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MBA – Gestão

Trabalhista &
Previdenciária

Módulo: Contratos de Trabalho


José Maia
jose.maia@bssp.edu.br
JM

Contratos de Trabalho
.Apresentação – Quem sou eu?
Sou graduado em Ciência da
Computação e em Direito pela
Universidade Federal de Pernambuco.

Trabalhei na iniciativa privada de 1983 a


1994, sou Auditor-Fiscal do Trabalho
desde 1995, e coordeno o Comitê
Gestor e o GT-Confederativo do
eSocial.

Sou professor e coordenador do MBA –


Legislação e Auditoria Trabalhista e
Previdenciária e do MBA – Gestão
Trabalhista & Previdenciária da BSSP. 2
JM

Contratos de Trabalho
.Apresentação – Quem sou eu?

Eu sou o pai desses


meninos e meninas ... Ítalo,
Laís, Lucca, Lara, Iago e da
pequena Maya.

E ficarei feliz se chegarmos


na tarde do domingo com
todo mundo conhecendo e
entendendo o que são os
Contratos de Trabalho.

Vamos lá?
 3
JM

Contratos de Trabalho
.Apresentação – Quem são vocês?
Pessoas que estão dispostas a
pegar doze finais de semana
de suas vidas para investir em
si mesmo.

Não poderemos fazer uma


apresentação pessoal de cada
um aqui, neste momento, mas
podemos abrir o microfone
para quem quiser se
apresentar rapidamente ou dar
uma palavrinha...
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JM

Contratos de Trabalho

• Acordo Boa Sorte


• Horários:

• Sexta-feira: 18h às 23h


• (Intervalo de 30 minutos)

• Sábado: das 8h às 13h e das 14h às 19h


(Intervalos de 30 minutos em cada bloco)

• Domingo: das 8h às 13h


(Intervalo de 30 minutos)

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JM

Contratos de Trabalho

• Acordo Boa Sorte


• Esta aula será ministrada na modalidade “On line – Ao
vivo”

.Exposição do professor + Perguntas dos alunos


.Material de apoio
.Testes no “Socrative”

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JM

Contratos de Trabalho

• Acordo Boa Sorte


• Avaliações

• Vocês respondem a duas provas durante a aula

• Vocês preenchem uma avaliam do módulo

Obs. Frequência aferida pelo professor durante a aula (Forms)

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JM

Contratos de Trabalho

• Sobre o MBA...
• MATRIZ CURRICULAR

• Contratos de Trabalho
• Obrigações Trabalhistas
• Jornada de trabalho e Descanso
• Tributos e benefícios previdenciários
• Cálculos Trabalhistas
• eSocial, EFD-Reinf e DCTFWeb
• Recuperação de Créditos Previdenciários
• Segurança e Saúde no Trabalho e o eSocial
• Processos administrativos e judiciais trabalhistas e previdenciários com simulação de
audiência
• Compliance Trabalhista e LGPD
• Rotinas Trabalhistas
• Atualidades e tendências trabalhistas e previdenciárias 8
JM

Contratos de Trabalho

• Sobre o MBA e sobre este módulo...


• Abordagem

Nosso curso tem uma pegada prática, voltada para o dia a dia dos
profissionais que militam na área de departamento pessoal e de recursos
humanos. E, sempre que necessário, manteremos uma postura
“conservadora”, entendida como aquela que busca uma maior segurança
jurídica para a empresa.

Apesar disso, por ter um caráter introdutório, este módulo terá uma parte
bem teórica. Este conhecimento teórico é fundamental para quem quer
aplicar corretamente a norma jurídica na prática.
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JM

Contratos de Trabalho

• Sobre este módulo...


• Objetivo

Este módulo tem por objetivo dar uma noção introdutória do Direito do
Trabalho e estudar alguns tipos de contratos de trabalho, explicando de
maneira simples e clara como funcionam estes institutos a fim de seja possível
serem feitas a interpretação e a aplicação adequadas da norma jurídica
trabalhista e previdenciária por parte dos profissionais que atuam nestas
áreas.

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JM

Contratos de Trabalho

• Sobre este módulo...


• Importância

Podemos dizer que este módulo é quase um “pré-requisito” para os demais


módulos de nosso MBA.

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JM

Contratos de Trabalho

• Sobre este módulo...


• Unidade I – Introdução
• Unidade II – Contrato de Trabalho
• Unidade III – Tipos Específicos de Contratos de Trabalho
• Unidade IV – Terceirização e Trabalho Temporário
• Unidade V – Direito Coletivo do Trabalho

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I – Introdução
JM

Contratos de Trabalho

• 1. Introdução

• 1.1. Introdução ao Direito

• 1.2. Introdução ao Direito do Trabalho

• 1.3. Interpretação da Norma Jurídica

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JM

Contratos de Trabalho

• 1.1. Introdução ao Direito


• 1.1.1. A Norma Jurídica

• 1.1.2. Fenômeno Jurídico

• 1.1.3. Ramos do Direito

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Contratos de Trabalho

• 1.1.1. A Norma Jurídica


• “Direito é Norma”, Hans Kelsen

• Norma -> Mandamento que deve ser seguido

• Norma Jurídica -> Norma + Coercitividade

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JM

Contratos de Trabalho

• 1.1.2. Fenômeno Jurídico


• Norma Jurídica

• Fato previsto na norma

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JM

Contratos de Trabalho

• 1.1.3. Ramos do Direito


• Fontes de Direito

• Princípios Jurídicos

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JM

Contratos de Trabalho

• 1.2. Introdução ao Direito do Trabalho

Direito do Trabalho

Ramo do Direito que estuda e regula a relação de emprego e outras


semelhantes.

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JM

Contratos de Trabalho

• 1.2. Introdução ao Direito do Trabalho


• 1.2.1. Fontes do Direto do Trabalho

• 1.2.2. Princípios do Direito do Trabalho

• 1.2.3. Norma Jurídica Trabalhista

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JM

Contratos de Trabalho

• 1.2.1. Fontes do Direito do Trabalho

• Fontes de onde emana o direito em si

• Fontes Formais X Fontes Materiais

• As fontes formais podem ser:

• Fontes Autônomas X Heterônomas

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JM

Contratos de Trabalho

• 1.2.1. Fontes do Direito do Trabalho


• Fontes Formais Autônomas

Exs: Contrato de Trabalho, Convenção/Acordo Coletivo

• Fontes Formais Heterônomas

Exs: Constituição, Leis, Decretos, Portarias etc. Assim como Sentenças Normativas,
Súmulas e Orientações Jurisprudenciais, Normas Internacionais, Convenções da OIT,
Recomendações.

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JM

Contratos de Trabalho

• 1.2.2. Princípios do Direito do Trabalho


Princípios Protetivos do Empregado

• In dubio pro operario


• Norma mais favorável
• Condição mais benéfica
• Irrenunciabilidade

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JM

Contratos de Trabalho

• 1.2.2. Princípios do Direito do Trabalho


Outros Princípios do Direito do Trabalho

• Primazia da Realidade
• Imperatividade da Norma Trabalhista
• Razoabilidade

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JM

Contratos de Trabalho

• 1.2.3. Norma Jurídica Trabalhista

• Regime Jurídico

• É o conjunto de normas que regula um determinado assunto.

• O regime jurídico trabalhista é o conjunto de normas que regula os institutos


do direito do trabalho e que lhe serve de fonte.

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JM

Contratos de Trabalho

• 1.2.3. Norma Jurídica Trabalhista

• Ordenamento jurídico

• Conjunto de normas que se relacionam e que guardam uma determinada hierarquia


entre si.

• A Constituição Federal, em um estado democrático de direito, é a norma mais


importante do ordenamento jurídico. As demais normas devem estar em consonância
com ela. (Pirâmide de Kelsen).

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JM

Contratos de Trabalho

• 1.2.3. Norma Jurídica Trabalhista

• Constituição Federal

• A Constituição Federal dispõe, logo em seu artigo 1º, que a República Federativa do
Brasil tem como fundamento, dentre outros, a dignidade da pessoa humana e os
valores sociais do trabalho.

• Dispõe ainda, em seu artigo 7º, sobre uma série de direitos trabalhistas tais como
férias, salário mínimo, décimo terceiro salário, limite de jornada, aviso prévio,
aposentadoria e outros.

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JM

Contratos de Trabalho

• 1.2.3. Norma Jurídica Trabalhista

• Consolidação das Leis do Trabalho - CLT

• Além das normas insculpidas na própria Constituição, há ainda um enorme conjunto de


normas que dispõem sobre matéria trabalhista. A mais importante delas é, sem dúvida,
a Consolidação das Leis do Trabalho, ou, como é mais conhecida, a CLT.

• A CLT é dividida em diversos títulos e capítulos, e é com base nela que poderemos
compreender o que de fato é a “Relação de Emprego”, a qual é objeto de sua
regulamentação e do próprio Contrato de trabalho.

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JM

Contratos de Trabalho

• 1.2.3. Norma Jurídica Trabalhista


• Consolidação Das Leis do Trabalho
• Introdução (arts. 1º ao 12);
• Normas Gerais de Tutela do Trabalho (arts. 13 ao 223);
• Normas Especiais de Tutela do Trabalho (arts. 224 ao 441);
• Contrato Individual do Trabalho (arts. 442 ao 510);
• Organização Sindical (arts. 511 ao 610);
• Convenções Coletivas de Trabalho (arts. 611 ao 625);
• Processo de Multas Administrativas (arts. 626 ao 642);
• Justiça do Trabalho (arts. 643 ao 735);
• Ministério Público do Trabalho (arts. 736 ao 762);
• Processo Judiciário do Trabalho (arts. 763 ao 910) e
• Disposições Finais e Transitórias (arts. 911 ao 922).
29
JM

Contratos de Trabalho
• 1.2.3. Norma Jurídica Trabalhista
• Jurisprudência do TST – Tribunal Superior do Trabalho

JUSTIÇA DO TRABALHO

TST Súmulas
27 ministros - Pleno
SDI e SDC
8Turmas

24 TRT
Orientações
Jurisprudenciais
- OJ
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JM

Contratos de Trabalho
• 1.2.3. Norma Jurídica Trabalhista
• Jurisprudência do TST – Tribunal Superior do Trabalho
Súmulas vinculantes do STF – Supremo Tribunal Federal – 58 súmulas

• Efeito vinculante , devendo a AdministraçãoSúmulas


Pública atuar conforme o enunciado da súmula,
bem como os juízes e desembargadores do país.
• Constituição Federal - Art. 103-A. O STF poderá, de ofício ou por provocação, mediante
decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria
constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá
efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração
pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à
sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.
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JM

Contratos de Trabalho
• 1.2.3. Norma Jurídica Trabalhista
• Precedentes Administrativos da SIT – Subsecretaria de Inspeção do Trabalho

Auditoria-Fiscal do Trabalho

SIT
CGR Precedentes
Decisão 2ª Instância Administrativos

SRTE
Decisão 1ª
Instância

AFT – Auto
de Infração 32
JM

Contratos de Trabalho

• 1.3. Interpretação da Norma Jurídica


• 1.3.1. Tipos de Interpretação

• 1.3.2. Método de Interpretação

• 1.3.3. Ajuste de expectativa

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JM

Contratos de Trabalho

• 1.3. Interpretação da Norma Jurídica

É a atividade do operador do direito de subsumir um fato a


uma norma a fim de fazer a aplicação do direito ao caso
concreto.

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Contratos de Trabalho

• 1.3.1. Tipos de interpretação


• Literal ou Gramatical
• Lógica
• Teleológica
• Sociológica
• Sistemática
• Histórica-Evolutiva
• Etc.

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Contratos de Trabalho

• 1.3.2. Método de interpretação


Método do geral para o específico...

Primeiro define-se a regra geral... Em seguida, os casos específicos e


exceções.

