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Direito Constitucional

Da Administração Pública (Parte I)

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1 Apresentação

Olá́, querido (a) aluno (a)!

Antes de começarmos nossos estudos, farei um aviso: não trataremos, neste curso, de
tudo o que pode ser explorado em sua prova sobre Administração Pública. Se fosse o
caso, precisaríamos de mais dez aulas em nosso curso, seria praticamente um curso
de Direito Administrativo. Nosso objetivo aqui não será́ esse.

Nosso foco será́ aquilo que é normalmente cobrado nas provas de Direito
Constitucional sobre Administração Pública.

Pronto(a) para começar?

2 Roteiro do PDF FOCADO

• Material Teórico Escrito (conteúdo para o aluno complementar além das


videoaulas. Este material pode conter informações além das trabalhadas em
videoaulas. Mas, claro, com tudo que é necessário para a sua aprovação, com
a profundidade necessária – nem mais, nem menos.);
• Questões de Sala (questões resolvidas durante as videoaulas);

Você pode usar as videoaulas para entender a matéria como um todo e usar os PDFs
para complementar e aprofundar ainda mais sobre os temas!

E como eu disse, sem enrolação, vamos direto ao conteúdo para o seu concurso.

VAMOS NESSA!

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3 Conteúdo Programático
1 Apresentação ........................................................................................................................ 2
2 Roteiro do PDF FOCADO ........................................................................................................ 2
4 Os Princípios Explícitos da Administração Pública .................................................................. 4
2.1. Princípio da legalidade .................................................................................................................. 5
1.2. O princípio da Moralidade ............................................................................................................. 8
2.3 O princípio da impessoalidade ........................................................................................................ 9
2.4 O princípio da publicidade ............................................................................................................ 11
2.5 O princípio da eficiência ............................................................................................................... 13
5 Bizu Focus ........................................................................................................................... 15
6 Questões de Sala ................................................................................................................. 16

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4 Os Princípios Explícitos da Administração Pública

O “caput” do artigo 37 da Constituição Federal traz cinco princípios explícitos da


Administração Pública:

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer


dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e,
também, ao seguinte: (...)

Esses princípios formam, com suas iniciais, a sigla “LIMPE”, utilizada como recurso
mnemônico:

Legalidade

Impessoaldade

LIMPE Moralidade

Publicidade

Eficiência

Não deixe de ESTUDAR o caput do artigo 37 porque ele DESPENCA em prova!

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2.1. Princípio da legalidade

Uma das primeiras coisas que você precisa saber sobre Legalidade, é que há
diferenças de legalidade quando voltadas para o setor público e setor privado.

Você deve estar pensando que já viu isso em algum lugar e, SIM! Quando
estudamos Legalidade no artigo 5º, vimos que trata da Legalidade é privada. O
sujeito só pode fazer algo ou deixar de fazer algo em virtude de lei. Este é o princípio
da legalidade e voltada ao setor privado!

Agora, o artigo 37 trata do Princípio da legalidade voltado ao setor Público, portanto,


Legalidade Pública. Aqui, os sujeitos podem fazer apenas aquilo que a lei autoriza.
Enquanto, no setor privado temos um status mais amplo, aqui no setor público,
tratamos mais do sentido estrito.

Legalidade Privada Legalidade Pública

artigo 5º, CF artigo 37, CF

fazer algo em virtude de fazer apenas o que a lei


lei autoriza

sentido amplo sentido estrito

faz tudo que a lei não fazer tudo o que a lei


proíbe autoriza

Outro DETALHE. A LEGALIDADE é o todo, é um ciclo completo. Entenda:

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PORTARIA LEI ORDINÁRIA

LEI
DECRETO
COMPLEMENTAR

LEI
RESOLUÇÃO LEGALIDADE COMPLEMENTAR

Agora, é necessário você compreender que há uma diferença entre chamar o


Princípio da Legalidade apenas quando eu quero determinar algo que é tratado por
lei, porque perceba, lei é apenas um dos institutos possíveis dentro da LEGALIDADE.

Com isso, você pode perceber que há uma DIFERENÇA entre LEGALIDADE e
RESERVA LEGAL. Por isso que toda vez que colocarem na sua prova que reserva legal
É IGUAL a legalidade, a QUESTÃO ESTÁ ERRADA !!!

A reserva legal está dentro do conjunto legalidade e, portanto, Lei Complementar, Lei
Ordinária, Lei Delegada é, antes de tudo, legalidade, porém, muito mais do que isso,
é também RESERVA LEGAL.

Por isso, grave isso: LEGALIDADE É DIFERENTE DE RESERVA LEGAL!

Como que você vai encontrar isso em prova? A banca vai aplicar esses institutos
com intenção de te induzir a erro. Pode aparecer o seguinte: “O princípio da
legalidade, também conhecido como o princípio da reserva legal (...)” Com isso
você já consegue visualizar que a questão está ERRADA.

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O erro se dá quando a banca tenta equiparar a legalidade com a reserva legal. Isso
porque a RESERVA LEGAL é aquilo que eu TRATO APENAS POR LEI. Lei em sentido
estrito, Lei Complementar, Lei Ordinária, Lei Delegada.

Logo, meu caro aluno e aluna, a legalidade é princípio próprio do Estado Democrático
de Direito, pois representa a submissão do Estado à lei, fruto do Poder Legislativo, que
representa o povo. Pode, contudo, a lei dar maior amplitude de atuação ao
administrador público, a chamada discricionariedade.

O administrador público está, em toda a sua atividade funcional, sujeito aos


mandamentos da lei e às exigências do bem comum, e deles não pode se afastar ou
desviar, sob pena de praticar ato inválido e submeter-se à responsabilidade civil,
criminal e administrativa. Assim, enquanto na administração particular é lícito fazer
tudo que a lei não proíbe, na Administração Pública só é permitido fazer o que a lei
autoriza.

As leis administrativas são de ordem pública e seus preceitos não podem ser
descumpridos, nem mesmo por acordo ou vontade conjunta de seus aplicadores e
destinatários.

Os poderes do administrador não podem ser renunciados ou descumpridos sem


ofensa ao bem comum.

O princípio da legalidade passou a ser imposição legal pela lei reguladora da ação
popular (que considera nulos os atos lesivos ao patrimônio público quando eivados
de ‘ilegalidade do objeto’). Desde a Constituição de 1988 é também princípio
constitucional.

Além de atender à legalidade, o ato do administrador público deve conformar-se com


a moralidade e a finalidade administrativas para dar plena legitimidade à sua atuação.

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1.2. O princípio da Moralidade

Na análise do conceito de moralidade, destaca-se que a moral administrativa difere


da comum por ser jurídica. Embora seja conceito jurídico indeterminado, é objetiva,
podendo ser extraída do ordenamento jurídico, a partir das normas que tratam da
conduta dos agentes públicos. Não é como a comum, que é subjetiva, estando ligada
às convicções pessoais de quem aprecia o fato.

É diferente de moral Comum

MORALIDADE
ADMINISTRATIVA

É objetiva, podendo ser


extraída do ordenamento
jurídico

Os atos administrativos praticados que contrariem esse princípio são nulos. Um dos
meios constitucionais de tutela da moralidade administrativa é, como vimos em aula
anterior, a ação popular, prevista no art. 5o, LXXIII, CRFB/88.

Constitui pressuposto de validade de todo ato da Administração Pública (CRFB, art.


37, caput). Não se trata da moral comum, mas sim da moral jurídica. Ao atuar, o
agente administrativo não poderá desprezar o elemento ético de sua conduta, não
terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e
o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas também entre o honesto e o
desonesto.

A moral administrativa é imposta ao agente público para sua conduta interna,


segundo as exigências da instituição a que serve e a finalidade de sua ação: o bem
comum.

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Tanto infringe a moralidade administrativa o administrador que, para atuar, foi


determinado por fins imorais ou desonestos como aquele que desprezou a ordem
institucional e, embora movido por zelo profissional, invade a esfera reservada a
outras funções e procura obter mera vantagem para o patrimônio confiado à sua
guarda. Embora mantendo ou aumentando o patrimônio gerido, desviam-no do fim
institucional.

O controle jurisdicional se restringe ao exame da legalidade do ato administrativo;


mas por legalidade ou legitimidade se entende não só a conformação do ato com a
lei, como também com a moral administrativa e com o interesse coletivo.

2.3 O princípio da impessoalidade

O princípio da impessoalidade nada mais é do que o princípio da finalidade, o qual


impõe ao administrador público que só pratique o ato para o seu fim legal. E o fim
legal é unicamente aquele que a norma de direito indica expressa ou virtualmente
como objetivo do ato. Neste sentido, o princípio traduz a ideia de que toda atuação
da Administração deve buscar a satisfação do interesse público. Quando um ato é
praticado com objetivo diverso, é nulo, por desvio de finalidade. O administrador é
mero executor do ato, que serve para manifestar a vontade do Estado.

Também deve ser entendido para excluir a promoção pessoal de autoridades ou


servidores públicos sobre suas realizações administrativas. Já nesta acepção se
relaciona à proibição de que o agente público utilize as realizações da Administração
Pública para promoção pessoal. Fundamenta-se no artigo 37, § 1o, da CRFB/88, que
diz:

§ 1o - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e


campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo,
informativo ou de orientação social, dela não podendo
constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem
promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

A finalidade terá sempre um objetivo certo e infestável: o interesse público.

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Todo ato que se apartar desse objetivo sujeitar-se-á à invalidação por desvio de
finalidade, conceituado como “fim diverso daquele previsto, explícita ou
implicitamente, na regra de competência” do agente (LAP, art. 2º, parágrafo único,
“e”).

O administrador fica impedido de buscar outro objetivo ou praticá-lo no interesse


próprio ou de terceiros. Pode o interesse público coincidir com o de particulares,
como ocorre nos atos administrativos negociais e nos contratos públicos.

O princípio da finalidade veda é a prática de ato administrativo sem interesse público


ou conveniência para a administração.

Então, MUITA ATENÇÃO. O §1º do artigo 37


não autoriza a publicidade de atos
da Administração Pública que promovam a promoção pessoal. ISSO É
VEDADO. A divulgação é permitida apenas para CARÁTER
INFORMATIVO.

A não publicação de atos administrativos vinculados à nomes de


governantes ou administradores, NÃO viola o Princípio da Publicidade,
mas SIM viola, o Princípio da Impessoalidade.

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2.4 O princípio da publicidade

O princípio da publicidade deve ser analisado sob dois prismas:

✓ Exigência de publicação em órgão oficial como requisito de eficácia dos atos


administrativos gerais que devam produzir efeitos externos ou onerem o
patrimônio público;
✓ Exigência de transparência da Administração em sua atuação, de forma a
possibilitar o controle pelos administrados.

A publicidade só́ poderá́ ser excepcionada quando o interesse público assim


determinar. Isso porque ela serve para proteger o indivíduo contra processos
arbitrariamente sigilosos, permitindo os recursos administrativos e as ações judiciais
próprias.

A publicidade não é elemento formativo do ato; é requisito de eficácia e moralidade.


Por isso, os atos irregulares não se convalidam com a publicação, nem os regulares
dispensam-na para sua exequibilidade, quando exigida pela lei ou regulamento.

Em princípio, o ato administrativo deve ser publicado, só se admitindo sigilo nos casos
de:

✓ segurança nacional;
✓ investigações policiais;
✓ interesse superior da administração, a ser declarado previamente.

A Constituição impõe o fornecimento de certidões de atos da Administração,


requeridas por qualquer pessoa, para defesa de direitos ou esclarecimento de
situações (CRFB, art. 5º, XXXIV, “b”), os quais devem ser indicados no requerimento.

O termo “repartições públicas” utilizado pela Constituições Federal abrange as


repartições da Administração direta ou indireta.

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A publicação no órgão oficial só é exigida do ato concluído ou de determinadas fases


de certos procedimentos administrativos, como ocorre nas concorrências e tomadas
de preços.

O essencial é que nas publicações dos atos negociais constem seu objeto e o nome
dos interessados.

A publicação produz efeitos quando feita no órgão oficial da Administração, e não


na imprensa particular, pela televisão ou pelo rádio, ainda que em horário oficial.

Por órgão oficial entende-se os jornais contratados para as publicações oficiais. Vale
ainda como publicação a afixação dos atos e leis municipais na sede da Prefeitura
ou da Câmara, onde não houver órgão oficial.

Os atos e contratos administrativos que omitirem ou desatenderem a publicidade


necessária, não só deixam de produzir seus regulares efeitos como se expõem à
invalidação por falta desse requisito de eficácia e moralidade. Sem publicação não
fluem os prazos para impugnação administrativa ou anulação judicial, quer o de
decadência para impetração do mandado de segurança, quer os de prescrição da
ação cabível.

Professor, o que é Publicidade Mitigada. A publicidade mitigada é


aquela publicidade diminuída, aquela publicidade que não é para
todos. Em alguns atos, por exemplo, que envolvam segurança pública,
segurança nacional, segurança do Estado, casos que envolvam
interesse de crianças ou adolescentes, a publicidade existe, mas é
diminuída, é restrita à um número menor de pessoas.

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segurança
pública

Publicidade segurança
Mitigada nacional

interesse de
crianças ou
adolescentes

Mas e onde se faz essa publicidade? O Supremo Tribunal Federal já decidiu que essa
publicidade precisa ser feita pela Imprensa Oficial Escrita, através do DOU – Diário
Oficial da União. Ou seja, se o presidente publicar um ato no Twitter, por exemplo,
não funciona como como ato oficial. Não é um ato publicado.

2.5 O princípio da eficiência

O princípio da eficiência passou a ser expresso na Constituição a partir da EC no


19/98, estando ligado ao modelo de administração gerencial, que defende a ideia
de se trazerem ao setor público procedimentos do setor privado, tendo como ênfase
a obtenção de resultados.

Quanto à atuação do agente público, espera-se que este desenvolva suas atribuições
da melhor forma possível, a fim de obter os melhores resultados. Um exemplo de
aplicação da eficiência nesse sentido é a avaliação de desempenho para aquisição de
estabilidade pelo servidor público, também introduzida à CF/88 pela EC no 19/98. Já́
quanto ao modo de organização da Administração, determina que esta seja o mais
racional possível.

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Consagra, ainda, o princípio da economicidade, impondo à Administração uma


relação custo/benefício adequado em sua atuação.

Segundo Alexandre de Moraes (D. Constitucional, 28a Edição), o princípio da eficiência


apresenta as seguintes características básicas:

✓ Direcionamento da atividade e dos serviços públicos à efetividade do bem


comum: nesse sentido, tem como fundamento o art. 3o, IV, da Constituição, que
determina ser um dos objetivos da República Federativa do Brasil “promover o
bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação”.
✓ Imparcialidade: busca salvaguardar o exercício da função administrativa e,
consequentemente, o interesse público, da influência de interesses de terceiros.
Resguarda, também, a Administração, contra a interferência indevida, no
procedimento administrativo, em especial na fase decisória, de outros sujeitos
ou entidades, a ela exteriores.
✓ Neutralidade: busca a isenção do Estado na valoração de interesses em
conflito, sendo todos eles considerados de maneira igual e simultânea.
✓ Transparência: visa ao combate da inércia formal, inclusive mediante condutas
contra a prática de subornos, corrupção e tráfico de influência. Nesse sentido,
deve-se observar a transparência na indicação, nomeação e manutenção de
cargos e funções públicas, dando-se primazia a fatores objetivos, como mérito
funcional e competência, buscando-se a eficiência na prestação de serviços.
✓ Participação e aproximação dos serviços públicos da população: visa a
garantir a gestão participativa, desdobramento dos princípios da soberania
popular e da democracia representativa, previstos no parágrafo único do art. 1o
da Carta Magna. Destaca-se que a EC no 19/98 deu nova redação ao art. 37, §
3o da Constituição, prevendo que a lei disciplinará as formas de participação do
usuário na administração pública direta e indireta.
✓ Eficácia: traduz-se no adimplemento das competências ordinárias da
administração e na execução e cumprimento, pelos entes administrativos, dos
objetivos que lhes são próprios, enquanto a eficácia formal se verifica no curso
do procedimento administrativo, quando da resposta ou impulso a uma petição
formulada por um administrado. Nesse sentido, deverá a lei, obedecidos os
limites constitucionais, dar a liberdade à Administração necessária ao eficaz
cumprimento de suas tarefas.
✓ Desburocratização.
✓ Busca da qualidade. Nesse sentido, a EC no 19/98, em redação dada ao art. 39,
§ 7o, da CRFB/88, determinou que lei da União, dos Estados, do Distrito Federal

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e dos Municípios disciplinará a aplicação de recursos orçamentários


provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e
fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e
produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização,
reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de
adicional ou prémio de produtividade.

5 Bizu Focus

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6 Questões de Sala
Meus caros alunos, ANTES DE ENCERRAR ... vamos RESOLVER as questões da sala de
aula? Vamos lá??

QUESTÃO 01 - Segundo o disposto no artigo 37, caput, da Constituição da República


de 1988, a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios a seguir,
EXCETO:

A) Legalidade.

B) Publicidade.

C) Eficiência.

D) Moralidade.

E) Igualdade

Gabarito: 01. E

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“A nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-
nos sempre depois de cada queda”. - Oliver Goldsmith

ACREDITE, JUNTOS CHEGAREMOS LÁ!

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Direito Constitucional

Da Administração Pública (Parte II)

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1 Roteiro do PDF FOCADO

• Material Teórico Escrito (conteúdo para o aluno complementar além das


videoaulas. Este material pode conter informações além das trabalhadas em
videoaulas. Mas, claro, com tudo que é necessário para a sua aprovação, com
a profundidade necessária – nem mais, nem menos.);
• Questões comentas: essas questões são extras e são esplanadas apenas aqui
no material escrito;
• Questões de Sala (questões resolvidas durante as videoaulas).

