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Aula 05

Legislação Específica p/ PC-DF (Agente e Escrivão) - Com videoaulas

Professores: Marcos Girão, Paulo Guimarães


LEGISLA‚ÌO ESPECêFICA Ð PC-DF
Teoria e Quest›es
Aula 05 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

AULA 05
ƒTICA NO SERVI‚O PòBLICO:
COMPORTAMENTO PROFISSIONAL. ATITUDES
NO SERVI‚O. ORGANIZA‚ÌO DO TRABALHO.
PRIORIDADE EM SERVI‚O.

Sum‡rio
Sum‡rio ................................................................................................. 1!
1 - Considera•›es Iniciais ......................................................................... 2!
2 Ð ƒtica no Servi•o Pœblico Ð No•›es Gerais ............................................... 2!
3 Ð Comportamento Profissional ................................................................ 4!
4 Ð Atitudes no Servi•o ............................................................................ 6!
5 Ð Organiza•‹o do Trabalho ..................................................................... 8!
6 Ð Prioridade em Servi•o ......................................................................... 8!
7 - Quest›es ..........................................................................................10!
7.1 - Quest›es sem Coment‡rios ...........................................................10!
7.2 Ð Gabarito .....................................................................................13!
7.3 - Quest›es Comentadas ..................................................................14!
8 - Considera•›es Finais ..........................................................................19!
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Teoria e Quest›es
Aula 05 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

AULA 05 - ƒTICA NO SERVI‚O PòBLICO:


COMPORTAMENTO PROFISSIONAL. ATITUDES NO
SERVI‚O. ORGANIZA‚ÌO DO TRABALHO.
PRIORIDADE EM SERVI‚O.
1 - Considera•›es Iniciais
Ol‡, futuro Policial Civil!
Finalmente chegamos ˆ œltima aula do nosso curso! Hoje trataremos dos temas
previstos no nosso edital relacionados ao tema da Žtica!
Bons estudos!

2 Ð ƒtica no Servi•o Pœblico Ð No•›es Gerais


As provas de Žtica em concursos pœblicos geralmente n‹o representam grandes
problemas para os candidatos. As quest›es n‹o costumam ser dif’ceis, e em geral
n‹o aparecem em grande nœmero. O problema algumas vezes Ž o aspecto
subjetivo, pois os temas s‹o descritos no edital de forma muito ampla e genŽrica,
mas se voc• ler bem o nosso material da aula de hoje, ser‡ dif’cil errar quest›es
sobre esse assunto, ok?
Quero come•ar hoje por uma no•‹o geral muito importante acerca da Žtica.
Apesar de isso n‹o estar previsto expressamente no edital do seu concurso, Ž
importante que, antes de entrarmos em outros aspectos, voc• aprenda a
diferen•a entre ƒTICA e MORAL. A palavra Žtica vem do grego ethos, que
significa car‡ter, modo de ser. O voc‡bulo moral se originou da tradu•‹o do
ethos para o latim mos (ou mores, no plural), que significa costume.
Moral n‹o traduz, no entanto, a palavra grega origin‡ria por completo. O ethos
grego possu’a dois sentidos diferentes, mas relacionados: o primeiro era a
interioridade do ato humano, ou seja, aquilo que gera uma a•‹o
genuinamente humana e que brota a partir do sujeito moral, ou seja, ethos
remete ao agir, ˆ inten•‹o.
Por outro lado, havia tambŽm o sentido se relacionado ˆ quest‹o dos h‡bitos,
costumes, usos e regras, e que se materializa na assimila•‹o social dos valores.
A tradu•‹o latina do termo ethos para mos n‹o contemplou a dimens‹o pessoal
do ato humano, incorporando apenas o sentido comunit‡rio da atitude valorativa.
Por esse motivo confundimos frequentemente os termos Žtica e moral.
Tanto ethos (car‡ter) como mos (costume) indicam um tipo de comportamento
n‹o natural, adquirido por meio do exerc’cio consciente e do h‡bito. Portanto,
Žtica e moral dizem respeito a uma realidade humana constru’da hist—rica e
socialmente por meio das rela•›es coletivas dos seres humanos enquanto
sociedade.
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No nosso dia a dia, dificilmente distinguimos os conceitos de Žtica e moral, mas


