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MANUAL PRÁTICO DE LÍNGUA PORTUGUESA Prof.

Joselito

a- de 1 a 4 , a progressão vai do mais abstrato para o mais concreto.


b- Sem dúvida, já que, nessa progressão, cada item contém dados mais concretos e palpáveis que o seu
antecedente: o item 1 contém apenas uma advertência genérica; o 2 já é mais específico (“provoca
diversos males”); o 3 traz um dado mais concreto que o 2 (“pode prejudicar o bebê); o item 4
discrimina com precisão dos dados estatísticos alguns dos males citados na advertência feita no item 2.
c- O item 4 acrescenta aos itens 1 e 2 dados concretos, mais precisos e mais verificáveis. Por isso seria
bom argumento para a advertência aí contida: o dado específico e preciso é aceito como verdade, como
mais provável que o genérico e impreciso. Esse argumento é do tipo baseado em provas concretas ou,
se quiserem, em dados da realidade(estatísticos).
1- (Unicamp) - Leia com atenção o trecho abaixo extraído do artigo publicado no jornal O Estado de S.
Paulo:
Direitos humanos, liberdade, dignidade da pessoa humana, defesa do meio ambiente e tantas outras
aspiraçõ es nacionais nã o passarã o de letra morta nos discursos e na pró pria Constituiçã o Federal, se
nã o forem alcançados os limites inferiores da sobrevivência condigna, infelizmente tã o distante ainda de
significativa parcela da populaçã o brasileira. Basta lembrar que a cidade de Sã o Paulo tem 56% de sua
populaçã o vivendo em favelas, cortiços, habitaçõ es precá rias e até mesmo sob viadutos e nos cemitérios,
para que nos convençamos de que a oitava economia do mundo é um grande desastre social.
Adriano Murgel Branco. Desenvolver o país pé preciso, 16 dez. 1989.
Responda:
a) Qual é, segundo o texto, a condição para que se cumpram as aspirações nacionais citadas?
b) Qual é o argumento utilizado para reforçar a afirmação de que o Brasil ainda é um grande desastre
social?
Gabarito:
a) Para que as aspirações nacionais sejam cumpridas, é necessário “alcançar os limites inferiores da
sobrevivência condigna”.
b) Usa-se o argumento de prova concreta, com um dado estatístico: 56% da população da cidade de São
Paulo vive em favelas, cortiços, habitações precárias e até mesmo sob viadutos e nos cemitérios.
COMPOSIÇÃO/ORGANIZAÇÃO DE UM TEXTO DISSERTATIVO
COMPOSIÇÃO:
1. Introdução 2. Desenvolvimento 3. Fechamento/Conclusão

Introdução: introduz o tema a ser discutido, apresenta a idéia a ser desenvolvida.; deve ser clara e
determinar a seqüência de idéias a serem desenvolvidas.
Desenvolvimento: desenvolve o tema proposto por meio de argumentos consistentes.
Fechamento/Conclusão: costura‘ o que foi dito até então