Você pode usar as videoaulas para entender a matéria como um todo e usar os PDFs
para complementar e aprofundar ainda mais sobre os temas!

E como eu disse, sem enrolação, vamos direto ao conteúdo para o seu concurso.

VAMOS NESSA!

2 Conteúdo Programático
1 Roteiro do PDF FOCADO ........................................................................................................ 2
3 Concurso Público ................................................................................................................... 3
4 Questões de Sala ................................................................................................................. 13

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3 Concurso Público

Iniciaremos, a partir de agora, a análise dos incisos do art. 37 da Constituição.

O art. 37, I, CRFB, determina que “os cargos, empregos e funções públicas são
acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim
como aos estrangeiros, na forma da lei”.

Assim, para que os brasileiros tenham acesso aos cargos, empregos e funções
públicas, basta que cumpram os requisitos estabelecidos em lei. Entretanto, os
estrangeiros também podem ter o mesmo acesso. A diferença é que há́ uma condição:
é necessário lei autorizadora.

Destaca-se que essa lei não poderá́ estabelecer distinções arbitrárias e abusivas,
privilegiando determinados estrangeiros em detrimento de outros, em função do país
de origem. Ressalta-se, ainda, que essa nova previsão constitucional se aplica
igualmente aos estrangeiros residentes ou não no país, permitindo, por exemplo, que,
após a edição da referida lei, estes tenham acesso a cargos, empregos ou funções
públicas em repartições brasileiras no exterior.

BRASILEIROS
são acessíveis à que preencham requisitos
estabelecidos em lei
CARGOS, EMPREGOS E FUNÇÕES
PÚBLICAS

ESTRANGEIROS
na forma da lei

ATENÇÃO: a Constituição Federal NÃO VEDA esses cargos, empregos


ou funções públicas aos estrangeiros. Fica ligado que isso volta e meia
cai em questão de prova!

A regra é que brasileiros assumam esses cargos, empregos e funções


públicas, mas, em algumas situações, quando previstos em lei, é
possível dar acesso aos estrangeiros.

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QUESTÃO 01 - De acordo com a CF, cargos, empregos e funções públicas são


acessíveis somente a brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei,
não havendo, portanto, a possibilidade de obtenção de emprego público por
estrangeiros.

Resposta: ERRADO

Comentário: O artigo 37, inciso I, da CF é expresso ao garantir que os cargos,


empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os
requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei.

Já́ em seu inciso II, o art. 37 exige aprovação em concurso público (de provas ou provas
e títulos) para o provimento de cargos e empregos nas Administrações Direta e
Indireta. Nesse sentido, temos a Súmula 43 do STF, que diz: “é inconstitucional toda
modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia
aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não
integra a carreira na qual anteriormente investido”.

O que a Súmula Vinculante 43 quer dizer, é que só é aceita a forma de provimento


para cargo efetivo na via de concurso público. Isso quer dizer que ela proíbe a
chamada ascensão funcional, que é a progressão funcional do servidor público entre
cargos de carreiras distintas.

Agente de polícia de último nível tornar-se delegado de polícia de nível inicial.

Não pode! É isso que a Súmula Vinculante 43 veda.

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Esquematizado:

INVESTIDURA
EM CARGO OU aprovação em
na forma da lei
EMPREGO concurso
PÚBLICO

o candidato precisa
PROVA realizar somente um
exame avaliativo
APROVAÇÃO EM
CONCURSO PÚBLICO
além do exame avaliativo,
os títulos que o candidato
PROVAS E TÍTULOS possui também serão
validados para a seleção

A exceção é quanto aos cargos comissionados, para os quais pode ser feita
contratação sem concurso. Também é possível contratação sem concurso para os
casos de contratação temporária previstos no art. 37, IX, da Constituição.

O tema concurso público é objeto de vários entendimentos jurisprudenciais do STJ e


do STF, bastante cobrados em prova. A seguir, trataremos de alguns deles.

Recentemente, o STF divulgou, em seu informativo,


entendimento de que cabe ao candidato exaurir o
conteúdo programático do edital. Isso porque “o Poder
Judiciário seria incompetente para substituir-se à banca
examinadora de concurso público no reexame de
critérios de correção das provas e de conteúdo das
questões formuladas. Assentou-se que, existente
previsão de determinado tema, cumpriria ao candidato
estudar e procurar conhecer, de forma global, os
elementos que pudessem ser exigidos nas provas, de

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modo a abarcar todos os atos normativos e casos


paradigmáticos existentes. Do contrário, significaria
exigir-se das bancas examinadoras a previsão exaustiva,
no edital de qualquer concurso, de todos os atos
normativos e de todos os ‘cases’ atinentes a cada um dos
pontos do conteúdo programático do concurso, o que
fugiria à razoabilidade”. (Informativo 677, 2012. MS
308060/DF, rel. Min. Luiz Fux, 28.08.2012).

Outro importante entendimento do STF é o de que “na ocorrência de vaga, a


Administração, ao provê-la, deve primeiro oferecer ao servidor classificado em
Concurso de Remoção, para somente então nomear candidato habilitado em
Concurso Público, ainda que já́ ocupe cargo de provimento efetivo pertencente
ao Quadro de Pessoal” do respectivo órgão. Com isso, impossibilita-se que o
Auditor-Fiscal da Receita Federal que ficou durante anos na fronteira, esperando por
uma remoção, veja sua tão sonhada vaga em sua cidade natal ser ofertada a
candidatos a novo concurso público, em detrimento dele. Isso já́ aconteceu no
passado, pode acreditar!

Em se tratando da validade do concurso público o art. 37, III da Carta Magna, dispõe
que esta será́ de até́ dois anos, prorrogável uma vez, por igual período. O prazo
de validade é definido pelo edital do concurso, sendo contado a partir da
homologação deste.

A prorrogação do concurso poderá́ ser feita pelo mesmo prazo previsto no edital.
Assim, se o edital prevê̂ validade de um ano, o concurso poderá́ ser prorrogado por
mais um ano, por exemplo.

Não se proíbe a realização de novo concurso na vigência do anterior, desde


que os já aprovados sejam convocados com prioridade sobre os novos
aprovados para assumir o cargo ou emprego.

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QUESTÃO 02 - É vedada a realização de novo concurso público para o mesmo cargo


ou emprego público durante o período de validade de concurso anteriormente
realizado.

Resposta: ERRADO

Comentário: Não proíbe a realização de novo concurso na vigência do anterior, desde


que os já aprovados sejam convocados com prioridade sobre os novos aprovados
para assumir o cargo ou emprego.

Continuando nossa análise, veja o que dispõe a Constituição sobre a convocação de


aprovados em concurso público:

Art. 37, IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital


de convocação, aquele aprovado em concurso público de
provas ou de provas e títulos será́ convocado com prioridade
sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na
carreira;

De acordo com esse dispositivo constitucional, sobrevindo um novo concurso público


enquanto vigora um concurso anterior, os candidatos aprovados no certame mais
antigo terão prioridade na nomeação em relação aos novos concursados.

O STF tradicionalmente entendia que a aprovação em concurso público, mesmo


dentro do número de vagas previsto no edital, não representava direito adquirido à
nomeação, mas mera expectativa de direito. Entretanto, em 2008, a Primeira Turma da
Corte Suprema decidiu que, no caso de aprovação em concurso dentro do número de
vagas previsto no edital, há́ sim, direito adquirido do candidato, ficando o Poder
Público obrigado ao provimento do cargo. Nessas situações, os candidatos aprovados
no certame pretérito têm, no mínimo, direito à tutela jurisdicional inibitória que
imponha à Administração obrigação de não fazer consiste em não nomear aprovados
no novo concurso em detrimento dos aprovados do concurso anterior.

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Em uma perspectiva mais garantista, pode-se, até mesmo, afirmar que os candidatos
aprovados no concurso anterior adquirem direito à nomeação quando sobrevém um
novo concurso, pois esse fato superveniente denotaria a existência de interesse e
necessidade pública no provimento de cargos. Aliás, existem inúmeros precedentes
nesse sentido:

O art. 37, IV, da Constituição Federal, dispõe que ‘durante


o prazo improrrogável previsto no edital de convocação,
aquele aprovado em concurso público de provas ou de
provas e títulos será convocado com prioridade sobre os
novos concursados para assumir cargo ou emprego, na
carreira’. 3. A abertura de novo concurso indicando a
necessidade de mais vagas, quando ainda não terminado
o prazo do certame anterior, transfere a questão da
nomeação do campo da discricionariedade para o da
vinculação, uma vez que deve ser observado o direito
subjetivo do candidato aprovado à nomeação.
Precedentes do STJ. (TRF-4, MS 27713, DEletronico
07/10/2008).

Com a irregular abertura de novo concurso, surge para o


candidato aprovado o direito líquido e certo de ser
nomeado. (TJPR, Apelação cível e reexame necessário n.º
0110373-3, DJ 11/03/2012.

O STF elaborou uma súmula a respeito dessa situação. Veja o que diz a Súmula 15:
“dentro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado tem o direito à
nomeação, quando o cargo for preenchido sem observância da classificação”.
Assim, o candidato preterido, nesse caso, tem direito subjetivo à nomeação.

Em relação aos cargos em comissão e funções de confiança, o inciso V, do art. 37 da


Carta Constitucional traz a seguinte redação:

V – as funções de confiança, exercidas exclusivamente por


servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em
comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira, nos

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casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei,


destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento;

Ante a análise do disposto, percebe-se que não há distinção precisa entre as funções
de confiança e os cargos em comissão, todavia, a maior diferença entre o cargo em
comissão e a função de confiança é o lugar ocupado no quadro funcional da
Administração, sendo que, enquanto o cargo em comissão ocupa um espaço na sua
estrutura, uma vez que se nomeia uma pessoa qualquer para exercê-lo (nomeação
está baseada na simples confiança da autoridade nomeante em relação à pessoa
nomeada) reservado o limite mínimo exigido por lei, atribuindo-lhe um conjunto de
atribuições e responsabilidades, a função de confiança é atribuída a um servidor
efetivo, que já pertence aos quadros da Administração, não modificando, então, a
estrutura organizacional da Administração Pública.

Em relação à função de confiança, a Emenda Constitucional nº 19/98, dispôs que esta


deverá recair, obrigatoriamente, sobre servidor ocupante de cargo efetivo. Diante
disso, o que resta evidente é que não pode se falar em livre designação para função
de confiança, contudo, a autoridade competente, poderá dispensar o servidor
ocupante desta função de forma livre, a seu próprio critério.

FUNÇÕES DE CONFIANÇA CARGOS EM COMISSÃO

DIREÇÃO, CHEFIA E DIREÇÃO, CHEFIA E


ASSESSORAMENTO ASSESSORAMENTO
uma PORCENTAGEM vai ser entregue à
QUALQUER PESSOA
100% das funções são entregues (não precisa de concurso)
para quem já é CONCURSADO
uma PORCENTAGEM vai ser
entregue à quem é CONCURSADO
Exemplo: Delegado Chefe de
Polícia Exemplo: Secretário do Estado

Tanto para Função de Confiança como para os Cargos em comissão, NÃO PRECISA DE

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CONCURSO PÚBLICO.

Vou mandar mais um macete para você levar pra sua prova:

CARGO EM livre livre


COMISSÃO nomeação exoneração

Tanto em relação às funções de confiança quanto aos cargos comissionados, a referida


Emenda Constitucional introduziu a regra de que os servidores ocupantes destas
funções ou cargos se destinam apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento.

No que tange à criação indiscriminada de cargos em comissão, o Supremo Tribunal


Federal, frente a um caso concreto de criação de cargos comissionados pela Câmara
Municipal de Blumenau, ante o princípio da razoabilidade, da proporcionalidade, da
moralidade administrativa e da necessidade de concurso público, julgou, através do
RE nº 365368 AgR/SC, enfatizando que não se tratava de apreciação do mérito
administrativo e sim da inconstitucionalidade da criação dos referidos cargos, que
seriam 42 comissionados e apenas 25 efetivos, veja o que diz o trecho do julgamento,
o qual merece destaque:

Asseverou-se que, embora não caiba ao Poder Judiciário


apreciar o mérito dos atos administrativos, a análise de
sua discricionariedade seria possível para a verificação de
sua regularidade em relação às causas, os motivos e à
finalidade que ensejam. Salientando a jurisprudência da
Corte no sentido da exigibilidade de realização de
concurso público, constituindo-se exceção a criação de
cargos em comissão e confiança, reputou-se
desatendido o princípio da proporcionalidade, haja vista
que, dos 67 funcionários da Câmara de Vereadores, 42
exerceriam cargos de livre nomeação e apenas 25 ,
cargos de provimento efetivo. Ressaltou-se, ainda, que a
proporcionalidade e a razoabilidade podem ser

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identificadas como critérios que, essencialmente, devem


ser considerados pela Administração Pública no exercício
de suas funções típicas. Por fim, aduziu-se que,
concebida a proporcionalidade como correlação entre
meios e fins, dever-se-ia observar relação de
compatibilidade entre os cargos criados para atender às
demandas do citado Município e os cargos efetivos já
existentes, o que não ocorrera no caso. (Informativo STF
nº 468)

Com relação à nomeação indiscriminada de servidores para ocupação de cargos


comissionados no serviço público, embora não haja esta proibição legal, muito se tem
conquistado para a extinção da prática do nepotismo em todas as esferas da
Administração.

Primeiramente, o nepotismo foi proibido no âmbito do Poder Judiciário e no


Ministério Público, por meio de Resoluções dos Conselhos Nacional de Justiça e do
Ministério Público, respectivamente.

Sem sombra de dúvida foram iniciativas louváveis, porém, não foi o suficiente para
abolição do nepotismo no meio político. Diante disso, em agosto de 2008, a Suprema
Corte aprovou a Súmula Vinculante nº 13, vedando, totalmente, a prática de
nepotismo nos 03 (três) poderes, executivo, legislativo e judiciário, veja o que diz o
texto da referida Súmula:

A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em


linha reta, colateral ou por afinidade, até 3º grau,
inclusive da autoridade nomeante ou de servidor da
mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção,
chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em
comissão ou de confiança ou ainda de função gratificada
da administração pública direta, indireta em qualquer
dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos municípios, compreendido o ajuste mediante

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designações recíprocas, viola a Constituição Federal.

A Súmula acima colacionada tem poder vinculante, devendo, pois, ser obedecida por
toda a administração pública direta ou indireta, incluídas, ainda, suas autarquias e
estatais e pelos tribunais de todo o país.

É importante destacar que a vedação ao nepotismo não alcança a nomeação para


cargos políticos. Assim, o governador de um Estado pode nomear seu irmão para o
cargo de secretário estadual, por exemplo.

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4 Questões de Sala
Meus caros alunos, ANTES DE ENCERRAR ... vamos RESOLVER as questões da sala de
aula? Vamos lá??

QUESTÃO 01 - Acerca de provimento e vacância de cargo, emprego ou função


pública, julgue o item seguinte.

A partir da promulgação da Constituição Federal de 1988, o provimento de função


pública ocorre somente mediante aprovação em concurso público de provas e títulos.

( ) CERTO ( ) ERRADO

QUESTÃO 02 - A Constituição não estabelece critério de convocação para candidatos


aprovados, durante o prazo de vigência do concurso, sendo esta matéria reservada à
legislação ordinária.

( ) CERTO ( ) ERRADO

QUESTÃO 03 - É vedada a realização de novo concurso público para o mesmo cargo


ou emprego público durante o período de validade de concurso anteriormente
realizado.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Gabarito: 01. Errado 02 Errado 03 Errado

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“A nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-
nos sempre depois de cada queda”. - Oliver Goldsmith

ACREDITE, JUNTOS CHEGAREMOS LÁ!

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Direito Constitucional

Da Administração Pública (Parte III)

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1 Roteiro do PDF FOCADO

• Material Teórico Escrito (conteúdo para o aluno complementar além das


videoaulas. Este material pode conter informações além das trabalhadas em
videoaulas. Mas, claro, com tudo que é necessário para a sua aprovação, com
a profundidade necessária – nem mais, nem menos.);
• Questões comentas: essas questões são extras e são esplanadas apenas aqui
no material escrito;
• Questões de Sala (questões resolvidas durante as videoaulas).

Você pode usar as videoaulas para entender a matéria como um todo e usar os PDFs
para complementar e aprofundar ainda mais sobre os temas!

E como eu disse, sem enrolação, vamos direto ao conteúdo para o seu concurso.

VAMOS NESSA!

2 Conteúdo Programático
1 Roteiro do PDF FOCADO ........................................................................................................ 2
3 Direitos dos servidores públicos civis ..................................................................................... 3
4 Questões de Sala ................................................................................................................... 9

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3 Direitos dos servidores públicos civis

O direito à associação sindical do servidor público é assegurado no inciso VI do art.


37 da Constituição:

Art. 37, VI - é garantido ao servidor público civil o direito à


livre associação sindical

O servidor público tem, portanto, o poder de se associar a um sindicato. Entretanto,


destaca-se que a súmula 679 do STF proíbe a convenção coletiva para fixação de
vencimentos dos servidores públicos. Destaca-se, ainda, que aos militares são vedadas
a sindicalização e a greve (CRFB/88, art. 142, IV), sem exceção.

No dispositivo seguinte, assegura-se ao servidor público o direito de greve:

Art. 37, VII - o direito de greve será́ exercido nos termos e nos
limites estabelecidos em lei específica.