v‡rios estudiosos fazem essa distin•‹o. Para ser um pouco mais convincente, eu
diria para voc• que para as BANCAS ORGANIZADORAS Žtica e moral n‹o s‹o a
mesma coisa, e isso Ž o suficiente para que voc• entenda a import‰ncia de
compreender essas diferen•as, certo? J
A moral Ž normativa. Ela determina o nosso comportamento por meio de um
sistema de prescri•‹o de conduta. N—s adotamos uma conduta ou outra com
base num sistema de valores enraizado em nossa consci•ncia. Essa Ž a ideia de
moral.
Os dicion‡rios definem moral como "conjunto de preceitos ou regras para dirigir
os atos humanos segundo a justi•a e a equidade natural." (Michaelis), ou seja,
regras estabelecidas e aceitas pelas comunidades humanas num determinado
momento hist—rico.
A Žtica, por outro lado, Ž a parte da filosofia que se ocupa do comportamento
moral do homem. Ela engloba um conjunto de regras e preceitos de ordem
valorativa, que est‹o ligados ˆ pr‡tica do bem e da justi•a, aprovando ou
desaprovando a a•‹o do homem, de um grupo social ou de uma sociedade.
Para AurŽlio Buarque de Holanda, Žtica Ž "o estudo dos ju’zos de aprecia•‹o que
se referem ˆ conduta humana suscept’vel de qualifica•‹o do ponto de vista do
bem e do mal, seja relativamente ˆ determinada sociedade, seja de modo
absolutoÓ.
Enquanto a Žtica trata o comportamento humano como objeto de estudo,
procurando tom‡-lo o mais abrangente poss’vel, a moral se ocupa de atribuir um
valor ˆ a•‹o. Esse valor tem como refer•ncias o bem e o mal, baseados no senso
comum.
No nosso dia a dia encontramos situa•›es que nos p›em diante de dilemas
morais. Esses problemas nos levam a tomar decis›es, fazer escolhas, praticar
a•›es e comportamentos - os quais exigem uma avalia•‹o, um julgamento, um
ju’zo de valor entre o que socialmente Ž considerado bom ou mau, justo ou
injusto, certo ou errado, pela moral vigente.
Nossa dificuldade est‡ em refletir sobre as raz›es das nossas escolhas. Esses
motivos passam pelos comportamentos e pelo sistema valores que cada um de
n—s adota. Agimos por for•a do h‡bito, dos costumes e da tradi•‹o, tendendo a
naturalizar a realidade social, pol’tica, econ™mica e cultural. Essa naturalidade
muitas vezes nos impede de refletir criticamente acerca da nossa realidade.
Quando a injusti•a n‹o nos atinge, n—s a naturalizamos, e deixamos de fazer
Žtica, pois n‹o refletimos, n‹o pensamos, n‹o criticamos nossas condutas.
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3 Ð Comportamento Profissional
Ser servidor pœblico Ž uma imensa responsabilidade, n‹o Ž mesmo? Por isso
mesmo os servidores est‹o sujeitos a uma sŽrie de normas espec’ficas de car‡ter
disciplinar, que comp›em um c—digo de conduta bastante rigoroso, a exemplo
dos deveres e proibi•›es previstos na Lei n¼ 8.112/1990, ˆ qual voc• em breve
se submeter‡...! J
Infelizmente poucos entendem o seu papel de forma adequada, e n‹o enxergam
o servi•o pœblico como uma responsabilidade. A maioria v• no cargo pœblico uma
oportunidade de se Òdar bemÓ, ganhando um dinheiro certo, trabalhando pouco,
e ainda gozando de prerrogativas legais, como a estabilidade adquirida ap—s a
conclus‹o do est‡gio probat—rio.
Diversos c—digos de Žtica de servidores pœblicos declaram que a dignidade, o
decoro, o zelo, a efic‡cia, a preserva•‹o do patrim™nio, da honra e da tradi•‹o
dos servi•os pœblicos e a conduta Žtica devem ser observados pelos servidores
pœblicos.
Esses preceitos t•m um objetivo maior: o atendimento ao princ’pio da
moralidade da Administra•‹o Pœblica. A moralidade costuma ser citada nos
C—digos de ƒtica para demonstrar que a responsabilidade dos servidores vai
muito alŽm da legalidade.
Na realidade, o servidor deve se portar como um verdadeiro representante do
Estado, dentro da Administra•‹o Pœblica e principalmente junto aos cidad‹os. Por
isso ele n‹o deve pautar-se apenas pelas obriga•›es estabelecidas em lei, mas
dar o seu melhor em benef’cio da sociedade.
ƒ justamente por essas raz›es que todos os atos do servidor refletem na imagem
que as pessoas t•m do pr—prio servi•o pœblico. Os preceitos Žticos devem ser
observados pelo servidor inclusive fora do servi•o.
Um outro requisito relacionado ˆ moralidade Ž a publicidade dos atos
administrativos. AlŽm disso, a publicidade Ž tambŽm um requisito de efic‡cia
dos atos, e sua omiss‹o Ž considerada como comprometimento Žtico, ressalvadas
as hip—teses de sigilo previstas na Constitui•‹o, que resguarda a intimidade, a
vida privada, a honra e a imagem das pessoas.
O C—digo de ƒtica do Servidor Pœblico Civil do Poder Executivo Federal traz uma
lista de deveres e proibi•›es impostas aos servidores da Uni‹o. Sugiro que voc•
leia com aten•‹o, mas voc• n‹o precisa memorizar todos os aspectos
relacionados aos direitos e deveres.

XIV - S‹o deveres fundamentais do servidor pœblico:


a) desempenhar, a tempo, as atribui•›es do cargo, fun•‹o ou emprego pœblico de que seja
titular;
b) exercer suas atribui•›es com rapidez, perfei•‹o e rendimento, pondo fim ou procurando
prioritariamente resolver situa•›es procrastinat—rias, principalmente diante de filas ou de
qualquer outra espŽcie de atraso na presta•‹o dos servi•os pelo setor em que exer•a suas
atribui•›es, com o fim de evitar dano moral ao usu‡rio;
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c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu car‡ter, escolhendo
sempre, quando estiver diante de duas op•›es, a melhor e a mais vantajosa para o bem
comum;
d) jamais retardar qualquer presta•‹o de contas, condi•‹o essencial da gest‹o dos bens,
direitos e servi•os da coletividade a seu cargo;
e) tratar cuidadosamente os usu‡rios dos servi•os aperfei•oando o processo de
comunica•‹o e contato com o pœblico;
f) ter consci•ncia de que seu trabalho Ž regido por princ’pios Žticos que se materializam na
adequada presta•‹o dos servi•os pœblicos;
g) ser cort•s, ter urbanidade, disponibilidade e aten•‹o, respeitando a capacidade e as
limita•›es individuais de todos os usu‡rios do servi•o pœblico, sem qualquer espŽcie de
preconceito ou distin•‹o de ra•a, sexo, nacionalidade, cor, idade, religi‹o, cunho pol’tico e
posi•‹o social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral;
h) ter respeito ˆ hierarquia, porŽm sem nenhum temor de representar contra qualquer
comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal;
i) resistir a todas as press›es de superiores hier‡rquicos, de contratantes, interessados e
outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorr•ncia
de a•›es imorais, ilegais ou aŽticas e denunci‡-las;
j) zelar, no exerc’cio do direito de greve, pelas exig•ncias espec’ficas da defesa da vida e
da seguran•a coletiva;
l) ser ass’duo e freqŸente ao servi•o, na certeza de que sua aus•ncia provoca danos ao
trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema;
m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contr‡rio ao
interesse pœblico, exigindo as provid•ncias cab’veis;
n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os mŽtodos mais
adequados ˆ sua organiza•‹o e distribui•‹o;
o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do exerc’cio de
suas fun•›es, tendo por escopo a realiza•‹o do bem comum;
p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exerc’cio da fun•‹o;
q) manter-se atualizado com as instru•›es, as normas de servi•o e a legisla•‹o pertinentes
ao —rg‹o onde exerce suas fun•›es;
r) cumprir, de acordo com as normas do servi•o e as instru•›es superiores, as tarefas de
seu cargo ou fun•‹o, tanto quanto poss’vel, com critŽrio, seguran•a e rapidez, mantendo
tudo sempre em boa ordem.
s) facilitar a fiscaliza•‹o de todos atos ou servi•os por quem de direito;
t) exercer com estrita modera•‹o as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribu’das,
abstendo-se de faz•-lo contrariamente aos leg’timos interesses dos usu‡rios do servi•o
pœblico e dos jurisdicionados administrativos;
u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua fun•‹o, poder ou autoridade com finalidade
estranha ao interesse pœblico, mesmo que observando as formalidades legais e n‹o
cometendo qualquer viola•‹o expressa ˆ lei;
v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a exist•ncia deste C—digo
de ƒtica, estimulando o seu integral cumprimento.
XV - E vedado ao servidor pœblico;
a) o uso do cargo ou fun•‹o, facilidades, amizades, tempo, posi•‹o e influ•ncias, para obter
qualquer favorecimento, para si ou para outrem;
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b) prejudicar deliberadamente a reputa•‹o de outros servidores ou de cidad‹os que deles


dependam;
c) ser, em fun•‹o de seu esp’rito de solidariedade, conivente com erro ou infra•‹o a este
C—digo de ƒtica ou ao C—digo de ƒtica de sua profiss‹o;
d) usar de artif’cios para procrastinar ou dificultar o exerc’cio regular de direito por qualquer
pessoa, causando-lhe dano moral ou material;
e) deixar de utilizar os avan•os tŽcnicos e cient’ficos ao seu alcance ou do seu conhecimento
para atendimento do seu mister;
f) permitir que persegui•›es, simpatias, antipatias, caprichos, paix›es ou interesses de
ordem pessoal interfiram no trato com o pœblico, com os jurisdicionados administrativos ou
com colegas hierarquicamente superiores ou inferiores;
g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira,
gratifica•‹o, pr•mio, comiss‹o, doa•‹o ou vantagem de qualquer espŽcie, para si, familiares
ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua miss‹o ou para influenciar outro servidor
para o mesmo fim;
h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para provid•ncias;
i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em servi•os pœblicos;
j) desviar servidor pœblico para atendimento a interesse particular;
l) retirar da reparti•‹o pœblica, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro
ou bem pertencente ao patrim™nio pœblico;
m) fazer uso de informa•›es privilegiadas obtidas no ‰mbito interno de seu servi•o, em
benef’cio pr—prio, de parentes, de amigos ou de terceiros;
n) apresentar-se embriagado no servi•o ou fora dele habitualmente;
o) dar o seu concurso a qualquer institui•‹o que atente contra a moral, a honestidade ou a
dignidade da pessoa humana;
p) exercer atividade profissional aŽtica ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho
duvidoso.

4 Ð Atitudes no Servi•o
Quais par‰metros devem orientar as atitudes de um servidor pœblico? Como ele
deve se comportar no servi•o? Quais s‹o os limites das suas a•›es? Como deve
ser sua rela•‹o com os cidad‹os?
O servidor dever‡ agir com base nos preceitos da dignidade, do decoro, do zelo,
da efic‡cia, da efici•ncia, da preserva•‹o do patrim™nio, da honra e da tradi•‹o
dos servi•os pœblicos e da conduta Žtica, com a consci•ncia dos princ’pios morais
seus atos.
O trabalho do servidor pœblico Ž a porta de entrada dos usu‡rios do servi•o
pœblico para a Administra•‹o Pœblica. ƒ a primeira impress‹o, e, geralmente, a
que fica.
Atitude, segundo o Dicion‡rio AurŽlio, significa Òpostura; rea•‹o ou maneira de
ser, em rela•‹o a pessoa(s), objeto(s) etc.Ó.
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Conceitualmente Ž muito dif’cil diferenciar o comportamento do servidor de suas


