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Mecânica dos Fluidos

Aula 16

Escoamento em tubos
Turbulento interno viscoso
incompressível
Perda de carga localizada
Escoamento viscoso incompressível
Objetivo geral

Aplicar os princípios básicos da conservação da


massa, da quantidade de movimento e da energia
aos escoamentos internos,viscosos
incompressíveis em dutos.

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Escoamento viscoso incompressível
Objetivos específicos

 Analisar o escoamento viscoso em tubos e dutos;


 Calcular a perda de carga distribuída
 Calcular a perda de carga localizada
 Definir raio hidráulico.

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Escoamento viscoso incompressível
Turbulência

 A turbulência é o comportamento de agitação ou de


redemoinho apresentado pelos fluidos - líquidos ou gases
- quando eles se deparam com uma barreira qualquer.

 Embora esteja acontecendo o tempo todo à nossa volta,


e no nosso interior, ainda é um fenômenos pouco
compreendido.

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Escoamento viscoso incompressível
Turbulência

 Em 1933, o cientista Johann Nikuradse mediu com


precisão a fricção que um fluido sofre quando é forçado
através de um cano em velocidade variável.

 Os resultados obtidos no experimento foram plotados


graficamente em um diagrama denominado Harpa de
Nikuradse.

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Escoamento viscoso incompressível
Experimento de Nikuradse

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Escoamento viscoso incompressível
Harpa de Nikuradse

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Escoamento viscoso incompressível

Região I Re<2000
Escoamento laminar, o fator de atrito independe da
rugosidade,devido ao efeito da subcamada limite
laminar e vale 64
f=
Re
Região II 2000<Re<4000
Região Critica onde o valor de f não fica caracterizado

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Escoamento viscoso incompressível

Região III (pode ser representada 3000<Re<105)

Curva dos tubos hidraulicamente lisos, influência da


subcamada limite laminar, o fator de atrito só depende
do número de Reynolds. Escoamento turbulento
hidraulicamente liso.
0,316
Fórmula de f = 0, 25
Blasius Re

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Escoamento viscoso incompressível

Região IV
Transição entre o escoamento turbulento
hidraulicamente liso e rugoso, o fator de atrito depende
simultaneamente da rugosidade relativa e do número
de Reynolds
Região V

Turbulência completa, escoamento hidraulicamente


rugoso, o fator de atrito só depende da rugosidade
relativa e independe do número de Reynolds.
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V
IV
I

II
III

11 24/11/10
Diagrama de Moody

Escoamento viscoso incompressível

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Escoamento viscoso incompressível

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Escoamento viscoso incompressível
Turbulência
 Ainda que o comportamento turbulento seja levado em
consideração tanto na construção de oleodutos quanto
na fabricação de aviões, ninguém entendia por que ele
acontece.
 Agora, cientistas da Universidade de Illinois, Estados
Unidos, resolveram o mistério. Eles descobriram que a
turbulência dos fluidos resulta das propriedades
fundamentais da forma na qual a energia é distribuída
entre os redemoinhos que compõem o fluxo em
turbulência.
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Escoamento viscoso incompressível
Turbulência
 A explicação mostra que o comportamento do estado de
turbulência não é aleatório, mas contém relações
estatísticas sutis, similares às encontradas nas transições
de fase que marcam o aparecimento do magnetismo nos
cristais.
"Como resultado desta explicação teórica, os engenheiros
agora poderão calcular a força de fricção existente em
paredes rígidas, ao invés de simplesmente se basear em
uma tabela baseada nos dados de Nikuradse," explica
Pinaki Chakraborty, um dos pesquisadores.
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Escoamento viscoso incompressível
Fator de atrito

TRATAMENTO COMPUTACIONAL

Para uma análise computacional é necessário dispor de


uma formulação matemática para o fator de atrito.
Sendo assim, são utilizadas correlações variadas, de
acordo com a configuração do sistema de tubos.