Servidor Civil de
CIVIL MILITAR
Segurança Pública

Pode fazer Não pode Não pode


Greve fazer Greve fazer Greve

Pode ter Não pode Pode ter


Sindicato ter Sindicato Sindicato

Professor, mas afinal, quem são esses Servidores civis de segurança


pública?

Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Civil. Segundo o STF,


para estes não cabe mais o direito de greve, porém, eles podem se unir
em sindicato.

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É IMPORTANTE ainda você saber que a Constituição Federal trata apenas dos Civis e
Militares. As decisões quanto a direito de greve e de se unir em sindicato referente
aos Servidores Civis de Segurança Pública é um entendimento Jurisprudencial e
não se encontra na Constituição Federal.

Observe também, meu aluno e aluna, que, ao contrário do direito à associação


sindical, que é uma norma constitucional de eficácia plena, o direito de greve do
servidor público é uma norma constitucional de eficácia limitada. Como tal lei
ainda não foi editada, o STF, no julgamento de três mandados de injunção, adotando
a posição concretista geral, determinou a aplicação ao setor público, no que couber,
da lei de greve vigente no setor privado (Lei no 7.783/89) até a edição da lei
regulamentadora.

A Carta Magna assegura, ainda, aos servidores públicos, os seguintes direitos sociais
(CRFB/88, art. 39, § 3o):

✓ Salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas


necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação,
educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com
reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua
vinculação para qualquer fim;
✓ Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem
remuneração variável;
✓ Décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da
aposentadoria;
✓ Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
✓ Salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda
nos termos da lei;
✓ Duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e
quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada,
mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
✓ Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
✓ Remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por
cento à do normal;
✓ Gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que
o salário normal;

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✓ Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de


cento e vinte dias;
✓ Licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
✓ Proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos,
nos termos da lei;
✓ Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança;
✓ Proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de
admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil.

No inciso VIII do art. 37, o constituinte assegura percentual dos cargos para os
portadores de deficiência:

Art. 37, VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos


públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá
os critérios de sua admissão;

Note que é a lei que definirá os critérios de admissão das pessoas portadoras de
deficiência, jamais o administrador público.

Continuando nossa análise do art. 37 da Constituição, determina o texto constitucional


que:

IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo


determinado para atender a necessidade temporária de
excepcional interesse público;

Esse inciso prevê a contratação de pessoal sem concurso público, por tempo
determinado. Esse pessoal não ocupa cargo público, não está́ sujeito ao regime
estatutário a que se submetem os servidores públicos titulares de cargo efetivo e em
comissão.

Também não está́ sujeito à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a não ser nos
termos em que a lei específica que os rege defina. Esses agentes públicos são

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estatutários, pois têm seu próprio estatuto de regência, que define seu regime jurídico.
Exercem função pública remunerada temporária, tendo vínculo jurídico-administrativo
com a Administração Pública. Sujeitam-se ao regime geral de previdência social
(RGPS) e suas lides com o Poder Público contratante são de competência da Justiça
comum, federal ou estadual (ou do Distrito Federal), conforme o caso.

Para a utilização do instituto da contratação temporária, exceção à contratação


mediante concurso público, é necessário o cumprimento de três requisitos:

✓ Excepcional interesse público;


✓ Temporariedade da contratação;
✓ Hipóteses expressamente previstas em lei.

QUESTÃO 03 - Admite-se a realização, pela administração pública, de processo


seletivo simplificado para contratar profissionais por tempo determinado para atender
à necessidade temporária de excepcional interesse público.

Resposta: CERTO

Comentário: É o que estabelece o artigo 37, inciso IX, da CF: “a lei estabelecerá os
casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária
de excepcional interesse público”.

No que diz respeito à Previdência Social, o regime adotado para quem é Funcionário
Temporário SEMPRE vai ser Regime Geral de Previdência Social (RGPS).

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Professor, e no que diz respeito ao estatuto? Qual se deve seguir?


Estatuto próprio ou a CLT? Lembrem-se, como REGRA deve-se
seguir a CLT. Como EXCEÇÃO, deve-se seguir a lei do cargo que irá
ocupar.

Mais um detalhe: no que diz respeito aos PSS Federais, estes não seguem a lei do
cargo, mas sim uma lei própria dos PSS Federal. É a exceção da exceção.

REGRA CLT
QUANTO AO
ESTATUTO
FUNÇÃO
TEMPORÁRIA

Estatuto do
EXCEÇÃO
Cargo

Exceção da Exceção: PSS


Federais seguem lei
própria do PSS Federal

Vamos para mais uma diferenciação! Cargo é uma coisa, Emprego é outra coisa e,
este não tem nenhuma relação com Cargo em Comissão, Função Comissionada nem
com Função Temporária.

Quando o sujeito passa no concurso para atuar como servidor, estamos falando de
Cargo. Outra coisa é o indivíduo prestar concurso para ser Empregado Público, vai
seguir a CLT, e então, Emprego. E ATENÇÃO, tanto para o Cargo quando para o
Emprego Público, É NECESSÁRIO CONCURSO PÚBLICO.

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Agora, Cargo eletivo ocorre quando o sujeito não ocupa cargo na Administração
Pública com nenhuma dessas hipóteses mencionadas, mas sim como candidato. Aqui,
mais uma vez, não há concurso público. Ninguém faz concurso público para ser
vereador, para Presidente da República etc.

Cargo em Não precisa Ex: Ministro


de Concurso do Meio
Comissão Público Ambiente

Função de Não precisa Ex: Delegado


de Concurso Chefe de
Confiança Público Polícia

Função Não precisa


de Concurso PSS
Temporária Público

Precisa de servidor
Cargo Concurso público

Precisa de Empregado
Emprego Concurso Público

Cargo Não precisa


de Concurso Vereador
Eletivo Público

Isso cai demais em prova, tanto em Direito Constitucional quanto em Direito


Administrativo. Então pessoal, estude o Inciso IX do artigo 37 EM PARALELO com
o Inciso V. Beleza?!

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4 Questões de Sala
Meus caros alunos, ANTES DE ENCERRAR ... vamos RESOLVER as questões da sala de
aula? Vamos lá??

QUESTÃO 01 - Considerando o disposto na CF acerca da administração pública, é


correto afirmar que a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para
idosos e pessoas portadoras de deficiência, definindo os critérios de sua admissão.

( ) CERTO ( ) ERRADO

QUESTÃO 02 - Admite-se a realização, pela administração pública, de processo


seletivo simplificado para contratar profissionais por tempo determinado para atender
a necessidade temporária de excepcional interesse público.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Gabarito: 01. Errado 02 Certo

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“A nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-
nos sempre depois de cada queda”. - Oliver Goldsmith

ACREDITE, JUNTOS CHEGAREMOS LÁ!

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Direito Constitucional

Da Administração Pública (Parte IV)

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1 Roteiro do PDF FOCADO

• Material Teórico Escrito (conteúdo para o aluno complementar além das


videoaulas. Este material pode conter informações além das trabalhadas em
videoaulas. Mas, claro, com tudo que é necessário para a sua aprovação, com
a profundidade necessária – nem mais, nem menos.);
• Questões de Sala (questões resolvidas durante as videoaulas).

Você pode usar as videoaulas para entender a matéria como um todo e usar os PDFs
para complementar e aprofundar ainda mais sobre os temas!

E como eu disse, sem enrolação, vamos direto ao conteúdo para o seu concurso.

VAMOS NESSA!

2 Conteúdo Programático
1 Roteiro do PDF FOCADO ........................................................................................................ 2
3 Regras Constitucionais Pertinentes à Remuneração dos Agentes Públicos ............................. 3
3.1 Fixação da remuneração e revisão geral ...................................................................................... 3
3.2 Limites de remuneração dos servidores públicos (teto Constitucional) ......................................... 5
4 Questões de Sala ................................................................................................................. 11

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3 Regras Constitucionais Pertinentes à Remuneração dos


Agentes Públicos

Antes de iniciarmos a análise do dispositivo, cumpre fazermos algumas elucidações.


A remuneração dos servidores públicos pode se dar por meio de subsídios,
vencimentos ou salários.

A primeira delas, o subsídio, é uma forma de remuneração fixada em parcela única,


sem acréscimos de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
representação ou outra espécie remuneratória. É remuneração obrigatória para os
agentes políticos e para servidores públicos de determinadas carreiras (Advocacia-
Geral da União, Defensoria Pública, Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional,
procuradorias dos estados e do DF, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, polícias
civis, polícias militares e corpos de bombeiros militares).

Além disso, pode ser facultativamente adotado, a critério do legislador ordinário, para
servidores públicos organizados em carreira (CRFB, art. 39, § 8o). É o caso dos
Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil, por exemplo.

Já́ os vencimentos compreendem a remuneração em sentido estrito, percebida pelos


servidores públicos. O artigo 41 da Lei 8.112/90 estabelece que remuneração é o
vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes
estabelecidas em lei.

Finalmente, o salário é a forma remuneratória paga aos empregados públicos,


contratados sob regime celetista. É o caso do presidente de uma empresa pública,
por exemplo.

3.1 Fixação da remuneração e revisão geral

O inciso X do art. 37 da CF/88 foi bastante alterado pela EC no 19/1998, passando a


ter a seguinte redação:

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“X – a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que


trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou
alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa
em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na
mesma data e sem distinção de índices;”

O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e


os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por
subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação,
adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie
remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI

A mais importante alteração introduzida pela referida emenda constitucional diz


respeito à exigência de lei ordinária específica para que se fixe ou altere a
remuneração (em sentido amplo) dos servidores públicos. Isso quer dizer que cada
alteração de remuneração de qualquer cargo deverá ser feita por meio de edição de
uma lei ordinária que somente trate deste assunto – a fixação ou a alteração do valor
da remuneração de determinado (ou determinados) cargos.

A iniciativa privativa das leis que fixem ou alterem remunerações dependerá do cargo
a que a lei se refira. Uma leitura sistemática da Constituição, atinente às principais
hipóteses de iniciativa de leis que tratem de remuneração de cargos públicos, fornece-
nos o seguinte quadro:

✓ Iniciativa é privativa do Presidente da República para os cargos da estrutura do


Poder Executivo federal (CRFB/88, art. 61, § 1º, II, “a”).
✓ Para os cargos da estrutura da Câmara dos Deputados, a iniciativa das leis que
fixe ou altere sua remuneração será privativa desta Casa (CRFB/88, art. 51, IV);
✓ Relativamente a cargos pertencentes à estrutura organizacional do Senado
Federal, compete privativamente a esta Casa a iniciativa das leis que fixem ou
alterem suas remunerações (CRFB/88, art. 52, XIII);
✓ No Poder Judiciário, a regra é a competência privativa de cada tribunal para a
proposta de lei que fixe ou altere as remunerações dos cargos integrantes de
suas estruturas organizacionais (CRFB/88, art. 96, II, “b”);

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✓ A fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal é de iniciativa


privativa do próprio STF. A EC nº 41/2003 acabou com a exigência de iniciativa
conjunta dos Presidentes da República, da Câmara dos Deputados, do Senado
Federal e do Supremo Tribunal Federal para a fixação desses subsídios. Deve-
se registrar, por óbvio, que o projeto de lei resultante, como qualquer outro
projeto de lei, será submetido à sanção ou veto do Presidente da República;
✓ A fixação do subsídio dos Deputados Federais, dos Senadores, do Presidente e
do Vice-Presidente da República e dos Ministros de Estado é da competência
exclusiva do Congresso Nacional, não sujeita à sanção ou veto do Presidente da
República.

A iniciativa das leis que fixam a remuneração e o subsídio dos agentes públicos
depende do cargo a que se refiram. As principais estão previstas na tabela a seguir:

INICIATIVA CARGOS

Presidente da República Cargos da estrutura do Executivo Federal

Câmara dos Deputados Cargos da estrutura Câmara dos Deputados

Senado Federal Cargos da estrutura do Senado Federal

Competência privativa de cada tribunal Cargos da estrutura do Poder Judiciário

STF Ministros do STF

Congresso Nacional Deputados federais, senadores, Presidente e Vice-


Presidente da República e ministros de Estado

3.2 Limites de remuneração dos servidores públicos (teto Constitucional)

O inciso XI do art. 37 estabelece a regra conhecida como teto constitucional de


remuneração dos servidores públicos. Esse inciso foi alterado pela EC nº 19/1998
(“reforma administrativa”) e, apenas cinco anos depois, foi novamente modificado
com a promulgação da EC nº 41/2003 (instrumento da segunda assim denominada

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“reforma da previdência”). É o seguinte o longo texto atual do inciso XI:

XI – a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos,


funções e empregos públicos da administração direta,
autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais
agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie
remuneratória, percebidos cumulativamente ou não,
incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra
natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie,
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se
como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos
Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do
Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos
Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder
Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de
Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos
por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do
Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário,
aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos
Procuradores e aos Defensores Públicos.

Vamos lá, todos aqueles que recebem via remuneração ou via subsídio, devem
respeitar o teto Constitucional, primeiro detalhe a ser observado. Segundo o inciso
não faz menção à Administração Pública Indireta, mas somente ao que está ligado
ao DIREITO PÚBLICO. Ou seja, aqueles ligados a órgãos, autarquias e fundações,
aqueles que exercem cargos públicos dos membros e quaisquer poderes, ou seja,
de qualquer dos poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios e também
os detentores de mandato eletivo. Ou seja, não apenas os concursados, mas também
os políticos têm um mandato eletivo: vereador, ao presidente e dos demais agentes
políticos.

Em resumo, qualquer dinheiro que o sujeito venha a receber, NÃO PODE


ultrapassar o subsídio mensal em espécie dos Ministros do Supremo Tribunal
Federal.

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Um detalhe que você precisa se atentar é que existem os SUBTETOS. O teto geral a
ser respeitado é o dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, mas, na espera
municipal, por exemplo, o teto será o subsídio do Prefeito.

Nos Estados, quando estou falando no âmbito do PODER EXECUTIVO, o teto a ser
obedecido é o teto do Governador. Quando no entanto, estou falando do PODER
LEGISLATIVO do Estado, o teto a ser respeitado é dos Deputados Estaduais. Agora,
os Desembargadores de Justiça estão limitados ao subsídio dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal, no âmbito do PODER JUDICIÁRIO. Então, o limite do Poder
Judiciário Estadual é o que ganha um Desembargador.

O que você tem que notar é que quando o assunto é estado, tem-se mais do que um
patamar, mais do que um subteto.

ÂMBITO Não pode ganhar


MUNICIPAL mais que o Prefeito

SERVIDOR DO
PODER não pode ganhar
mais que o
EXECUTIVO GOVERNADOR
ESTADUAL

FUNCIONÁRIO não pode ganhar


DO LEGISLATIVO mais que o
ESTADUAL DEPUTADO

SERVIDOR DO
PODER não pode ganhar
mais do que um
JUDICIÁRIO DESEMBARGADOR
ESTADUAL

Observe ainda que dentro desse limite do Poder Judiciário, está também os
PROMOTORES, os PROCURADORES DO ESTADO, além dos DEFENSORES
PÚBLICOS. Estes portanto, não podem ganhar mais do que um Desembargador.

Destaca-se que, levando em consideração o autogoverno dos entes federativos, a EC

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no 47/05 permitiu que os Estados e o Distrito Federal fixem subtetos específicos,


desde que com a edição de emendas às respectivas Constituições Estaduais ou Lei
Orgânicas do Distrito Federal (CRFB, art. 37, § 12). Esses entes federados poderão,
portanto, alterar suas legislações, estabelecendo um limite único para seus respectivos
servidores. Esse limite, que não se aplica aos parlamentares, será́ o subsídio dos
Desembargadores do Tribunal de Justiça, que corresponde a 90,25% do subsídio dos
Ministros do STF. Além disso, por determinação da Constituição da República, aplica-
se aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e Defensores Públicos,
podendo ser estendido, de acordo com a conveniência e oportunidade de cada Estado
e do Distrito Federal, a outras carreiras, mediante alteração em suas Cartas locais.

Novamente, para facilitar a memorização do dispositivo, sintetizaremos as principais


regras referentes ao teto constitucional na tabela a seguir:

CARGOS TETO

Todos, em qualquer esfera da Federação Subsídio dos Ministros do STF

Todos os cargos municipais Subsídio do Prefeito

Todos os cargos do Executivo estadual Subsídio do Governador

Todos os cargos do Legislativo estadual Subsídio dos deputados estaduais e distritais

Teto obrigatório para os servidores do Judiciário Subsídio dos desembargadores do Tribunal de


estadual (exceto juízes, por determinação do Justiça
STF*)

Teto facultativo para os Estados e Distrito Subsídio dos desembargadores do Tribunal de


Federal (não se aplica a deputados estaduais e a Justiça (até 90,25% do subsídio dos Ministros do
distritais, nem a vereadores) STF)

* O STF entende ser inconstitucional o estabelecimento de limites diferentes de remuneração para os


magistrados estaduais e federais, por violar a isonomia ao fixar tratamento discriminatório entre juízes federais
e estaduais sem razão que o justifique.

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No que se refere ao salário dos empregados públicos das empresas públicas e


sociedades de economia mista e suas subsidiárias, os tetos só́ se aplicam às que
receberem recursos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios para
pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral (CRFB, art. 37, §9o).

Determina o inciso XII do art. 37 da CRFB/88 que:

XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do


Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo
Poder Executivo;

PODER LEGISLATIVO
NÃO PODERÃO SER
VENCIMENTOS DOS SUPERIORES AO PAGO ELO
CARGOS PODER EXECUTIVO
PODER JUDICIÁRIO

O inciso XIII do art. 37 da Lei Fundamental veda que o legislador ordinário estabeleça
reajustes automáticos de remuneração ou aumentos em cascata:

XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer


espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de
pessoal do serviço público;

Vamos lá pessoal, gravem o seguinte: MEXEU COM DINHEIRO, É LEI!


