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1.

IDENTIFICAÇÃO

Nome do cliente: Priscila Mara Ribeiro dos Santos


Data de Nasc.: 30/08/1980. Idade: 43 anos
Nível de escolaridade: Ensino Superior Completo
Sexo: Feminino.
Estado Civil: Casada.

2. QUESTÃO INICIAL

Sentimento de ansiedade, de dúvidas e insegurança em relações familiares, o que


por sua vez faz desencadear mal-estares, preocupação excessiva, episódios de
obsessão. O que motivo procurar por conta própria o tratamento e suporte
psicológico. Esposa e Mãe de uma filha.

3. CARACTERIZAÇÃO DO ATENDIMENTO

Modalidade do atendimento: Psicoterapia Breve


Número total de sessões: 21
Número total de faltas do cliente: 2
Número total de faltas do Psicólogo: 1
Psicologo: Endrews Josep Vecchioni de Oliveira
CRP: 06/156557
Dia da semana de atendimento: Segunda Feira, Horário: 10:00h (Segunda)
Descrição dos recursos utilizados (Psicodrama, entrevista, escuta do
inconsciente, indagações provocativas) ao longo dos atendimentos e o porquê
de utilizá-los: Utilizou modelo de psicoterapia breve com suplemento
princípios teóricos e sistêmicos psicanalíticos ao longo das sessões.
RELATO E COMPREENSÃO PARCIAL DA DINÂMICA DO CASO

A Disposição afetiva-pulsional apresentada pela paciente P. ao início de sua


queixa, manifesta no sentido em que o seu engajamento inicial se deu numa
perspectiva de um sentimento de pertencimento, pois haveria passado pela clinica
Reabilitar com outros psicologos, mencionando interesse pela continuidade. Já
primeira sessão, o sua angustia e tormenta é sob o rompimento do laços afetivos e
uma narrativa impetuosa sob suas angustias. Demonstrando uma necessidade de
está sempre fazendo mais para pode provar sua eficiência nas relações, em confronto
a um estado de neurose-fobicas de perda da ineficiência e rejeição, o que remonta o
seu sentimento de pertencimento e auto induz para um deslocamento do seu discurso
interno, atribuindo os pesos de suas angustias sob uma ferida narcísica está ausente
e frente a um bem estar suficientemente bom para consiga mesma, porém não com
os familiares, a partir de serie de eventos fortes e desconfigurantes, como
manifestação do câncer a anos atrás e perda de sentidos empregatícios.
Sob um parâmetro psicanalítico nota-se uma angustia profunda com a perda
de objetos adquiridos ao longo do seu saber-fazer e saber-se-virar do seu aparelho
psíquico, criando assim uma lógica dentro do seu aparelho psíquico e seus
mecanismos de defesa, no movimento pendular de aceleração e reação.
Ao longo das sessões Paciente P. mostra-se com uma noção lapidada de sua
queixa afetivo-pulsional e de uma ressignificação do seu sistema diário; a partir de
indagações provocativas e devido foco a queixa, pois trabalhou-se sob ótica, com
finalidade de a cada sessão devolver a escuta do inconsciente através de um jogo de
linguagens entre analisado e analisando; o que por sua vez coube desenvolver uma
inter reflexão com o mesmo sobre o que era o processo psicoterapêutico, espaço que
lhe ofertado como possibilidade de se rever-se e reconfigurar-se diante de seu ser,
fazer e existir no cotidiano e do suas funções psíquicas para com sua família, como
atenção, concentração, educação e cuidados de saúde.
Neste perspectivismo psicanalítico, paciente demonstra uma abertura sem
juízos afirmados por uma habituação e apresenta certezas afetivas determinantes sob
o que lhe atravessa e que o espaço ofertado tem sido um campo próprio para
conhecer e escutar a sua própria voz, sem qualificações prévias ou mensuradas,
possibilitando uma nova forma de atuar e considerar.
Exposto isto, o percurso pulsional perante um jogo reflexivo psicoterapia breve
foi se constituindo com P. dentro de seu espaço de sentir consigo mesmo e de elencar
pontos chaves para imersão mais leve e que economize sua disposição física e
mental. Com isto, progrediu-se sobre sua dimensão relacional-familiar e dimensão
social-comportamental, intervindo reflexivamente e indagando sobre como é
experimentar um novo saber-fazer. com-os-outros e seus afetos.
A cada sessão apesar das resistências de P. em sensibilizar-se diante da
perspectiva em que se atua e descarrega seus desejos e manifesta suas neuroses
fóbicas, por quais são muitas vezes racionalizados ou sentimentalizados em suas
questões, as provocações de sentir-se consigo mesmo, das pré-ocupações com o ver-
dos-outros, da antecipação de fatos, e de resistir a uma modificação.
Foi possível a cada sessão com relatos de sua vida infantil e suas relações
familiares e sociais e como se dava sua condição a cada momento de dar respostas
a suas ansiedades e receios, ruminando assim em uma depuração de velhos
significados e imersão de novos olhares e novas logicas e presentificando um
processo constituinte de novos significantes para si, pois ao usufruir terapeuticamente
de sua racionalização para sensibilização a cada provocação, foi notando-se uma
apropriação de P. a cada sessão, deixando o processo psicoterapêutico edificado pela
possibilidade de voz em espaço e temporalidade e quebra de imagens de si e
paradigmas antigos.
Vale ressaltar-se que sua narrativa que trazem elementos de cinismo e de
humorismo com comportamento próprio, manifesta dificuldades para que aparelho
psíquico produza determinadas percepções do deslocamento das sensações para
uma posição elaborativa e de organizado dos conteúdos internos, pois experiencia de
estado psquico de neurose fóbica pode-se transpor que:

o fóbico é um doente que no plano histérico


em que atua e controla obsessivamente
suas angústias esquizoides (Mom, J. M.,
1960)”

