista médio.
Especializado em espionagem e influência, esta cria-
tura sombria possui um corpo que lembra as sombras que
o nomeia, tendo uma forma humanoide do tronco para
cima, mas seu tronco inferior lembra o de uma serpente.
São enviadas ao plano mortal para obter informações e re-
alizar acordos com outros seres corruptos, levando adiante
os planos de seus generais infernais.
Habitat: plano infernal.
Bom Média Dano Vigor
+5 +3 9 28
| 71 |
Combate: garras (engajado; dano físico).
Habilidades: Corpo Imortal (imune a doenças, venenos
e a Condição exausta). Furtivo. Fusão Sombria (ver
abaixo). Mobilidade +.
Fusão Sombria: o demônio pode gastar uma ação
lenta para entrar em qualquer sombra adjacente a si, tor-
nando-se intangível dentro dela. Enquanto permanecer
dentro da sombra, ele não poderá realizar ações ofensivas,
ficando invisível a todos os sentidos (só pode ser detec-
tado por magia), e será afetado apenas por ataques que
causem dano mental e sagrado. Caso a sombra esteja co-
nectada diretamente a outras, ele poderá se mover livre-
mente entre elas. Sair de dentro das sombras gasta a sua
ação rápida na rodada.
Vulnerabilidade: dano sagrado.
SPRIGGAN
Nível 7. Planta resistente enorme.
São criaturas formadas por galhos e troncos de árvores
que possuem formas diversas, lembrando um híbrido entre
animal com humano (andam em quatro patas). Seus rostos
são simples troncos, tendo dois olhos brilhantes. Eles são
criados através do poder das fadas, geralmente sendo in-
cumbidos de proteger um local ou agir como soldados.
Habitat: bosque, floresta, selva, plano feérico.
Bom Média Dano Vigor
+6 +3 11 54
Combate: desarmado (engajado; dano físico).
Habilidades: Camuflagem. Defensivo (dano físico).
Proteger +. Vigoroso + (regenera 2 de Vigor no início da
sua iniciativa, exceto dano ao qual é vulnerável).
Vulnerabilidade: dano ígneo.
SÚCUBO / ÍNCUBO
Nível 4. Demônio místico médio.
Sedutores e lascivos, estes demônios são conhecidos
por se alimentar da luxúria dos mortais. São muitas vezes
enviados como espiões e influenciadores, mudando a sua
aparência para a das demais raças com suas magias. Eles
não possuem uma forma e identidade de gênero definida
(em geral são retratados como mulheres ou homens muito
belos, possuindo asas e cauda), podendo mudar sua apa-
rência conforme desejar.
Habitat: plano infernal.
Bom Média Dano Vigor
+5 +2 8 24
Combate: garras (engajado; dano físico), mordida
enervante (engajado; dano mental; Drenar).
Habilidades: Corpo Imortal (imune a doenças, venenos
e a Condição exausta). Defensivo (dano mental). Drenar
(dano mental). Magia (Poder 2).
Magias conhecidas: Alterar Forma (1 uso/dia) e
Charme (1 uso/dia). Ambas as magias possuem duração
de um dia ao invés de apenas uma hora.
Vulnerabilidade: dano sagrado.
TROLL
Nível 6. Humanoide agressivo grande.
Trata-se de uma subespécie de gigante que comparti-
lha características de plantas. Com seus corpos grandes,
eles são inimigos jurados das criaturas feéricas e matam
tudo que os irritem. Possuem inteligência e são capazes
de se comunicar rusticamente com outras raças, mas pre-
ferem apenas matá-las. São imensamente temidos por sua
alta capacidade regenerativa.
Habitat: selva, montanha.
Bom Média Dano Vigor
+5 +3 11 48
Combate: clava ou garras (engajado; dano físico).
Habilidades: Ofensivo. Retribuição + (3 de dano fí-
sico). Vigoroso + (regenera 2 de Vigor no início da sua
iniciativa, exceto dano ao qual é vulnerável).
Vulnerabilidade: dano ígneo.
VAMPIRO (ELITE)
Nível 9. Morto-vivo místico médio.
Sedentos por sangue, estes seres profanos vagam pela
noite em busca de vítimas para saciar a sua sede, enquanto
dormem de dia em seus mausoléus. Alguns deles possuem
familiares como servos ou vampiros menores leais que fo-
ram transformados através do abraço da sua maldição.
Habitat: diversos.
Bom Média Dano Vigor
+6 +3 13 46
Combate: garras (engajado; dano físico), presas (en-
gajado; dano necrótico; Drenar), toque da noite (engajado;
dano mental; Debilitar).
