Você está na página 1de 5

Conclusões gerais do estudo da lógica formal.

Uma proposição designa ou descreve um estado de coisas no mundo (facto).

Uma proposição é verdadeira ou falsa. É verdadeira se a predicação do sujeito se identifica com a


realidade descrita; é falsa se não se identifica.

Uma afirmação não é consistente com a sua negação (contradição).

Existem conjuntos de proposições (argumentos) em que não existe contradição (válidos); existem
conjuntos de proposições em que é possível, ou se verifica a contradição (inválidos).

Se as premissas do argumento válido são verdadeiras, o argumento é forte. Se as premissas são mais
plausíveis do que a conclusão, ele é cogente.

Lógica informal A força do argumento é determinada a partir da pela adesão ou crença de


um interlocutor ou auditório na sua validade ou verdade da sua
Estudo da argumentação conclusão, explícita ou implícita; é mais forte, persuasivo, convincente,
nos contextos de aplicação eficaz, razoável, credível, plausível.
(comunicação, política,
jurídica) Embora estes termos sejam muitas vezes usados como sinónimos, há
algumas diferenças subtis entre eles. Convencer implica que o argumento
é plausível ou razoável, mas não necessariamente que o interlocutor seja
convencido. Persuadir implica que o argumento é eficaz e que o
interlocutor é, de facto, convencido. Forte implica que o argumento é
sólido e que é difícil de refutar.

Por exemplo, um argumento pode ser convincente, mas não persuasivo,


se o interlocutor não estiver aberto a novas ideias. Um argumento
também pode ser persuasivo, mas não forte, se as premissas não forem
verdadeiras ou se o argumento for baseado em falácias.

Metafísica Se existe a liberdade do agente, então existe a atribuição de


estudo dos conceitos, das responsabilidade.
características ou Uma teoria da ação deve integrar a liberdade de agir na sua descrição e
propriedades gerais que explicação.
compõem a realidade
(existência, causalidade, Teoria do determinismo. (determinismo radical)
necessidade contingência, A teoria do determinismo afirma que todas as ações humanas são
temporalidade) determinadas por causas anteriores. Isso significa que as pessoas não
têm livre-arbítrio e que suas ações são inevitáveis.
Consequências teóricas
A teoria do determinismo tem implicações importantes para a nossa
compreensão da natureza da realidade. Se todas as ações humanas são
determinadas, então não há lugar para o acaso ou a contingência no
mundo. Isso significa que o universo é um sistema fechado e que tudo o
que acontece está predeterminado.
Consequências éticas
A teoria do determinismo também tem implicações importantes para a
nossa compreensão da moralidade. Se as pessoas não têm livre-arbítrio,
então elas não são responsáveis por suas ações. Isso significa que não
podemos culpar ou punir as pessoas por suas ações, pois elas não
tinham escolha.
Teoria do livre-arbítrio absoluto (libertismo)
A teoria do livre-arbítrio absoluto afirma que as pessoas têm livre-arbítrio
e que suas ações não são determinadas por causas anteriores. Isso
significa que as pessoas têm a capacidade de escolher suas ações
livremente.
Consequências teóricas
A teoria do livre-arbítrio absoluto tem implicações importantes para a
nossa compreensão da natureza da realidade. Se as pessoas têm livre-
arbítrio, então o universo não é um sistema fechado e há lugar para o
acaso e a contingência. Isso significa que o universo é um sistema aberto
e que as pessoas têm a capacidade de influenciar o seu destino.
Consequências éticas
A teoria do livre-arbítrio absoluto também tem implicações importantes
para a nossa compreensão da moralidade. Se as pessoas têm livre-
arbítrio, então elas são responsáveis pelas suas ações. Isso significa que
podemos culpar ou punir as pessoas por suas ações, pois elas tinham
escolha.

