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Sinopse

Sou forte, atlético e filho de um homem que sempre quis ser.

Eu tinha feito planos, pensei que estava na direção certa, e então uma bala
parou não apenas o coração do meu pai, mas o meu também.

Tenho vivido uma vida que nunca quis.

Eu quero mais. Quero escapar.

E encontrei alguém que me deu um amor que nunca pensei ser possível.

Meu nome é Brock Pearson.

Eu sou um espírito livre que encontrou a felicidade em um lugar inesperado.

As pessoas presumem que serei outro herdeiro do nosso império, mas o meu
coração pertence a outro lugar.
Dedicatória

Para as minhas safadas obscuras que pediram dois alfas quentes para devorar.
Espero que aproveitem o passeio!
Prólogo

Brock

O tempo passou.

Anos mesmo. Mas ainda há uma dor surda no meu peito.

Tento empurrar as memórias ainda me assombrando para os mais escuros


recessos da minha mente. É tudo que posso fazer. Meus irmãos vão a uma
psiquiatra pelos seus problemas.

Eu?

Eu fodo.

Eu bebo.

E fumo maconha ocasionalmente. Sou filho do meu pai.

Eric fodido Pearson.

Observá-los lentamente seguir em frente com suas vidas me faz pensar se vou
chegar lá. Nixon está todo apaixonado por Rowan e Erica. Hayden tem Katie
e está administrando a Four Father's Freight. O

único que ainda me segura é meu irmãozinho Camden, mas, vendo bem, ele é
o mais novo.

Mesmo tendo passado por tempestades juntos, eu precisava fugir do drama


que parecia seguir o nome Pearson em casa. Eles não queriam que eu fosse
embora, mas precisava seguir em frente, e foi por isso que fiquei muito feliz
de ir para a faculdade na Califórnia.

Hayden não estava feliz por eu sair de casa, ou que quisesse estar tão longe,
mas eu não sou ele. Ele assumiu o negócio e eu não queria isso para mim.
Tenho saudades do meu pai. No final, os quatro garotos Pearson ainda estão
de pé. Depois de toda a merda que aconteceu quando meu pai foi brutalmente
assassinado, eu saí. Arrumei minhas malas e saí. No começo, apenas daquela
casa horrível que guardava lembranças tão cruéis, mas quando a faculdade
começou, parti para sempre.

Agora, moro em uma bela cobertura de praia com meu melhor amigo - a
única pessoa com quem posso sempre contar. E ele é o único que me conhece
melhor do que eu mesmo.

Olho por cima da minha mesa, observando as ondas batendo na praia,


observando-o com sua prancha de surfe, com o short abaixo dos quadris
estreitos. O torso bronzeado e esculpido com o qual estive em contato íntimo
algumas vezes desde que o conheço, goteja com a água salgada do oceano.

Ele faz o seu caminho pela praia em direção ao prédio onde moramos no
último andar. Ter dinheiro oferece certos privilégios. E ter pais como os
nossos - ou, no meu caso, ter tido - significa que somos mimados com luxos
que outras crianças da escola não têm. Onde a maioria das crianças está em
dormitórios apertados, estamos vivendo vidas melhores do que homens com
o dobro da nossa idade.

Levanta a cabeça, encontrando meu olhar caloroso sobre ele e oferece um


aceno antes de desaparecer de vista. Em cinco minutos, estará passando pela
porta.

Antes de chegarmos ao que acontece depois. Antes de lhe contar tudo sobre
quem eu sou, preciso apresentá-lo a ele. Mesmo que eu tenha quatro irmãos,
apesar de ter um pai que eu amava mais do que qualquer coisa neste mundo e
uma mãe que foi morta antes mesmo que eu soubesse o que era afeto, ele
estava na minha história.
Foi ele quem ficou ao meu lado nos meus dias mais sombrios.

Foi ele quem me salvou.

Meu melhor amigo.

Meu Salvador.

Ethan Kingston.
Capítulo Um

Ethan

Dizem que a maçã não cai longe da árvore.

Quando se trata de mim e do meu melhor amigo, esse ditado é exato.

Brock e eu somos as ruínas da existência de nossos professores, mas isso não


importa. O que importa é que somos os caras que toda garota da
Universidade SoCal1 quer foder, e me faz sorrir sempre que penso nisso.

Passei minha vida em torno de um homem que eu admirava, meu pai, Levi
Kingston, um dos mais notórios playboys idiotas na Flórida. Ele costumava
foder qualquer coisa com uma boceta apertada e um par de peitos, até que
conheceu minha madrasta. Kristyn é linda. A primeira vez que a encontrei foi
um despertar surpreendente. Suas curvas estavam em exibição quando entrei
na minha casa de infância para encontrá-la nua e tudo em um espetáculo para
mim. Meu pai definitivamente tem muito bom gosto para mulheres.

Ela é mais nova que ele - muito mais nova - mas ele mudou desde que está
com ela. A única vez que me lembro dele mostrando afeto foi com minha
mãe. Quando ela morreu, ele se fechou. Eu era um adolescente raivoso que
culpava meu pai por estragar as coisas, mas no fundo, sabia que se ele tivesse
a escolha de ter minha mãe de volta ou viver sua vida de solteiro, ele a
escolheria sem pensar duas vezes.

Desde que a linda morena entrou em sua vida, ele é o homem de quem me
lembro dos meus anos de juventude. Um pai carinhoso e 1 University
Southern California – Universidade SoCal
amoroso com um bebê que o vem mantendo acordado durante toda a noite. A
garota tem dois pais amorosos e tenho orgulho de ter uma irmãzinha para
cuidar.

Vou para a cozinha, minha mente ainda no pai e Kristyn, e bato em uma loira
bonita. Seus grandes olhos azuis estão arregalados enquanto ela observa meu
corpo quase nu.

— Oh, — ela engasga, e meu pau pulsa na minha cueca apertada. Um


momento passa, mas ela não tira o olhar da minha virilha.

— Hoje não, Blondie2, — eu rio, agarrando seus braços e colocando-a mais


perto da porta para que eu possa chegar até à máquina de café.

Assim que ela sai, suspiro, pego uma caneca e a preencho com um forte café
colombiano. O apartamento que temos perto do campus é perfeito. Com vista
para o mar e para o nosso próprio terraço que nos oferece espaço para
churrasco e para entreter os amigos da escola, nunca me senti tão feliz.

Brock e eu decidimos dividir um apartamento quando saímos de nossas casas


e seguimos para o oeste para estudar na Universidade do Sul da Califórnia.
Ele precisava se afastar da tempestade que sua família passara, e eu queria
independência do meu pai.

Enquanto tomo meu café, espio a loirinha saindo sem nem dizer adeus e sei
que Brock deve estar desmaiado ou amamentando uma ressaca. Desde que
viemos morar juntos, as coisas têm sido uma montanha-russa. Depois de
perder o pai há dois anos, ele vem trabalhando muito. Não muito tempo atrás,
eles tiveram que lidar com o fato de ter aparecido o verdadeiro pai de Nixon,
irmão de Brock, e foi aí 2 Lourinha
que ele me disse que achava que não queria voltar para casa depois de se
formar.

Acho que ele só gosta da liberdade que LA oferece. Nós surfamos sempre
que temos dias de folga, ficamos bêbados, transamos com garotas bonitas e
ocasionalmente ficamos chapados. Mesmo que o conheça toda a minha vida,
foi só quando o pai dele foi assassinado por aquele idiota, Jax Wheeler, que
eu realmente conheci Brock Pearson. Rapidamente formamos uma amizade
em torno de nosso amor por festas e convivência com ressacas perpétuas.
Uma vez que Eric e meu pai eram melhores amigos, era fácil ver como Brock
e eu caímos na mesma rotina.

Apesar de todo o drama ter acabado em torno dos Pearsons, Brock ainda está
inflexível em viver na Costa Oeste depois da faculdade. Acho que é sua
prioridade fumar maconha e beber tiros de vodka dos umbigos das dançarinas
no clube de strip local.

Entrando no corredor, chego à porta do quarto de Brock e abro-a totalmente,


ouvindo um gemido em resposta. Apoiando-me no batente da porta, eu o vejo
rolar de bruços. Ele está nu, seu corpo bronzeado e tonificado em exibição
para o mundo ver. Nós tivemos nossos momentos, um simples toque aqui, um
deslize de mão lá, mas nunca estivemos sozinhos nesses momentos - nunca
apenas nós. E é isso que eu tenho desejado.

Só… não sei como lhe dizer ou fazer um movimento.

— Eu te disse para sair, — ele murmura para o travesseiro sem olhar para
mim. Levantando minha caneca, tomo um gole do meu café e dou risada.

Ele levanta a cabeça, e outro gemido segue um grunhido — Bom dia.


— Você vai se atrasar. — Ele não tem aula por mais uma hora, mas não sabe
que horas são, e eu adoro vê-lo se contorcer.

— Foda-se você.

— Seu desejo. Vamos, B, precisamos ir.

Ele murmura outra palavra incoerente, que acho que é alguma maldição.

— Ah, e diga às suas vadias para manter os olhos na cabeça da próxima vez
que virem o meu pau, — replico, oferecendo-lhe um olhar de lado.

Brock se move rapidamente, virando-se. Ele se senta na beira da cama e me


prende com um olhar. — Cara, ela só olhou para você porque eu estava
dormindo e provavelmente queria café da manhã.

— Não alimento vagabundas, — eu rio, me afastando da porta. —

Agora, vamos lá. Não sinto vontade de me atrasar para a aula do professor
Chilton.

— Estamos indo para a festa hoje à noite? — Brock pergunta antes de eu sair
do seu quarto.

Não posso dizer não para ele. Nós sempre nos divertimos, então eu me viro
para meu melhor amigo e sorrio. — Desde que compartilhemos o jantar desta
vez, estou dentro.

Seu sorriso é diabólico.

— Agora estamos nos entendendo. — Ele levanta da cama e se dirige para


seu banheiro adjacente, deixando-me olhando para ele, incapaz de não
admirar como seus músculos flexionam enquanto ele se move. Balançando a
cabeça, não posso deixar de sorrir ao pensar em dividir o jantar com Brock
novamente.

Como eu disse.
Tal pai, tal filho.
Capítulo Dois

Brock

Mesmo que o tempo tenha passado, ainda sinto isso.

Raiva.

Frustração.

E muita tristeza.

Minha cabeça lateja como um maldito tambor enquanto tento abrir meus
olhos e olhar para o meu reflexo. O sol bate no meu peito a partir da janela
aberta com vista para o oceano, o calor não está ajudando minha ressaca. O
baque constante parece um ritmo de metal pesado em repetição entre meus
ouvidos.

Felizmente, a loira que peguei na noite passada se foi. Não preciso de


aventuras de uma noite grudenta por aqui. Elas são mais adequadas para um
momento de diversão. E ela era muito estridente para mantê-la por perto.

— Cara, — a voz do meu melhor amigo vem da porta. — Você já terminou?

— Sim, sim, estou indo, — respondo sem olhar para ele. Não é a primeira
vez que ele me encontra nesse estado. Normalmente, ele estaria ao meu lado,
ou enrolado em torno da garota entre nós, mas hoje, ele está no momento
com o tom de um estudante sério tentando tirar boas notas.

A única diferença entre nós e o resto da porra do corpo estudantil é que o


nosso dinheiro garante que façamos parte do esquadrão de elite. Uma vez que
Levi, o pai de Ethan, faz doações pesadas à
universidade, da mesma forma que meu pai costumava, para manter Hayden
fora de problemas, eles nos deram liberdade no campus, não só para perder
aulas se quiséssemos, mas para possuir a porra da faculdade toda. Pelo menos
Ethan não está dormindo com as professoras como meu querido irmão mais
velho costumava fazer.

Tenho boas notas. Meu GPA3 é perfeito, estudo pra caralho, e Ethan sabe
disso, mas ele gosta de me dizer quando estou agindo como um idiota. Culpo
meu pai por isso.

— Pare de me incomodar. Você sabe que eu vou estar pronto, —

gemo, puxando a toalha do cabide e a pendurando mais perto do chuveiro. Eu


sei que ele não vai me deixar sozinho. Vai ficar lá como um cachorrinho
ferido até eu mexer minha bunda.

Por mais que ele me frustre quando está nesse humor, Ethan Kingston é meu
melhor amigo e o único que me entende. Desde que meu pai levou uma bala
fatal, posso ter ido ao fundo do poço algumas vezes.

Foda-se.

Eu praticamente vivo pendurado na beira de um penhasco por um dedo. Um


dia, algo vai me empurrar e eu vou cair pelas pedras abaixo. Entrando no
chuveiro, ligo as torneiras e deixo a água fria me colocar em ação. O cheiro
do sabonete de canela que uso preenche o espaço, e eu rapidamente me lavo,
sabendo que em breve terei meu melhor amigo na porta se passar muito
tempo aqui.

Assim que volto para o quarto, sinto seus olhos em mim. Puxo a cueca até
minhas coxas. Virando-me para encontrar os olhos escuros de Ethan, eu lhe
ofereço uma piscadela arrogante antes de colocar uma camiseta.

3 Grade Point Average – Média das notas de classe.


— Você cheira melhor do que esta manhã com o cheiro da boceta daquela
loira sobre você, — ele ri, me provocando.

— Saia da porra do meu quarto, cara, a menos que você queira um pedaço
disso? — Eu pego minha virilha, e nós dois rimos.

— É o contrário, cara, você quer um pedaço meu.

Jogo o travesseiro nele, que facilmente pega e joga de volta, batendo na parte
de trás da minha cabeça. — Sua bunda feia precisa estar na aula. Nós temos
um exame hoje, — diz, girando no calcanhar de seu tênis chique.

Ethan é o artístico, com um amor pelo surf e pintura ao invés da merda


corporativa que seu pai faz para viver. Tem sido um ponto dolorido entre os
dois por anos. Depois que Levi Kingston conheceu Kristyn, ele se acalmou
um pouco. Agora que eles têm uma filha, ele mudou muito dos dias em que
ele e meu pai davam em cima de todas as mulheres em um raio de oito
quilômetros.

Uma coisa que posso dizer sobre um dos melhores amigos do meu pai é que
ele tem um gosto incrível para bocetas. A mulher é nada menos que uma
supermodelo. E quando ela estava grávida, não muito tempo atrás, ela parecia
ainda mais atraente. Quem diabos imaginaria?

Empurrando o travesseiro para longe, visto meu jeans e ando até à cozinha
para encontrar Ethan no balcão tomando café. Apesar de discutirmos, há algo
muito maior entre nós - algo que eu nunca soube que existia. Ele me tirou da
escuridão que me consumia.

As imagens que passavam pela minha mente à noite, toda vez que fechava
meus olhos, me assombravam. Ver o corpo sem vida de meu pai olhando para
mim foi o suficiente para me enviar ao limite, mas foi Ethan
quem ficou ao meu lado. Ele acalmou as emoções erráticas que me atacaram.

Ódio, frustração e raiva me consumiram por semanas depois. Tanto assim,


que eu queria bater em qualquer coisa no meu caminho, jogar meu punho
através de uma maldita janela, mas com a orientação de Ethan, concentrei
minha raiva em um saco de pancadas em vez de uma parede.

Ele arrastou minha bunda para a academia diariamente. Sem reclamar, sem
sequer um julgamento pronunciado, ele estava ali a cada episódio. Foi
quando começamos a compartilhar mulheres. Quando eu precisava de um
lançamento, ele convidava qualquer coisa com um par de peitos e pernas
longas e ágeis para sua casa. A casa dos Kingston era meu santuário, e agora,
meu santuário é aqui.

Mas é mais que isso. Ethan estava lá em tudo que superei. Ele estava lá para
aliviar a agonia.

Às vezes, ainda vou lá, ainda sinto a depressão ameaçando me ultrapassar,


mas Ethan continua sendo meu salvador. Sinto seus olhos em mim, mas ele
fica quieto, e vou direto para o café. Três coisas que sempre temos em nosso
apartamento compartilhado: Café.

Cerveja.

Boceta.

Não é isso que você deveria fazer na faculdade - festejar seus dias até que
consiga um emprego em tempo integral e começar a agir como um adulto?

— O que você tem hoje? — pergunto, enchendo uma caneca antes de


encontrar seus olhos escuros. Ele se parece muito com Levi - o epítome
de alto, moreno e bonito. Garotas praticamente tropeçam em si mesmas para
chamar sua atenção.

— Nada. Organize sua merda, Brock — ele fala, e sou tentado a mandá-lo se
foder. Mas conhecendo Ethan, ele provavelmente responderá com algum
comentário sarcástico.