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Contratos de Trabalho

• 1.3.3. Ajuste de expectativas


Não há uma única interpretação “correta”...

Há interpretações bem fundamentadas e outras mal fundamentadas.

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JM

FIM
DA
UNIDADE I
(Introdução)
38
II – Contrato de Trabalho
JM

Contratos de Trabalho

• 2. Contrato de Trabalho
• 2.1. Relação de Trabalho x Relação de Emprego
• 2.2. Contrato Individual de Trabalho
• 2.3. Cláusulas do Contrato de Trabalho
• 2.4. Registro do Contrato de Trabalho
• 2.5. Alteração do Contrato de Trabalho
• 2.6. Interrupção e Suspensão do Contrato de Trabalho
• 2.7. Extinção do Contrato de Trabalho

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Contratos de Trabalho

• 2.1. Relação de Trabalho x Relação de Emprego

• 2.1.1. Relação de Trabalho Relação de trabalho

• Uma pessoa presta serviço para outra


Relação de emprego

• 2.1.2. Relação de Emprego

• Uma pessoa presta serviço para outra com pessoalidade,


subordinação, onerosidade e habitualidade.
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JM

Contratos de Trabalho

• 2.2. Contrato de Trabalho

• É um tipo de Contrato.

• O Contrato de Trabalho, assim como os demais tipos de contratos,


também está sujeito às normas gerais de contrato como, por exemplo, a
autonomia da vontade, partes capazes, objeto lícito etc.

• É o Contrato Individual de Trabalho (na verdade, de emprego).

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JM

Contratos de Trabalho

• 2.2. Contrato de Trabalho

• 2.2.1. Forma do Contrato de Trabalho

• 2.2.2. Duração do Contrato de Trabalho

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JM

Contratos de Trabalho

• 2.2.1. Forma do Contrato de Trabalho


• Tácito x Expresso
• Verbal x Escrito

Os artigos 442 e seguintes da CLT dispõem que Contrato Individual de Trabalho é o


acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego, e que ele pode
ser acordado verbalmente ou por escrito.

A própria CLT, em seu artigo 447, dispõe que na falta de acordo, ou de prova sobre
condição essencial ao contrato verbal, este se presume existente como se tivesse
sido estatuído pelas partes em conformidade com os preceitos jurídicos adequados
à sua legitimidade.
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JM

Contratos de Trabalho

• 2.2.2. Duração do Contrato de Trabalho

• Por prazo Indeterminado

• Por prazo determinado

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JM

Contratos de Trabalho

• 2.2.2. Duração do Contrato de Trabalho

• Por prazo Indeterminado

Com base no princípio da continuidade da relação de emprego, também


orientador do direito do trabalho, o contrato de trabalho será, a princípio, por
prazo indeterminado, devendo ser esta condição presumida quando nada diferente
for pactuado entre as partes.

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JM

Contratos de Trabalho

• 2.2.2. Duração do Contrato de Trabalho

• Por prazo Determinado

Apenas em casos especiais previstos na própria legislação trabalhista:

. Serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique


. Atividades empresariais de caráter transitório
. Contrato de experiência
. Etc.
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JM

Contratos de Trabalho

• 2.2.2. Duração do Contrato de Trabalho

• Por prazo Determinado

Obs. O seu término pode estar condicionado à conclusão de um determinado


serviço, ou à ocorrência de determinado acontecimento suscetível de previsão
aproximada, e não, necessariamente a uma data específica.

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JM

Contratos de Trabalho

• 2.2.2. Duração do Contrato de Trabalho


• Por prazo Determinado - Exemplos

Contrato de obra certa previsto na Lei Nº 2.959/58


Contrato de safrista regido pela Lei Nº 5.889/73
Contrato de atleta profissional, da Lei Nº 9.615/98
Contrato de emprego doméstico (art. 4º, inciso II da LC 150)
Contratos por prazo determinado ACT ou CCT (Lei Nº 9.601/98)

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JM

Contratos de Trabalho

• 2.2.2. Duração do Contrato de Trabalho

• Por prazo Determinado - Prazo máximo

.Regra geral - 2 anos (Art. 445 da CLT)

.Contrato de aprendizagem (Lei Nº 10.097/2000) - Período de duração do curso do


trabalhador aprendiz.

.Contrato de experiência - 90 dias (prorrogável apenas uma única vez).

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JM

Contratos de Trabalho

• 2.3. Cláusulas do Contrato de Trabalho

• Pactuadas antes da admissão.

• Regulamento Interno da empresa e ACT/CCT.

• Contrato deve ser visto como um todo.

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JM

Contratos de Trabalho

• 2.3. Cláusulas do Contrato de Trabalho

• Cláusulas essenciais:

• Objeto do contrato (atividades do empregado).

• Tempo à disposição do empregador.

• Remuneração do empregado.

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JM

Contratos de Trabalho

• 2.3. Cláusulas do Contrato de Trabalho

• 2.3.1. Partes do Contrato de Trabalho


• 2.3.2. Objeto do Contrato de Trabalho
• 2.3.3. Tempo à Disposição do Empregador
• 2.3.4. Salário do Empregado
• 2.3.5. Outras Cláusulas Contratuais

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JM

Contratos de Trabalho

• 2.3.1. Partes do Contrato de Trabalho

• 2.3.1.1. Empregador

• 2.3.1.2. Empregado

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JM

Contratos de Trabalho

• 2.3.1. Partes do Contrato de Trabalho


• 2.3.1.1. Empregador

É a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade


econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. (CLT, art.
2º).

Equiparam-se a empregador os profissionais liberais, as instituições de


beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins
lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.

É também empregador a pessoa física que tem empregado doméstico.


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JM

Contratos de Trabalho

• 2.3.1. Partes do Contrato de Trabalho

• 2.3.1.1. Empregador

Grupo Econômico

• Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou
administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua
autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas
obrigações decorrentes da relação de emprego. (art. 2º, § 2º)

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JM

Contratos de Trabalho

• 2.3.1. Partes do Contrato de Trabalho

• 2.3.1.1. Empregador

Grupo Econômico

• Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo


necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse
integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas
dele integrantes. (art. 2º, § 3º)

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JM

Contratos de Trabalho

• 2.3.1. Partes do Contrato de Trabalho


• 2.3.1.1. Empregador

Saída de Sócios

• CLT - Art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações


trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio,
somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do
contrato, observada a seguinte ordem de preferência:
I – a empresa devedora;
II – os sócios atuais; e
III – os sócios retirantes.
...
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JM

Contratos de Trabalho

• 2.3.1. Partes do Contrato de Trabalho

• 2.3.1.1. Empregador

Saída de Sócios

CLT - Art. 10-A ...

Parágrafo único. O sócio retirante responderá solidariamente com os demais


quando ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da
modificação do contrato.

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JM

Contratos de Trabalho

• 2.3.1. Partes do Contrato de Trabalho

• 2.3.1.1. Empregador

Sucessão Trabalhista

Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e


448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época
em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de
responsabilidade do sucessor. (art. 448 A)

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JM

Contratos de Trabalho

• 2.3.1. Partes do Contrato de Trabalho

• 2.3.1.1. Empregador

Sucessão Trabalhista

A empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quando ficar


comprovada fraude na transferência. (Parágrafo único)

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JM

Contratos de Trabalho

• 2.3.1. Partes do Contrato de Trabalho

• 2.3.1.2. Empregado

Pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a


empregador, sob a dependência deste e mediante salário. (CLT, art. 3º).

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JM

Contratos de Trabalho

• 2.3.1. Partes do Contrato de Trabalho

• 2.3.1.2. Empregado

Deve ser plenamente capaz, ou ser devidamente representado ou


assistido se menor de idade.

Proteção ao trabalho do adolescente e proibição do trabalho infantil

Convenção 182 da OIT - e medidas para a eliminação das piores


formas do trabalho infantil.
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JM

Contratos de Trabalho

• 2.3.1. Partes do Contrato de Trabalho

• 2.3.1.2. Empregado

É permitido que o empregado menor dê quitação do pagamento de


salários ao seu empregador.

Mas não pode dar quitação da rescisão de contrato sozinho, devendo,


neste caso, ser representado ou assistido. (art. 439).

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JM

Contratos de Trabalho

• 2.3.2. Objeto do Contrato de Trabalho

.O contrato de trabalho deve ter objeto lícito


(atividades consideradas lícitas pelo ordenamento jurídico)

.Atividades a serem desempenhadas pelo empregado, forma e local

.Cargo e/ou Função.

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JM

Contratos de Trabalho

• 2.3.2. Objeto do Contrato de Trabalho

Obs. Sobre Cargo e/ou Função...

Profissões podem ser regulamentadas por lei, e não pela CBO -


Classificação Brasileira de Ocupações.

Exemplo: médico, engenheiro, advogado, contador etc.

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JM

Contratos de Trabalho

• 2.3.2. Objeto do Contrato de Trabalho


Também podem ser considerados como objeto do contrato de trabalho a
forma e o local no qual este trabalho será realizado.

O importante é que as atividades a serem desempenhadas pelo empregado,


assim como a forma de desempenhá-las, estejam bem claras no momento de
sua contratação, uma vez que se trata de cláusula essencial ao contrato de
trabalho.

67
JM

Contratos de Trabalho

• 2.3.3. Tempo à Disposição do Empregador

A Jornada de Trabalho é o tempo que o trabalhador pactua que ficará à


disposição do empregador. Também se constitui como cláusula essencial do
Contrato de Trabalho.

As normas que estabelecem estes limites são consideradas de ordem pública e


visam a preservar a saúde física e mental do trabalhador, assim como o seu
convívio social.

68
JM

Contratos de Trabalho

• 2.3.3. Tempo à Disposição do Empregador

Deve ser pactuada no momento da admissão do empregado e deve atender a


determinados limites, assim como possibilitar que o trabalhador usufrua dos
períodos mínimos de repouso previstos na legislação trabalhista.

Face a importância e à extensão do tema, estudaremos a Jornada de Trabalho


em profundidade no módulo Jornada de Trabalho e Descanso.

69
JM

Contratos de Trabalho

• 2.3.4. Salário do Empregado

• 2.3.4.1. Salário Contratual

• 2.3.4.2. Tipos de salários

• 2.3.4.3. Equiparação Salarial

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JM

Contratos de Trabalho

• 2.3.4. Salário do Empregado


• 2.3.4.1. Salário Contratual

.Cláusula Contratual de “Preço do Trabalho”, pactuada entre empregador e


empregado como retribuição dos serviços prestados pelo trabalhador.

Não pode ser inferior ao salário mínimo nacional, ou estadual, ou ao piso da


categoria, quando houver.

71
JM

Contratos de Trabalho

• 2.3.4. Salário do Empregado


• 2.3.4.1. Salário Contratual

.Cláusula essencial do contrato de trabalho.

Na falta de estipulação, ou prova sobre sua existência, o empregado terá


direito a perceber salário igual ao daquele que, na mesma empresa, fizer
serviço equivalente ou ao que for habitualmente pago para serviço semelhante.
(Art. 460 da CLT).

72
JM

Contratos de Trabalho

• 2.3.4. Salário do Empregado


• 2.3.4.2. Tipos de salários

.Por fração do tempo que o empregado fica à disposição do empregador. Ex.


hora, por dia, por semana, por mês etc.

.Em função da produção do empregado, seja esta medida em quantidade


(tarefa) ou em valor (comissão).

.Ou por ambos os critérios (Misto).


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JM

Contratos de Trabalho

• 2.3.4. Salário do Empregado


• 2.3.4.2. Tipos de salários

Salário “in natura”

Deve compor também o salário do trabalhador, a parte a ser paga “in natura”
ao empregado. Ou seja, alimentação, habitação, vestuário ou outras, seja por
força de contrato, ou por costume. (Art. 458 da CLT).

