RN de Risco/Família: Adaptação à vida extra-uterina (Alterações das

funções vitais)

RN de Alto Risco
Peso de Nascimento:

 RN LIG
 RN GIG
 RN ACIU
Idade Gestacional:

 RN de pré-termo
 RN de pós-termo
Problemas Fisiológicos:

 RN filho de mãe diabética

 RN sépsis
 RN convulsão
 RN hipoglicémia
 RN SDR

Admissão do RN numa Unidade de Neonatologia:

 Sala de partos;
 Serviço de urgência;
 Consulta de neonatologia;
 Transferência de outra unidade.

Cuidados Básicos:
 Ambiente termoneutro;
 Monitorização SV;
 Observação rigorosa;
 Registos sistemáticos.

Avaliação Idade Gestacional

Escala de Ballard
Estimativa da idade gestacional por graduação de maturidade
Maturidade Neuromuscular:

 Postura;
 Posição pulso;
 Recolhimento braço;
 Angulo popliteo;
 Sinal cachecol;
 Calcanhar/orelha.

Maturidade Física:

 Pele;
 Lanugem;
 Superfície plantar;
 Mama;
 Olho/orelha;
 Genitais

Alteração da Respiração
 Posicionar em decúbito dorsal, sem-lateral ou lateral, se apresentar secreções ou está a
ser alimentado (evitar hiperextensão do pescoço e posição de trendlemburg);
 Observar sinais vitais de angúsita respiratória (roncos, gemidos, cianose, adejo nasal,
apneia, tiragem taquipneia, baixo SpO2...);
 Avaliar oximetria (monitorizar);
 Manter ambiente termoneutro para preservar a utilização de O2;
 Aspirar secreções, se estritamente necessário;
 Administrar O2 suplementar;
 Preparar material para ventilação mecânica.

Termorregulação Alterada
 Colocar o RN na incubadora ou num berço “bem vestido” (botas e gorro importante):
manter entre 36,5 e 37,5ºC;
 Avaliar temperatura axilar, de acordo com situação clínica do RN e o protocolo do
serviço;
 Usar proteção plástica para diminuir a perda de calor, se necessário;
 Evitar situações de perda de calor;
 Observar sinais de alteração da temperatura.

Formas de perda de calor

Condução:
 Perda de calor por contacto direto da pele com um objeto mais frio (ex: bancada fria ou
balança fria);
 Minimiza-se protegendo a superfície fria.
Evaporação:
 Quando fluidos se tornam vapor no ar seco;
 Quanto mais seco o ambiente, maior a perda de calor;
 Minimiza-se secando imediatamente o RN e removendo-se os campos molhados.
Conveção:
 Perda de calor da superfície corporal para o ar circunjacente mais frio;
 Maior em ambientes resfriados;
 Minimiza-se aquecendo o ambiente.
Radiação:
 Perda de calor para superfícies frias (sem contacto direto), como as paredes e janelas da
incubadora;
 Minimiza-se com o uso de uma cobertura de calor termoplástica.
Alteração do Sistema Imunitário
 Utilização de técnica assética;
 Utilizar medidas preventivas de infeção cruzada;
 Identificar sinais de infeção;
 Assegurar o isolamento e/ou distanciamento entre RN.

Alteração do Volume de Líquidos

 Avaliar o estado de hidratação (turgor da pele, pressão arterial, edema, peso,
membranas mucosas, densidade urinária, fontanela);
 Controlar BH (entradas e saídas);
 Vigiar características fezes + urina;
 Reforçar ingestão hídrica (soros);

Nutrição Alterada
 Avaliar a capacidade do RN para a amamentação (reflexos de sucção/deglutição, apneia,
bradicardia, cianose, palidez, baixa de SpO2);
 Alimentação precoce: extração de LM, se não for possível o RN mamar diretamente;
 Intubação oro/nasogástrica: verificar conteúdo gástrico;
 Instruir os pais sobre a amamentação ou alimentação por sonda;
 Peso diário.

Alteração da Pele
 Observar diariamente a pele;
 Evitar uso de produtos abrasivos;
 Limitar o uso de adesivos;
 Aplicar substâncias protetoras da pele/barreira/hidrocolóides/massagem;
 Dar banho diário/dias alternados;
 Trocar fralda em SOS;
 Verificar membros com acesso vascular.

Alteração das Sensações

 Evitar mudanças bruscas;
 Manusear RN suavemente (NIDCAP) só quando estritamente necessário;
 Falar com o RN;
 Estabelecer períodos de descanso/sono;
 Organizar cuidados;
 Diminuir estímulos sonoros e visuais desnecessários;
 Avaliar sinais de stress (desorganizado);
 Contenção, método canguru;
 Interpretar as pistas comportamentais do RN;
 Evitar superestimulação e substimulação.
Priorizar comportamentos de aproximação e despistar sinais de stress.

Alteração do desenvolvimento físico

 Estimular RN;
 Observar sistematicamente;
 Estimular participação dos pais nos cuidados e instruir, esclarecendo dúvidas;
 Avaliar desenvolvimento de acordo com a idade gestacional (corrigir idade);
 Ressaltar competências/capacidades e ganhos do RN.

Idade Cronológica
Idade real que o RN tem- tempo de vida após o nascimento.
Ex: Nasceu no dia 10 de abril, terá 3 meses de idade cronológica no dia 10 de julho.

Idade Corrigida
Idade ajustada ao grau de prematuridade. É a idade que teria se tivesse nascido de
40semanas.
Ex: Nasceu há 2m atrás (8 semanas) com 29s de gestação: idade corrigida é 37s.
A idade corrigida desse bebé será sempre 2m < do que a sua idade cronológica: quando
tiver 4 meses de idade corrigida, terá 2 meses de idade cronológica.