Habilidades: Beijo Mortal (ver abaixo). Corpo Imortal
(imune a doenças, venenos e a Condição exausta). Debilitar
(sobrenatural; dano mental; condição mental). Defensivo
(dano necrótico). Drenar + (dano necrótico). Magia (Po-
der 5).
Beijo Mortal: um alvo que tenha o Vigor zerado pelo
vampiro deve fazer um teste de morte, onde a falha o ma-
tará e ele se levantará após 1d6 dias como um servo vam-
piro leal a quem o matou.
Magias conhecidas: Charme (4 usos/dia), Escuridão
(4 usos/dia), Polimorfismo (2 usos/dia), e Teleporte (3
usos/dia).
Vulnerabilidade: dano sagrado.
Combate: vinhas (engajado; dano físico).
Habilidades: Camuflagem. Dissimular. Focalizar.
Membros Extras. Vigoroso.
Vulnerabilidade: dano ígneo.
WYVERN
Nível 7. Dragão agressivo grande.
Parente dos dragões, este grande réptil voador prefere
caçar suas presas no ar sempre que possível, perseguindo-
as insistentemente e usando seu ferrão venenoso para ma-
tar. Diferencia-se dos dragões verdadeiros por suas esca-
mas de aspecto comum e suas patas dianteiras serem fun-
didas a suas enormes asas.
Habitat: terreno rochoso, montanha.
Bom Média Dano Vigor
+6 +3 12 36
Combate: ferrão (engajado; dano físico; Debilitar),
garras e presas (engajado; dano físico).
Habilidades: Debilitar (venenoso; dano físico; condi-
ção física). Mobilidade +. Ofensivo +. Voador.
ZUMBI (MENOR)
Nível 1. Morto-vivo agressivo médio.
São corpos mortos reanimados com energia necrótica,
vagando pela terra em busca de consumir a carne dos vi-
vos ou servindo aquele que os invocou.
Habitat: ruínas, templo, locais associados a morte.
Bom Média Dano Vigor
+4 +2 5 6
Combate: garras e presas (engajado; dano físico).
Habilidades: Corpo Imortal (imune a doenças, venenos
e Condição exausta). Coordenação. Defensivo (dano necró-
tico).
Vulnerabilidade: dano sagrado.

VINHA CONSTRITORA
Nível 5. Planta especialista grande.
Esta criatura lembra um emaranhado de vinhas ou uma
sebe desgrenhada, mas na verdade é um caçador que es-
trangula suas vítimas até a morte. A vinha constritora sabe
como se disfarçar, aguardando pacientemente a aproxima-
ção de animais e pessoas indefesas a fim de matá-las e
absorver lentamente os seus nutrientes.
Habitat: bosque, floresta, selva.
Bom Média Dano Vigor
+5 +3 9 42

| 72 |
OPEN GAME LICENSE
Version 1.0a
The following text is the property of Wizards of the Coast, Inc. and
is Copyright 2000 Wizards of the Coast, Inc ("Wizards"). All Rights
Reserved.
1. Definitions: (a)"Contributors" means the copyright and/or trade-
mark owners who have contributed Open Game Content; (b)"De-
rivative Material" means copyrighted material including derivative
works and translations (including into other computer languages),
potation, modification, correction, addition, extension, upgrade,
improvement, compilation, abridgment or other form in which an
existing work may be recast, transformed or adapted; (c) "Distrib-
ute" means to reproduce, license, rent, lease, sell, broadcast, pub-
licly display, transmit or otherwise distribute; (d)"Open Game Con-
tent" means the game mechanic and includes the methods, proce-
dures, processes and routines to the extent such content does not
embody the Product Identity and is an enhancement over the prior
art and any additional content clearly identified as Open Game Con-
tent by the Contributor, and means any work covered by this Li-
cense, including translations and derivative works under copyright
law, but specifically excludes Product Identity. (e) "Product Iden-
tity" means product and product line names, logos and identifying
marks including trade dress; artifacts; creatures characters; stories,
storylines, plots, thematic elements, dialogue, incidents, language,
artwork, symbols, designs, depictions, likenesses, formats, poses,
concepts, themes and graphic, photographic and other visual or au-
dio representations; names and descriptions of characters, spells,
enchantments, personalities, teams, personas, likenesses and spe-
cial abilities; places, locations, environments, creatures, equipment,
magical or supernatural abilities or effects, logos, symbols, or
graphic designs; and any other trademark or registered trademark
clearly identified as Product identity by the owner of the Product
Identity, and which specifically excludes the Open Game Content;
(f) "Trademark" means the logos, names, mark, sign, motto, designs
that are used by a Contributor to identify itself or its products or the
associated products contributed to the Open Game License by the
Contributor (g) "Use", "Used" or "Using" means to use, Distribute,
copy, edit, format, modify, translate and otherwise create Deriva-
tive Material of Open Game Content. (h) "You" or "Your" means
the licensee in terms of this agreement.