O texto dissertativo pode se compor de um só pará grafo ou de mais de um. Tudo dependerá da
situaçã o comunicativa proposta, das condiçõ es, inclusive materiais, de produçã o. Qualquer que seja esse
‘tamanho’, a composiçã o será a mesma: introduçã o + desenvolvimento + fechamento.
SUGESTÕES PARA REDIGIR
1. Seja estrategista: ao ler a proposta temática, procure organizar seu posicionamento sobre o assunto. Também organize os
argumentos dos quais você se valerá para fazer a defesa do seu ponto de vista. Isso é feito no rascunho antes de se pensar
em começar qualquer texto.
2. Introdução: seja objetivo na introdução. Jamais faça uma introdução geral sobre o fato a ser analisado. Um dos quesitos
mais avaliados em qualquer redação para concursos é a objetividade; portanto, ser objetivo é essencial, principalmente
quando se trata da abertura do texto.
3. Argumentos: os argumentos são exposições verbais que usamos para dar força ao caminho que escolhemos. Se somos ou a
favor de algum fato ou de alguém, isso não importa. Importará à banca o modo como empregamos nossa estratégia de
defesa. Para isso, é bom que organizemos nossa defesa, colocando em primeiro plano as mais importantes. Os argumentos
podem consumir em provas do Cespe até 90% da pontuação válida. Por isso devem ser bem organizados por ordem de
importância e por exposição clara.
4. Conclusão: é preciso ter atenção a dois fatores comuns na conclusão, porém incorretos: a aparição de assunto novo, não
mencionado no texto; a construção de frases subjetivas e continentes de soluções para o caso apresentado. Na conclusão,
não é preciso inventar mais nada. É o momento de finalização do texto, em que se deve apenas confirmar posições já
exploradas.
5- Legibilidade: depois de organizar suas ideias no rascunho, preocupe-se com sua letra. Não importa se
cursiva ou de forma; se com diferenciação de maiúsculas ou minúsculas; o que importa é tornar o texto
legível. Esse critério pode consumir 10% do valor da redação, nos seus menores males. Mas
devemos sempre estar atentos ao leitor e nos preocuparmos com o trabalho que ele terá para ler
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nosso texto. O capricho com a letra é entendido como sinal de empatia e preocupação, por isso escrevamos
nossas letras com cuidado para manifestarmos clareza.
6- Título: este é um ponto polêmico em vários cursos de redação. O importante é ler o camando ae ficar
atento. O título é conhecido como elemento topicalizador do assunto a ser tratado no texto. Em outras
palavras, é o título que adianta parte do conteúdo a ser tratado no texto para que o avaliador possa receber
antecipadamente parte da ideia a ser desenvolvida ao longo do texto. Deve-se colocar apenas a primeira letra
maiúscula e o restante minúscula (a não ser que seja nome próprio).
7. Tabulação : procure dar um espaço bem visível a seus parágrafos. Alguns se esquecem de fazer
isso e começam seus parágrafos muito próximos à margem esquerda.
8- Parágrafos: o tamanho dos parágrafos pode ser calculado pelo total de linhas empreendidas no texto. Não
é uma rigidez, mas faz bem para a aparência do texto a manutenção de parágrafos mais ou menos do
mesmo tamanho. Parágrafos com quatro, cinco ou seis linhas não são extensos e costumam
comportar boa divisão quanto à formação de períodos curtos ou quanto ao aspecto de coerência de
ideias. Tamanho mediano de parágrafos evita também a construção de ideias vagas, estas que podem se
originar quer seja pelo seu excessivo encurtamento, quer seja pela sua excessiva extensão.
9.Coloquialismos, jargões e clichês: qualquer expressã o desgastada pelo uso popular ou pelo
uso constante em dissertaçõ es deve ser evitada. Infelizmente, excelentes candidatos ainda teimam em
usar clichês ou jargõ es, principalmente aqueles que nã o saem das redaçõ es de concursos, tais
como “atualmente”, “ a cada dia que passa”, “Carta Magna”, “diante do exposto”, “coisa”, “Carta maior”,
“morosidade”, “bojo”, “alicerce”, etc. Evitemos tais expressõ es!
10. Vocabulário : sejamos simples no trato com as palavras. Nã o há necessidade de causar
boa impressã o, explorando vocabulá rio raro. Para respeitar o princípio da clareza, é preferível
empregar palavras comuns que possam transmitir, sem muito esforço, as informaçõ es veiculadas
no texto.
Com essas dez dicas, fica mais fá cil começar um texto ou ajustar um já existente. Lembrando que
no concurso nã o precisamos redigir preciosidades nem primores textuais, temos apenas que cumprir o
que a banca nos propuser, de modo claro e bastante objetivo

PRODUÇÃO DE TEXTO COM BASE EM ESQUEMAS


É possível (e bem mais tranquilo) desenvolver um texto dissertativo a partir da elaboração de esquemas. Por mais simples que lhes
pareça, a redação elaborada a partir de esquema permite-lhes desenvolver o texto com seqüência lógica, de acordo com os critérios
exigidos no comando da questão (número de linhas, por exemplo), atendendo aos aspectos mencionados no espelho de avaliação.
A professora Branca Granatic (Técnicas Básicas de Redação) oferece-nos a seguinte sugestão de esquema:

SUGESTÃO DE PRODUÇÃO DE TEXTO COM BASE EM ESQUEMAS


A QUALIDADE DE VIDA NA CIDADE E NO CAMPO
É de conhecimento geral que a qualidade de vida nas regiõ es rurais é, em alguns aspectos, superior à
da zona urbana, porque no campo inexiste a agitaçã o das grandes metró poles, há maiores possibilidades
de se obterem alimentos adequados. E, além do mais, as pessoas dispõ em de maior tempo, para
estabelecer relaçõ es humanas mais profundas e duradouras.
Ninguém desconhece que o ritmo de trabalho de uma metró pole é intenso. O espírito de
concorrência, a busca de se obter uma melhor colocaçã o profissional, enfim, a conquista de novos
espaços lança o habitante urbano em meio a um turbilhã o de constantes solicitaçõ es. Esse ritmo
excessivamente intenso torna a vida bastante agitada, ao contrá rio do que se poderia dizer sobre a vida
dos moradores da zona rural.
Além disso, nas á reas campestres há maior quantidade de alimentos saudá veis. Em contrapartida, o
homem da cidade costuma receber gêneros alimentícios colhidos antes do tempo de maturaçã o, para
garantir maior durabilidade durante o período de transporte e comercializaçã o.
Ainda convém lembrar a maneira como as pessoas se relacionam nas zonas rurais. Ela difere da
convivência habitual estabelecida pelos habitantes metropolitanos. Os moradores das grandes cidades,
pelos fatores já expostos, têm pouco tempo para uma convivência mais freqü ente com seus
semelhantes.
Por tudo isso, entende-se que a zona rural propicia a seus habitantes maiores possibilidades de
viver com tranquilidade. Só nos resta esperar que as dificuldades que afligem os habitantes
metropolitanos nã o venham a se agravar com o passar do tempo.
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O texto lido apresenta o seguinte esquema de estruturação:


ESQUEMA DE DISSERTAÇÃO
1o parágrafo Tese + argumento 1 + argumento 2 Introdução
2o parágrafo Desenvolvimento do argumento 1
3o parágrafo Desenvolvimento do argumento 2 Desenvolvimento
4o parágrafo Expressão inicial + reafirmação da TESE + observação final. Conclusão

Se vocês seguirem a orientação dada pelo esquema, desde o 1º parágrafo, verão que não há como se perder na redação, nem fazer
a introdução maior que o desenvolvimento, já que a introdução apresenta, de forma embrionária, o que será desenvolvido no corpo
do texto. E lembre-se de que a conclusão sempre retoma a idéia apresentada na introdução, reafirmando-a, apresentando
propostas, soluções para o caso apresentado. Com essa noção clara, de estrutura de texto, também é possível melhorar o seu
desempenho nas provas de compreensão e interpretação de textos.
PROVA DE REDAÇÃO- PRF -2008- CESPE- UnB- NÍVEL MÉDIO
Na aurora dos tempos históricos, o homem dependia diretamente do espaço circundante para a reprodução de sua vida.
Dessa forma, as primeiras técnicas foram elaboradas no contato íntimo com a natureza.
O surgimento do sistema capitalista acarretou um aprofundamento da divisão, social e geográfica, do trabalho, que separou
o homem dos meios de produção, e, cada vez mais, o homem se vê obrigado a utilizar técnicas que não criou, para produzir para
outros aquilo de que não tem necessidade ou que não tem os meios de utilizar.
Milton Santos. Economia espacial: críticas e alternativas. Maria Irene de Q. F.
Szmrecsányi (Trad.). 2. ed. São Paulo: EdUSP, 2003, p. 137-8 (com adaptações).

