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HISTÓRICO
Revolução biotecnológica anos 60 e 70 com grandes avanços na biologia
molec, celular, bioquim e engenharia.
Otimização da manipulação genética de microrganismos (DNA recombinante)
A nova biotecnologia utiliza células e molec biologicas para a solução de
problemas ou produção de produtos uteis
As moléculas mais utilizadas são ác nucleicos (DNA e RNA) e proteínas
(enzimas). Os carboidratos são importantes no reconhecimento celular e
molecular (ex: interação Ag-Ac)
As células mais utilizadas podem ser oriundas em cultura, microrganismos
(bactéria, levedura...)
FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA
HISTORICO
Cana-de-açucar é trazida da ilha da Madeira em 1532, interligação das
industrias de açúcar e álcool no BR
Crise internacional de 29 instalação da 1’ destlaria de álcool anidro (1931).
Decreto 19.717: mistura de 5% de etanol na gasolina
Crise internacional do petróleo (1974) criação do programa Proalcool. Em
poucos anos a prod Brás sobre de 700kkL/ano para 15kkkL/ano
SUBSTRATO
Matérias primas é preciso considerar seu volume de produção, rendimento
industrial e custo de fabricação (produção) isso impacta no preço do
combustivel
*é mais barato obter álcool da cana do que do milho. O milho é rico em amido,
e a levedura não possui enzimas aminoliticas. É preciso colocar essas enzimas
para degradar o amido em sacarose (sacarificação) e aí fermentar o açúcar. Da
cana extrai o caldo que é rico em sacarose, e a levedura fermenta facilmente a
sacarose.
*a levedura também não tem enzimas celulolíticas para quebrar a celulose,
tendo que também passar por um tratamento antes da levedura fermentar. A
celulose Tb está misturada com outras substancias da planta, como a lignina,
que possui pentoses e hidrocarbonetos que inibem a ação das leveduras
Classificação
Matérias açucaradas (cana, sorgo sacarino)
Matérias amilaceas e feculentas (grãos amilaceos)
Matérias celulosicas (palhas, madeiras)
No BR temos destaque para a cana desde os tempos de colônia e atualmente
milho, mandioca e materias celulósicas mostram potencial.
A composição das matérias primas varia com a idade, região, condição
climática, colheita, transporte, armazenamento e industrialização
Tipos de substratos
Melaço resíduos da classificação do açúcar que não são mais utilizados
para a sepaaração da sacarose
Composto por 62% de açucares, 20 de água, 8 de cinzas, 3 de matérias
nitrogenadas e 7 de outros varia de acordo com o processo de produção do
açúcar. Em geral, o melaço tem cerca de 50% de açucares fermentáveis*
*o melaço tem que ser diluído para ser fermentado, pois a osmolaridade de
açucares é muito alta para a levedura
Outras matérias primas arroz, centeio, cevada, milheto, trigo, batata, batata-
doce
Possuem baixa produtividade agrícola, competição por fontes alimentares
FERMENTAÇÃO ALCOOLICA
Rota bioquim:
Piruvato piruvato descarboxilase (libera CO2) aldeído acético álcool
desidrogenase (NADH em NAD+) etanol biocombustível ou bebidas
*a industria de bebidas está interessada no etanol produzido e nos metabolitos
secundários, que serão responsáveis por dar o aroma e sabor da bebida.
ESTEQUIOMETRIA
1 mol GLC (180g) 2 mols etanol (92g) + 2 mols CO2 (88g)
*nunca é 100% (as leveduras usadas atualmente produzem 88-92% de
sacarose em etanol), pois a glicose tb é utilizada para produção de ATP,
biossintese – multiplicação da levedura. O glicerol Tb é produzido em paralelo
com o etanol.
* a [glicose] na fermentação determina quando já está bom para ir para a
destilação.
FERMENTAÇÃO ALCOOLICA
Glicose etanol + Co2
O etanol é tóxico também as leveduras em altas concentrações. Portanto a
“domesticação” delas para uso industrial passou por adaptações evolutivas que
aumentaram sua robustez contra situações fermentativas estressantes.
