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Disciplina: Mediação Comunitária

Aula 3: Considerações sobre o con ito

Apresentação
Para o senso comum, a palavra conflito apresenta uma compreensão fundamentada na
negatividade. Em geral, o conflito tem associação com luta, discussão de ideias, briga por
interesses incompatíveis, guerra, ausência de harmonia, desordem, choque e, por isso, deve ser
evitado ou eliminado.

A imagem negativa do conflito, entretanto, vem sendo gradualmente vista de outra forma por
causa do (res)surgimento dos meios autocompositivos de solução de conflitos que identificam
o potencial do conflito para estimular processos de transformação no aspecto individual ou
social.

Quando analisamos um conflito, não podemos nos submeter à uma compreensão linear, que
estabelece uma relação inquestionável entre causa e efeito. O conflito, pelo contrário, é um
fenômeno multivariado relacionado a processos individuais e sociais com resultados que, a
princípio, são indeterminados.

Dessa forma, esta aula será o momento para começarmos a compreensão desse fenômeno em
seus diferentes aspectos para que possamos delinear possíveis formas de abordá-lo na
comunidade.

Objetivos
Entender os diferentes significados de conflito.
Analisar a teoria de Remo Entelman sobre o conflito.
Identificar os tipos de conflitos no cenário social urbano.
Considerações gerais sobre o con ito
Durante as primeiras duas décadas do pós-guerra, segundo Entelman (2002), surgiram
diferentes linhas de investigações e análise sobre a origem ou a causa de conflitos, que
podem ser agrupadas da seguinte forma:

01

teorias instintivas da agressão 1;

02

teorias da coerção, que encontram as causas dos conflitos nas estruturas de certas
sociedades;

03

teorias do conflito como um processo disfuncional;

04

teorias da funcionalidade do conflito;

05

teorias condutistas 2 que se centram na incompatibilidade dos objetivos nacionais dos


diferentes Estados;

06

teorias condutistas que centram a origem do conflito na má percepção ou má


comunicação;

07

teorias que consideram o conflito um fenômeno normal de todas as relações sociais,


que permite análise e regulações destinadas a controlá-lo e resolvê-lo.

Teorias instintivas da agressão1


Segundo Lorenz, a agressividade humana estava programada geneticamente, sendo
desencadeada em determinadas situações. O ser humano não teria os mecanismos
reguladores da agressividade como os animais, o que explicaria as guerras. Disponível
em: https://ratioetvita.blogspot.com/2016/03/teorias-sobre-agressao.html
<https://ratioetvita.blogspot.com/2016/03/teorias-sobre-agressao.html> . Acesso em: 1
jul. 2018.

Teoria condutista2

A teoria condutista, baseada no princípio do condicionamento operante, afirma que as


pessoas se comportam de determinada maneira em função das variáveis do ambiente
relacionadas a uma conduta específica, de acordo com suas repercussões futuras e
suas consequências.

Esse é o modelo teórico que explica qualquer conduta. Assim, a conduta depende da
estrutura genética individual, mas fundamentalmente com o que aprendemos por meio
do processo estímulo-resposta. Disponível em: https://conceitos.com/condutismo/
<https://conceitos.com/condutismo/> . Acesso em: 1 jul. 2018.

Na última teoria é que encontramos, após 1970, a maior parte dos estudiosos da área.
Em geral, a ideia de conflito, para o senso comum, remete a diferentes situações, como
luta, confrontação, crise, entre outras, e sempre com um aspecto negativo. Entretanto, o
conflito não é positivo nem negativo, ele simplesmente “é”. Na verdade, é a forma como
ele é abordado que caracterizará certa situação.

 Conflito sobre qual caminho seguir (Fonte:


Shutterstock / Por Trueffelpix)

De nição de con ito


Na mediação é importante analisar o conflito como neutro e entender que ele é um
fenômeno complexo que possibilita uma oportunidade de aprendizagem. Para
refletirmos sobre as relações do conflito, Entelman (2002, p. 77) definiu o objeto do
conflito como:


uma espécie ou classe de relação social em que existem objetivos de

diferentes membros da relação que são incompatíveis entre si.