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Escoamento viscoso incompressível
Fator de atrito

TRATAMENTO COMPUTACIONAL

0,3164
f =
Blasius ReRe
0,25 ≥ 105
(função explícita)  
1 ∈/D 2,51 
= − 2 log  + 
Colebrook f 0,5  3,7 Re f 0,5

 

17 (função implícita)
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Escoamento viscoso incompressível
Fator de atrito
Sousa-Cunha-Marques, 1999 (erro = 0,123%)
 
1  k 
5,16   k 5,09 
= − 2 log  − log  + 
 
f 0,5 
3,7 D Re
 
 3,7 D
Re 0,87 
 
Swamee e Jain 1976 (erro = 0,386%):
 
1  k 5,74 
= − 2 log  + 
f 0,5  3,7 D Re 0,9 
 
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Escoamento viscoso incompressível
Fator de atrito

Swamee 1993

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Escoamento viscoso incompressível
Cálculo da perda de carga distribuída (Normal)
Darcy-Weisbach

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Escoamento viscoso incompressível
Perda localizadas

O escoamento num sistema de tubos pode necessitar


passar por uma diversidade de acessórios , curvas ou
mudanças súbitas de área.
Perdas de carga são encontradas sobretudo, como
resultado da separação do escoamento.
As perdas serão menores se o sistema consistir de
longos trechos de seção constante.

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Escoamento viscoso incompressível

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Escoamento viscoso incompressível
Perda localizadas

Os modelos matemáticos utilizados para determinação das


perdas localizadas são:

Le v 2
hm = K
(v ) 2
hl = f
D 2 2

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Escoamento viscoso incompressível
Perda localizadas

K: coeficiente de perda de carga;


(determinado experimentalmente, para cada tipo de
acessório)
Le: comprimento equivalente de um tubo reto;

hl = f
Le v 2
hm =K
( v )2
D 2 2
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Escoamento viscoso incompressível
Coeficiente de perda de carga
K: determinado experimentalmente, para cada tipo de
acessório).
É representada por um comprimento equivalente de tubo.
Varia com o diâmetro do tubo;
Por se tratar de dados experimentais, estão espalhados em
diversas fontes bibliográficas. Sendo assim, podem
fornecer valores diferentes para a mesma configuração
de escoamento.
Em caso de projeto, sempre identificar a fonte utilizada.
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Escoamento viscoso incompressível

Comprimento Equivalente (Le)


Le (m) P.V.C rígido ou cobre, conforme A.B.N.T
Dext(mm) Joelh Joelh Curv Curv Tê 900 Tê 900
Ref. 900 450 900 450 Direto Lateral

25-3/4 1,2 0,5 0,5 0,3 0,8 2,4


32-1 1,5 0,7 0,6 0,4 0,9 3,1
40-11/4 2,0 1,0 0,7 0,5 1,5 4,6
Escoamento viscoso incompressível

Comprimento Equivalente (Le)


Le em n0 de diâmetro de canalização
(metálicas, ferro galvanizado e ferro fundido)

Acessório Equação CE (Le/D)


(n0 de diâmetros)
Cotovelo 900 raio longo Le=0,068+20,96D 22
Cotovelo 900 raio médio Le=0,114+26,56D 28,5
Cotovelo 900 raio curto Le=0,189+30,53D 34
Cotovelo 450 Le=0,013+15,14D 15,4
Curva 900 R/D=1,5 Le=0,036+12,15D 12,8
Escoamento viscoso incompressível
Entradas e saídas

O perfil da entrada do tubo influencia na perda de carga do


escoamento. Existem 3 geometrias básicas de entradas:

Entradas com cantos vivos


Entradas com bordas arredondadas (menor perda)
Entrada reentrante

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Escoamento viscoso incompressível

29 24/11/10
Escoamento viscoso incompressível
Expansões e contrações

Os coeficientes de perda para expansões e contrações


baseiam-se no valor de v2/2.

As perdas para uma expansão baseiam-se na velocidade


de entrada.