Somente pode sofrer alteração por meio de Lei Específica. Pode por meio
de Decreto? Não. Pode por meio de Resolução? Não. Falou em
remuneração, em subsídio, falou em vencimento, enfim, seja para alterar
ou para aumentar, se falou em DINHEIRO será possível somente através
de LEI ESPECÍFICA.

O inciso XIV do art. 37 da CF/88 determina que os acréscimos pecuniários percebidos


por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão
de acréscimos ulteriores. Impede, com isso, a incorporação das funções gratificadas
ao vencimento do servidor.

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SÚMULA VINCULANTE 42

É inconstitucional a vinculação do reajuste de vencimentos de servidores


estaduais ou municipais a índices federais de correção monetária.

O inciso XV garante a irredutibilidade dos vencimentos dos cargos públicos:

XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e


empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos
incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4o, 150, II, 153, III,
e 153, § 2o, I;

Aos Acréscimos Pecuniários não podem ser computados nem


acumulados e que a inserção desse inciso se deu em razão da
preocupação com os gastos com o setor público, em relação aos
subsídios, vencimentos, ocupantes de cargos ou empregos.

Outro detalhe, é que esses acréscimos pecuniários não serão usados para
acréscimos ulteriores, ou seja, POSTERIORES. Então, cuidado com isso.

Segundo o STF, essa garantia não impede a criação ou majoração de


tributos incidentes sobre os subsídios, os vencimentos, a aposentadoria
e a pensão. Além disso, a forma de cálculo dos vencimentos pode ser
modificada, apenas o valor destes é que não.

SÚMULA VINCULANTE 37

Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar
vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia.

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4 Questões de Sala
Meus caros alunos, ANTES DE ENCERRAR ... vamos RESOLVER as questões da sala de
aula? Vamos lá??

QUESTÃO 01 - O teto remuneratório constitucional aplica-se às sociedades de


economia mista e às empresas públicas se houver recebimento de recursos da União,
dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de
pessoal ou de custeio em geral.

( ) CERTO ( ) ERRADO

QUESTÃO 02 - Conforme entendimento pacificado do Supremo Tribunal Federal,


cabe ao Poder Judiciário competente, aumentar vencimentos de servidores públicos
sob o fundamento de isonomia.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Gabarito: 01. Certo 02 Errado

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“A nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-
nos sempre depois de cada queda”. - Oliver Goldsmith

ACREDITE, JUNTOS CHEGAREMOS LÁ!

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Direito Constitucional

Da Administração Pública (Parte V)

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1 Roteiro do PDF FOCADO

• Material Teórico Escrito (conteúdo para o aluno complementar além das


videoaulas. Este material pode conter informações além das trabalhadas em
videoaulas. Mas, claro, com tudo que é necessário para a sua aprovação, com
a profundidade necessária – nem mais, nem menos.);
• Questões de Sala (questões resolvidas durante as videoaulas).

Você pode usar as videoaulas para entender a matéria como um todo e usar os PDFs
para complementar e aprofundar ainda mais sobre os temas!

E como eu disse, sem enrolação, vamos direto ao conteúdo para o seu concurso.

VAMOS NESSA!

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A Carta Constitucional dispõe no inciso XVI combinado com o inciso XVII do artigo 37
a regra que proíbe a acumulação remunerada de cargos, empregos ou funções, tanto
na Administração direta como na indireta.

Art. 37, CR/88 XVI - e vedada a acumulação remunerada de


cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de
horários , observado em qualquer caso o disposto no inciso XI.

Vedada
REGRA acumulação de
cargos

Respeitado o
EXCEÇÃO compatibilidade de
horários Teto
Constitucional

Portanto, para ser aplicada a Exceção, é preciso analisar dois quesitos: se há


compatibilidade de horários e se o Teto Constitucional a que diz respeito o Inciso
XI, está sendo respeitado.

Mas e quando isso acontece? No caso de professores, por exemplo, há a


possibilidade de acumular a função, desde que os horários sejam compatíveis e este
não venha a receber um saldo superior ao determinado pelo Teto Constitucional.

Outro exemplo: o indivíduo ocupa em um horário cargo de professor, e em outro, de


técnico científico. Respeitado o Teto Constitucional, pode acumular.

Se é caso de acumulação de dois cargos de professore; se é um cargo de professor e


outro de técnico; se são dois cargos na área de saúde, dois cargos de médicos ou dois
cargos de enfermeiro, tudo isso é PERMITIDO desde que haja o respeito ao Teto
Constitucional somado à compatibilidade de horários.

Outro detalhe, essas questões que envolvem a acumulação são para verificar a
questão PÚBLICA. Não interessa aqui o âmbito privado. Isso quer dizer que o médico

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pode ter trabalho no âmbito privado atendendo em sua clínica particular, em hospital
particular, porque o que você tem que olhar aqui é se esse trabalho, se esse emprego
está relacionado ao ambiente público.

Ou seja, no âmbito privado não há problema em o profissional cumular serviços, a


vedação é cumular CARGOS PÚBLICOS.

O que interessa para o Estado é que se o sujeito for pago pelo Estado para exercer
duas funções, dois cargos, dois empregos, vai ser necessário verificar se há
compatibilidade de horários e se há respeito ao Teto Constitucional.

Essa ACUMULAÇÃO não envolve apenas cargos, mas também os empregos e toda e qualquer
função.

Agora eu quero que você tome nota e se atente à seguinte observação:

Tudo que é acumulável na ativa, vale para a inatividade!

Se não acumular na ativa, não acumula na inatividade!

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Professor, é possível, um Sargento, aposentado pelo Exército


Militar e aprovado como agente rodoviário, acumular o provento
de sargento com o subsídio do cargo de policial rodoviário que
ocupa? Pode? NÃO, porque ele não pode assumir o cargo.

O que é possível, é assumir o cargo de policial rodoviário e abrir mão da


aposentadoria. Ou, ele assume o cargo de policial rodoviário e permanece
aguardando apenas a aposentadoria, mas não recebe o subsídio da PRF.

Perceba que não há proibição de o sujeito exercer uma nova função, o que não pode
é ele receber em ambas, precisa optar por uma.

XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e


funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas,
sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades
controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;

A vedação à acumulação tem por finalidade impedir que a mesma pessoa ocupe vários
cargos ou exerça várias funções e seja integralmente remunerado por todas sem,
contudo, desempenhá-las com eficiência.

Por outro lado, a Constituição da República, diante da possibilidade de melhor


aproveitar a capacidade técnica e científica de seus profissionais regulamentou
algumas exceções à regra da não acumulação, com a ressalva de que deve haver
a compatibilidade de horário. Vejamos as exceções constitucionalmente previstas
nas alíneas do inciso XVI do artigo 37 a seguir:

✓ a de dois cargos de professor;


✓ a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
✓ a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com
profissões regulamentadas;

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Ressalte-se que mesmo nesses casos de acumulação, aplica-se a regra do teto


remuneratório previsto no inciso XI do artigo 37 da CRFB/888 , abaixo transcrito:

XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e


empregos públicos da administração direta, autárquica e
fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de
mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos,
pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos
cumulativamente ou não , incluídas as vantagens pessoais ou de
qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal,
em espécie , dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-
se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados
e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito
do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais
no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores
do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco
centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros
do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário,
aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos
Procuradores e aos Defensores Públicos;

Há também a possibilidade de acumulação de uma atividade com mandato eletivo de


vereador, nos termos do inciso III do artigo38 da Carta Maior, a seguir exposto:

Art. 38. Ao servidor público da administração direta,


autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo,
aplicam-se as seguintes disposições:

III – investido no mandato de Vereador, havendo


compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu
cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do
cargo eletivo , e, não havendo compatibilidade, será aplicada
a norma do inciso anterior;

No que tange a acumulação por aposentados, é de entendimento do STF que a


acumulação de proventos e vencimentos será possível nas mesmas atividades prevista
nas alíneas do inciso XVI retro analisadas.

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No caso em tela a acumulação das atividades diz respeito à alínea c que trata do
acúmulo de dois cargos privativos de profissionais da saúde. Ocorre que são áreas da
saúde de especialidades muito díspares, e por isso não se enquadram na exceção
permitida da alínea c.

Neste sentido o Prof. Hely Lopes Meirelles afirma que “A proibição de acumular, sendo
uma restrição de direito, não pode ser interpretada ampliativamente. (...) Trata-se,
todavia, de uma exceção, e não de uma regra, que as Administrações devem usar com
cautela, pois, como observa Castro Aguiar, cujo pensamento, neste ponto, coincide
com o nosso, ‘em geral, as acumulações são nocivas, inclusive porque cargos
acumulados são cargos mal-desempenhados’”.

SE LIGUE!

Em 2019, uma alteração na Constituição Federal permitiu o militar estadual


(bombeiro ou policial militar) a acumular o seu cargo com:

• 1 cargo de professor; ou
• 1 cargo técnico ou científico; ou
• 1 cargo de profissional de saúde.

Ou seja, deixou-se de exigir dedicação exclusiva e as leis que preveem a
carreira militar como dedicação exclusiva estão revogadas, desde que a
atividade principal seja na carreira militar estadual.

Assim, após a alteração na Constituição, ao prever que as exceções acima se


aplicam aos militares, é possível afirmar que os militares estaduais podem:

dar aulas em escolas públicas ou em universidades públicas;


exercer um cargo técnico ou científico;
acumular outro cargo público na área de saúde (isso era possível em razão de
uma alteração na Constituição em 2014).

...

Epa! Vimos que você copiou o texto. Sem problemas, desde que cite o link:
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https://concursos.adv.br/militar-estadual-pode-acumular-cargo-publico/

Para que o infanticídio se configure, não basta que a mãe mate o filho durante
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O Inciso XIX por sua vez, diz que somente por meio de LEI ESPECÍFICA, poderá ser
criada AUTARQUIA e autorizada a instituição de EMPRESA PÚBLICA, de SOCIEDADE
DE ECONOMIA MISTA e de FUNDAÇÃO, cabendo à lei complementar, último caso,
definir as áreas de atuação.

AUTARQUIA CRIADA por Lei

EMPRESA
PÚBLICA
LEI ESPECÍFICA
SOCIEDADE DE AUTORIZADAS por
ECONOMIA MISTA Lei

FUNDAÇÃO

A Fundação é a única que precisa de Lei Complementar para determinar seu objeto.

O Inciso XX vem dizer que em cada caso vai depender de AUTORIZAÇÃO


LEGISLATIVA para a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso
anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada.

A Lei então, é quem precisa autorizar a criação de qualquer dessas entidades -


Autarquias, Empresas Públicas, Sociedade de Economia Mista e Fundação - assim
como precisa autorizar a participação destas em empresas privadas.

Professor, o que seria essa criação de subsidiárias? Subsidiárias é uma


empresa menor, são pequenas empresas que dão apoio àquela grande
empresa. Então, para a criação de pequenas empresas de apoio, às chamadas
subsidiárias, a CONSTITUIÇÃO dispõe a necessidade de autorização
legislativa cedida pelo Congresso Nacional.

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Todavia, o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL por meio de MUTAÇÃO


CONSTITUCIONAL, entende que no que diz respeito a criação de subsidiárias, não é
necessário pedir autorização ao Congresso Nacional, visto que já existe autorização
na lei geral.

Mas afinal, o que vale? O que diz a Constituição ou o que diz o STF? Muito embora
haja esses entendimentos diferentes, você precisa levar para sua prova é que a
respeito da criação de subsidiárias, vale o entendimento do STF, portanto, não
precisa de autorização do Congresso Nacional!

Avançando, o Inciso XXI do artigo 37 envolve a LICITAÇÃO em que, salvo raríssimas


exceções, o Estado deverá promover o processo de licitação pública em prol de
assegurar a igualdade de condições de todos os concorrentes.

Então, para obras, serviços, alienações, compras, etc; o Estado deve promover
essa LICITAÇÃO PÚBLICA devendo estabelecer cláusulas de obrigações de
pagamento r que mantenham as condições efetivas da proposta.

Para finalizar, o Inciso XXII traz que as ADMINISTRAÇÕES TRIBUTÁRIAS da União,


dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao
funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão
recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma
integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais,
na forma da lei ou convênio.

Você que já estudou Direito Tributário, sabe que quando o assunto é IMPOSTO os as
verbas arrecadadas, os valores arrecadados a título de imposto são desafetados. Ou
seja, tudo o que entra para o Estado a título de Imposto, o Estado pode gastar em
qualquer lugar.

A verba nesses casos, não estão amarradas, a não ser em raríssimas exceções onde se
afeta aquele gasto em uma das afetações constitucionalmente possível, além de
educação, saúde, etc; é a questão que envolve a ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA na

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relação, então um gasto fixo para dar guarida aos fiscais.

Mais do que isso moçada, vocês vão perceber que no Inciso XXII temos alguns
parágrafos que são importantíssimos, mas, vou aprofundar com vocês em uma
próxima oportunidade.

De forma rápida, vimos que o §1º traz um exemplo da aplicação do Princípio da


Impessoalidade. O §2º por sua vez, aborda os incisos I, II e III em que diz que, se não
for respeitada a questão do concurso, se não for respeitado a questão dos prazos,
aquele ato é nulo.

No §3º você vai notar a questão que envolve a participação do usuário que em
verdade está voltado ao Princípio Expresso a Participação Popular, a participação
do cidadão e as formas de participação que podem ser cobradas em provas.

No que diz respeito ao restante dos parágrafos, não vou aqui trabalhar com vocês de
forma aprofundada visto que, se for cobrado na sua prova, será na parte do Direito
Administrativo e aqui, estamos dando enfoque ao que pode ser cobrada na sua prova
de Direito Constitucional. Então, no que diz respeito a questão de Responsabilidade
Civil, Improbidade Administrativa, você vai verificar de forma aprofundada lá na
matéria de Direito Administrativo, beleza?

De forma breve, vou trazer para você o §8º que envolve o CONTRATO DE GESTÃO.
O contrato de gestão é feito entre o órgão público e uma entidade criada por ele e,
visando então aumentar essa entidade. A única coisa que quero que você grave agora
o que precisa constar no contrato de gestão: prazo de duração, controles e critérios
de avaliação, direitos e obrigações, responsabilidade dos diretores, avaliação e
desempenho e, remuneração.

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prazo de duração

controles e critérios
de avaliação

direitos e
obrigações
CONTRATO DE
GESTÃO
responsabilidade
dos diretores

avaliação e
desempenho

remuneração

Em relação à vedação de percepção simultânea, o §10º vai dizer que é vedada a


percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes dos artigos 42 ao
142 com a remuneração do cargo, emprego ou função pública, ressalvados os casos
acumuláveis na forma da Constituição.

Então lembre, em regra não é permitido acumular proventos, salvo as exceções:


cargos eletivos e cargos de comissão.

O artigo 37, XVIII, da Constituição, estabelece que a administração fazendária e seus


servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência
sobre os demais setores administrativos, na forma da lei.

Esse artigo ressalta a importância da Administração Tributária e de seus servidores


para o Estado brasileiro, por serem eles os responsáveis pela arrecadação de recursos
indispensáveis à sua manutenção. No inciso XXII são assegurados inclusive recursos
prioritários para a Administração tributária, podendo ser assegurados até mesmo por
vinculação de receitas de impostos:

Art. 37, XXII - as administrações tributarias da União, dos Estados, do


Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do
Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos
prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada,
inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na
forma da lei ou convênio.

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2 Questões de Sala
Meus caros alunos, ANTES DE ENCERRAR ... vamos RESOLVER as questões da sala de
aula? Vamos lá??

QUESTÃO 01 - Conforme a CF88, é possível a acumulação de dois cargos de professor


com um cargo técnico ou científico.

( ) CERTO ( ) ERRADO

QUESTÃO 02 - A CF exige lei específica para a criação de subsidiária de sociedade de


economia mista.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Gabarito: 01. Errado 02 Certo

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“A nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-
nos sempre depois de cada queda”. - Oliver Goldsmith

ACREDITE, JUNTOS CHEGAREMOS LÁ!

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Direito Constitucional

Da Administração Pública (Parte VI)

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1 Roteiro do PDF FOCADO

• Material Teórico Escrito (conteúdo para o aluno complementar além das


videoaulas. Este material pode conter informações além das trabalhadas em
videoaulas. Mas, claro, com tudo que é necessário para a sua aprovação, com
a profundidade necessária – nem mais, nem menos.);
• Questões de Sala (questões resolvidas durante as videoaulas).

Você pode usar as videoaulas para entender a matéria como um todo e usar os PDFs
para complementar e aprofundar ainda mais sobre os temas!

E como eu disse, sem enrolação, vamos direto ao conteúdo para o seu concurso.

VAMOS NESSA!

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Como decorrência do princípio da impessoalidade, o administrador deve dar igual


tratamento a todos os administrados, sem privilegiar ou discriminar injustificadamente
a ninguém.

Ainda, a partir deste princípio, a atuação do administrador público deve, sempre, estar
voltada a realização de interesses públicos, e não pessoais, particulares. Neste sentido,
o parágrafo 1º, do artigo 37, da CF dispõe que a publicidade dos atos, programas,
obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo,
informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou
imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

Observe que não à vedação quanto a publicidade da obra ou dos atos da


Administração Pública, isso é permitido. A vedação está na vinculação desses atos com
o nome de algum gestor, com símbolos ou imagens que caracterizem a promoção
pessoal.

Então, MUITA ATENÇÃO. O §1º do artigo 37


não autoriza a publicidade de atos
da Administração Pública que promovam a promoção pessoal. ISSO É
VEDADO. A divulgação é permitida apenas para CARÁTER
INFORMATIVO.