Teoria do livre-arbítrio condicionado (determinismo moderado)


A teoria do livre-arbítrio condicionado afirma que as pessoas têm livre-
arbítrio, mas que esse livre-arbítrio é limitado por causas anteriores. Isso
significa que as pessoas têm a capacidade de escolher suas ações, mas
que essas escolhas são influenciadas por fatores externos, como a
genética, o ambiente e as experiências.
Consequências teóricas
A teoria do livre-arbítrio condicionado tem implicações importantes para a
nossa compreensão da natureza da realidade. Se as pessoas têm livre-
arbítrio, mas esse livre-arbítrio é limitado, então o universo não é um
sistema fechado, mas também não é um sistema totalmente aberto. Isso
significa que o universo é um sistema parcialmente aberto e que as
pessoas têm alguma capacidade de influenciar o seu destino, mas que
essa capacidade é limitada.
Consequências éticas
A teoria do livre-arbítrio condicionado também tem implicações
importantes para a nossa compreensão da moralidade. Se as pessoas
têm livre-arbítrio, mas esse livre-arbítrio é limitado, então as pessoas são
parcialmente responsáveis por suas ações. Isso significa que podemos
culpar ou punir as pessoas pelas suas ações, mas que essa culpa ou
punição deve ser atenuada pelo fato de que as ações das pessoas foram
influenciadas por fatores externos.

Em conclusão, as três teorias básicas relativas à existência da liberdade


humana têm implicações importantes para a nossa compreensão da
natureza da realidade e da moralidade.

Axiologia Teoria do objetivismo axiológico


Estudo das razões A teoria do objetivismo axiológico afirma que os valores são reais e
definidoras da ação independentes da mente humana. Isso significa que os valores existem
(motivos, intenções, independentemente de serem ou não reconhecidos ou aceitos por
desejos) humanos.
O conceito geral destas Consequências teóricas
razões designa-se por valor A teoria do objetivismo axiológico tem implicações importantes para a
nossa compreensão da natureza dos valores. Se os valores são reais,
então eles não são simplesmente construções humanas. Isso significa
que os valores têm uma existência independente e que não podem ser
simplesmente alterados ou descartados à vontade.
Consequências éticas
A teoria do objetivismo axiológico também tem implicações importantes
para a nossa compreensão da moralidade. Se os valores são reais, então
a moralidade não é simplesmente uma questão de opinião. Isso significa
que a moralidade tem uma base objetiva e que não pode ser
simplesmente ignorada ou relativizada.
Teoria do subjetivismo axiológico
A teoria do subjetivismo axiológico afirma que os valores são subjetivos e
dependem da mente humana. Isso significa que os valores são criados
por humanos e que não têm existência independente.
Consequências teóricas
A teoria do subjetivismo axiológico tem implicações importantes para a
nossa compreensão da natureza dos valores. Se os valores são
subjetivos, então eles não são reais no mesmo sentido que os objetos
físicos. Isso significa que os valores são simplesmente construções
humanas e que podem ser alterados ou descartados à vontade.
Consequências éticas
A teoria do subjetivismo axiológico também tem implicações importantes
para a nossa compreensão da moralidade. Se os valores são subjetivos,
então a moralidade não é objetiva. Isso significa que a moralidade é
simplesmente uma questão de opinião e que não há um padrão moral
universal.
Teoria do relativismo axiológico
A teoria do relativismo axiológico afirma que os valores são relativos e
dependem da cultura ou do contexto. Isso significa que os valores não
são universais e que podem variar de cultura para cultura ou de contexto
para contexto.
Consequências teóricas
A teoria do relativismo axiológico tem implicações importantes para a
nossa compreensão da natureza dos valores. Se os valores são relativos,
então eles não são absolutos. Isso significa que não há um padrão moral
universal e que o que é considerado certo ou errado pode variar de
cultura para cultura ou de contexto para contexto.
Consequências éticas
A teoria do relativismo axiológico também tem implicações importantes
para a nossa compreensão da moralidade. Se os valores são relativos,
então a moralidade não é absoluta. Isso significa que não há um certo ou
errado absoluto e que o que é considerado certo ou errado pode variar de
pessoa para pessoa.
Em conclusão, as teorias básicas da natureza dos valores têm
implicações importantes para a axiologia, tanto no nível teórico como no
nível ético.
Se os valores não são objetivos, não pode existir uma ética humana
universal. É possível apenas uma ética individual ou circunstancial no
caso do subjetivismo e do relativismo.

