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MACRONUTRIENTES
N, K, Ca, Mg, P, e S.
Assim como qualquer outro ser vivo, as plantas também precisam de itens
essenciais para viver com saúde. São eles: água, luz e alimento. Os alimentos
das plantas são os minerais, absorvidos diretamente da terra. Adubar uma planta
nada mais é do que fornecer os elementos indispensáveis para seu
crescimento e desenvolvimento.
Esta divisão não significa que um nutriente seja mais importante do que outro,
apenas que eles são necessários em quantidades e concentrações diferentes.
Conheça os principais:
Nitrogênio (N)
É o elemento mais exigido pela maioria das plantas, aparecendo em
concentrações médias entre 20 e 60 g kg-1 na matéria seca. Nas plantas,
o N participa como componente de proteínas, ácidos nucleicos, clorofila,
hormônios vegetais e metabólitos secundários. Sua principal função,
porém, é fazer parte dos aminoácidos, unidades constitutivas das proteínas
(polipeptídios). Na estrutura dos aminoácidos tem-se uma cadeia carbônica
com uma terminação carboxila (-COOH), que pode ligar-se a um α
aminogrupo (-NH2) de outro aminoácido (figura abaixo).
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Fonte: Lehninger (1976).
Estrutura dos aminoácidos (A) e dos peptídios (B).
As proteínas são compostos macromoleculares constitutivos dos tecidos vivos.
Além da função estrutural possuem outras, como a catálise promovida pelas
enzimas e, regulação e expressão gênica, via ácidos nucleicos (DNA e RNA).
Dentre as enzimas, nas plantas superiores destaca-se a ribulose-1,5-
bisfosfato-carboxilase/oxigenase (rubisco), que é responsável pela
carboxilação no Ciclo de Calvin, e permite fixar o carbono proveniente do CO2
atmosférico promovendo a formação de carboidratos. Nas folhas a
concentração dessa enzima pode chegar até 400 mg g-1.
O N pode ser absorvido pelas raízes em duas formas: NO3- (nitrato) e NH4+
(amônio). As Leguminosas, e algumas plantas de outras famílias, conseguem
adquirir o N2 atmosférico através da simbiose com microrganismos, como
Rhizobium e Frankia. A entrada de NH3 via estomatos, embora sem
importância prática, também pode ser uma via de aquisição de N.
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A reserva de N dos solos é difícil de quantificar, pois existem diversos
fatores que determinam a quantidade de amônio ou nitrato disponíveis no
solo em cada momento. No caso do nitrato a desnitrificação para formas
gasosas, a imobilização microbiana e a lixiviação são os principais
processos envolvidos na redução de sua disponibilidade. Já no caso do
amônio, a volatilização na forma de NH3, a adsorção pela fração coloidal
argilo-húmica e a nitrificação, alteram rapidamente sua concentração na
solução do solo. A maior parte do N nos solos está na fração orgânica e
sua disponibilidade depende do processo de mineralização, que é
controlado por microrganismos, dificultando a previsão da disponibilidade
de N no solo.
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CARÊNCIA NITROGÊNIO (N)
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FALTA NITROGÊNIO (N)
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PROBLEMAS COM DEFICIÊNCIA
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Sintomas de deficiência
de fósforo em tomateiro.
Foto: Herminia E. Prieto
Martinez
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Potássio (K)
Em geral o potássio é o segundo elemento mais exigido pelas plantas, vindo
logo após o N. É o cation mais abundante no vacúolo e no citoplasma, onde
pode atingir concentrações de 150 mmol/L, e no xilema onde as concentrações
podem alcançar valores da ordem de 2000-5000 mg L-1.
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ABSORÇÃO
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PROBLEMAS COM DEFICIÊNCIA
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O potássio há muito tempo tem sido considerado como elemento de qualidade
em nutrição de plantas. Plantas deficientes em K apresentam-se deficientes na
síntese e translocação de carboidratos para os frutos devido ao desbalanço no
metabolismo enzimático, o que compromete a qualidade (Hawkesford et al,
2012), que está vinculada a aparência, sabor, textura e valor nutritivo dos
frutos.
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Deficiência de K em mostarda
Foto: Herminia E. Prieto Martinez
Deficiência de K em alface.
Foto: Herminia E. Prieto Martinez
Deficiência de K em milho.
Foto: Vademecum de la potasa: la llave de una
fertilización racional
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Cálcio (Ca)
O cálcio é abundante em grande parte dos solos, porém constitui-se num fator
limitante em solos tropicais ácidos onde tem que ser adicionado na forma de
carbonatos, para reduzir a acidez e a toxidez de Al e Mn.