As perdas para uma contração baseiam-se na velocidade


de saída.
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Escoamento viscoso incompressível

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Escoamento viscoso incompressível

32 24/11/10
Escoamento viscoso incompressível

33 24/11/10
Escoamento viscoso incompressível

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Escoamento viscoso incompressível
Dutos não circulares

Dutos com seções transversais quadradas ou retangulares


comumente utilizados em sistemas de aquecimento,
ventilação e condicionamento de ar, podem ser tratados
como dutos circulares, desde que a razão entre a altura e
a largura for menor que 3 ou 4.

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Escoamento viscoso incompressível
Dutos não circulares

O Diâmetro hidráulico é definido como:


4A
Onde:
Dh =
P
A: Área da seção transversal;
P: Perímetro molhado (comprimento de parede em contato
com o fluido)

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Escoamento viscoso incompressível
Dutos não circulares
A P Rh Dh

PiD2 PiD D D
4 4

a2 4a a a
4

ab 2(a+b) _ab_ _ab_


2(a+b) (a+b)

a231/2 3a a31/2 a31/2


4 12 3
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Escoamento viscoso incompressível
Resolução de Sistemas de Trajeto Único

Em problemas envolvendo trajeto único geralmente se


conhece a configuração do sistema:

 Material do tubo;
 Rugosidade do tubo;
 Número e tipo dos acessórios: cotovelos, válvulas,etc...
 Variações de elevação;
 Características do fluido.
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Escoamento viscoso incompressível
Resolução de Sistemas de Trajeto Único

O objetivo dos problemas normalmente é determinar


alguma das variáveis seguintes:

 Queda de pressão, necessária para a seleção da


bomba;
 Comprimento de tubo;
 Vazão;
 Diâmetro do tubo;
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Exemplo 8.5 FOX 6ªed. Cálculo da queda
de pressão
Enunciado
Um tubo liso horizontal, de 100m de comprimento, está conectado a um grande
reservatório. O diâmetro interno do tubo é 75mm. A entrada é de borda viva e a água
descarrega para a atmosfera. Que profundidade, z, deve ser mantida para produzir
uma vazão volumétrica de 0,01m3/s?

ATENÇÃO
Passos para a resolução:

Equação da conservação da energia pode ser


usada diretamente para cálculo de z.

Q → Re → f ( Fator de atrito);

Tabelas fornecem coeficientes para cálculo das perdas menores;

40
Exemplo 8.5 FOX 6ª ed.

Dados Pede-se Modelo Matemático


D = 75mm z1 = ?
L = 100 m P1 v12 P v22
( + α1 + g z1 ) − ( 2 + α 2 + g z 2 ) = h f + hm
Q = 0,01m3/s ρ 2 ρ 2
P1=P2=Patm L v2 Le v 2
hf = f hm = f
Borda viva D 2 D 2
α t = 1(coef . energia cinética)
v1=0
z2=0
ρ = 999 Kg/m3
µ = 10-3 Kg/m.s
Modelo Físico

41 24/11/10
Exemplo 8.5 FOX 6ª ed.

Dados Pede-se Modelo Matemático


D = 75mm z1 = ?
L = 100 m v22 L v 2
v 2
g z1 − α 2 =f +k
Q = 0,01m3/s 2 D 2 2
P1=P2=Patm
Borda viva 1  L v2 v22 v22 
2
z1 = f +K + 
α t = 1(coef . energia cinética) g  D 2 2 2 
v1=0
z2=0
ρ = 999 Kg/m3
µ = 10-3 Kg/m.s
Modelo Físico

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Exemplo 8.5 FOX 6ª ed.

