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Assim como Piaget, Wallon divide o desenvolvimento em etapas, que para ele são
cinco: impulsivo-emocional; sensório-motor e projetivo; personalismo; categorial; e
puberdade e adolescência. Ao longo desse processo, a afetividade e a inteligência se
alternam. No primeiro ano de vida, a função que predomina é a afetividade. O bebê a
usa para se expressar e interagir com as pessoas, que reagem a essas manifestações e
intermediam a relação dele com o ambiente. Depois, na etapa sensório-motora e
projetiva, a inteligência prepondera. É o momento em que a criança começa a andar,
falar e manipular objetos e está voltada para o exterior, ou seja, para o conhecimento.
Essas mudanças não significam, no entanto, que uma das funções desaparece. Como
explica Izabel Galvão no livro Henri Wallon: Uma Concepção Dialética do
Desenvolvimento Infantil, "apesar de alternarem a dominância, afetividade e cognição
não são funções exteriores uma à outra. Ao reaparecer como atividade predominante,
uma incorpora as conquistas da anterior".
Wallon mostra que a afetividade é expressa de três maneiras: por meio da emoção, do
sentimento e da paixão. Essas manifestações surgem durante toda a vida do indivíduo,
mas, assim como o pensamento infantil, apresentam uma evolução, que caminha do
sincrético para o diferencial. A emoção, segundo o educador, é a primeira expressão da
afetividade. Ela tem uma ativação orgânica, ou seja, não é controlada pela razão.
Quando alguém é assaltado e fica com medo, por exemplo, pode sair correndo mesmo
sabendo que não é a melhor forma de reagir.
O sentimento, por sua vez, já tem um caráter mais cognitivo. Ele é a representação da
sensação e surge nos momentos em que a pessoa já consegue falar sobre o que lhe afeta
- ao comenta um momento de tristeza, por exemplo. Já a paixão tem como característica
o autocontrole em função de um objetivo. Ela se manifesta quando o indivíduo domina
o medo, por exemplo, para sair de uma situação de perigo. .
Pelo fato de ser mais visível que as outras duas manifestações, a emoção é tida por
Wallon como a forma mais expressiva de afetividade e ganha destaque dentro de suas
obras. Ao observar as reações emotivas, ele encontra indicadores para analisar as
estratégias usadas em sala de aula (leia a questão de concurso acima). "Se o professor
consegue entender o que ocorre quando o aluno está cansado ou desmotivado, por
exemplo, é capaz de usar a informação a favor do conhecimento, controlando a
situação", explica Laurinda. Não é possível falar em afetividade sem falar em emoção,
porém os dois termos não são sinônimos. Na próxima reportagem da série, você vai
conhecer mais a fundo as teorias de Wallon sobre essa importante expressão, tida como
o primeiro recurso de interação do indivíduo com o meio.
Conceitos de Piaget
2. Princípios Fundamentais:
3. Períodos de desenvolvimento
Conceitos de Vygostky
ZONAS DE DESENVOLVIMENTO
1.3 Mediação semiótica
1.4 A Internalização
A relação professor e aluno não deve ser uma relação de imposição, mas sim
uma relação de cooperação, de respeito e de crescimento. O aluno deve ser
considerado um sujeito interativo no seu processo de construção de
conhecimento.
O educador seria o suporte, ou andaime para que a aprendizagem do aluno a
um conhecimento novo seja satisfatória, para isso o professor tem que interferir
na ZDP do aluno para utilizar alguma metodologia. Para Vygotsky essa se dava
através da linguagem, do dialogo entre professor aluno.
Os conceitos de Vygotsky percebidos no contexto educacional nos permitem
perceber a escola como o local onde há intencionalidade na intervenção
pedagógica e que isso promove o processo de ensino-aprendizagem. Nesse
ínterim, o professor interfere objetivo, intencional e diretamente na zona de
desenvolvimento proximal.
O aluno é percebido como aquele que aprende os valores, linguagem e o
conhecimento que seu grupo social produz a partir da interação com o outro,
no caso, o professor.