A não publicação de atos administrativos vinculados à nomes de


governantes ou administradores, NÃO viola o Princípio da Publicidade,
mas SIM viola, o Princípio da Impessoalidade.

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tratar de forma
ex: concurso público e
IDEIA DE IGUALDADE igual, pessoas licitação
diferentes
Princípio da
Impessoalidade a publicidade dos atos
VEDAÇÃO À da Administração
§1º do artigo 37
PROMOÇÃO PESSOAL Pública devem ter
caráter INFORMATIVO

Art. 37 da CF
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos
órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação
social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

§ 2º A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do


ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei.

§ 3º As reclamações relativas à prestação de serviços públicos serão


disciplinadas em lei.

§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração


pública direta e indireta, regulando especialmente: (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral,


asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a
avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre


atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Vide Lei nº 12.527, de 2011)

III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de


cargo, emprego ou função na administração pública. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

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§ 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos


direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o
ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo
da ação penal cabível.

§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por


qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas
as respectivas ações de ressarcimento.

§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras


de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa.

§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou


emprego da administração direta e indireta que possibilite o acesso a
informações privilegiadas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19,
de 1998)

§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades


da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a
ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por
objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo
à lei dispor sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
(Regulamento) (Vigência)

I - o prazo de duração do contrato; (Incluído pela Emenda Constitucional


nº 19, de 1998)

II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações


e responsabilidade dos dirigentes; (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 19, de 1998)

III - a remuneração do pessoal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº


19, de 1998)

§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades


de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas
de pessoal ou de custeio em geral. (Incluído pela Emenda Constitucional

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nº 19, de 1998)

§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria


decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo,
emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma
desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados
em lei de livre nomeação e exoneração. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998) (Vide Emenda Constitucional nº 20, de
1998)

§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que
trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório
previstas em lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado
aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às
respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal
dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa
inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros
do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo
aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

§ 13. O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para
exercício de cargo cujas atribuições e responsabilidades sejam compatíveis
com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental,
enquanto permanecer nesta condição, desde que possua a habilitação e o
nível de escolaridade exigidos para o cargo de destino, mantida a
remuneração do cargo de origem. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 103, de 2019)

§ 14. A aposentadoria concedida com a utilização de tempo de contribuição


decorrente de cargo, emprego ou função pública, inclusive do Regime Geral
de Previdência Social, acarretará o rompimento do vínculo que gerou o
referido tempo de contribuição. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 103, de 2019)

§ 15. É vedada a complementação de aposentadorias de servidores públicos


e de pensões por morte a seus dependentes que não seja decorrente do
disposto nos §§ 14 a 16 do art. 40 ou que não seja prevista em lei que extinga

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regime próprio de previdência social. (Incluído pela Emenda


Constitucional nº 103, de 2019)

§ 16. Os órgãos e entidades da administração pública, individual ou


conjuntamente, devem realizar avaliação das políticas públicas, inclusive com
divulgação do objeto a ser avaliado e dos resultados alcançados, na forma da
lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021).

De forma rápida, vimos que o §1º traz um exemplo da aplicação do Princípio da


Impessoalidade. O §2º por sua vez, aborda os incisos I, II e III em que diz que, se não
for respeitada a questão do concurso, se não for respeitado a questão dos prazos,
aquele ato é nulo.

No §3º você vai notar a questão que envolve a participação do usuário que em
verdade está voltado ao Princípio Expresso a Participação Popular, a participação
do cidadão e as formas de participação que podem ser cobradas em provas.

No que diz respeito ao restante dos parágrafos, não vou aqui trabalhar com vocês de
forma aprofundada visto que, se for cobrado na sua prova, será na parte do Direito
Administrativo e aqui, estamos dando enfoque ao que pode ser cobrada na sua prova
de Direito Constitucional. Então, no que diz respeito a questão de Responsabilidade
Civil, Improbidade Administrativa, você vai verificar de forma aprofundada lá na
matéria de Direito Administrativo, beleza?

De forma breve, vou trazer para você o §8º que envolve o CONTRATO DE GESTÃO.
O contrato de gestão é feito entre o órgão público e uma entidade criada por ele e,
visando então aumentar essa entidade. A única coisa que quero que você grave agora
o que precisa constar no contrato de gestão: prazo de duração, controles e critérios
de avaliação, direitos e obrigações, responsabilidade dos diretores, avaliação e
desempenho e, remuneração.

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prazo de duração

controles e critérios
de avaliação

direitos e
obrigações
CONTRATO DE
GESTÃO
responsabilidade
dos diretores

avaliação e
desempenho

remuneração

Em relação à vedação de percepção simultânea, o §10º vai dizer que é vedada a


percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes dos artigos 42 ao
142 com a remuneração do cargo, emprego ou função pública, ressalvados os casos
acumuláveis na forma da Constituição.

Então lembre, em regra não é permitido acumular proventos, salvo as exceções:


cargos eletivos e cargos de comissão.

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2 Questões de Sala
Meus caros alunos, ANTES DE ENCERRAR ... vamos RESOLVER as questões da sala de
aula? Vamos lá??

QUESTÃO 01 - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos


órgãos públicos poderá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social.

( ) CERTO ( ) ERRADO

QUESTÃO 02 - Rafael, funcionário da concessionária prestadora do serviço público


de fornecimento de gás canalizado, realizava reparo na rede subterrânea, quando
deixou a tampa do bueiro aberta, sem qualquer sinalização, causando a queda de
Sônia, transeunte que caminhava pela calçada.

Sônia, que trabalha como faxineira diarista, quebrou o fêmur da perna direita em razão
do ocorrido e ficou internada no hospital por 60 dias, sem poder trabalhar. Após
receber alta, Sônia procurou você, como advogado(a), para ajuizar ação indenizatória
em face da concessionária, com base em sua responsabilidade civil objetiva, para cuja
configuração é desnecessária a comprovação de dolo ou culpa de Rafael.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Gabarito: 01. Certo 02 Certo

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“A nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-
nos sempre depois de cada queda”. - Oliver Goldsmith

ACREDITE, JUNTOS CHEGAREMOS LÁ!

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Direito Constitucional

Da Administração Pública (artigo 38)

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1 Roteiro do PDF FOCADO

• Material Teórico Escrito (conteúdo para o aluno complementar além das


videoaulas. Este material pode conter informações além das trabalhadas em
videoaulas. Mas, claro, com tudo que é necessário para a sua aprovação, com
a profundidade necessária – nem mais, nem menos.);
• Questão de Sala (questão resolvida durante as videoaulas);

Você pode usar as videoaulas para entender a matéria como um todo e usar os PDFs
para complementar e aprofundar ainda mais sobre os temas!

E como eu disse, sem enrolação, vamos direto ao conteúdo para o seu concurso.

VAMOS NESSA!

2 Conteúdo Programático
1 Roteiro do PDF FOCADO ........................................................................................................ 2
3 Disposições sobre servidor público......................................................................................... 3
4 Questões de Sala ................................................................................................................... 7

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3 Disposições sobre servidor público


Como vimos anteriormente, salvo em raríssimas exceções, não é possível acumular
subsídios, certo?! Vamos adentrar agora ao artigo 38 que trata da possibilidade ou
não de acumular cargo efetivo com o cargo eletivo.

Pode um auditor fiscal concorrer a vereador? Pode um policial militar concorrer


a prefeito, deputado? Como fica a situação do cargo, pode ou não acumular o
subsídio? Tem que optar por uma das remunerações? Vamos a fundo nesse artigo
para acabar com todas essas dúvidas e você acertar a questão na hora da sua prova!

Ao pegar o artigo 38 você vai notar que ele traz algumas disposições sobre os
servidores públicos da administração direta, autárquica e fundacional no exercício do
mandato eletivo.

Para entender o artigo, segue uma esquematização onde você vai perceber os
Cargos, a situação em que o sujeito se encontra e se pode ou não acumular. Observe:

Cargos Situação $
Federais X Não pode acumular Recebe apenas o subsídio do
cargo eletivo

Estaduais X Não pode acumular Recebe apenas o subsídio do


cargo eletivo
Cargo de Prefeito X Não pode acumular Pode optar pelo subsídio do
cargo que ocupa ou o de
Prefeito
Vereadores V Pode acumular

Então vamos lá, como você pode observar, os cargos Federais, cargos Estaduais e
cargo municipal de Prefeito, há a necessidade de AFASTAMENTO! Esse afastamento
dá-se de forma temporária.

Portanto, quando o indivíduo é nomeado para exercer um cargo federal, estadual ou


o cargo municipal de Prefeito precisa se AFASTAR DO CARGO EFETIVO. Não pode

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ser auditor e Prefeito ao mesmo tempo, não pode ser técnico do INSS e deputado ao
mesmo tempo, não pode exercer um cargo efetivo e ao mesmo tempo, na ativa,
também exercer um cargo eletivo federal, estadual e de prefeito.

A possibilidade de acumular, como você vem observou, só é permitida para cargos


de VEREADORES. Então é possível acumular, porém, aqui precisa respeitar a questão
do cargo e a compatibilidade de horário.

Além da compatibilidade de horário, é necessário verificar se a Lei específica do


cargo efetivo, por exemplo, aceita a acumulação com qualquer outro cargo eletivo.

Professor, é possível acumular o cargo de escrivão da Polícia


Federal com o cargo de vereador? NÃO! Porque a função de
segurança pública, a função de segurança nacional, quando exercida
é de dedicação exclusiva. Então não pode exercer com acumulação a
outro cargo mesmo que eletivos.

Então, na verdade, a primeira coisa que você tem que perceber é que é possível sim
acumular com o cargo de vereador, desde que haja compatibilidade de horário e o
teu cargo também autorize.

CARGO DE
VEREADOR compatibilidade Lei do cargo
PODE de horário autorizando
ACUMULAR

Por exemplo, se for um cargo de segurança pública, provavelmente a Lei do teu cargo
não vai autorizar. Mas, se for um outro cargo, como o de técnico, aí sim, é possível
verificar se há ou não possibilidade de acumulação. Havendo a possibilidade de
acumulação, compatibilidade de horário e respeito ao teto, pronto, pode acumular.

Então, RETOMANDO: cargos federais, estaduais e cargo de Prefeito,

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invariavelmente deve haver um afastamento temporário do cargo efetivo e, o cargo


de vereador é o único cargo que pode acumular, se houver a compatibilidade de
horário, a Lei do cargo autorizando e o respeito ao teto.

E como funciona o pagamento? Como você pôde observar na tabela, os ocupantes


de cargos federais, estaduais e de Prefeito, recebem apenas o subsídio do cargo
eletivo. Isso quer dizer que vão receber apenas aquilo que tem direito quanto ao
cargo que ocupa, seja de Presidente, de deputado, senador, etc; não pode acumular
aqui.

Entretanto, ao que diz respeito ao Prefeito, surge uma EXCEÇÃO prevista no Inciso
II do artigo 38: O prefeito PODE OPTAR por receber o subsídio do cargo que ocupa
OU, pelo subsídio referente ao cargo de Prefeito.

Auditor da Receita Federal em Barracão, no Paraná, se candidata a Prefeito da cidade. Como


auditor da Receita Federal, ele recebe o valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais). O subsídio do
cargo de Prefeito é de R$ 12.000,00 (doze mil reais).

Ao ganhar a eleição, ele pode exercer o cargo de Prefeito e, em relação ao subsídio, pode optar
por continuar a receber o valor do subsídio que recebia como Auditor da Receita Federal.

Portanto, no caso de Cargo de Prefeito, o sujeito pode optar por receber o valor do
cargo que ocupa OU o valor do subsídio de Prefeito. Não há acumulação e o indivíduo
tem uma opção!

E como funciona em relação ao vereador? Muito bem, como aqui é possível ocorrer
a acumulação, vai haver também a ACUMULAÇÃO DOS VALORES! Então, caso o
indivíduo receba, por exemplo, vantagens pelo cargo além do subsídio e, vier a ganhar
a eleição como vereador, vai poder acumular os subsídios do cargo que ocupa, as

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vantagens e o valor do subsídio quanto ao cargo eletivo, no caso, o de vereador.

Se não for possível acumular, também cabe a opção de o sujeito escolher entre os
subsídios. Isso você vai encontrar no Inciso III do artigo 38, que diz que uma vez
investido no mandato de Vereador e havendo compatibilidade de horários, este
receberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da
remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma
do inciso II.

O Inciso IV do artig0 38 diz a respeito dos casos quem exigem o afastamento para
exercício mandato eletivo. O tempo de serviço será contado para todos os efeitos
legais, salvo a questão que envolve a promoção por merecimento.

A promoção ocorre por antiguidade, sendo que vale aquele tempo de serviço para
todos os efeitos legais, com exceção das promoções por merecimento.

E, para finalizar o artigo, o Inciso V traz que para efeito de benefício previdenciário no
caso de afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse,
então está sendo recolhido normalmente, não havendo rompimento do regime.

Então, retomando, aqui na Acumulação Especial, a regra é NÃO ACUMULAR.

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4 Questões de Sala
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aula? Vamos lá??

QUESTÃO 01 - Maria, servidora pública ocupante de cargo de provimento efetivo no


Município Alfa, logrou ser eleita vereadora, no Município Beta, situado em caráter
contíguo a Alfa. Nesse caso, à luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que
Maria pode continuar a desempenhar ambas as funções públicas, recebendo as
respectivas remunerações, desde que haja compatibilidade de horários.

( ) Certo ( ) Errado

Gabarito: 01. Certo

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“A nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-
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Direito Constitucional

Dos Servidores Públicos (artigo 39)

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1 Roteiro do PDF FOCADO

• Material Teórico Escrito (conteúdo para o aluno complementar além das


videoaulas. Este material pode conter informações além das trabalhadas em
videoaulas. Mas, claro, com tudo que é necessário para a sua aprovação, com
a profundidade necessária – nem mais, nem menos.);
• Questão de Sala (questão resolvida durante as videoaulas);

Você pode usar as videoaulas para entender a matéria como um todo e usar os PDFs
para complementar e aprofundar ainda mais sobre os temas!

E como eu disse, sem enrolação, vamos direto ao conteúdo para o seu concurso.

VAMOS NESSA!

2 Conteúdo Programático
1 Roteiro do PDF FOCADO ........................................................................................................ 2
3 Dos Servidores Públicos ......................................................................................................... 3
4 Questões de Sala ................................................................................................................... 9

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3 Dos Servidores Públicos


Muito bem, avançando, você vai checar na sua Constituição Federal que a Seção II que
trata dos Servidores Públicos apresenta dois artigos 39. Parece bagunçado, mas
calma, eu vou explicar.

O que a Constituição Federal trouxe nestes artigos 39 diz respeito à questão regime,
que quanto aos órgãos ou entidades de direito público, vai haver o regime próprio
chamado de estatutário e, no âmbito do direito privado há os chamados celetistas
que estão enquadrados nas regras gerais e são regidos pela CLT.

O primeiro artigo 39 vem estabelecer que o indivíduo só pode ter um único regime,
portanto, esse regime misto não existe mais. Antigamente as autarquias mais antigas
sofreram muito com isso porque os primeiros servidores eram celetistas, depois os
servidores novos passaram a ser estatutários e isso apenas gerou confusão.

Então, a ADIN nº2.135-4 determinou o disposto no artigo 39, sendo que no que diz
respeito aos Servidores Públicos a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e
planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias
e das fundações públicas.

REGIME JURÍDICO ÚNICO


SERVIDORES DA
União, Estados, Distrito ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Federal e Municípios DIRETA, AUTARQUIAS E
FUNDAÇÕES PÚBLICAS
PLANOS DE CARREIRA

Então, você precisa saber é que hoje nós adotamos o regime único, ou seja, aos
órgãos ou entidades de direito público é aplicado o regime estatutário, às entidades
de direito privado, aplica-se o regime geral.

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Direito ESTATUTÁRIOS
Público
Direito REGIME GERAL
Privado

Avançando, o segundo artigo 39 trata determina que a União, os Estados, o Distrito


Federal e os Municípios instituirão conselho de política de administração e
remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos
Poderes.

Nesse sentido, vamos falar um pouco sobre a questão dos VENCIMENTOS.


Vencimentos é aquilo que está no edital, aquela parcela mínima, aquilo que está no
plano de carreira. A esses vencimentos é acrescentado o que chamamos de
vantagens, que são os adicionais, gratificações, retribuições, indenizações, etc.
Somando os Vencimentos com as Vantagens, temos a chamada REMUNERAÇÃO.

Outra forma de pagar o servidor é pelo SUBSÍDIO. Diferentemente da Remuneração,


o Subsídio não possibilita a agregação de vantagens, é pago em parcela única.

Então, alguns agentes públicos são pagos via subsídio, outros são pagos via
remuneração e outros ainda, são pagos via salário.

Beleza?! No §1º do artigo 39 você vai verificar a Fixação dos Padrões de


Vencimento dos demais componentes do sistema remuneratório. Observa que é uma
REGRA GERAL: quando for mexer na questão de vencimento é obrigatório a
existência da palavra LEI! Não se cria, não se aumenta, não se fixa vencimento,
remuneração, subsídio por decreto, vai ser SEMPRE por via de LEI.

Para mexer no vencimento é preciso pensar a natureza e o grau de responsabilidade,


a complexidade dos cargos. Isso significa dizer que para o cargo de juiz se segue um

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requisito, para delegado é outro, para a técnico judiciário ou analista os requisitos são
diferentes.

Além disso, é necessário analisar quais são os critérios de investidura para aquele
cargo, bem como as peculiaridades que o cargo exige.

grau de responsabilidade e
complexibilidade do cargo

Fixação dos Padrões de


requisitos para investidura
Vencimento

peculariedades do cargo

O §2º vem trazer que a União, os Estados e o Distrito Federal manterão Escolas de
Governo para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-
se a participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada,
para isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes federados.