Dados Pede-se Modelo Matemático


D = 75mm z1 = ?
L = 100 m
Q = 0,01m3/s 1  L v2 v 2
v 2
2
z1 = f +K 2 + 2
P1=P2=Patm g  D 2 2 2 
Borda viva
α t = 1(coef . energia cinética)
v1=0 Colocando-se v2 em evidência, tem-se:
v22  L 
z2=0 z1 =  f + K + 1
2g  D 
ρ = 999 Kg/m3
µ = 10-3 Kg/m.s Q 4Q
v= =
A πD 2
43 Como 24/11/10
Exemplo 8.5 FOX 6ª ed.

Dados Pede-se Modelo Matemático


D = 75mm z1 = ? v22  L  Q 4Q
z1 = v = =
L = 100 m  f + K + 1 A π D 2
2 g  D 
Q = 0,01m3/s
P1=P2=Patm
8Q 2  L 
Borda viva z1 = 2 4  f + K + 1
α t = 1(coef . energia cinética) π D g  D 
v1=0
z2=0 ρv D 4 ρQ
Re = =
ρ = 999 Kg/m3 μ πμD
µ = 10-3 Kg/m.s

44
Exercício 8.5 FOX 6ª ed.

Dados Pede-se Modelo Matemático


D = 75mm z1 = ?
L = 100 m 8Q 2  L 
z1 =  f + K + 1
Q = 0,01m3/s π 2 D4g  D 
P1=P2=Patm ρv D 4 ρQ
Borda viva Re = =
μ πμD
α t = 1(coef . energia cinética)
v1=0 Resolução
z2=0 4 999Kg 0,01m 3 m.s 1 5
Re = x x x x = 1,7 x10
ρ = 999 Kg/m3 π m3 s 10 − 3 Kg 0,075m
µ = 10-3 Kg/m.s
Buscar f no Diagrama de Moody = 0,016
e K Borda viva no slide 29 = 0,5
45
Escoamento viscoso incompressível

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Diagrama de Moody

Escoamento viscoso incompressível

47 24/11/10
Exemplo 8.5 FOX 6ª ed.

Dados Pede-se Modelo Matemático


D = 75mm z1 = ?
L = 100 m 8Q 2  L 
z1 = 2 4 f
 D + K + 1
Q = 0,01m3/s π D g  
P1=P2=Patm
Borda viva
α t = 1(coef . energia cinética) Resolução
2
v1=0 
8  0,01m 3 
1 s2  100m 
z1 = x x x 0,0162 x + 0,5 +1
z2=0 π 2

 s 
 ( 0,075m) 9,81m
4
 0,075m 

z1 = 6,0m

48
Exemplo 8.6 FOX 6ªed
Cálculo do comprimento do tubo
Petróleo escoa através de um trecho horizontal de oleoduto a uma taxa de 1,6 milhão de
barris/dia (1 barril=42galões). O diâmetro interno do tubo é 48in. A rugosidade do tubo
é equivalente à do ferro galvanizado. A pressão máxima admissível é 1200psi.
A pressão mínima requerida para operação é 50psi. A densidade relativa do petróleo é
0,93 e a viscosidade à temperatura de bombeamento é 3,5x10-4 lbf.s/ft2.
Para estas condições, determine o espaçamento máximo possível entre as estações
de bombeamento. Se a eficiência da bomba é de 85%, determine a potência que deve
ser fornecida para cada estação de bombeamento.
ATENÇÃO
Passos para a resolução:

Equação da conservação da energia pode ser usada diretamente para cálculo de L

Q → Re → f ( Fator de atrito);

Tabelas fornecem coeficientes para cálculo das perdas menores;


49
Exemplo 8.6 FOX 6ª ed.

Dados Modelo Matemático


D = 48in 2 2
Q = 1,6x106barris/dia ( P 1 + α v1 + g z ) − ( P 2 + α v2 + g z ) = h + h
1 1 2 2 f m
P1 = 1200 psig (max) ρ 2 ρ 2
P2 = 50 psig (min) P1 P 2
L v2 − =hf
ε (ferro galvanizado) hf = f ρ ρ
V1= v2 D 2
SG = 0,93
ρ = 10-4 lbf.s/ft2 Modelo Físico
Perdas menores desprezíveis

Pede-se
L=?
W=?
50
Exemplo 8.6 FOX 6ª ed.