Poderíamos acrescentar que, também pode ser, que todos, ou alguns membros da
relação, percebam esses objetivos como incompatíveis. Essa percepção é muito
importante porque se relaciona com o objeto da mediação, a representação, não a
verdade.

Suares (1997), uma importante autora nessa área, utiliza o termo processo conflitivo. O
processo conflitivo é um processo interacional entre duas ou mais partes, em que
predominam as interações antagônicas, ressaltando o caráter positivo do antagonismo
como dinamizador da evolução humana. Dessa forma, o conflito pode ser interpretado
como uma divergência percebida de interesses ou crenças que faz com que as
aspirações das partes não possam ser alcançadas.

Con itos no cenário social urbano


Os conflitos que emergem no cenário social urbano nem sempre apresentam como
elemento central, ainda que tais condições possam estar presentes, a
incompatibilidade, a divergência ou o antagonismo entre os interesses ou objetivos das
partes.

Em geral, os fatores que constituem os conflitos são de diversas ordens, e muitas vezes
são próprios do contexto, real ou simbólico, em que a relação se estabelece.

Para ampliar a compreensão do fenômeno conflitivo é preciso utilizar um entendimento


que reforce a multidimensionalidade e/ou a multicentralidade do conflito.

Devemos estar apoiados em diversas linhas de análise. É importante compreender que


no fenômeno conflitivo intervêm diferentes conjuntos de fatores ou variáveis que
estabelecem uma relação complexa e dinâmica. Para intervir positivamente no campo
das relações humanas ou sociais é fundamental saber decifrá-lo.

 Conflito entre dois grandes grupos no cenário social


urbano (Fonte: ShutterStock / Por Arthimedes)

A fim de aumentar nosso conhecimento, é interessante estudar as condições ou


possibilidades que acarretam a aparição dos conflitos nas relações entre indivíduos ou
grupos de indivíduos. Segundo Nató, Querejazu e Carbajal (2006, p. 79), são elas:

01

a incompatibilidade de interesses;

02

os resultados da equação “satisfações finitas – infinitos desejos”

03

o enfraquecimento dos imaginários coletivos nos integrantes da sociedade;

04

a escassez de respeito mútuo;


05

a pequena capacidade de reconhecimento das diferenças por parte de uma sociedade


e/ou de seus integrantes;

06

o desapego às leis ou às normas;

07

as representações sociais negativas;

08

as comunicações disfuncionais;

09

as questões relacionadas ao poder.


Atenção

Todas essas condições citadas não se referem a atos de vontade, mas são
manifestações de processos socioculturais, econômicos e políticos complexos,
presentes em muitas sociedades. Tais condições podem se apresentar de forma
simultânea.
Atividade
1 - . Durante as primeiras duas décadas pós-guerra, segundo Entelman (2002),
surgiram diferentes linhas de investigações e análise sobre a origem ou a causa
dos conflitos. Após 1970, a maior parte dos estudiosos da área, enfatizam as:

a) Teorias que consideram o conflito como um fenômeno normal de todas as


relações sociais.
b) Teorias condutistas que centram a origem do conflito na má percepção ou
má comunicação.
c) Teorias do conflito como um processo disfuncional.
d) Teorias da coerção, que encontram as causas dos conflitos nas estruturas de
certas sociedades.
e) Teorias condutistas que se centram na incompatibilidade dos objetivos
nacionais dos diferentes Estados.

A mediação como intervenção e


transformação de con itos
A multiplicidade de fatores presentes no fenômeno do conflito requer diferentes
processos como resposta ao seu tratamento. Devemos entender que a satisfação de
necessidades para a preservação da vida não é suficiente para que nasçam nos
indivíduos sentimentos de pertencimento a uma sociedade.

