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SEREI SEMPRE
JOVEM
1. PLURIPATOLOGIA
Nº 1: PARTICULARIDADES DO DOENTE IDOSO. A GERIATRIA. 2. PLURIMEDICAÇÃO
3. MANIFESTAÇÕES
Nos últimos anos tem-se verificado um envelhecimento da população mundial – revolução etária CLÍNICAS DIFERENTES
DE MÚLTIPLAS
– devido a: DOENÇAS
4. COMPORTAMENTO
1. Melhoria socio-económica; FARMACOLÓGICO
2. Melhoria técnico-científica; DIFERENTE
3. Acesso fácil à informação sobre factores de risco e promoção da saúde [comunicação 5. DECISÃO TERAP. E
DIAGNÓSTICA
social, por exº];
(ESTADO FÍSICO E
4. Metamorfose da espécie humana. COGNITIVO, NÃO
ESPERANÇA DE VIDA)
Geriatria: ciência que trata dos idosos e as suas doenças.
1991: 1 milhão e meio de pessoas > 65 anos; 150 mil pessoas > 80 anos;
2001: 1 em cada seis portugueses > 65 anos;
2050: população terá ( da natalidade).
Números europeus: 2040-2050 Esperança média de vida >80 anos; 1/3 da população >60 anos.
OMS: nº de idosos 90-95 anos – 8 milhões (actualidade) 60 milhões; centenários – 150 mil 2,5 milhões (2050)
90% dos idosos têm sintomatologia significativa, mas apenas 30% consultam o médico Mtas. Patologias + Diferentes
manifestações das patologias + Poli-medicação
Na actualidade, muitas pessoas com 80 ou mais anos continuam a ser activas Mudança de visão do idoso sobre si
próprio Mudança na assistência médica
GERONTOLOGIA: Estudo do proc. Do
Em doença aguda ou crónica: envelhecimento. Abarca desde
Pacientes tratados por geriatras • gastos hospitalares investigações de biologia molecular
• nº de internamentos até estudos socio-económicos, ou
• mortalidade sobre consequências da aposentação.
Medicina Geriátrica: especialidade médica que se ocupa das condições: 1. Físicas; 2. Mentais; 3. Funcionais; 4. Sociais, que
ocorrem em:
IDOSOS Preservar
a. Tratamento de doença aguda ou crónica,
Necessitam de mais tempo ! integridade
b. Reabilitação, física e
c. Prevenção, •Alto nível de fragilidade cognitiva;
d. Situações sociais, •Múltiplas patologias activas Prevenir delírio
•Intervenção e perda de
e. Situações de fim de vida, em pacientes idosos. holística
•Difícil diagnóstico autonomia
Não é definida pela idade, mas lida com a motora.
•Resposta ao tratamento demorada
morbilidade típica encontrada em pacientes mais
•Necessidade de redes de suporte social, equipa multidisciplinar
idosos. •Optimização do estado funcional dos idosos
• qualidade de vida
• autonomia
Tratar uma das patologias & Não tratar Doente pluripatológico, plurimedicado, com
as concomitantes = IATROGENIA! falência multiorgânica, com probs. de
abordagem complexa.
1º OBJECTIVO DA GERIATRIA:
MINIMIZAR INCAPACIDADES E MENOR VALIA DA VELHICE
mortalidade e
Os idosos estão doentes porque
Falência da Medicina Geral em
assistir Idosos Necessidade da
Tratamento têm doenças e não porque são
internamento na
ineficiente da velhos.
fractura do colo do GERIATRIA
depressão no idoso
fémur
Envelhecimento
Doença
RAZÕES QUE normal
INFLUENCIAM A QUANDO IDOSO SE
ATITUDE DO IDOSO SENTE DOENTE:
PERANTE A DOENÇA: Envelhecer acarreta incapacidades múltiplas e declínio funcional
•Maioria consultaria o generalizado, mas é importante não subestimar o verdadeiro grau de
•Sociais - vergonha saúde do idoso!
apoio de um familiar, em
•Éticas - acha que vai vez do médico.
sobrecarregar a família
•Psicológicas - medo
•Culturais
MÉDICO PERANTE O DOENTE IDOSO:
•Clínicas
Desvalorização das queixas. MITO: idoso hipocondríaco.
•Funcionais
MAS!! 90% dos idosos têm algum sintoma de doençlas, mas apenas 30% consulta o médico.
VELHICE: atribuição errónea de todas as alterações que ocorrem no idoso, à sua idade, sem considerar outras hipóteses e a
assumpção de decisões clínicas em função deste conceito errado.
INCAPACIDADE APRESENTAÇÕES
PLURIPATOLOGIA CRONICIDADE
FUNCIONAL ATÍPICAS
PARTICULARIDADES NA FORMA DE APRESENTAÇÃO DAS DOENÇAS NOS IDOSOS: Muitas x, manifestam-se por
sintomas inespecíficos sem que os sintomas clássicos da doença se apresentem
DOENÇAS DE APRESENTAÇÃO ATÍPICA: Pode fracassar o órgão ou sistema mais vulnerável e a doença manifesta-se
num órgão afastado daquele que sofre o proc. Patológico. Manifestações Frequentes: quedas, confusão, incontinência
urinária, deterioração funcional. Muitas x, sintomas de disfunção cognitiva predominam sobre sinais e sintomas
funcionais e orgânicos.
Tuberculose Mixedema
EXAME OBJECTIVO: deve ser feito um exame geral de todo o doente, de modo a ter uma visão completa do problema.