2. The License: This License applies to any Open Game Content
that contains a notice indicating that the Open Game Content may
only be Used under and in terms of this License. You must affix
such a notice to any Open Game Content that you Use. No terms
may be added to or subtracted from this License except as described
by the License itself. No other terms or conditions may be applied
to any Open Game Content distributed using this License.
3. Offer and Acceptance: By Using the Open Game Content You
indicate Your acceptance of the terms of this License.
4. Grant and Consideration: In consideration for agreeing to use
this License, the Contributors grant You a perpetual, worldwide,
royalty-free, non-exclusive license with the exact terms of this Li-
cense to Use, the Open Game Content.
5. Representation of Authority to Contribute: If You are contrib-
uting original material as Open Game Content, You represent that
Your Contributions are Your original creation and/or You have suf-
ficient rights to grant the rights conveyed by this License.
6. Notice of License Copyright: You must update the COPY-
RIGHT NOTICE portion of this License to include the exact text of
the COPYRIGHT NOTICE of any Open Game Content You are
copying, modifying or distributing, and You must add the title, the
copyright date, and the copyright holder's name to the COPY-
RIGHT NOTICE of any original Open Game Content you Distrib-
ute.
7. Use of Product Identity: You agree not to Use any Product Iden-
tity, including as an indication as to compatibility, except as ex-
pressly licensed in another, independent Agreement with the owner
of each element of that Product Identity. You agree not to indicate
compatibility or co-adaptability with any Trademark or Registered
Trademark in conjunction with a work containing Open Game Con-
tent except as expressly licensed in another, independent Agree-
ment with the owner of such Trademark or Registered Trademark.
The use of any Product Identity in Open Game Content does not
constitute a challenge to the ownership of that Product Identity. The
owner of any Product Identity used in Open Game Content shall
retain all rights, title and interest in and to that Product Identity.
8. Identification: If you distribute Open Game Content You must
clearly indicate which portions of the work that you are distributing
are Open Game Content.
9. Updating the License: Wizards or its designated Agents may
publish updated versions of this License. You may use any author-
ized version of this License to copy, modify and distribute any Open
Game Content originally distributed under any version of this Li-
cense.
10. Copy of this License: You MUST include a copy of this Li-
cense with every copy of the Open Game Content You Distribute.
11. Use of Contributor Credits: You may not market or advertise
the Open Game Content using the name of any Contributor unless
You have written permission from the Contributor to do so.
12. Inability to Comply: If it is impossible for You to comply with
any of the terms of this License with respect to some or all of the
Open Game Content due to statute, judicial order, or governmental
regulation then You may not Use any Open Game Material so af-
fected.
13. Termination: This License will terminate automatically if You
fail to comply with all terms herein and fail to cure such breach
within 30 days of becoming aware of the breach. All sublicenses
shall survive the termination of this License.
14. Reformation: If any provision of this License is held to be un-
enforceable, such provision shall be reformed only to the extent
necessary to make it enforceable.
15. COPYRIGHT NOTICE
Open Game License v 1.0 Copyright 2000, Wizards of the Coast,
Inc.
System Reference Document, Copyright 2000, Wizards of the
Coast, Inc.; Authors Jonathan Tweet, Monte Cook e Skip Williams,
based on material by E. Gary Gygax and Dave Arneson.
FATE CORE, Copyright 2003, Evil Hat Productions LLC; Authors
Robert Donoghue and Fred Hicks.
13th Age, Copyright 2013, Fire Opal Media; Authors Rob Heinsoo,
Jonathan Tweet, based on material by Jonathan Tweet, Monte
Cook, and Skip Williams.
Dungeon World, Copyright 2013, Sage Kobold Productions; Au-
thors Saga LaTorra and Adam Koebel.
DK20, Copyright 2010, Dream Knights; Autor Cristiano “Leish-
maniose” DeLira.
Sistema +2d6 – Regras Customisáveis para RPGS, Copyright
2012, NitroDungeon RPG Blog; Autor Newton “Tio Nitro” Rocha.
Gaia RPG, Copyright 2018; Autor Fellipe “Tio Lipe” Melo.