O §2º vem determinar que não é só contratar via concurso ou via seleção o melhor
candidato. Esse candidato precisa receber uma preparação, um treinamento contínuo
e é isso que a Escola de Governo propõe.

Em seguida, o artigo 39, o §3º vem trazer quais são os Direitos Sociais previstos no
artigo 7º da Constituição Federal que são aplicados aos servidores públicos,
estabelecendo ainda que a Lei pode estabelecer requisitos diferenciados de admissão
quando natureza do cargo exigir.

Para facilitar, eu fiz uma tabelinha com os direitos sociais do artigo 7º que são
aplicados também aos servidores públicos, então, peço que você leia com atenção
para marcar a resposta correta na hora da sua prova.

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IV salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a


suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia,
alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e
previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder
aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
VII Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem
remuneração variável;
VIII Décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da
aposentadoria;
IX Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
XII Salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda
nos termos da lei;
XIII Duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e
quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da
jornada mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
XV Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI Remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta
por cento à do normal;
XVII Gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do
que o salário normal;
XVIII Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com duração de
cento e vinte dias;
XIX Licença paternidade, nos termos fixados em lei;
XX Proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos
específicos, nos termos da lei;
XXII Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança;
XXX Proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de
admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

Avançando, o §4º do artigo 39 determina que o Membro de Poder, Detentor de


Mandato Eletivo, Ministro do Estado e os Secretários estaduais e municipais serão
remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o
acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o
disposto no artigo 37, incisos X e XI.

O §4º vem nos dizer quem vai receber por SUBSÍDIO, que são aqueles que recebem
por parcela única. Então vamos lá, são eles: Membro de Poder, Detentor de

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Mandato Eletivo, Ministros e Secretários.

Membro de Juiz, Prefeito,


Governador,
Recebe por
Subsídio
Poder Presidente

Detentor de Desde o
Vereador até o Recebe por
Mandato Presidente da Subsídio
Eletivo República

Ministros e Estadual ou Recebe por


Municipal Subsídio
Secretários

Moçada, MUITA ATENÇÃO! Esse parágrafo sempre é cobrado em prova, então peço
que você dedique um pouco mais de atenção a ele.

Outro detalhe: parcela única! Aqui pessoal, não tem acréscimo, não tem gratificação,
adicional, abono, prêmio, verba de representação ou qualquer outra espécie
remuneratória.

O §5º vem estabelecer que Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor remuneração dos
servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI. O
parágrafo serve para regular os salários dos servidores, evitando a existência de muita
disparidade entre o menor e o maior salário.

Avançando, o §6º determina que os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário


publicarão anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos cargos e
empregos públicos.

Esse parágrafo é mais para que você tenha conhecimento a respeito da Lei de Acesso
à informação. Todo mundo sabe o salário de todo o mundo e, conforme o STF já

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decidiu, a publicação do salário de autoridades não fere a intimidade nem a vida


privada dos agentes públicos.

Em seguida o §7º vem determinar que também por meio de Lei, a União, os Estados,
o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão a aplicação de recursos
orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão,
autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade
e produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e
racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de
produtividade

Seguindo, temos o §8º que é de grande importância. Ele determina que a


remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos
termos do § 4º.

O parágrafo diz o seguinte, aqueles que não são membros de poder, que não detém
mandato eletivo, que não são ministros ou secretários e que são servidores
concursados, poderão, se a Lei do cargo assim decidir, receber via subsídio!

O §4º traz a obrigatoriedade de receber o subsídio, e o §8º traz a faculdade de os


servidores públicos receberem por subsídio.

Avançando e para finalizar o estudo de hoje, o §9º vem trazer que É VEDADA a
incorporação de vantagens de caráter temporário ou vinculadas ao exercício de
função de confiança ou de cargo em comissão à remuneração do cargo efetivo.

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4 Questões de Sala
Meus caros alunos, ANTES DE ENCERRAR ... vamos RESOLVER as questões da sala de
aula? Vamos lá??

QUESTÃO 01 - A respeito da transferência ou divisão de atribuições na Administração


Pública de Goiás, verifica-se que servidores efetivos detentores de cargos públicos
lotados nas autarquias não se submetem ao regime jurídico de servidores com as
mesmas características citadas lotados na Administração Direta de Goiás.

( ) Certo ( ) Errado

QUESTÃO 02 - Os cargos, os empregos e as funções públicas são acessíveis aos


brasileiros e aos estrangeiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei. No
que se refere às disposições constitucionais relativas à Administração Pública e aos
servidores públicos, julgue o item. Para a fixação dos padrões de vencimento dos
servidores públicos, há de se observar a peculiaridade do cargo e os requisitos para a
investidura, bem como a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos
cargos componentes de cada carreira

( ) Certo ( ) Errado

QUESTÃO 03 - Marque a alternativa INCORRETA no que reza o Art. 39. A União, os


Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de
administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos
respectivos Poderes. Em seu § 1º estabelece que a fixação dos padrões de vencimento
e dos demais componentes do sistema remuneratório observará:

A) a natureza de cada carreira;

B) o grau de responsabilidade de cada carreira;

C) a complexidade dos cargos componentes de cada carreira;

D) os requisitos para a investidura e as peculiaridades dos cargos;

E) a participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada,

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para isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes federados.

QUESTÃO 04 - Marque a alternativa INCORRETA no que reza o Art. 39. A União, os


Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de
administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos
respectivos Poderes. Em seu § 1º estabelece que a fixação dos padrões de vencimento
e dos demais componentes do sistema remuneratório observará:

A) a natureza de cada carreira;

B) o grau de responsabilidade de cada carreira;

C) a complexidade dos cargos componentes de cada carreira;

D) os requisitos para a investidura e as peculiaridades dos cargos;

E) a participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada,


para isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes federados

Gabarito: 01. ERRADO 02.CERTO 03.E

Moçada, por hoje encerramos nosso estudo!

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Direito Constitucional

Dos Servidores Públicos (artigo 40)

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1 Roteiro do PDF FOCADO

• Material Teórico Escrito (conteúdo para o aluno complementar além das


videoaulas. Este material pode conter informações além das trabalhadas em
videoaulas. Mas, claro, com tudo que é necessário para a sua aprovação, com
a profundidade necessária – nem mais, nem menos.);
• Questão de Sala (questão resolvida durante as videoaulas);

Você pode usar as videoaulas para entender a matéria como um todo e usar os PDFs
para complementar e aprofundar ainda mais sobre os temas!

E como eu disse, sem enrolação, vamos direto ao conteúdo para o seu concurso.

VAMOS NESSA!

2 Conteúdo Programático
1 Roteiro do PDF FOCADO ........................................................................................................ 2
3 Regime de Previdência Dos Servidores Públicos ..................................................................... 3
4 Questões de Sala ................................................................................................................. 20

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3 Regime de Previdência Dos Servidores Públicos


O artigo 40 da Constituição Federal traz grande parte da questão previdenciária para
os servidores públicos, levando empregados públicos e os empregados privados lá
para o regime geral.

O artigo 40 já havia sofrido uma alteração no ano de 2003 pela Emenda


Constitucional nº 41, entretanto, essa alteração acabou sendo revogada pela Emenda
nº 103 e desde então a redação do artigo passou a ser de que o Regime Próprio de
Previdência Social dos servidores titulares de cargos efetivos terá caráter
contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de
servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.

ENTE FEDERATIVO
caráter CONTRIBUTIVO
e SOLIDÁRIO mediante
contribuição
RPPS SERVIDORES ATIVOS

APOSENTADOS E
PENSIONISTAS

Note que o Regime Próprio de Previdência Social tem caráter CONTRIBUTIVO e


SOLIDÁRIO. Essas, são palavras chave. O RPPS é aplicado apenas a quem é
considerado SERVIDOR e, estes, são aqueles que exercem cargos públicos em Órgãos,
Autarquias e Fundações.

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Órgãos
aquele que exerce
cargo público em
SERVIDOR Autarquias

Fundações

Ok, uma vez esclarecido quem é servidor, o que você precisa saber é que em regra,
estes vão precisar contribuir para o Regime Próprio de Previdência Social, sendo
eles servidores ativos, aposentados ou pensionistas.

Muito bem, avançando para o §1º você vai reparar que em 2003 ele também sofreu
uma alteração, que por sua vez, foi revogada com a Emenda Constitucional 103. Com
isso, podemos afirmar que não temos uma nova aposentadoria, mas sim, apenas
mudamos o nome. Vejamos, não existe mais a aposentadoria por invalidez, o nome
adotado é o de APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE. A alteração
foi apenas no nome do instituto. Pode parecer apenas um detalhe, mas é muito
importante você estar atento a isso, portanto:

Aposentadoria por Invalidez não é mais utilizada.

A forma correta trazida pela norma é APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE


PERMANENTE!

O §1º vem agora apresentar as FORMAS DE APOSENTADORIA das quais o servidor


público poderá utilizar. A Incapacidade Permanente, Aposentadoria Compulsória, Por
idade/tempo de serviço e as Especiais.

A primeira forma de aposentadoria é a da INCAPACIDADE PERMANENTE. O inciso I

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diz que o servidor público poderá se aposentar por Incapacidade Permanente para o
trabalho, no cargo em que estiver investido, quando insuscetível de readaptação,
ou seja, quando não for possível readaptar esse servidor em outra localidade de
trabalho, hipótese em que será obrigatória a realização de avaliações periódicas para
verificação da continuidade das condições que ensejaram a concessão da
aposentadoria, na forma de lei do respectivo ente federativo.

A alteração dada pela Emenda 103/2019 trouxe uma nova redação com outros
requisitos. A aposentadoria por Incapacidade Permanente será concedida quando
não for possível a Readaptação em outra função. Outro detalhe importante é o da
obrigatoriedade da avaliação periódica, com a qual será possível constatar a
possibilidade ou não de dar continuidade no exercício do cargo.

O Inciso II por sua vez, vem trazer a APOSENTADORIA COMPULSÓRIA. Observe que
esse inciso não sofreu alteração com a Emenda 103, mas sim pela Emenda
Constitucional 88 de 2015. O inciso traz que o servidor público pode se aposentar
COMPULSORIAMENTE, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição,
aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma
de lei complementar. Ressalto, esse inciso sofreu alteração pela Emenda
Constitucional de nº 88.

Avançando para o Inciso III, nós podemos simplesmente juntar a situação da


aposentadoria voluntária, que que tinha hora uma situação de contribuição, hora uma
situação de idade. Hoje isso não existe mais, simplesmente é determinado uma idade
mínima de sessenta e dois para a mulher, e sessenta e cinco para o homem, com o
tempo mínimo de vinte e cinco anos de contribuição.

Como você pode observar, o Inciso III diz respeito à APOSENTADORIA POR IDADE.
Quando a aposentadoria do servidor público for no âmbito da União, este pode se
aposentar aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher e, aos 65 (sessenta e
cinco) anos de idade, se for homem. Quando, entretanto, a aposentadoria for de
servidores no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, deverá ser
observada a idade mínima estabelecida mediante emenda às respectivas
Constituições e Leis Orgânicas, observados o tempo de contribuição e os demais

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requisitos estabelecidos em lei complementar do respectivo ente federativo.

Você vai observar que a palavra que vem como referência é a palavra União, então
servidores públicos da União, os federais, vão se aposentar com sessenta e dois
anos, se mulher e, sessenta e cinco anos, se homem. Os Estados e Municípios não
entram aqui porque não fizeram parte da reforma original.

A única NOVIDADE aqui é que é preciso ter os vinte e cinco anos de serviço, os vinte
e cinco anos de contribuição somado aos dez anos de serviço público e, mais cinco
no cargo. Fica tranquilo que logo abaixo você vai encontrar uma tabela com tudo isso
explicadinho e vai ficar mais fácil de você visualizar.

Avançando, o §2º diz respeito a questão dos PROVENTOS. Nesse sentido, no que diz
respeito aos proventos de aposentadoria, estes não poderão ser inferiores a um
salário mínimo ou superiores ao limite máximo estabelecido para o Regime Geral
de Previdência Social, observador o disposto nos §§ 14 e 16, que trata do Regime de
Previdência Complementar.

Antes da Emenda 103/2019, os proventos não poderiam exceder a remuneração do


respectivo servidor no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de
referência para a concessão da pensão. Naquela situação, havia a junção de oitenta
por cento das contribuições maiores que era então, aproximadamente ao que o
sujeito ganhava na ativa. Essa era a chamada aposentadoria integral.

Após a Emenda Constitucional nº 103/2019, os proventos oriundos do Regime


Próprio da Previdência Social vão ter o piso do Regime Geral de Previdência Social e,
principalmente o teto do Regime Geral de Previdência Social.

Então, os PROVENTOS da aposentadoria nunca serão inferiores ou superiores do


que o Regime Geral de Previdência Social.

Por essa razão, o Regime Complementar faz-se necessário para que o novo servidor,

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sabendo que só vai se aposentar com base no teto geral, ao chegar ao final da carreira,
não tenha essa quebra de por exemplo, de quarenta mil reais para cinco mil reais.

Esse Regime de Previdência Complementar deverá ser fornecido para os servidores


públicos no âmbito da União, estados e municípios. O servidor não é obrigado a se
filiar ao RPC, entretanto, deve saber que ao se aposentar deve respeitar o teto do
Regime Geral de Previdência Social.

Vou ser repetitivo em relação a isso porque isso tem grandes chances de ser
QUESTÃO DE PROVA, então:

Nem o piso nem o teto de quaisquer dos proventos poderá ser superior ao Regime Geral de
Previdência Social.

O §3º diz que as REGRAS para os cálculos de proventos de aposentadoria serão


disciplinadas em LEI do respectivo ente federativo.

E aqui eu peço a ATENÇÃO de vocês para o seguinte, nós temos várias regras
entregues à Leis Complementares e, também à Leis Ordinárias que ainda serão criadas.

Então, MUITO CUIDADO com questões de prova que digam respeito a REGRAS para
os cálculos de proventos de aposentadoria. Quando a questão falar em regras para
os cálculos de proventos, deverá ser obrigatoriamente disciplinadas por Lei
Ordinária do ente federativo. Ou seja, cada ente, cada município, estado, e a União
terão uma Lei Ordinária disciplinando a situação dos cálculos dos proventos das
aposentadorias.

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Disciplinados
REGRAS DE Proventos de por Lei
CÁLCULOS Aposentadoria Ordinária do
Ente Federativo

Seguindo para o §4º você vai notar que ele também foi alterado várias vezes e ele
vem falar da vedação da concessão de benefícios da aposentadoria. Nesse sentido,
as Emendas 20 e 47 não mais valem a respeito da Previdência e, a Emenda 103 vem
trazer além do §4º, o §4º - A, B e C. Mas vamos por partes.

O §4º, como já dito, diz respeito a VEDAÇÃO da adoção de requisitos ou critérios


diferenciados para concessão de benefícios em Regime Próprio de Previdência
Social. O parágrafo traz a ressalva do disposto nos §§ 4º-A, 4º-B, 4º-C e 5º.

Portanto, a REGRA: é vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a


concessão do benefício, e não apenas aposentadoria, do regime próprio (RPPS).
Então, aqui não a se fala em aposentadoria especial, a regra da vedação vale somente
para o Regime Próprio de Previdência Social.

Observe ainda, que o §4º traz as ressalvas dentro de outros parágrafos. Portanto, os
§4º A, §4º B, §4º C e §5º que são as exceções trazem as quatro formas de
Aposentadoria Especiais. Então vejamos:

O §4º A vai tratar de Lei Complementar. Destaque isso porque é importante: quando
o assunto for APOSENTADORIA ESPECIAL, vai ser Lei Complementar! Então,
poderão ser estabelecidos por Lei Complementar do respectivo ente federativo idade
e tempo de contribuição diferenciados para a aposentadoria de SERVIDORES COM
DEFICIÊNCIA, previamente submetidos à avaliação biopsicossocial, realizada por
equipe multiprofissional e interdisciplinar.

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Requisitos:
AVALIAÇÃO
IDADE BIOPSICOSSOCIAL

APOSENTADORIA DE
LEI COMPLEMENTAR SERVIDORES COM
DEFICIÊNCIA
TEMPO DE
CONTRIBUIÇÃO

A Constituição Federal traz em seu artigo 37 a possibilidade de a lei que cria o cargo
reservar uma certa cota para os servidores com deficiência, então, desde sempre isso
foi questão de concurso. A diferença está no fato de que antes esse servidor que
entrava pela cota de deficiência, se aposentava pela regra geral. E é essa a grande
mudança trazida pela Emenda 103/2019, a Aposentadoria Especial para Servidores
com Deficiência.

Então moçada, muita atenção aqui porque isso é QUESTÃO DE PROVA!

A Emenda 103 trouxe então, a determinação para que cada ente federativo determine por
meio de Lei Complementar, a idade e os critérios em relação ao tempo de contribuição
daqueles Servidores com Deficiência.

Não vá cair em pegadinha, cada Ente Federativo vai por meio de Lei Complementar,
determinar os critérios para a aposentadoria de Servidores com Deficiência!

Então, veja só, além da exceção trazida pelo §4º A, o §4º B também coloca como
Aposentadoria Especial os agentes penais, agentes socioeducativos e os policiais.
Você vai notar que a letra de lei trazida pelo parágrafo fala em agentes penitenciários,

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porém não se usa mais essa nomenclatura, lê-se, portanto, como agentes penais.

