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1 INTRODUÇÃO
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Módulo II – Direitos Humanos e Transdisciplinaridade
Prof. Dr. Gilmar Antoniassi Junior
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3. Amplitude e Holismo:
o Transdisciplinaridade: Vai além da interdisciplinaridade, buscando uma compreensão
global e holística do objeto de estudo, transcendendo as fronteiras disciplinares. Integra não
apenas conhecimentos, mas também valores, experiências e perspectivas culturais.
5. Inovação e Criatividade:
o Transdisciplinaridade: Pode estimular a inovação ao promover a conexão de ideias
aparentemente não relacionadas, gerando abordagens e soluções criativas para problemas
complexos.
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Para que a prática transdisciplinar ocorra é preciso aderir ao que Roberto Juarroz chama
de uma nova expressão transdisciplinar - a atitude transdisciplinar. O significado etimológico
da palavra "atitude" remete à "aptidão para manter uma postura". Seu antônimo, evidentemente,
é "impostura". Na perspectiva transdisciplinar, a atitude representa a capacidade, seja individual
ou social, de manter uma direção constante, inalterável diante da complexidade das situações e
das contingências da vida. Socialmente, essa direção corresponde ao fluxo de informação que
atravessa os distintos níveis de Realidade, enquanto, no âmbito individual, refere-se ao fluxo
de consciência que percorre os diversos níveis de percepção. A manutenção de uma direção
constante na travessia desses diferentes níveis de Realidade garante uma efetividade crescente
em nossas ações no mundo e na vida coletiva, seja em nível nacional, étnico ou global.
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indivíduos, pois o espaço exterior e o espaço interior são duas faces de um único e mesmo
mundo. A transdisciplinaridade, portanto, pode ser compreendida como a ciência e a arte de
descobrir essas pontes.
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entre níveis estruturados em função da criatividade pessoal. Estes não seriam níveis impostos
pela competição, desconsiderando a dimensão interior do ser humano, mas sim níveis que
refletiriam verdadeiramente o ser.
Para que as normas de uma coletividade sejam respeitadas, elas devem ser validadas
pela experiência interior de cada ser. A atitude transcultural, transreligiosa, transpolítica e
transnacional nos permite compreender mais profundamente nossa própria cultura, defender de
maneira mais eficaz nossos interesses nacionais e respeitar de forma mais completa nossas
convicções religiosas ou políticas.
Aprender a ser pode parecer, à primeira vista, um enigma insolúvel. Sabemos que
existimos, mas como aprender a ser? Podemos iniciar esse processo entendendo que a palavra
"existir" implica descobrir nossos condicionamentos, identificar a harmonia ou desarmonia
entre nossa vida individual e social, e avaliar as bases de nossas convicções para descobrir o
que se encontra abaixo delas. O questionamento contínuo, no qual o espírito científico
desempenha um papel crucial, é fundamental. A aprendizagem de ser também é um processo
contínuo no qual os professores instruem os alunos tanto quanto os alunos instruem os
professores. A formação integral de uma pessoa inevitavelmente incorpora a dimensão
transpessoal. O desrespeito por essa necessária integração explica, em grande parte, uma das
tensões fundamentais de nossa era: a dicotomia entre o material e o espiritual.
Há uma relação clara entre os quatro pilares do novo sistema de educação: aprender a
fazer, aprendendo a conhecer e aprender a ser, aprendendo a viver juntos. Na perspectiva
transdisciplinar, uma transrelação conecta esses pilares, originando-se em nossa própria
constituição como seres humanos.
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Uma escola universal, sob a égide dos Direitos Humanos, deve ser inclusiva, acessível
e respeitar a diversidade em todas as suas formas. Isso implica não apenas o acesso físico, mas
também o reconhecimento e a valorização das diversas identidades, culturas e perspectivas. A
educação transdisciplinar, ao abraçar a multiplicidade de conhecimentos e experiências, alinha-
se naturalmente com os princípios inclusivos dos Direitos Humanos.
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5 INDICAÇÕES DO PROFESSOR
Leituras Complementares
Garcia, Joe. O futuro das práticas de interdisciplinaridade na escola. Rev. Diálogo Educ.,
Curitiba, v. 12, n. 35, p. 211-232, abr. 2012. Disponível em
<http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-
416X2012000100011&lng=pt&nrm=iso>.
Pires, Marília Freitas de Campos. Multidisciplinaridade, interdisciplinaridade e
transdisciplinaridade no ensino. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, v. 2, n. 2, p.
173–182, fev. 1998. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/icse/a/DC3DXHvJpTYfKzNdrRgX9Nj/?form#
Azevêdo, Nelma Menezes Soares de. Leitura literária e transdisciplinaridade : uma ponte
possível para os direitos humanos com crianças em sala de aula. 2016. 122 f. Dissertação
(Programa de Pós-Graduação Associado em Educação, Culturas e Identidades) -
Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife. Disponível em:
http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/bitstream/tede2/5304/2/Nelma%20Menezes%20Soar
es%20de%20Azevedo.pdf
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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disciplinas tradicionais revela-se como uma estratégia eficaz para promover a interconexão de
conhecimentos e o desenvolvimento de habilidades essenciais para a vida.
Particularmente notável foi a reflexão sobre a aplicabilidade da transdisciplinaridade no
universo escolar para discutir os Direitos Humanos. A abordagem transdisciplinar proporciona
uma lente única para explorar as complexidades das questões humanas, permitindo que os
estudantes compreendam as interações entre diferentes dimensões da sociedade.
Ao integrar os princípios dos Direitos Humanos nos projetos transdisciplinares, criamos
oportunidades para os alunos não apenas absorverem informações, mas também para
internalizarem valores fundamentais, como dignidade, igualdade e liberdade. A sala de aula se
transforma em um espaço dinâmico, onde a diversidade é celebrada, e os estudantes são
capacitados a se tornarem cidadãos críticos, conscientes e engajados.
Neste módulo, não apenas discutimos teorias, mas também exploramos práticas
concretas que podem moldar a educação do futuro. A transdisciplinaridade emerge como uma
ferramenta poderosa para construir uma escola mais inclusiva, reflexiva e alinhada com os
ideais dos Direitos Humanos. Ao encerrarmos este módulo, carregamos não apenas
conhecimento, mas a inspiração para transformar a sala de aula em um espaço que nutre não
apenas mentes brilhantes, mas também corações comprometidos com a construção de um
mundo mais justo e humano.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Cabral, S.; Cyrulnik, B. (orgs.). Resiliência: como tirar leite de pedra. São Paulo, Brasil: Casa
do Psicólogo, 2015.
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