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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO
SUPERVISIONADO EM NUTRIÇÃO E SAÚDE PÚBLICA I

PROFESSOR SUPERVISOR: Profa Dra. Renata Damião


NOME DO ALUNO: Isadora Carvalho Bellocchio
INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
SETOR: UMS Valdemar Hial Junior
PERÍODO DE REALIZAÇÃO: 05/07/2022 a 04/08/2022
NOME DO SUPERVISOR LOCAL:

UBERABA
2022
AGRADECIMENTOS
SUMÁRIO
Introdução
O estágio supervisionado de Saúde Pública 1 teve início no dia 05/07/2022 e
término no dia 04/08/2022, contabilizando uma carga horária de 165 hs/aula e
realizado na UMS Valdemar Hial Junior. As atividades realizadas foram: Auxílio da
equipe de enfermagem, acompanhamento de consultas com nutricionista, consultas
(orientações nutricionais), visitas domiciliares, orientações nutricionais aos usuários
dos grupos de Hiperdia e auxílio na vacinação.

Horário 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira

7:00 - Auxílio da Auxílio da Auxílio da Acompanham Orientações


8:00 equipe de equipe de equipe de ento dos nutricionais
enfermagem enfermagem enfermag atendimentos aos usuários
em com a dos grupos
Nutricionista de Hiperdia
Dayane

8:00 - Auxílio da Consultas Consultas Acompanham Orientações


9:00 equipe de (orientações (orientaçõ ento dos nutricionais
enfermagem nutricionais) es atendimentos aos usuários
nutriciona com a dos grupos
is) Nutricionista de Hiperdia
Dayane

9:00 - Visita Consultas Consultas Acompanham Consultas


10:00 domiciliar (orientações (orientaçõ ento dos (orientações
nutricionais) es atendimentos nutricionais)
nutriciona com a
is) Nutricionista
Dayane

10:00 - Supervisão Auxílio na Visita Acompanham Auxílio na


11:00 com a vacinação domiciliar ento dos vacinação
professora atendimentos
Renata com a
Nutricionista
Dayane

11:00-12: Supervisão Auxílio na Auxílio na Acompanham Auxílio na


00 com a vacinação vacinaçã ento dos vacinação
professora o atendimentos
Renata com a
Nutricionista
Dayane
12:00 - Organização Organização Organiza Acompanham Organização
13:00 de de ção de ento dos de
documentos documentos document atendimentos documentos
os com a
Nutricionista
Dayane

Relatório Descritivo
● Auxílio da equipe de enfermagem
Nos dias da semana em que não havia demanda para a Nutrição, a equipe de
enfermagem solicitava auxílio para realização de algumas atividades, sendo elas:
-Acolhimento dos pacientes da enfermagem
-Entrega de fichas para passar com as enfermeiras ou na recepção para os
pacientes
-Preenchimento de notificações para o teste do Covid-19;
-Auxílio na vacinação.

● Acompanhamento de consultas com nutricionista

A nutricionista Dayane estava presente na unidade nas quintas-feiras. Nesses dias


da semana ela realizava consultas dos pacientes já agendados, sendo possível
acompanhar os atendimentos. Os atendimentos eram divididos em primeira consulta
e retorno. Nas primeiras consultas, os pacientes eram pesados, medidos, aplicado o
questionário de primeira consulta, realizado orientações nutricionais e passadas
prescrições dietéticas. Nos retornos, os pacientes eram apenas pesados, se
perguntava como estava a situação (quanto seguir a prescrição), reforçado seguir a
prescrição anterior e novas orientações se necessário. Ao final de todos esses
atendimentos, era atualizado no sistema eletrônico no prontuário de atendimento do
paciente, com todas as informações realizadas na consulta.