— Esta é a minha vida, — lembro-lhe. — Eu posso fazer o que quiser com a


minha merda. — Estamos em um impasse. Não é a primeira vez que
chocamos sobre as minhas festas. Ele não tem voz sobre minha vida e o que
eu faço com ela, mas sei que só está cuidando de mim.

Nossa amizade é mais profunda do que jamais imaginei. Nunca quis ninguém
no meu canto. Meu coração parou de bater quando meu pai morreu. Mesmo
estando perto dos meus irmãos, perder meu pai doeu mais do que eu poderia
imaginar. Foi uma dor tão profunda que roubou minha vontade de seguir em
frente.

Ele era um idiota.

Mas eu o amava ferozmente.

E por mais que eu queira negar isso, não nego, porque, por mais zangado que
estivesse com ele por tomar Rowan como se fosse sua, eu nunca poderia
odiá-lo. E agora estou aqui sem ninguém para ficar com raiva, então Ethan é
o único que suporta o peso da minha merda. Felizmente, ele ainda não
desistiu.
Capítulo Três

Ethan

Às vezes me pergunto como aturei a atitude irresponsável e a raiva de Brock


por tanto tempo. Dada a escolha, eu faria de novo, mas gostaria que ele visse
quão bom ele é e parasse de beber até ao esquecimento.

Quando minha mãe morreu, meu pai praticamente bateu algum senso em
mim quando eu queria passar mais tempo surfando na praia do que indo para
a escola. Mas com meu melhor amigo, é diferente. Ele testemunhou a morte
brutal de seu pai, viu sua vizinha grávida levando uma bala no estômago, e
então, para piorar a situação, descobriu que sua mãe não tinha fugido e estava
enterrada a poucos metros da piscina que passamos a maior parte dos dias. A
merda que desceu na residência de Pearson era fodida.

Nossa amizade significa muito para mim, mesmo que eu nunca diga isso na
cara do idiota. Ele já é muito arrogante para o seu próprio bem. Tal pai, tal
filho. Mas me preocupo com ele, talvez mais do que deveria ou gostaria de
admitir. Nos últimos anos, os sentimentos mudaram entre nós. Há muito mais
entre mim e Brock do que qualquer um de nós estava disposto a admitir.

— Estou pronto, — ele sai de seu quarto, parecendo que está prestes a ir para
uma sessão de fotos. Com sua pele bronzeada, olhos azuis e cabelos escuros,
ele se parece mais com Eric a cada dia -

um playboy em formação.

— Vamos sair daqui, — digo-lhe, levantando do sofá e pegando minhas


chaves. Não moramos longe do campus, mas eu prefiro
dirigir. Dessa forma, posso oferecer uma carona para certa beleza que estou
de olho há duas semanas. Sua bunda empinada parece boa o suficiente para
comer enquanto balança seus quadris no campus. E não fui só eu que notei.
Todos os homens na vizinhança a viram. Um sorriso que ilumina todo o
maldito mundo me faz querer vê-lo em seu rosto o tempo todo. Se Brock
soubesse que tenho estado salivando por ela todos os dias, ele me torturaria, e
é por isso que guardei para mim mesmo. Por agora.

Sigo Brock até ao jipe parado na minha vaga no estacionamento. Assim que o
motor ronca, ele liga o som, aumentando o volume até quase ao máximo, e
me pergunto o que aconteceu com a ressaca. A menos que ele tenha tomado
alguns analgésicos. Não pergunto. Em vez disso, acompanho a batida do rock
dos alto-falantes enquanto me misturo no trânsito em direção à escola.

— Quem diabos é aquela? — Brock pergunta quando paro no estacionamento


perto do prédio. Desligo o motor e arrasto meu olhar para onde ele está
gesticulando com o queixo.

Porra.

— Uma pequena coisa que tenho estado de olho nas últimas semanas, —
digo-lhe, um sorriso curvando meus lábios. — O que você acha? — Lancei
meu olhar para Brock, que está olhando para ela.

— Não é ruim. Nada mal, cara, — ele ri.

A garota em questão é pequena, vestida com uma calça jeans rasgada que
abraça suas coxas esbeltas. Sua blusa é branca, justa e oferece uma visão
inebriante de seus seios. A suave pele cor caramelo sugere um bronzeado
natural, e quando ela se vira, tenho um vislumbre da bunda que venho
imaginando na minha frente enquanto a fodo por trás.
— Cara, — Brock grita, — você está ficando com tesão ao meu lado?

— Ele ri, e eu golpeio seu peito.

— Foda-se, Pearson, — eu replico. — Aquele rabo ficaria tão bem no meu


pau, — digo-lhe, ainda abismado com a mulher de longos cachos chocolate
selvagem, que quero segurar na minha mão.

— Podemos compartilhar, — meu melhor amigo diz, e meu olhar se encaixa


no dele. Aqueles olhos azuis que correspondem a todos os garotos Pearson
exibem satisfação e malícia. Quando se trata de mulheres e álcool, Brock é o
primeiro da fila. E ele pode pegar boceta como um quarterback mundialmente
famoso.

— Soa como um plano. Ela é uma caloura, no entanto, —

respondo. — Provavelmente foi advertida sobre nós, veteranos. — Volto


minha atenção para a garota que roubou meu foco. Tudo nela grita inocência
- algo que meu pai me ensinou a querer sempre em uma mulher. Quando
perguntei por quê, ele me disse que é para garantir que você é o único a
corrompê-la, e mesmo que ela possa sair e foder outros caras, você sempre
será a pessoa que esteve lá primeiro.

— Vamos, — diz Brock. Ele está fora do carro em segundos, mas eu não me
movo. Veho-o andar até à garota com uma arrogância que me diz que está se
sentindo confiante demais. Há algo nela que me faz pensar que ela não vai
cair nessa merda.

Não posso ouvi-los, mas sua linguagem corporal é simplesmente gelada na


melhor das hipóteses. Ele se vira, afastando-se da beleza sem me lançar um
olhar. Meu telefone vibra com uma mensagem e, quando olho para a tela,
vejo seu nome.

Rindo, abro o aplicativo e encontro sua mensagem.

Ela é trabalho duro. Sua vez, Fala Mansa Kingston.


Com prazer, penso comigo mesmo.

Saindo do veículo, vou até onde ela ainda está parada, segurando uma pilha
de livros e olhando em volta como se estivesse perdida. Não preciso de muito
tempo para alcançá-la e, quando o faço, o cheiro de coco e de oceano emana
dela. Minhas duas coisas favoritas.

— Uma surfista, — digo, assim que ela vira seus grandes olhos azuis para
mim. São luminosos contra sua pele bronzeada. Ela é exótica e estou louco
para sentir seu gosto.

— E você sabe disso como? — Ela se vira, voltando toda sua atenção para
mim.

Dando de ombros, a examino, desde seus brilhantes chinelos amarelos aos


seus luxuosos cachos. — Primeiro, você está vestida para a praia. — Aponto
para seu traje casual. — E você cheira a coco e a mar. Duas das minhas
coisas favoritas. — Minha avaliação a faz sorrir, e fico impressionado com o
quanto ela é mais bonita quando me dá um vislumbre de sua alegria.

— Então, você ama as ondas também? — Ela enruga o nariz quando olha
para mim, o sol brilhando em seu colar de ouro e um pequeno pingente de
golfinho pendurado entre seu decote.

— Eu tenho uma afinidade por elas, sim.

— E seu amigo? — Ela inclina a cabeça em direção ao caminho que Brock


tomou apenas alguns momentos atrás. — Ele sempre tenta pegar meninas
com cantadas ruins?

— Só quando está de ressaca. — não posso deixar de rir.

Ela é doce, inocente, mas há um sarcasmo que me faz querer mergulhar


muito mais fundo e aprender quem é essa beleza. Quando olho
para ela agora, não vejo uma garota - vejo uma mulher que tem um bom
senso de si mesma.

— Bem, diga a ele que não deveria tentar isso quando beber. Não é atraente.
— Suas palavras fazem outra risada roncar no meu peito.

— Diga-me seu nome e eu vou familiarizar você com Brock. — Eu aponto


para o meu melhor amigo, que está encostado em uma árvore, seus óculos
escuros cobrindo seus olhos azuis.

— Camila, — ela responde, uma sugestão de um sotaque espreitando. Ela é


estrangeira ou algo assim. Explica sua beleza exótica. A maioria das garotas
que nos seguem são bonecas loiras cheias de delineador grosso, corretivo
ainda mais grosso, e tudo falso, porque têm muito dinheiro para gastar na
tentativa de parecer perfeita.

Mas quando olho para Camila, não vejo nada que precise ser encoberto. Ela é
perfeita como é. Vejo beleza em suas roupas casuais e no fato de que ela não
usa maquiagem. É refrescante, diferente, e meu pau concorda, latejando ao
ver seu sorriso.

Uma pequena pinta repousa na maçã da bochecha esquerda. A curva delicada


de seu pequeno nariz se franze quando ela sorri, o que faz seus lábios cheios
e gordos brilharem com a leve camada de brilho nítido sobre eles. Uma
garota normal em um mundo excessivamente falso.

— De onde você é, querida?

— Bem, meu pai se mudou para cá da Espanha quando eu tinha dez anos, —
ela me informa, com um sorriso suave nos lábios. Seus olhos brilham quando
olha para mim.

— Qual é o seu nome? — pergunta, tirando-me dos pensamentos sujos do


que ela poderia envolver com aqueles lábios.

— Ethan, — digo, estendendo a mão. Ela aceita com um sorriso.


— Prazer em conhecê-lo, Ethan. — A maneira como seu sotaque acaricia
meu nome me faz esconder um gemido de desejo e necessidade. Essa mulher
pode me matar choramingando meu nome. —

Você vai me apresentar ao seu amigo agora?

Concordo. — Venha. Ele não é tão ruim quanto você pensa que é.
Capítulo Quatro

Brock

Eu o vejo flertar e não posso deixar de sorrir. Quando a vi, ofereci a opção de
compartilhar e, se sei de alguma coisa, é que meu melhor amigo não pode
recusar um trio com uma mulher bonita.

Começou com uma noite sem planejamento. A química estava lá e eu fui com
ela. Somos jovens, experimentamos e eu gosto disso - ele também. Meus
irmãos têm suas suposições sobre minha sexualidade. Eu sei que eles têm,
mas eles supercomplicaram algo que é bem simples.

Nunca neguei que há algo entre Ethan e eu, mesmo que nunca tenhamos dito
isso em voz alta. Sempre esteve lá e, com o tempo, só se tornou mais óbvio.
Sim, gostamos de foder a mesma mulher ao mesmo tempo, mas nunca nos
aventuramos mais do que isso. Não por conta própria.

Se algo acontecesse entre nós e acabássemos na cama juntos, ou no sofá, ou


em qualquer outro lugar, não diria não. Eu definitivamente gostaria disso.

Quando ele passeia em direção ao prédio com ela ao lado dele, sei que está
no saco. Minha cabeça ainda está batendo quando eles se aproximam de mim,
mas pisco para longe a ressaca violenta e ofereço-lhe um sorriso.

— Oi. — sorrio, observando sua pele bronzeada se tornar um tom mais


escuro com o rubor em suas bochechas.

Ela oferece a mão para mim, cumprimentando em um tom gentil. —

Olá.
— Eu sou o babaca, — digo-lhe, pegando a mão dela na minha, levantando-a
aos meus lábios e pressionando um beijo em seus dedos. —

Mas você vai se acostumar comigo.

— Onde é sua próxima aula? — Ethan revira os olhos para mim, então
arrasta o olhar para ela. Ele está intrigado pela beleza dela, excessivamente.

— Hum... — ela murmura, abrindo uma agenda. — História da Arte.

— Ela olha na minha direção, persistente antes de levantar para o meu olhar.

— Bom, — respondo primeiro. — Ethan, vamos levar a linda senhorita para


sua classe. — Ofereço-lhe o meu braço, que ela aceita após um momento de
hesitação.

Com Ethan à sua esquerda e eu à sua direita, nós a conduzimos para o grande
edifício onde encontramos estudantes circulando. Ela nos conta sobre seu
amor pelo oceano, como veio para cá estudar e surfar, e não posso deixar de
sorrir quando penso em seu corpinho firme em trajes de banho.

— Você vai ter que ir a uma das nossas festas na piscina, — eu ofereço,
olhando para o meu melhor amigo.

Ele concorda. — Nós normalmente as temos uma vez por mês, —

explica, quando paramos do lado de fora da sala de aula. — Sua primeira


aula. — Ethan oferece a ela um dos seus sorrisos encantadores.

— É isso? — Ela parece quase nervosa. Sua inocência é como uma droga que
estou morrendo de vontade de provar.

— Nos veremos depois, certo? — Ethan sorri. Ele sempre foi tão relaxado e
as garotas adoram.
— Isso é legal. Tchau, Brock. Tchau, Ethan. — Ela acena timidamente e nos
deixa encarando sua bunda firme naqueles jeans apertados.

— Jesus, as coisas que eu quero fazer com aquela bunda, — sorrio, meu pau
já pulsando com o pensamento de deslizar entre suas bochechas.

— Vamos lá, cara. — Ethan me puxa para a nossa sala de aula, e longe da
linda menina que estou morrendo para sentir o gosto. — Você é um
prostituto, — meu melhor amigo ri.

— É? Não ouvi você reclamar da última vez que nós...

— Brock, — uma voz sensual vem de trás de mim, e eu estremeço.


Reconheceria esse tom doentio em qualquer lugar. A loira se inclina entre
mim e Ethan, passando os braços pelos nossos e entrando na aula conosco.
Infelizmente, cometi o erro de levá-la para casa uma noite e agora ela está
sempre por perto. Nós nos encontramos em um dos bares do centro enquanto
eu estava procurando alguém para molhar o meu pau. Ela, por outro lado,
está procurando um anel em seu delicado dedinho. Não vai acontecer,
querida.

Ethan se solta, deixando-me para lidar com o meu erro. —

Olha, Monique...

— É Lauren, — ela atira, plantando as mãos em seus quadris como se


estivesse prestes a me repreender. O canto da minha boca levanta em um
sorriso divertido. Foda-se isso.

— Lauren, não estamos juntos e nunca vamos estar juntos, então pare de
tentar, querida, — informo-a, mantendo meu tom baixo, esperando como o
inferno que esteja sendo bem claro.

— Você não precisa ser um babaca, — ela bufa, suas bochechas ficando rosa
brilhante. Meu olhar cai para seus falsos lábios carnudos e
não posso evitar a repulsa que flui através de mim. Ela me lembra das
mulheres que meu pai costumava foder - bonecas Barbie falsas. Por mais que
eu não queira ser como meu pai, sempre acabo na cama com essas garotas
falsas e pegajosas. Não percebo isso até que acordo na manhã seguinte e me
arrependo de cada momento. E nesses momentos, eu só queria ter a coisa real
- uma mulher de verdade que conseguisse manter uma conversa inteligente.

— Confie em mim, querida, eu sei. Sou um idiota. Então, sugiro que você
gire os seus saltos foda-me e me deixe em paz. — Sem mais palavras ditas.
Ela gira o que suponho deveria ser sedutor, mas está longe disso, e eu não
posso deixar de balançar a cabeça. Sento no meu lugar ao lado de Ethan
quando sinto seu olhar em mim. — O quê?

— Nada.

— Não me dê essa merda. Diga o que você quer dizer. — Arrastando meu
olhar para o dele, encontro seus olhos castanhos escuros.

Ele encolhe os ombros, girando o lápis entre os dedos. — Você sabe que está
igual a ele. Você às vezes perde o foco em quem você é.

Suas palavras batem no meu peito. Ele tem razão.

— Foda-se, Ethan.

— Mais tarde. — Ele sorri quando nosso professor entra na sala de aula, e
meu peito aperta na expectativa de que ele estaria disposto que algo
acontecesse entre nós também. Meu pau pulsa no jeans com o pensamento.
Olhando para frente, tento me acalmar, mas sei que nada vai limpar minha
mente dos pensamentos que agora correm pela minha cabeça.
Capítulo Cinco

Ethan

O sol bate nas minhas costas enquanto atravesso a água cristalina, minha
mente cheia de pensamentos de nossa nova conquista -

Camila. Brock está definitivamente interessado, e eu certamente estou, então


precisamos encontrar um jeito de colocá-la entre nós.

A maioria das garotas que compartilhamos estava procurando por isso. Elas
não se importavam em ter ambos - era exatamente o que elas queriam - mas
tenho a sensação de que Camila é diferente. Ela vai precisar de persuasão.
Talvez um encontro com cada um de nós antes de jogá-la no fundo do
oceano.