atitudes. Como o nosso edital cobrou os itens de maneira diferente, vamos
assumir que eles sejam diferentes, ok?
Enquanto o comportamento do servidor pœblico deve ser entendido como o
conjunto de regras que determinam ou limitam a a•‹o real e concreta do servidor,
as suas atitudes s‹o os motivadores do comportamento ideal.
Como o objetivo de qualquer C—digo de ƒtica Ž estabelecer regras que envolvam
os valores e os princ’pios de conduta dos servidores, bem como assegurar aos
servidores a preserva•‹o de seu bom conceito quando o seu comportamento se
pautar pelas normas Žticas estabelecidas, Ž necess‡rio trabalhar n‹o s— o
comportamento desse servidor, mas tambŽm suas atitudes.
Se, dœvida trabalhar as atitudes do servidor Ž uma tarefa mais dif’cil e complexa,
mas os resultados obtidos pela mudan•a de atitude do servidor s‹o mais
duradouras, enquanto as de comportamento s‹o circunstanciais.
O servidor, em geral, adequa seu comportamento profissional ao bem do servi•o
pœblico, de maneira a obedecer aos preceitos legais e Žticos a ele impostos. Ele
poder‡ ser um —timo servidor, mas fora do ambiente de trabalho, pode agir de
forma.
Por outro lado, o servidor que mudou sua atitude Ž mais desej‡vel no servi•o
pœblico, pois ele realmente deve uma mudan•a de car‡ter, que Ž inevitavelmente
transportada para a sua vida particular.
Posso dar a voc• um exemplo pessoal sobre esse assunto. Como voc• j‡ sabe, j‡
trabalhei em diversos lugares no servi•o pœblico, mas no tempo em que fui
servidor do Banco Central experimentei uma vis‹o diferente a respeito do
trabalho.
Como se trata de uma institui•‹o muito tradicional, o Banco Central conta com
estruturas muito bem estabelecidas no que se refere ‡ rela•‹o entre os gestores
e os servidores. H‡ programas muito respeitados voltados ao aprendizado de
l’nguas estrangeiras, ao incentivo ˆ p—s-gradua•‹o, melhoria na qualidade de
vida dos servidores e, alŽm de tudo, h‡ preceitos Žticos muito bem estabelecidos,
divulgados e incorporados pelo quadro funcional.
Isso levou os servidores a incorporarem um grau de respeito pela institui•‹o que
eu nunca tinha vi em outros locais onde trabalhei. Os servidores do Banco Central
em geral Òvestem a camisaÓ, e t•m orgulho da institui•‹o ˆ qual pertencem.
Esse Ž o ponto central da Žtica profissional, n‹o s— dos servidores pœblicos, mas
de qualquer profiss‹o. Uma pessoa que se comporte da forma exigida age com
Žtica, mas n‹o necessariamente aplica a moralidade ao trabalho. J‡ aquele que
teve sua atitude modificada enxerga uma liga•‹o entre a sua pr—pria vida e seu
desempenho profissional.
Muitas profiss›es tambŽm contam com C—digos de ƒtica pr—prios. Os servidores
que desempenhem essas profiss›es tambŽm devem observar essas regras. ƒ o
caso dos engenheiros, dentistas, mŽdicos, enfermeiros, advogados,
administradores, etc.
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5 Ð Organiza•‹o do Trabalho
Em primeiro lugar, a organiza•‹o do seu servi•o deve ser prioridade do servidor.
Num ambiente de trabalho desorganizado fica bem dif’cil desempenhar as
fun•›es do servidor da melhor forma, n‹o Ž mesmo?
O zelo com o servi•o Ž um dos deveres do servidor, segundo o C—digo de ƒtica.
AlŽm disso, h‡ outros deveres, como o cumprimento das normas de servi•o e das
ordens superiores, que est‹o diretamente relacionados ˆ organiza•‹o do
ambiente de trabalho.
Alguns te—ricos do comportamento costumam citar a teoria que ficou conhecida
como Òteoria das janelas quebradasÓ, segundo a qual um ambiente que se
encontre em determinado estado tende a facilitar que comportamentos humanos
sejam coerentes com a manuten•‹o daquele estado.
O exemplo mais utilizado pelos autores Ž justamente o de um edif’cio com as
janelas quebradas, e da’ o nome pelo qual teoria se popularizou. A ideia Ž bem
simples: Se houver um edif’cio com janelas quebras por v‰ndalos, e estas n‹o
forem reparadas, v‰ndalos ter‹o a tend•ncia de quebrar mais janelas. Da’ pode
vir uma escalada do vandalismo, e eventualmente o edif’cio pode ser invadido e
incendiado.
Nas grandes cidades Ž comum que haja terrenos onde as pessoas acumulam lixo.
Se, na primeira vez que o lixo foi depositado ali, ele n‹o for prontamente
recolhido, as pessoas podem se sentir mais Òˆ vontadeÓ para depositar mais lixo.
De acordo com essa teoria, um ambiente de trabalho desorganizado,
desarrumado, descuidado, tende a ficar mais e mais desorganizado, desarrumado
e descuidado.