ERROS GROSSEIROS:
1. Alterações normais do envelhecimento podem ser erradamente consideradas doença Terapêuticas
desnecessárias e eventualmente prejudiciais;
2. Estados de doença considerados manifestações normais do envelhecimento e não serem tratadas correcta/.
INFORMAÇÃO LABORATORIAL:
1. Velocidade de sedimentação com a idade. Valores superiores a 22mm sugerem doença.
2. Doenças que nos jovens cursam com VS elevada, no idoso podem cursar com VS normal (auto-imunes,
neoplasias, doenças infeciosas). Ou seja, valores normais não excluem doença. Proteína C reactiva
3. Albumina sérica
4. intolerância à glicose ( RESISTÊNCIA À INSULINA) Glicémia (pós-prandial)
5. Ureia e creatinina podem não traduzir o verdadeiro compromisso da função renal
6. Fosfatase alcalina com idade = Doença de Paget incipiente, osteomalácea, artrite reumatoide. Se fracção
hepática da fosfatase alcalina = calculose vesicular [+ freq.]
7. Menor ou ausente: VALORES NORMAIS NÃO EXCLUEM DOENÇA INFECCIOSA!
ENVELHECIMENTO:
Resultado do passar do tempo no organismo humano (BUSSE).
Processo de declíneo múltiplo de todos os sistemas orgânicos, característico de todos os seres vivos, inexorável, mas
não uniforme:
Velocidades ≉ nos ≉ órgãos; ≉ em indivíduos da mesma espécie
≉ na velocidade do envelhecimento maioritariamente geneticamente determinadas
Influenciado por:
o Alimentação; Estilo de vida; Ambiente. Regulação Resposta
Alterações morfológicas, funcionais, bioquímicas que alteram progressivamente o organismo, tornando-o mais
susceptível às agressões que terminam na morte.
Alterações Extra-
Alterações Celulares
Na composição corporal: celulares
ALTERAÇÕES CV
ENVELHECIMENTO
• peso do coração por hipertrofia (30% entre 25-80 anos) - nº de miócitos; tecido fibroso FISIOLÓGICO:
• reserva cardíaca com predisposição para IC
• Fibrose e calcificação das cúspides
• Dilatação AE
• PAS de funções
• Reflexos Barorreceptores (Hipotensão postural: + de 30% dos idosos com + de 75 anos)
APARELHO RESPIRATÓRIO
APARELHO DIGESTIVO
FÍGADO E PÂNCREAS
RINS
• nº (30-50% aos 80 anos), Tamanho e volume dos glomérulos; perfusão renal ( clearance da creatinina, taxa de filtração
e da secreção tubular)
REPRODUTOR MULHER
• Atrofia dos ovários; peso e elasticidade do útero; elasticidade dos ligamentos com descida do útero na cavidade pélvica;
perda da elasticidade vaginal; Atrofia das glds. de Bartolin - secura vaginal, alteração da flora.
REPRODUTOR HOMEM
CEREBRAIS
• volume e peso do encéfalo (5% - 70 anos; 20% - 90 anos. Atrofia cerebral + dilatação ventricular)
• nº de neurónios; conc. de neuromediados
• variável das funções cognitivas
ENDÓCRINAS
IMUNIDADE
• Linfócitos T-CD8
• NK
• prod. de Ac's à estimulação Ag.
SANGUE
VELHICE: juízos e conceitos errados da população jovem em relação aos idosos, assim como da interpretação
deturpada do envelhecimento pelos próprios idosos
ENVELHECIMENTO
ENVELHECIMENTO PRIMÁRIO
SECUNDÁRIO
•Inevitável •Resultante das influências do
Alterações Alterações
•Geneticamente determinado (20- meio orgânicas psicológicas
25%) •Agressões externas:
•Resultante do acaso (erros do traumatismos, doenças, ...
ENVELHECIMENTO
DNA) (30-40%) •Parcialmente evitável
•30-40% Ambiente Modificações do
modo de olhar o
Modificações do mundo
FACTORES HEREDITÁRIOS AGRESSÕES EXTERNAS
comportamento • Expªs passadas.
INVOLUÇÃO INTELECTUAL
MITOS: alterações intelectuais que interferem com AVD são habituais e normais no envelhecimento.
REALIDADES:
Só alterações intelectuais mínimas são da responsabilidade do envelhecimento;
Funções intelectuais podem ser mantidas ou recuperadas pelo treino;
+ de 50% dos idosos não demonstram declínio intelectual e quando treinados podem melhorar a sua
rendibilidade, mesmo nas fases tardias;
2/3 dos idosos com declínio intelectual podem voltar aos valores anteriores de eficiência quando treinados;
Desuso – principal causa de perda das funções intelectuais.
1. Ansiedade, Frustração;
2. Procura ansiosa de um novo papel social;
3. Estabilização no novo papel encontrado.
Alterações da concentração;
Alterações da memória; 1. Fármacos;
Alterações do raciocínio;
Alterações da orientação; 2. Doença física;
Alterações da fala; 3. Depressão.
Alterações do humor e da sensação de bem-estar – tendência para a depressão;
Alterações do comportamente – apatia, irritabilidade, agressividade.