Produtos secundários da fermentação relacionados direta ou indiretamente
a adaptação e sobrevivência (glicerol, ác orgânicos – succínico principalmente,
alcoóis superiores, biomassa, etc)
*no inicio da produção de etanol no BR fez perceber que com o tempo as
leveduras utilizadas foram sendo substituídas por leveduras selvagens de
acordo com o decorrer das fermentações. Isso fez com que fosse descoberto
várias outras leveduras fermentadoras mais “potentes”.
Ex: VRI (2n), PEZ (2n), CAT1 (2n), FTSS8L (3n) – leveduras haploides
geralmente não são usadas pois as haploides sofrem mutações facilmente com
a aplicação de estresse. A triploide geneticamente resiste mais
Agente fermentador
A levedura Saccharomyces cerevisiae e espécies evolutivamente próximas são
as mais utilizadas em fermentação alcoólica. Bactérias, entre as quais a
Zymomonas mobilis são capazes de produzir rtanol mas não tão eficientemente
como as leveduras.
O desempenho do processo fermentativo é enormemente afetado pela
levedura que realiza a fermentação.
Leveduras selvagens encontradas na região da destilaria podem ser isoladas e
selecionadas para ID de uma cepa (linhagem) que apresente o fenótipo
desejado. Entretanto muitas leveduras selvagens podem acarretar problemas
na fermentação (baixo rendimento, formação excessiva de espuma e
floculação – leveduras se agrupam em formato de cacho de uva, sedimentando
e diminuindo o contato com a glicose). Ex: usinas que se localizam em altas
temperaturas precisam de leveduras termorresistentes, onde cepas de
leveduras selvagens termorresistentes ajudam a modificar a levedura utilizada
para a fermentação alcoólica.
Temperatura
As leveduras sao mesófilas (tem ótima entre 25-35ºC). Maiores que 35
diminuem a viabilidade celular (por maior toxidez ao etanol Tb) alem de permitir
maior perda de etanol por evaporação em dornas abertas.
pH
As fermentações se desenvolvem em uma faixa de pH entre 4 e 5.5. Os
mostos industriais geralmente tem pH entre 4.5 e 5.5, com boa capacidade
tamponante. No bioetanol brasileira faz-se a lavagem das células (1h) a cada
ciclo fermentativo em pH ácido (2 a 2.5) no intuito de se reduzir a contaminação
bacteriana. Ao final da fermentação alcoólica o pH varia entre 3.5 e 4
normalmente – ocorre uma acidificação ocasionada pelos ác succinico, acético
e alguns orgânicos, e a formação d eum gradiente de prótons que a levedura
cria durante o processo fermentativvo (a levedura tem uma boba de prótons –
próton-ATPse para jogar os prótons para fora da célula, acidificando o meio.
Ela cria um gradiente eletroquímico – o lado de fora fica mais positivo e o intra
fica negativo – isso facilita o transporte da glicose para dentro da levedura.
Inibidores da fermentação
O próprio etanol é um inibidor do processo fermentativo a me Dida em que ele
se acumula nas dornas. Alem disso, outras substancias podem afetar
negativamente o processo fermentativo (ex: alumínio e sufito) – regiões com o
solo rico em Al passa o minério para a cana, e o caldo vai ter o Al, que inibe
varias enzimas importantes para o processo fermentativo
Concentrações de açucares
Aumentando-se a concentração de açucares aumenta-se a produtividade de
etanol ate um limite que varia de acordo com a levedura empregada. Elevados
teores de açúcar ocasionam estresse hiperosmotico, que leva a maior
produção de glicerol e menor rendimento alcoólico.
Concentração do inoculo
Maiores concentrações de levedura na dona permitem fermentações mais
rápidas, com maior produtividade e maior controle sobre bactérias
contaminantes, alem de restringir o crescimento da própria levedura
(biomassa). As dornas tem entre 10-20% de biomassa, variando a viabildiade
celular da mesma durante a safra – essa proporção é próxima da máxima do
crescimento ótimo da levedura, evitando que a levedura se multiplique e
consuma a glicose em vez de transformá-la em etanol
Para a multiplicação celular, o oxigenio é indispensável para a multiplicação da
levedura. Quando não se quer multiplicação, coloca-se em situaçãod e
anaerobiose. A formação de CO2 na produção de etanol traz o
desfavorecimento de multiplicação da levedura, tendo pouco O2 solubilizado no
fermentador
Contaminação bacteriana
Como a fermentação industrial, pela dimensão do processo não pode ser
realizada em condições de completa assepsia, ocorrem contaminações
bacterianas, principalmente de Lactobacillus e Bacillus. A contaminação
aumenta o tempo de fermentação e diminui o rendimento alcoólico, alem de
ocasionar estresse a levedura selecionada do processo (ex: formação do ác
lático) – por isso que deve ser feita a lavagem em pH ácido
O uso de antissépticos (pentaclorofenol, hexaclorofeno, sulfato de cobre)
podem reduzir a contaminação bacteriana. Pore, podem afetar Tb as
leveduras. O seu uso é restrito à industria, estando alguns deles inclusive com
o uso proibido nos últimos anos.