6 Ð Prioridade em Servi•o
O que deve orientar a atua•‹o do servidor pœblico? O que ele deve o servidor
buscar prioritariamente? A resposta a essas perguntas nos Ž dada pelas teorias
mais modernas do Direito Administrativo, a principal prioridade de todo o servi•o
pœblico Ž o interesse pœblico.
Claro que essa Ž uma no•‹o um pouco dif’cil de definir, mas podemos dizer que
interesse pœblico Ž o bem geral, e n‹o de um grupo espec’fico, e nem do pr—prio
servidor pœblico.
Numa an‡lise superficial, voc• poderia pensar em relacionar a prioridade no
servi•o pœblico ao princ’pio da efici•ncia. Certamente este Ž um princ’pio
importante, tanto que foi colocado na pr—pria Constitui•‹o Federal, que o aplica
expressamente ao servi•o pœblico. Podemos dizer, portanto, que toda a
Administra•‹o deve ser eficiente, fazendo mais e melhor e gastando menos.
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O interesse pœblico, porŽm, vai muito alŽm dessa no•‹o. A efici•ncia n‹o pode
sobrepor ˆ busca pela Žtica e de sua aplica•‹o no servi•o cotidiano do servidor,
em benef’cio da sociedade como um todo.
Se um servidor sempre tiver como prioridade o interesse pœblico, incluindo todos
os valores Žticos de comportamento e atitudes profissionais, ele n‹o s— ser‡
eficiente, mas conseguir‡ vocacionar todas as suas atitudes para o bem geral.
Isso amplia sua capacidade de inova•‹o, e possibilita que o servidor compreenda
seu trabalho de forma mais ampla, como um benef’cio a ser prestado a todos.
A efici•ncia no servi•o pœblico, portanto, pode ser considerada uma
consequ•ncia, um desdobramento da prioriza•‹o do interesse pœblico e dos
princ’pios Žticos.
O interesse pœblico e, consequentemente, a moralidade e a Žtica, deve ser a real
prioridade do servi•o. O servidor atinge a moral, age com Žtica, quando age em
busca do interesse pœblico, e por isso sua atitude se volta para a realiza•‹o do
bem comum. Essa Ž a finalidade de toda atua•‹o da Administra•‹o Pœblica, Ž a
fundamenta•‹o de todo seu servi•o.
O interesse pœblico, o bem comum, Ž o filtro, o crivo que d‡ sentido ˆ toda
atua•‹o da Administra•‹o Pœblica. Uma das manifesta•›es do interesse pœblico Ž
o cuidado com a transpar•ncia das a•›es estatais. O interesse pœblico n‹o pode
estar sendo respeitado se o pr—prio Estado esconde o que faz, n‹o Ž mesmo?
Por isso mesmo os C—digos de ƒtica geralmente estabelecem expressamente que
o servidor pœblico n‹o pode omitir a verdade, ainda que contr‡ria ˆ pessoa
interessada ou ˆ Administra•‹o. A verdade deve servir ao interesse pœblico, e
n‹o a uma pessoa espec’fica ou ˆ pr—pria Administra•‹o.
A Žtica no servi•o pœblico n‹o pode ser auto-justific‡vel. N‹o se pode exigir que
o servidor pœblico adote elevados padr›es de conduta Žtica simplesmente porque
Òtem de ser assimÓ, e nem somente porque o servi•o pœblico sofre de uma certa
m‡ fama relacionada a padr›es de conduta question‡veis adotados atŽ alguns
anos atr‡s pelos servidores.
De outro modo, a Žtica deve ser encarada como um Òmodo de vidaÓ, orientado
toda a conduta do servidor para o interesse pœblico. O servidor deve agir
eticamente para que as pessoas sejam respeitadas e tenham acesso a um servi•o
pœblico de melhor qualidade.
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7 - Quest›es
7.1 - Quest›es sem Coment‡rios
QUESTÌO 01 - ANEEL Ð TŽcnico Ð çrea 2 Ð 2010 Ð Cespe.
Importante caracter’stica da moral, o que a torna similar ˆ lei, Ž o fato de
ser absoluta e constituir um padr‹o para julgamento dos atos.

QUESTÌO 02 - AL-SP Ð Agente Legislativo Ð 2010 Ð FCC.


ƒtica Ž o conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um
indiv’duo, de um grupo social ou de uma sociedade. A respeito da Žtica,
considere:
I Ð A dignidade, o decoro, o zelo, a efic‡cia e a consci•ncia dos princ’pios
morais s‹o primados maiores que devem nortear o servi•o pœblico.
II Ð O equil’brio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor
pœblico, Ž que poder‡ consolidar a moralidade do ato administrativo.
III Ð A moralidade na Administra•‹o Pœblica se limita ˆ distin•‹o entre o bem
e o mal, n‹o devendo ser acrescida da ideia de que o fim Ž sempre o bem
comum.
IV Ð A fun•‹o pœblica deve ser tida como exerc’cio profissional e, portanto,
se integra na vida particular de cada servidor pœblico.
V Ð O trabalho desenvolvido pelo servidor pœblico perante a comunidade n‹o
deve ser entendido como acrŽscimo ao seu pr—prio bem-estar, embora,
como cidad‹o, seja parte integrante da sociedade.
Est‡ correto o que se afirma APENAS em:
a) I, II e IV.
b) I, III e IV.
c) II, III e IV.
d) II, IV e V.
e) III, IV e V.

QUESTÌO 03 - ANEEL Ð TŽcnico Ð çrea 1 Ð 2010 Ð Cespe.


A Žtica tem como objetivo fundamental levar a modifica•›es na moral, com
aplica•‹o universal, guiando e orientando racionalmente e do melhor modo
a vida humana.

QUESTÌO 04 - TRE-BA Ð TŽcnico Judici‡rio Ð 2010 Ð Cespe.


Apesar de estritamente relacionadas, Žtica e moral n‹o se confundem. No
entanto, os princ’pios Žticos pressup›em determinadas regras morais de
comportamento.
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QUESTÌO 05 - AGU Ð Contador Ð 2010 Ð Cespe.


A Žtica tem por objetivo a determina•‹o do que Ž certo ou errado, bom ou
mau em rela•‹o ˆs normas e valores adotados por uma sociedade.

QUESTÌO 06 - UERN Ð TŽcnico de N’vel Superior Ð 2010 Ð


Cespe.
A respeito do comportamento profissional e da atitude do servidor no
desempenho de suas fun•›es, assinale a op•‹o correta.
a) O servidor deve ser probo e demonstrar integridade de car‡ter no
desempenho de suas fun•›es, todavia, pode escolher, entre duas op•›es,
aquela que melhor atenda a seu interesse.
b) O servidor deve ter consci•ncia de que seu trabalho Ž regido por princ’pios
Žticos que se materializam na adequada presta•‹o de servi•os pœblicos.
c) N‹o constitui conduta eticamente reprov‡vel o retardamento, pelo
servidor, da presta•‹o de contas, por n‹o se tratar a referida presta•‹o de
condi•‹o essencial da gest‹o dos bens e servi•os que estejam a seu cargo.
d) O servidor tem o dever de resistir a todas as press›es de superiores
hier‡rquicos que visem obter favores ou vantagens indevidas em decorr•ncia
de a•›es imorais, ilegais ou aŽticas, porŽm, n‹o tem o dever de denunci‡-
las.
e) O servidor deve ser ass’duo no servi•o, pois sua aus•ncia, apesar de n‹o
gerar danos ao desenvolvimento do trabalho, provoca preju’zos diretos a
seus interesses pessoais, com reflexos em sua situa•‹o funcional.

