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A inteligência artificial e o perigo do desaparecimento da advocacia

RESUMO: Há alguns anos existem grupos de pesquisas explorando a ideia da


inteligência artificial atuando para se criar sentenças e julgados através da
alimentação de banco de dados de casos semelhantes, podendo gerar
resultados muito próximo, ou até melhores do que os seres humanos consigam
apresentar, nestas lides diárias quando se é gasto uma verdadeira montanha de
dinheiro, alimentando o sistema judicial, percebe-se que através deste
mecanismo gerador de padrão consegue se chegar, sem todo este gasto a
solução menos volumosa e, principalmente, menos onerosa; a realidade em
muitos países tem se demonstrado ser minimamente eficaz, afinal, se reproduzir
um padrão de fatos que se repitam e tornem a serem reproduzidos, pode e muito
transformar o que leva meses, anos, enfim um tempo grande, em soluções
rápidas e eficientes para pacificar uma sociedade cada dia mais conflitante,
menos adepta de soluções adequadas.
Palavras Chaves: Inteligência. Artificial. Perigo. Advocacia. Desaparecimento.

ABSTRACT: For some years now, there have been research groups exploring
the idea of artificial intelligence acting to create sentences and judgments through
the feeding of a database of similar cases, which can generate results very close
to, or even better than, what human beings can present, in these daily struggles
when a veritable mountain of money is spent, feeding the judicial system, it is
clear that through this standard-generating mechanism it is possible to arrive at
a less voluminous and, mainly, less costly solution without all this expense; The
reality in many countries has proven to be minimally effective, after all, if you
reproduce a pattern of facts that are repeated and reproduced again, you can
transform what takes months, years, in short, a long time, into quick and efficient
solutions. to pacify a society that is increasingly conflicted, less adept at providing
adequate solutions.
Keywords: Intelligence. Artificial. Danger. Advocacy. Disappearance.

Introdução
No avanço que a tecnologia se encontra é evidente que muitas funções, cargos,
profissões possam com o tempo, desaparecer. É a chamada marcha da
humanidade, afinal, atingiu-se um patamar nunca vivenciado antes, daí a
questão sumamente imperiosa das alterações correntes.

As que tratam diretamente com o ser humano, e não se proponham a uma


mudança de paradigma, certamente, serão substituídas sem muita delonga pela
chamada inteligência artificial.
O processo, muito embora possa parecer algo demorado, tem assustado pela
velocidade que tem assumido, frente a demanda social, o que certamente se
avoluma. A cada ato humano hoje praticado se percebe, em menor ou maior
ação, a presença da tecnologia em alta escala, tanto isso é veraz, que a ausência
da chamada internet, seu mal funcionamento, ou simplesmente não haver
funcionamento, causa parada completa, sem nenhuma possibilidade de
funcionar quase nada, afinal, praticamente tudo está interligado, desde do caixa
do mercadinho da esquina, até, um hipermercado, ou um grande magazine.

Frente a toda esta evolução sem a mínima possibilidade de volta, de regressão


ao que já existiu se dá a questão mais sobremaneira chamada a quarta
revolução. É evidente que as anteriores que deixaram marcas indeléveis na
sociedade, se evidenciaram por marcar o fim de uma era, não é diferente nesta
atual.

Diferente das outras revoluções, esta tem a marca da velocidade, e é imperativa,


com absoluta certeza, tem trazido a cada ano, mudanças impressionantes,
algumas que logo se adapta a vida em sociedade, e outras que demoram o
tempo curto de adaptação suficiente. Assim, não há dúvida que se faz necessário
estar preparado para alterações profundas no dia-a-dia.

Frente a este quadro inexorável, indaga-se, a como ficará o Direito? Sofrerá


algumas alterações? Haverá ainda a necessidade do profissional/operador do
direito? Ou, esta será mais uma profissão a sucumbir frente a esta quarta
revolução?

1. As revoluções industriais e seus aspectos sociais

Há séculos se têm presenciado a existência inequívoca de reações aos modelos


sociais vigentes por meio do que é chamado de revoluções, que marcam o fim
de um padrão estabelecido e se aprimora para outro inteiramente novo, e na
maioria dos casos, avançado e tecnológico.

O que se observa a cada nova revolução industrial, além da mudança de


paradigma, é a mudança nos meios de trabalho, de forma particular o
desaparecimento de algumas profissões e atividades laborais.