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Nº3: SÍNDROMES GERIÁTRICAS
Condições com impacto na
Acumulação de alterações risco de aparecimento de qualidade de vida e bem-
fisiológicas doenças crónicas estar do indivíduo idoso:
síndromes geriátricas
SÍNDROMES GERIÁTRICAS - condições de saúde que são muito IMPACTO NOS IDOSOS:
frequentes em idosos e resultam do efeito acumulado de múltiplos 1. capacidade física;
factores predisponentes [multifactoriais]. Podem ser precipitadas por 2. Perda de autonomia nas AVD;
um evento agudo. 3. Compromisso da vida social;
4. Alterações de humor.
Incontinência
Imobilidade Instabilidade Obstipação
Fecal
Dor Desnutrição
Incontinência DOENÇAS CRÓNICAS
urinárias
Associadas a SG
•DPOC
EPIDEMIOLOGIA: frequente em idosos INTERNAMENTO •AVC
1. Na comunidade Síndromes Geriátricos: •Diabetes
2. Nos internamentos úlceras de pressão, incontinência, •Doenças oncológicas
3. Nas instituições imobilidade / instabilidade, quedas •Insuf Renal
•Insuf Cardíaca
risco do doente
probabilidade
permanência ficar internado ou risco de qualidade de
de alta directa
do idoso no SU de ser incapacidade vida
para o domicílio
institucionalizado
FISIOPATOLOGIA:
Não são doenças bem estabelecidas. São a manifestação de diferentes doenças - podem chegar a uma mesma
lesão por vias fisiopatológicas completamente distintas, embora interagindo entre si.
Apresentação clínica atípica de uma lesão aguda ou crónica / crónica agudizada SINAL DE ALARME
A síndrome geriátrica caracteriza-se por uma manifestação clínica, resultante de uma multiplicidade de factores
etiológicos e vias fisiopatológicas que podem interagem entre si. Podem causar outras síndromes geriátricas, estando
frequentemente associadas em ciclo vicioso.
ETIOLOGIA:
Factores de risco
Entre as várias vias fisiopatológicas e entre as várias causas:
interacção mútua constante Dificulta a abordagem das
Doenças agudas
Doenças crónicas
síndromes geriátricas.
MODELO CONCÊNTRICO:
•Fenótipo resulta da sobreposição de vários factores de risco de várias causas
MODELO INTERACTIVO:
•Há sobreposição de várias causas e efeito sinérgico da interacção entre as várias causas e interacção entre as várias
interacções.
GERIÁTRICAS E FRAGILIDADE
UNIFICADOR ENTRE SÍNDROMES
MODELO CONCEPTUAL
aparecimento dos SG:
Idade avançada,
Deterioração cognitiva e funcional,
Compromisso da mobilidade,
Desnutrição,
Ser mulher
Ter depressão.
DIAGNÓSTICO
• Habitualmente as síndromes geriátricas não são privilegiadas. FUNDAMENTAL INCLUIR SÍNDROMES GERIÁTRICAS NA LISTA DE
PROBLEMAS, NOTAS DE ALTA E RELATÓRIOS MÉDICOS
• PARA DIAGNOSTICARMOS AS SÍNDROMES GERIÁTRICAS TEMOS DE RECONHECÊ-LAS.
PREVENÇÃO E TRATAMENTO
Implicações Prognósticas
Avaliação Geriátrica Global (AGG): avaliação alargada desenhada com o objectivo de optimizar nos idosos a
capacidade de:
RACIONAL – Avaliar, pelo menos:
1. Desfrutar de boa saúde;
2. Melhorar a qualidade de vida; 1. Mobilidade;
3. Reduzir a necessidade de hospitalização e/ ou institucionalização; 2. Continência;
3. Estado mental;
4. Estimular para que vivam independentes o mais tempo possível.
4. Nutrição;
5. Medicação;
6. Família;
Silver Paper - A AGG deveria: 7. Recursos da comunidade.
1. Estar disponível para cada idoso e adaptada ao perfil individual de cada
um;
2. Ser preparada, implementada e revista periodicamente; 4 Componentes mensuráveis:
3. Restaurar a saúde; 1. Saúde Física;
4. Restaurar e manter ao mais alto nível possível a autonomia mental e a 2. Estado funcional;
independência física. 3. Saúde Psicológica;
4. Parâmetros sócio-ambientais.
Segundo
Avaliação multidisciplinar do idoso nos planos em que é deficitário: Com o objectivo de:
EPSTEIN
AGG consiste num exame da situação do idoso em termos de: Cuidados, Serviços, Intervenções
1. Estado físico, mental e psicossocial;
2. Capacidade para actuar bem e para realizar de forma independente as
actividades da vida diária;
Que respondam aos seus problemas,
3. Avaliar o ambiente domiciliário, a rede social e o acesso a serviços de
necessidades e incapacidades
apoio;
4. Identificar problemas correntes ou antecipar problemas futuros em
qualquer destas áreas;
Onde aplicar a AGG?
5. Desenvolver um Plano de Assistência que identifique todos os
Onde houver necessidade de
problemas sugerindo intervenções específicas, acções necessárias e
examinar o idoso ou de tomar
elaborando recomendações apropriadas;
decisões a seu respeito, seja no
6. Providenciar ligação segura entre os recursos, os idosos e os familiares,
plano clínico, seja no plano social
de tal modo que a os serviços necessários sejam garantidos;
ou ambiental;
No centro de saúde;
7. Uma monitorização constante de avaliação da eficácia destas medidas,
No domicílio;
com modificação do Plano de Assistência sempre que necessário.
Nas instituições
hospitalares e
Quando deve fazer-se a AGG? assistenciais.