Portanto, poderão ser estabelecidos por Lei Complementar do respectivo ente


federativo, idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de
ocupantes do cargo de agente penitenciário, (leia-se agentes penais) de agente
socioeducativo ou de policial dos órgãos de que tratam o inciso IV do caput do art.
51, o inciso XIII do caput do art. 52 e os incisos I a IV do caput do art. 144.

IDADE e TEMPO DE
CONTRIBUIÇÃO AGENTES PENAIS POLICIAL LEGISLATIVO
diferenciados para
APOSENTADORIA de
AGENTES
LEI COMPLEMENTAR POLICIAL FEDERAL
SOCIOEDUCATIVOS

POLICIAL RODOVIÁRIO
POLICIAIS FEDERAL

POLICIAL FERROVIÁRIO
FEDERAL

POLICIAL CIVIL

Então, mais uma vez, cada ente federativo, ou seja, a união, cada estado, cada
município, vai determinar por Lei Complementar, de forma diferenciada a idade e
tempo de contribuição para a aposentadoria de agentes penais, agentes
socioeducativos e policiais, com exceção do policiais militares e dos bombeiros, que
tem regime diferenciado.

Adiante, temos o §4º C que diz respeito à aposentadoria de servidores que trabalham
em Atividade Especial, com exposição a agentes químicos, físicos e biológicos
prejudiciais à saúde. Diz o parágrafo que, poderão ser estabelecidos por Lei
Complementar do respectivo ente federativo, idade e tempo de contribuição
diferenciados para aposentadoria de servidores cujas atividades sejam exercidas com
efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou
associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou
ocupação.

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EXPOSIÇÃO A AGENTES
IDADE e TEMPO DE QUÍMICOS
CONTRIBUIÇÃO diferenciados
para APOSENTADORIA de
servidores que atuem
LEI COMPLEMENTAR FÍSICOS

BIOLÓGICOS PREJUDICIAIS À
SAÚDE

E aqui eu ressalto para vocês, esses servidores têm que estar em efetiva exposição.
Isso quer dizer que essa Aposentadoria especial vai se aplicar SOMENTE àqueles
servidores que se expõe a agentes químicos, físicos ou biológicos que sejam
prejudiciais à saúde.

Então, ATENÇÃO aqui moçada! Está vedada a caracterização por categoria!

Só vai ter direito à Aposentadoria Especial o servidor que efetivamente esteja em exposição a
agentes químicos, físicos ou biológicos.

Além dessas formas de Aposentadoria Especial, a Emenda 103 trouxe no §5º do


artigo 40 da Constituição Federal, a aposentadoria diferenciada para os
PROFESSORES.

Diz o parágrafo que os ocupantes do cargo de PROFESSOR terão idade mínima


reduzida em 5 (cinco) anos em relação às idades decorrentes da aplicação do
disposto no inciso III do § 1º, desde que comprovem tempo de efetivo exercício das
funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio fixado

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em Lei Complementar do respectivo ente federativo.

Destaco aqui que os Professores já possuíam requisitos diferenciados e, que não é


qualquer Professor, deve ele desempenhar atividades dentro da educação infantil,
educação fundamental e do ensino médio. Importante lembrar aqui que a Emenda
Constitucional nº 20 retirou dos professores universitários esse direito à aposentadoria
especial.

Para esses Professores então que atuam na educação infantil, fundamental e média,
os requisitos são os mesmos, a IDADE MÍNIMA PARA SE APOSENTAR DIMINUI EM
CINCO ANOS.

Então vamos lá, de forma bem breve aqui: o §4º traz a vedação de requisitos ou
critérios diferenciados para concessão de benefícios em Regime Próprio de
Previdência Social e, no que diz respeito à Aposentadoria Especial, temos quatro
formas que podem ser visualizadas nos §4º A, §4º B, §4º C e §5º do artigo 40 da
Constituição Federal. São elas:

AVALIAÇÃO
APOSENTADORIA BIOPSICOSSOCIAL,
§4º A DE SERVIDORES
COM DEFICIÊNCIA
realizada por equipe
multiprofissional e
interdisciplinar

APOSENTADORIA DE
AGENTES PENAIS, Com exceção de
§4º B AGENTES
SOCIOEDUCATIVOS E
policiais militares e
bombeiros
OS POLICIAIS

com EFETIVA
APOSENTADORIA DE
EXPOSIÇÃO a
§4º C SERVIDORES DE
ATIVIDADES
ESPECIAIS
agentes químicos,
físicos e biológicos
prejudiciais à saúde

IDADE MÍNIMA
§5º APOSENTADORIA
DE PROFESSORES
REDUZIDA EM CINCO
ANOS

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Avançando para o §6º, temos as RESSALVAS ÀS APOSENTADORIAS DE CARGOS


ACUMULÁVEIS. O parágrafo vai dizer que, com ressalvas a esses cargos, é vedada a
percepção de mais de uma aposentadoria à conta de Regime Próprio de
Previdência Social, aplicando-se outras vedações, regras e condições para a
acumulação de benefícios previdenciários estabelecidas no Regime Geral de
Previdência Social.

O parágrafo está proibindo que o servidor se aposente por mais de uma vez no
mesmo regime de previdência, com a exceção daquelas aposentadorias
acumuláveis, quais sejam, dois cargos de professores, dois cargos na área da saúde,
um cargo de professor somado a um de técnico.

Portanto, o sujeito que exerce cargo de professor no município X e contribui para o


Regime Próprio de Previdência Social, sendo aprovado em concurso para professor
no Estado X e passando a contribuir também para o Regime Próprio de Previdência
Social oferecido pelo Estado, vai ter duas aposentadorias porque seu cargo é
acumulável.

O que é vedado é mais de uma aposentadoria sobre o MESMO REGIME próprio, se


não for acumulável aquele cargo. Além disso, essas vedações foram estendidas para
os demais benefícios previdenciários do Regime Geral da Previdência Social.

Antes de tudo é preciso dizer que o que encontra-se disposto no §7º é totalmente
novo. As emendas anteriores à Emenda 103 nada falaram a respeito. Diz o parágrafo
que, observado o disposto § 2º do art. 201 (que fala de Regime Geral de Previdência
Social), quando se tratar da única fonte de renda formal auferida pelo dependente,
o benefício de pensão por morte será concedido nos termos de lei do respectivo ente
federativo, a qual tratará de forma diferenciada a hipótese de morte dos servidores de
que trata o § 4º-B decorrente de agressão sofrida no exercício ou em razão da função.

Essa situação de pensão, chamada de renda formal, é levada ao mesmo parâmetro


para o cálculo do Regime Geral de Previdência Social disposto no §2º do artigo 201,
além de trazer uma forma diferenciada de pensão para os servidores de que trata o

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§4º B, que forem acometidos de morte decorrente de agressão sofrida no exercício ou


em razão da função.

E aqui, muita atenção para o final do parágrafo, “hipótese de morte dos servidores de
que trata o § 4º-B”. Lembre-se, o §4º B fala dos policiais.

O que importa saber é o seguinte, a família do agente que falece no exercício da


função ou em razão dela, será amparada pelo §7º e tem direito a uma forma
diferenciada de cálculo, que resulta em 100%. A família então recebe o que o agente
recebia enquanto estava na ativa. Essa proteção especial quanto à aposentadoria e
aos familiares dos agentes, está amparada pela Constituição Federal!

Avançando, temos o §9º que também foi alterado. Diz ele que o tempo de
contribuição federal, estadual, distrital ou municipal será contado para fins de
aposentadoria, observado o disposto nos §§ 9º e 9º-A do art. 201, ou seja, o Regime
Geral de Previdência Social e, o tempo de serviço correspondente será contado
para fins de disponibilidade.

O próximo parágrafo a ser observado por conta das alterações dadas pela Emenda
nº103 é o §12º que aponta o dever de observar no Regime Próprio de Previdência
Social, no que couber, os requisitos e critérios fixados no Regime Geral de Previdência
Social.

Isso significa dizer que além dos requisitos presentes no Regime Próprio de
Previdência Social, tudo que puder ser aproveitado do do Regime Geral, poderá ser
aproveitado. É por isso que várias vezes temos o Regime Geral da Previdência como
parâmetro, seja para pensão, seja para aposentadoria, piso, teto, etc.

Então, em resumo §12º é isso, tudo que puder ser aproveitado do Regime Geral da
Previdência, será aproveitado, no que couber, no Regime Próprio da Previdência
Social.

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Seguindo com as alterações, temos o §13º que diz respeito aos Agentes Públicos.
Diz o parágrafo que, em relação ao agente público ocupante, exclusivamente, de
cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, de outro cargo
temporário, inclusive mandato eletivo, ou de emprego público, aplica-se o Regime
Geral de Previdência Social.

CARGO EM COMISSÃO

CARGO TEMPORÁRIO
REGIME GERAL DE
PREVIDÊNCIA SOCIAL aplica-se
para
MANDATO ELETIVO

EMPREGO PÚBLICO

Isso já era previsto na Constituição Federal, porém, havia muita dúvida com relação à
qual o Regime se aplicava aos políticos. Agora, com a Emenda nº 103 ficou claro,
somente os agentes públicos ocupantes de cargo em comissão, temporário, inclusive
o de mandato eletivo e os que possuem emprego público, poderão se valer do Regime
Geral de Previdência Social. Então, os novos políticos, aqueles que entrarem a partir de
2020 para a política, contribuirão para o Regime Geral de Previdência Social.

A novidade trazida pela Emenda é em relação aos políticos, porque os agentes


ocupantes de cargo em comissão, temporário e os de emprego público já haviam sido
incluídos pela Emenda Constitucional nº 20, e agora, a reforma traz também a situação
dos ocupantes de cargo eletivo para o Regime Geral da Previdência Social. Portanto,
do vereador ao presidente da república, irão contribuir para o Regime Geral da
Previdência.

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O §14º, por sua vez trata do Regime de Previdência Complementar. Vem apontar
que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios INSTITUIRÃO, por lei
de iniciativa do respectivo Poder Executivo, Regime de Previdência Complementar
para servidores públicos ocupantes de cargo efetivo, observado o limite máximo dos
benefícios do Regime Geral de Previdência Social para o valor das aposentadorias e
das pensões em regime próprio de previdência social, ressalvado o disposto no § 16.

Em
nenhum momento a Emenda nº 103 levou para o servidor público, o Regime de Previdência
Complementar como status de obrigatoriedade.

Obriga-se o ENTE FEDERATIVO a oferecer para o servidor municipal, estadual, uma


opção de Previdência Complementar. Então, o servidor vai ter direito a Previdência
Própria, porque já vem contribuindo e, terá também direito à Previdência
Complementar, devendo ainda, respeitar o teto do Regime Geral.

Então lembre-se: a vinculação ao regime de Previdência Complementar ainda é


facultativa para o servidor. A obrigatoriedade consiste em a União, estados e
municípios oferecerem ao servidor a possibilidade da Previdência Complementar.

Previdência FACULTATIV PARA O


Complementar A SERVIDOR

PARA OS
Previdência OBRIGATÓRI
ENTES
Complementar A
FEDERATIVOS

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Então, só para FIXAR aqui com vocês: O servidor que contribui pelo Regime Próprio
de Previdência, vai ter a possibilidade de se vincular também ao Regime
Complementar da Previdência, oferecido pelo respectivo ente federativo.

Importante deixar claro que o Regime Complementar da Previdência ofertado pela


União já estava previsto na Constituição Federal. A Emenda nº 103 apenas estendeu
aos estados e municípios a obrigatoriedade de ofertar a Previdência Complementar a
seus servidores.

Avançando, o §15º defende que o Regime de Previdência Complementar de que trata


o § 14 oferecerá plano de benefícios somente na modalidade contribuição definida,
observará o disposto no art. 202 e será efetivado por intermédio de entidade fechada
de Previdência Complementar ou de entidade aberta de Previdência Complementar.

Essa “modalidade definida” diz respeito ao valor que o servidor vai pagar a esse plano,
a quantidade mensal, seja ela de R$60,00, R$300,00. Não quer dizer ainda que o
servidor possa pagar em um mês o valor x e no mês seguinte, valor y. Esse valor tem
que ser definido entre o servidor e o plano, observado o disposto no Regime Geral
de Previdência Social, podendo ser na entidade fechada ou aberta.

Muito bem! O §19º determina que observados critérios a serem estabelecidos em lei
do respectivo ente federativo, o servidor titular de cargo efetivo que tenha
completado as exigências para a aposentadoria voluntária e que opte por
permanecer em atividade poderá fazer jus a um ABONO DE PERMANÊNCIA
equivalente, no máximo, ao valor da sua contribuição previdenciária, até completar a
idade para aposentadoria compulsória.

Então, o servidor de cargo efetivo que tendo cumprido as exigências para


APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA optar por permanecer na atividade, poderá
receber o ABONO DE PERMANÊNCIA, que deverá ser equivalente no máximo, ao
valor da contribuição previdenciária.

Ainda, observe que poderá o servidor permanecer em atividade recebendo esse

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abono até completar a idade para se aposentar compulsoriamente.

Como que isso ocorre na prática? O servidor que alcança a idade para aposentadoria
voluntária e não quer se aposentar, deixa simplesmente de contribuir e isso é chamado
ABONO DE PERMANÊNCIA.

Isso já era amparado pela Constituição, a Emenda 103 apenas estendeu a todos os agentes
públicos. Foi retirado a referência da aposentadoria somente para servidores, agora todo e
qualquer agente pode se valer do abono de permanência quando tiver atingido os requisitos
para a aposentadoria voluntária.

Adiante, o §20º diz que é vedada a existência de mais de um Regime Próprio de


Previdência Social e de mais de um órgão ou entidade gestora desse regime em cada
ente federativo, abrangidos todos os poderes, órgãos e entidades autárquicas e
fundacionais, que serão responsáveis pelo seu financiamento, observados os critérios,
os parâmetros e a natureza jurídica definidos na lei complementar de que trata o § 22.

Ocorre que a União e os estados sempre oferecem o Regime Próprio de Previdência


para seus servidores, entretanto, isso não é regra nos municípios. Existem municípios
em que as prefeituras até tentaram criar um regime próprio, só que não foi para frente
em razão da quantidade baixa de servidores.

A solução que os municípios encontraram foi de, ao invés de criar um regime próprio,
optaram por fazer um convênio com a Autarquia Federal e escolher o Regime Geral.
Então, isso foi mantido, o que é vedado, é a existência de mais de um regime.

Não pode o servidor, contribuir para o regime próprio e ao mesmo tempo para o
regime geral. Deve optar por um ou outro.

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O final no parágrafo fala que devem ser observador os critérios tratados no §22º, que
trata da vedação da instituição de novos Regimes Próprios de Previdência Social,
lei complementar federal estabelecerá, para os que já existam, normas gerais de
organização, de funcionamento e de responsabilidade em sua gestão.

Então pessoal, com a Emenda 103/2019 não existe mais possibilidade de um


município criar o regime próprio para seus servidores. Se o município não tinha o
regime próprio até o ano de 2019, não mais terá, considerando que a Constituição
veda a criação de regimes próprios de previdência social.

Então é isso moçada! Finalizamos nosso estudo de hoje e te desejo um bom


descanso!

Abraços e até a próxima!

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4 Questões de Sala
Meus caros alunos, ANTES DE ENCERRAR ... vamos RESOLVER as questões da sala de
aula? Vamos lá??

QUESTÃO 01 - Supondo que um município tenha instituído regime de previdência


complementar para seus servidores titulares de cargos efetivos, conforme dispõe a
Constituição a esse respeito, julgue os itens a seguir, acerca da aposentadoria desses
servidores públicos. O teto previsto para a aposentadoria no RGPS aplica-se a todos
os servidores que não estavam aposentados na data da instituição do regime de
previdência complementar.

( ) Certo ( ) Errado

QUESTÃO 02 - As regras para cálculo de proventos de aposentadoria serão


disciplinadas em decreto do Poder Executivo.

( ) Certo ( ) Errado

QUESTÃO 03 - Assinale a alternativa correta no tocante à aposentadoria dos


servidores públicos.

A) É facultada a realização de avaliações para verificação da continuidade das


condições que ensejaram a concessão da aposentadoria do servidor por incapacidade
permanente, quando comprovada a impossibilidade de sua readaptação ao serviço
público.

B) O servidor será aposentado compulsoriamente, com proventos proporcionais ao


tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco)
anos de idade, na forma de lei ordinária do respectivo ente federativo.

C) Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão


declarado em lei de livre nomeação e exoneração, de outro cargo temporário, exceto
mandato eletivo, ou de emprego público, o Regime Geral de Previdência Social.

D) Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo


idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores com

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deficiência, previamente submetidos à avaliação biopsicossocial realizada por equipe


multiprofissional e interdisciplinar.

QUESTÃO 04 - Marque a alternativa INCORRETA no que reza o Art. 39. A União, os


Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de
administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos
respectivos Poderes. Em seu § 1º estabelece que a fixação dos padrões de vencimento
e dos demais componentes do sistema remuneratório observará:

A) a natureza de cada carreira;

B) o grau de responsabilidade de cada carreira;

C) a complexidade dos cargos componentes de cada carreira;

D) os requisitos para a investidura e as peculiaridades dos cargos;

E) a participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada,


para isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes federados

Gabarito: 01. ERRADO 02. ERRADO 03.D

Moçada, por hoje encerramos nosso estudo!

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“A nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-
nos sempre depois de cada queda”. - Oliver Goldsmith

ACREDITE, JUNTOS CHEGAREMOS LÁ!

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Direito Constitucional

Dos Servidores Públicos (artigo 41)

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1 Roteiro do PDF FOCADO

• Material Teórico Escrito (conteúdo para o aluno complementar além das


videoaulas. Este material pode conter informações além das trabalhadas em
videoaulas. Mas, claro, com tudo que é necessário para a sua aprovação, com
a profundidade necessária – nem mais, nem menos.);
• Questão de Sala (questão resolvida durante as videoaulas);

Você pode usar as videoaulas para entender a matéria como um todo e usar os PDFs
para complementar e aprofundar ainda mais sobre os temas!

