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Psicologia da
Inteligência
O HÁBITO E A INTÊLIGENCIA
Independências ou derivações diretas
Jean Piaget, em sua teoria do desenvolvimento cognitivo, aborda a relação
entre hábito e inteligência. Segundo Piaget, o hábito e a inteligência estão
inter-relacionados, mas são aspectos diferentes do funcionamento mental.
Piaget argumenta que a inteligência não é apenas a reprodução do que já
existe, mas é construída pela criança ativamente, à medida que ela interage
com o ambiente. Nesse processo, a criança busca um equilíbrio entre
assimilação (incorporação de novas informações aos esquemas existentes) e
acomodação (ajuste dos esquemas para acomodar novas informações), o que
eventualmente leva a uma compreensão mais independente e autônoma do
mundo ao seu redor.
Na teoria de Piaget, associação se refere à conexão entre estímulos externos
e respostas comportamentais. É uma ideia associada a teorias de aprendizado
que se concentram nas relações entre estímulos externos e respostas. No
entanto, Piaget enfatiza que a simples associação não é suficiente para
explicar o desenvolvimento cognitivo.
Piaget argumenta que a assimilação desempenha um papel crucial na
formação do conhecimento, pois as pessoas não simplesmente associam
informações externas, mas as interpretam e as integram em suas estruturas
mentais existentes. Portanto, a simples associação não é apenas uma
reprodução direta da realidade externa, mas é filtrada e processada através
das estruturas mentais internas de cada indivíduo.
ASSIMILAÇÃO SENSÓRIO-MOTORA
Desenvolvimento das operações formais: O início das operações formais por volta
dos 11-12 anos requer uma reconstrução para transcender os agrupamentos
concretos, marcando uma mudança significativa em relação ao pensamento
concreto.
Uma conduta é um intercâmbio funcional entre o sujeito e os objetos, que pode ser ordenado segundo uma
sucessão genética baseada nas distâncias espaciais e temporais que caracterizam os trajetos dos intercâmbios.
Os níveis de desenvolvimento do pensamento operatório são: inteligência sensório-motora, pensamento
representativo (simbólico e intuitivo), operações concretas e operações formais, cada nível é caracterizado por
uma nova coordenação e uma diferenciação dos elementos fornecidos pelos níveis anteriores, que constituem
totalidades de ordem inferior.
A inteligência sensório-motora é o nível pré-simbólico, em que o sujeito interage diretamente com o objeto por
meio de esquemas perceptivos, habituais e sensório-motores. Nesse nível, há uma indiferenciação entre os
agrupamentos espaciotemporais, lógico-aritméticos e práticos.
O pensamento representativo é o nível em que o sujeito evoca os objetos ausentes por meio de símbolos ou
imagens. Nesse nível, há uma diferenciação entre os agrupamentos práticos e a representação, mas ainda há uma
indiferenciação entre as operações lógico-aritméticas e as operações espaçotemporais.
As operações concretas são o nível em que o sujeito realiza operações reversíveis sobre objetos presentes ou
representados. Nesse nível, há uma diferenciação entre as operações lógico-aritméticas (classes, relações e
números) e as operações espaçotemporais ou infralógicas.
As operações formais são o nível em que o sujeito realiza operações hipotético-dedutivas sobre proposições verbais
ou simbólicas. Nesse nível, há uma diferenciação entre as operações associadas à ação real e as operações que
incidem sobre o universo do possível.
A DETERMINAÇÃO DA SAÚDE MENTAL
Existem testes de nível, que visam estimar o grau de retardo ou de avanço dos indivíduos
em relação à idade média estatística. Esses testes foram iniciados por Binet e Simon, e se
baseiam em uma variedade de provas que avaliam o rendimento global da inteligência,
sem atingir as operações construtoras. Os testes de fatores, que visam diferenciar as
diversas aptidões especiais envolvidas no mecanismo do pensamento. Esses testes foram
desenvolvidos por Spearman e sua Escola, e se baseiam em métodos estatísticos para
deduzir as correlações entre os resultados das provas. Um dos fatores propostos por
Spearman é o "fator g", que exprime a inteligência geral ou a eficiência comum do
indivíduo. Os testes de operações, que visam determinar as próprias operações à
disposição do indivíduo, no sentido genético e construtivo, foram aplicados por Inhelder,
que utilizou a noção de agrupamento para diagnosticar o raciocínio dos débeis mentais,
dos imbecis e dos retardados simples. Esses testes se baseiam na análise das noções de
conservação da substância, que indicam os níveis de desenvolvimento das operações
concretas e formais