Quando idoso é observado pela 1ª vez;
Periodicamente, a intervalos anuais nos doentes com + de 75 anos;
Sempre que idoso em situação de risco [perdas de qualquer tipo;
institucionalização; alterações do modo de vida]
Saúde Física:
• Indíce de Katz
•História Clínica, exame físico, análises de rotina, listagem dos problemas • Escala de Lawton
• MMSE
•Estado de Nutrição
• Escala de Depressão Geriátrica, MNA (Triagem)
•Indicadores de gravidade de doenças específicas • FC, PA, Peso, Altura
Estado Funcional
OPERACIONALIDADE-2
•Escalas de AVD e AIVD FISIOTERAPEUTA
•Outras escalas de avaliação funcional mobilidade, equilíbrio, qualidade de vida…
• Escala de Holden MK
Saúde Psicológica • Provas de Tinetti
• Time up and Go
•Escalas de avaliação de funções cognitivas e afectivas
OPERACIONALIDADE-3
4ASSISTENTE SOCIAL
Parametros Socio-Ambientais
• APGAR
•Rede Social de Apoio • Gijón
•Recursos Económicos
•Segurança Ambiental OPERACIONALIDADE-4
MÉDICO + FARMACÊUTICA
• BEERS
Instrumento Função explorada • STOPP/START
Segurança da
terapêutica no idoso
Ocorrência de RAMs
Preconceito social
MITOS E PRECONCEITOS: Perda de auto-estima
༃ A ACTIVIDADE SEXUAL É INDECOROSA, RIDÍCULA, IMPRÓPRIA, NO VELHO.
PERDA DE AUTO-ESTIMA: Perda de capacidades físicas várias.
MÉDICOS: papel muito importante de contribuir para desmistificar esta realidade. A vida sexual no idoso é tão
natural e deve preservar-se até que o idoso assim o entenda.
Menopausa prejudica a vida sexual da mulher, num ponto de vista maioritariamente PSICOLÓGICO [perda de auto-estima].
Perda de atração física
Perda de admiração pela sua frescura e pela sua beleza
Idoso adapta-se ao ideal convencional, temendo o
escândalo!
Aceita o decoro da abstinência imposta pela opinião
༄O INTERESSE POR SEXO EXTINGUE-SE COM O ENVELHECIMENTO. pública.
Envelhecimento sexual do homem começa aos 20 anos, mas não se sabe quando se extingue. Os homens procriam toda
a vida.
Frequência dos coitos semanais - contínua e regularmente durante toda a vida. Ter uma vida sexual activa não
corresponde a um desvio da
Reactividade e capacidade sexual dos idosos dependem, maioritariamente, das personalidade ou do bom
suas reacções e interesse sexuais na juventude. comportamento!
Quanto mais feliz e rica for a vida sexual, tanto mais durará. Quanto mais regular a vida
sexual, mais normal é e mais
Após a menopausa: a mulher que mantém vida sexual regular conserva a sua
tempo durará.
capacidade de libido consideravelmente superior à das outras mulheres que a não
têm.
FASES
Excitação Mamilos não endurecem Demora + tempo a atingir a erecção
Mamas menos de volume [agravada por ansiedade e preconceito]
Pequenos lábios e clitóris túrgidos Subida dos testículos menos marcada.
Sex flush discreto
Lubrificação vaginal de início + tardio e - eficaz
Planalto Vagina dilata-se menos e + tardiamente Sex skin flush discreto
Atenua-se o sex skin reaction Por vezes a erecção completa só se atinge
imediatamente antes da ejaculação
Orgasmo Tensão durante as contracções musculares Sémen expulso com menor pressão
involuntárias menor Contracções penianas + ligeiras e – freqs.
Orgasmo de menor duração
Relaxação Vontade de urinar depois do coito Período refractário pode ser muito longo.
Congestão do clítoris e dos pequenos lábios + Perda de erecção rápida e total
dilatação da vagina regridem rapidamente após Testículos descem antes de concluída a
o orgasmo ejaculação
Receitar às mulheres idosas: lubrificantes vaginais ou um creme vaginal com uma concentração baixa de estrogénios
c/ abs. Insignificante Vida sexual + fácil
Incontinência urinária: muito frequente nas mulheres! [infecções urinárias baixas: uretrites, cistites]. Traumatismo da
uretra durante o acto sexual Infecção! RECOMENDAR: esvaziar a bexiga após relações sexuais limpeza do meato
urinário Evitando infecção urinária baixaestimulada.
Durante o coito: consumo de oxigénio corresponde aproximadamente ao que se observa ao andarmos depressa
A maioria dos óbitos ocorridos durante ou após o coito: relações extra-conjugais
Factores associados a morte súbita intra-coital:
Ceia abundante,
Ingestão copiosa de álcool
Carga emocional: complexo de culpa, medo de ser descoberto e temor de ser impotente.
Angústia de ser impotente Não conseguir uma erecção ou coito normal Pseudo-impotência.
PATOLOGIA:
Dispareunia: dor durante a relação sexual por secura, perda da elasticidade vaginal e menor lubrificação.
Tratamento: terapêutica hormonal e aplicação tópica de um creme vaginal
Abordagens Terapêuticas da Disfunção Eréctil: inibidores da fosfodiesterase permitem uma erecção mais
rápida:
Sildenafil (viagra): eficaz nos doentes com grande variedade de medicações (hipertensos, diabéticos, indivíduos
com depressão). CUIDADO: interacções medicamentosas Risco de morte súbita se associado com nitratos
(hipotensão + choque)
Tadalafil (cealis) Efeitos secundários dos inibidores da
Vardenafil (levitra) fosfodiesterase:
Tonturas;
Dor de cabela;
Sildenafil Flushing;
Dores musculares (lombar);
•Não tomar com estômago completamente vazio. Dispepsia;
•Evitar o álcool. Alterações visuais.