E como eu disse, sem enrolação, vamos direto ao conteúdo para o seu concurso.

VAMOS NESSA!

2 Conteúdo Programático
1 Roteiro do PDF FOCADO ........................................................................................................ 2
3 Servidores nomeados para cargo de provimento efetivo ....................................................... 3
4 Questões de Sala ................................................................................................................. 10

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3 Servidores nomeados para cargo de provimento efetivo

Muito bem. Antes de tudo, vou tentar explicar para vocês como se dá o processo de
nomeação em um cargo público. Você pode desenhar uma linha do tempo pata
melhor visualização, mas aqui eu vou tentar explicar para você!

A primeira etapa é a da Homologação. Em seguida há a questão do Aceite e só depois


disso o sujeito aprovado no concurso entra no Ato de Investidura. Depois disso, abre
o Prazo da posse que pode ser de 30 dias ou mais, dependendo de cada estatuto. Em
seguida, é aberto o Prazo de exercício e então já começa a contar o estágio probatório,
que, conforme a Constituição Federal em seu artigo 41, é de três anos. Encerrado os
três anos, o sujeito aprovado em Concurso Público entra no Período de Estabilidade.

ATO DE PRAZO DA PRAZO DE ESTÁGIO PERÍODO DE


HOMOLOGAÇÃO ACEITE INVESTIDURA POSSE EXERCÍCIO PROBATÓRIO ESTABILIDADE

O art. 41 da Constituição, trata do instituto da estabilidade. Vejamos seu texto na


íntegra:

Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os


servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em
virtude de concurso público.

§ 1o O servidor público estável só́ perderá o cargo:

I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

II – mediante processo administrativo em que lhe seja


assegurada ampla defesa;

III – mediante procedimento de avaliação periódica de


desempenho, na forma de lei complementar, assegurada
ampla defesa.

§ 2o Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor

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estável, será́ ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga,


se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a
indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de
serviço.

§ 3o Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o


servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração
proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
aproveitamento em outro cargo.

§ 4o Como condição para a aquisição da estabilidade, é


obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão
instituída para essa finalidade.

O art. 41 e todos os seus parágrafos foram alterados pela “reforma administrativa”


promovida pela Emenda Constitucional no 19, sobretudo em obediência ao princípio
da eficiência, também acrescentado à Constituição Federal por esta emenda. Assim,
dispõe o caput que só adquirirá estabilidade o servidor de cargo efetivo, e não os
ocupantes de emprego público, celetistas, apesar de concursados, ou cargos em
comissão. O período para aquisição de estabilidade é de três anos de exercício,
sendo necessária, nos termos do § 4o, “como condição para a aquisição da
estabilidade”, uma avaliação especial de desempenho feita por uma comissão.

Apesar da expressão só do § 1o, o servidor estável poderá perder o cargo em quatro


hipóteses:

✓ Em razão de uma sentença judicial transitada em julgado, da qual não caiba


mais recurso.
✓ Em razão de decisão administrativa, após processo regular em que o servidor
tenha direito a defesa.
✓ Caso seja considerado inapto em procedimento de avaliação de desempenho
dos servidores, que deverá ocorrer periodicamente, na forma da lei
complementar. Essa avaliação se dirige aos servidores estáveis, sendo, portanto,
diversa daquela avaliação para aquisição de estabilidade já estudada. Tal
dispositivo constitucional não é autoaplicável, dependendo da referida lei
complementar que determinará a periodicidade da avaliação.
✓ Em razão de redução de gastos com pessoal.

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Quando falamos em aplicação de sanção civil ou administrativa, dizemos que é preciso


concluir o processo, que é preciso o trânsito em julgado, é isso que diz o inciso I do
§1º do artigo 41.

O servidor, ainda que estável, também poderá sair do cargo após a conclusão do PAD,
que é o Processo Administrativo que trata o inciso II do §1º do artigo 41, desde que
respeitados o contraditório e a ampla defesa.

O PAD é utilizado não quando o servidor tenha cometido um crime, ou um ato de


improbidade, mas sim quando comete, por exemplo, uma infração disciplinar. Com
o Processo Administrativo é possível exonerar esse servidor, mas, à ele vai ser
garantida a ampla defesa.

Todavia, também pode acontecer de o servidor não ter cometido crie algum, nem uma
infração disciplinar, nem um ato de improbidade, nada, mas simplesmente entrou no
serviço público e não quis mais trabalhar. No sentido de “fazer corpo mole”, de pensar
erroneamente que o fato de ter sido nomeado está garantido. Não! E eu vou lhe
explicar o porquê.

Você bem sabe que uma vez nomeado, o servidor precisa passar por um processo de
avaliação que vai determinar se o indivíduo está apto ou não a passar para a
estabilidade. Essa avaliação é feita pela Comissão de Avaliação Especial que vai tratar
apenas do assunto da estabilidade.

Mas, existe também uma outra comissão, a Comissão de Avaliação Periódica de


Desempenho. A Comissão de Avaliação Periódica existe permanentemente e todos
os anos o servidor vai ser avaliado por essa Comissão.

Essa Comissão é responsável por avaliar o servidor estável. Ocorre que se esse
servidor obtiver análises abaixo de cinquenta por cento, pode ser mandado embora.
Apesar de não ter cometido crime, improbidade, infração, mas, em razão de não ter

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trabalhado de forma satisfatória, ou, de “corpo mole”, pode ser mandado embora por
baixo rendimento.

E é isso que diz o inciso III do §1º do artigo 41, que poderá o servidor estável ser
exonerado mediante procedimento de Avaliação Periódica de Desempenho, sendo-
lhe assegurado a ampla defesa.

A quarta situação não está prevista no artigo 41, mas sim, no §3º e 4º do artigo 169
e diz respeito ao corte de gastos e orçamentos. Determina que “a despesa com
pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não
poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar”. Caso algum desses
entes ultrapasse esses limites, deverá ele adotar as seguintes providências a fim de
reduzir a despesa de pessoal:

✓ Deverão ser reduzidas as despesas com cargos em comissão e funções de


confiança em pelo menos 20%;
✓ Reduzidas pelo menos 20% das despesas supracitadas e, não sendo suficiente,
poderão ser exonerados servidores não estáveis;
✓ Exonerados todos os servidores não estáveis e ainda não sendo suficiente,
poderão ser exonerados servidores estáveis.

ARTIGO 169, §3º, REDUÇÃO EM PELO


MENOS 20% DAS
COM CARGOS EM
COMISSÃO E FUNÇÕES
inciso I DESPESAS DE CONFIANÇA;

SE AS MEDIDAS ADOTADAS
COM BASE NO §3º NÃO O SERVIDOR ESTÁVEL
FOREM SUFICIENTES PARA
ARTIGO 169, §4º ASSEGURAR O CUMPRIMENTO PODERÁ PERDER O
DA DETERMINAÇÃO DA LEI CARGO
COMPLEMENTAR

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No que diz respeito ao §4º do artigo 169 da Constituição, o servidor estável poderá perder o
cargo desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade
funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal.

Então, ainda que o servidor estável não tenha cometido crime, não tenha cometido
improbidade administrativa ou infrações penais, ainda que seja o melhor agente do
departamento, poderá ser mesmo assim mandado embora em razão do corte de
gastos.

Recapitulando, no que diz respeito à dispensa do servidor estável, são três situações
previstas no artigo 41 e mais uma prevista nos §3º e 4º do artigo 169 da Constituição
Federal.

sentença judicial
ARTIGO 41,
transitada em
julgado INCISO I

processo ARTIGO 41,


administrativo INCISO II

avaliação
ARTIGO 41,
periódica de
desempenho INCISO III

corte de gastos e ARTIGO 169,


orçamentos §3º E 4º

Avançando, no §2º do artigo 41 nós temos uma situação para complementar essa
saída e entrada de servidores. Diz o parágrafo que invalidada por sentença judicial
a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da
vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização,

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aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração


proporcional ao tempo de serviço.

Detalhe, haverá a recondução somente se o servidor for estável e, quando ao servidor


que havia ocupado a vaga deste, não caberá indenização, porque quem vai ocupar
essa vaga vai ser o agente reintegrado, que volta aproveitado outro cargo posto em
disponibilidade.

Sempre em casos de reintegração, quem vai ocupar o cargo é o reintegrado. Se esse cargo
estiver ocupado por servidor estável, terá que direcionado para outro cargo sem direito a
indenização.

Seguindo, o §3º diz que extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o


servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao
tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.

Então perceba, quando o servidor encontrar-se em disponibilidade, vai receber de


acordo com o tempo de serviço que ocupou até aquele momento.

Finalizando esse artigo, o §4º vem dizer que como condição para a aquisição da
estabilidade, é obrigatória a AVALIAÇÃO ESPECIAL DE DESEMPENHO por comissão
instituída para essa finalidade.

Então pessoal, ninguém passa automaticamente para a estabilidade. É feita uma


análise dos últimos três anos em que o servidor estava em estágio probatório e, antes
do fechamento do prazo para declarar a estabilidade, a Comissão de Avaliação
Especial vai declarar se o servidor está apto ou não para a estabilidade do cargo. Se
não estiver apto, se reprovar no estágio probatório, o servidor será exonerado.

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Cuidado com essas questões que falam da Comissão especial! Vou lembrar mais uma
vez, nós temos a Comissão de Avaliação Especial que é usada para os casos de
estabilidade e, no transcorrer do ano nós temos uma Comissão de Avaliação
Permanente, que é utilizada em casos de improdutividade do servidor.

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4 Questões de Sala
Meus caros alunos, ANTES DE ENCERRAR ... vamos RESOLVER as questões da sala de
aula? Vamos lá??

QUESTÃO 01 - Para que a estabilidade do servidor em cargo público seja reconhecida,


indique a alternativa correta.

A) São estáveis, após três anos de efetivo exercício, os servidores nomeados para
cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.

B) São estáveis, após dois anos de efetivo exercício, os servidores nomeados para
cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.

C) São estáveis, após três anos de efetivo exercício, na mesma função, os servidores
nomeados para cargo em comissão.

D) São estáveis, após dois anos de efetivo exercício, na mesma função, os servidores
nomeados após concurso público.

E) São estáveis, após cinco anos de efetivo exercício, os servidores nomeados após
concurso público se houve cometimento de faltas.

QUESTÃO 02 - Somente o servidor público estável pode ser colocado em


disponibilidade, nos termos dos parágrafos 2º e 3º do artigo 41 da Constituição
Federal.

( ) Certo ( ) Errado

Gabarito: 01. A 02. CERTO

Moçada, por hoje encerramos nosso estudo!

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“A nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-
nos sempre depois de cada queda”. - Oliver Goldsmith

ACREDITE, JUNTOS CHEGAREMOS LÁ!

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Questões de Fixação
Dos Servidores Públicos – Como Cai na
Prova
Como cai na Prova

1. Com base nas regras insculpidas na Constituição da República de 1988 e na


legislação infraconstitucional, são consideradas hipóteses de vacância nos
quadros da administração pública; EXCETO:

A) Posse em outro cargo inacumulável.


B) Promoção para provimento de cargo superior.
C) Licença do servidor para desempenho de mandato classista.
D) Readaptação do servidor público em cargo de atribuições e responsabilidades
compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou
mental, verificada em inspeção médica.
Como cai na Prova
João é aposentado no cargo público de professor na rede pública de ensino do
Estado do Espírito Santo. Recentemente, foi aprovado em concurso público que
exige formação de nível superior na SEGER/ES. Sobre o tema, observadas as
regras constitucionais, assinale a assertiva correta.

A) João não pode acumular os proventos com nenhum cargo na SEGER/ES.


B) Os proventos de professor somente são acumuláveis com outro da mesma
área de formação.
C) Os proventos podem ser acumulados com qualquer cargo, pois não há
incompatibilidade de horários.
D) A acumulação não dependerá da natureza dos cargos, mas sim do teto
máximo de remuneração.
E) João pode acumular a aposentadoria com um cargo de Analista do Executivo
– especialidade Administrador.
Como cai na Prova

É CORRETO afirmar, acerca do estágio probatório do servidor público:

A) É facultativo, conforme decisão de pessoa ou órgão a quem pertence o cargo.

B) É requisito para obtenção da estabilidade.

C) Não possui prazo estipulado no ordenamento jurídico.

D) Seu resultado independe de critérios de qualidade do desempenho.


Como cai na Prova

O acesso a cargos públicos, na qualidade de servidor público, exige:

A) Concurso público de provas ou de provas e títulos.

B) Concurso público ou nomeação por vínculo de confiança.

C) Concurso público ou reconhecimento por lei.

D) Nomeação por ato unilateral, desde que objeto de publicação oficial,


ainda que sem concurso prévio.
Como cai na Prova

Os servidores públicos, em face de agentes políticos, possuem a seguinte


garantia:

A) Estabilidade no cargo de origem, exceto se investido em função de chefia ou


direção.

B) Necessariamente, subordinação hierárquica.

C) Prerrogativa de se recusar a cumprir ordens ilegais.

D) Regime previsto em Lei para as vantagens, ainda que não preenchidos


os pressupostos de sua aquisição.
Como cai na Prova
Carina é escrivã e trabalha na Polícia Civil de Goiás há cinco anos, adquirindo estabilidade
no cargo. Com base na Constituição Federal de 1988 no que concerne aos servidores
públicos, assinale a alternativa correta.

A) Carina poderá perder o cargo em caso de sentença judicial, ainda que não transitada
em julgado, desde que a condenação se refira à improbidade administrativa.
B) Carina não poderá perder o cargo em razão de processo administrativo, ainda que
assegurada a ampla defesa, em razão do princípio da estabilidade.
C) Se houver sua demissão, Carina poderá invalidar a decisão por meio de sentença
judicial, ocorrendo a sua reversão ao cargo anteriormente ocupado.
D) Em caso de extinção do cargo de Carina, esta ficará em disponibilidade, com
remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em
outro cargo.
E) Em razão da natureza do cargo de Carina, a estabilidade no cargo de escrivã ocorre
após dois anos de efetivo exercício.
Como cai na Prova
Com fundamento nos termos da Emenda Constitucional nº 88/2015, o servidor
abrangido por regime próprio de previdência social será aposentado
compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos:

A) 55 (cinquenta e cinco) anos de idade.

B) 60 (sessenta) anos de idade.

C) 65 (sessenta e cinco) anos de idade.

D) 70 (setenta) anos de idade.

E) 75 (setenta e cinco) anos de idade.


Como cai na Prova
Antônio e Maria tomaram posse nos cargos de provimento efetivo X e Y, ambos
enquadrados na carreira alfa dos servidores públicos do Município Teta.
Poucos anos depois, Antônio passou a ocupar o cargo W, em razão de promoção para a
classe imediatamente superior àquela que ocupava, enquanto Maria foi promovida para o
cargo Z, que corresponde ao segundo nível da carreira beta, também do Município Teta.
Acresça-se que ambas as promoções observaram os requisitos estabelecidos pela
legislação municipal.
Sobre a hipótese apresentada, compatibilizando a legislação municipal com a Constituição
da República, assinale a afirmativa correta.
A) As promoções de Antônio e Maria foram regulares.
B) As promoções de Antônio e Maria foram irregulares.
C) A promoção de Antônio foi regular, enquanto a de Maria foi irregular.
D) A promoção de Maria foi regular, enquanto a de Antônio foi irregular.
E) As promoções de Antônio e Maria somente serão irregulares se os cargos para os quais
foram promovidos não tiverem o mesmo requisito de escolaridade dos cargos de origem.
Como cai na Prova
Analise as afirmativas abaixo a respeito dos servidores públicos.
1. Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o direito inerente aos trabalhadores
urbanos e rurais de remuneração do trabalho noturno superior à do diurno.
2. São estáveis após dois anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.
3. O servidor abrangido por regime próprio de previdência social será aposentado
compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 65 anos de
idade.
4. É vedada a incorporação de vantagens de caráter temporário ou vinculadas ao exercício
de função de confiança ou de cargo em comissão à remuneração do cargo efetivo.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
A) É correta apenas a afirmativa 4.
B) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.
C) São corretas apenas as afirmativas 1 e 4.
D) São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 4.
E) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.
Como cai na Prova
Analise as assertivas e responda.
I – Em virtude de sentença judicial transitada em julgado.
II – Mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa.
III – Mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei
complementar, assegurada ampla defesa.
A Constituição Federal de 1988 define, expressamente, que são estáveis após três
anos de efetivo exercício os servidores nomeados para o cargo de provimento
efetivo em virtude de concurso público. Nesse sentido, das assertivas dispostas, é
CORRETO afirmar ser hipótese em que o servidor estável poderá perder o cargo.
A) I e II.
B) I e III.
C) I, II e III.
D) I.
E) II.
Como cai na Prova
A respeito dos servidores públicos, assinale a alternativa CORRETA.
A) A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema
remuneratório não observará os requisitos para a investidura
B) O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os
Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados por subsídio fixado em parcela
única e acréscimos de gratificação
C) É dever exclusivo do poder executivo a publicação anual dos valores do subsídio e
da remuneração dos cargos e empregos públicos.
D) É assegurada a incorporação de vantagens de caráter temporário ou vinculadas ao
exercício de função de confiança ou de cargo em comissão à remuneração do cargo
efetivo.
E) O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá
caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de
servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.
Gabarito

01 -C 02 -E 03 -B

4 -A 5- C 6- D

7-D 8-C 9-C

10-C 11-E

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