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Sílvio Silva
GESTÃO DA RECLAMAÇÃO
Objectivos
Resolução de reclamações.
GESTÃO DA RECLAMAÇÃO
Reclamação e causas
Abordagem positiva
Análise de situação
Procura de solução
Solução
GESTÃO DA RECLAMAÇÃO
Técnica da assertividade
Arte de protestar
Documentação
Definição de consumidor – é consumidor e está protegido pela legislação de defesa do consumidor sempre
que compra um produto ou lhe é prestado um serviço para seu uso privado. O consumo resulta de uma relação
entre alguém profissional, ou seja, uma pessoa ou empresa que lhe vende ou presta um serviço e que obtém
rendimentos dessa atividade.
Definição de não consumidor – não é consumidor e não está protegido pela legislação de defesa do
consumidor, quando por exemplo contrata um serviço de canalização ao seu vizinho que faz “biscates”, ou
quando compra a motorizada a um particular.
RECLAMAÇÃO E A COMPONENTE LEGAL
Os direitos do consumidor estão consagrados na lei, e existem, mas de nada servem se não forem conhecidos.
Garantias
Um dos direitos do consumidor diz respeito á qualidade dos bens e serviços que compra ou contrata. Sempre
que compra um produto ou contrata um serviço, está a estabelecer um contrato de compra e venda,
ainda que não escrito, e dele não devem constar quaisquer defeitos ou desconformidades. Por isso a lei
estabelece a existência de garantias para o consumidor.
RECLAMAÇÃO E A COMPONENTE LEGAL
Então, podemos dizer que um produto não está conforme com esse contrato de compra e venda ou de prestação
de serviços quando:
O produto que comprou não está conforme com a descrição que dele foi feita pelo vendedor ou não é igual a
uma amostra que lhe foi exibida.
Ex: Foi-lhe apresentado um boneco que quando apertado, acendia uma luz no nariz. No entanto o boneco que levou
para casa por mais que o aperte nunca acendeu luz.
RECLAMAÇÃO E A COMPONENTE LEGAL
O produto não é adequado ao uso que lhe pretende dar e do qual teria sido informado pelo vendedor.
Ex: Disse ao vendedor que pretendia comprar uns binóculos de visão noturna, mas com os binóculos que comprou
nada consegue ver á noite.
RECLAMAÇÃO E A COMPONENTE LEGAL
O produto não é adequado á utilização habitualmente dada aos bens do mesmo tipo.
Ex: Comprou uma arca congeladora que refresca, mas não congela os alimentos.
RECLAMAÇÃO E A COMPONENTE LEGAL
O produto não apresenta as qualidades e o desempenho que esperava face às características que lhe foram
apresentadas pelo vendedor.
Ex: Comprou uma moto que, segundo o vendedor, gastaria 5 litros de combustível a cada 100 Km em circuito urbano.
No entanto a moto gasta 20 litros.
RECLAMAÇÃO E A COMPONENTE LEGAL
O produto, por exemplo, uma máquina de lavar loiça, foi mal instalada pelo vendedor.
Ex: O consumidor instalou mal um produto, por exemplo, um móvel, por um erro no manual de instruções de
montagem.
RECLAMAÇÃO E A COMPONENTE LEGAL
A opção por uma das soluções cabe ao consumidor, mas a lei estabelece dois limites a esta liberdade:
Ex: Não pode exigir uma moto nova só porque a buzina não funciona
RECLAMAÇÃO E A COMPONENTE LEGAL
No caso de um bem móvel, como um carro ,tem dois meses para denunciar a desconformidade detetada. Para os
bens imóveis , como um apartamento, esse prazo é de um ano.
Mas esta reclamação tem de ocorrer dentro dos prazos de garantia dos produtos: dois anos , a contar da data de
entrega para os bens móveis e cinco anos, também a contar da data da entrega, para os bens imóveis.
