Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O texto de Carl Sagan destaca cinco diferenças essenciais entre a ciência e o senso comum. Em
primeiro lugar, a ciência é uma abordagem aprofundada, rigorosa, procura o máximo de
objetividade, enquanto o senso comum é um conhecimento superficial, impreciso, subjetivo
empírico. A ciência incentiva a aceitação de novas ideias, ao contrário do senso comum, que
tende a ser conservador e resistente à mudança.
O senso comum é um saber empírico, um saber de experiência feito, mas sem dimensão
refletida ou autocrítica, como é o caso de afirmar que “os adolescentes não precisam de
dormir tanto como os pré-adolescentes e, devido a isso, podem deitar-se mais tarde.”, algo que
é subjetivo, pois o que a ciência revelou foi que os adolescentes dormem menos horas que os
pré-adolescentes, devido, possivelmente, ao stress que as universidades/escolas lhes
proporcionam, ao contrário dos pré-adolescentes, os adolescentes bebem bebidas energéticas
e cafés é um exemplo pelo qual não dormem tanto. Daí podemos perceber que o senso
comum é um conhecimento superficial, não possui quaisquer estudos no assunto, enquanto
que a ciência o fez, pois “segundo uma notícia do jornal Público (6-1-2010): James Gangswisch
e colegas, da Universidade de Columbia, em Nova Iorque estudaram os hábitos de mais de
15.500 estudantes do ensino secundário e superior e descobriram que os que se deitavam
depois da meia-noite.”.
Um terceiro exemplo está presente no texto quando diz “A ciência convida-nos a aceitar os
factos, mesmo quando não se conformam com as nossas ideias preconcebidas [e o nosso
senso comum mais básico].”, pois a ciência é baseado no estudo de factos de forma objetiva, e
universal, um exemplo dessa universalidade são os elementos químicos, H2O é água em todos
os países, mesmo a quem não agrade esse facto tê-lo-á de aceitar, pois já foi comprovado que
uma molécula de água é composto por 2 hidrogénios e 1 oxigénio. A ciência não aceita
opiniões, mas sim factos, enquanto que o senso comum é subjetivo, como por exemplo afirmar
que “há solução para tudo menos para a morte”, pois depende da realidade de cada um, para
um civil normal tudo na sua vida pode ter solução, mas para um matemático há problemas que
ainda não têm solução.
Uma última característica é o facto de o cientista aprender com os erros, um exemplo são as
viagens para fora do planeta, quando o cientista constrói uma nave para viajar para fora do
planeta, e caso essa nave dê algum problema, para a próxima vez que for construir uma terá de
ter em consideração o que tinha sucedido de errado na vez anterior, e caso ele não tivesse
cometido esse erro, talvez nunca se saberia que aquilo era algo incorreto a se fazer, já no senso
comum o erro é indiferente, ignorado.