Os antibióticos podem ser utilizados como antissépticos, ficando a escolha
dependente de seu custo de tratamento. a penicilina é um bom inibidor de
contaminações (500 a 1k U.I/L de mosto). Destacam-se o cloranfenicol,
tetracilina, clorotetracclina, virginiamicina.
PREPARO DO INOCULO
Uso de leveduras selecionadas – ideal. Em destilarias de aguardente utiliza-se
leveduras selvagens (fermentação espontânea). Na panificação leveduras
úmidas e prensadas ou secas e granuladas (estabilidade muito alta)
Inoculação inicial total ou intermitente
Vai aumentando o colume de açúcar de acordo com o meio de cultura –
aumenta o grau de eficiência de multiplicação.
Fermentadores para multiplicação possuem fornecimento de O2 e agitação
para ter a formação de biomassa. Geralmente ao termino da multiplicação, a
inoculação é imediata – pode deixar as células em temperaturas baixas (+-5ºC)
para entrarem em período de latência.
TUMULTUOSA
Desprendo,enmto volumoso e intenso de CO2
Fase de maior tempo de duração
A temp eleva-se (necessidade de refrigeração em alguns casos)
Formação de espuma pode ser problemática
Complementar
Diminuição da intensidade do desprendimento de CO2
Diminuição de temp
Concentração de açucares chega ao fim ou ao perto do fim
SISTEMAS DE FERMENTAÇÃO
Descontínuo
Sistema de cortes faz uma divisão meio/meio da primeira fermentação e
completa com mosto novo – faz a segunda fermentação. Um dos
fermentadores vai para destilação. O outro tanque é dividido meio/meio e
completado com mosto novo – e assim sucessivamente.
Nesse sistema ocorre perda de biomassa
SALAS DE FERMENTAÇÃO
Construções que abrigam dornas abertas ou fechadas), centrifugas, pré-
fermentadores, tanques de tratamento do femento, - dornas muito grandes
ficam a céu aberto
Elas trazem maior higiene, controlam temperatura, ventilação adequada e
escoamento de resíduos.
Dornas
São de aço-carbono cilindro cônica. A altura é 1.5 o diâmetro. O volume é
compatível com a capacidade de destilação.
DESTILAÇÃO
Vinho produto obtido aos fermentação dos meios açucarados
Na destilação dos vinhos para formar álcool, há formação de mistura
azeotropica (fenômeno que ocorre na mistura de líquidos, em uma determinada
concentração, na qual se formam vapores com todos os componentes, em um
ponto de ebulição inferior ao de qualquer um dos integrantes da mistura.
Retificação
Flegma liquido obtido da destilação do vinho (liquido alcoólico mais rico do
que o liquido que o originou, mas em estado impuro
O objetivo é separar o alcool das impurezas
Não se consegue fazer purificação completa do álcool por retificação – 96-97%
v/v
Desidratação do álcool
Químicos emprego de subst químicas que são capazes de absorver a água
do etanol retificado no estado de vapor ou liquido
Fisios baseiam-se na variação de pressão e destilação de mistura
hiperazeotropica obtida por processos químicos. o arrastamento de álcool é Tb
utilizado (cicloexano)
BOETANOL DE 1º GERAÇÃO
Utiliza a cana de açúcar – rica em sacarose – dissacarídeo de GLC + frutose. A
levedura (agente fermentador) é capaz de transportar a sacarose para a célula,
mas na maioria das vezes hidrolisa a sacarose antes de transportá-la. A
levedura possui parede celular, e o espaço periplasmatico é onde se dá a
maior parte dessa hidrólise – possui enzima invertase (Suc2p) que hidrolisa,
liberando os monossacarídeos que podem ser passadas para dentro da célula
por transportadores presentes na membrana plasmática.