Penso no papai e em como ele e Eric saíam e encontravam garotas bonitas


para compartilhar. Eu estava em casa algumas vezes quando eles trouxeram
as festas para a mansão. Na época, estava bravo com ele, mas não posso
negar que ele e Eric se divertiam com as mulheres que caíam em suas
cantadas. Ele achava que eu não tinha ideia, mas muitas vezes ouvia uma
mulher gritando do outro lado do corredor, e na manhã seguinte, eu —
acidentalmente— tropeçava em uma das jovens na nossa cozinha. Sempre me
perguntei se eles se veriam novamente.

O que me traz de volta aos meus sentimentos. Ainda não lhe contei sobre
Brock. Pelo menos, não contei a ninguém que sou bi. Papai não se importaria.
Ele não é do tipo que me rejeita por algo tão trivial, mas preciso contar-lhe,
porque a cada dia que estou aqui, morando com meu melhor amigo, percebo
que meus sentimentos estão muito mais
profundos do que esperava. Mesmo que Brock e eu não tenhamos dado esse
passo fisicamente, espero que o façamos.

Há momentos em que eu gostaria que meu pai não tivesse sido tão idiota
enquanto eu crescia. Tempos em que me pergunto o que teria acontecido se
minha mãe estivesse viva, se ela o tornaria mais como pai do que como
sargento. Ainda me lembro de quando ela estava por perto, como o fazia
sorrir.

Aqueles tempos eram meus favoritos.

Mesmo que Kristyn tenha chutado o rabo dele, não achei que ele mudasse,
mas com minha irmãzinha, Brynn, ele se tornou novamente o pai que eu
lembro. Passa muito mais tempo em casa, o que é um bom sinal. Mas não
tenho ido para casa há algum tempo, o que preciso corrigir em breve. O
problema é que eu preciso abordar o assunto com Brock.

— Com que diabos você está sonhando? — Falando do diabo.

— Eu estava pensando em bater o seu rabo nesta onda, — eu grito, enquanto


deito de frente na minha prancha, meus braços trabalhando duro para me
aproximar. Levanto ficando de pé, em segundos, assim que ela atinge o
cume, e Brock está ao meu lado, pegando a onda.

É aqui que ele é mais ele mesmo do que em qualquer outro lugar.

Seus olhos brilham de felicidade. Ele fica despreocupado e relaxado. E isso


me deixa feliz. Quando chegamos à costa, fico na minha prancha, com as
pernas penduradas nas bordas enquanto ele se vira para me olhar. — Estamos
indo para Kula?

O lugar é uma pequena choupana não muito longe de onde estamos surfando.
Quando ele me oferece um sorriso, um que conheço muito bem, eu aceno.
Ele tem algo em mente.
Caminhamos, molhados, em direção ao pequeno café. Depois de cravar a
ponta das nossas pranchas na areia, eu o sigo até ao balcão, onde ele pede
duas águas de coco e dois pratos de batatas fritas.

Uma vez que estamos sentados, questiono-me se é hora de lhe perguntar


sobre ir para casa por um fim de semana. Temos um feriado chegando e ver o
resto da família será bom, não só para ele, mas para mim também. Meu pai
mencionou que Hayden queria ter uma reunião em breve.

— Eu estive pensando, — começo, levantando a garrafa e tomando um longo


gole, — devemos ir para casa por um tempo. — Minhas palavras impedem
Brock de tomar um longo gole de sua bebida. — Só por um fim de semana ou
algo assim, — eu ofereço. — Quero que falemos com meu pai e precisamos
conversar com seus irmãos.

— Sim, — ele responde finalmente. — Podemos voltar em algumas semanas,


mas não sei se informá-los que quero morar aqui permanentemente, com
você, é uma boa ideia.

— Porquê? Nós somos amigos. Não somos? — Eu questiono.

Ele encolhe os ombros. — Não sei se eles vão aceitar a situação.

— Somos uma situação, Brock?

— Não, quero dizer… porra, eu só não quero que eles fiquem bravos, ou
alguma merda. Você sabe? Hayden não ficou feliz por eu querer estudar tão
longe de casa e morar aqui permanentemente... — sua voz diminui, e sei
exatamente o que ele quer dizer - finalmente teríamos que falar sobre nossas
emoções ou o que está acontecendo entre nós, porque definitivamente há algo
entre nós. Ele olha para mim, seus olhos segurando toda a emoção que está
sentindo - que eu estou sentindo.
— Dois pratos de batatas fritas, — uma voz doce familiar vem em direção a
nossa mesa, interrompendo a conversa. Nós dois olhamos para cima, e lá, em
um avental branco, está a nossa beleza desta manhã. — Oh, oi. — Ela sorri,
fazendo meu peito doer. Quando olho para Brock, ele está sorrindo de orelha
a orelha.

— Baby, — ele arrulha, — maldição você está muito bem nisso. —

Seus olhos azuis percorrem sua forma delicada, apreciativamente, e não


posso deixar de sorrir. Essa beleza exótica definitivamente chamou sua
atenção.

— Coma suas batatas fritas, — ela resmunga, colocando os pratos sobre a


mesa na frente de cada um de nós. Nós dois a assistimos sair andando, seus
quadris balançando levemente, e me pergunto se ela está gostando de deixar
nossos caralhos duros. Porque eu sei que o meu definitivamente está.

— Precisamos trazê-la para nós, — ele me diz, voltando-se para encontrar o


meu olhar escuro. Minha sobrancelha arqueia por sua insistência. — O quê?
Com ciúmes? — brinca. Se alguma vez eu tivesse ciúmes, não seria disso.

— Você é um idiota, — digo-lhe, colocando uma batata frita na minha boca.

— Você ama meu pau, — ele brinca enquanto afoga seu almoço em ketchup.

— E você ama o meu, então estamos quites, — replico com um sorriso.

Ele dá de ombros antes de devorar suas batatas fritas. O desejo tácito entre
nós está no ponto máximo. Talvez eu deva fazer a jogada. Se
eu fizesse isso, a pressão acabaria. Nossa brincadeira lúdica não é mais
apenas diversão, tornou-se mais.

***

Não vimos Camila novamente antes de deixar o café, e eu deveria ter


perguntado se ela mora perto. A festa que estamos planejando é neste fim de
semana, e quero ter certeza de que ela estará lá. Meu telefone vibra,
arrastando minha atenção para longe do projeto em que estou trabalhando.

Levi.

— Ei, pai, — saúdo depois de aceitar a chamada.

— Como está a escola? — Ele questiona rudemente, e me pergunto se a


empresa está lhe causando insônia. Ou se há algo mais que o incomoda, então
percebo o que virá em breve - o aniversário da morte da minha mãe.

Suspirando, me acomodo na minha cadeira e respondo. —

Bem. Estamos pensando em voltar para casa em algumas semanas, assim que
tivermos uma folga.

— Acho que você deveria, — diz ele. — Sei que Kristyn gostaria de ver
você, e Brynn precisa lembrar como seu irmão se parece. — Eles ficaram
divididos entre os nomes logo antes de Kristyn dar à luz, mas assim que ela
nasceu, o nome Brynn surgiu. Tem um bom som nele. Brynn Kingston. Ela
tem apenas seis meses e já envolveu meu pai em seu dedo mindinho.
Eu aceno porque sinto falta da pequena munchkin4. — Sim. Vou levar-lhe
algo da loja no caminho. Vou perguntar a Kristyn o que ela precisa.

— Bom, — papai resmunga. — Como está Brock? — Seu tom suaviza.


Tenho certeza de que todos em casa pensam que somos um casal, ou pelo
menos suspeitam disso.

— Ele está bem. Você sabe, ainda sendo um idiota.

— Cuidado com a boca e não amaldiçoe perto de Brynn quando você chegar
aqui, — ele grunhe, sempre o pai amoroso.

— Ela é um bebê, não...

— Você vai respeitar ela e Kristyn, — retruca. Jesus, meu pai pode ser um
idiota às vezes.

— Sim, eu sei, pai.

— Diga oi para Brock, — me diz. — Deixe-me saber quando você virá para
que eu possa ter certeza que o quarto de hóspedes esteja arrumado para ele.

— Eu aviso. Tchau, pai. — desligo, sabendo que ele queria dizer que Kristyn
vai garantir que tudo esteja pronto para a nossa visita. Assim que Eric foi
assassinado, e eles encontraram o corpo da mãe de Brock em seu quintal,
meu melhor amigo praticamente se mudou para nossa casa. Ele viveu lá por
tanto tempo, que se tornou parte da nossa família.

Volto minha atenção para a tela, me concentrando. Se essa merda não for
feita, vou tirar uma nota ruim, e essa é a última coisa que eu preciso ouvir
Levi reclamar.

4 Os Munchkins são os nativos do fictício País Munchkin nos livros de Oz


do autor americano L. Frank Baum. Aparecem pela primeira vez no clássico
romance infantil The Wonderful Wizard of Oz (1900), onde recebem Doroty
Gale em sua cidade Oz. Os Munchkins são descritos como sendo da mesma
altura que Dorothy e usam apenas tons de roupas azuis, já que o azul é a cor
favorita dos Munchkins.
Capítulo Seis

Brock

— Então, cada um de nós vai a um encontro com ela? — pergunto a Ethan


depois que ele me conta seu plano. É verdade, tenho que concordar. Ela não é
como as garotas que normalmente levamos para casa, então talvez ele tenha
razão.

— Acho que vai fazê-la se sentir mais confortável com a gente e, em seguida,
gentilmente empurrá-la na direção de um trio, — diz ele, soando como se
estivesse planejando isso.

— E eu vou primeiro? — Ele balança a cabeça. — Ok. — Dando de ombros,


desço os degraus enquanto ele anda até ao jipe. O pátio está cheio de
estudantes, mas eu a vejo no meio da multidão. Quando chego a Camila,
bato-lhe no ombro e ela pula. — Ei, menina, apenas eu. —

Ofereço um sorriso, e ela cora.

— Ei, eu achei que você já tivesse saído, — ela me diz.

— Não, nós tínhamos um teste para terminar. — Minha explicação é recebida


com um aceno de cabeça. — Escute, eu estava pensando, nós deveríamos
fazer um jantar, na nossa casa? — sei que não foi o que Ethan sugeriu, mas
formulei outro plano. Em vez de fazer isso separadamente, ela deve se
acostumar conosco juntos.

— Certo, quando?

— Esta noite? Eu, você e Ethan — digo-lhe, apontando para o jipe. Posso
sentir os olhos do meu melhor amigo em mim, me queimando. — Nós
gostaríamos de conhecer você.
— Isso soa bem. Envie-me o endereço, — ela me diz com um daqueles
sorrisos largos, seus olhos brilhando de excitação.

— Claro que enviarei, querida. — Eu me inclino, colocando um beijo suave


em sua bochecha, deleitando-me com sua pele macia. Assim que escorrego
no assento ao lado de Ethan, ele se vira para mim, mas antes que possa dizer
qualquer coisa, explico: — Decidi que um jantar tranquilo com a gente é
melhor.

— Talvez você esteja certo, — ele diz, ligando o carro. Não posso esconder o
choque no meu rosto. Às vezes, nós discutimos sobre meus métodos, mas
agora, estou sorrindo como um idiota porque ele realmente concorda comigo.

— Você vai fazer o jantar? — pergunto, observando-o pelo canto do olho.


Sua mão descansa casualmente no volante, a outra na coxa, batendo com a
música.

— Sim. O que você quer? — Ele ri. — Acha que se eu fizer alguma massa
ela vai ficar impressionada e nos oferecer seu corpo doce?

— Ah! Você está soando cada vez mais como eu o tempo todo, —

eu rio.

— Se você não pode vencê-los, junte-se a eles, — ele responde, lançando um


de seus olhares calorosos em mim antes de voltar sua atenção para a estrada.
Estamos chegando ao apartamento quando meu telefone toca. Olho para a
tela e o nome de Hayden pisca para mim.

— Ei, — eu respondo, pressionando o telefone no ouvido.

— Brock, — meu irmão diz em um tom que combina com o do meu pai.
Desde que ele assumiu a empresa, mudou um pouco, e é por isso que eu
nunca quis fazer isso. Nunca me vi de terno e gravata todos os dias sentado
atrás de uma mesa.
— Como você está?

— Bem. Queria saber quando você está planejando voltar para casa,

— ele diz facilmente. — Estou planejando uma reunião de família e tenho


certeza de que Erica sente sua falta. Nixon e Rowan dizem que ela está
dizendo algumas palavras aqui e ali. Eles ficaram animados quando ela disse
o que pareceu ser o seu nome. — Com a menção do nome da minha
irmãzinha, meu coração se expande com amor. Ela é incrível. Nunca achei
que ficaria confortável com ela por causa do relacionamento de meu pai e de
Rowan. Havia certa tensão sobre eles estarem juntos. Mas Erica é inocente
em toda essa merda, e nunca poderia culpá-la pelas apreensões do pai.

— Na verdade, — digo a ele, olhando ao meu lado em olhos escuros, —


Ethan e eu estávamos planejando ir em breve.

— Você e Ethan? — A maneira como ele pergunta me diz que suspeita de


algo que meu melhor amigo e eu já sabemos.

Há mais entre nós do que apenas amizade.

O canto da boca de Ethan se ergue em um sorriso. Ele coloca a mão na minha


coxa, acariciando-a lentamente. Balançando a cabeça, limpo minha garganta
e tento me concentrar.

— Sim. Nós queremos voltar para casa, — sufoco quando a mão do meu
melhor amigo encontra minha virilha. Meus jeans estão ficando
insuportavelmente apertados quando ele aperta meu pau através do material,
fazendo um gemido roncar no meu peito. Meu coração bate nas minhas
costelas enquanto o desejo queima através de mim, aquecendo meu sangue,
fazendo meu pau endurecer. Claro, nos tocamos em ocasiões em que levamos
garotas para a cama, mas esta é a primeira vez que somos apenas nós.
Óbvio que, sendo Ethan, ele escolheria o momento exato em que estou no
telefone com meu irmão para fazer um movimento. Ele está fazendo um
movimento, certo? Ou ele está zoando comigo? Viro meu olhar para ele,
afastando sua mão, mas sua resposta é uma risada baixa.

Ele não me olha diretamente, e tenho certeza que está apenas brincando
comigo, até que finalmente encontra o meu olhar. Os olhos escuros de Ethan
queimam com luxúria. Por mim. Meu pau pulsa em seu aperto com a fome
em seu olhar.

— OK. Traga Ethan para jantar, — Hayden diz calmamente -

um pouco calmo demais. Ele sabe. Eu sei que ele sabe. Meu irmão não é
burro.

— Sim, claro. Ele vai amar isso, — respondo-lhe enquanto Ethan massageia
meu pau sólido como pedra através do material que me separa da mão dele.
Minha mente gira enquanto tento me concentrar na conversa com meu irmão.

Porra, estamos fazendo isso. Ele está fazendo isso. Não há brincadeira. Meu
melhor amigo está acariciando meu pau através do meu jeans e não há uma
mulher à vista.

— Quando Cam está vindo para cá? — Pergunto, esperando conseguir os


detalhes da visita do meu irmãozinho na tentativa de distrair o meu desejo
crescente.

— Ele está voando em algumas semanas para uma competição de debates na


SoCal. Vou te mandar a data para que ele possa passar na sua casa ou ficar lá.
Isso é bom para você? — Hayden assume um tom formal quando fala sobre
os outros irmãos. Ele teve que crescer muito rápido, cuidando de nós e dos
negócios antes que tivesse a chance de viver sua vida.
— Parece bom. Eu vou buscá-lo no aeroporto, — respondo ao meu irmão. —
Tenho que ir, — digo, enquanto a boca de Ethan encontra o lóbulo da minha
orelha, mordendo com força. Soltando meu telefone no console, volto minha
atenção para ele, agarro o cabelo escuro na sua nuca e trago sua boca para a
minha. Nossos lábios pairam muito perto, o calor das nossas respirações se
misturando e, por um momento, tudo silencia. Ele espera que eu faça o
próximo movimento, oferecendo-me um segundo para parar isso, mas não
posso. Eu quero isso. Eu o quero. Não há como repensar o caminho em que
estamos.

Nunca tive tanta certeza de nada na minha vida.

Com um gemido, movo aqueles poucos centímetros em direção a ele,


encontrando-o o resto do caminho, ansioso pela linha que estamos prestes a
atravessar.

Nossos lábios se moldam juntos, o calor queimando através de mim, sua mão
ainda me apertando enquanto a minha livre encontra seu eixo rígido. O calor
me consome, selvagem e incinerador. Então, rapidamente, ele me leva ao
ponto em que sinto que posso explodir. Ninguém nunca teve um efeito tão
intenso sobre mim.