● Consultas (orientações nutricionais)


As consultas eram realizadas por mim e de forma agendada,por pedido da
Nutricionista em casos de retorno, por procura de atendimento nutricional pelos
usuários ou através de alguma abordagem na triagem dos pacientes que
precisavam de alguma intervenção nutricional. Nessas consultas, eram realizadas
avaliações antropométricas dos pacientes e aplicação de questionário, para
conhecer os hábitos alimentares e identificar possíveis alterações relacionadas à
alimentação. Durante as consultas eram disponibilizadas apenas orientações
nutricionais e esclarecimentos de algumas dúvidas pessoais dos pacientes quanto à
alimentação. Foram feitas 7 consultas no total, dentre elas 4 com a principal queixa:
aumento de pressão e aumento da glicemia, 1 retorno e 2 visitas. Foram marcadas
8 consultas, mas apenas 5 foram realizadas.

● Visitas domiciliares
Durante o estágio, em dois dias fui acompanhar a visita junto com a enfermeira
Adriana e o estagiário de enfermagem Lucas. Na primeira visita, o paciente estava
acamado com uma ferida por pressão, de acordo com os relatos da cuidadora
responsável o paciente estava com dificuldades para se alimentar, não queria comer
e estava seletivo, comia apenas algumas coisas. Contudo, orientei a cuidadora
trocar os alimentos e tentar dar alimentos da preferência dele para notar se havia
alguma evolução. Na segunda visita a esse mesmo paciente foi aplicado um
questionário de primeira consulta, contendo perguntas referentes aos hábitos
alimentares, a cuidadora relatou que ele estava muito mais seletivo e não estava
comendo mais nada e com isso foi possível ver que houve uma grande perda de
peso, foi passado que ele também tinha anemia. Diante disso, passei algumas
orientações, porém achei necessário passar o caso para a Nutricionista pois o
paciente não teve evolução.
Além dessas, ocorreu outra visita junto à Assistente social Camila, sua estagiária e
um estagiário da enfermagem para fazer uma visita de rotina, a paciente era
acamada, tinha diabetes, colesterol alto e pressão alta porém fazia o tratamento
certo, foi passado algumas orientações nutricionais para a cuidadora responsável.
Em outra visita, eu e a outra estagiária Juliana fomos apenas para acompanhar o
trabalho da nutricionista Dayane que passou algumas orientações nutricionais e
algumas fórmulas pois o paciente precisava de uma alimentação hiperproteica e
hipercalórica devido a situação atual que ele se encontrava, o paciente estava
acamado e com muitas feridas por pressão.

● Orientações nutricionais aos usuários dos grupos de HIPERDIA.


Durante o grupo de hiperdia, eu realizava a aferição de peso e circunferência
abdominal dos usuários, a partir daí passavam pela triagem com equipe de
enfermagem, ao longo desse processo era possível identificar alguma necessidade
de intervenção nutricional, por meio de curvas glicêmicas e aferição de pressão
arterial. Após a triagem, o paciente passava com o médico para fazer a entrega de
medicamentos e quando necessário atualização de receita médica. Quando era
identificado alguma alteração nos níveis de glicemia e na pressão arterial, as
enfermeiras solicitaram para que fossem feitas orientações nutricionais para os
pacientes após passagem com o médico.
Os encontros do grupo HIPERDIA contava com uma enfermeira, técnica de
enfermagem, médico, agentes comunitários, estagiário de nutrição e de
enfermagem.
Além do auxílio para a equipe da enfermagem, quando não tinha demanda para
nutrição eu ficava organizando documentos, arrumando a agenda junto com a outra
estagiária da nutrição.

● Ações educativas

A primeira ação teve como tema “Teor de açúcar presentes nos alimentos
ultraprocessados", que foi feita durante o grupo do HIPERDIA na Sexta- feira (22 de
Julho de 2022). Na ação foi apresentado um cartaz contendo rótulos de alimentos
ultraprocessados e a quantidade de açúcar referentes a determinada quantidade de
alimentos juntamente com uma colher de sopa para ser usada com referência,foi
demonstrado os malefícios do alto consumo de açúcar presentes nos alimentos
ultraprocessados e os alimentos com alto, médio e alto teor glicêmico para ser
possível compreender quais alimentos podem ser consumidos ou evitados.