Na discursividade urbana, o social fica imobilizado pelo discurso da marginalidade, que tem na segurança sua
contraparte, e pelo discurso do planejamento, que focaliza a infra-estrutura. Dois pontos de equívoco que reafirmam a
exclusão social.
Eni P. Orlandi (Org.). Cidade atravessada: os sentidos públicos no espaço urbano.
Campinas: Pontes, 2001, p. 59.
FAVELÁRIO NACIONAL
1. Tenho medo. Medo de ti, sem te conhecer,
Medo só de te sentir, encravada
Favela, erisipela, mal-do-monte 9. Custa ser irmão,
Na cova flava do Rio de Janeiro. custa abandonar nossos privilégios
e traçar a planta
5. Medo: não de tua lâmina nem de teu revólver da justa igualdade.
nem de tua manha nem de teu olhar. Somos desiguais
Medo de que sintas como sou culpado e queremos ser
e culpados somos de pouca ou nenhuma irmandade. sempre desiguais.
Carlos Drummond de Andrade. Carlos Drummond de Andrade – poesia e prosa.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1988, p.1.027-8.
Considerando que os textos acima têm caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo que responda à seguinte
pergunta.
Tema 1
O principal problema das megalópoles é a superpopulação?

A partir da proposta, sugiro que programem no rascunho respostas a estas duas perguntas:
I. Qual é a minha posição sobre o tema?
II. Quais são as minhas estratégias para garantir a validade do meu posicionamento? ( escolha três bons
argumentos)
À s vezes uma proposta argumentativa tem como base textos ou frases-modelo, cujo conteú do
semâ ntico a banca nos oferece para que possamos contestar ou atestar.
Nã o importa o modo como a banca irá nos pedir uma argumentaçã o, sugiro que usem sempre o
esquema de perguntas e respostas para amadurecer suas estratégias ainda no rascunho.
Rascunhando (suposto exercício) com base na elaboração de perguntas:
I- Posicionamento – Acho realmente que o principal problema das megalópoles é
superpopulação.
II- Argumentos – Por quê?
1º argumento de defesa: o aumento populacional é maior e mais rápido se comparado ao crescimento infra-
estrutural de uma cidade.
2º argumento de defesa: com aumento populacional há, por consequência, aumento da miséria.
3º argumento de defesa: como a miséria cresce mais rápido do que a contenção político-social dela, o
crescimento da violência é sua consequência imediata.
A INTRODUÇÃO:
Se você tem dificuldade para esboçar uma introdução, tente seguir esta dica:

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Primeiro: tente parafrasear o tema – copiá-lo com outras palavras. Em seguida dê seu posicionamento sobre o assunto. Por fim
sintetize dois ou três motivos que servirão nas futuras linhas do texto para defender seu posicionamento.
Vejamos a introdução feita com base no texto acima e comentada em negrito
Uma superpopulação pode trazer sérios problemas para uma cidade (paráfrase + posicionamento). Um deles é a dificuldade de
se planejar o espaço urbano na mesma velocidade com que cresceu a população. O outro diz respeito à miséria e à violência que
aumentam em função de um crescimento populacional desordenado. (argumentos).
ARTICULADORES TEXTUAIS
Articuladores textuais, ou marcadores discursivos, são expressões linguísticas, provenientes das classes de conjunções, advérbios,
preposições, envolvidas na construção do sentido do texto. Eles relacionam segmentos textuais de qualquer extensão (períodos,
parágrafos, sequências textuais ou porções maiores do texto) e contribuem para a interpretação do enunciado, com três funções
relevantes: cognitiva, por guiarem o interlocutor no percurso interpretativo do texto; enunciativa, por remeterem ao próprio evento da
enunciação; argumentativa, por apontarem a orientação argumentativa do texto.
Vamos considerar três tipos de articuladores. Primeiro, os organizadores textuais, que ordenam o texto em uma sucessão de
segmentos complementares: em primeiro lugar/em segundo lugar, depois/em seguida/enfim, por um lado/por outro lado.
Um segundo tipo é representado pelos marcadores metadiscursivos, que atribuem um ponto de vista a partes do texto, servindo para
o locutor comentar a formulação do enunciado ou a própria enunciação. Eles podem ser subdivididos em: (1) modalizadores, que
são usados para o locutor se posicionar diante do que diz: certamente, evidentemente, aparentemente, obrigatoriamente, sem
dúvida, (in)felizmente, lamentavelmente, talvez, no meu modo de entender, em resumo, entre muitos outros; (2) articuladores
metaformulativos, que são usados quando o locutor faz reflexões sobre a forma como empregou termos ou palavras em seu texto,
ou sobre a função de um segmento em relação a um anterior: mais precisamente, sobretudo, isto é, quer dizer, na verdade, quanto
a, em relação a, a respeito de, a título de esclarecimento/de comentário/de crítica e outros; (3) articuladores metaenunciativos, que
são usados na introdução dos enunciados e evidenciam que o locutor está refletindo sobre sua forma de expressão: digamos(assim),
como se diz, podemos dizer, sei lá, grosso modo...
O terceiro tipo de articuladores são os conectores, que encadeiam as diferentes partes do texto, expressando uma relação entre
elementos linguísticos ou contextuais. Os mais conhecidos são: porque, pois, uma vez que, já que, devido a, se, logo, então,
portanto, de modo que, assim, a fim de; mas, porém, entretanto, embora, apesar de, mesmo que, ainda que; ou seja, ou melhor,
enfim, finalmente.
Na prática pedagógica, o estudo dos articuladores textuais é importante para a melhor compreensão do processo de construção do
sentido do texto e do discurso. Considera-se que o emprego inadequado dos articuladores ou uma interpretação inadequada de seu
uso pode constituir um problema tanto na produção quanto na recepção de textos, interferindo no seu processamento. Mas não é
recomendável apresentar atividades que visam à assimilação de classificação e reconhecimento dessas expressões. É preciso, ao
contrário, tratar de sua função e de seu uso na construção da coesão e coerência textuais.
LISTA DE ARTICULADORES TEXTUAIS OU CONECTIVOS.
Conectivos são conjunções que ligam as orações, estabelecem a conexão entre as orações nos períodos compostos e também as
preposições, que ligam um vocábulo a outro.
O período composto é formado de duas ou mais orações. Quando essas orações são independentes umas das outras, chamamos
de período composto por coordenação. Essas orações podem estar justapostas (sem conectivos) ou ligadas por conjunções (=
conectivos).
CONECTIVOS coordenativos são as seguintes conjunções coordenadas:

ADITIVAS (adicionam, acrescentam): e, nem (e não), também, que; e as locuções: mas também, senão também, como também…
Ex. Ela estuda e trabalha.
ADVERSATIVAS (oposição, contraste): mas, porém, todavia, contudo, entretanto, senão, que. Também as locuções: no entanto,
não obstante, ainda assim, apesar disso.
Ex. Ela estuda, no entanto não trabalha.
ALTERNATIVAS (alternância): ou. Também as locuções: ou… ou, ora…ora, já…já, quer…quer…
Ex. Ou ela estuda ou trabalha.
CONCLUSIVAS (sentido de conclusão em relação à oração anterior): logo, portanto, pois (posposto ao verbo). Também as
locuções: contudo (também esta pode ser Adversativa), com efeito, então, por isso, por conseguinte, pelo que…
Ex. Ela estudou com dedicação, logo deverá ser aprovada.
EXPLICATIVAS (justificam a proposição da oração anterior): que, porque, porquanto, a saber, ou seja, isto é…
Ex. Vamos estudar, que as provas começam amanhã.
Quando as orações dependem sintaticamente umas das outras, chamamos período composto por subordinação. Esses períodos
compõem-se de uma ou mais orações principais e uma ou mais orações subordinadas.
CONECTIVOS subordinativos são as seguintes conjunções e locuções subordinadas:
CAUSAIS (iniciam a oração subordinada denotando causa.): que, como, pois, porque, porquanto. Também as locuções: por isso
que, pois que, já que, visto que…
Ex. Ela deverá ser aprovada, pois estudou com dedicação.
COMPARATIVAS (estabelecem comparação): que, do que (depois de mais, maior, melhor ou menos, menor, pior), como… Também
as locuções: tão… como, tanto…como, mais…do que, menos…do que, assim como, bem como, que nem…
Ex. Ela é mais estudiosa do que a maioria dos alunos.