•Procurar na mesma uma adequada estimulação sexual.
Fármacos não actuam na sua ausência. Cuidado com:
•Actividade sexual poderá ser desenvolvida no espaço de
Insuficiência renal;
1-4h após a sua ingestão.
Deformações penianas;
•Experimentar a dose máxima em ocasiões diferentes. Risco de priapismo (anemia das células
IDEAL: utilizar a menor dose eficaz. falciformes, mieloma, leucemia);
TIPOS DE QUEDA
Queda Acidental – geralmente em relação com factores ambientais.
Queda Fisiológica Antecipada - em pacientes que com risco prévio associado
Queda Não Antecipada - Atribuída a causas fisiológicas criadas por condições que não podem ser
previstas antes da primeira ocorrência.
Estes idosos adquirem medo
CONSEQUÊNCIAS MAJOR DA QUEDA residual de voltar a cair
½ das quedas: origina danos minor Não exige tratamento médico. diminuem a sua actividade
Cerca de 5 a 10% dos idosos: danos graves, tais como fractura, traumatismo
craniano, ou graves lacerações.
Fracturas da Anca/ Colo do Fémur: 50% a nível mundial tem alta hospitalar com dependência funcional;
25% a 75% não recuperam o seu nível funcional, pré-fractura, de mobilidade e de autonomia nas Actividades
de Vida Diária (AVD).
Quedas Repetidas: causa de admissão em instituições de cuidados de longo termo. Um idoso que sofreu uma
queda com sérios danos (os 5-10% mencionados acima) tem 3x mais o risco de ter quedas repetidas do que
aquele que teve uma queda sem danos.
Síndrome de Ansiedade Pós-queda – Medo de Cair: Cerca de 30-75% dos idosos que tiveram uma queda
têm medo persistente de cair novamente. Perdem a confiança (e por vezes autonomia) e auto-impõem
restrições de actividade diária declínio funcional e depressão, a sentimento de abandono isolamento
social idoso entra num ciclo vicioso agravamento dos factores de risco para ter uma queda repetida.
Factores Intrínsecos – onde devemos actuar Aumento de incidência com a idade (>65a) e no
o Individuo – predisposição para cair sexo feminino a partir dos 75anos. A distinção
entre os dois géneros baseia-se em factores
1. Idade
neuromotores e culturais
2. Sexo (feminino)
3. História de Queda(s)
4. Alterações do envelhecimento (Risco > 65 anos) - Relação Proporcional
5. Imobilismo: determinado pela integridade do sistema muculo-esquelético bem como pela
mentalidade; engloba: atrofia muscular, limitações físicas e articulares, atelectasia, infecções
pulmonares e urinárias, depressão. É importante referir que por cada desvio padrão de
densidade mineral óssea duplica o risco de fractura.
6. Doenças Sistémicas
7. Deficiência cognitiva / confusão/ agitação [Problemas de continência]
8. Condições médicas
9. Deficits sensoriais (visão, audição, sensação)
10. Estado nutricional pobre
11. Perturbação emocional/depressão
Factores Extrínsecos – papel importante do cuidador!
o Meio – oportunidade para cair
1. Características do terreno
2. Estruturas de apoio
3. Obstáculos/barreiras arquitectónicas
5. Medicação que afecta o
equilíbrio/cognição – benzodiazepinas,
Antihipertensores [hipotensão ortostática].
6. Polimedicação (aumenta o risco de queda
independentemente do medicamento)
7. Falta de exercício
8. Incapacidade de providenciar nutrição apropriada devido a factores físicos (falta de
transporte para ir às compras, incapacidade de para usar equipamentos para preparar/cozinhar).
AVALIAÇÃO DO RISCO DE QUEDA – Avaliação Multifactorial: História clínica + Exame Objectivo + Avaliação
domiciliária
Exame Objectivo
Avaliação cognitiva e psicológica MMS, Beck
Balanço articular
Balanço muscular MRC
Postura e equilíbrio Tinetti
Marcha TUG, 6 metros
Balanço funcional MIF, Katz, Lawton
Avaliação Domiciliária
Factores de risco extrínsecos
ESCALAS
1. Escala de Equilíbrio de Berg –equilíbrio estático e dinâmico: alcançar, girar, levantar-se.
2. Escala de Tinetti –avaliação da marcha e do equilibro. Se a soma do valor obtido em cada teste estiver
abaixo de 10, apresenta limitações na função da marcha (12 é máximo).
3. Teste timed-get-up-and-go (TUG) – o idoso tem de se levantar de uma cadeira, andar 5 metros e
regressar à cadeira, com ou sem auxílio. O tempo que ele demora a realizar a operação correlaciona-se
com o risco de queda.
①Modelo Preditivo:
Défice de força muscular da anca – importante para sabermos que exercícios recomendar
Alterações do equilíbrio –aconselhar treinar o equilíbrio
Polimedicação
Tronco Comum IVb) Introdução às Doenças do Envelhecimento
O idoso parte o colo do fémur com mais frequência do que o punho porque ele perdeu o reflexo de protecção por
arremesso do braço na sequência de uma queda. Este reflexo é adquirido e o idoso pode voltar a ser ensinado a proteger-
se desta forma. A importância desta medida preventiva resulta do facto da morbilidade de uma fractura do punho ser nula.