Na segunda ação, teve como tema “Malefícios dos temperos industrializados”, que
foi feita durante o grupo do HIPERDIA na Sexta- feira (29 de Julho de 2022). Na
ação foi discutido os malefícios dos temperos industrializados, também foi entregue
um panfleto, nele apresentava diferentes tipos de temperos naturais e onde devem
ser usados, além disso, no panfleto apresentava uma receita de sal de ervas para
serem usados no lugar dos temperos industrializados.

Conclusão

Durante o estágio Supervisionado em Saúde Pública I foi possível ver como


funciona uma unidade básica de saúde, os programas e a rotina. Nos primeiros dias
tive algumas dificuldades em lidar com algumas situações e dúvidas, porém fui me
adaptando e melhorando. Foi um ciclo de muito aprendizado, onde aprendi como
uma nutricionista aborda um paciente e como ela atua durante uma consulta pois
eram pontos que eu tinha muitas dúvidas, além disso, foi bastante enriquecedor em
relação ao convívio social com outros profissionais e pessoas com uma realidade
diferente da minha.

Contudo, foi possível ver a importância de um nutricionista dentro de uma Unidade


Básica de Saúde e colocar em prática todo meu conhecimento adquirido durante
todo o curso.
Referências e anexos

FICHA TÉCNICA EDUCATIVA 1

Local: UMS Valdemar Hial Junior

Data: 22/07/2022

Horário: 7:00h

Duração: 10 – 15 min

Público-alvo: usuários do grupo de hiperdia

Tema: Teor de açúcar presentes nos alimentos ultraprocessados

Responsável: Estagiário do curso de nutrição da Universidade Federal do Triângulo


Mineiro.

Objetivo geral: Demonstrar a quantidade de açúcar nos alimentos


ultraprocessados.

Objetivos específicos:

● Apresentar o teor de açúcar presentes nos alimentos ultraprocessados;


● Demonstrar os malefícios do alto consumo de açúcar presentes nos
alimentos ultraprocessados;
● Apresentar alimentos com baixo, médio e alto índice glicêmico.

Desenvolvimento da atividade educativa:

O Diabetes mellitus é um estado de hiperglicemia crônico, produzido por numerosos


fatores ambientais e genéticos que geralmente atuam juntos, caracterizado pela
falta total ou parcial de insulina, originando alterações no metabolismo de
carboidratos, proteínas e lipídios (CARUSO,2000).

De acordo com Gross,2002 os critérios diagnósticos baseiam-se na glicose


plasmática de jejum (8 horas), nos pontos de jejum e de 2h após sobrecarga oral de
75g de glicose (teste oral de tolerância à glicose – TOTG) e na medida da glicose
plasmática casual.
O sucesso no tratamento do diabetes depende do estabelecimento de
rotinas, principalmente com relação à alimentação, medicamentos, atividade física e
cuidados pessoais, por intermédio de processo educativo que vise promover a
adesão do paciente ao tratamento. Para auxiliar a seleção de alimentos, foi criado o
índice glicêmico (IG) que visa classificar os alimentos com base no potencial
aumento da glicose sanguínea em relação a um alimento padrão. Este índice foi
proposto por (JENKINS et al, 1981) levando em conta que os carboidratos dos
alimentos apresentam diferentes respostas glicêmicas, quando testados em
condições padronizadas, tanto em indivíduos saudáveis como em diabéticos. Um
dos principais objetivos no tratamento da diabetes é o controle da glicemia, uma vez
que a ausência de insulina (Tipo 1) ou diminuição de sua eficiência (Tipo 2) pode
resultar em aumento da glicemia. A utilização de alimentos com baixo índice
glicêmico tem a finalidade de contribuir nesse controle. Esse é um ponto crucial para
retardar o aparecimento de complicações como as microangiopatias
(CARUSO,2000).