QUESTÌO 07 - CNJ Ð Analista Judici‡rio Ð 2013 Ð Cespe.


O servidor pœblico deve adotar um comportamento de colabora•‹o com seus
colegas quando perceber que, em sua organiza•‹o, os deveres e os papŽis
s‹o desempenhados adequadamente e em conformidade com a lei.

QUESTÌO 08 - MPU Ð TŽcnico de Apoio Especializado Ð 2010 Ð


Cespe.
Em determinado —rg‹o pœblico, uma servidora concursada foi nomeada para
cargo de confian•a, com consider‡vel ganho pecuni‡rio. Depois de algum
tempo, seu chefe imediato passou a amea•‡-la com a retirada do cargo caso
ela n‹o se encontrasse com ele fora do local de trabalho. Por n‹o ceder ˆs
investidas do superior, a servidora passou a sofrer persegui•‹o no trabalho
e, por fim, optou por deixar o cargo.
Considerando essa situa•‹o hipotŽtica, julgue os itens a seguir, relativos ˆ
Žtica no servi•o pœblico.
A servidora, ao se demitir do cargo, agiu de acordo com os princ’pios
Žticos, que pressup›em obedi•ncia a regras morais ou normas de
comportamento.
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Teoria e Quest›es
Aula 05 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

QUESTÌO 09 - Anatel Ð TŽcnico Administrativo Ð 2009 Ð Cespe.


O comportamento profissional do servidor deve ser formal, frio, distante e
objetivo, de modo a garantir impessoalidade no tratamento aos cidad‹os
usu‡rios.

QUESTÌO 10 - TRE-AL Ð TŽcnico Judici‡rio Ð 2004 Ð Cespe.


O comportamento profissional Ž influenciado pela Žtica e pelo aprendizado
cont’nuo e pode variar de indiv’duo para indiv’duo.

QUESTÌO 11 - STJ Ð TŽcnico Judici‡rio Ð 2008 Ð Cespe.


O funcion‡rio, ao atender o usu‡rio de seu servi•o, deve ser cort•s e
interessado, mesmo que este usu‡rio apresente comportamento irritado e
indelicado ou seja de classe socioecon™mica inferior ˆ sua ou, ainda, ostente
s’mbolos religiosos diferentes de sua religi‹o.

QUESTÌO 12 - TST Ð TŽcnico Judici‡rio Ð 2008 Ð Cespe.


Marcos Ž servidor pœblico e, todos os dias, sai para bares com amigos e
ingere grande quantidade de bebida alco—lica. Por conta disso, Marcos Ž
conhecido por embriagar-se habitualmente, e, ainda que isso n‹o interfira
na sua assiduidade ao servi•o, tem afetado reiteradamente a sua
pontualidade, situa•‹o que Marcos busca compensar trabalhando alŽm do
hor‡rio de expediente.
Nesse caso, o comportamento de Marcos n‹o pode ser considerado
incompat’vel com o servi•o pœblico.

QUESTÌO 13 - TST Ð TŽcnico Judici‡rio Ð 2008 Ð Cespe.


Ricardo, servidor pœblico, enquanto participava da prepara•‹o de um edital
de licita•‹o para contrata•‹o de fornecimento de refei•›es para o —rg‹o em
que trabalha, antecipou algumas das regras que iriam fazer parte do edital
para Carlos, dono de uma empresa de fornecimento de marmitas, famosa
pela boa qualidade e —timos pre•os dos seus produtos, a fim de que esse
pudesse adequar alguns procedimentos de sua empresa ao edital. A
iniciativa de Ricardo deveu-se somente ao fato de ele conhecer bem os
produtos da empresa de Carlos, n‹o lhe trazendo qualquer vantagem
pecuni‡ria.
Nessa situa•‹o, Ž correto afirmar que Ricardo agiu em prol do interesse
coletivo e que a sua atitude n‹o fere a Žtica no servi•o pœblico.
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Teoria e Quest›es
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7.2 Ð Gabarito
1. E

2. A

3. C

4. E

5. E

6. B

7. C

8. E

9. E

10. C

11. C

12. E

13. E
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7.3 - Quest›es Comentadas


QUESTÌO 01 - ANEEL Ð TŽcnico Ð çrea 2 Ð 2010 Ð Cespe.
Importante caracter’stica da moral, o que a torna similar ˆ lei, Ž o fato de
ser absoluta e constituir um padr‹o para julgamento dos atos.

Coment‡rios
Observe que temos mais uma quest‹o, agora de outra banca, dizendo que a
moral Ž absoluta. Isso n‹o Ž verdade! A moral n‹o Ž universal, e n‹o tem os
mesmos valores em todos os lugares e Žpocas.
GABARITO: E

QUESTÌO 02 - AL-SP Ð Agente Legislativo Ð 2010 Ð FCC.