Segundo estudiosos no assunto, hoje estamos vivenciando a quarta revolução


industrial, cercada de uma rapidez, e mudanças tão profundas que está
assustando muitos profissionais, e principalmente aqueles que estão em curso
de estudo nas mais diversas faculdades.

Nesta linha cumpre relembrar quando foram as demais revoluções e o impacto


que causado por cada uma delas.

A primeira revolução industrial ocorreu em 1760 e 1840, provocada pela


revolução de ferrovias e a invenção da máquina a vapor, gerando a produção
mecânica.

A segunda revolução industrial, iniciada no século XIX adentra o século XX, pelo
surgimento da eletricidade e a linha de montagem, possibilitando produção em
massa.

A terceira revolução industrial, começou na década de 1960, é a chamada de


revolução digital ou do computador, começaram a surgir os semicondutores, da
computação, na sequência 1970/1980 computação pessoal e, internet década
de 1990.

A quarta revolução industrial, o escopo é mais amplo, não se limita a sistemas


e máquinas inteligentes e conectadas, ela se baseia em tecnologias
emergentes e inovações que são difundidas. Cumpre dizer que todas as
demais revoluções foram marcadas por um período de tempo desde de 1ª
revolução para as demais é perceptível que o tempo foi ficando cada vez mais
curto, e surgindo uma nova revolução, impondo a sociedade novos padrões
de vida e novos paradigmas.
(https://www.passeiweb.com/estudos/sala_de_aula/historia/revolucao_indus
trial)

Na esteira desta recapitulação é perceptível, o tempo que as primeiras


demoraram, outrossim, a maneira como se opuseram na sociedade, e ainda, os
impactos que cada qual trouxe a seu tempo, algumas reproduzindo verdadeiro
êxodos da zona rural para zona urbana, produzindo o agravamento de
problemas sociais, uma vez que nem havia nos centros urbanos espaço
suficiente para todos, o que gerou a chamada periferia, bem como o descontrole
na economia, que uma vez centrada nos aspectos rurais, teve que se adaptar de
forma descontrolada para uma economia urbana.

A leitura desta tese explica e muito o quanto se pode verificar nas grandes
cidades que foram alvos desta migração, descontrolada.

A luz deste tema existe a ideia inexata de que o Estado é o responsável em gerir
todas as condições para manter empregos, ou conter o progresso na tentativa
de manutenção de trabalho dos cidadãos. Ocorre que o papel do Estado é
realmente é o ente que incentiva o progresso, o avanço tecnológico e a
implementação de mudanças imperativas no país. Assim assevera o filósofo;

[...] o Estado não é isso, o Estado não é um monstro frio, e o correlato de uma
certa maneira de governar. E o problema está em saber como se desenvolve
essa maneira de governar, qual a sua história, como ela ganha, como ela
encolhe, como ele se estende a determinado domínio, como ela inventa,
forma, desenvolve novas práticas - e esse o problema, e não fazer do
[Estado], como no teatro de fantoches, uma espécie de policial que viria
reprimir as diferentes personagens da história. (FOUCAULT, 2008, p.8 e 9).

Há sem dúvida a necessidade de entender que a figura do Estado é de fomento


de novos caminhos, inclusive tecnológicos, afinal, se assim não fosse, seria uma
tragédia a maior entidade social tentando impedir o crescimento e exploração de
novas descobertas.

Destarte, ainda se vê o Estado como provedor unicamente de trabalho, de


fornecendo serviço para que a população possa trabalhar quando na verdade
seu papel é macro, não micro, no aspecto tangente de proporção: a massa e não
uma parte simbólica. Não é frio pensar que tecnologia resolve problemas e
oferece soluções muito mais rápidas do que a simples mão de obra.

Outrossim, se faz quase que premente rever a questão de para esta quarta
revolução industrial se fará necessário a especialização, uma mão de obra muito
mais qualificada, como aprendizagem constante e permanente.

Contudo, é inegável que o governo tem uma gênese que é a questão política e
que de maneira particular e nacional, o país anda com o chamado freio de mão
puxado, limitando, ou fazendo demorar certas mudanças necessárias, isso se dá
ora por falta de recurso, (ou melhor dizendo uso de recursos em outros lugares
não tão importantes); ora por interesses econômicos movidos pelos grandes
grupos que por impor investimento no país, por exemplo, retarda o implemento
do parque industrial para haver menos competitividade e nesta esteira, se
comprar muito mais produtos externos.