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JM

Contratos de Trabalho

• 2.3.4. Salário do Empregado


• 2.3.4.2. Tipos de salários

Salário “in natura”

O valor desta parte do salário deverá ser avaliada em dinheiro


para efeito do cálculo do valor efetivo do salário contratual do trabalhador e
dos respectivos tributos.

Deve ser uma avaliação “justa e razoável”, tendo como paradigma as parcelas
do Salário Mínimo. (Habitação-20%,Alimentação-25% etc.)
75
JM

Contratos de Trabalho

• 2.3.4. Salário do Empregado

• 2.3.4.3. Equiparação Salarial

O artigo 461 da CLT dispõe que, os empregados que desempenham a mesma


função para o mesmo empregador, na mesma localidade, sem distinção de
sexo, nacionalidade ou idade, devem receber o mesmo salário.

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JM

Contratos de Trabalho

• 2.3.4. Salário do Empregado

• 2.3.4.3. Equiparação Salarial

1. função idêntica
2. Mesma perfeição técnica
3. Mesmo estabelecimento
4. Mesma época (contemporâneo)
5. 2 anos na função ou 4 anos na empresa
6. Não tem Plano de Cargos

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JM

Contratos de Trabalho

• 2.3.5. Outras Cláusulas Contratuais

Outras cláusulas contratuais poderão ser pactuadas entre as partes desde


que constituam objeto lícito, não atentem contra as normas jurídicas em
geral, e as trabalhistas em particular.

Exemplos: Cláusulas de exclusividade, de sigilo, de quarentena etc. (Não


estudaremos neste módulo)

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JM

Contratos de Trabalho

• 2.4. Início do Contrato de Trabalho


• 2.4.1. Recrutamento e Seleção de Empregado
• 2.4.2. Admissão do Empregado e o Registro do Contrato de
Trabalho
• 2.4.3. CTPS - Carteira de Trabalho e Previdência Social
• 2.4.4. Envio de Informações ao eSocial
• 2.4.5. Multas

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JM

Contratos de Trabalho

• 2.4.1. Recrutamento e Seleção de Empregado


O próprio ato de recrutar e selecionar candidatos a uma vaga de emprego já pode
gerar diversas obrigações para o empregador, inclusive de pagamento de
indenização ao candidato ao emprego.

Lembramos que a legislação veda a exigência de comprovação por parte do


candidato ao emprego de experiência prévia por tempo superior a 6 (seis) meses
no mesmo tipo de atividade.

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JM

Contratos de Trabalho

• 2.4.1. Recrutamento e Seleção de Empregado

É proibida a adoção de qualquer prática discriminatória e limitativa para efeito de


acesso à relação de trabalho, ou de sua manutenção, por motivo de sexo, origem,
raça, cor, estado civil, situação familiar, deficiência, reabilitação profissional, idade,
entre outros. (inciso XXXIII do art. 7o da Constituição Federal).

Exemplo: pedido de atestado ou exame, de qualquer natureza, para comprovação de


esterilidade ou gravidez.

81
JM

Contratos de Trabalho

• 2.4.1. Recrutamento e Seleção de Empregado


A Lei nº 9.029, de 13 de abril de 1995, com a redação dada pela Lei 13.146, de 2015,
em seu artigo 2º, dispõe que, constituem crime as seguintes práticas
discriminatórias, com pena de detenção de um a dois anos e multa:

I – a exigência de teste, exame, perícia, laudo, atestado, declaração ou qualquer


outro procedimento relativo à esterilização ou a estado de gravidez;
II – a adoção de quaisquer medidas, de iniciativa do empregador, que configurem;
a) indução ou instigamento à esterilização genética;
b) promoção do controle de natalidade, assim não considerado o oferecimento de
serviços e de aconselhamento ou planejamento familiar, realizados através de
instituições públicas ou privadas, submetidas às normas do Sistema Único de Saúde
(SUS).
... 82
JM

Contratos de Trabalho

• 2.4.1. Recrutamento e Seleção de Empregado

...

São sujeitos ativos dos crimes a que se refere este artigo:


I – a pessoa física empregadora;
II – o representante legal do empregador, como definido na legislação trabalhista;
III – o dirigente, direto ou por delegação, de órgãos públicos e entidades das
administrações públicas direta, indireta e fundacional de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

83
JM

Contratos de Trabalho

• 2.4.1. Recrutamento e Seleção de Empregado

.Discussão das cláusulas contratuais

.Apresentação de informações de qualificação e aptidão do empregado para o


emprego

.Atestado de Saúde Ocupacional – Admissional (Prévio e às custas do empregador –


NR 07)

85
JM

Contratos de Trabalho

• 2.4.2. Admissão do Empregado e o Registro do


Contrato de Trabalho
O artigo 41 da CLT determina que em todas as atividades será obrigatório para o
empregador o registro dos respectivos trabalhadores, podendo serem adotados
livros, fichas ou sistema eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo
Ministério do Trabalho.

.Qualificação civil ou profissional do empregado, dados relativos à sua admissão no


emprego, duração, salário, férias, acidentes e demais circunstâncias que interessem
à proteção do trabalhador.

• O registro do contrato de trabalho será efetuado por meio do eSocial. 86


JM

Contratos de Trabalho

• 2.4.3. CTPS - Carteira de Trabalho e Previdência


Social
• A “Lei da Liberdade Econômica” (Lei 13.874/19) - CTPS preferencialmente Digital,
e sua anotação se dará por meio do eSocial.

• Identificação do empregado unicamente pelo seu número de CPF.

• Prazo de 5 (cinco) dias úteis, a partir da data de admissão do empregado

• informações do Contrato de Trabalho, vedada a anotação de informações


desabonadoras ao empregado
87
JM

Contratos de Trabalho

• 2.4.4. Envio de Informações ao eSocial


• A Portaria nº 1.195, de 30 de outubro de 2019, da Secretaria Especial de
Previdência e Trabalho, disciplinou o registro eletrônico de empregados e a
anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS).

• Esta Portaria dispõe que, quando a opção do empregador for pelo registro de
trabalhador em meio eletrônico, nos termos do artigo 41 da CLT, este registro será
efetuado por meio de envio de arquivos ao sistema eSocial.

• Da mesma forma, dispõe que, a partir de setembro de 2019, todos os empregados


passam a ter sua CTPS no modelo digital e que suas anotações passam a ser feitas
também por meio de envio de arquivos para o sistema eSocial.
88
JM

Contratos de Trabalho

• 2.4.5. Multas
• Falta de registro de empregado - art. 47 da CLT

• R$ 3.000,00 por empregado, acrescido de igual valor em cada reincidência. R$


3.000,00 – R$ 6.000,00 – R$ 9.000,00 .....
• R$ 800,00 se for ME/EPP
• NCRE - NOTIFICAÇÃO PARA COMPROVAÇÃO DE REGISTRO DE EMPREGADO – IN 107,
de 2014
• Registro do empregado e informação ao CAGED
• Não cumprimento: infração ao art. 24 da Lei nº 7.998, combinado com o art. 6º,
inciso II, da Portaria nº 1.129, de 2014
• Multa: 400 a 40.000 UFIR – 68% a 100% 89
JM

Contratos de Trabalho

• 2.4.5. Multas
• Registro incompleto ou com dados incorretos – art. 47-A da CLT

• R$ 600,00

• Falta de anotação de CTPS – art. 54 da CLT (revogado)

• R$ 402,53

90
JM

Contratos de Trabalho

• 2.4.5. Multas
• Contrato individual de trabalho – art. 510 da CLT

• R$ 402,53

• Exemplos:
• Exigir experiência profissional superior a 6 meses
• Alteração contratual sem consentimento
• Manter empregado em condições contrárias ao contrato
• Contrato por prazo determinado – prazo máximo

91
JM

Contratos de Trabalho

• 2.4.5. Multas
• Trabalho infantil e do adolescente – art. 434 da CLT

• R$ 402,53 por empregado, até o máximo de 5 empregados. Dobrado o máximo na


reincidência

• Exemplos:

• Aprendizagem

92
JM

Contratos de Trabalho

• 2.5. Alteração do Contrato de Trabalho


• É possível, desde que, via de regra, sejam respeitadas as mesmas regras
exigidas no momento da contratação

• Princípio da Condição mais Benéfica

• Serão nulas alterações realizadas sem o consentimento de ambas as


partes e que resultem, direta ou indiretamente, em prejuízos ao
empregado. (Art. 468 da CLT).

93
JM

Contratos de Trabalho

• 2.5. Alteração do Contrato de Trabalho


• Via de regra, deve ser bilateral

• Ressalvas: casos específicos previstos na legislação, desde que sejam


respeitados os limites impostos pela própria legislação e que venham ao
encontro de necessidade da empresa.

• Não pode se configurar como abuso de direito. (deve ser mantida a essência
do contrato).

94
JM

Contratos de Trabalho

• 2.5. Alteração do Contrato de Trabalho


• “Jus Variandi” do empregador

• Faculdade de o empregador, em virtude de seu poder diretivo, poder


introduzir unilateralmente alterações no contrato de trabalho decorrentes
de modificações circunstanciais referentes à prestação de serviço do
empregado e na organização da empresa.

95
JM

Contratos de Trabalho

• 2.5. Alteração do Contrato de Trabalho


• Exemplos:

• Alteração do cargo ou função, desde que não represente um rebaixamento;

• Alterar o local de trabalho do empregado, desde que não implique mudança de


seu domicílio;

• Transferência do empregado para qualquer outro estabelecimento da empresa


quando ocorrer a extinção do estabelecimento em que o empregado trabalha,
cabendo ao empregador arcar com as despesas decorrentes desta transferência.
96
JM

Contratos de Trabalho

• 2.5. Alteração do Contrato de Trabalho


• Pode ser feita de forma expressa ou tácita (via de regra)

• A mera aceitação por parte do empregador de uma condição mais favorável ao


empregado do que a que foi pactuada no momento da contratação pode
significar uma alteração do contrato de trabalho e se configurar como um direito
adquirido do trabalhador.

99
JM

Contratos de Trabalho

• 2.6. Interrupção e Suspensão do Contrato de


Trabalho

• 2.6.1. Interrupção do Contrato de Trabalho

• 2.6.2. Suspensão do Contrato de Trabalho

100
JM

Contratos de Trabalho

• 2.6. Interrupção e Suspensão do Contrato de


Trabalho

• Empregado, durante o Contrato de Trabalho, deixa de trabalhar, impedido por


problemas de saúde ou para cumprimento de alguma obrigação legal.

• Ou para poder usufruir de um determinado direito como, por exemplo, o gozo de


férias ou de uma licença prêmio eventualmente prevista em ACT/CCT.

101
JM

Contratos de Trabalho

• 2.6. Interrupção e Suspensão do Contrato de


Trabalho

A doutrina costuma dividir estes afastamentos em dois grupos:

• Aqueles em que o empregador continua obrigado a pagar os salários e os


encargos trabalhistas (Interrupção);

• Aqueles em que o empregador fica desobrigado a pagar os salários do


empregado neste período (Suspensão).

102
JM

Contratos de Trabalho

• 2.6. Interrupção e Suspensão do Contrato de


Trabalho

A legislação prevê diversos tipos de afastamentos do empregado e dispõe sobre


seus efeitos no contrato de trabalho, especialmente em relação à obrigação do
empregador de pagar os salários deste período e em relação à contagem deste
período em seu tempo de serviço.

103
JM

Contratos de Trabalho

• 2.6.1. Interrupção do Contrato de Trabalho


• O empregado deixa de trabalhar.

• O empregador continua pagando os salários.

• O tempo é computado para efeito de férias, de décimo terceiro salário etc.

• O empregador continua recolhendo os encargos trabalhistas relativos ao


período de afastamento.

104
JM

Contratos de Trabalho

• 2.6.1. Interrupção do Contrato de Trabalho

• Exemplos:

• Férias;
• Descanso semanal remunerado;
• Feriados civis e religiosos;
• Afastamento por motivo de doença ou acidente de trabalho até o 15º dia;
• Licença remunerada;
• E outros.