— Eu vou me perder, — rosno, e sua língua mergulha na minha boca


enquanto a minha duela de volta com igual ferocidade.

Somos apenas bocas, mãos e línguas, e agradeço a Deus que estamos


estacionados no subsolo para que ninguém possa nos ver. Um rugido
profundo vibra através do peito de Ethan quando chupo sua língua quente
com força, mordendo e arrastando meus dentes ao longo do comprimento.

Porra, estamos fazendo isso. Estamos finalmente fazendo isso.


— Vamos levar isso lá para cima? — Eu assobio quando ele aperta meu eixo
de aço com força através do jeans. Minhas bolas latejam com a necessidade
de gozar.

— Foda-se, sim, — ele rosna como um animal, e pulamos do carro para o


elevador. Não sei o que deu nele, mas não estou reclamando.
Capítulo Sete

Ethan

Chegamos ao apartamento e já estou tirando minha camisa. A de Brock está


no chão no segundo seguinte, e então sou pressionado contra a parede ao lado
da nossa porta, seu peito tonificado, abdômen esculpido e pele lisa contra o
meu.

Finalmente. Porra, finalmente.

O calor do seu beijo me queima até à alma. Eu sabia isso. Sempre soube
disso, mas nunca admiti. Só me permiti pensar sobre isso. Eu sabia que um de
nós tinha que fazer a jogada. E decidi que seria eu. Por que escolhi fazer isso
enquanto ele estava falando com seu irmão está além de mim, mas eu fiz isso,
e ele não me afastou. Sua carranca, aquela tensão que une seus músculos me
fez querer vê-lo sorrir, e a única coisa que consegui pensar foi em tocá-lo,
senti-lo duro na minha mão.

Nós já fodemos antes com uma garota entre nós, mas isso é diferente. Eu o
quero. Sozinho. Apenas nós dois. Enquanto suas mãos percorrem cada
cavidade e cume do meu peito e estômago, percebo que sempre o quis e nada
vai mudar isso.

— Isto é...

— É. — Suas mãos encontram o meu cinto, desfazendo-o e a mim no


processo. Não estou mais confuso com o que quero. Eu sei que ele sempre
estará na minha vida. Uma vez que o couro é retirado da minha calça jeans,
começo a trabalhar na dele, puxando-o das calças e jogando-o no chão com
um barulho alto.
— Brock, — eu respiro, inalando-o quando ele está diante de mim, ambos os
nossos jeans desfeitos. Estamos uma bagunça, cheios de necessidade e fome.
— Isso não é um trio, uma foda, uma noite só.

— Não, — ele concorda com um aceno de cabeça. — São nossas vidas.

— Você quer isso? — Empurro meu jeans para baixo e saio deles, mas não
baixo o meu olhar. Estou trancado nele. Meu pau está grosso e duro em
minha boxer, pronto para algo - para ele.

Ele remove seus jeans facilmente, permitindo que eles se agrupem no chão, e
vejo quando ele sai deles.

— Eu sempre quis isso, — afirma, afeto e luxúria, ambos presentes em seu


olhar aquecido. Meu peito dói, apertando com emoção a sua confissão. Eu
apenas admiti isso para mim mesmo, que também queria.

Parece certo, e eu aceno.

Brock se aproxima de mim. Somos dois homens que precisam um do outro -


dois garotos que cresceram juntos como um só - e agora estamos dando um
passo do qual nunca mais poderemos voltar. E eu nunca mais quero voltar.

Caindo de joelhos, puxo a cueca de Brock para baixo e pego seu pau duro,
nunca querendo algo tanto como isto na minha vida. Minha mão o segura
com firmeza e começo a movê-la devagar, para cima e para baixo,
masturbando meu melhor amigo. A excitação brilha na ponta e me inclino
para ele - algo que nunca fiz antes.

O suco salgado reveste minha língua enquanto o chupo na minha boca, bem
devagar. Meu olhar se fixa no dele, encontrando aquelas esferas azuis. Eu o
levo mais fundo, me deleitando com sua dureza sedosa na minha língua. Um
gemido de Brock ressoa em minha direção, seus
olhos brilhando com desejo desenfreado. Eu o vi foder, o vi fazer a mulher
gritar seu nome, mas isso... É muito mais.

— Toque-se, — ele implora, sua voz rouca e gotejando com a sedução que
normalmente oferece às garotas que sorriem para ele. Minha mão segura meu
pau, acariciando-o, sentindo-o e eu pulso com prazer.

Movo minha boca para cima e para baixo, mais e mais rápido, até que ele
agarra meu cabelo, me segurando firme. Permitindo que minha boca saia de
seu pênis, ele sorri para mim e balança a cabeça.

— Minha vez, — ele oferece, e eu me levanto, encostando-me na parede


mais uma vez. Brock cai de joelhos, e sua boca quente engole meu pau.
Minhas bolas apertam, e eu quase gozo em sua boca, mas respiro através da
sensação. Tudo neste momento parece bom demais. Seus lábios ao redor do
meu eixo. Seus olhos nos meus. Seu corpo magro ajoelhado diante de mim.

A visão é do outro mundo. É foda intensa. Nunca experimentei isso antes.


Nenhuma garota fez meu corpo estremecer de necessidade tanto quanto ele.

— Brock.

— Na minha boca, — ele diz, em seguida, me leva até sua garganta. Olhos
azuis brilham e eu não posso me segurar. Meu corpo se sobrepõe à minha
mente enquanto atiro jato após jato de gozo na boca do meu melhor amigo.

Ele engole cada gota de porra antes de levantar novamente, e eu reclamo a


minha vez de novo, engolindo-o o máximo que posso em minha garganta.
Minha mão sacode a base de seu pênis, vejo com admiração quando ele se
torna eufórico, grunhindo de prazer.
A linha entre o que tínhamos e o que tão claramente queríamos foi
atravessada. Brock e eu demos um passo do qual nunca mais poderemos
voltar. Meu peito está apertado de emoção, de euforia, e não sei o que
faremos em seguida. Mas mal posso esperar.
Capítulo Oito

Camila

Quando estou perto do apartamento, há borboletas no meu estômago. Elas


estão vivas e atacando impiedosamente. Não tenho certeza do que eles
esperam ou do que planejaram, mas me sinto ansiosa para saber mais sobre
os dois.

Minhas mãos estão trêmulas, as palmas suadas. Parece clichê, mas todas as
emoções que Brock e Ethan provocaram em mim me deixaram tremendo. Eu
ouvi rumores sobre eles. Quando mencionei o nome de Brock para uma das
minhas colegas de classe, ela disse que eles têm uma reputação de
compartilhar meninas, e eu me pergunto se é isso que eles querem comigo.

Eu me convenci a vir aqui porque gosto deles. Não estive em muitos


encontros. Inferno, eu só tive dois namorados - um quando eu tinha dezesseis
anos e o outro apenas um ano atrás, quando fiz dezoito anos. Namoramos por
alguns meses antes de terminarmos.

Quando penso sobre Brock e Ethan, no entanto, me pego sorrindo como uma
idiota, como se eu estivesse animada por estar me aventurando em um
caminho que nunca pensei em tomar. Algo novo e diferente. Imaginando
como isso funcionaria com os dois, inalo profundamente tentando acalmar
meus nervos, o que não ajuda em nada, duvido que qualquer coisa possa
ajudar nesse estágio.

Os caras não estavam nos meus planos porque eu queria focar nos estudos,
mas também quero me divertir e aproveitar o meu tempo aqui. Quem vai
dizer que não posso ter tudo? A princípio, achei que
gostava de Ethan, mas depois Brock apareceu e agora estou confusa. Gosto
de ambos. E parece que eles estão bem com isso.

Penso, porquê escolher se posso ter os dois? Isso me faz gananciosa?

Possivelmente.

Levanto minha mão e pressiono a campainha do apartamento deles. Assim


que a porta se abre, fico sem fôlego. Ethan está vestido com uma camiseta
verde lisa e um par de jeans azul que o fazem parecer relaxado, mas sexy.
Seu cabelo está penteado para trás, exibindo seus olhos escuros. Há
momentos em que seu cabelo cai em seu olho esquerdo, fazendo-o parecer
mais inocente do que tenho certeza que ele é.

— Ei, — cumprimenta, pegando a minha mão e levando-me para dentro.

— Uau. — Um suspiro de choque cai dos meus lábios. O lugar é incrível. O


mobiliário moderno, juntamente com o esquema de cores branco e cinza, faz
o espaço parecer enorme, mas é a parede de janelas que dá para o oceano que
chama a atenção.

— Sim, é o nosso pequeno pedaço do céu, — Ethan me diz com orgulho.


Sigo-o até à sala de estar, onde reparo nos sofás pretos e no carpete vermelho
felpudo sob uma mesa de centro de vidro. Quem diria que os caras poderiam
ser tão arrumados?

— Sim, eu posso ver o porquê, — digo a ele.

Viro-me para encontrá-lo olhando para mim. O vestido que escolhi é na


altura das coxas, preto, e abraça meu corpo magro. Sempre tive vergonha do
meu corpo. Não sou encorpada como a maioria das garotas,
com minha cintura fina e peitos pequenos. Mas há uma apreciação no olhar
de Ethan que me faz corar.

— Você está incrível, — ele finalmente murmura, se aproximando de mim.


Meu estômago despenca quando levanta meu queixo com o dedo indicador.
Ele não se inclina, não me beija, só me oferece um sorriso.

Alguém pigarreia e dou um passo para trás, assustada. Quando me viro,


encontro Brock a centímetros de mim, com um sorriso malicioso nos lábios.

— Começaram a festa sem mim? — Ele brinca, inclinando-se, sua boca está
tão perto da minha, mas não toca.

— Não exatamente, — Ethan responde por mim, acalmando a tempestade


que parece estar se formando entre nós três. Está claro que ambos querem
isso - me querem. — Estamos felizes por você ter vindo esta noite.

— Obrigada, — eu ofereço ao homem de olhos escuros um sorriso.

Porque é isso que ele é, um homem. Ambos são.

Suas mãos encontram as curvas de meus quadris e ele me puxa para mais
perto. Seus lábios encontram os meus em um beijo suave e ainda assim
abrasador. Sua língua pede entrada com uma sonda gentil, e eu dou-lha.

Eu queria beijá-lo desde que ele andou até mim há alguns dias atrás, mas
nada poderia ter me preparado para as borboletas descontroladamente
vibrando no meu estômago. Ele tem gosto de refrigerante e doce - e quero
muito mais.

— Diga-me se isso está certo? — Ethan questiona, seu olhar implorando.


Eu aceno e é tudo o que ele precisa. As mãos de Ethan permanecem nos meus
quadris enquanto a mão forte de Brock cobre minha bochecha e seus lábios
pousam nos meus, me beijando tão profundamente quanto Ethan. É
inebriante estar entre dois homens fortes. Está tão longe da minha zona de
conforto, sinto-me tonta quando ele finalmente se afasta.

— Vamos comer, — Ethan anuncia, e o brilho em ambos os olhares me diz


que eles não estão pensando em comida neste momento. Ele nos deixa na sala
e vai para a cozinha. O som dos pratos sendo manuseados ecoa pelo espaço
enquanto ele prepara a mesa de jantar.

A mão de Brock passa pelo meu braço, arrastando minha atenção para ele.
Com um sorriso torto, ele me diz: — Se alguma coisa parecer desconfortável,
você nos avisa, ok?

— Aviso.

— Promete? — Ele está falando sério, tão sério, e isso faz meu coração
disparar.

— Prometo, eu vou te dizer e a Ethan.

Ele balança a cabeça, plantando um beijo na minha testa, em seguida, coloca


seus dedos nos meus. Seguimos o barulho na cozinha para encontrar Ethan
terminando alguma coisa no fogão. Quando ele se vira para mim, oferece
uma piscadela antes de eu estar sentada com Brock.

Momentos depois, estamos todos à mesa, pratos cheios e dois pares de olhos
em mim. — Conte-nos sobre você, — diz Ethan, um brilho curioso em seus
olhos.

— Bem, eu tenho uma irmã, e não sou exatamente o tipo que sai, então gasto
a maior parte do meu tempo lendo ou surfando, — eu começo, enchendo meu
garfo com macarrão antes de colocá-lo na minha
boca. Quando os sabores tocam minha língua, não posso deixar de gemer de
prazer. — Isso está incrível.

— Eu aprendi a cozinhar enquanto crescia, — Ethan me diz. —

Minha mãe... — suas palavras desaceleram, e tenho a sensação de que ele vai
me dizer algo ruim. — Ela morreu quando eu era muito jovem, — ele
continua depois de tomar um gole do refrigerante ao lado de seu prato.

— Sinto muito.

Ele sacode a cabeça. — Tudo bem. Quer dizer, meu pai foi bom para mim,
apesar de muitas vezes não nos entendermos.

Assentindo em compreensão, percebo que tenho algo em comum com ele.


Meus pais não entendem porque eu não quero trabalhar no campo da
medicina. Mas nunca foi algo que me interessou. Eu os admiro, e toda a
equipe médica, mas não é para mim.

— E você? — questiono Brock, que está silenciosamente comendo seu jantar.


Aqueles olhos azuis estalam em minha direção, encontrando os meus. — E
sua família?

— Quatro irmãos, um mais velho, dois mais novos. Minha mãe e meu pai não
estão mais por perto. — Quando ele diz isso, meu coração dói. Há uma
tristeza em seu olhar que entristece meu peito. — Não há realmente muito
para contar. — Ele dá de ombros, e eu posso ver a dor em seus olhos. Não
insisto, permitindo que o assunto mude quando Ethan me pergunta sobre o
que eu pretendo fazer depois da faculdade.

— Quero trabalhar por mim mesmo. Gostaria de oferecer aos clientes


conselhos de marketing e ajudá-los a iniciar seus negócios.

— Legal. — Ele sorri, e mais uma vez, meu estômago revira.

Ficamos em silêncio por um tempo, comendo nosso jantar, e não posso


deixar de observar os dois garotos. Eles são tão diferentes, tão
opostos um ao outro. Observo-os em silêncio enquanto eles pedem um ao
outro por objetos da mesa - seus toques, sorrisos, olhares. Existe uma
conexão entre eles.

— Vocês dois...? — começo, sem saber o que dizer ou como perguntar. —


Quero dizer, eu sei... — Eu nunca estive tão nervosa em perguntar algo antes.
Minha família é bastante preconceituosa quando se trata de certas coisas,
certos estilos de vida, o que me deixa triste, mas eu acho que é incrível
quando as pessoas se amam sem escrúpulos.

— Ainda não estamos juntos, mas nos importamos um com o outro. Se é isso
que você queria saber. — Ethan me tira da minha miséria com a resposta
dele.

Assentindo, eu sorrio. — Sim, quero dizer... Eu só... Há claramente carinho


na mesa e sua casa não é o que eu estava esperando.

— Confie em mim, nem sempre é tão limpa, — Brock diz. —

Normalmente, há roupas em cada peça de mobília. — Ele ri, o som é leve e


despreocupado, e pela primeira vez desde que eu o conheci, vejo um Brock
diferente.
Capítulo Nove

Brock

Ela olha para mim estranhamente por um momento. Não de um jeito ruim,
mas quase como se ela estivesse tentando me decifrar. A única pessoa que já
foi capaz de fazer isso é Ethan. Seus olhos são únicos, quase em forma de
gato, e são azuis, mas não como os meus. Os dela são profundos, sem fim e
me lembram do oceano.

— Então, — ela começa, um rosa suave em suas bochechas enquanto ela


cora, e eu sei que ela vai perguntar sobre sexo. — Vocês dois sempre
compartilham?

— Nem sempre, apenas quando a mulher é extraordinária. — O

elogio de Ethan faz com que suas bochechas escureçam ainda mais. Ela é
linda pra caralho. Muitas vezes, ao longo dos anos, eu estive com garotas,
mulheres, e eu diria que elas eram gostosas, ou comíveis, ou algo assim, mas
Camila não é nenhuma dessas coisas.

Ela é de tirar o fôlego.

O pensamento me detém por um momento.

Sendo como meu pai, eu sempre fui do tipo “foder e largar”, mas com ela,
acho que posso me tornar um viciado em seu gosto, seu sorriso e nessa pele
caramelo incrivelmente sexy. Imagino que ela tenha um gosto muito doce.

— Não sou puritana, mas nunca estive com dois caras, — ela sussurra. Não
há julgamento, apenas inocência pura.

— Você é...? — Eu quero perguntar se ela é virgem, tomar a dianteira, mas


não consigo encontrar as palavras.
Ela sacode a cabeça. — Não, eu quero dizer, eu tive namorados. —

Ela sorri timidamente, seus longos cílios escuros tremulando contra as maçãs
de suas bochechas. Jesus, ela é incrível.