Quando uma criança que mora na rua pede um brinquedo, na verdade está pedindo
aquilo que a faz se sentir humana. A responsabilidade social frente às situações de
desigualdade nos leva a considerar a mediação como um processo de intervenção e
transformação de conflitos, de uma forma mais ampla e compreensiva, melhor do que
outros métodos de resolução de conflitos, como o Direito.
Outra questão importante é a maior ou a menor capacidade de reconhecimento das
diferenças de uma sociedade e/ou de seus integrantes. É possível observar esse fato
nas conversas diárias sobre hábitos, crenças e valores de indivíduos pertencentes a
grupos socioculturais diferentes.

Algumas pessoas acreditam e estão convictas de que seus valores são naturais e, por
isso, universais. Dessa forma, consideram o “outro” (minorias étnicas, religiosas ou
socioculturais diferentes) um sujeito ou grupo socialmente problemático, com estilo de
vida estranho ou desajustado, isto é, “anormal”.

 Discriminação em processo seletivo (Fonte:


Shutterstock / Por Aleutie)

A afirmação de Sontag, citada por Nató, Querejazu e Carbajal (2006, p. 82), sintetiza
outras questões através das quais podemos destacar o conflito:

No centro das esperanças e da sensibilidade ética modernas está a

convicção de que a guerra, ainda que inevitável, é uma aberração. De


que a paz, se bem que inalcançável, é a norma. Desde já, não é assim
que tem sido considerada a guerra ao longo da história. A guerra tem

sido a norma e a paz a exceção.

Essa afirmação nos faz pensar que a humanidade, no lugar de buscar a paz, tem se
preocupado com a autodestruição. Entretanto, também nos convida para uma reflexão
sobre a necessidade de repensar o modo como tratamos as diferenças e construir
novos modelos de convivência. É importante pensar em como assistimos ou
participamos dos cenários de violência e conflito.

 Homens de negócios competindo em cabo de guerra


(Fonte: Shutterstock / Por hvostik)
A reflexão sobre as nossas formas de responder a esses acontecimentos no
possibilitará compreender as questões que, às vezes, estão presentes nas relações
entre os seres humanos e que observamos se manifestar nas “pequenas guerras” que
ocorrem nos diversos setores do nosso cotidiano.

Os conflitos que emergem no contexto social urbano mostram que as definições para
esse fenômeno são incompletas e devemos levar em conta vários fatores para
encontrar sentidos, direções ou dimensões para entender seus componentes e sua
dinâmica. Nesses casos, a mediação se constitui como um espaço para o tratamento
das diferenças e/ou divergências, do reconhecimento da alteridade 3, da trama social e
do diálogo.

Alteridade3

Qualidade ou estado do que é outro ou do que é diferente. É um termo abordado pela


filosofia e pela antropologia. Disponível em: https://www.signi cados.com.br/alteridade/
<https://www.signi cados.com.br/alteridade/> . Acesso em: 2 jul.2018.

A mediação é uma ferramenta que possibilita aos indivíduos e atores

sociais tratar dos con itos. As partes constroem, conjuntamente, o


con ito; a mediação propõe aos indivíduos a construção conjunta de uma

boa convivência, e uma visão mais otimista da sociedade.


Atividade
2 - Após ler a tirinha, descreva a situação e faça uma reflexão sobre as suas
consequências.

 Disponível em: http://bit.do/tirinha


<http://bit.do/tirinha>

Classi cação dos con itos no cenário


social urbano
Antes de classificar os conflitos, a partir da mediação, no contexto social, é importante
conhecermos com clareza algumas definições.

De início, utilizaremos uma ideia que vem da sociologia moderna, do final do século XX,
trazida por Tönnies 4, sobre a diferença entre comunidade e sociedade.

Tönnies4
A distinção, tornada clássica, entre dois tipos básicos de organização social, a
comunidade (Gemeinschaft) e a sociedade (Gesellschaft), é a contribuição mais
conhecida de Ferdinand Tönnies, sociólogo alemão. As relações de comunidade, típicas
de grupos de caçadores-coletores e hordas — portanto, grupos relativamente pequenos
e pré-industriais —, baseiam-se na coesão nascida do parentesco, das práticas herdadas
dos antepassados e dos fortes sentimentos religiosos que unem o grupo.