Esta conjuntura, numa análise tem freado o principal fator para o avanço da
modernidade, a internet, que ainda está fragmentada e muito controlada,
enquanto em outros países já está em uma velocidade e alcance enormemente
superior ao encontrado aqui.

[...] o Estado não e nem uma casa nem uma igreja, nem um império. O Estado
e uma realidade especifica descontínua. O Estado só existe para si mesmo e
em relação a si mesmo, qualquer que seja o sistema de obediência que ele
deve a outros sistemas como a natureza ou como Deus. O Estado só existe
por si mesmo e para si mesmo e em relação a si mesmo, existe no plural [...]
o Estado só existe como os Estados, no plural. (FOUCAULT, 2008, p.7).

Como se pode notar, não é sem razão imaginar que o Estado se preocupa, com
ele próprio, como ser único e imanente, sem, contudo, se quer imaginar que
exista, a contrário senso de sua existência, pessoas que dependam inteiramente
dele, é por óbvio que, a existência de um governo tem a exata necessidade de
ser exatamente o contrário desta razão de ser; contudo, o Estado sempre teve
atmosfera divina.

2. A história contada e mostrada da AI

Na senda desta dinâmica cumpre observar o que se tem escrito sobre a questão
da inteligência artificial, principalmente no que tange sua existência no passado
e sua consolidação no presente.

É de bom salientar que este não é uma situação nova, ao contrário, há muito se
pode observar a existência desta tecnologia, talvez não tão saliente como nos
nossos dias, como em sua conjectura nos dias atuais, quando grande parte do
que se produz, ou reproduz é de cunho desta raiz.

Desta feita não é demais dizer que desde revolução digital; como alguns
classificam; e principalmente nos dias de hoje é comum a convivência entre a
inteligência chamada artificial e a também chamada inteligência humana. Há
neste arcabouço de ideias, de novações um acervo bem apurado de quem é
mais capaz, quem tem maior capacidade.

Este pensamento acompanha a vigência de existir entre máquinas e seres


humanos num lampejo de interferências ora de um lado, ora de outro, afinal, os
cientistas os grandes incentivadores desta disputa na verdade ambicionam que
seu experimento seja muito maior, mais dinâmico do que o cérebro humano,
enquanto outros apenas querem aquiescer quanto ao experimento.

Um pouco da história da Inteligência artificial.

1. A história da inteligência artificial tem pelo menos 62 anos

Não se sabe ao certo quando se iniciou a história da inteligência artificial, mas


ela não é recente. Já na Antiguidade, seres artificiais e homens mecânicos
apareciam em mitos gregos e romanos. Filósofos e matemáticos de várias eras
exploraram a possibilidade de mecanização do pensamento. No início do século
passado, a ideia começa a surgir nas obras de ficção científica, como na peça
teatral Rossums Universal Robots (1920), que introduziu a palavra “robô”, e no
celebrado filme Metropolis (1927).

A Segunda Guerra reuniu cientistas de diversas áreas, incluindo neurociência,


engenharia, matemática e computação. Alguns discutiam já nas décadas de
1940 e 1950 a criação de um cérebro artificial. Entre eles estava Alan Turing,
conhecido como “o pai da informática”. Em 1956, nasceu oficialmente um campo
de estudo voltado para a inteligência artificial.

2. Ela já está presente na sua vida

Assistentes virtuais como a Siri, a Cortana e o Google Assistant são bons


exemplos de inteligência artificial em contato direto com os usuários. Mas os
smartphones, computadores e outros gadgets do cotidiano também operam com
IA de muitas outras maneiras, a começar pelo Google.
Exemplos: O app Fotos reconhece o conteúdo de suas imagens e permite que
você faça uma busca digitando o nome de um objeto ou ação. O YouTube pode
transcrever áudio e gerar legendas para os vídeos em 10 idiomas. O Gmail
oferece respostas automáticas inteligentes para seus e-mails. O Google Tradutor
traduz textos de placas, rótulos e cardápios com a câmera do celular. O Spotify
e a Netflix usam inteligência artificial para entender as preferências dos usuários
e recomendar, respectivamente, músicas e filmes.

3. Inteligência artificial não é o mesmo que machine learning

A verdade é que machine learning é apenas uma parte da inteligência artificial.