— Então vamos devagar, — Ethan confirma com um aceno de cabeça.

Ela sorri, e meu coração se enche com algo que eu só sinto quando estou com
Ethan. Estranhamente, isso não me faz temer o que sinto, é quase libertador.
Talvez tenha sido assim que meu pai se sentiu quando olhou pela primeira
vez para Rowan. Eu certamente nunca me senti assim sobre a minha ex-
namorada. Quando o pai a “roubou” de mim, não fiquei realmente
machucado sobre isso. Consegui o carro que me prometeu e ele ficou com a
garota. Meu orgulho sofreu um golpe por cerca de um dia, mas toda vez que
eu acelerava o motor, sabia quem realmente tinha vencido.

Camila pega sua bebida, engolindo o vinho, olha para Ethan, então encontra
meus olhos azuis com os seus azuis. Seus lábios estão molhados com o
líquido vermelho, e estou tentado a lambê-los, sugá-los e fazê-la choramingar
enquanto mordo a carne gorda.

Meu pau engrossa com a visão enquanto os pensamentos caem em minha


mente. Porra.

Abaixo os olhos, concentrando-me na comida até o prato estar vazio,


deixando Ethan e ela conversando sobre as aulas e seu amor pelo surfe. Vejo
todas as nuances, todos os sorrisos e lampejos enquanto ela fala sobre seu
amor pelo oceano.

Camila se levanta e leva seu prato para a cozinha. Quando regressa, vai até à
janela para ver as ondas à distância.
— Que tal relaxarmos na sala de estar por um tempo? — sugiro uma vez que
todos os pratos estão limpos e as taças de vinho vazias.

— Certo. Não posso ficar fora até tarde, no entanto. Meu pai não vai gostar,
— Camila nos informa.

Empurro minha cadeira para trás, levantando-me e indo em direção a ela. —


Ele é muito rigoroso? — pergunto, lembrando-me de como Levi e meu pai
nos permitiram viver nossas vidas da maneira que queríamos. Na maioria dos
dias, eles provavelmente não sabiam onde estávamos.

— Sim, apenas um pouco. Eu sou a mais nova, — ela me diz.

— Ah, o bebê, — Ethan provoca, ganhando um olhar mal-humorado. Eu rio.


Ela é fogo e calor, e eu me inclino para dar um beijo em sua testa. Ela inclina
o rosto e seus olhos encontram os meus. Há desejo lá, lindo e brilhante. Ethan
se junta a nós, suas mãos segurando seus braços nus, os meus em seus
quadris. Estamos mais uma vez a protegendo, mantendo-a entre nós onde, em
algum lugar lá no fundo, eu sei que ela deveria estar.

— Posso pedir uma coisa? — O tom dela é ofegante, deixando claro que ela
adora ficar entre nós.

— Claro. — Eu aceno.

— Vocês... Vocês podem... — ela balança o olhar entre nós, —

beijar-se?

Sua pergunta me deixa imóvel por um momento. Essa era a última coisa que
eu esperava que ela dissesse. Olho para o meu melhor amigo e ele dá de
ombros. Após o nosso avanço recente, isto será um passeio no parque. Eu me
afasto de Camila e vou em direção a Ethan, mas pelo canto do meu olho, vejo
seus lábios cheios se abrir em um suspiro quando Ethan
aperta minha nuca, puxando-me para mais perto. Áspero, vigoroso e puro
macho alfa.

Nossos lábios se entrosam depois de um momento, e não posso parar o


rosnado que isso provoca. Sua respiração engata ao meu lado, e posso sentir
seus olhos nos queimando, me cauterizando, chamuscando-o. Ela gosta disso.

Minha língua duela com Ethan, quente e úmida. Meu pau lateja, endurecendo
por ele - pelo meu melhor amigo.

Nossos corpos estão pressionados. Duros e inflexíveis. Carentes e devassos.


Quando abro meus olhos, encontro o olhar de Camila cheio de admiração e
desejo.

— Você está gostando de nos ver, menina travessa? — pergunto-lhe.

— Sim, — responde timidamente, suas bochechas ficando rosa. Seus lábios


se abrem quando pego seu queixo, levantando a cabeça para que seus olhos
estejam nos meus.

— Você está molhada, menina? — Minha pergunta a faz corar, a cor


deixando seu rosto e pescoço carmesim. — Você está. Essas calcinhas
provavelmente estão encharcadas por nós, — mexo com ela, ganhando um
sorriso.

— Toque sua calcinha bonita para nós, baby, — diz Ethan, sua voz baixa,
pingando desejo. A corrente elétrica ao nosso redor está me consumindo e
estou perdido nesta cena.

— Vá em frente, menina, — eu a encorajo.

Ela timidamente move a mão para baixo do seu corpo magro em direção a
sua boceta. O gemido de Camila faz meu pau pulsar e seus dedos delicados
desaparecem entre suas coxas.
— Por dentro da calcinha, quero ver o quanto você está molhada, —

digo-lhe.

Suas pernas caramelo estão à mostra, e eu quase perco todo o controle


quando ela puxa seus dedos para longe e eles estão brilhando com sua
excitação.

— Porra, menina — rosno, inclinando-me para capturar seus dedos na minha


boca. Seu gosto é doce, picante, como caramelo salgado. Tudo o que
imaginei e mais. Delicioso pra caralho. Depois de limpar seus dedos,
pressiono um beijo de boca aberta em Ethan, permitindo que ele a prove de
mim.

Faz apenas alguns dias desde que conhecemos a pequena beleza espanhola,
mas há algo mais acontecendo entre nós três, e mal posso esperar para
finalmente experimentá-la. Quando quebro o beijo, inclino-me mais perto
dela, inalando seu doce perfume. Ethan me imita, encapsulando-a.

Estou prestes a puxá-la entre nós quando um celular toca de algum lugar da
casa. Camila corre até ele, deixando-nos olhando para ela. Quando pega o
telefone, franze a testa para a mensagem, depois olha para nós dois. — Eu
não quero ir, mas meu pai está preocupado comigo,

— diz Camila.

— Você quer que eu te leve para casa? — Ethan questiona, a preocupação é


clara em sua voz.

— Está tudo bem. Eu estou com meu carro, — diz, sorrindo, e nós dois nos
aventuramos em direção a ela.

— Logo, nós vamos devorar você, mas quanto mais lenta a jornada, mais
explosiva será a chegada, — eu lhe prometo, porque mal posso
esperar por ela. Estremece com minhas palavras e eu sorrio. Eu a quero, eu
quero isso. E nós vamos ter isso muito em breve.
Capítulo Dez

Ethan

— Quer pegar algumas ondas? — A voz de Camila vem de trás de mim. Ela
sorri, a mão na prancha na areia ao lado dela - uma visão sob o sol quente. A
areia está quente sob os pés, e posso sentir o olhar de Brock me seguindo por
trás. Ele está na espreguiçadeira depois de uma hora no oceano, observando a
paisagem.

Depois do nosso jantar há algumas semanas, não vimos Camila fora do


campus. Mesmo que não tenhamos tido a chance de passar um tempo
sozinhos com ela novamente, estamos constantemente trocando mensagens e
nos encontramos com ela para almoçar quando não está estudando. Há algo
diferente nela. Ela não nos dá nos nervos como a maioria das mulheres. Não
é grudenta e isso nos faz querer passar mais tempo com ela.

Sendo este o nosso último ano na faculdade, os nossos horários são mais
intensos e carregados, por isso estamos ocupados. Mas ambos estamos
ansiosos para ver mais dela.

— Parece bom, — digo-lhe, pegando minha prancha e indo em direção às


ondas quebrando. Enquanto atravessamos a rebentação, olho para ela,
deleitando-me com sua força enquanto nada ao meu lado em sua prancha. Ela
é pequena e sua prancha é pequena, o que dificulta a navegação.

Sua pele cintila na luz do sol, fazendo-a parecer que está brilhando, e tenho
que afastar o olhar novamente para que não acabe com um tesão
enorme. Uma onda se forma não longe de nós, e seu grito é o suficiente para
me dizer que ela está prestes a pegá-la.

Seus movimentos rápidos são inebriantes. Observá-la é como observar um


golfinho em seu elemento, na água, encharcada, feliz e radiante com um
sorriso que ilumina todo o meu mundo. Apenas outra pessoa me faz sentir
assim. Brock.

Junto-me a ela, pulando facilmente na superfície da minha prancha e


cavalgando a onda ao seu lado. Tecemos um pelo outro, como se
estivéssemos dançando no oceano azul claro, mas não da mesma cor dos
olhos do meu melhor amigo - não da mesma cor que faz meu coração bater
muito mais rápido.

Estamos nos aproximando da costa enquanto a crista desacelera e eu


escorrego. A linha puxa meu tornozelo, trazendo a prancha de volta para
mim.

— Devemos ir até Brock e fazer-lhe companhia? — Camila gesticula para


onde o homem em questão está agora de bruços, de frente para o apartamento
ao invés da praia. Olho para ela e rio. Malícia brilha nos olhos dela. Eu sei
exatamente o que ela tem em mente.

— Vamos. — Pegando minha prancha, corro atrás dela enquanto ela sobe até
Brock. Assim que o alcança, ela balança seus longos cachos sobre ele,
pingando água fria por todo seu bronzeado, suas costas lisas.

— Porra!

Camila grita quando ele levanta, perseguindo-a em direção à água. Eles


passam correndo por mim, direto para a onda quebrando na praia, e mais uma
vez, Brock está encharcado. Seu rosto se ilumina com felicidade. Quando
eles me alcançam novamente, Camila pula em meus braços e estou
convencido de que encontramos nossa garota. Ela nos
faz felizes - nos faz sentir contentes em apenas relaxar com ela. Podemos
conversar sobre qualquer coisa e ela vai corresponder com o seu
conhecimento. Sua independência é excitante. Seu sorriso faz meu coração
bater muito mais rápido, e sua insolência é algo que me faz querer desafiá-la
ainda mais.

Ela sempre tem algo interessante para nos dizer, e gosta de nos contar sobre
suas aulas, novos livros que está lendo, ou até mesmo discutir suas
atribuições de História da Arte com tanta confiança quanto se ela estivesse
falando sobre surfe. Seu amor pelo oceano me deixa maravilhado.

Aprendemos sobre a mudança de sua família da Espanha e sua meia-irmã,


que não é sua pessoa favorita, mas tudo isso só me faz querer aprofundar
ainda mais em sua mente.

Pelo tempo em que a conhecemos, nem Brock nem eu olhamos para outra
mulher. Nós nem falamos sobre ir a nenhum dos clubes.

Vi uma mudança nele nas últimas duas semanas, e espero que isso seja Brock
seguindo em frente. Ele esteve no escuro por muito tempo, e me dói vê-lo
assim, ver sua dor.

— Acho que precisamos entrar, — digo-lhes. Ambos acenam em acordo, e


me pergunto se este é o momento em que finalmente entraremos em território
desconhecido. Não para nós, mas para Camila. Ainda há certa inocência nela,
e quero vê-la se desvendar. Mas em vez de deixá-la sair pela porta e ir
embora quando terminarmos, quero puxá-la de volta para nós e mantê-la.

Nunca pensei que seria capaz de ver uma mulher que me interessa com outro
homem, mas Brock me mudou de maneiras profundas. Meu pai e Eric
costumavam brincar assim. Fazer as mesmas coisas que
fazemos. Mas eles não queriam amor. Eles estavam apenas molhando seus
paus, enquanto Brock e eu nos importamos um com o outro, e nos
importamos com Camila.

No apartamento, coloco minha prancha na sacada, ao lado das outras duas.


Brock e Camila vão para dentro e eu os sigo.

— Chuveiro? — Brock sugere, e eu aceno, meus olhos em Camila. É

isso. Hora dela decidir.

Seus grandes olhos azuis voam entre mim e meu melhor amigo, e um
pequeno sorriso curva seus lábios perfeitos. A resposta está escrita em todo o
seu rosto, mas ela precisa verbalizá-la. Quero ouvi-la dizer as palavras.

— Eu gostaria disso, — ela oferece timidamente, deixando meu pau duro.

— Brock vai liderar o caminho, — digo, subindo atrás dela.

— Para a tentação? — Ela brinca, uma risada suave e nervosa caindo dela.

Ele olha para ela enquanto coloca seus dedos nos dela. — Existe algum outro
lugar? — Ele ri e suas bochechas escurecem com a insinuação.

— Não quando você está entre nós, — eu sussurro ao longo de seu ombro nu,
causando arrepios por sua pele. Seguimos pelo apartamento em direção ao
banheiro. Brock libera Camila para ligar as duas duchas no box para quatro
pessoas. Mesmo que tenhamos vivido aqui por um tempo, nunca usamos isso
assim. Cada vez que estivemos com uma garota, nós a tivemos em nossos
quartos ou no sofá.
Mas isso é diferente. Eu me importo com essa garota. Quero fazê-la feliz, vê-
la sorrir e mostrar-lhe prazer. E quando Brock olha para mim, sei que ele
também.

Ele a puxa para baixo do spray e eu sigo. O calor da água e o calor entre nós
três parecem ferver como um bule em erupção. E nada do que fizermos agora
pode impedir isso. Isso ia acontecer, independentemente de quando e onde.

Puxo a corda do biquíni dela, deixando o material cair, e pela primeira vez
desde que olhei para ela, não tenho mais dúvidas. Seus seios são um pequeno
punhado, perfeitos, atrevidos. Seus mamilos são castanhos escuros, e eles se
endurecem ao olhar aquecido que Brock lhe oferece.

Eu me agacho atrás dela, puxando a parte de baixo do biquíni de seus quadris


deslizando por suas pernas tonificadas. Seu corpo é absoluta perfeição. Pele
suave e caramelo. Sua bunda é firme, e coloco minhas mãos nas bochechas
imediatamente.

— Abra suas pernas, menina, — Brock sussurra, e ela obedece. Encontrando


seu núcleo, me inclino e agito minha língua sobre sua abertura, todo o
caminho até o pequeno buraco apertado que meu pau dói para deslizar.

A boca de Brock está em seus seios, lambendo e sugando enquanto eu devoro


seu corpo. Suas mãos delicadas trabalham em seus shorts, e logo, eles estão
reunidos a seus pés. Ela empunha seu pau, acariciando para frente e para trás,
para cima e para baixo.

Os sons do desejo ecoam para mim, e Camila olha por cima do ombro para
mim. — Por favor, — ela murmura. — Me beije.
Eu me levanto rapidamente, querendo nada mais do que dar a ela tudo o que
precisa e quer. Sua excitação está na minha língua, nos meus lábios, e bato
minha boca na dela.

O jeito gentil de moldar seus lábios aos meus me faz querer consumi-la ainda
mais. Fodê-la bem aqui, entre o meu corpo e o de Brock. Quero senti-la
estremecer e se arrepiar quando nós dois deslizarmos para dentro dela. O jeito
que suas mãos deslizam sobre meus ombros, me segurando, me faz sentir
mais forte, mais no controle do que eu jamais estive.

As mãos de Brock nos seus quadris a seguram firme. Nós não nos movemos
por um instante. Seu pau deve estar doendo tanto quanto o meu. Ela se afasta,
os olhos brilhando de desejo.

— Você é uma menina má, — eu gemo quando seus quadris rolam,


pressionando seu núcleo contra o meu pau. Ela choraminga em resposta
quando os lábios de Brock encontram seu pescoço, sugando a carne.

— Você tem um gosto tão doce, baby, — ele murmura sobre sua pele.
Capítulo Onze

Camila

Eu não posso descrever isso.

Não há palavras que eu possa oferecer. Isso é diferente.

Ethan se inclina para beijar Brock, e meu corpo contrai com vontade e
necessidade. Observá-los se tocando, suas línguas lutando e dançando tão
sensualmente, faz o meu núcleo pulsar. Sempre amei ver pessoas
apaixonadas, e não há dúvida de que eles são completamente obcecados um
pelo outro.

— Isso é tão quente, — digo, fazendo com que eles se voltem para mim.
Mesmo que eles estivessem apenas se beijando, suas mãos nunca se
afastaram de mim. Ménage à trois sempre me fazia pensar se a terceira
pessoa se sentia excluída, como estar à margem, mas eles não me fazem
sentir assim.