A osmolaridade duplica – 1M de sacarose tem 1M de GLC e 1M de frutose.
Dependendo a quantidade de sacarose e qtde de invertase, pode-se criar um
estresse osmótico na levedura antes da metabolização da GLC e da frutose.
Isso reduz a viabilidade celular, baixa performance fermentativa e menor
produtividade. O ideal é que a atividade da invertase seja compatível com o
fluxo glicolítico.
Rendimento fermentativo
Os produtos secundários que podem afetar o rendimento da fermentação
alcoólica é a biomassa (inoculação de muita levedura, para evitar a
multiplicação celular) e o glicerol
Na via glicolitica ocorre acumulo de NADH, que geralmente vão para a cadeia
respiratória. O NADH começa a acumular, tendo pouco NAD+ para a
fermentação alcoolica, diminuindo sua velocidade. Para regenerar parte do
NAD, as células produzem o glicerol, pq em uma das bifurcações da via
glicolitica a DHA-P pode ser convertida em glicerol 3-P, transformando NADH
em NAD+, controlando o valor REDOX do NAD. O glicerol 3-P por uma
fosfatase é convertido para glicerol.
Outra função do glicerol é o estresse hiperosmótico – no caso do meio extra
estar mais concentrado que o intra. Quando se acumula dentro d célula,
aumenta a osmolaridade intracelular. Para que a célula não perca água,
aumenta a osmolaridade interna produzindo o glicerol. Esse aumento de
glicerol diminui a produção de etanol
A engenharia metabólica busca o controle de diferentes enzimas da via
glicolitica, não afetando a rota do REDOX e nem o controle de estresse
hiperosmotico – pode permitir um rendimento de até 92%
Estratégias
Para melhorar a produção de bioetanol, observa-se
A produtividade de cana de açúcar aumentar a produção por ha,
melhorando a fotossíntese e maior fornecimento de alimento para a
cana
Avanços na fermentação melhorando as carac do agente
fermentador, melhora o rendimento alcoólico, melhora características
dos estresses industriais (como a lavagem com pH ácido). O uso de
leveduras geneticamente modificadas é um grande passo
BIOETANO DE 2º GERAÇÃO
Entender a estrutura de biomassa é importante.
A arquitetura da parede tem impacto na estatura e forma da planta (qtde
de biomassa)
Tb limita a degradação da celulose em açucares fermentáveis
A composição da parede pode ser otimizada para atender as demandas
do processo de produção de biocombustíveis
Na composição do vegetal existe lignina, celulose e hemicelulose – pode ter
pectina (inibidora da fermentação pelo ácido galacturônico, não fermentável
pelas leveduras comuns. Trabalhos genéticos produziram leveduras que
podem fermentar).
A celulose libera principalmente hexoses. A hemicelulose libera hexoses e
pentoses. A lignina libera compostos fenólicos que inibem as leveduras.
A engenharia genética isolou genes de fungos fermentadores de pentoses e
inoculou em leveduras. Isso altera a metabolização da levedura, pois a
metabolização de pentoses necessita de vias diferentes do que das hexoses.
A celulose está estruturada em complexos de microfibras, dificultando o
tratamento. Alem da glicose presente na estrutura do vegetal, encontra-se
outros acucares fermentáveis e não fermentáveis. Dependendo a concentração
de determinados açucares, o trabalho da engenharia genética é fundamental
para metabolizar os açucares mais presentes.
BIODIESEL NO BRASIL
É mais similar ao hidrocarboneto encontrado no diesel. A diferença é encontrar
hidrocarbonetos insaturados no biodiesel. Essas insaturações devem ser
eliminadas – uso de metanol permite essa remoção, liberando os
hidrocarbonetos saturados.
A distribuição de usinas é mais homogênea do que a do bioetanol
78% do óleo produzido para o biodiesel é da soja.
A levedura Yarrowia lipolytica é utilizada para a produção de biodiesel. Essa
levedura acumula lipídeos (acido palmítico e oleico) que podem ser utilizados
para a produção de biodiesel.