O “aprendizado de máquina” é uma aplicação de IA muito utilizada hoje, em que
um programa acessa um grande volume de dados e aprende com eles
automaticamente, sem intervenção humana. É o que acontece no caso das
recomendações da Netflix e do Spotify e no reconhecimento facial em fotos do
Facebook, por exemplo.

Já a inteligência artificial é um conceito mais amplo que, além do machine


learning, inclui tecnologias como processamento de linguagem natural, redes
neurais, algoritmos de inferência e deep learning. Sempre com a ideia de atingir
raciocínio e atuação similares a dos humanos.

4. O aumento na coleta de dados em massa impulsionou a IA

É até clichê dizer que o volume de informações produzidas pelas pessoas vem
crescendo exponencialmente com a ascensão da Internet, em especial nos
últimos anos, com as redes sociais. Mas é essa a ideia central para entender o
Big Data, conjunto massivo de dados que serve de base para o aprendizado dos
mais diversos softwares, como o machine learning.

Essa revolução dos dados favoreceu o cenário da inteligência artificial. Com mais
informação disponível, os pesquisadores e as empresas ganharam mais
motivação para buscar maneiras inteligentes e automatizadas de processar,
analisar e usar os dados.

5. Google, IBM, Microsoft, Facebook, Amazon e outras empresas formaram


um grupo de pesquisa e defesa da IA

Em 2016, grandes corporações do mundo da tecnologia, incluindo Google, IBM,


Microsoft, Facebook e Amazon, se uniram para criar a “Parceria em IA para
beneficiar pessoas e a sociedade”. O grupo afirma que quer avançar pesquisas
e defender implementações éticas da inteligência artificial.

Segundo o site oficial da iniciativa, são seus objetivos: desenvolver e


compartilhar boas práticas, proporcionar uma plataforma aberta e inclusiva para
discussão e participação de pesquisadores e outros interessados, aumentar o
entendimento público, identificar e apoiar esforços em inteligência artificial.

6. A inteligência artificial vai substituir humanos em muitos empregos

O medo de que as máquinas roubem os empregos dos seres humanos não é


novo, e ele tem fundamento. De acordo com a empresa de consultoria e auditoria
PricewaterhouseCoopers (PwC), até 2030 robôs substituirão 38% das vagas de
trabalho nos Estados Unidos, 30% no Reino Unido e 21% no Japão. Os setores
de transporte, armazenamento, manufatura e varejo serão os mais afetados.

Exemplo: Porém, não pense que trabalhos mais criativos ficarão de fora. Já
existem softwares capazes de escrever textos jornalísticos mais básicos, como
notícias de partidas esportivas e resumos financeiros. Um serviço chamado
Wibbitz cria automaticamente vídeos a partir de artigos escritos. No ano
passado, foi lançado um álbum com músicas compostas e produzidas pela
Amper, um programa movido por inteligência artificial. Tudo indica que será
necessária ao menos uma adaptação nas funções dentro de todo o mercado de
trabalho.
7. Especialistas acreditam que a inteligência artificial vai alcançar a
capacidade humana em menos de 25 anos

Alguns experts na área creem que a IA está ainda em sua infância e tem um
longo caminho pela frente. Outros, entretanto, garantem que faltam apenas
alguns anos para a chegada da singularidade tecnológica, momento em que a
inteligência artificial vai superar a humana.

Uma pesquisa realizada em 2013 fez a seguinte pergunta para centenas de


especialistas em IA: quando o nível de inteligência artificial será 50% da
inteligência humana? A resposta média foi 2040. Enquanto isso, outro estudo
recente mostrou que 42% de um grupo de cientistas acreditam que a
singularidade será atingida antes de 2030.

8. Ela já é melhor que seres humanos em algumas tarefas

Não há previsões de quando a inteligência artificial chegará ao patamar humano,


mas já existem robôs que são melhores do que nós em tarefas específicas. Por
exemplo, em 2011 o IBM Watson venceu os humanos no Jeopardy!, famoso
programa americano de perguntas e respostas. Depois disso, a IA continuou em
desenvolvimento e hoje já consegue fazer diagnósticos de câncer com maior
precisão que os médicos. Sua taxa de acerto é de 90%, em comparação a 50%
no caso dos seres humanos.

9. Grandes nomes da tecnologia estão preocupados com as


consequências desse avanço

Elon Musk, CEO da Tesla e da SpaceX, já falou publicamente várias vezes que
acredita que a inteligência artificial pode um dia se tornar uma ameaça para as
pessoas e até pôr fim à humanidade. O empresário é entusiasta das mais
avançadas tecnologias, mas ressalta a necessidade de regulamentação na área
da IA e gostaria que armas autônomas fossem banidas. Armamentos operados
por softwares inteligentes já são realidade em alguns governos.