Ethan me puxa ainda mais perto, seu corpo duro atrás do meu. As mãos de
Brock estão em meus seios, seus olhos azuis elétricos enquanto toma cada
centímetro meu. Sua boca trava no meu mamilo, puxando e sugando, fazendo
meu clitóris pulsar. Como se Ethan pudesse ler minha mente, seus dedos
encontram minha boceta, circulando o nó duro, pressionando-o, fazendo-me
choramingar. Seus lábios se arrastam ao longo do meu pescoço, sugando a
carne, mordendo com força.

Ele está me marcando e eu não posso pará-lo. Sou argila nas mãos de dois
escultores e não há outro lugar onde eu prefira estar. Temos uma conexão,
algo mais do que apenas uma foda rápida, e do jeito que eles me tratam,
como uma princesa, parece que viram isso também.
— Estamos seguros, — começa Brock, olhando profundamente em meus
olhos. — Por favor, me diga que você está tomando pílula. — É um apelo.
Ele quer isso tanto quanto eu - tanto quanto Ethan.

— Estou. — Minha afirmação é tudo que os meninos estão esperando. Brock


balança a cabeça, seu sorriso torto me dando um vislumbre do diabo travesso
por baixo do homem bonito.

Ethan desliza dois dedos no meu calor, mergulhando e puxando para fora,
lento e suave, e meus joelhos quase se dobram sob o peso do prazer. A boca
de Brock viaja pelos meus seios, pelo meu estômago, e quando ele chega na
minha boceta, ele provoca meu clitóris enquanto o dedo de Ethan me fode
com abandono.

Meus gritos são de outro mundo. Estou implorando. Estou suplicando. Estou
gozando duro. Minhas pernas tremem e oscilam. Meu corpo é apenas uma
marionete em uma corda.

— Linda pra caralho, — Ethan sussurra no meu ouvido, enviando ondas de


desejo através de mim. Quando puxa os dedos de mim, ele os leva à minha
boca. — Prove seus sucos doces, baby, — ordena em um tom baixo e
dominante. — Você gosta de fazer uma bagunça em meus dedos?

Eu não consigo encontrar minha voz, então simplesmente aceno. Brock se


levanta, seus olhos ardendo em mim enquanto ele me assiste chupar minha
excitação dos dedos de seu melhor amigo. Há um desejo cru brilhando em
seu olhar, e não tenho que olhar para Ethan para saber que existe.

Um segundo depois, sou levantada por Brock, minhas pernas envolvendo-o


facilmente. Seu pau duro cutuca minha entrada. E sem aviso, eu estou
empalada em sua espessura, fazendo com que outro grito seja arrancado da
minha garganta. Não posso pensar direito quando Ethan
começa a brincar com a minha bunda, seus dedos sondando o apertado anel
de músculo.

— Confia em mim, baby? — Eu aceno para Ethan. Não posso mais falar. E
então sinto a pressão. Um dedo faz seu caminho para dentro de mim, o que
faz Brock rosnar enquanto eu o aperto mais forte na intrusão.

— Você é muito gostosa, menina. — O homem com o olhar azul afiado


grunhe enquanto mergulha em mim, mais e mais. Outro dedo entra em mim,
e eu estou perdida em delírio. Ethan trabalha meu buraco, me abrindo, e logo
estou desossada entre os dois homens mais quentes que já conheci.

Algo legal e escorregadio acompanha um segundo dedo que facilmente


desliza para dentro de mim enquanto me abre. Ele continua a provocar minha
boceta, e eu relaxo contra Brock, que está me segurando.

Mais líquido fresco encharca a minha entrada traseira, depois ele se move
rapidamente, porque assim que seus dedos saem, algo muito maior e mais
duro me cutuca. A dor lancinante que acompanha a ponta do seu pênis faz
com que eu grite bem alto enquanto um prazer agudo me atravessa como um
choque elétrico.

Ambos me cercam enquanto uma sinfonia erótica de nossa respiração pesada


e a água cascateiam ao nosso redor. — Movam-se. Por favor... Façam alguma
coisa, — imploro, encontrando voz para finalmente pedir mais.

Ethan e Brock se movem em sincronia, dedos no meu clitóris, uma boca no


meu mamilo e dois pênis grossos e duros deslizando em mim. Estou
imprensada. Estou quente e cuidada, e estou prestes a pular sobre a borda em
um abismo celestial de prazer.
Os grunhidos profundos e pesados dos dois homens vibram através de mim.
Ethan aperta meu clitóris com força e eu grito meu orgasmo. Meus dedos se
curvam, minha garganta queima e os sons que saem dos meus lábios são
ferozes. Não me reconheço.

Segundos depois, sinto calor quando os dois se esvaziam dentro de mim e sei
que nunca mais serei a mesma.
Capítulo Doze

Brock

Assim que paro no estacionamento, saio do carro e pego os sacos de gelo de


que precisamos para a festa. Mesmo que o apartamento esteja totalmente
abastecido, nós sempre ficamos sem isso. Quando chego ao último andar, a
música está bombando e há mulheres seminuas por toda a sala de estar.

Alguns caras da escola já estão fazendo movimentos sobre as garotas, e a


festa está em pleno andamento. A cozinha é a parte mais silenciosa de todo o
lugar, onde encontro Ethan e Camila. Ela está vestida com um biquíni
amarelo brilhante que cobre um par de peitos pequenos que estou morrendo
de vontade de morder e marcar.

— Ei, menina — Dou uma piscadela quando coloco as sacolas no balcão.

— Oi, Brock. — Ela sorri, e me vejo com fome por mais deles. Seu rosto se
ilumina, e a malícia brilha em seus olhos. Ela pode jogar o cartão inocente,
mas há uma pequena tigresa escondida sob o exterior tímido.

Quando encontro o olhar do meu melhor amigo, ele parece preocupado. — O


que foi? — pergunto.

Ele suspira, passando os dedos pelo cabelo rebelde e bagunçado. Ele deve ter
estado na piscina porque está ainda mais escuro que o normal e pingando em
seus ombros nus.

— Seu irmão está aqui, — ele me diz.

— Já? — Eu pergunto, confuso.

— Sim. Ele pegou um Uber, — Ethan ri.


Gemo. Porra. Esqueci-me de pegá-lo no aeroporto, mas meu irmão esperto
me encontrou. Hayden vai me matar se souber que eu me esqueci disso. Por
sorte, Camden nunca me denunciaria.

— Ok, — respondo com um longo suspiro. — Espero que ele não esteja
bebendo. É muito jovem.

Enfio o último saco de gelo no congelador antes de me virar para Ethan.

— Não, ele está se comportando. Mais ou menos, — ele resmunga.

— O que você quer dizer com isso? — Assim que a pergunta sai dos meus
lábios, me deparo com uma série de risadas da porta. Quando me viro,
encontro meu irmão mais novo com duas universitárias, uma em cada braço.
Elas estão praticamente nuas, seus mamilos espreitando e aparecendo através
de seus biquínis brancos.

— Brock! — Ele me oferece um sorriso largo e feliz, tirando o ar dos meus


pulmões. Ele se parece muito com o nosso pai, é incrível. Todos nós
parecemos, mas é o fato de que ele tem essas peruas sobre ele como se fosse
o maldito rei dos playboys.

— Tirem as patas do meu irmão, — rosno, empurrando as duas mulheres


para a sala e arrastando Camden para a cozinha. — Sinto muito ter esquec...

— Não se estresse, Brock. Sou um adulto. — Ele pisca confiante. —

Não preciso de uma babá. — Suas feições escurecem e sua mandíbula aperta.
Às vezes, por trás de seus sorrisos brincalhões, algo se esconde. E

depois de tudo o que passamos com Nixon e sua bunda louca, eu me


preocupo com Camden.

A culpa ainda me atinge por esquecê-lo no aeroporto. Sou tão idiota. Prometi
a mim mesmo que nunca me transformaria em
papai. Foda-se isso. Puxando-o em meus braços, dou ao meu irmãozinho -

que é tão grande e cheio quanto eu - um abraço, apertando-o.

— Senti sua falta, — digo-lhe, sentindo as lágrimas ardendo nos meus olhos.
Eu as afasto, engolindo a emoção. Quando dou um passo para trás, percebo
que o garoto que vi crescer agora é um homem. Não posso negar que ele vai
quebrar alguns corações, se já não tiver feito isso. — E pare de malhar tanto.
Você pode ficar maior que eu um dia, mas sempre serei capaz de chutar sua
bunda.

— Você continua dizendo a si mesmo isso. — Camden sorri. —

Queria ver em que tipo de problema você está se metendo aqui na costa oeste.
— Ele sorri maliciosamente para mim.

— E você tem certeza que veio aqui por causa do amor fraterno? —

o provoco, apontando para as duas garotas que ainda estão de olho no meu
irmão.

— Bem, eu não posso deixar de apreciar a vista. — Ele dá de ombros, e então


seu olhar se torna tempestuoso. — Mereço uma pausa depois de dominar a
competição de debate.

— Sua equipe de debate venceu?

— Claro que sim, — diz presunçosamente.

— Imaginei. Apenas não beba, e não faça nada que eu não faria, —

digo-lhe, sentindo o olhar de Camila queimando um buraco através de mim.


Eu me pergunto se ela está intrigada com esse meu lado que só Ethan vê.

Quando meu irmão desaparece na multidão, eu me volto para Ethan e Camila.


— Posso ver a semelhança da família, — diz ela com um sorriso afetuoso.
Balançando a cabeça, pego uma cerveja no balde de gelo e a encaro. — Todo
mundo fala isso. Nós puxamos ao nosso pai.

— Isso é uma coisa boa ou ruim? — Ela sorri docemente e, mais uma vez,
estou sem fôlego por sua beleza.

— Depende de quem está perguntando, — dou de ombros.

— Sendo que fui filho único por um longo tempo, descobri que estar com os
Pearsons me deu uma ideia de como é ter irmãos, e por mais que eu não ache
que gostaria de ter irmãos mais novos, tenho que ser o irmão mais velho
agora, — Ethan ri. Quando Camila o observa com um olhar questionador, ele
explica. — Meu pai se casou novamente e agora tenho uma irmãzinha.

— E como você se sente sobre isso? — Sua pergunta paralisa a ambos. Não
porque Ethan não seja feliz, mas porque havia tensão entre ele e seu pai há
anos.

— Estou feliz por ele. — Seu olhar encontra o meu, honestidade brilhando, e
eu sorrio. — Ele encontrou alguém para amar, ele uma filha e eu tenho minha
família aqui. — Meu melhor amigo olha para mim.

— Gosto que você tenha sido capaz de encontrar algo real. —

Camila sorri, olhando para nós dois enquanto toma sua bebida. — Para ser
honesta, eu estava com medo... Bem... — ela medita sobre suas palavras,
inclinando a cabeça para o lado, — nervosa, mas nunca estive mais à vontade
com duas pessoas. Nunca.

Eu aceno, sentando ao lado dela. Quero tocá-la, mas não toco -

ainda não. Mesmo que já tivéssemos estado dentro dela, tocando-a, transando
com ela, essa conversa precisava acontecer. Precisamos fazê-la ver que isso
nunca foi apenas por diversão, porque eu me importo com ela, e Ethan
também.
— E essa é a beleza de ter uma conexão. Escute-me, Camila, você não é um
caso de uma noite só para nós. Você é...

— Muito mais, — Ethan termina.

— O quê? — Ela ofega, aqueles grandes olhos azuis voando entre mim e ele.

— Você conhece os nossos gostos peculiares, — digo, arrastando as pontas


dos meus dedos sobre a curva de seu ombro, deleitando-me com os arrepios
que surgem na esteira do meu toque. — E nós queríamos conversar sobre isso
com você.

Ela engole. — Tipo, um relacionamento? — Ela murmura em choque. É


novo para nós também. Nunca houve uma mulher com quem eu quisesse algo
a longo prazo.

— Sim. — A voz de Ethan é tranquila, calma e, como sempre, profunda e


retumbante.

— Uau. — Sua voz está cheia de choque. — Nunca pensei sobre isso.

— Você não está assustada? — Minha pergunta faz com que a cabeça dela
incline na minha direção. O silêncio paira entre nós e, quando tenho certeza
de que vai recusar, ela encolhe os ombros.

— Não. Não é isso, — ela começa, abaixando o olhar enquanto decide como
nos dizer o que a está incomodando. — Eu só... Quero dizer, você sabe que
eu te disse que meu pai é rigoroso, ele é...

— Não se preocupe com isso neste momento, — respondo. —

Precisamos conversar sobre como você se sente sobre isso. Se você está
disposta a tentar, podemos sempre conquistar a aprovação do seu pai. Confie
em mim, — eu pisquei habilmente, — Ethan é ótimo em ser o
cara legal. — Roubo a garrafa e deixo Ethan com a garota que roubou nossos
corações.
Capítulo Treze

Ethan

A lua está alta no céu escuro. Bebo minha cerveja enquanto olho para a água,
ouvindo os retardatários dizer boa noite a Brock que está fechando a porta
atrás deles. A única pessoa que resta é Camila. Depois do nosso bate-papo,
ela saiu e eu a deixei para refletir sobre nossa proposta. Ela está descansando
na piscina, seus pés na água. Quero ir até ela, mas em vez disso, eu me
divirto observando-a girar os pés na piscina iluminada.

— Você acha que ela vai dizer sim? — Brock pergunta ao meu lado.

Assentindo, eu respondo. — Ela vai. Quer dizer, ela queria isso conosco. Não
acho que o nervosismo dela seja sobre estar entre nós, mas sim sobre a
família dela.

Brock balança a cabeça e nós dois paramos para observá-la. Há uma


sensualidade que exala dela, mesmo no modo como ela inclina a cabeça para
trás, olhando para o céu. É intoxicante assistir.

— Onde está Cam? Ainda apreciando a vista com aquelas duas garotas? —
Olho para Brock.

— Não, ele está no quarto de hóspedes trabalhando em alguma pesquisa que


não quer me contar. É como se ele fosse mais velho que eu às vezes. — Desta
vez, ele ri. São quase duas da manhã e estou cansado. A única coisa que me
mantém acordado é Camila.

Vamos em direção à piscina, como dois leões famintos prestes a devorar o


Bambi. Ela vira a cabeça na nossa abordagem e sorri.
— Você não está cansada? — pergunto, sentando ao lado dela na borda de
concreto. Minhas pernas mergulham na água, então eu desço e a água bate
em meu peito na piscina.

Ela sorri, balançando a cabeça. — Na verdade, não. Normalmente fico


acordada até tarde quando estou trabalhando em algum projeto, ou apenas
lendo. — Há uma gentileza nela, e vejo quando Brock pega sua mão na dele.

— Você sobreviveu à sua primeira festa Pearson e Kingston, — ele oferece


um sorriso de lobo, pressionando um beijo nos nós dos seus dedos. — Achei
que isso teria te desgastado, mas nós ficaríamos felizes em usar você de outra
maneira.

Uma risada suave cai de seus lábios brilhantes. — Realmente não foi tão
ruim quanto você deu a entender que seria. E acho que devemos adiar o pós-
festa. Seu irmão está aqui, — ela diz. Sua confiança me faz sorrir.

Meu melhor amigo acena e eu chego mais perto dela, movendo-me entre suas
pernas. — Há momentos em que as festas ficam um pouco fora de controle.
— Colocando minhas mãos em suas coxas, acaricio sua pele lisa, atingindo a
borda do seu biquíni, e um gemido de endurecer o pau cai de seus lábios
carnudos.

— Shhh, querida. Apenas deixe acontecer. — Meus dedos gentilmente


incitam seu corpo, fazendo um tremor correr através dela. Há uma coisa que
aprendi sobre Camila - ela é maravilhosa quando se entrega. Mas não é isso
que eu quero agora. Hoje à noite, vou provocá-la, atormentá-la e deixá-la
cheia de desejo. Antecipação é tudo sobre o empurrar e puxar.

— Ethan, — ela murmura.


— Diga-nos que você quer isso tanto quanto nós? — Brock a persuade
enquanto amamenta a pele lisa em sua nuca. Seus lábios rastreiam
suavemente sobre ela, fazendo-a tremer, e vejo quando arrepios se erguem
sobre sua pele. Sob meus dedos, ela se sente quente e sei que seu corpo está
pronto para nos levar novamente.

— Gosto de você. — Seus olhos estão nele, então em mim. — E

gosto de você também. — Sua confissão agita algo no meu intestino,


garantindo que meu pau estenda meus shorts agora. Afasto mais suas coxas,
deixando-as mais abertas. O material que cobre sua boceta está apertado
contra os lábios. Pressionando um polegar em seu monte, eu subo, em
seguida, desço ao longo da fenda, fazendo seus quadris empurrar contra mim.

Precisamos ir devagar, porque sinto que estou me apaixonando por ela. Como
posso querer os dois? Isso não é ser egoísta? Há pessoas lá fora que só
encontram uma alma gêmea, uma pessoa que as completa, como é que eu
encontrei duas?