105
JM

Contratos de Trabalho

• 2.6.2. Suspensão do Contrato de Trabalho

• O empregado deixa de trabalhar.

• O empregador deixa de pagar os salários.

• O tempo não é computado para efeito de décimo terceiro salário.

• Quanto às férias e aos encargos trabalhistas, depende do caso.

106
JM

Contratos de Trabalho

• 2.6.2. Suspensão do Contrato de Trabalho

• Exemplos:

• Afastamento por motivo de doença a partir do 16º dia;


• Afastamento em decorrência de aposentadoria por invalidez;
• Eleição para cargo de direção sindical;
• Período de suspensão disciplinar;
• Participação pacífica em greve;
• E outros.

107
JM

Contratos de Trabalho

• 2.6.2. Suspensão do Contrato de Trabalho

• Em relação às férias:

• Há casos em que há o computo do período de afastamento como parte do


período aquisitivo (Ex. auxílio-doença).

• E outros em que o período de afastamento é desconsiderado (Ex. licença não


remunerada, a interesse do empregado).

108
JM

Contratos de Trabalho

• 2.6.2. Suspensão do Contrato de Trabalho

• Em relação aos Encargos Trabalhistas:

• Via de regra, não são devidos.

• Exceções: É devido o FGTS nos casos de afastamento para a prestação de serviço


militar obrigatório e do afastamento decorrente de acidente de trabalho ou de
doença ocupacional, mesmo que por prazo superior a 15 dias.

109
JM

Contratos de Trabalho

• 2.6.2. Suspensão do Contrato de Trabalho

• Contratos por Prazo Determinado

O tempo de afastamento poderá não ser computado na contagem do


prazo para a respectiva terminação. (Parágrafo 2º, do artigo 472 da CLT -
Afastamento em virtude de prestação de serviço militar, ou de outro encargo
público).

110
JM

Contratos de Trabalho

• 2.7. Extinção do Contrato de Trabalho

A Extinção do Contrato de Trabalho será estudada no módulo Obrigações


Trabalhistas.

111
JM

FIM
DA
UNIDADE II
(Contrato de Trabalho)
112
III – Tipos Específicos de Contrato de
Trabalho
JM

Contratos de Trabalho
• 3. Tipos Específicos de Contratos de Trabalho
• 3.1. Contrato Verde Amarelo
• 3.2. Trabalho Intermitente
• 3.3. Trabalho Doméstico
• 3.4. Trabalho Rural
• 3.5. Contrato de Estágio
• 3.6. Contrato de Aprendizagem
• 3.7. Trabalho da Pessoa com Deficiência

114
JM

Contratos de Trabalho
• 3.1. Contrato Verde Amarelo
• MP 905 Institui o CTVA (Validade até 18.11.2020) – (Portaria SEPRT 950, de 2020)
• De 1º de janeiro de 2020 a 31 de dezembro de 2022
• Criação de novos postos de trabalho
• Pessoas com 18 a 29 anos
• Primeiro emprego

• Não descaracteriza a condição de primeiro emprego:


• menor aprendiz;
• contrato de experiência;
• trabalho intermitente; e
• trabalho avulso.
115
JM

Contratos de Trabalho
• 3.1. Contrato Verde Amarelo
• MP 905 Institui o CTVA – (Portaria SEPRT 950, de 2020)
• Limite máximo de contratados
• Limite máximo de tempo – até 24 meses (prorrogável)
• Limite de categorias:

• Não pode firmar CTVA:


• Domésticos;
• Rurais;
• Funcionários públicos;
• Outros.

116
JM

Contratos de Trabalho
• 3.1. Contrato Verde Amarelo
• MP 905 Institui o CTVA – (Portaria SEPRT 950, de 2020)
• Vedada recontratação de dispensados de outros contratos
• Limite no valor do salário (1,5 SMN)
• Pagamento diferenciado de férias e décimo
• Benefícios tributários
• FGTS de 2%

117
JM

Contratos de Trabalho
• 3.2. Trabalho Intermitente
• CLT - Art. 443.
O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente,
verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação
de trabalho intermitente. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017).
...

118
JM

Contratos de Trabalho
• 3.2. Trabalho Intermitente
• CLT - Art. 443.
...
§ 3o Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de
serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de
prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses,
independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, exceto para
os aeronautas, regidos por legislação própria.

119
JM

Contratos de Trabalho
• 3.2. Trabalho Intermitente

• Condições para contratação

• Art. 452-A. O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e deve
conter especificamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor
horário do salário mínimo ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento
que exerçam a mesma função em contrato intermitente ou não.

120
JM

Contratos de Trabalho
• 3.2. Trabalho Intermitente

• Condições para contratação

• O contrato de trabalho intermitente será celebrado por escrito e registrado na Carteira de


Trabalho e Previdência Social, ainda que previsto em acordo coletivo de trabalho ou
convenção coletiva, e conterá: (art. 2º Portaria 349, de 2018)
• I - identificação, assinatura e domicílio ou sede das partes;
• II - valor da hora ou do dia de trabalho, que não poderá ser inferior ao valor horário ou
diário do salário mínimo, nem inferior àquele devido aos demais empregados do
estabelecimento que exerçam a mesma função, assegurada a remuneração do
trabalho noturno superior à do diurno;
• III - o local e o prazo para o pagamento da remuneração. (Validade discutível)
121
JM

Contratos de Trabalho
• 3.2. Trabalho Intermitente

• Art. 3º É facultado às partes convencionar por meio do contrato de trabalho intermitente:


(art. 3º da Portaria 349 de 2018)

• I - locais de prestação de serviços;


• II - turnos para os quais o empregado será convocado para prestar serviços; e
• III - formas e instrumentos de convocação e de resposta para a prestação de
serviços.

122
JM

Contratos de Trabalho
• 3.2. Trabalho Intermitente

• Para fins do disposto no § 3º do art. 443 da Consolidação das Leis do Trabalho,


considera-se período de inatividade o intervalo temporal distinto daquele para o
qual o empregado intermitente haja sido convocado e tenha prestado serviços nos
termos do § 1º do art. 452-A da referida lei. (art. 4º da Portaria 349 de 2018)

• Durante o período de inatividade, o empregado poderá prestar serviços de


qualquer natureza a outros tomadores de serviço, que exerçam ou não a mesma
atividade econômica, utilizando contrato de trabalho intermitente ou outra
modalidade de contrato de trabalho. (§ 1º do art. 4º da Portaria 349 de 2018)

123
JM

Contratos de Trabalho
• 3.2. Trabalho Intermitente

• No contrato de trabalho intermitente, o período de inatividade não será considerado


tempo à disposição do empregador e não será remunerado, hipótese em que restará
descaracterizado o contrato de trabalho intermitente caso haja remuneração por tempo à
disposição no período de inatividade. (§ 2º do art. 4º da Portaria 349 de 2018)

• Dadas as características especiais do contrato de trabalho intermitente, não constitui


descumprimento do inciso II do caput ou discriminação salarial pagar ao trabalhador
intermitente remuneração horária ou diária superior à paga aos demais trabalhadores da
empresa contratados a prazo indeterminado. (§ 3º do art. 2º da Portaria 349 de 2018)

• Exceção à equiparação salarial?

124
JM

Contratos de Trabalho
• 3.2. Trabalho Intermitente

• Convocação do empregado

• O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação eficaz, para a prestação de


serviços, informando qual será a jornada, com, pelo menos, três dias corridos de
antecedência. (§ 1º)

• Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de 1 dia para responder ao chamado,


presumindo-se, no silêncio, a recusa. (§ 2º)

125
JM

Contratos de Trabalho
• 3.2. Trabalho Intermitente

• Pagamento dos salários

• Ao final de cada período de prestação de serviço, o empregado receberá o pagamento


imediato das seguintes parcelas:

• I – remuneração;
• II – férias proporcionais com acréscimo de um terço;
• III – décimo terceiro salário proporcional;
• IV – repouso semanal remunerado; e
• V – adicionais legais. 128
JM

Contratos de Trabalho
• 3.2. Trabalho Intermitente

• Pagamento dos salários

• § 2º Na hipótese de o período de convocação exceder um mês, o pagamento das parcelas


a que se referem o § 6º do Art. 452-A da Consolidação das Leis do Trabalho não poderá ser
estipulado por período superior a um mês, devendo ser pagas até o quinto dia útil do mês
seguinte ao trabalhado, de acordo com o previsto no § 1º do art. 459 da CLT. (§ 2º do art.
2º da Portaria 349 de 2018)

129
JM

Contratos de Trabalho
• 3.2. Trabalho Intermitente

• Pagamento dos salários

• O recibo de pagamento deverá conter a discriminação dos valores pagos relativos a cada
uma das parcelas referidas no § 6º deste artigo. (§ 7º)

• O empregador efetuará o recolhimento da contribuição previdenciária e o depósito do


Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, na forma da lei, com base nos valores pagos no
período mensal e fornecerá ao empregado comprovante do cumprimento dessas
obrigações. (§ 8º)

130
JM

Contratos de Trabalho
• 3.2. Trabalho Intermitente
• Férias

• A cada doze meses, o empregado adquire direito a usufruir, nos doze meses subsequentes,
um mês de férias, período no qual não poderá ser convocado para prestar serviços pelo
mesmo empregador. (§ 9º)

• Há necessidade de aviso de férias

• O empregado, mediante prévio acordo com o empregador, poderá usufruir suas férias em
até três períodos, nos termos dos §§ 1º e 3º do art. 134 da Consolidação das Leis do
Trabalho. (§ 1º do art. 2º da Portaria 349 de 2018)
131
JM

Contratos de Trabalho
• 3.2. Trabalho Intermitente
• Verbas Rescisórias

• As verbas rescisórias e o aviso prévio serão calculados com base na média dos valores
recebidos pelo empregado no curso do contrato de trabalho intermitente. (art. 5º da
Portaria 349 de 2018)

• No cálculo da média a que se refere o caput, serão considerados apenas os meses durante
os quais o empregado tenha recebido parcelas remuneratórias no intervalo dos últimos
doze meses ou o período de vigência do contrato de trabalho intermitente, se este for
inferior. (parágrafo único do art. 5º da Portaria 349 de 2018)

132
JM

Contratos de Trabalho
• 3.2. Trabalho Intermitente

• Outras questões:

• Abono anual RAIS


• Cálculo da média
• Quantidade de dias
• Rescisão contratual
• Gestante – estabilidade
• Definição de cota de PCD, aprendiz
• Dimensionamento de CIPA, SESMT
• Demais regras de proteção ao trabalho: intervalos, DSR, vale-transporte

134
JM

Contratos de Trabalho
• 3.2. Trabalho Intermitente

136
JM

Contratos de Trabalho
• 3.3. Trabalho Doméstico
• Constituição Federal
• Art. 7º, parágrafo único
• Lei Complementar nº 150, de 2015
• Aplicação subsidiária da CLT

137
JM

Contratos de Trabalho
• 3.3. Trabalho Doméstico
• Empregado doméstico
• Pessoa do que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de
finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais
de 2 (dois) dias por semana (art. 1º LC 150)

• Empregador doméstico
• Pessoa ou família que contrata empregado doméstico

138
JM

Contratos de Trabalho
• 3.3. Trabalho Doméstico
• Empregado doméstico
• Mensalista, diarista, horista
• Cozinheiro
• Caseiro de granja, sítio

• Trabalhador autônomo
• Diarista autônomo

• Empregados em condomínios residenciais – não são domésticos


• Lei 2.757/1956

139
JM

Contratos de Trabalho
• 3.4. Trabalho Rural
• Lei 5.889, de 1973 – Trabalho rural
• Decreto 73.626, de 1974 – Regulamenta a Lei 5889, de 1973

• Norma Regulamentadora NR 31 – Norma regulamentadora de segurança e saúde no


trabalho na agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura. Novo
texto recentemente publicado.