O físico Stephen Hawking, que morreu em março, expressava sua preocupação


também com o poder destrutivo de armas independentes e temia a substituição
da força de trabalho humana, sem a criação suficiente de novas vagas. Bill
Gates, fundador da Microsoft, concorda com Musk e Hawking e disse que não
entende como algumas pessoas não estão preocupadas.

10. O Basilisco de Roko é uma hipótese terrível sobre a IA

Existe um experimento mental assustador conhecido como Basilisco de Roko. A


ideia é que, no futuro, uma poderosa inteligência artificial possa torturar todos
que não a ajudaram de alguma forma a ser criada. Apenas o fato de saber sobre
o basilisco, como você está fazendo ao ler estas palavras, colocaria alguém em
perigo, já que a IA passaria a incluir tal pessoa em suas simulações.

O experimento está fundamentado em teorias complexas, mas que remetem a


uma noção de que uma IA não teria limites por tentar tornar o mundo cada vez
melhor. Com as ambiguidades da tarefa e sem a moral humana, ela faria de tudo
que considerasse necessário, inclusive machucar pessoas. Assim, os que não
facilitaram sua existência e desenvolvimento estariam sob ameaça.

O Basilisco de Roko foi proposto em um fórum de discussão do LessWrong, uma


plataforma criada pelo pesquisador Eliezer Yudkowsky, que está a frente do
Instituto de Pesquisa de Inteligência de Máquina (MIRI). O próprio Yudkowsky já
deixou claro que acredita nos riscos da ideia.

Fonte: https://www.techtudo.com.br/google/amp/listas/2018/05/tudo-sobre-
inteligencia-artificial-10-fatos-que-voce-precisa-saber.ghtml
Há sem dúvida um desafio em praticamente todas as áreas de atuação, afinal,
quase todas podem ser alcançadas pela AI, não tendo limites e muito menos
fronteira para as descobertas ainda não atingidas.

3. O como estar preparado para a mudança certa

De fronte a este contexto maior se faz mister imaginar que é possível, de alguma
forma, se adiantar ao problema fazendo com que aqueles que podem ser
alcançado se prepare de forma adequada para nova era.

Assim surge alguns excelentes conselhos que podem ser apreciados. Olhando
para a real situação que se tem a frente, sem olvidar de que ela é inevitável e
está cada dia mais próxima e em alguns setores, já é evidente que está tomando
conta sem escusas.

Frente a esta realidade se faz mister reportar alguns excelentes conselhos, de


fácil aplicação;

O report lista as cinco principais habilidades desejáveis para o futuro do trabalho:

a. Discernimento, bom senso e tomada de decisão: calcular e compreender os


custos e os benefícios de alternativas possíveis e imaginadas para escolher a
mais apropriada.

b. Fluência de ideias: capacidade de apresentar uma série de ideias sobre um


determinado tópico (aqui, a quantidade de ideias é importante, não a sua
qualidade, exatidão ou criatividade).

c. Aprendizagem ativa: estratégias de aprendizagem — saber escolher métodos


e procedimentos apropriados para aprender ou ensinar novas coisas.

d. Estratégias de aprendizagem: compreender as implicações de novas


informações para a resolução de problemas atuais e futuros e para a tomada de
decisões.
e. Originalidade: capacidade de apresentar ideias incomuns ou inteligentes
sobre um determinado tópico ou situação, ou desenvolver formas criativas de
resolver um problema.

O report vai mais um passo à frente, imaginando como algumas dessas


habilidades podem se combinar para formar novas ocupações no futuro. Estas
incluem trabalhos de especialistas em ajudar pessoas a se prepararem para
viver além dos 100 anos e designers de experiência imersiva que criam
conteúdos para novos tipos de mídia. Várias ocupações, como profissionais da
educação e do bem-estar, também têm uma perspectiva positiva, com menos
potencial de automação.