No momento em que o bem é entregue para reparação o prazo de garantia deixa de ser contado, voltando a ser
contado quando o bem é restituído devidamente reparado.
RECLAMAÇÃO E A COMPONENTE LEGAL
Livro de Reclamações
Livro de Reclamações
Consequências
RECLAMAÇÃO E A COMPONENTE LEGAL
Consequências
A segunda fase de implementação do Livro de Reclamações Eletrónico que decorreu entre 1 de julho de 2018 e
1 de julho de 2019.
Os operadores económicos no âmbito das atividades de hotelaria, das agência de viagens e turismo e da grande
distribuição já se encontram inseridos na Plataforma do Livro de Reclamações Eletrónico.
Os Operadores económicos que exerçam atividades fiscalizadas pela ASAE - Face à diversidade de
setores e à heterogeneidade de empresas envolvidas, e de forma a assegurar a correta ligação e adaptação dos
operadores económicos ao livro de reclamações eletrónico, o processo de adesão e credenciação na Plataforma,
para estes operadores económicos decorreu entre 1 de julho de 2018 e 1 de julho de 2019.
Os operadores económicos que disponibilizam o Livro de Reclamações Eletrónico devem obedecer às regras
previstas no DL n.º74/2017, de 21 de setembro, das quais se destaca a obrigação de resposta ao consumidor
no prazo de 15 dias úteis a contar da data da receção da reclamação.
RECLAMAÇÃO E A COMPONENTE LEGAL
Em Portugal, para assegurar aos consumidores o exercício do direito à proteção jurídica e à justiça acessível e pronta,
tem sido promovida a criação de entidades vocacionadas para a resolução extrajudicial de conflitos na
área do consumo.
Em 1986 foi legalmente reconhecida a possibilidade de se dirimirem litígios através da arbitragem institucionalizada e
desde então vêm sendo criados centros de arbitragem para solucionar os litígios na área do consumo.
Em 1999, estabeleceu-se um conjunto de princípios e obrigações a cumprir pelas entidades que pretendam instituir
procedimentos de resolução extrajudicial de conflitos nesta área.
RECLAMAÇÃO E A COMPONENTE LEGAL
Em Portugal existem diversas estruturas de resolução extrajudicial de conflitos de consumo. Algumas assumem
carácter sectorial, outras assumem carácter geral, já outras têm uma competência territorial delimitada.
O recurso aos meios de resolução extrajudicial de conflitos é voluntário, e a sua intervenção na resolução do
conflito depende da aceitação tanto do consumidor como do fornecedor/prestador do serviço.
RECLAMAÇÃO E A COMPONENTE LEGAL
A Mediação
É o mediador – terceira pessoa face à relação entre as partes em conflito, que intervém de forma imparcial para
aproximar as partes e auxiliá-las a encontrarem a solução para o caso.
A Conciliação:
É o conciliador – terceira pessoa face à relação entre as partes em conflito que assumindo um papel mais ativo do
que o mediador, conduz a negociação e propõe soluções e plataformas de entendimento comum que possibilitem um
acordo entre as partes.
Centros de Arbitragem – Os centros de arbitragem destinados a dirimir os conflitos de consumo são criados por
associações privadas sem fins lucrativos (exceto no caso da Região Autónoma da Madeira, onde o centro existente
foi criado por iniciativa do Governo Regional), nas quais estão representados consumidores e profissionais. A criação
dos centros de arbitragem depende de autorização prévia do Ministério da Justiça.
Regra geral, a arbitragem é gratuita ou com custos moderados, e o seu procedimento é simples, informal e rápido.
As decisões arbitrais são vinculativas a partir da sua notificação às partes e têm a mesma força executiva que as
sentenças de um tribunal judicial de 1ª instância.
Em caso de incumprimento da decisão arbitral há lugar ao recurso direto para os tribunais judiciais, estando o
consumidor isento do pagamento da taxa de justiça.