140
JM

Contratos de Trabalho
• 3.4. Trabalho Rural

• Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta
serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob a dependência deste e
mediante salário. (art. 2º Lei 5.889, de 1973)

• Considera-se empregador rural, para os efeitos desta Lei, a pessoa física ou jurídica,
proprietário ou não, que explore atividade agro-econômica, em caráter permanente ou
temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio de empregados. (art. 3º Lei
5.889, de 1973)

141
JM

Contratos de Trabalho
• 3.4. Trabalho Rural
• Diferenciações em relação ao urbano:
• Trabalho noturno
• Adicional de 25%
• Não tem a hora ficta (reduzida)
• Horário noturno
• Lavoura: 21:00 às 5:00
• Pecuária: 20:00 às 4:00
• Descontos
• Urbano: 25% habitação e 20% alimentação
• Rural: 20% habitação e 25% alimentação
• Aviso prévio – redução de 1 dia por semana
142
JM

Contratos de Trabalho
• 3.5. Contrato de Estágio
• Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho,
que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando
o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino
médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade
profissional da educação de jovens e adultos.

• Obrigatório ou não, conforme o projeto pedagógico do curso

• Não pode ser utilizado para substituir mão de obra

143
JM

Contratos de Trabalho
• 3.5. Contrato de Estágio
• Requisitos: (art. 3º)

• I – matrícula e freqüência regular do educando em curso de educação superior, de


educação profissional, de ensino médio, da educação especial e nos anos finais do
ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos e
atestados pela instituição de ensino;

• II – celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do


estágio e a instituição de ensino;

• III – compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e aquelas previstas no


termo de compromisso.

144
JM

Contratos de Trabalho
• 3.5. Contrato de Estágio
• Requisitos: (art. 3º)

• Acompanhamento efetivo pelo professor orientador da instituição de ensino e por


supervisor da parte concedente, comprovado por vistos nos relatórios referidos no
inciso IV do caput do art. 7o desta Lei e por menção de aprovação final. (§ 1º)

• O descumprimento de qualquer dos incisos deste artigo ou de qualquer obrigação


contida no termo de compromisso caracteriza vínculo de emprego do educando com a
parte concedente do estágio para todos os fins da legislação trabalhista e
previdenciária. (§ 2º)

145
JM

Contratos de Trabalho
• 3.5. Contrato de Estágio
• Bolsa de Estágio:
• O estagiário poderá receber bolsa ou outra forma de contraprestação que venha a ser
acordada, sendo compulsória a sua concessão, bem como a do auxílio-transporte, na
hipótese de estágio não obrigatório.

• A eventual concessão de benefícios relacionados a transporte, alimentação e saúde, entre


outros, não caracteriza vínculo empregatício.

• Recesso de 30 dias, a ser gozado preferencialmente durante suas férias escolares. No caso
de estágio remunerado, o recesso também será. Proporcional, se o estágio durar menos
de 1 ano.
• Não são férias

149
JM

Contratos de Trabalho
• 3.5. Contrato de Estágio
• Observações:

• Aplica-se ao estagiário a legislação relacionada à saúde e segurança no trabalho, sendo


sua implementação de responsabilidade da parte concedente do estágio.

• A instituição privada ou pública que reincidir na irregularidade de que trata este artigo
ficará impedida de receber estagiários por 2 (dois) anos, contados da data da decisão
definitiva do processo administrativo correspondente.

150
JM

Contratos de Trabalho
• 3.5. Contrato de Estágio
• O termo de compromisso deverá ser firmado pelo estagiário ou com seu representante ou
assistente legal e pelos representantes legais da parte concedente e da instituição de
ensino, vedada a atuação dos agentes de integração a que se refere o art. 5o desta Lei
como representante de qualquer das partes.

• O número máximo de estagiários em relação ao quadro de pessoal das entidades


concedentes de estágio deverá atender às seguintes proporções:
• I – de 1 a 5 empregados: 1 (um) estagiário;
• II – de 6 a 10 empregados: até 2 (dois) estagiários;
• III – de 11 a 25 empregados: até 5 (cinco) estagiários;
• IV – acima de 25 empregados: até 20% de estagiários.
• Considera-se quadro de pessoal o conjunto de trabalhadores empregados existentes
no estabelecimento do estágio.
151
JM

Contratos de Trabalho
• 3.6. Contrato de Aprendizagem
• Constituição Federal, art. 7º, Inciso XXXIII, in fine – Aprendizagem

• Consolidação das Leis do Trabalho, Arts. 424 a 433 – Aprendizagem

• Lei 10.097/2000 – Lei da Aprendizagem

• Decreto 5598, de 2005 – Aprendizagem

• Instrução Normativa 146, de 2018 SIT – Dispõe sobre a fiscalização das condições de
trabalho no âmbito dos programas de aprendizagem 154
JM

Contratos de Trabalho
• 3.6. Contrato de Aprendizagem
APRENDIZ: maior de 14 anos e menor de 24 anos, que celebra contrato de
aprendizagem, nos termos do art. 428 da CLT.

O aprendiz com deficiência não fica limitado ao limite de idade, de 24 anos

155
JM

Contratos de Trabalho
• 3.6. Contrato de Aprendizagem
• contrato de trabalho especial
• ajustado por escrito e por prazo determinado
• não superior a 02 anos – limitado à duração do curso
• O aprendiz com deficiência não tem limite

156
JM

Contratos de Trabalho
• 3.6. Contrato de Aprendizagem
• Validade do contrato de aprendizagem:

• anotação na CTPS

• matrícula e freqüência do aprendiz à escola, caso não haja concluído o ensino


fundamental

• inscrição em programa de aprendizagem desenvolvido sob a orientação de


entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica

157
JM

Contratos de Trabalho
• 3.6. Contrato de Aprendizagem
• Instrução Normativa 146, de 2018

• Art. 2º Conforme determina o art. 429 da CLT, os estabelecimentos de qualquer


natureza são obrigados a contratar e matricular aprendizes nos cursos de
aprendizagem, no percentual mínimo de cinco e máximo de quinze por cento das
funções que exijam formação profissional.
• § 1º Na conformação numérica de aplicação do percentual, ficam obrigados a
contratar aprendizes os estabelecimentos que tenham pelo menos sete
empregados contratados nas funções que demandam formação profissional, nos
termos do art. 10 do Decreto n.º 5.598/05, até o limite máximo de quinze por
cento previsto no art. 429 da CLT.
• § 2º Entende-se por estabelecimento todo complexo de bens organizado para o
exercício de atividade econômica ou social do empregador, que se submeta ao
regime da CLT.
158
JM

Contratos de Trabalho
• 3.6. Contrato de Aprendizagem
• Instrução Normativa 146, de 2018

• Art. 2º...

• § 3° As pessoas físicas que exerçam atividade econômica, inclusive o empregador


rural, que possuam empregados regidos pela CLT estão enquadradas no conceito de
estabelecimento do art. 429 da CLT.

• § 4° Os estabelecimentos condominiais, associações, sindicatos, igrejas, entidades


filantrópicas, cartórios e afins, conselhos profissionais e outros, embora não
exerçam atividades econômicas, estão enquadrados no conceito de
estabelecimento, uma vez que exercem atividades sociais e contratam empregados
pelo regime da CLT.
159
JM

Contratos de Trabalho
• 3.6. Contrato de Aprendizagem
• Instrução Normativa 146, de 2018

• Art. 2º...

• § 5° As entidades da administração pública direta, autárquica e fundacional que


contratem empregados de forma direta pelo regime celetista estão obrigadas ao
cumprimento do art. 429 da CLT, limitando-se, a base de cálculo da cota, nesse
caso, aos empregados contratados pelo referido regime cujas funções demandem
formação profissional, nos termos do art. 10 do Decreto n.º 5.598/05.

160
JM

Contratos de Trabalho
• 3.6. Contrato de Aprendizagem
• Instrução Normativa 146, de 2018
• Art. 2º...
• § 6º É incluído na base de cálculo do número de aprendizes a serem
contratados o total de trabalhadores existentes em cada estabelecimento,
cujas funções demandem formação profissional, utilizando-se como único
critério a Classificação Brasileira de Ocupações elaborada pelo Ministério
do Trabalho, independentemente de serem proibidas para menores de
dezoito anos.
• § 7º Em consonância com o art. 611-B, XXIII e XXIV, CLT, a exclusão de
funções que integram a base de cálculo da cota de aprendizes constitui
objeto ilícito de convenção ou acordo coletivo de trabalho.
161
JM

Contratos de Trabalho
• 3.6. Contrato de Aprendizagem
• Instrução Normativa 146, de 2018

• Art. 2º...
• § 8° Ficam excluídos da base de cálculo da cota de aprendizes:
• I - as funções que, em virtude de lei, exijam habilitação profissional de nível técnico
ou superior;
• II - as funções caracterizadas como cargos de direção, de gerência ou de confiança,
nos termos do inciso II do art. 62 e § 2º do art. 224 da CLT;
• III - os trabalhadores contratados sob o regime de trabalho temporário instituído
pelo art. 2° da Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974;
• IV - os aprendizes já contratados.
• § 9º No caso de empresas que prestem serviços para terceiros, dentro dos
parâmetros legais, independentemente do local onde sejam executados, os
empregados serão incluídos na base de cálculo da prestadora, exclusivamente.
162
JM

Contratos de Trabalho
• 3.6. Contrato de Aprendizagem
• Instrução Normativa 146, de 2018

• Empregadores dispensados:

• Art. 3º Estão legalmente dispensadas do cumprimento da cota de aprendizagem:


• I - as microempresas e as empresas de pequeno porte, optantes ou não pelo
Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos
pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples Nacional.

• II - as entidades sem fins lucrativos que tenham por objetivo a educação


profissional na modalidade aprendizagem, inscritas no Cadastro Nacional de
Aprendizagem com curso validado.
163
JM

Contratos de Trabalho
• 3.6. Contrato de Aprendizagem
• Instrução Normativa 146, de 2018
Exemplo:
Empregador tem um quadro de empregados assim composto:

165
JM

Contratos de Trabalho
• 3.6. Contrato de Aprendizagem
• Instrução Normativa 146, de 2018

Possibilidade de centralização

• Art. 4° Para os fins da experiência prática segundo a organização curricular do programa


de aprendizagem, o empregador que mantiver mais de um estabelecimento em um
mesmo município poderá centralizar as atividades práticas correspondentes em um
único estabelecimento, desde que não resulte prejuízo ao aprendiz.

• § 1° Mediante requerimento fundamentado do estabelecimento contratante, o


Auditor Fiscal do Trabalho notificante poderá autorizar a realização das atividades
práticas em estabelecimento da mesma empresa situado em município diverso, desde
que todos os estabelecimentos envolvidos na centralização estejam na mesma unidade
da federação.
166
JM

Contratos de Trabalho
• 3.6. Contrato de Aprendizagem
• Instrução Normativa 146, de 2018

Possibilidade de centralização

• Art. 4° ...

• § 2° Para que ocorra a centralização deverá haver a anuência da entidade formadora.


• § 3° A centralização não transfere o vínculo do aprendiz para o estabelecimento onde
serão realizadas as atividades práticas, tampouco o aprendiz passa a computar na
cota do referido estabelecimento.
• § 4° Havendo a centralização das atividades práticas, tal fato deve constar no contrato
de aprendizagem e ser anotado na Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS do
aprendiz na página de anotações gerais.
167
JM

Contratos de Trabalho
• 3.6. Contrato de Aprendizagem
• Instrução Normativa 146, de 2018

• Contrato de aprendizagem

• Art. 7º O contrato de aprendizagem deve ser pactuado por escrito e por prazo
determinado com registro e anotação na CTPS, e para sua validade exige-se:
• I - matrícula e frequência do aprendiz à escola, caso não tenha concluído o ensino
médio;
• II - inscrição do aprendiz em programa de aprendizagem, desenvolvido sob a
orientação das entidades qualificadas em formação técnico-profissional metódica,
a seguir relacionadas:

168
JM

Contratos de Trabalho
• 3.6. Contrato de Aprendizagem
• Instrução Normativa 146, de 2018

• Remuneração: Salvo condição mais favorável, será garantido o salário


mínimo/hora.