O problema da indução
O problema da indução é uma questão filosófica sobre se o raciocínio indutivo, que é um tipo de
raciocínio em que se generaliza a partir da observação de casos particulares, e leva a alguma forma de
conhecimento proposicional ou previsão.
Um exemplo de raciocínio indutivo é o seguinte:
● Todos os cisnes que foram observados até hoje são brancos.
● Logo, todos os cisnes são brancos.
A conclusão deste argumento é mais geral do que as premissas. As premissas afirmam que todos os
cisnes observados até hoje são brancos. A conclusão afirma que todos os cisnes são brancos.

O problema da indução surge porque não há garantia de que a conclusão de um argumento indutivo seja
verdadeira. É possível que, no futuro, seja observado um cisne que não seja branco. Se isso acontecer, a
conclusão do argumento será falsa.

O problema da indução foi inicialmente formulado pelo filósofo escocês David Hume, no século XVIII.
Hume argumentou que não há nenhuma razão lógica para acreditar que a conclusão de um argumento
indutivo seja verdadeira. A única razão para acreditar na conclusão é a experiência passada. A
experiência passada mostra que, no passado, as generalizações indutivas têm sido geralmente
verdadeiras. No entanto, a experiência passada não pode provar que a conclusão de um argumento
indutivo será verdadeira no futuro.

O problema da indução coloca em causa a validade do método científico, que é, em parte, baseado no
raciocínio indutivo. O método científico, numa abordagem simplista, consiste em observar a natureza,
formular hipóteses a partir das observações e testar as hipóteses através de experiências. Neste sentido,
as leis científicas são generalizações indutivas que são baseadas na observação da natureza. Se o
problema da indução for válido, então não há garantia de que as leis científicas obtidas por generalização
sejam verdadeiras.

Existem várias tentativas de resolver o problema da indução. Uma tentativa é argumentar que a indução é
uma forma de raciocínio racional. Essa tentativa argumenta que, mesmo que não haja garantias de que a
conclusão de um argumento indutivo seja verdadeira, ainda assim é racional acreditar na conclusão.
Outra tentativa de resolver o problema da indução é argumentar que a indução é baseada em uma
intuição fundamental. Essa tentativa argumenta que temos uma intuição que nos diz que, se observarmos
um padrão muitas vezes, então é provável que esse padrão continue no futuro.No entanto, nenhuma
dessas tentativas é inteiramente satisfatória. A questão da validade da indução continua a ser um
problema aberto na filosofia.

Distinção facto-valor
A distinção facto/valor é uma distinção fundamental na filosofia, que divide as afirmações em dois tipos:
factos e valores.

Factos são afirmações que descrevem o mundo como ele é. Elas são objetivas, no sentido de que são
independentes da opinião ou da crença humana. Por exemplo, a afirmação "o Sol é uma estrela" é um
facto. Esta é verdadeira independentemente de acreditarmos nela ou não. Valores são afirmações que
expressam julgamentos ou preferências. Elas são subjetivas, no sentido de que dependem da opinião ou
da crença humana. Por exemplo, a afirmação "a pena de morte é um castigo justo" é um valor. Esta é
uma afirmação sobre o que é certo ou errado, e portanto depende da opinião ou da crença humana.

A distinção facto/valor é importante porque tem implicações importantes para a forma como pensamos e
argumentamos. Por exemplo, factos são suscetíveis de serem verificados, enquanto valores não são.
Isso significa que podemos usar factos para apoiar argumentos, mas não podemos usar valores.

Aqui estão alguns exemplos de factos e valores:

Factos:

● O Sol é uma estrela.


● A água ferve a 100 graus Celsius.
● A população da Terra é de cerca de 8 bilhões de pessoas.

Valores:

● A pena de morte é um castigo justo.


● A guerra é sempre errada.
● A liberdade de expressão é um direito fundamental.

É importante notar que a distinção facto/valor não é sempre clara. Por exemplo, a afirmação "a arte é
bela" é uma afirmação que pode ser interpretada como um facto ou como um valor. Se a afirmação for
interpretada como um facto, então ela significa que a beleza da arte é uma propriedade objetiva da arte,
independente da opinião ou da crença humana. Se a afirmação for interpretada como um valor, então ela
significa que a beleza da arte é uma propriedade subjetiva da arte, que depende da opinião ou da crença
humana.

A distinção facto/valor é um tópico complexo e controverso, que tem sido objeto de debate filosófico há
séculos. Não há uma resposta definitiva para a questão de como distinguir factos de valores.

Você também pode gostar