Os diferentes carboidratos alimentares, embora, em porções


eqüicarbonatadas (que contenham o mesmo teor de carboidratos), produzem
diferentes respostas glicêmicas. Essa resposta glicêmica foi chamada índice
glicêmico (IG) e refere-se ao incremento da área abaixo da curva glicêmica
produzido por uma porção de 50 g de carboidrato de um alimento em relação à
mesma porção de alimento considerado padrão. Na tabela a seguir são
apresentados os valores do índice glicêmico (IG) para alguns alimentos.
Tabela 1: Índice glicêmico dos alimentos.

(CARUSO,2000).

De acordo com Silva,2009 o IG é determinado pela relação entre a área


abaixo da curva de resposta glicêmica duas horas após o consumo de uma porção
do alimento teste e a área abaixo da curva de resposta glicêmica correspondente ao
consumo de uma porção do alimento referência (com a mesma quantidade de
carboidrato que a porção do alimento teste). O valor obtido nessa relação é
multiplicado por cem e o IG é expresso em porcentagem . Os alimentos que
provocam maior aumento na resposta glicêmica apresentam elevado IG, enquanto
aqueles que estão associados a uma menor resposta glicêmica têm valores
menores de IG. Além disso, na tabela 2 é possível analisar os principais fatores
intrínsecos e extrínsecos ao alimento que podem determinar o seu impacto na
glicemia e, consequentemente, influenciar o seu IG.

Tabela 2: Fatores que influenciam o índice glicêmico dos alimentos.

Fonte: SILVA,2009.

Contudo, é notório a importância de selecionar melhor os alimentos e a forma


que são preparados, pois pode influenciar nos níveis glicêmicos que tem grande
relevância para o controle e tratamento de diabetes mellitus.

Metodologia:

As orientações nutricionais serão realizadas de forma coletiva com o público


do HIPERDIA, enquanto esperam ser chamadas para a triagem. Inicialmente, será
apresentado um cartaz demonstrando a quantidade de açúcar presente nos
alimentos(em anexo) e os malefícios do alto consumo de açúcar presentes nos
alimentos ultraprocessados e por fim será entregue o panfleto (em anexo) e lido
juntamente com o grupo.

Recursos audiovisuais: Cartaz e panfleto.

Avaliação da aprendizagem:

Avaliação por meio do nível de interação do público com o tema, como perguntas,
comentários realizados ao final da palestra, considerado como satisfatório um nível
de interação de 90% do público

Referências bibliográficas

CARUSO, L.; MENEZES, E.W. Glycemic index of foods. Nutrire: rev. Soc. Bras.
Alim. Nutr.= J. Brazilian Soc. Food Nutr., São Paulo, SP. v.19/20, p.49-64, 2000.
Disponível em<http://sban.cloudpainel.com.br/files/revistas_publicacoes/6.pdf > .
Acesso em: 26 de Julho de 2022.

GROSS, Jorge L. et al. Diabetes melito: diagnóstico, classificação e avaliação


do controle glicêmico. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, v.
46, p. 16-26, 2002. Disponível
em<https://www.scielo.br/j/abem/a/vSbC8y888VmqdqF7cSST44G/ > . Acesso em:
26 de Julho de 2022.

SILVA, Flávia Moraes et al. Papel do índice glicêmico e da carga glicêmica na


prevenção e no controle metabólico de pacientes com diabetes melito tipo 2.
Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, v. 53, p. 560-571, 2009.
Disponível
em<https://www.scielo.br/j/abem/a/WTmpx45wK8qrY7hLJF4PTSx/?format=pdf&lang
=pt > . Acesso em: 26 de Julho de 2022.
ANEXO
FICHA TÉCNICA EDUCATIVA 2

Local: UMS Valdemar Hial Junior

Data: 29/07/2022

Horário: 8:00h – 10:00h

Duração: 10 – 15 min

Público-alvo: Usuários da UMS Valdemar Hial Junior

Tema: Malefícios dos temperos industrializados

Responsável:Estagiária do curso de nutrição da Universidade Federal do Triângulo


Mineiro.