RECLAMAÇÃO E A COMPONENTE LEGAL
Julgados de Paz
Quando a entidade reclamada não aceita a mediação e a arbitragem o consumidor pode recorrer aos Julgados de Paz.
Os Julgados de Paz são uma nova forma de administração da justiça que pretende a resolução dos litígios por acordo
entre as partes. São estruturas que podem tratar e resolver muitos conflitos na área do consumo com procedimentos
orientados por princípios de simplificação processual, oralidade e informalidade.
Ainda que a tabela seja reduzida, implica custos. A competência dos Julgados de Paz está limitada ao valor de 5.000,00 €
.
RECLAMAÇÃO E A COMPONENTE LEGAL
é a singular
Quando o autor é um consumidor, tem isenção de custas – artigo 14.º Lei de Defesa do Consumidor.
RECLAMAÇÃO E A COMPONENTE LEGAL
O Infarmed mandou retirar do mercado vários produtos cosméticos e de higiene corporal da marca Serge Louis
Alvarez, por utilizarem substâncias proibidas. Em causa estão os produtos «Vernis à Ongles Power», «Xxcell - Lotion
Désincrustante», «Paillettes Exclusives» e «Paillettes Fines». O Infarmed adverte os profissionais e os consumidores em
geral para que se abstenham de utilizar os referidos produtos.
RECLAMAÇÃO E A COMPONENTE LEGAL
Os carrinhos de bebé MacLaren, à venda em Portugal na loja Toy R Us vão ser retirados do mercado para proceder a
alterações na sua estrutura, com dobradiças cortantes, tendo vitimado já 12 bebés.
Para evitar mais problemas como este, a empresa britânica comunicou que vão ser tomadas medidas para contornar
este problema, desenhando uma estrutura mais segura para os bebés.
RECLAMAÇÃO E A COMPONENTE LEGAL
Implicações Jurídicas
Implicações Comerciais
Quebra de Vendas.
Perca de Receitas
RECLAMAÇÃO E A COMPONENTE LEGAL
Implicações Económicas
Custos legais/coimas/indemnizações
RECLAMAÇÃO E A COMPONENTE LEGAL
Implicações na Imagem
Publicidade negativa.
Aproveitamento da concorrência.
Enquadramento
O tratamento das reclamações, se abordado pelas empresas de um modo sério, pode constituir uma ferramenta de
gestão importante ao nível de imagem e da fidelização dos clientes.
Mais do que isso, a análise das suas causas dá quase sempre origem à definição de ações internas de melhoria, que
contribuem para o aperfeiçoamento contínuo das atividades que compõem os processos que identificam o modelo de
negócio da empresa
A análise das reclamações apresentadas pelos utilizadores de determinado serviço ou produto, o estabelecimento de
circuitos internos de comunicação e o retorno da informação sobre o tratamento dado à manifestação de insatisfação,
são aspetos de um mesmo fenómeno que destaca a importância do Cliente.
METODOLOGIA DA RESOLUÇÃO DE RECLAMAÇÕES
Quais as regras de ouro e soluções práticas para lidar com reclamações presenciais ou escritas.
Saber lidar com reclamações é uma forma de assegurar a satisfação do cliente, essencial para ao futuro de qualquer
empresa.
METODOLOGIA DA RESOLUÇÃO DE RECLAMAÇÕES
Uma das razões que pode levar as empresa a perder clientes é o facto de não saber lidar com as suas reclamações.
Sem reclamações, a empresa não terá conhecimento suficiente acerca do número de clientes insatisfeitos e qual a razão
dessa insatisfação.
Se não houver oportunidade de entender a perceção do cliente, a empresa não conseguirá reagir atempadamente.
Lidar de forma apropriada com as reclamações é um pré-requisito se a empresa pretende recuperar a confiança de
clientes insatisfeitos – pode até levar à lealdade por parte desses mesmos clientes.
A forma de transformar uma situação negativa com um cliente numa positiva. É vital que a empresa, e todos os
colaboradores que mantenham contacto com os clientes, conheçam os pré-requisitos para lidar bem com as
reclamações.