171
JM

Contratos de Trabalho
• 3.6. Contrato de Aprendizagem
• Instrução Normativa 146, de 2018

• Direitos e deveres do aprendiz

• Da Jornada:
• Art. 18 do Decreto 5.598.
• A duração do trabalho do aprendiz não excederá 6 horas.
• 8 horas diárias para os aprendizes que já tenham concluído o ensino
fundamental, se nelas forem computadas as horas destinadas à aprendizagem
teórica.

172
JM

Contratos de Trabalho
• 3.6. Contrato de Aprendizagem
• Instrução Normativa 146, de 2018

• Das Férias:
• As férias do aprendiz devem coincidir, preferencialmente, com as férias escolares.
• IN 146, de 2018
• Art. 19. O período de férias do aprendiz deve ser definido no programa de aprendizagem,
conforme estabelece o Decreto 5598/05, observados os seguintes critérios:
• I - para o aprendiz com idade inferior a dezoito anos, deve coincidir, obrigatoriamente,
com um dos períodos de férias escolares;
• II - para o aprendiz com idade igual ou superior a dezoito anos, deve coincidir,
preferencialmente, com as férias escolares, em conformidade com o art. 25 do Decreto
n.º 5.598, de 2005.
• § 1° Ao aprendiz é permitido o parcelamento das férias, nos termos do art. 134 da CLT.
• § 2° Nos contratos de aprendizagem com prazo de 2 (dois) anos de duração, é
obrigatório o gozo das férias adquiridas no primeiro período aquisitivo.
• FGTS: alíquota de 2%
173
JM

Contratos de Trabalho
• 3.6. Contrato de Aprendizagem
• Instrução Normativa 146, de 2018

• Rescisão de contrato de aprendizagem

• IN 146, de 2018

• Art. 13. O contrato de aprendizagem extinguir-se-á:

• I - no seu termo final;


• II - quando o aprendiz completar vinte e quatro anos, observado o disposto no
parágrafo único do art.6º;
• III - antecipadamente, nas seguintes hipóteses:

174
JM

Contratos de Trabalho
• 3.6. Contrato de Aprendizagem
• Instrução Normativa 146, de 2018

• Rescisão de contrato de aprendizagem

• a) desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz, que devem ser comprovados


mediante laudo de avaliação elaborado pela entidade executora da aprendizagem, a
quem cabe a sua supervisão e avaliação, após consulta ao estabelecimento onde se
realiza a aprendizagem;
• b) falta disciplinar grave prevista no art. 482 da CLT;
• c) ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo, comprovada por
meio de declaração do estabelecimento de ensino;

175
JM

Contratos de Trabalho
• 3.6. Contrato de Aprendizagem
• Instrução Normativa 146, de 2018

• Rescisão de contrato de aprendizagem

• d) a pedido do aprendiz;
• e) fechamento do estabelecimento, quando não houver a possibilidade de transferência
do aprendiz sem que isso gere prejuízo ao próprio aprendiz;
• f) morte do empregador constituído em empresa individual;
• g) rescisão indireta.
• § 1º Aplica-se o art. 479, da CLT, somente às hipóteses de extinção do contrato previstas
no inciso III, alíneas "e", "f" e "g".
• § 2º Não se aplica o disposto nos art. 480, da CLT, às hipóteses de extinção do contrato
previstas nas alíneas do inciso III.

176
JM

Contratos de Trabalho
• 3.6. Contrato de Aprendizagem

• Empregado

ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente dispõe em seu artigo 67 que, ao


aprendiz é vedado trabalho noturno; perigoso; insalubre; realizado em
locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico,
moral e social ou em horários e locais que não permitam sua frequência à
escola.

178
JM

Contratos de Trabalho
• 3.7. Trabalho da Pessoa com Deficiência
Constituição Federal
XXXI – proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de
admissão do trabalhador portador de deficiência;
Cota de PCD
Lei 8213, de 1991
Art. 93. A empresa com 100 (cem) ou mais empregados está obrigada a preencher
de 2% a 5% dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas com
deficiência, habilitadas, na seguinte proporção:
I – até 200 empregados……………………………………………………………………….2%;
II – de 201 a 500……………………………………………………………………….…………3%;
III – de 501 a 1.000……………………………………………………………………...……..4%;
IV – de 1.001 em diante. ……………………………………………………………….…..5%.
179
JM

Contratos de Trabalho
• 3.7. Trabalho da Pessoa com Deficiência

§ 1o A dispensa de pessoa com deficiência ou de beneficiário reabilitado da


Previdência Social ao final de contrato por prazo determinado de mais de 90
(noventa) dias e a dispensa imotivada em contrato por prazo indeterminado
somente poderão ocorrer após a contratação de outro trabalhador com
deficiência ou beneficiário reabilitado da Previdência Social. (redação dada pela
Lei 13.146, de 2015)
....
Contagem na cota:
Laudo elaborado por profissional de saúde de nível superior (art. 8º, caput, da IN
98, de 2012)
Concordância do empregado (inciso VI do rt. 8º da IN 98, de 2012)

180
JM

Contratos de Trabalho
• 3.7. Trabalho da Pessoa com Deficiência
• Multas
• Contratação de PCD – art. 93 da Lei 8.213/91
• R$ 2.656,61 a R$ 265.659,51 (Portaria SEPRT 477, de 2021)
• Exemplos:
• Não contratação de PCD
• Dispensar PCD sem ter contratado o substituto

• Agravantes (art. 290 do Decreto 3048)


• I - tentado subornar servidor dos órgãos competentes;
• II - agido com dolo, fraude ou má-fé;
• III - desacatado, no ato da ação fiscal, o agente da fiscalização;
• IV - obstado a ação da fiscalização; ou
• V - incorrido em reincidência.

• Não havendo agravantes: multa no valor mínimo, por empregado


182
JM

FIM
DA
UNIDADE III
(Tipos Específicos de Contratos
de Trabalho)
183
IV – Terceirização
JM

Contratos de Trabalho

• 4. Terceirização

• 4.1. Terceirização
• 4.2. Trabalho Temporário
• 4.3. Quarteirização
• 4.4. Pejotização
• 4.5. Trabalho Autônomo

185
JM

Contratos de Trabalho
• 4.1. Terceirização
• Terceirização é a transferência de uma empresa para outra da execução de quaisquer de
suas atividades, inclusive sua atividade principal.

• A empresa prestadora de serviços contrata, remunera e dirige o trabalho realizado por


seus trabalhadores, ou subcontrata outras empresas para realização desses serviços.

• Não se configura vínculo empregatício entre os trabalhadores, ou sócios das empresas


prestadoras de serviços, qualquer que seja o seu ramo, e a empresa contratante.

Está permitida a terceirização ampla, geral e irrestrita?


186
JM

Contratos de Trabalho
• 4.1. Terceirização
• Sumula 331 TST:

• CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE

• I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo


diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº
6.019, de 03.01.1974).
• ....

187
JM

Contratos de Trabalho
• 4.1. Terceirização
• Sumula 331 TST:

• CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE


• ....
• III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância
(Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços
especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade
e a subordinação direta.

• IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a


responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde
que haja participado da relação processual e conste também do título executivo judicial
188
JM

Contratos de Trabalho
• 4.1. Terceirização
• STF decide que é lícita a terceirização em todas as atividades empresariais
• Plenário conclui julgamento sobre o tema e, por sete votos a quatro, considera
licita a terceirização entre pessoas jurídicas distintas, independentemente do
objeto social das empresas envolvidas.
• O STF decidiu nesta quinta-feira (30) que é lícita a terceirização em todas as etapas
do processo produtivo, seja meio ou fim. Ao julgar a Arguição de Descumprimento
de Preceito Fundamental (ADPF) 324 e o Recurso Extraordinário (RE) 958252, com
repercussão geral reconhecida, sete ministros votaram a favor da terceirização de
atividade-fim e quatro contra.
• A tese de repercussão geral aprovada no RE foi a seguinte: “É licita a terceirização
ou qualquer outra forma de divisão do trabalho entre pessoas jurídicas distintas,
independentemente do objeto social das empresas envolvidas, mantida a
responsabilidade subsidiária da empresa contratante”.
189
JM

Contratos de Trabalho
• 4.1. Terceirização
• Requisitos para funcionamento da empresa prestadora de serviços: art. 4 B

• São requisitos para o funcionamento da empresa de prestação de serviços a terceiros:


• I – prova de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ);
• II – registro na Junta Comercial;
• III – capital social compatível com o número de empregados, observando-se os seguintes
parâmetros:
a) empresas com até 10 empregados – capital mínimo de R$ 10.000,00;
b) empresas com mais de dez e até 20 empregados – capital mínimo de R$ 25.000,00;
c) empresas com mais de 20 e até 50 empregados – capital mínimo de R$ 45.000,00;
d) empresas com mais de 50 e até 100 empregados – capital mínimo de R$ 100.000,00; e
e) empresas com mais de 100 empregados – capital mínimo de R$ 250.000,00. 190
JM

Contratos de Trabalho
• 4.1. Terceirização
• Isonomia de direitos
• São asseguradas aos empregados da empresa prestadora de serviços a que se refere o
art. 4o-A desta Lei, quando e enquanto os serviços, que podem ser de qualquer uma das
atividades da contratante, forem executados nas dependências da tomadora, as mesmas
condições: (art. 4 C)
• I - relativas a:
a) alimentação garantida aos empregados da contratante, quando oferecida em
refeitórios;
b) direito de utilizar os serviços de transporte;
c) atendimento médico ou ambulatorial existente nas dependências da contratante ou
local por ela designado;
d) treinamento adequado, fornecido pela contratada, quando a atividade o exigir.
• II - sanitárias, de medidas de proteção à saúde e de segurança no trabalho e de instalações
adequadas à prestação do serviço.
191
JM

Contratos de Trabalho
• 4.1. Terceirização
• Isonomia de direitos

• São asseguradas aos empregados da empresa prestadora de serviços a que se refere o


art. 4o-A desta Lei, quando e enquanto os serviços, que podem ser de qualquer uma das
atividades da contratante, forem executados nas dependências da tomadora, as mesmas
condições: (art. 4 C)
• ...

• § 1o Contratante e contratada poderão estabelecer, se assim entenderem, que os


empregados da contratada farão jus a salário equivalente ao pago aos empregados da
contratante, além de outros direitos não previstos neste artigo.
• § 2o Nos contratos que impliquem mobilização de empregados da contratada em número
igual ou superior a 20% (vinte por cento) dos empregados da contratante, esta poderá
disponibilizar aos empregados da contratada os serviços de alimentação e atendimento
ambulatorial em outros locais apropriados e com igual padrão de atendimento, com vistas
a manter o pleno funcionamento dos serviços existentes.
192
JM

Contratos de Trabalho
• 4.1. Terceirização
• Conceito de contratante

• Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com empresa de prestação
de serviços relacionados a quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal.
(art. 5º, com redação Lei 13467)

• § 1º É vedada à contratante a utilização dos trabalhadores em atividades distintas


daquelas que foram objeto do contrato com a empresa prestadora de serviços.
§ 2º Os serviços contratados poderão ser executados nas instalações físicas da empresa
contratante ou em outro local, de comum acordo entre as partes.
...