ƒtica Ž o conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um
indiv’duo, de um grupo social ou de uma sociedade. A respeito da Žtica,
considere:
I Ð A dignidade, o decoro, o zelo, a efic‡cia e a consci•ncia dos princ’pios
morais s‹o primados maiores que devem nortear o servi•o pœblico.
II Ð O equil’brio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor
pœblico, Ž que poder‡ consolidar a moralidade do ato administrativo.
III Ð A moralidade na Administra•‹o Pœblica se limita ˆ distin•‹o entre o bem
e o mal, n‹o devendo ser acrescida da ideia de que o fim Ž sempre o bem
comum.
IV Ð A fun•‹o pœblica deve ser tida como exerc’cio profissional e, portanto,
se integra na vida particular de cada servidor pœblico.
V Ð O trabalho desenvolvido pelo servidor pœblico perante a comunidade n‹o
deve ser entendido como acrŽscimo ao seu pr—prio bem-estar, embora,
como cidad‹o, seja parte integrante da sociedade.
Est‡ correto o que se afirma APENAS em:
a) I, II e IV.
b) I, III e IV.
c) II, III e IV.
d) II, IV e V.
e) III, IV e V.
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Coment‡rios
Na assertiva III o erro est‡ em limitar a moralidade ˆ distin•‹o entre bem e mal.
Vimos na aula de hoje que essa distin•‹o vai muito alŽm disso, chegando atŽ ˆ
distin•‹o entre o honesto e o desonesto. AlŽm disso, a conduta do servidor
pœblico deve ser sempre orientada para o bem comum. O outro erro est‡ na
assertiva V, que diz que o trabalho do servidor n‹o deve ser entendido como
acrŽscimo ao seu pr—prio bem estar. Isso n‹o faz muito sentido, j‡ que o servido
trabalha para o bem da sociedade, da qual ele mesmo tambŽm faz parte. As
demais assertivas est‹o corretas.
GABARITO: A

QUESTÌO 03 - ANEEL Ð TŽcnico Ð çrea 1 Ð 2010 Ð Cespe.


A Žtica tem como objetivo fundamental levar a modifica•›es na moral, com
aplica•‹o universal, guiando e orientando racionalmente e do melhor modo
a vida humana.

Coment‡rios
Vimos que a Žtica pretende ter um car‡ter cient’fico, e seu objeto de estudo s‹o
as ideias e atitudes humanas relacionadas ˆ moral e, de uma forma mais ampla,
ˆ busca da felicidade.
GABARITO: C

QUESTÌO 04 - TRE-BA Ð TŽcnico Judici‡rio Ð 2010 Ð Cespe.


Apesar de estritamente relacionadas, Žtica e moral n‹o se confundem. No
entanto, os princ’pios Žticos pressup›em determinadas regras morais de
comportamento.

Coment‡rios
O objetivo principal da moral Ž a prescri•‹o de conduta, enquanto a Žtica busca
compreender o comportamento humano relacionado ˆ moral e ˆ busca pela
felicidade. Os princ’pios morais s‹o regras, enquanto os princ’pios Žticos s‹o
apenas orientadores para essas regras.
GABARITO: E

QUESTÌO 05 - AGU Ð Contador Ð 2010 Ð Cespe.


A Žtica tem por objetivo a determina•‹o do que Ž certo ou errado, bom ou
mau em rela•‹o ˆs normas e valores adotados por uma sociedade.
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Coment‡rios
Estabelecer o que Ž certo e o que Ž errado, e qual conduta deve ser praticada ou
n‹o, Ž a atividade de prescri•‹o da conduta. J‡ vimos e revimos que a Žtica n‹o
prescreve conduta, mas apenas busca compreend•-la. O papel prescritivo Ž da
moral.
GABARITO: E

QUESTÌO 06 - UERN Ð TŽcnico de N’vel Superior Ð 2010 Ð


Cespe.
A respeito do comportamento profissional e da atitude do servidor no
desempenho de suas fun•›es, assinale a op•‹o correta.
a) O servidor deve ser probo e demonstrar integridade de car‡ter no
desempenho de suas fun•›es, todavia, pode escolher, entre duas op•›es,
aquela que melhor atenda a seu interesse.
b) O servidor deve ter consci•ncia de que seu trabalho Ž regido por princ’pios
Žticos que se materializam na adequada presta•‹o de servi•os pœblicos.
c) N‹o constitui conduta eticamente reprov‡vel o retardamento, pelo
servidor, da presta•‹o de contas, por n‹o se tratar a referida presta•‹o de
condi•‹o essencial da gest‹o dos bens e servi•os que estejam a seu cargo.
d) O servidor tem o dever de resistir a todas as press›es de superiores
hier‡rquicos que visem obter favores ou vantagens indevidas em decorr•ncia
de a•›es imorais, ilegais ou aŽticas, porŽm, n‹o tem o dever de denunci‡-
las.
e) O servidor deve ser ass’duo no servi•o, pois sua aus•ncia, apesar de n‹o
gerar danos ao desenvolvimento do trabalho, provoca preju’zos diretos a
seus interesses pessoais, com reflexos em sua situa•‹o funcional.

Coment‡rios
Perceba que a quest‹o Ž meio longa, mas n‹o tem nada muito complicado. A
alternativa A est‡ incorreta porque diz que o servidor deve buscar seu pr—prio
interesse, quando voc• j‡ est‡ cansado de saber que a prioridade do servidor Ž
o interesse pœblico. A alternativa C est‡ incorreta porque retardar presta•‹o de
contas Ž conduta eticamente reprov‡vel, conforme o C—digo de ƒtica. A
alternativa D est‡ incorreta porque Ž dever do servidor representar contra uso
e/ou comprometimento indevidos da estrutura da Administra•‹o Pœblica,
independentemente da posi•‹o hier‡rquica que ocupe. A alternativa E est‡
incorreta porque a aus•ncia do servidor obviamente provoca preju’zos aos
trabalho, n‹o Ž mesmo?
GABARITO: B
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QUESTÌO 07 - CNJ Ð Analista Judici‡rio Ð 2013 Ð Cespe.


O servidor pœblico deve adotar um comportamento de colabora•‹o com seus
colegas quando perceber que, em sua organiza•‹o, os deveres e os papŽis
s‹o desempenhados adequadamente e em conformidade com a lei.