O Direito terá que se adaptar à nova realidade de não ficar na mesmice, a


criatividade terá que ser aplicada para poder sobreviver, além de ser obrigatório
ausência de rotina. Ser especialista será uma exigência obrigatória, como se não
fosse extra graduação, então estudar, pesquisar, manter uma mente sempre
desperta e ativa fará toda a diferença. Aliás se destacar, sempre e em todos os
tempos fez a diferença, e manteve as pessoas que assim agiram como ícones
de suas gerações.

https://ofuturodascoisas.com/quais-habilidades-voce-precisa-para-ter-um-
trabalho-em-2030/

Ao se referir a necessidade a duas necessidades basilares como pensar e


principalmente, ser especialista, não é sem receio que se pode vislumbrar ser
imperioso, não ser isto da forma comum como ocorre hoje.

No que concerne a pensar, este tem sido um exercício por deveras esquecido
pela ferramenta que se tem de fácil acesso por exemplo com o google, só para
citar uma das ferramentas. Contudo, pensar é formular ideias inovadoras, ou sob
perspectivas ainda não pensadas, uma vez que será de suma importância,
ultrapassar os limites impostos pela AI, não agindo de forma convencional, mas
inesperada, dinâmica e superior as ideias e pensamentos comezinhos.
Nos dias atuais, pensar não pode ser um luxo, deve ser uma obrigação,
principalmente, o pensamento claro, lógico e profundo. A completude, a largueza
do pensar fará toda a diferença na esfera tecnológica.

No que concerne à especialização, a fronteira é ainda maior uma vez que a


especialização no país virou mercadoria de pequena importância havendo
cursos em forma de EAD, sem uma qualidade verificada, pondo em xeque-mate,
a real produção de pensadores, ou até de profissional melhor preparado para o
mercado de trabalho, na área que escolher se aprofundar. Sem mergulhar na
crítica, contudo é visível o “marchand” sem propósito de qualidade e tão somente
de venda de curso, hoje oferecido, sem o menor controle dos órgãos
responsáveis.

Quanto a isso, é imprescindível verificar ser necessário uma mudança de


paradigma, afinal a especialização deveria levar aquele que a procura a uma
condição superior daquele que terminou uma graduação, oferecendo um
conhecimento mais amplo e especifico na área escolhida, o que se vê é
exatamente o oposto, especialistas de nada, sem a menor condições de uma
discussão mínima no que se refere até ao tema escolhido, sem profundidade
necessária, sem desvelo corrediço de amparo a novas perspectivas e novos
traços amplos e além do comum.

Beira-se o raso, o normal em termos de geração de ideias, se mantém a situação


na rotina. Em tecnologia isso não acontece, ao contrário, se valoriza muito mais
o empreendedorismo do que a continuidade que representa a mesmice.

Considerações finais

O futuro que estrelava filmes de ficção, aparentemente distante chegou.

Não há mais o que esperar a não ser, uma curva retilínea no que concerne a
mudanças bruscas e cada vez mais rápidas, sem exagero ou apregoação
apocalíptica.

A AI é uma realidade atual, e está como água contornando todos os obstáculos


com uma sintonia impecável.
Daí ser fundamental estar preparado sem receio para as mudanças e progresso
que ela certamente trará.

Pensar será necessário e fundamental, de forma clara, objetiva, profunda e


lógica, não se pode esperar e nem aceitar pensamentos rasos.

Se especializar de verdade em temas que possam ser discutidos com largueza


e amplitude, se fará mais do que fundamental, afinal, espera-se isso de um
especialista, que ele saia da zona de conforto e amplie os horizontes de tal forma
a oferecer visão diferenciada, de manejo acessível e acima de tudo, que alcance
seu grande objetivo atender de maneira ampla aquele que precisa de um
profissional especialista.

A divisão entre a AI e o ser humano terá como base esta premissa: pensar e
especialização, que se molde rapidamente ao momento.

O desafio está lançado...

Referências bibliográficas

DUARTE, Marcos. Breve Ensaio sobre Nascimento da Biopolítica de Foucault.


São Paulo: Max Limonad, 2014.
FOUCAULT, Michel. O nascimento da Biopolítica. São Paulo: Martins Fontes,
2008.
SCHWAB, Klaus. A quarta revolução industrial. São Paulo: Edipro, 2016.
https://ofuturodascoisas.com/quais-habilidades-voce-precisa-para-ter-um-
trabalho-em-2030/
https://www.passeiweb.com/estudos/sala_de_aula/historia/revolucao_industrial
https://www.techtudo.com.br/google/amp/listas/2018/05/tudo-sobre-inteligencia-
artificial-10-fatos-que-voce-precisa-saber.ghtml

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