Levanto meus olhos em direção a Brock, dizendo a ele com um olhar o que
eu penso, e ele concorda. Fizemos isso muitas vezes antes, mas Camila é
muito diferente. Quero que nosso tempo juntos seja especial. Sua cabeça cai
para trás e ela fecha os olhos enquanto eu me inclino e planto um beijo suave
em sua boceta. Outro miado macio atravessa a noite escura, flutuando entre
nós três enquanto meu melhor amigo captura seu mamilo na boca sobre o
material de seu biquíni. Ele trabalha, provocando, e pega seu outro seio,
tateando e acariciando. Seus quadris rolam, tentando se aproximar do meu
rosto. Continuamos a atacar o seu corpo até ela estar choramingando e
estremecendo. Nossas
mãos estão sobre ela, firmando-a enquanto ela prolonga o prazer. Quando
finalmente olha para mim novamente, seu olhar está brilhando de desejo.

Não esta noite, querida.

— Você está pronta? Brock vai deixá-la em casa — digo a ela.

Ela lança o olhar entre nós, subitamente sem saber por que estamos
mandando ela para casa. A coisa é, se ela ficar mais tempo, eu vou rasgar
esse maldito biquíni de seus quadris bonitos e comer sua boceta até que ela
esteja gritando tão alto que toda a maldita LA vai ouvi-la.

— Nos veremos amanhã, — Brock sorri, resolvendo sua confusão. — Esta


noite, queremos que você pense sobre o que dissemos. Se você está disposta a
tentar isso, um relacionamento entre nós três...

— Será algo novo para todos nós. Mas se você ficar aqui, vamos apenas
distraí-la e obrigá-la a concordar. — Eu pisco para ela, fazendo-a rir. O som é
lindo e melódico, e quero ouvir novamente. Quero ouvir isso em repetição.
Para sempre.

— O jantar é por nossa conta amanhã, — Brock informa com um sorriso


arrogante.

— Você quer dizer que eu vou cozinhar e você vai beber? — arqueio uma
sobrancelha para ele, provocando outra risada de Camila.

— Sem pressão para dizer sim. Se tudo que você quer é curto prazo,

— eu aperto suas coxas, — então é isso que vamos oferecer a você.

— Entendi. Eu terei uma resposta para vocês amanhã. Prometo. —

O brilho nos olhos dela me diz que ela já tem uma responda. E tenho certeza
de que é sim. Mas o tempo dirá.

— Boa menina. — sorrio. — Brock vai te levar para casa. Já tomei cervejas
demais. — Aprendemos da maneira mais difícil que nossas festas
tendem a ficar selvagens, então um de nós é normalmente o adulto designado
e, hoje à noite, é a vez de Brock.
Capítulo Quatorze

Brock

— Ok, — ela responde, e eu sorrio.

— Bom, — levanto-me, oferecendo-lhe a minha mão. Ethan sai da piscina,


nos cercando. Ela está presa entre nós, mantida refém pelos nossos corpos.
Levanto o queixo dela, forçando-a a olhar nos meus olhos. — E amanhã, tudo
pode acontecer, — eu a informo. — Amanhã, eu quero fazer seu pequeno
corpo tremer até que você esteja desmaiada de todo o prazer que vamos dar a
você. — Minha promessa a faz estremecer.

— Mal posso esperar para te lamber, provar, devorar você, Camila,

— Ethan sussurra em seu ouvido, movendo seus cachos de seu pescoço. Ele
chupa a carne doce e caramelada, lambendo e provando-a. Observá-los me
deixa mais duro que uma rocha.

— Ethan, — ela choraminga, deixando cair a cabeça para o lado, oferecendo-


lhe um melhor acesso, como se ele fosse um vampiro prestes a devorá-la.
Porra. Eu sou aço sólido, deixando meu calção de banho bastante
desconfortável.

— Vamos, — anuncio, afastando-me de seu calor.

Momentos depois, estamos no carro e ela me passa seu endereço. Por algum
motivo, ao vê-la trabalhando no restaurante, achei que talvez ela precisasse
do dinheiro, mas quando chego à mansão que me lembra a casa da minha
infância, fico chocado com o tamanho.

— Esta sou eu, — ela me diz com um sorriso tímido.


— Não interprete esse papel, — digo-lhe. — Garotas tímidas não chegam tão
longe. — Meus olhos encontram os dela. — Logo abaixo desse exterior
tímido está uma pequena raposa querendo ser libertada.

— Você me pegou, — ela ri, um som bonito, melódico que vem direto de seu
intestino.

— Amanhã. — Eu me inclino, meus lábios sussurrando sobre sua bochecha.


— Vamos nos divertir um pouco.

Ela balança a cabeça, saindo do carro. Eu espero até vê-la desaparecer atrás
dos portões altos. Pergunto-me por que diabos ela estaria trabalhando quando
é tão rica quanto Ethan e eu. Balançando a cabeça, volto para a estrada e faço
o meu caminho para casa.

Momentos depois, estou andando pela sala de estar, minha mente ainda em
Camila. Ethan está descansando no sofá com a TV ligada, o volume está tão
baixo que não há nem um zumbido no fundo, com calças de moletom cinza
penduradas nos quadris. Ele é tonificado e bronzeado, esculpido com um
rastro escuro de cabelo que vai de debaixo de seu umbigo até seu pau grosso.

Tudo sobre ele exala sexo. Do sorriso que curva seus lábios carnudos até à
maneira como ele agarra a garrafa de cerveja em sua mão. Seus dedos podem
fazer uma mulher gritar seu nome, sua boca pode fazer com que elas
descubram sua religião, mas são seus olhos que não escondem o que ele
realmente está sentindo - eles detêm malícia e dor.

Nós nos conectamos com essa dor. Foi o que nos uniu e, ao longo dos anos,
tornou-se mais do que isso. Eu não acho que meus irmãos me entendam. Não
achei que alguém o faria, e então ele veio e me mostrou
que há vida após a morte. Não importa as circunstâncias dessa morte, aqueles
que vivem continuarão sua jornada pelos altos e baixos da vida.

— Ei. — Eu me acomodo no sofá ao lado dele. Pegando sua cerveja, coloco


em meus lábios e tomo um longo gole. As bolhas passam pela minha
garganta enquanto engulo o álcool. Ele não responde, apenas me observa
enquanto coloco a cerveja na mesa de centro.

Ele se inclina para mim, sua mão atrás da minha cabeça, e me puxa em
direção a ele. Nossos lábios batem um contra o outro como uma tempestade
rolando. O trovão golpeia quando nossas línguas se enroscam, e eu estou
pronto para levar isso para o quarto, ou onde quer que possamos continuar.
Desde que nos beijamos e depois chupamos um ao outro, isso me acertou em
cheio. Eu sabia que seria diferente com ele, mas o que eu sentia, o que meu
corpo precisava, era muito mais.

Toda a minha vida eu sabia que era diferente, que não queria apenas
mulheres, mas foi só quando passei mais tempo com Ethan que percebi que
era ele. Sempre foi ele. Não duvidei nem por um momento que, quando
finalmente déssemos esse passo, não haveria como voltar atrás. E eu sei que
ele sente o mesmo.

Quando ele finalmente se afasta, seus olhos escuros brilham de emoção.

— O que há de errado? — questiono. Ele está quieto hoje e lentamente me


ocorre que dia é hoje. Merda. Esqueci totalmente. —

Merda, me desculpe. — Esfrego a mão sobre o meu queixo.

— Está tudo bem, — ele me diz, mas não está. — Eu só precisava...

— Um suspiro. Um que aperta meu peito. Tanto quanto ele me salvou,


percebo agora o quanto eu significo para ele.
— Ei, — eu digo, agarrando sua coxa e puxando-o para perto de mim. — Eu
sei que nunca fica mais fácil.

Ele concorda, mas não responde. Ficamos em silêncio por um tempo,


olhando pela janela, ouvindo as ondas quebrando na praia. Eu me lembro da
minha própria mãe. Tanto quanto eu amava meu pai, ela era tão ruim quanto
ele quando se tratava de fazer merda.

— Mãe? — chamo, me perguntando se ela está em casa. Nixon e Camden


ainda não voltaram e eu ando pela casa, sabendo que Hayden provavelmente
está com seus amigos.

— Que porra é essa? — Ouço o estrondo profundo da voz de meu pai. Sei
que ele sai com outras mulheres. Eu o vi na cidade, sem esconder o fato de
que ele tinha a mão na bunda de uma loira magra. Estremecendo com a
memória, aproximo-me do quarto deles.

— Você vem fazendo isso há anos, Eric, — mamãe assobia com raiva. Sua
mão voa, batendo no meu pai em sua bochecha. Parece que ele esteve fora a
noite toda. Sua camisa, normalmente passada na perfeição, está amarrotada
e ele parece um inferno.

— Foda-se, certo! Você não me dá o que eu preciso, — papai rosna de volta,


tirando sua camisa. Quando ela cai no chão, noto os arranhões nas costas
dele e me pergunto quem o machucou. Talvez fosse a mulher loira, ou talvez
outra mulher que eu não tenha visto.

— Oh? Como o quê? Você queria filhos. Você queria essa porra de casa,
agora sou deixada aqui sozinha.

— Isso é besteira, e você sabe disso. Meus meninos precisam da mãe


enquanto estou no trabalho. Por que você não age como uma mãe e cuida
deles? — Outra bofetada dura ecoa através do pequeno espaço.
— Eu sou uma boa mãe, — ela diz, mas é mentira. Minha mãe não esteve lá
para nós em anos. Meus olhos se enchem de lágrimas de raiva quando ela
murmura: — Eu amo meus meninos, mas você, Eric Pearson...

Você é um babaca de merda.

Afasto-me, não querendo saber mais sobre a dor em nossa casa. Do lado de
fora, é lindo, imaculado, mas a feiura dentro dessas paredes me deixa
doente.

Eu odeio as mentiras.

Todas elas.

Só quero fugir e nunca mais voltar.

E algo me diz, que se eu o fizesse, eles nem sequer sentiriam minha falta.
Nem Hayden, nem Nixon, nem meus pais. A única coisa que me impede de
sair é meu irmão mais novo, Camden.
Capítulo Quinze

Ethan

— Você está perdido dentro de sua cabeça novamente, — digo-lhe, tirando-o


de qualquer que seja sua lembrança. Hoje foi o aniversário da morte da minha
mãe. Eu tentei empurrar a tristeza para o fundo da minha mente, e quando o
apartamento estava cheio de pessoas que eu realmente não conhecia, podia
me concentrar em qualquer coisa que não fosse - ela. No entanto, assim que
fiquei sozinho, me bateu, lembrando-me que ela não está mais aqui.

Apesar de ter sido há anos, ainda há uma dor que parece perdurar. É como se
ela estivesse me lembrando de que me ama. Ao contrário da mãe de Brock, a
minha era amorosa e passava todo o tempo comigo. Ela estava lá para mim
durante os momentos em que aprendi o que amava - meu amor pela arte,
surfar - e ela me deu o amor que meu pai não pode oferecer quando ela se foi.
Quando ela morreu, eu fiquei com raiva. Culpei meu pai por ela nos deixar,
mesmo sabendo que não era culpa dele. Ela estava doente. Vê-la murchar foi
mais doloroso do que morrer, porque ela era muito forte e, à medida que
ficava mais fraca, doía mais do que eu poderia ter imaginado. Levei anos para
perceber que meu pai sofreu também.

Ele apenas mostrou de uma maneira diferente. Caiu em uma vida de mulheres
e trabalho. Mesmo que ele me desse tudo, me comprando o que eu precisasse,
ele não podia lidar com um adolescente rebelde que acreditava que sabia
tudo.
— Me desculpe ter esquecido, — diz Brock, virando-se para mim. O

calor da mão dele na minha coxa não está ajudando a limpar a minha cabeça.
Entre a tristeza de hoje e a maneira como meu corpo reage a ele, sou um
tornado de emoções.

— Você não precisa se desculpar, — digo-lhe. Encontrando seus olhos azuis,


eu os sinto revistar minha alma. Nós demos um passo para o desconhecido há
não muito tempo atrás - algo que sempre esteve lá, mas nós nunca agimos.
Agora, porém, não quero mais esconder meus sentimentos por ele. Sei que o
amo, mais do que um amigo, mais do que jamais imaginei ser possível. Nossa
amizade começou com facilidade, mas foi quando percebi que meus
sentimentos eram muito mais profundos que finalmente admiti para mim
mesmo que eu era diferente.

Brock vira sua atenção para mim. — Há tantas razões pelas quais não sinto
vontade de voltar para casa, — ele finalmente admite o que sei que o tem
incomodado. — Mas eu sei que preciso fazê-lo.

— Você precisa, — digo-lhe. Inclinando-me para a frente, agarro a parte de


trás de sua cabeça, puxando-o para outro beijo aquecido. Nossos lábios se
tocam por um momento. Este é um novo território para nós, apenas estar
juntos. Saltamos sobre o penhasco, nos libertamos dos sentimentos ocultos
que mantivemos afastados por tanto tempo. Há um limite que uma barreira
pode suportar antes que ela se estilhace e as torrentes se libertem.

Eu o queria.

Precisava dele, mas isso...

Eu não estava preparado para isso.

Há muito mais nesse beijo.


Sua língua mergulha em minha boca, provando o álcool amargo. Nós lutamos
pelo domínio, não cedemos para o outro. Seu corpo duro está contra o meu
em segundos. Meu pau lateja quando ele paira sobre mim. Eu mexo meus
quadris contra ele, e ele segue o exemplo.

Transando a seco com meu melhor amigo, não posso impedir o gemido que
ressoa no meu peito pelo atrito que sua coxa oferece ao meu pau. Dois corpos
fortes e esculpidos esmagados em uma enxurrada de necessidades. Sua mão
aperta meu pau e a minha retorna o favor.

Rude. Rápido. Sem restrições.

Nos movemos juntos, beijando, ofegando como animais famintos. Ele me


agarra tão grosseiramente quanto eu, e sinto isto. Minhas bolas apertam, se
preparando, precisando encontrar liberação. Enquanto rosno gozando em
minha cueca boxer, sinto calor contra a minha mão.

Não há sons na sala de estar. Sem música. Sem conversa. Só nós. Respiração.
Calor queima no olhar de Brock, e eu sei que estou lhe oferecendo o mesmo
olhar de volta. Está feito. Nós somos algo mais agora, e não há mais como
negar isso.

— Bem, — ele murmura, olhando para mim, ligado e totalmente imerso no


desejo nadando em seus olhos azuis claros.

— Eu acho que resolvemos isso, — digo a ele, o canto da minha boca


chutando em um sorriso cheio.

— Precisamos conversar sobre isso. — Ele se afasta de mim, uma mancha


molhada visível em seus shorts. — Não há nenhuma maneira de ainda sermos
apenas amigos.

— Nós nunca fomos apenas amigos. Você mesmo disse, —

respondo. Dando de ombros, bebo minha cerveja, derrubando a garrafa


inteira em um longo gole, tentando manter a calma. Quando encontro seus
olhos, percebo um sorriso de lobo curvando seus lábios.

— Somos oficiais, então?

— Eu acho que nós somos, idiota, — rio, colocando a garrafa sobre a mesa.

— Então nós vamos ter que dizer a Camila no que ela está se metendo, — diz
ele, sorrindo, os olhos brilhando de malícia.

— Você acha que ela vai se importar? Eu não acho. Não podemos mais negar
isso.

— Sim, estamos além dos pretextos agora. — Ele balança a cabeça,


levantando-se do sofá. — Tenho que contar para minha família, meus irmãos.
Não posso viver em negação. Não que eu estivesse — acrescenta ele
rapidamente. — Só quero dizer... Por tanto tempo, tentei dizer a mim mesmo
que nada estava acontecendo entre nós.

— Eu sei. Meu pai sabe — digo. Levi não é idiota. Ele sabe há muito tempo.

— Hayden e Nix definitivamente sabem, mesmo que eu não tenha dito nada
ainda.

— Eu achei que seria uma coisa de uma vez só, — dou de ombros, sentando-
me para a frente, meus cotovelos descansando em meus joelhos.

Ele se levanta, indo em direção ao corredor que leva aos quartos. —

Eu pareço um prostituto? — Ele ri. — Não vou foder meu melhor amigo e
nunca mais fazer isso de novo, você deveria saber disso agora. E, além disso,
— ele para na entrada do longo corredor, — você sabe que nós nunca vamos
ser um caso de uma noite só. — Com isso, ele me deixa sozinho na sala de
estar com os meus pensamentos.
Capítulo Dezesseis

Camila

Dois rapazes. Jovens, bonitos e ricos demais para seu próprio bem. Por mais
que eu devesse correr e me esconder, eles me intrigam. Depois de conhecer
os dois e passar algum tempo com eles, como amigos e depois como amantes,
não consigo pensar em mais nada.