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CONCESSIVAS (iniciam oração que contraria a oração principal, sem impedir a ação declarada): que, embora, conquanto. Também
as locuções: ainda que, mesmo que, bem que, se bem que, nem que, apesar de que, por mais que, por menos que…
Ex. Ela não foi aprovada, embora tenha estudado com dedicação.
CONDICIONAIS (indicam condição): se, caso. Também as locuções: contanto que, desde que, dado que, a menos que, a não ser
que, exceto se… Ex. Ela pode ser aprovada, se estudar com dedicação.
FINAIS (indicam finalidade). As locuções: para que, a fim de que, por que…
Ex. É necessário estudar com dedicação, para que se obtenha aprovação.
TEMPORAIS (indicam circunstância de tempo): quando, apenas, enquanto…Também as locuções: antes que, depois que, logo que,
assim que, desde que, sempre que… Ex. Ela deixou de estudar com dedicação, quando foi aprovada.
CONSECUTIVAS (indicam consequência): que (precedido de tão, tanto, tal) e também as locuções: de modo que, de forma que, de
sorte que, de maneira que… Ex. Ela estudava tanto, que pouco tempo tinha para dedicar-se à família.
INTEGRANTES (introduzem uma oração): se, que. Ex. Ela sabe que é importante estudar com dedicação.

LISTA DE ARTICULADORES TEXTUAIS DE COESÃO E COERÊNCIA


Para introduzir um assunto Para esclarecer
Trata-se aqui de... Quer dizer,
De início... Ou seja,
Em primeiro lugar... Isso é...
A fim de compreender melhor o problema...
Para continuar um mesmo assunto Para pormenorizar
De fato, Por exemplo,
Da mesma forma, Como
[Para] além disso, A saber
Do mesmo modo, Assim,
Logo, Nomeadamente...
Com efeito,
Para apresentar opinião
Para mudar de assunto É preciso dizer que...
No que diz respeito a... É relevante ressaltar que...
Quanto a... Por razões evidentes...
Acerca de...
No que se refere a... Para propor alternativas
Sobre... Pode-se dizer, de preferência, que...
Ainda mais... Não seria mais uma questão de...
Entretanto, é possível afirmar que...
Para ordenar e distinguir Se é verdade que...,
Em primeiro lugar, pode-se também admitir que...
Em segundo lugar, Pode-se ressaltar que...
Primeiramente,
Seguidamente, Para expressar concordância (INTRODUÇÃO)
Antes de mais, É realmente indiscutível que...
Para além disso, Não há como negar que...
Por um lado,
Por outro [lado], Para discordar [refutar]
É importante ressaltar, porém, que...
Para resumir É totalmente absurdo afirmar que...
Em resumo, Este julgamento não parece...
Em geral,
Em poucas palavras, Para apresentar dados, provas
Resumindo, Dados oficiais indicam que…
Sucintamente, Pesquisas oficiais apontam que [para]
Recapitulando, Segundo dados oficiais, …
De acordo com fontes oficiais, …
Para concluir
Por tudo isso, BIBLIOGRAFIA
Dessa forma, ABREU, Antônio Suárez.
Sendo assim, Curso de redação. 12.ed. São Paulo: Ática, 2004.
Com tudo isso, EMEDIATO, Wander. A fórmula do texto: redação, Em
Dado o exposto, argumentação e leitura. 5.ed.
vista disso, São Paulo: Geração Editorial, 2010

SUGESTÕES DE TEMAS GERAIS DE REDAÇÃO.


1º: Desvio de conduta e conivência: práticas que comprometem a credibilidade da Polícia Militar.
2º: O que a Polícia Militar deve fazer para retomar o controle da segurança pública no Estado do Rio de janeiro?
3º: Abuso de autoridade
4º: A importância da estatística na segurança pública.
5º: O QUE FAZER PARA REDUZIR O ALTO ÍNDICE DE CORRUPÇÃO QUE IMPERA NO BRASIL?
6º: Desenvolvimento e preservação ambiental.
7º: COMO DEVE SER TRATADA A QUESTÃO DA UTILIZAÇÃO DE BOMBAS QUÍMICAS?
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