Já as relações de sociedade são típicas de grupos que vivem vida urbana desenvolvida,
organizam-se em Estados e possuem uma complexa divisão do trabalho. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ferdinand_T%C3%B6nnies
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Ferdinand_T%C3%B6nnies> . Acesso em: 2 jul. 2018.


1

Comunidade

A comunidade, para esse autor, citado por Brancaleone (2008), pode ser definida como
espaços com seus próprios valores e fontes de satisfação, ligados por laços afetivos e
pessoais.


2

Sociedade

A sociedade seria um somatório de indivíduos, que estabelecem relações


fundamentadas na racionalidade, ou seja, numa escolha racional de meios orientada
para a realização de certos fins.
Essas de nições são importantes para pensarmos na
mediação comunitária e nas suas relações com os conceitos
de comunidade e sociedade, e nos contextos em que se
desenvolve.

A mediação comunitária, segundo Nató, Querejazu e Carbajal (2006), deve ser entendida
além do caráter restrito do termo. Ela pode ocorrer em múltiplos processos a partir dos
quais intervimos no âmbito social urbano, em geral, e em outros contextos, em
particular.

De acordo com esses autores, a classificação geral dos conflitos, nessa área, pode ser
considerada simultânea, a partir de diferentes categorias. São elas: conflitos na
comunidade, conflitos interculturais e conflitos públicos.

No contexto social ou comunitário, a proposta da mediação é promover uma cultura


baseada na autodeterminação e na iniciativa dos indivíduos ou atores sociais.

Podemos, assim, pensar a mediação como uma forma pací ca de gestão

de con itos que possibilita que as pessoas ou grupos assumam papéis

ativos, acompanhados por mediadores legitimados para atuar nessa


área.

Veremos aqui, a seguir, de forma resumida (porque serão estudados em outras aulas),
os diferentes tipos de conflitos tratados pela mediação comunitária, dentro do enfoque
de Nató, Querejazu e Carbajal (2006):

Con itos na comunidade


Na gama de conflitos que surgem na sociedade, em geral, encontramos os que
aparecem em determinada comunidade, acarretados pela qualidade e pela
intensidade dos vínculos interpessoais marcados pelas relações de
interdependência recíproca dos que delas participam. Esses conflitos podem se
desenvolver tanto no interior como no exterior da comunidade.

Con itos públicos

Tais conflitos são o resultado de interesses públicos, pelo número de atores e de


interesses envolvidos ou pela repercussão em um grupo social ou numa
comunidade, em particular. Podemos encontrar o envolvimento direto de dois ou
mais atores, organizações governamentais e não governamentais, grupos ou
associações de moradores, pequenos ou grandes comerciantes, colégios, igrejas,
entre outros. As consequências podem atingir um grande número de pessoas,
muitas vezes por um longo período.

Con itos interculturais

As diferenças culturais podem gerar conflitos difíceis de se trabalhar e que


requerem uma abordagem particular, que compreenda a sua dimensão. Em geral,
era mais comum utilizar as fundamentações teóricas e práticas dos programas de
mediação intercultural.

Contudo, pode ser uma situação tratada pela mediação comunitária, que pode ser
entendida a partir de um trabalho com a diversidade cultural e, dessa forma, um
instrumento eficaz para a criação de espaços de diálogos e intercâmbios onde
possam ser trabalhadas as diferenças. O objetivo é evoluir do multiculturalismo
para a intercultura, buscando uma integração fundada no respeito e no
reconhecimento do outro.
Atividade
3 - A mediação comunitária, segundo Nató; Querejazu; Carbajal (2006), deve ser
entendida além do caráter restrito do termo. De acordo com estes autores, a
classificação geral dos conflitos, nesta área, pode ser considerada a partir de
diferentes categorias.

