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Direito Processual civil II

Aluno: Soraia Paula Rossatto Santoro


Período :6º
Professor: Glauber

1 - João lhe procura em seu escritório alegando estar celebrando um contrato de compra
e venda de uma residência, onde ele é o vendedor e André o comprador, a ser pago
através de notas promissórias.
Como advogado, indique quais as medidas jurídicas a serem tomadas por seu cliente,
em caso de não pagamento.

R: Sugeri que fosse feito um contrato de compra e venda do imóvel. Aconselhando a


fez-se uma notas promissórias Pro soluto, Isso significa que as notas promissórias são
entregues e recebidas como pagamento (solução), ou seja, dão quitação imediata e
irrevogável em relação à quantia nelas representadas.
Assim, a partir da entrega desse documento, o negócio se torna irrevogável, irretratável
e acabado.
Portanto, nessa modalidade, uma vez que a nota é entregue, mesmo se o seu emitente
(devedor) não a pagar no vencimento, o contrato para o qual ela foi utilizada não poderá
ser desfeito, restando ao credor apenas a opção de executar a nota promissória
judicialmente. Em caso de nota promissória vencida, o credor poderá cobrar multa de
2% e juros de 1% ao mês. Negativação: Caso não seja paga na data prometida, a nota
promissória pode ser negativada no SERASA ou SPC, desde que respeitado o prazo
máximo de 5 anos a partir da data de vencimento.
Por exemplo, um título com vencimento em 01/12/2020 só pode
permanecer negativado até 30/11/2025, data em que completa 5 anos.
Não existe prazo mínimo negativação.
Ou seja, a partir do momento que está vencida, a nota promissória pode ser encaminha
para os órgão de proteção ao crédito. Protesto: O credor pode protestar uma nota
promissória vencida, desde que esteja corretamente preenchida e aconteça na praça
(cidade) indicada para seu pagamento.
A praça de pagamento é a cidade indicada para pagamento e não não se confunde com o
domicilio
das partes ou local de emissão. Qualquer pessoa pode apresentar um título para protesto
em cartório da praça indicada para seu pagamento, sendo o credor ou um terceiro com
procuração para tal.

2-De acordo com o que foi estudado, discorra a respeito do artigo 783 do Código de
Processo Civil, quanto aos requisitos dos Títulos Executivos.
“Art. 783. A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de
obrigação certa, líquida e exigível.”

R: não há processo de execução sem título que o enseje. No entanto, há requisitos


indispensáveis para que a obrigação de que trata o título seja passível de ser executada.
De acordo com “o título executivo é o documento que certifica um ato jurídico
normativo, que atribui a alguém um dever de prestar líquido, certo e exigível, a que a lei
atribui o efeito de autorizar a instauração da atividade executiva”.

O art. 783 do Novo CPC, então, remete ao art. 586 do CPC/1973. E desse modo, dispõe
que a obrigação deverá ser:
● certa;

● líquida;
● e exigível
Obrigação certa
A obrigação objeto do processo de execução deverá cumprir com o requisito da certeza.
Ou seja, a obrigação deverá existir. Sem obrigação extraída do título executivo, não há
que se falar em executabilidade. Do mesmo modo, inexistente a obrigação – ou incerta,
não se pode falar de liquidez e exigibilidade.
Por essa razão, Didier] afirma que a certeza é pré-requisito dos demais atributos. Isto,
contudo, não significa que a obrigação será incontestável. Ainda, cabe ressaltar que a
obrigação não precisa ser expressa. Será considerada certa, desde que, da leitura do
título, entenda-se existente uma obrigação.
Obrigação líquida
O princípio da liquidez da obrigação refere-se à capacidade de determinação do objeto
da obrigação. Ou seja, daquilo que poderá ser exigido em processo de execução.
Portanto, a obrigação deve existir sobre um objeto específico. Do contrário, não se
saberá o que poderá será executado.
Obrigação exigível
Exigível – ou seja, é preciso haver um direito sobre a obrigação e um dever de cumpri-
la. Ressalta-se que essa obrigação se perfaz, também, no tempo. Portanto, se uma
obrigação ainda não é vencida, não se pode argumentar pelo processo de execução, uma
vez que ainda em tempo para quitação.

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