Fazendo que essa constâncias de acompanhamento torne-se até necessária


para renovar o manejo psicoterapêutico, já que determinadas situações não é
uma revisão da imagem de si ou do seu saber-fazer, mas um estranhamento por
não atravessar as vias sensórias e pulsionais da sua identidade, o que não trás
o inimaginável para imaginável (Winnicott, 1963/1991).
Dificuldade um maior processo de aprofundamento pela psicoterapia breve,
pois a cada acesso ao imaginário e simbólico, gera dificuldades no
processamento para o que é real para si mesma.
CONCLUSÃO PARCIAL DO CASO

O Paciente R. apresenta-se com um estado psíquico desfavorável para estar


insuficientemente hábil para enfrentar suas angustias e duvidas atuais. Neste sentido,
P., simbolizou-se pela arte do raciocínio e de ter um interesse minucioso e detalhista
para com suas formas de agir e extrair percepções e sensibilidades para com o que
se programa para a vida, deste jeito, compreende-se já uma adesão neurótica e fobica
ao universo da suspeita e sem pode recuar ou acaba lançando investidas sem a
devida relevância.
Construindo psiquicamente uma desorganização afetiva agenciada para
descoberta de jogos mentais com o analista do que aprofundamento das questões, e
episódios maníacos com cuidados com sua saúde e da sua organização de afazeres.
Revelando-se isto, a cada sessão com seus relatos coesos e concisos com apenas
resistências a suas sensibilizações, o que é evidenciado pela dimensão conflituosa
vivente na sua relação familiar, sem uma experiencia paterna efetiva e ter na mãe
como um exemplo a ser seguido. Sua emancipação ocorreu de maneira precoce pelo
labor juvenil e por desde cedo ter um saber-fazer a partir de uma lógica familiar e
também do olhar materno-biológico, o que descaminho em uma experiência de si
mecanicistas e com necessidades de proteção para o seu desenvolver
socioeconômico, elencando sofrimentos sem um cuidado acolhedor, sem vazão para
suas angustias. Entretanto sempre houve uma via do saudável e uma possibilidade
em outras vivencias, pela religião própria, e principalmente de vínculo afetivo social a
partir do seu relacionamento.
Paciente P. trouxe a cada sessão o máximo de aproveitamento para que a
racionalização pudesse se tornar sensibilizadora. Portanto nota-se que nos moldes de
uma psicoterapia breve fundamentada em princípios psicanalíticos freudianos,
kleinianos, winnicottianas e lacanianas, trouxe uma melhoria na sua perspectiva de si
para consigo mesmo, em pequenos lapsos de adequação com a imagem pessoa. A
disposição de atendimento semanal e comparecimento alto no início das sessões e
com algumas faltas explorativas e eventuais, mostrou-se suficientemente bom para
resolução das existências de enfermos ainda serem investigados e enfrentados com
possibilidades ainda em construção, promovendo assim para uma marcação do papel
dos tratamentos de suas angustias e escuta clínica do seu inconsciente.
Com sua psicodinâmica exposta e analisada até o momento, e com novos
dados e perspectivas enunciadas, Priscila Mara Ribeiro dos Santos apresenta um
estado enquadram-te ao Transtorno Misto Ansioso e Depressivo (CID 10- F-41.2).
Avalie-se que pelo agravamento com quadro clinico de neurose fóbica, não se
recomende ainda o retorno da Paciente, devidos seus sintomas terem ligações
intrínsecas com sua atuação pessoal. Cabe também uma avaliação mais minuciosa
do seu quadro clinico, com Psiquiátrica e Oncologista para compreensão das
adequações dos medicamentos, o que a Psicoterapia Breve não possibilitar pois visa
mais psicoterapia e do que psicodiagnóstico.
A Ressignificação e reestruturação são caminhos possíveis para o a
continuidade do acompanhamento no ano seguinte e também a própria circunstancias
de rever e ressentir. Assim conclui-se que a necessidade vasta ainda de avaliação,
identificação, acolhimento e analisar a psicodinâmica de P. , assim como dos demais
profissionais com o que ela segue o tratamento.
REFERÊNCIAS

Lacan, J. (2003[1938]). “Os complexos familiares na formação do indivíduo”.


In: Outros Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.

Mom, J. M. (1994). O objeto na fobia. In W. Baranger, Contribuições ao conceito de


objeto em psicanálise. São Paulo: Casa do Psicólogo.

PORGE, Erik. O inapanhável objeto do savoir-faire na análise. Estud.


psicanal., Belo Horizonte , n. 40, p. 49-61, dez. 2013 . Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
34372013000200006&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 28 mar. 2023.

Segal, H. (1982). Mecanismos esquizoides subjacentes à formação de fobias. In A


obra de Hanna Segal: Uma abordagem kleiniana à prática clínica. Rio de Janeiro:
Imago Editora.

WINNICOTT, D. W. (1949) A mente e sua relação com o psicossoma. In:


WINNICOTT, D.- W. (1958) Da Pediatria à Psicanálise: obras escolhidas. Rio de
Janeiro: Imago, 2000.

Winnicott, D.W. (1991). El miedo al derrumbre. In Exploraciones psicoanaliticas I.


Buenos Aires: Paidós. (Trabalho original publicado em 1963).

18/12/2023

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Endrews Josep Vecchioni de Oliveira
Psicólogo CRP 06/156557

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