RAM’s + FREQUENTES:
Intoxicação digitálica
Alterações na cinética e Hipocaliémia
Captopril (+ prescrito)
Polimedicação
dinamia dos fármacos
INSEGURANÇA DA
TERAPÊUTICA
CRITÉRIOS DE PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS POTENCIALMENTE INAPROPRIADOS:
CRITÉRIOS DE BEERS (American Geriatrics Society): medicamentos a evitar pelo > risco ou falta de efectividade,
havendo alternativas; medicamento de evitar em certas patologias. Balanço negativo benefício / risco. Necessidade de
actualização regular: novos medicamentos no mercado + novas evidências sobre os fármacos. (criados em 1991, última
actualização: 2012)
Independentes de patologia
o BDZ de T1/2 longa o Glibenclamida
o Antidepressivos tricíclicos o Amiodarona
o Fluoxetina o Associação tramadol+paracetamol
o Solifenacina (antiespasmódico) o Ticlopidina
Dependentes de patologia
o Hidroclorotiazida na hiperuricemia
o Antagonistas dos canais de cálcio na obstipação crónica
o Betabloqueante na diabetes com episódios de hipoglicemia
Cardiovascular (17): digoxina a longo termo > 5 μg/dia com função renal reduzida (IFG < 50 ml/min)
SNS e psicotrópicos (13): antidepressivos tricíclicos na demência
Gastrointestinal (5): difenoxilato, loperamida, codeína na diarreia de causa desconhecida
Respiratório (3): teofilina em monoterapia para DPOC
Músculo-esquelético (8): AINEs na HTA moderada a grave
Urogenital (6): antimuscarínicos para a bexiga na demência
Endócrino (4): glibenclamida na DM tipo 2
Omissão;
critérios
de MPI
IT;
Tratar RAM com medicamentos
Avaliação
clínica do
doente
Nº8: IATROGENIA.
IATROGENIA:
Segundo a origem da palavra: gerado pelo médico. É tudo aquilo que resulta da intervenção médica,
independentemente do resultado e do objectivo.
Na prática comum: Efeitos negativos e indesejáveis (perspectiva do médico ≉ perspectiva doente/ cuidador),
devido a uma intervenção médica. Reações adversas e medicamentosas.
DOENÇA IATROGÉNICA (OMS): Reacção adversa medicamentosa ou complicações induzidas por intervenções médicas
não farmacológicas.
EPIDEMIOLOGIA:
MÁXIMA DE WILLIAMS: Quando o estado de saúde do meu doente idoso se agrava subitamente, esta é a minha 1ª
interrogação: O que foi que eu lhe fiz?
༃ IATROGENIA FARMACOLÓGICA:
RAM: Qualquer efeito prejudicial produzido por um fármaco usado na dose habitual e que requer tratamento, obriga à
suspensão ou implica elevado risco na continuação do medicamento.
FACTORES DE RISCO:
Causa + comum de iatrogenia Desnutrição
Motivo de internamento em 15% dos indivíduos> 60 anos, sendo a maioria Insuf. Renal e hepática
evitáveis Multimorbilidade
Frequente nas instituições Polifarmácia
Polifarmácia dos idosos susceptibilidade RAM prévia
Precariedade social e económica
Má Adesão
Efeito directo do fármaco
Interação farmacológica
Interação fármaco – planta/ nutriente
Agravamento ou causa de doença crónica
Agravamento ou causa de síndrome geriátrico
ABSORÇÃO METABOLIZAÇÃO
TIPOS DE RAM:
1. RAM TIPO A ou INTRÍNSECAS (+ frequentes): Consequência de acção farmacológica exagerada mas previsível do
fármaco ou seus metabolitos de forma dose-dependente
Causas:
2. RAM TIPO B ou IDIOSSINCRÁTICAS: Por hipersensibilidade, não dose dependentes, inesperadas, dependentes
da susceptibilidade particular do indivíduo. Difícil previsão e prevenção, alta mortalidade
Causas:
Mecanismo imunológico – reacções alérgicas
Citotoxicidade por fixação celular irreversível
Causas farmacêuticas
o decomposição de produtos activos, acção de excipientes, aditivos ou estabilizantes; ver data de
validade
Causas genéticas : toxicidade por defeito enzimático
Durante a Prescrição:
terapêutica para cada fármaco….
FACTORES DE RISCO
CONSEQUÊNCIAS DA IATROGENIA:
PREVENÇÃO DA IATROGENIA
OBSTIPAÇÃO CRÓNICA: reunião de 2 dos seguintes critérios, em mais de 25% das dejecções:
Presença de esforço defecatório,
Fezes duras,
Sensação de evacuação incompleta,
EXCLUIR DOENÇAS ORGÂNICAS!!!
Recurso a manobras digitais (auxiliares na defecação),
Sensação de obstrução ano retal OBSTIPAÇÃO –
Reduzido número de dejeções (<3/semana). PATOLOGIA MULTIFACTORIAL
FACTORES DE RISCO:
Idade, Depressão,
Género feminino, Dieta.
Inatividade,
Indiferenciação social e económica,
Polimedicação,
3 TIPOS DE OBSTIPAÇÃO CRÓNICA
•Funcional
• Obstipação de trânsito lento - trânsito dos constituintes fecais ao longo do seu trajeto se faz de
forma lenta
• Dissinergia defecatória: trânsito do intestino com ritmo normal MAS dificuldade na evacuação.