METODOLOGIA DA RESOLUÇÃO DE RECLAMAÇÕES
O cliente é o juiz da qualidade que lhe apresentamos e é o centro das nossas atividades de negócio, logo é a nossa
fonte de rendimentos.
Uma eficaz Gestão das Reclamações permite obter uma informação preciosa para a correção dos erros e ir ao
encontro do cliente.
Então…
90% dos clientes insatisfeitos que não se manifestaram nunca mais voltam.
METODOLOGIA DA RESOLUÇÃO DE RECLAMAÇÕES
Perigoso porque:
Perdemos clientes e estes afastam-se sem que nos digam o que causou o seu desagrado.
Mais grave:
Não nos permitem (re)conhecer os erros nem contribuem para a nossa melhoria.
Por desconhecimento, insistimos no erro o que pode afastar outros clientes com consequências negativas para a
empresa.
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METODOLOGIA DA RESOLUÇÃO DE RECLAMAÇÕES
Como solução
dar opiniões
dar sugestões
e claro, reclamar
METODOLOGIA DA RESOLUÇÃO DE RECLAMAÇÕES
Enfoque no cliente
Definir códigos de conduta
Padronização de comportamentos
Normas de qualidade
METODOLOGIA DA RESOLUÇÃO DE RECLAMAÇÕES
Bem como
Se se justificar
e eventualmente….
As empresas deveriam investir mais em estratégias de qualidade, e melhorias no processo ou produto, proteção da
imagem do que depois para sair de situações de crise geradas por reclamações.
METODOLOGIA DA RESOLUÇÃO DE RECLAMAÇÕES
O futuro
Os novos líderes definem códigos de conduta, que permitem eficácia nos serviços, e normas de qualidade, que
permitem uma aposta na melhoria dos produtos, com a intenção de projetarem a empresa no futuro.
Enfoque no cliente:
1º Ouvir
O primeiro passo quando da reclamação de um cliente é ouvir com toda a atenção e interesse, fazendo com que o
cliente sinta realmente que tudo que está a dizer está a ser ouvido.
Nesta fase é fundamental passar sensação que está entendendo os motivos do cliente e que está sensibilizado com o
problema.
Lembre-se entender não significa concordar , nem discordar, mas sim ficar sensibilizado. Evite tomar decisões
precipitadas ou ações impensadas na intenção de dar a solução rapidamente.
METODOLOGIA DA RESOLUÇÃO DE RECLAMAÇÕES
2ºDesculpar-se
Após ouvir todos os motivos, antes de dar qualquer solução, o importante é desculpar-se.
Lembre-se, nesta hora não interessa se você não é o responsável direto pelo problema que gerou a reclamação, você,
sim, está representando a empresa junto do cliente e deverá pedir desculpas pela empresa.
Jamais coloque a culpa em algum colega ou sector, ou mesmo no fornecedor. O cliente comprou na sua empresa e ela é
a responsável pela situação gerada.
METODOLOGIA DA RESOLUÇÃO DE RECLAMAÇÕES
3ºQue solução
Após ser ouvido, receber o pedido de desculpas, o que mais interessa ao cliente é a solução.
Desculpas não são motivos! O que o cliente quer nesta etapa são medidas que levem á resolução.
É importante salientar que o cliente fez a reclamação para si, portanto deve acompanhar a solução do problema até o
fim,
METODOLOGIA DA RESOLUÇÃO DE RECLAMAÇÕES
Relevância da Padronização
Canais de acesso de reclamação, devem ser bem aproveitados e devem ser especificados:
Similar ao tratamento das reclamações (registo, definição de responsáveis, prazo de resposta e retorno aos clientes)
Procedimento padrão com alternativas para diferentes níveis de dificuldade de resposta (roteiros, respostas
programadas)
Tratamento de Sugestões: registo e encaminhamento à equipa de trabalho e após análise, incorporar no processo
administrativo.