• § 3º É responsabilidade da contratante garantir as condições de segurança, higiene e


salubridade dos trabalhadores, quando o trabalho for realizado em suas dependências
ou local previamente convencionado em contrato.
193
JM

Contratos de Trabalho
• 4.1. Terceirização
• Conceito de contratante
• Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com empresa de prestação de
serviços relacionados a quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal. (art. 5º, com
redação Lei 13467)
• ...

• § 4º A contratante poderá estender ao trabalhador da empresa de prestação de serviços o mesmo


atendimento médico, ambulatorial e de refeição destinado aos seus empregados, existente nas
dependências da contratante, ou local por ela designado.

• § 5º A empresa contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas


referentes ao período em que ocorrer a prestação de serviços, e o recolhimento das contribuições
previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991.”
Art. 5º-B. O contrato de prestação de serviços conterá:
I – qualificação das partes;
II – especificação do serviço a ser prestado;
III – prazo para realização do serviço, quando for o caso;
IV – valor.” Contradição com o art. 4º C
194
JM

Contratos de Trabalho
• 4.1. Terceirização

• Vedações

• Não pode figurar como contratada, nos termos do art. 4o-A desta Lei, a pessoa jurídica
cujos titulares ou sócios tenham, nos últimos dezoito meses, prestado serviços à
contratante na qualidade de empregado ou trabalhador sem vínculo empregatício, exceto
se os referidos titulares ou sócios forem aposentados. (art. 5 C, com redação Lei 13467)

• O empregado que for demitido não poderá prestar serviços para esta mesma empresa na
qualidade de empregado de empresa prestadora de serviços antes do decurso de prazo de
dezoito meses, contados a partir da demissão do empregado. (art. 5 D, com redação Lei
13467)
195
JM

Contratos de Trabalho
• 4.2. Trabalho Temporário
• Lei nº 13.429, de 31 de março de 2017

• Art. 1o Os arts. 1o, 2o, 4o, 5o, 6o, 9o, 10, o parágrafo único do art. 11 e o art. 12 da Lei no
6.019, de 3 de janeiro de 1974, passam a vigorar com a seguinte redação:

• “Art. 1º As relações de trabalho na empresa de trabalho temporário, na empresa de


prestação de serviços e nas respectivas tomadoras de serviço e contratante regem-se por
esta Lei.” (NR)
• “Art. 2º Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada por uma
empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de
serviços, para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou
à demanda complementar de serviços.
• § 1o É proibida a contratação de trabalho temporário para a substituição de trabalhadores
em greve, salvo nos casos previstos em lei.
• § 2o Considera-se complementar a demanda de serviços que seja oriunda de fatores
imprevisíveis ou, quando decorrente de fatores previsíveis, tenha natureza intermitente,
periódica ou sazonal.” (NR)
197
JM

Contratos de Trabalho
• 4.2. Trabalho Temporário

• Lei nº 13.429, de 31 de março de 2017

• “Art. 4º Empresa de trabalho temporário é a pessoa jurídica, devidamente registrada no


Ministério do Trabalho, responsável pela colocação de trabalhadores à disposição de
outras empresas temporariamente.” (NR)

• Instrução Normativa 018, de 2014 SRT – Registro de empresa de trabalho temporário

• “Art. 5º Empresa tomadora de serviços é a pessoa jurídica ou entidade a ela equiparada


que celebra contrato de prestação de trabalho temporário com a empresa definida no art.
4o desta Lei.” (NR)
198
JM

Contratos de Trabalho
• 4.2. Trabalho Temporário

• Lei nº 13.429, de 31 de março de 2017

• “Art. 6º São requisitos para funcionamento e registro da empresa de trabalho temporário


no Ministério do Trabalho:
• a) a f) (revogadas);
• I - prova de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), do Ministério da
Fazenda;
• II - prova do competente registro na Junta Comercial da localidade em que tenha sede;
• III - prova de possuir capital social de, no mínimo, R$ 100.000,00 (cem mil reais).
• Parágrafo único. (Revogado).” (NR)
199
JM

Contratos de Trabalho
• 4.2. Trabalho Temporário
• Lei nº 13.429, de 31 de março de 2017

• “Art. 9º O contrato celebrado pela empresa de trabalho temporário e a tomadora de
serviços será por escrito, ficará à disposição da autoridade fiscalizadora no
estabelecimento da tomadora de serviços e conterá:
• I - qualificação das partes;
• II - motivo justificador da demanda de trabalho temporário;
• III - prazo da prestação de serviços;
• IV - valor da prestação de serviços;
• V - disposições sobre a segurança e a saúde do trabalhador, independentemente do local
de realização do trabalho.
200
JM

Contratos de Trabalho
• 4.2. Trabalho Temporário
• Lei nº 13.429, de 31 de março de 2017

• “Art. 9º...

• § 1o É responsabilidade da empresa contratante garantir as condições de segurança,


higiene e salubridade dos trabalhadores, quando o trabalho for realizado em suas
dependências ou em local por ela designado.

• § 2o A contratante estenderá ao trabalhador da empresa de trabalho temporário o


mesmo atendimento médico, ambulatorial e de refeição destinado aos seus empregados,
existente nas dependências da contratante, ou local por ela designado.

• § 3o O contrato de trabalho temporário pode versar sobre o desenvolvimento de


atividades-meio e atividades-fim a serem executadas na empresa tomadora de serviços.”
201
(NR)
JM

Contratos de Trabalho
• 4.3. Quarteirização
• A empresa prestadora de serviços contrata, remunera e dirige o trabalho realizado por
seus trabalhadores, ou subcontrata outras empresas para realização desses serviços. (§
1º do art. 4-A da Lei 6.019/1974 após as alterações trazidas pelas Leis 13.429 e
13.467/2017)

•A permissão trazida pelo dispositivo acima é a chamada quarteirização, quando uma


empresa prestadora de serviços terceirizados contrata outra para que esta última contrate
os empregados que atuarão na tomadora inicial.

• Nesse caso a tomadora também terá responsabilidade subsidiária, nos termos do § 5º do


art. 5-A da Lei 6019/1974.

204
JM

Contratos de Trabalho
• 4.4. Pejotização
• A denominação “pejotização” é utilizada pela doutrina e jurisprudência trabalhistas para se
referir à contratação de serviços pessoais, exercidos por pessoas físicas, com subordinação, não
eventualidade e onerosidade, realizada por meio de pessoa jurídica constituída especialmente
para esse fim, na tentativa de camuflar a relação de emprego evidentemente existente;

• A intenção do empregador é desonerar-se de encargos trabalhistas e previdenciários existentes


na relação e emprego, por meio deste arranjo fraudulento;

• Contudo, ao buscar o judiciário trabalhista o empregado, ainda que PJ, provavelmente terá êxito
em demonstrar a verdadeira relação de emprego existente, que poderá também ser verificada
por meio da fiscalização trabalhista;

• Vale ressaltar que a contratação de pessoa jurídica não é ilegal, como visto ao analisar o tema
terceirização. O que é ilegal é a contratação de pessoa física, que detém todos os requisitos da
relação de emprego, por meio de pessoa jurídica, com o intuito de burlar a legislação
trabalhista. 205
JM

Contratos de Trabalho
• 4.5. Trabalho Autônomo
• A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, com ou sem
exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado prevista no art.
3o desta Consolidação. (Art. 442-B)

• Art. 593 e seguintes código civil

206
JM

Contratos de Trabalho
• 4.5. Trabalho Autônomo
• Portaria MTB Nº 349, de 2018
• Art. 1º A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, com
ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado
prevista no art. 3º do Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, que aprova a
Consolidação das Leis do Trabalho.

• § 1º Não caracteriza a qualidade de empregado prevista no art. 3º da Consolidação das


Leis do Trabalho o fato de o autônomo prestar serviços a apenas um tomador de serviços.

• § 2º O autônomo poderá prestar serviços de qualquer natureza a outros tomadores de


serviços que exerçam ou não a mesma atividade econômica, sob qualquer modalidade de
contrato de trabalho, inclusive como autônomo.
• ...
207
JM

FIM
DA
UNIDADE IV
(Terceirização)
209
VI – Direito Coletivo do Trabalho
JM

Contratos de Trabalho

• 5. Direito Coletivo do Trabalho


• 5.1. Estrutura Sindical Brasileira
• 5.2. Negociação Coletiva
• 5.3. Negociado sobre o legislado
• 5.4. Contribuição Sindical
• 5.5. Representação de empregados

211
JM
Contratos de Trabalho
. Direito Coletivo do Trabalho
5.1. Estrutura sindical brasileira
.Organização Sindical

• CLT
• Sindicatos
• Federações
• Confederações

• Lei nº 11.648, de 2008

• Centrais Sindicais
• Considera-se central sindical, para os efeitos do disposto na Lei, a entidade
associativa de direito privado composta por organizações sindicais de
trabalhadores.
212
JM
Contratos de Trabalho
. Direito Coletivo do Trabalho
5.1. Estrutura sindical brasileira
.Liberdade Sindical

CF/88 – Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:

I – a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato,


ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a
intervenção na organização sindical;
...
V – ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;
...

213
JM
Contratos de Trabalho
. Direito Coletivo do Trabalho
5.1. Estrutura sindical brasileira
.Estabilidade do Dirigente Sindical

CF/88 – Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:

...
VIII – é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da
candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que
suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos
da lei.
...

214
JM
Contratos de Trabalho
. Direito Coletivo do Trabalho
5.1. Estrutura sindical brasileira
.Unicidade Sindical

CF/88 – Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:

...
II – é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau,
representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que
será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser
inferior à área de um Município;
...

215
JM
Contratos de Trabalho
. Direito Coletivo do Trabalho
5.1. Estrutura sindical brasileira
.Registro Sindical

• Certidão Sindical

• Portaria nº 17.593, de 2020

• CNES – Cadastro Nacional de Entidades Sindicais

216
JM
Contratos de Trabalho
. Direito Coletivo do Trabalho
5.1. Estrutura sindical brasileira
.Especialidade X Territorialidade Sindicato dos
empregados no
comércio do RN

Sindicato dos
empregados no
comércio em
Mossoró

Sindicato dos
empregados no
comércio em
farmácias do RN

217
JM
Contratos de Trabalho
. Direito Coletivo do Trabalho
5.2. Negociação Coletiva
.Constituição Federal de 1988

. Art. 7º ...
XXVI – reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;

.Art. 8º ...
VI – é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;

218
JM
Contratos de Trabalho
. Direito Coletivo do Trabalho
5.2. Negociação Coletiva
.Constituição Federal de 1988

Convenções coletivas

• Sindicato laboral x Sindicato patronal

Acordos coletivos

• Sindicato laboral x Empresa ou empresas

219
JM
Contratos de Trabalho
. Direito Coletivo do Trabalho
5.2. Negociação Coletiva
. Prevalência de ACT sobre CCT

As condições estabelecidas em acordo coletivo de trabalho sempre prevalecerão sobre


as estipuladas em convenção coletiva de trabalho. (CLT - Art. 620).

220
JM
Contratos de Trabalho
. Direito Coletivo do Trabalho
5.2. Negociação Coletiva
. Registro das Convenções e dos Acordos Coletivos de Trabalho

CLT – Art. 614...


§ 1º As Convenções e os Acordos entrarão em vigor 3 (três) dias após a data da entrega
dos mesmos no órgão referido neste artigo.

• ENUNCIADO Nº. 31 – CONVENÇÃO OU ACORDO COLETIVO DE TRABALHO.


