Você está na página 1de 4

TESTE PUREZA RADIOQUÍMICA POR CROMATOGRAFIA

CROMATOGRAFIA: é uma técnica de separação de uma mistura de compostos (eluato e


fármaco), baseada na interação relativa dos componentes da mistura através de uma fase
sólida (fase estacionária) e uma fase móvel (solvente).

As reações de complexação do radioisótopo pelo fármaco podem não ser tão eficientes, em
consequência da qualidade do eluato, dos componentes dos “kits” ou dos procedimentos
utilizados para as marcações.
Devido aos possíveis problemas que podem ocorrer durante a preparação dos
radiofármacos com 99mTc, é importante que o próprio usuário seja capaz de certificar a
qualidade do eluato do gerador e do produto marcado.

Nestes casos, a ineficiência nos processos pode dar origem a impurezas radioquímicas:

1- Pertecnetato (99mTcO4-), decorrente da sua não-redução do 99mTc pela


molécula do fármaco durante o processo químico da marcação, devido a presença de
oxigênio dentro do frasco do fármaco;

2- O óxido de tecnécio (99mTcO2), também denominado de tecnécio hidrolisado e


reduzido (TcHR), decorrente da redução e não-complexação do metal;

A principal técnica para garantir a qualidade final dos radiofármacos é a cromatografia, em


que uma amostra do produto (sólido granulado) é aplicado sobre um suporte (fase
estacionária) e arrastada por um solvente (fase móvel).

Técnica:

A química difícil do 99mTc ressalta a importância de conferir o produto quanto à pureza


radioquímica, que é definida como a percentagem do total da radioatividade que se
encontra na forma radioquímica desejada.
Por exemplo, se 5% da atividade do 99mTc permanece livre na forma de pertecnetato de
sódio, podemos dizer que a pureza radioquímica é de 95%, assumindo que não há outras
impurezas.

Para a radiocromatografia, coloca uma pequena amostra do material a ser testado numa
extremidade da fita.
O solvente é selecionado de acordo com o radioquímico e com o contaminante em
potencial, ou seja, um solvente no qual se conheçam os padrões de migração (vem descrito
na bula de cada fármaco).
NA PRÁTICA

1- Sempre a parte de cima da fita é a PARTE 1 e a de baixo é a PARTE 2. As medidas são


conforme a bula traz. Os pontos de corte também conforme a bula traz. Segue exemplo:

2- Ver na bula quais papéis o fármaco necessita para o controle. Tem o Papel Whatmann e
a Sílica Gel. Tem fármaco que faz apenas com um papel Whatmann, alguns com dois
papéis Whatmann e outros com um Whatmann e um Sílica Gel.

3- Bula do SESTAMIBI
- Papel Whatmann - solvente METANOL
- Papel Sílica Gel - solvente NaCl 0,9%
- Pingar uma gota do radiofármaco 99mTc-SESTAMIBI em cada ponto de aplicação
das fitas. Colocar na cuba cromatográfica e aguardar que o solvente migre até as
linhas superiores das fitas.
- A bula traz que:
No papel Whatmann, no ponto de aplicação deve ficar o 99mTcO2 (Óxido de tecnécio) e
nas linhas superiores deve subir o radiofármaco 99mTc-Sestamibi e 99mTcO4-
(Pertecnetato)

99mTcO2 (Óxido de tecnécio) = decorrente da sua não-redução do 99mTc pela molécula do


fármaco durante o processo químico da marcação, devido a presença de oxigênio dentro do
frasco do fármaco.

99mTcO4- (Pertecnetato) = também denominado de tecnécio hidrolisado e reduzido (TcHR),


decorrente da redução e não-complexação do metal.

- Cortar ambas as placas a 1,5cm do ponto de aplicação. Colocar nos copinhos e


medir cada um no calibrador de dose.
- Anotar os valores para aplicar nas fórmulas abaixo:

- Primeira fórmula, quer saber a % de impureza de 99mTcO2

- Segunda fórmula, quer saber a % de impureza de 99mTcO4-

- Terceira fórmula quer saber a eficiência de marcação

Você também pode gostar