Coment‡rios
Sinceramente, n‹o entendi muito bem o que a banca quis com essa quest‹o.
Se os deveres e papeis s‹o desempenhados adequadamente, Ž —bvio que o
servidor deve adotar uma postura colaborativa, n‹o Ž???
GABARITO: C

QUESTÌO 08 - MPU Ð TŽcnico de Apoio Especializado Ð 2010 Ð


Cespe.
Em determinado —rg‹o pœblico, uma servidora concursada foi nomeada para
cargo de confian•a, com consider‡vel ganho pecuni‡rio. Depois de algum
tempo, seu chefe imediato passou a amea•‡-la com a retirada do cargo caso
ela n‹o se encontrasse com ele fora do local de trabalho. Por n‹o ceder ˆs
investidas do superior, a servidora passou a sofrer persegui•‹o no trabalho
e, por fim, optou por deixar o cargo.
Considerando essa situa•‹o hipotŽtica, julgue os itens a seguir, relativos ˆ
Žtica no servi•o pœblico.
A servidora, ao se demitir do cargo, agiu de acordo com os princ’pios
Žticos, que pressup›em obedi•ncia a regras morais ou normas de
comportamento.

Coment‡rios
A servidora, por mais que fosse v’tima na situa•‹o, n‹o agiu de acordo com
os princ’pios Žticos, pois ela deveria ter representado contra o assediador ˆ
autoridade competente.
GABARITO: E

QUESTÌO 09 - Anatel Ð TŽcnico Administrativo Ð 2009 Ð Cespe.


O comportamento profissional do servidor deve ser formal, frio, distante e
objetivo, de modo a garantir impessoalidade no tratamento aos cidad‹os
usu‡rios.

Coment‡rios
Dizer que o servidor deve ser frio e distante para manter sua objetividade Ž
demais, n‹o Ž? Ele deve manter sua objetividade, e deve atender com lealdade
e cortesia.
GABARITO: E
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QUESTÌO 10 - TRE-AL Ð TŽcnico Judici‡rio Ð 2004 Ð Cespe.


O comportamento profissional Ž influenciado pela Žtica e pelo aprendizado
cont’nuo e pode variar de indiv’duo para indiv’duo.

Coment‡rios
O comportamento n‹o pode ser encarado como valor absoluto, n‹o Ž mesmo?
Certamente ele varia de uma pessoa para outra, especialmente em fun•‹o das
mudan•as de atitude.
GABARITO: C

QUESTÌO 11 - STJ Ð TŽcnico Judici‡rio Ð 2008 Ð Cespe.


O funcion‡rio, ao atender o usu‡rio de seu servi•o, deve ser cort•s e
interessado, mesmo que este usu‡rio apresente comportamento irritado e
indelicado ou seja de classe socioecon™mica inferior ˆ sua ou, ainda, ostente
s’mbolos religiosos diferentes de sua religi‹o.

Coment‡rios
Se o servidor estiver orientado para o interesse pœblico, atender‡ todos os
cidad‹os com cortesia e gentileza, independentemente de quem sejam as
pessoas ou do comportamento por elas adotado.
GABARITO: C

QUESTÌO 12 - TST Ð TŽcnico Judici‡rio Ð 2008 Ð Cespe.


Marcos Ž servidor pœblico e, todos os dias, sai para bares com amigos e
ingere grande quantidade de bebida alco—lica. Por conta disso, Marcos Ž
conhecido por embriagar-se habitualmente, e, ainda que isso n‹o interfira
na sua assiduidade ao servi•o, tem afetado reiteradamente a sua
pontualidade, situa•‹o que Marcos busca compensar trabalhando alŽm do
hor‡rio de expediente.
Nesse caso, o comportamento de Marcos n‹o pode ser considerado
incompat’vel com o servi•o pœblico.

Coment‡rios
Obviamente a embriaguez excessiva e a falta de pontualidade s‹o problemas
no comportamento do servidor.
GABARITO: E

QUESTÌO 13 - TST Ð TŽcnico Judici‡rio Ð 2008 Ð Cespe.


Ricardo, servidor pœblico, enquanto participava da prepara•‹o de um edital
de licita•‹o para contrata•‹o de fornecimento de refei•›es para o —rg‹o em
que trabalha, antecipou algumas das regras que iriam fazer parte do edital
para Carlos, dono de uma empresa de fornecimento de marmitas, famosa
pela boa qualidade e —timos pre•os dos seus produtos, a fim de que esse
LEGISLA‚ÌO ESPECêFICA Ð PC-DF
Teoria e Quest›es
Aula 05 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

pudesse adequar alguns procedimentos de sua empresa ao edital. A


iniciativa de Ricardo deveu-se somente ao fato de ele conhecer bem os
produtos da empresa de Carlos, n‹o lhe trazendo qualquer vantagem
pecuni‡ria.
Nessa situa•‹o, Ž correto afirmar que Ricardo agiu em prol do interesse
coletivo e que a sua atitude n‹o fere a Žtica no servi•o pœblico.

Coment‡rios
Voc• acha que Ricardo agiu em prol do interesse pœblico? N‹o! Ele agiu em
prol do seu pr—prio interesse e da empresa de Carlos!
GABARITO: E

8 - Considera•›es Finais
Chegamos ao fim da nossa aula de hoje e do nosso curso. Quero agradecer por
sua confian•a nesse tempo, e por me permitir participar dessa sua jornada para
entrar no servi•o pœblico. Desejo a voc• todo o sucesso na prova. Cuidado com
o emocional, utilize os pr—ximos dias para revisar as principais matŽrias e tente
descansar, pois o grande dia est‡ chegando! Se tiver ficado alguma dœvida por
favor me procure no f—rum. Estou tambŽm dispon’vel no e-mail e nas redes
sociais.
Grande abra•o!

Paulo Guimar‹es

professorpauloguimaraes@gmail.com

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