• Obstipação associada ao síndrome do intestino irritável: conjunto de manifestações gastro-
intestinais crónica ou recorrentes não associadas a qualquer alteração bioquímica ou estrutural
OBSTIPAÇÃO SECUNDÁRIA
•CAUSAS:
•Cancro coloretal, • Alterações miogénicas,
•Diabetes, • Alterações anoretais,
•Hipotiroidismo, • Utilização de fármacos (antidepressivos e anti-hipertensivos)
•Doença de Parkinson, • Estilo de vida (poucas fibras, pouca água, estado inativo do idoso).
Opiácios,
Antihipertensivos,
Bloqueadores dos canais de cálcio.
Se suspeitamos de uma obstipação de trânsito lento: dar conjunto de marcadores radiopacos ao doente Raio x simples
abdominais 6 dias depois Marcador não chega ao recto
TRATAMENTO:
•Líquidos
•Dieta com fibra ameixas, vegetais, feijões.
•Laxantes
•Que expandem o volume fecal – fibra fracionada.
•Fibra não fracionada na obstipação MAS! processo de fracionamento --> gera gás --> muito mal
tolerado em doentes com obstipação associada ao síndrome do intestino irritável --> provoca dor e
distensão
•Osmóticos - lactulose provoca gás!
•Fármacos que atuam nos canais de cloro (activação --> produção de um fluido que amolece as fezes
•Magnésio, sene: nas fases mais agudas (pouco estudados!)
FECALOMA: massa de fezes duras distal. Por vezes pode não ser duro e ser apenas grande massa não deslocável
Causa frequente de obstrução.
Fácil diagnóstico: toque rectal.
Para remover o fecaloma: remoção digital, recurso a enemas/clisters e/ou polientilenoglicol.
Evitar que se forme outro fecaloma: educar o doente, utilização regular de laxantes.
INCONTINÊNCIA FECAL
Perda incontrolável, recorrente ou contínua, de fezes, durante pelo menos um mês, num indivíduo com mais de 3-
4 anos.
FACTORES DE RISCO
Idade, Diabetes, Diarreia crónica
Depressão, Polipatologia com diarreia Colectomia.
Doenças neurológicas, associada,
Multiparidade, DPOC,
MECANISMOS DE CONTINÊNCIA:
Esfincter anal externo Esfíncter anal interno
Contração de uma série de
músculos estriados •Voluntariamente •Contribui essencialmente
para manter o tónus
CAUSAS:
Anormalidades estruturais: importante excluir essas causas.
o Após o parto normal
o Doenças neurológias, diabetes e AVC
Alterações funcionais
o Parto e diabetes alteração da sensibilidade anorectal
o Dissinergia defecatória
Característica das fezes - por alteração do volume e da consistência
o Fezes moles diarreia
o Fezes muito duras diarreia, porque apenas fezes liquídas passam no recto
Outras causas: sedação, demência, uso de anticolinérgicos, anti depressivos, intolerência à lactose e fructose.
ABORDAGEM:
Medidas de suporte:
o Melhorar a higiene da pele,
o Evitar comidas que tendem a irritar o intestino
Uso de fármacos para melhoria de sintomas: loperamida e atropina
Biofeedback - aprendizagem da sensibilidade da motilidade, através de aparelhos tecnológicos
Cirurgia – esfingtoplastia, reparo pós-anal, colostomia
NOVAS TERAPÊUTICAS
INCONTINÊNCIA URINÁRIA:
perda involuntária de urina (através da uretra) que constitui um problema higiénico ou social.
Condição: doença.
INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA:
INCIDÊNCIA: 20% (mulheres); 10% (homens)
IMPACTO PESSOAL, SOCIAL (E ECONÓMICO):
PESSOAL
o Desconforto, PREVALÊNCIA: 15-30 % (> 60 anos)
CONTINÊNCIA:
Integridade:
o Anatómica: bexiga, uretra, esfíncteres e pavimento pélvico
o Funcional: no armazenamento, no esvaziamento e sinergia entre ambos [contracção dupla e
simultânea + esvaziamento e simultâneo relaxamento dos esfíncteres].
o Neurológica, quer sensitiva, quer motora.
Outros factores orgânicos:
o Não urológicos e/ou neurológicos,
o Psicológicos
o Ambientais.
CAUSAS DA INCONTINÊNCIA – multifactoriais:
Ginecológicas,
Neurológicas,
Psicológicas,
+ INCONTINÊNCIA
Intestinais,
Hormonais,
+ RETENÇÃO
Ambientais,
Iatrogénicas
SINTOMAS DO APARELHO
URINÁRIO INFERIOR
ALTERAÇÕES COM O ENVELHECIMENTO:
Diminuição da capacidade vesical
Diminuição da complacência compliance dV/dP
Diminuição da contractilidade do detrusor
Contracções não inibidas do detrusor
Aumento do resíduo pós miccional
Mulheres
o Diminuição da pressão de encerramento uretral
Alterações estato-dinâmicas do pavimento pélvico: Suporte uretral posterior, Posição anómala
do pavimento pélvico
Homens
o Aumento da resistência uretral
Alterações no ritmo diurético cicardiano
Diabetes, AVCs, Parkinson, Alzheimer
CLASSIFICAÇÃO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA:
INCONTINÊNCIA TRANSITÓRIA
TERAPÊUTICAS QUE PODEM GERAR OU FAVORECER A INCONTINÊNCIA:
Sedativos/hipnóticos
Fármacos com efeito anti-colinérgico
o Tranquilizantes major, antidepressivos, anti-parkinsónicos, anti-histamínicos, anti-arrítmicos,
anti-espasmódicos, opiácios, agonistas alfa e beta
Outros fármacos – diuréticos, alfa-bloqueantes, agonistas alfa e beta, IECAs e os bloqueadores dos canais
de cálcio
INCONTINÊNCIA CRÓNICA
1. Incontinência de urgência (imperiosidade) – Bexiga hiperactiva 20% SÍNDROME DE BEXIGA
2. Incontinência de esforço: por hipermobilidade uretral ou deficiência esfincteriana;
HIPERACTIVA:
50%
Urgência,
3. Incontinência mista (ambas as anteriores); 30%
Frequência
4. Incontinência por extravasão/regurgitação - overflow ;
Nictúria
5. Incontinência funcional.
Incontinência (1/3 dos casos)
INCONTINÊNCIA POR EXTRAVASÃO/ REGURGITAÇÃO: nas infecções urinárias quando há distensão vesical;
Incontinência permanente e nocturna.
INCONTINÊNCIA FUNCIONAL: falsa incontinência
Causa cognitiva
Mecanismos:
Maus hábitos miccionais
1. Obstrução infra-vesical
Mobilidade comprometida
2. Hipocontractilidade do detrusor
Localização do WC
DIAGNÓSTICO: Vestuário e calçado inadequados.
Exame físico
•Exame físico geral: obesidade, estado geral...
•Palpação abdominal (globo vesical)
•Exame urológico e uroginecológico
•genitais externos; o toque rectal (próstata)
•Exame ginecológico:
•Mucosa vaginal, avaliação dos músculos pélvicos, Testes de Bonney e Cotonete [ + específicos para avaliação
dos prolapsos e da hipermotilidade vesical]
•Observação da incontinência
•Exame neurourológico sumário [teste da sensibilidade dos genitais e do peri-anal, da contractilidade]
Avaliação Básica:
•Função renal, Glicémia, Urina tipo II, Urinocultura com exame citobacteriológico
Exames complementares
•Ecografia com medição do resíduo pós-miccional
•Raio X simples do aparelho urinário
•Exame urodinâmico: cistometria, rofluxometria...
Incontinência transitória:
•Terapêutica etiológica, pq. causas reversíveis
Incontinência Crónica:
•Medidas gerais comportamentais e externas + educação miccional
•Terapêuticas Específicas *
Hiperactividade do detrusor:
•Restrição hídrica + treino vesical [horário de "toillete --> atrasar a micção]
•Correcção de factores externos
•Exercícios pélvicos [reeducação]: exercícios de Kegel - fortalecimento pélvico; cones vaginais e o biofeedback
•Anticolinérgicos, alfa-adrenérgicos, agonitas beta3 adrenérgicos. MIRABEGRON -apresenta menos efeitos
secundários
•Instilações e injecções intravesicais
•Toxina botulínica – retirar a sensibilidade vesical --> evita descontracção muscular.
•Electroestimulação
•Neuromodulação
SE FALÊNCIA TERAPÊUTICA:
Incontinência urinária ao esforço: 1. Material absorvente – Risco
•Exercícios do pavimento pélvico de lesões cutâneas, custo
•Alfa-adrenérgicos, duloxetina e estrogénios; elevado
2. Algaliação em circuito
•Dispositivos e instrumentos
fechado
•Cirurgia - minimamente invasiva: TVT e TOT; esfíncter artificial. 3. Preservativos
Incontinência por extravasão: Risco de: Infecção, litíase e
traumatismos da uretra
•Descompressão provisória urgente + algaliação/cateter supra-púbico
•Cirurgia - encontrar causa; ou Medicação
•Suspensão da medicação que provoca hipocontractilidade ou parassimpaticomiméticos como o betanecol, os beta-
bloqueantes e em último caso o cateterismo intermitente, cateter permanente ou algaliação.
Incontinência funcional
•Correcção dos factores externos
RETENÇÃO URINÁRIA
incapacidade de esvaziar a bexiga.
Por: Anúria: obstrução
o Obstrução urinária –infravesical
o Hipocontractilidade da bexiga distensão da bexiga com retenção urinária
supra-vesical
o Ambas
Tipos:
o Completa ou incompleta: esvaziamento parcial resíduo pós-miccional
o Aguda (completa) ou crónica
o Mecânica (por obstrução) ou funcional (por hipocontractilidade ou atonia)
o Intrínseca ou extrínseca.
FISIOPATOLOGIA DA OBSTRUÇÃO URINÁRIA:
Fase de compensação
•contracção/peristalse da bexiga Dilatatação |
Fase de trauma Insuf. Renal
•Refluxos Atrofia
•Hipertrofia do detrusor
ETIOLOGIA:
1. Obstrução do lúmen vesical: cálculos, neoplasia, etc;
2. Obstrução da parede uretral: estenose, neoplasia ou traumatismo;
3. Obstrução extraparietal: hipertrofia ou neoplasia prostática, neoplasia pélvica, fimose.
4. Hipocontratilidade, hipotonia ou atonia vesical: incapacidade de contracção eficiente do detrusor vesical
a. Traumatismos vertebro-medulares, esclerose e neuropatias, fármacos anticolinérgicos, anti-
depressivos, pós cirurgia, pós parto, pós anestesia e o envelhecimento.