Dados Modelo Matemático


D = 48in 2
P1 P 2 L v
Q = 1,6x106barris/dia − =hf hf = f
P1 = 1200 psig (max) ρ ρ D 2
P2 = 50 psig (min) L v2 Q 4Q
P 1− P 2 = f ρ v= =
ε (ferro galvanizado) D 2 A πD 2
V1= v2 Resolução
SG = 0,93 6 barril gal ft 3 dia h ft 3
Q = 1,6 x 10 x 42 x x x = 104
ρ = 10 lbf.s/ft
-4 2
dia barril 7,48 gal 24h 3600s s
Perdas menores desprezíveis
Pede-se
104 ft 3 4Q
L=? v= x = 8,27 ft / s
π ( 4 ft )
s 2
w=?
51 24/11/10
Exemplo 8.6 FOX 6ª ed.

Dados Modelo Matemático


D = 48in 2
L v v = 8,27 ft / s
Q = 1,6x106barris/dia P 1− P 2 = f ρ
D 2
P1 = 1200 psig (max)
ρv D
P2 = 50 psig (min) Re =
μ
ε (ferro galvanizado) Resolução
V1= v2
SG = 0,93 1, 94 slug 8, 27 ft ft 2 lbfs 2 5
Re = 0 , 93 x x x 4 ft x x = 1, 71 x10
ρ = 10-4 lbf.s/ft2 ft 3 s 3, 5 x10 −4 lbf . s slug . ft
Perdas menores desprezíveis
Pede-se
L=?
−4
w=?
Re = 1, 71 x105
∈= 5 x10 ft → f = 0,017
52
Diagrama de Moody

Escoamento viscoso incompressível

53 24/11/10
Exemplo 8.6 FOX 6ª ed.

Dados Modelo Matemático


D = 48in
Q = 1,6x106barris/dia L v2 v = 8,27 ft / s
P1 = 1200 psig (max) P 1− P 2 = f ρ
D 2
P2 = 50 psig (min) −4
Re = 1,71x105 ∈= 5 x10 ft → f = 0,017
ε (ferro galvanizado)
V1= v2
SG = 0,93
ρ = 10-4 lbf.s/ft2 Resolução
Perdas menores desprezíveis
Pede-se L = 2 2
x4 ft x (1200 −50) 2 x
3
lbf 144in
x
2
ft
x
s
x
slug. ft
= 6,32 x105 ft
L=? 0,17 in ft 2 0,93x1,94slug (8,27 ft ) 2
lbf .s 2

w=?
L = 6,32 x105 ft (120mi )
54
Resolução de Exercício
Exercício 8.6 FOX 6ª ed.

Dados Modelo Matemático


D = 48in
Q = 1,6x106barris/dia Wbomba = Q ∆Pbomba Wbomba
η=
P1• 1200 psig Wentrada
P2• 50 psig
ì (ferro galvanizado)=5x10-4ft Resolução
• v1=v2
SG = 0,93 Wbomba =
104 ft lbf 144in 2
x (1200−50) 2 x x
hp.s
= 31.300hp
• = 10 lbf.s/ft
-4 2 s in ft 2 550 ft.lbf
Pede-se Wbomba 31300
L=? Wentrada = = = 36.800hp
η 0,85
• =?
Wentrada = 36.800hp
55
Exemplo 8.7 FOX 6ªed. Cálculo da vazão
Enunciado
Um sistema de proteção contra incêndio é suprido por um tubo vertical de 80 ft de altura,
a partir de uma torre de água. O tubo mais longo no sistema tem 600ft e é constituído
de ferro fundido com aproximadamente 20 anos de uso. O tubo contém uma válvula
gaveta. As outras perdas menores podem ser desprezadas. O diâmetro do tubo é de
4in. Determine a vazão máxima de água através deste tubo, em gpm.