Objetivo geral: Orientar pessoas com hipertensão e público geral sobre como
diminuir a quantidade de sal e temperos industrializados.

Objetivos específicos:

● Demonstrar os malefícios dos temperos industrializados;


● Apresentar formas saudáveis para diminuir o consumo de sódio.

Desenvolvimento da atividade educativa:

O sódio, componente do sal, participa de reações fundamentais no


organismo, mas o excesso desse componente está relacionado com a elevação da
pressão arterial, a hipertensão, doença que atualmente é responsável pela
frequência de internações. Estudos demonstram que a ingestão desse mineral pela
população brasileira é superior à recomendação (SILVA e PEREIRA).

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o


consumo de sódio para a população adulta seja de até 2.000 mg/dia, o que equivale
a até 5 gramas de sal.

Quando é investigada a frequência do consumo de alimentos ricos em sódio


em determinada população, é encontrado alto consumo de salsicha, pizza,
macarrão instantâneo, temperos prontos, entre outros, todos produtos
industrializados. A cultura alimentar ocidental é rica em alimentos prontos e
consequentemente contém quantidades elevadas de sódio (MELO, 2020). Na tabela
a seguir é possível ver a quantidade de sódio de alguns alimentos de acordo com
TBCA,2022.

Tabela 1: quantidade de sódio dos alimentos industrializados:

Alimento Quantidade de sódio

Salsicha 1013 mg

Macarrão instantâneo 1515 mg

Tempero pronto 1142,0 mg

Sopa instantânea 248 mg

Azeitona enlatada 1566 mg

Molhos prontos (ketchup) 907 mg

Amaciante de carne 260 mg **


Fonte: TBCA, 2020.

*quantidade referente a 100g de alimento

** quantidade referente a 5g.

De acordo com Borges, 2021 o sal refinado é o mais utilizado na culinária,


constituído basicamente de cloreto de sódio. O sal rosa do himalaia é considerado o
sal mais antigo e mais puro do mundo, possui pouca concentração de sódio e
ganhou uma imensa popularidade nos últimos anos, o seu grande diferencial para o
sal de cozinha (sal refinado) é justamente o fato de não passar pelo processo de
refino, por esse motivo é alegado como um ingrediente muito mais “rico”.
Aproximadamente 1g de sal de cozinha contém 400 mg de sódio, já o sal rosa do
Himalaia, cada grama de sal apresenta cerca de 230 mg, sendo quase a metade.

O sal light, por sua vez, é obtido a partir da mistura de 50% de cloreto de
sódio e 50% de cloreto de potássio, o que lhe confere menor teor de sódio. Porém,
indivíduos com restrição de potássio, como aqueles com doenças renais, devem
ficar atentos, pois o consumo desse sal poderá aumentar a ingestão do mineral
(MINISTÉRIO DA SAÚDE,2016)

Segundo a Resolução da Diretoria Colegiada - RDC 276, 22 de setembro de


2005, define temperos prontos como produtos obtidos da mistura de especiarias e
outros ingredientes, fermentados e não, empregados para agregar sabor ou aroma
aos alimentos e bebidas. Pode ser denominado de temperos e posteriormente do
ingrediente que o caracteriza, podendo apresentar termos relacionados ao processo
de obtenção, forma, finalidade e peculiaridades do produto. Atualmente existe uma
variedade de temperos e condimentos, no mercado, que garantem melhorar o sabor
e o aroma. Contudo, sua utilização surgiu frente à necessidade de conservar
aparência e disfarçar determinados odores dos alimentos. Desde as grandes
navegações os temperos fazem parte de ingredientes na cozinha e ao longo do
tempo os alimentos industrializados ganharam destaque pela sua praticidade,
incluindo também aqueles à base de glutamato monossódico (GMS), o'que lideram
entre os condimentos mais utilizados no mundo(MELO,2020).
A ingestão de alimentos industrializados e adição de sal contribuiu
significativamente para a alta ingestão de sódio da população estudada. Portanto, é
de suma importância diminuir a quantidade de sal e de temperos industrializados no
preparo dos alimentos e introduzir temperos naturais como:

● Alecrim: utilizado em carne vermelha, carne de frango, carne suína, e em


legumes assados, especialmente batatas;
● Louro: utilizado em caldos, legumes, assados, refogados de carnes e molhos
de tomate;
● Coentro: utilizado em peixes, frutos do mar e saladas;
● Orégano: utilizado em carnes, molhos de tomate e queijo derretido;
● Salsinha: combina com tudo, mas só deve ser adicionada ao prato na sua
finalização.
● Manjericão: combina com molhos de tomate e legumes como abobrinha,
berinjela, abóbora e batata;
● Cebolinha verde: utilizados em omeletes, batatas e arroz.
● Cominho: combina com feijão, sopas, carnes, maionese e legumes cozidos;
● Chimichurri: Combina com carnes, frangos e legumes;
● Páprica: Combina com batatas, legumes, frango e peixe;
● Curry: Combina com frango, peixe, purê de mandioquinha e nas batatas.

Metodologia:

As orientações nutricionais serão realizadas de forma coletiva com o público


do HIPERDIA, enquanto esperam ser chamadas para a triagem. Inicialmente, será
abordado a importância da redução do consumo e temperos industrializados, dando
foco aos seus malefícios para a saúde. Em seguida, será entregue um panfleto (em
anexo) contendo algumas ervas para serem usadas como forma de substituir o
sódio no preparo dos alimentos e uma receita de sal de ervas.

Recursos audiovisuais: Panfleto


Avaliação da aprendizagem:

Avaliação por meio do nível de interação do público com o tema, como


perguntas, comentários realizados ao final da palestra, considerado como
satisfatório um nível de interação de 90% do público

Referências bibliográficas

Brasil. Ministério da Saúde. Desmistificando dúvidas sobre alimentação e


nutrição : material de apoio para profissionais de saúde / Ministério da Saúde,
Universidade Federal de Minas Gerais. – Brasília : Ministério da Saúde, 2016. 164
p.Disponível em <
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5427119/mod_resource/content/1/Refer%C3
%AAncia%209.pdf#page=92 >. Acesso em 2 de Agosto de 2022.

BORGES, Amanda Vasconcelos; RODRIGUES, Lucas Fernando Rosa;


GONÇALVES, Mirella. ANÁLISE E COMPARAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DO SAL
BRANCO REFINADO COM O SAL ROSA DO HIMALAIA, 2021. Disponível em <
https://multivix.edu.br/wp-content/uploads/2022/03/analise-e-comparacao-fisico-quim
ica-do-sal-branco-refinado-com-o-sal-rosa-do-himalaia.pdf >. Acesso em 2 de
Agosto de 2022.

DE SAL ÀS, PREPARAÇÕES PRONTAS. INGESTÃO DE PRODUTOS


INDUSTRIALIZADOS RICOS EM SÓDIO E ADIÇÃO. Tese de Doutorado.
UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO. Disponível em <
https://www.conic-semesp.org.br/anais/files/2014/trabalho-1000018486.pdf >.
Acesso em 2 de Agosto de 2022.

MELO, Helena Meireles; DE FREITAS, Leidieny Nery Pimentel. Quantificação do


teor de sódio em temperos industrializados e comercializados em supermercados de
Belém–PA. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 6, p. 41772-41794, 2020.
Disponível em < https://brazilianjournals.com/ojs/index.php/BRJD/article/view/12385
>. Acesso em 2 de Agosto de 2022.
Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TBCA). Universidade de São
Paulo (USP). Food Research Center (FoRC). Versão 7.1. São Paulo, 2020.
Disponível em < http://www.fcf.usp.br/tbca. >. Acesso em 2 de Agosto de 2022.

ANEXOS
ANEXOS

ANEXO 1- Folha de frequência

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