ABSORÇÃO
Deficiência de Ca em cafeeiro.
Foto: Herminia E. Prieto Martinez
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A B
Deficiência de Ca em alface.
Foto: Herminia E. Prieto Martinez
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Magnésio (Mg)
O magnésio é exigido pelas plantas em menor proporção que o K e que o Ca,
sua concentração na matéria seca das plantas situa-se em torno de 5 g kg-1.
É absorvido na forma de Mg2+. Ocupa o centro do núcleo tetrapirrólico da
molécula de clorofila, que é imprescindível para a fotossíntese (Figura
abaixo).
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Estrutura da clorofila a. Átomo central de
Mg no núcleo tetrapirrólico da molécula.
Fonte: Taiz & Zeiger (2004).
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Considerando-se que nas células de tecidos verdes maduros cerca de 15%
do volume é ocupado pelos cloroplastos, citoplasma e espaço livre exterior
(5% para cada compartimento) e 85% pelo vacúolo, percebe-se que 20% do
Mg foliar ocupam 5% do volume da célula. Isso evidencia a alta
concentração de Mg nos cloroplastos. Altas concentrações de K e Mg nos
cloroplastos e no citoplasma são necessárias para manter o pH entre 6,5 e
7,5. A manutenção do pH nessa faixa é importante porque alterações no pH
podem afetar a estrutura das proteínas e sua atividade enzimática. No
vacúolo o Mg age como contra-íon de ácidos orgânicos e ânions.
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ATUAÇÃO DO MAGNESIO (Mg)
Na síntese proteica o Mg atua como elemento de ligação das subunidades
ribossômicas, um processo essencial para que a síntese de proteínas ocorra. É
também exigido pela RNA polimerase, e consequentemente para a formação de
RNA no núcleo. Seu papel na síntese de proteínas fica bem evidenciado nos
cloroplastos, onde se localizam cerca de 25% das proteínas foliares e que tem
seu tamanho, estrutura e função prejudicados pela deficiência de Mg. Acredita-
se que as baixas concentrações de clorofila em folhas deficientes em Mg
relacionem-se mais à inibição da síntese de proteínas do que à falta de Mg para
a síntese desse pigmento.
Como ativador enzimático atua em fosfatases e ATPases, que estão envolvidas
em processos de transferência de energia, e em carboxilases, envolvidas em
transfer|ência de carboxilos.
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Assim é que a síntese de ATP (fosforilação) exige Mg como componente de
ligação entre o ADP e a enzima. Tem papel importante como modulador da
atividade da ribulose di fosfato carboxilase no estroma dos cloroplastos, e
também é exigido pela frutose 1,6 difosfatase que regula a alocação de carbono
em amido ou trioses fosfato, e pela glutamato sintetase, responsável pela
assimilação da amônia.
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CARÊNCIA DE MAGNÉSIO (Mg)
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Sintomas avançados de Deficiência de magnésio em Deficiência de magnésio em
deficiência de magnésio em milho. alface.
pinhão manso. Foto: Herminia E. Prieto Martinez Foto: Herminia E. Prieto Martinez
Foto: Herminia E. Prieto Martinez
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Enxofre (S)
É exigido pelas plantas em concentrações entre 2 e 5 g kg-1, sendo absorvido
pelas raízes na forma de SO42-. Eventualmente pode ser adquirido pelas folhas
na forma gasosa de SO2 da atmosfera, abundante em locais poluídos. Está
presente nos aminoácidos cistina, cisteína e metionina, havendo nas proteínas
uma relação de 34 N: 1S.
Forma nas proteínas pontes dissulfeto, responsáveis pela ligação entre cadeias
polipeptídicas e pela manutenção da sua estrutura terciária e quaternária
(Figura abaixo). São ligações fortes, as últimas a serem rompidas durante a
proteólise.
No solo, tal qual o N, o S aparece predominantemente ligado à matéria orgânica
(60-90%) e sua distribuição no perfil a acompanha. Na forma oxidada (SO42-)
sofre competição de outros ânions, principalmente de fosfatos e perde-se
facilmente por percolação.
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Quanto maior o pH do solo, menor a adsorção do sulfato pelas argilas e maior o
risco de perda por lixiviação. Solos arenosos muito aerados, em geral, são mais
pobres em S.
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CARÊNCIA DE ENXOFRE (S)
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AGROPÓS
AGROPÓS CURSOS
AGROPÓS CURSOS