ATENÇÃO
Passos para a resolução:

Este tipo de problema requer iteração.

Equação da conservação da energia não pode ser usada diretamente para cálculo da
velocidade, pois neste caso Q é desconhecida → Re → f ( Fator de atrito);

Tabelas fornecem relação Le/D para cálculo das perdas menores;


56
Exemplo 8.7 FOX 6ª ed.

Dados Pede-se Modelo Matemático


D = 4 in Q =? P1 v12 P2 v22
L = 600 ft ( + α1 + g z1 ) − ( + α2 + g z 2 ) = h f + hm
ρ 2 ρ 2
P1=P2=Patm  v2 
α t = 1(coef . energia cinética) ( z1 − z2 ) =  + h f + hm 
1  2
g  2 2
Tubo ferro fundido 20 anos
v1=0 L v h = f Le v
2
hf = f m
z1= 80ft D 2 D 2
ρ = 1000 Kg/m3
µ = 10-3 Kg/m.s
Válvula de gaveta

Modelo Físico
57
Escoamento viscoso incompressível

58 24/11/10
Exemplo 8.7 FOX 6ª ed.

Dados Pede-se Modelo Matemático


D = 4 in Q =?
L = 600 ft v2 L v 2
Le v 2

P1=P2=Patm ( z1 − z2 ) g = 22 + f D 2 + D 2
Tubo ferro fundido 20 anos 1   L v22 v22  v22 
v1=0 ( z1 − z2 ) =  f  +8 + 
g  D 2 2  2 
α t = 1(coef . energia cinética)  
z1= 80ft
ρ = 1000 Kg/m3
µ = 10-3 Kg/m.s
Válvula de gaveta Le/D=8

59 Modelo Físico
Exemplo 8.7 FOX 6ª ed.

Dados Pede-se Modelo Matemático


D = 4 in Q =?
1   L v22 v22  v2 
L = 600 ft ( z1 − z2 ) =  f  +8 + 2

P1=P2=Patm g D 2 2 2 
   
L ( 600 + 80) ft 12in
Tubo ferro fundido 20 anos
v1=0 = x = 2040
α t = 1(coef . energia cinética) D 4in ft
z1= 80ft
2 g ( z1 − z 2 )
ρ = 999 Kg/m3 V2 = 5152 ft 2
ì = 10 Kg/m.s
-3  L  V2 =
f  + 8  + 1 f x 2048 + 1 s2
Válvula de gaveta Le/D=8 D 
( z1 − z2 ) = h = 80 ft
60
Exemplo 8.7 FOX 6ª ed.

Resolução
Admitindo-se que o escoamento é inteiramente turbulento (f é constante),
pode-se fazer uma estimativa para f.

Obter a rugosidade do tubo na Tabela.


e = 0,00085 ( Multiplicar por 2, por causa da idade do tubo)

e = 0,0017

e 0,0017 ft 12in
= x = 0,005
D 4in ft
Neste caso recorrer ao Diagrama de Moody, para f constante com este valor de e/D.

f = 0,03
61
Exemplo 8.7 FOX 6ª ed.

Rugosidade para tubos


Material Ε(ft)
Rugosidade absoluta equivalente

Aço rebitado 0,003 – 0,03


Concreto 0,001 – 0,01

Madeira 0,0006 – 0,003


Ferro fundido 0,00085
Ferro 0,0005
galvanizado
Aço comercial 0,00015

62
Diagrama de Moody

Escoamento viscoso incompressível

63 24/11/10
Exemplo 8.7 FOX 6ª ed.

Dados Pede-se Modelo Matemático


D = 4 in Q =?
L = 600 ft 2 g ( z1 − z 2 ) ( z1 − z2 ) = 80 ft
P1=P2=Patm V2 =
 L  L
Tubo ferro fundido 20 anos f  + 8  + 1 = 2040
D  D
v1=0
α t = 1(coef . energia cinética)
1ª Resolução
z1= 80ft
ρ = 999 Kg/m3 5152 ft 2
µ= 10-3 Kg/m.s V2 =
f x 2048 + 1 s 2
Válvula de gaveta Le/D=8
5152 ft 2
V2 = = 9,08 ft / s
0,03 x 2048 + 1 s 2
64
Exemplo 8.7 FOX 6ª ed.