PRAZO PARA DEPÓSITO.
I – O instrumento coletivo de trabalho deverá observar os requisitos de validade
dos atos e negócios jurídicos em geral, razão pela qual não será depositado
quando expirada sua vigência.
II – A alteração do instrumento coletivo por Termo Aditivo deve obedecer às
mesmas regras previstas para o depósito da solicitação de registro.
Ref.: arts. 613 e 614 da CLT; IN Nº 16, de 2013. 221
JM
Contratos de Trabalho
. Direito Coletivo do Trabalho
5.2. Negociação Coletiva
. Registro das Convenções e dos Acordos Coletivos de Trabalho

• Instrução Normativa nº 9, de 5 de agosto de 2008 – Sistema Mediador

Sistema Mediador

Disponibiliza todas convenções e acordos coletivos de trabalho

Acesso: www.trabalho.gov.br

222
JM
Contratos de Trabalho
. Direito Coletivo do Trabalho
5.2. Negociação Coletiva
. Prazo máximo de vigência de CCT ou ACT

Não será permitido estipular duração de convenção coletiva ou acordo coletivo de


trabalho superior a dois anos, sendo vedada a ultratividade. (CLT - art. 614, § 3º)

223
JM
Contratos de Trabalho
. Direito Coletivo do Trabalho
5.2. Negociação Coletiva
. Prazo máximo de vigência de CCT ou ACT

• Exemplo - ultratividade:

• Convenção 2016/2017:
• Cláusula 35ª - Obrigação de fornecimento de cesta básica

• Convenção 2017/2018:
• Ausência da cláusula - Permanece o direito
(Na convenção teria de constar expressamente que a cláusula 35ª da convenção
anterior não tem mais vigência)
224
JM
Contratos de Trabalho
. Direito Coletivo do Trabalho
5.2. Negociação Coletiva
. Categoria diferenciada – Súmula 374

• Regulamentação definida em lei em relação ao exercício da profissão

• Exemplos:

• Professores
• Vigilantes
• Motoristas

225
JM
Contratos de Trabalho
. Direito Coletivo do Trabalho
5.2. Negociação Coletiva
. Categoria diferenciada – Súmula 374

• SUM-374 NORMA COLETIVA. CATEGORIA DIFERENCIADA. ABRANGÊN 5.2.


Negociação Coletiva CIA (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 55 da SBDI-
1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005

Empregado integrante de categoria profissional diferenciada não tem o direito


de haver de seu empregador vantagens previstas em instrumento coletivo no
qual a empresa não foi representada por órgão de classe de sua categoria. (ex-
OJ nº 55 da SBDI-1 - inserida em 25.11.1996)

226
JM
Contratos de Trabalho
. Direito Coletivo do Trabalho
5.2. Negociação Coletiva
. Categoria diferenciada – Súmula 374

Exemplo:

Supermercado – contratação de motorista

CCT supermercado:
Piso: R$ 1.200,00 e adicional de horas extras: 80%

CCT transporte de cargas:


Piso: R$ 2.300,00 e adicional de horas extras: 70%

227
JM
Contratos de Trabalho
. Direito Coletivo do Trabalho
5.3. Negociado sobre o legislado
• CLT – Art. 611 A - A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm
prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:

I – pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais;


II – banco de horas anual;
III – intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para
jornadas superiores a seis horas;
IV – adesão ao Programa Seguro-Emprego (PSE), de que trata a Lei nº 13.189, de
2015;
...

232
JM
Contratos de Trabalho
. Direito Coletivo do Trabalho
5.3. Negociado sobre o legislado
• CLT – Art. 611 B – Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo
coletivo de trabalho, exclusivamente, a supressão ou a redução dos seguintes
direitos:

I – normas de identificação profissional, inclusive as anotações na CTPS;


II – seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III – valor dos depósitos mensais e da indenização rescisória do FGTS;
IV – salário mínimo;
...

239
JM
Contratos de Trabalho
. Direito Coletivo do Trabalho
5.3. Negociado sobre o legislado
• CLT – Art. 611 B – Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo
coletivo de trabalho, exclusivamente, a supressão ou a redução dos seguintes
direitos:
...
V – valor nominal do décimo terceiro salário;
VI – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
VII – proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
VIII – salário-família;

240
JM
Contratos de Trabalho
. Direito Coletivo do Trabalho
5.3. Negociado sobre o legislado
• CLT – Art. 611 B – Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo
coletivo de trabalho, exclusivamente, a supressão ou a redução dos seguintes
direitos:
...
XXV – igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício
permanente e o trabalhador avulso;
XXVI – liberdade de associação profissional ou sindical do trabalhador, inclusive o
direito de não sofrer, sem sua expressa e prévia anuência, qualquer cobrança ou
desconto salarial estabelecidos em convenção coletiva ou acordo coletivo de
trabalho;
...

246
JM
Contratos de Trabalho
. Direito Coletivo do Trabalho
5.3. Negociado sobre o legislado
. Trabalhadores hipersuficientes

A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo aplica-se às hipóteses


previstas no art. 611-A desta Consolidação, com a mesma eficácia legal e
preponderância sobre os instrumentos coletivos, no caso de empregado portador
de diploma de nível superior e que perceba salário mensal igual ou superior a duas
vezes o limite máximo dos benefícios do RGPS. (art. 444, PU)

Nos contratos individuais de trabalho cuja remuneração seja superior a duas vezes o
limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS, poderá ser pactuada
cláusula compromissória de arbitragem, desde que por iniciativa do empregado ou
mediante a sua concordância expressa, nos termos previstos na Lei nº 9.307, de 23
de setembro de 1996. (CLT – Art. 507 A) – Possibilidade de arbitragem
249
JM
Contratos de Trabalho
. Direito Coletivo do Trabalho
5.4. Contribuição Sindical
. Contribuição Sindical Laboral

CLT – Art. 545. Os empregadores ficam obrigados a descontar da folha de


pagamento dos seus empregados, desde que por eles devidamente autorizados, as
contribuições devidas ao sindicato, quando por este notificados. (Redação dada pela
Lei nº 13.467, de 2017)

Parágrafo único - O recolhimento à entidade sindical beneficiária do importe


descontado deverá ser feito até o décimo dia subseqüênte ao do desconto, sob pena
de juros de mora no valor de 10% (dez por cento) sobre o montante retido, sem
prejuízo da multa prevista no art. 553 e das cominações penais relativas à
apropriação indébita. (Incluído pelo Decreto-lei nº 925, de 10.10.1969) 250
JM
Contratos de Trabalho
. Direito Coletivo do Trabalho
5.4. Contribuição Sindical
. Contribuição Sindical Laboral

CLT – Art. 579. O desconto da contribuição sindical está condicionado à autorização


prévia e expressa dos que participarem de uma determinada categoria econômica
ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato representativo da
mesma categoria ou profissão ou, inexistindo este, na conformidade do disposto no
art. 591 desta Consolidação. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)

251
JM
Contratos de Trabalho
. Direito Coletivo do Trabalho
5.4. Contribuição Sindical
. Contribuição Sindical Laboral – Jurisprudência STF

• Improcedente a ADI 5794, que pedia a declaração da inconstitucionalidade do


fim da compulsoriedade da contribuição sindical

• Procedente a ADC 55, que pedia o reconhecimento da sua


constitucionalidade.

• Em março de 2020, a Ministra Carmem Lúcia, do STF, em decisão proferida


nos autos da Reclamação 36.185 RJ, cassou decisão do TRT da 1º região, que
havia autorizado o desconto em folha da contribuição sindical aprovada em
assembleia com participação dos trabalhadores da categoria.

259
JM
Contratos de Trabalho
. Direito Coletivo do Trabalho
5.4. Contribuição Sindical
. Contribuição Sindical Patronal

CLT – Art. 587. Os empregadores que optarem pelo recolhimento da contribuição


sindical deverão fazê-lo no mês de janeiro de cada ano, ou, para os que venham a se
estabelecer após o referido mês, na ocasião em que requererem às repartições o
registro ou a licença para o exercício da respectiva atividade. (Redação dada pela Lei
nº 13.467, de 2017)

260
JM
Contratos de Trabalho
. Direito Coletivo do Trabalho
5.4. Contribuição Sindical
. Contribuição Sindical Laboral

CLT – Art. 583....

§ 2º - O comprovante de depósito da contribuição sindical será remetido ao


respectivo Sindicato; na falta deste, à correspondente entidade sindical de grau
superior, e, se for o caso, ao Ministério do Trabalho.

Portaria 488, de 2005 - GRCSU - Guia de Recolhimento da Contribuição Sindical


Urbana

261
JM
Contratos de Trabalho
. Direito Coletivo do Trabalho
5.5. Representação de Empregados
.Representação Sindical

CF/88 – Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:

...

III – ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da


categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;

...

262
JM
Contratos de Trabalho
. Direito Coletivo do Trabalho
5.5. Representação de Empregados
. Constituição da Comissão de empregados

CLT – Art. 510-A. Nas empresas com mais de duzentos empregados, é assegurada a
eleição de uma comissão para representá-los, com a finalidade de promover-lhes o
entendimento direto com os empregadores.

§ 1º A comissão será composta:


I – nas empresas com mais de duzentos e até três mil empregados, por três
membros;
II – nas empresas com mais de três mil e até cinco mil empregados, por cinco
membros;
III – nas empresas com mais de cinco mil empregados, por sete membros.
263
...
JM
Contratos de Trabalho
. Direito Coletivo do Trabalho
5.5. Representação de Empregados
. Atribuições

CLT – Art. 510-B. A comissão de representantes dos empregados terá as seguintes


atribuições:
I – representar os empregados perante a administração da empresa;
II – aprimorar o relacionamento entre a empresa e seus empregados com base nos
princípios da boa-fé e do respeito mútuo;
III – promover o diálogo e o entendimento no ambiente de trabalho com o fim de
prevenir conflitos;
...

265
JM
Contratos de Trabalho
. Direito Coletivo do Trabalho
5.5. Representação de Empregados
. Eleições

CLT – Art. 510-C. A eleição será convocada, com antecedência mínima de trinta dias,
contados do término do mandato anterior, por meio de edital que deverá ser fixado
na empresa, com ampla publicidade, para inscrição de candidatura.
§ 1º Será formada comissão eleitoral, integrada por cinco empregados, não
candidatos, para a organização e o acompanhamento do processo eleitoral, vedada
a interferência da empresa e do sindicato da categoria.
§ 2º Os empregados da empresa poderão candidatar-se, exceto aqueles com
contrato de trabalho por prazo determinado, com contrato suspenso ou que estejam
em período de aviso prévio, ainda que indenizado.
... 268
JM
Contratos de Trabalho
. Direito Coletivo do Trabalho
5.5. Representação de Empregados
. Eleições

CLT – Art. 510-C. ...

§ 3º Serão eleitos membros da comissão de representantes dos empregados os


candidatos mais votados, em votação secreta, vedado o voto por representação.

§ 4º A comissão tomará posse no primeiro dia útil seguinte à eleição ou ao término


do mandato anterior.

...
269
JM
Contratos de Trabalho
. Direito Coletivo do Trabalho
5.5. Representação de Empregados
. Estabilidade dos membros

CLT – Art. 510-D. O mandato dos membros da comissão de representantes dos


empregados será de um ano.
...
§ 3º Desde o registro da candidatura até um ano após o fim do mandato, o
membro da comissão de representantes dos empregados não poderá sofrer
despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo
disciplinar, técnico, econômico ou financeiro.
...

272
JM
Contratos de Trabalho
. Direito Coletivo do Trabalho
5.5. Representação de Empregados
. Portaria MTB Nº 349, de 2018

Art. 8º A comissão de representantes dos empregados a que se refere o Título IV-A


da Consolidação das Leis do Trabalho não substituirá a função do sindicato de
defender os direitos e os interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive
em questões judiciais ou administrativas, hipótese em que será obrigatória a
participação dos sindicatos em negociações coletivas de trabalho, nos termos do
incisos III e VI do caput do art. 8º da Constituição Federal.

274
JM

FIM
DA
UNIDADE V
(Direito Coletivo do Trabalho)
275
FIM
DO
MÓDULO
(Contratos de Trabalho)
276
JM

Contratos de Trabalho

.Muito obrigado!

Espero encontrá-los em
breve...e presencialmente! ;-)

277

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