Quais são elas?

a) Conflitos na comunidade, conflitos interculturais e conflitos públicos.


b) Conflitos internos, conflitos privados e conflitos públicos.
c) Conflitos culturais, conflitos sociais e conflitos comunitários.
d) Conflitos étnicos, conflitos intersociais e conflitos internacionais.
e) Conflitos de vizinhança, conflitos internacionais e conflitos intergeracionais.
4 - (ANALISTA JUDICIÁRIO – TJ – SC- 2011) As diferenças de objetivos e
interesses individuais quase sempre produzem alguma espécie de conflito entre
as pessoas dentro das organizações. Assinale a alternativa correta:

a) Os conflitos podem trazer somente resultados negativos para as


organizações.
b) Os conflitos podem trazer somente resultados construtivos para as
organizações.
c) Os conflitos não contribuem em nada para as organizações e não existe
maneira ou estilo de administrá-los.
d) Os conflitos podem trazer resultados construtivos ou negativos para as
organizações.
e) Nenhuma afirmativa está correta.

Notas
Referências

BRANCALEONE, C. Comunidade, sociedade e sociabilidade: revisitando Ferdinand Tönnies.


Revista de Ciências Sociais, v. 39, n. 1, p. 98-104, 2008.

COSTA, S. L. da; MACIEL, T. M. de S. B. Os sentidos da comunidade: a memória de bairro e suas


construções intergeracionais em estudos de comunidade.

Arquivos Brasileiros de Psicologia, Rio de Janeiro, v. 61, n. 1, 2009. Disponível em:


http://pepsic.bvsalud.org/pdf/arbp/v61n1/v61n1a07.pdf
<http://pepsic.bvsalud.org/pdf/arbp/v61n1/v61n1a07.pdf> . Acesso em: 2 jul. 2018.

ENTELMAN, R. F. Teoria de conflitos: hacia um nuevo paradigma. Barcelona: Gedisa, 2002.

NATÓ, A. M.; QUEREJAZU, M. G. R.; CARBAJAL, L. M. Mediación comunitária: conflictos em el


escenario urbano. Buenos Aires: Editorial Universidad, 2006.
SAMPAIO, Lia Regina Castaldi; BRAGA NETO, Adolfo. O que é mediação de conflitos. São Paulo:
Brasiliense, 2007.

SUARES, M. Mediación: conducción de disputas, comunicación y técnicas. Buenos Aires: Paidós,


1997.

TRINDADE, M. A. da S. F. Comunidade e sociedade: norteadora das relações sociais. Revista da


FARN, Natal, v. 1, n. 1, p. 165–174, jul./dez. 2001. Disponível em:
http://www.revistaunirn.inf.br/revistaunirn/index.php/revistaunirn/article/view/30/33
<http://www.revistaunirn.inf.br/revistaunirn/index.php/revistaunirn/article/view/30/33> . Acesso
em: 2 jul. 2018.

Próximos Passos

Os conflitos na comunidade.
Relações de vizinhança ou urbanas.
Conflitos nas relações de vizinhança.

Explore mais

Violência social – Enciclopédia sobre o desenvolvimento da criança. Disponível em:


http://www.enciclopedia-crianca.com/violencia-social/sintese <http://www.enciclopedia-
crianca.com/violencia-social/sintese> .

Anuário de Segurança Pública 2017. Disponível em: http://www.forumseguranca.org.br/wp-


content/uploads/2017/12/ANUARIO_11_2017.pdf <http://www.forumseguranca.org.br/wp-
content/uploads/2017/12/ANUARIO_11_2017.pdf> .

Sugestão de filme: Hotel Ruanda: http://bit.do/hotel_ruanda <http://bit.do/hotel_ruanda> .


A história se passa em Ruanda, no ano de 1994, durante um conflito político que levou à morte
quase um milhão de ruandeses no decorrer de apenas cem dias. Como na maioria das guerras
africanas, o mundo fechou seus olhos e nada fez para acabar com os confrontos entre duas
etnias.

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