Rugosidade para tubos


Material Ε(ft)
Rugosidade absoluta equivalente

Aço rebitado 0,003 – 0,03


Concreto 0,001 – 0,01

Madeira 0,0006 – 0,003


Ferro fundido 0,00085
Ferro 0,0005
galvanizado
Aço comercial 0,00015

65
Exemplo 8.7 FOX 6ª ed.

Dados Pede-se Modelo Matemático


D = 4 in Q =?
L = 600 ft 2 g ( z1 − z 2 ) v = 9,08 ft / s
P1=P2=Patm V2 =
 L 
Tubo ferro fundido 20 anos f 
D + 8  + 1
 
v1=0
α t = 1(coef . energia cinética)
1ª Resolução
z1= 80ft
ρ = 999 Kg/m3 ft ft s
Re = 9,08 x 4 in x x = 2,5 x105
ì = 10 Kg/m.s
-3
s 12in 1,21x10 − 5 ft 2
Válvula de gaveta Le/D=8
Vcin = 1,21x10-5ft2/s

66
Exemplo 8.7 FOX 6ª ed.

Cálculo da vazão
Resolução
Utilizar uma das equações para obtenção de f.

 
1  ∈/ D 2,51 
= − 2 log  + 
f 0,5  3,7 0,5 

Re f 

 
1  k 
5,16   k 5,09 
= − 2 log  − log  + 
 3,7 D Re 
f 0,5    3,7 D Re 0,87 
 

67
Exemplo 8.7 FOX 6ª ed.

Resolução
Pela equação de Colebrook o valor obtido para f considerando-se e/D como 0,005 é
0,0308. Substituindo-se na equação para velocidade, obtém-se uma velocidade:

v = 8,97 ft/s

Os valores encontrados de 9,08 e 8,97 diferem menos de 2%. Se o nível de precisão


aceitável estiver entre 1 – 2%, o problema foi resolvido apenas com uma iteração.

Caso não seja considerado aceitável, continuar o processo iterativo até atingir o padrão
de aceitação.

68
Exemplo 8.7 FOX 6ª ed.

Dados Pede-se Modelo Matemático


D = 4 in Q =?
L = 600 ft
πD 2
P1=P2=Patm Q=v A=v
4
Tubo ferro fundido 20 anos
v1=0 Resolução
α t = 1(coef . energia cinética)
2
z1= 80ft ft π  1  gal s
Q = 8,97 x 
 
 x 7,48 x 60 = 351gpm
ρ = 999 Kg/m 3
s 4 3 ft 3 min
ì = 10-3 Kg/m.s
Válvula de gaveta Le/D=8
Q = 351 gpm
• = 1,21x10-5ft2/s

69
Referências
 CARVALHO, Daniel Fonseca de. Fundamentos de Hidráulica. Cap. 7.
2009
 FOX, Robert W.; McDONALD, Alan T. Introdução à mecânica dos
fluidos. Ed. LTC: Rio de Janeiro. 2009. 6ªed.
 HANSEN, Arthur G. Mecánica de fluidos. Ed. Limusa: México.1974.
Parte IV. Cap. 10
 LOUREIRO, Eduardo - Mecânica dos Fluidos
 MOTT, Robert L. Applied Fluid Mechanics. Prentice Hall: New Jersey.
1994
 MUNSON, Bruce R; YOUNG, Donald F.; OKIISHI, Theodore H.
Fundamentos da mecânica dos fluidos. Edgard blucher: São Paulo.
1997. Vol 1
 http://www.escoladavida.eng.br/mecflubasica/aulasfei/22008/exp_Reynolds.ht

70 24/11/10

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