Desde que falaram comigo naquele dia, as coisas tem sido intensas, mas eu
não mudaria nada. Brilha mais forte e intenso a cada dia. Brock e Ethan são
tão diferentes, mas também muito parecidos. Eu não sei o que eles viram em
mim, mas a oferta de um relacionamento real é algo que pensei antes mesmo
deles mencionarem.

Não é normal. Mas por outro lado, nunca fui normal. Ser única, ser diferente,
faz sentido. Meu pai pode nunca aceitar minha escolha de estar com eles, mas
tenho idade suficiente para tomar minhas próprias decisões.

Meu estômago dá uma cambalhota descontrolada ao pensar em dar-lhes uma


resposta esta noite. Eu sei que eles estão nervosos. Posso ver dançando em
seus olhos quando eles olham para mim. É estranho ter tanto poder sobre dois
homens, mas eu amo isso.

Aprender sobre eles me deu um pouco mais de discernimento sobre os dois.


Conversando e aprendendo sobre suas famílias, notei a tensão que corre
através de Brock com a menção de seus irmãos, o que me faz pensar que eles
ainda não sabem sobre seu relacionamento com Ethan.

Visto a saia que escolhi para esta noite, percebendo como ela abraça meus
quadris, bunda e coxas. Vai até o meio da coxa, e o azul
suave combina com os meus olhos. O top que estou usando, da cor da noite,
com botões na frente, é folgado, mas oferece uma sugestão do decote. Não
que eu tenha muito. E não posso deixar de me perguntar se Brock irá rasgá-
lo. Ethan é mais gentil quando me toca e me beija, enquanto Brock é rude e
seu aperto é feroz. Eles fazem o par perfeito, e estar entre eles é como voar. O
suave e duro, o áspero e gentil, e o prazer que eles me deram é algo que
nunca pensei ser possível.

— Mila. — Meu nome soa atrás de mim e eu giro. Minha meia-irmã me


observa, sua sobrancelha escura arqueada em questão. — E isso? —

Ela diz, acenando com a mão para cima e para baixo, referindo-se à minha
roupa.

— O quê? — Meu tom indignado a faz avançar.

Ela se aproxima, puxando meus cachos selvagens. — Quem é ele, Mila? —


Sua voz é um assobio baixo no meu ouvido. Minha irmã é apenas dois anos
mais velha do que eu e, às vezes, parece que está tentando tomar o lugar de
minha mãe em minha vida. No entanto, por não ter relação sanguínea
comigo, ela nunca será bem recebida pela família. Minha avó, já disse que
não é filha da linhagem Álvaro.

— Ele não é da sua conta, Manuela, — rosno, saindo do seu alcance. Meu
sangue ferve, aguardando seu ataque. A frustração de ser pressionada,
observada como um falcão é algo que sempre sinto ao seu redor. Se ela
vivesse sua vida e me ignorasse, eu ficaria feliz. Só que isso não vai
acontecer. Não quando ela é odiada pela minha família.

Quem me dera poder partir. Estar longe dela seria meu objetivo final. Meu
pai sentiria minha falta, mas é hora de eu encontrar um lugar só meu. Ou…
Talvez eu pudesse perguntar a Brock e Ethan se posso ficar em seu quarto de
hóspedes. Pergunto-me se é algo que eles
considerariam. Se eu não estivesse com tanto medo de perguntar, faria isso
amanhã.

Pode parecer estranho, mas há algo entre nós os três, e não consigo esquecer
o modo como os sinto. Perto de mim. Tocando-me. Beijando-me.

— Não vá se prostituir, irmãzinha, — Manuela zomba, seus olhos viajam da


minha cabeça aos pés e vice-versa. Então, felizmente, ela vira e me deixa
terminar de aprontar. Mesmo seu humor azedo não afeta o meu. A excitação
me atravessa e estou pronta para encontrar os dois garotos que me intrigam.

Espero que, quando eu disser sim, eles me dêem o alívio pelo qual meu corpo
sofre.

Em mais de uma maneira.

***

— Lá está ela, — uma voz profunda vem de trás de mim. Estive olhando as
ondas por longos momentos, decidindo como lhes dizer. Viro-me para
encarar os dois homens.

— Oi. — Eu soo muito tímida. Mesmo que já os tenha permitido dentro de


mim, em mais de uma maneira, ainda me sinto como uma garotinha inocente.
Eles me fazem sentir bem, diferente.

— Você quer jantar na praia, ou na nossa casa? — Ethan questiona,


aproximando-se de mim, plantando seus lábios cheios na minha testa. É

um gesto íntimo, algo que me diz que isso significa mais para eles.

Brock beija minha bochecha e, como se soubessem que eu precisava de


conforto, eles me envolvem em seu calor. Pela primeira vez desde que os
conheci, não estou mais nervosa com o que o nosso futuro nos reserva.
Delicio-me com isso.
— Talvez devêssemos voltar para o seu apartamento, — digo-lhes. —
Precisamos conversar. Eu gostaria de esclarecer o que está acontecendo entre
nós.

Os dois homens olham para mim e posso ver o medo em seus olhos, talvez
apreensão, que eu vá me afastar. Faz meu coração trovejar no meu peito me
sentir tão querida e adorada. Passo meus dedos através dos de Brock, depois
de Ethan, e lidero o caminho de volta para seu apartamento. O silêncio entre
nós é palpável. Há tensão rolando deles em ondas.

Um pequeno sorriso brinca nos meus lábios e não consigo impedir a


excitação de borbulhar no meu estômago. Gosto deles e talvez eu possa amá-
los. Ainda é muito cedo para pensar nisso, mas sei em meu coração que não
seria um desafio me apaixonar pelos dois.

Chegamos ao prédio e Brock empurra a porta de entrada. Logo, estamos


dentro do apartamento e estou na sala de estar. Tiro meus sapatos,
pressionando os dedos dos pés no tapete felpudo. Os dois estão de pé do
outro lado do sofá, como se a mobília os impedisse de me agarrar.

— Seu irmão ainda está aqui? — questiono Brock, que balança a cabeça.

— Ele saiu com algumas pessoas que conheceu na festa na noite passada para
comer pizza e ver um filme. Voltará mais tarde.

Eu assinto. É então, que viro de costas para eles e, lentamente, desabotoo a


camisa que estou usando, depois deslizo cada uma das mangas do top dos
meus ombros. O material frio e sedoso cai no chão, e estou de pé na minha
saia e um sutiã azul pálido.
Pego o zíper da minha saia e puxo para baixo, o assobio alto, o único som na
sala. Empurrando o tecido sobre meus quadris, saio dela. Assim que termino,
me viro para oferecer minha visão frontal. O sutiã e calcinha que estou
usando são transparentes. Depilei-me completamente entre as pernas, e meus
mamilos já estão duros sob o escrutínio intenso deles.

— Foda-se. — O grunhido é de Brock. Mas há um grunhido de Ethan, e há


um fogo em seus olhos que brilha sobre mim da cabeça aos pés. Eu tinha
pensado nele como o gentil mais cedo?

— Precisamos levar isso para o quarto, — oferece Ethan. Estendendo a mão,


ele me puxa para mais perto e me leva pelo corredor. Quando olho para trás,
percebo Brock pegando minhas roupas e seguindo logo atrás.

Não lhes dei minha resposta. Só lhes ofereci meu corpo.

Mas assim que estivermos no quarto, vou finalmente dar voz às minhas
palavras.
Capítulo Dezessete

Ethan

Não consigo entender por que ela concorda em estar aqui.

Sim, fomos incríveis juntos, mas eu sempre tive um problema com amor,
com afeição. Já faz um longo tempo, no entanto. Brock atravessou minhas
paredes e agora Camila parece ter quebrado os tijolos restantes.

Entramos no meu quarto em um silêncio nervoso. Meu estômago está em nós


ao pensar nela dizendo não. Solto sua mão, observando enquanto ela se
acomoda na beira da minha cama grande king-size.

A porta se fecha e nós três olhamos uns para os outros. Isso é tão novo para
nós quanto é para Camila, e eu não a culpo por estar com medo. Ou nervosa.
Mas não quero que ela recuse nossa oferta. O fato é que nós não apenas a
queremos, mas precisamos dela.

— Eu pensei sobre o que vocês disseram, — finalmente fala em um tom


baixo e confiante. — E tanto quanto eu deveria dizer não... — Ela se levanta,
leva a mão às costas e desabotoa o sutiã.

Prendo a respiração, não tendo ideia de como isso vai acontecer.

— Eu estou dizendo sim. — Ela sorri, permitindo que o material minúsculo


caia no meu tapete preto. Seus peitos são perfeitos, e minha língua se lança
para molhar meus lábios, pronta para devorar a pequena gatinha que parece
estar de bom humor esta noite.

— Você está tentando nos matar? — gracejo, caminhando em direção a ela.

Um pequeno guincho escapa livremente, e estou na cama, puxando-a contra


mim, enquanto meu melhor amigo tira sua camiseta e jeans. O
colchão afunda quando ele se ajoelha atrás dela, meus lábios já presos em seu
mamilo, puxando e sugando-o em minha boca quente.

Brock faz um trabalho rápido com sua calcinha, e logo ela está nua. Deslizo
meus dedos sobre sua pele, apreciando quão afetada ela fica por este simples
toque.

— Eu queria que vocês me vissem, soubessem que estou me entregando toda,


— ela me diz, então olha para Brock. — Quero vocês dois, mas estou
nervosa. — Sua confissão o interrompe por um momento, e ele segura o rosto
dela em suas mãos, puxando-a para mais perto. Vejo quando os lábios dele
acariciam os dela. Sempre achei que sentiria ciúme, observando meu melhor
amigo com uma mulher que eu quero, mas tê-la querendo os dois,
aproveitando nossa atenção, é eufórico.

Quando ela olha de volta para mim, planto um beijo em seus lábios, em
seguida, sussurro em voz baixa: — Isto não é um jogo. Isso não vai acabar.
— Não estou apenas prometendo isso para ela, também estou prometendo ao
meu melhor amigo. Um sorriso no rosto dele, depois no dela, me diz que eles
entendem.

O desejo paira pesado no quarto. Camila me atravessa, inclinando-se para a


frente, e eu sinto meu short sendo puxado para baixo junto com minha boxer.
Minha ereção está bem na entrada dela. Sua vagina é quente, e sua excitação
alisando meu pau é mais do que eu posso suportar. Tenho que respirar para
não perder o controle e deslizar para dentro dela muito rápido.

Ela choraminga quando as mãos de Brock a abrem. Sua língua corre ao longo
do meu pau - o que é realmente incrível - até sua boceta, e depois provoca sua
bunda. O prazer em seu rosto mostra o quão perdida
em sua necessidade por isso ela está. Uma menina doce que estava longe de
ser inocente quando a fodemos e oferecemos tudo o que ela precisava.

— É isso que a minha menina suja quer? — Brock murmura, os dedos


delicadamente empurrando para dentro dela. Seus lábios carnudos se abrem
em um suspiro quando suas unhas cavam no meu peito.

— Cavalgue, menina, — Brock geme quando sua mão livre prende meu pau,
segurando-me no lugar e guiando a pequena boceta apertada de Camila sobre
a ponta. Ela afunda em mim, puxando um profundo gemido de prazer do meu
peito. Suas paredes pulsam ao meu redor quando estou totalmente dentro
dela.

— Oh Deus, — ela geme enquanto ele continua suas ministrações. Eu estou


tão perto de perder cada grama de contenção. Aperto seus quadris, mantendo-
a parada. Cada vez que ela rola seu corpo, estou mais perto de enchê-la com
meu esperma.

Ela é apertada. Tão apertada.

— Por favor, — ela me implora, e sei que no momento em que ela perder o
controle, eu vou me esvaziar dentro dela. Brock se desloca, escarranchando
minhas pernas. Eu olho nos olhos azuis de Camila, observando sua expressão
enquanto ele entra nela. É lento, intenso, e seu rosto só muda
infinitesimalmente quando ele se aproxima. Assim que ele está dentro, sinto
seu pau através da fina barreira do corpo dela.

— Jesus, Brock. — As palavras são um profundo grunhido quando ele leva a


mão para trás e agarra minhas bolas, me segurando com firmeza enquanto ele
sai e lentamente desliza para dentro dela. A sensação é incrível. Nossos
corpos se movem lentamente, facilitando-a para uma posição onde ela se
espalha entre nós dois.
Seus mamilos duros no meu peito me fazem gemer, seus gemidos são música
para meus ouvidos, e o grunhido profundo do homem atrás dela é tudo que eu
preciso para perder todo o senso da realidade. Sua mão direita se une a minha
e minha mão esquerda se une com a de Brock. Conectados. Tão intenso que
não consigo me conter.

— Foda-se, — rosno. O som vem do fundo, feroz e animalesco.

— Oh, Brock, Ethan, — Camila grita de prazer, e espero que, Deus me ajude,
Camden não tenha voltado enquanto seu corpo vibra com seu orgasmo. Não
consigo segurar. Meu aperto em seus quadris é sólido, e meus quadris
levantam, bombeando para dentro dela, transando com ela como um animal
enlouquecido.

Brock se move mais rápido, seu pau deslizando contra o meu dentro dela. Ele
está perto. Nós nos movemos em sincronia, reivindicando essa garota,
possuindo cada centímetro dela.

— Foda-se, sim, — Brock rosna, e meu corpo responde. Jato após jato de
esperma quente enche Camila, sua bocetinha e cu marcados por nós dois.
Capítulo Dezoito

Brock

Não posso deixar de gemer de prazer quando sinto corpos se movendo ao


meu redor. Calor me assusta quando sinto meu pau sendo empunhado pela
pele lisa. Meus olhos se abrem e encontro um par de castanho escuro e um
par de olhos azuis me espreitando. O sorriso de Camila é inocente, mas sujo
ao mesmo tempo. Como uma mulher pode parecer tanto um anjo quanto um
demônio está além de mim.

A mão de Ethan está entre suas coxas, mas seus lábios deslizam ao longo do
meu pau junto com a dela. Ambos estão me sugando num frenesi que não
acho que possa controlar. A delicada mão de Cami envolve meu saco,
segurando minhas bolas enquanto as massageia suavemente.

— Foda-se, — rosno, meus quadris levantando enquanto empurro meu pau


na boca de Ethan. Uma risada suave vem da garota bonita com o cabelo
selvagem. Ela move seu corpo para que sua boceta esteja agora perto do meu
rosto e eu aproveito ao máximo. Enquanto meu melhor amigo e minha
namorada desfrutam do meu corpo, eu atormento e provoco seu pequeno
buraco escorregadio.

Meus dedos se movem para cima e para baixo em um ritmo constante, o


mesmo que eles estão usando no meu pau. Não tenho certeza de quem é a
boca, mas estou além da razão.

Meus quadris levantam e minhas costas arqueiam enquanto devoro a linda


boceta agora sentada em meu rosto. Seus choramingos e gemidos
são combustíveis e eu continuo a comê-la. Ela é doce, almiscarada e tão
sedosa que posso imaginar meu pau dentro do seu corpo.

— Oh foda, — ela grita, então o som é abafado. Segundos depois, Ethan está
no final da cama com um travesseiro no colo, e Camila está cobrindo seu
corpo nu com o lençol preto da cama de Ethan. Quando abro meus olhos,
encontro Camden encostado no batente da porta, os braços cruzados na frente
do peito com um sorriso no rosto.

— Quem precisa de um despertador quando se tem isso? — Ele ri, um sorriso


diabólico em seu rosto enquanto gesticula para a nossa situação.

— Saia da porra do meu quarto, — grito, mas por ser meu irmão mais novo,
ele apenas ri. Isso é o que eu tive que lidar enquanto crescia, só que, foi meu
pai que me pegou no ato. Lembro-me do dia em que ele pegou Rowan de
joelhos prestes a chupar meu pau. O dia em que ele a levou de mim. Camden
com certeza não está levando nenhum desses dois.

— Não é o seu quarto. Não consegui encontrá-lo, então imaginei que você
estaria no quarto de Ethan — Camden me diz com confiança, e sei que
preciso falar com ele.

— Vá para a cozinha. Estarei lá em um segundo, — digo a ele, empurrando o


lençol para longe, dando ao meu irmão uma visão do meu pau amolecido.

— Oh Deus, estou traumatizado para a vida, — ele grita, girando nos


calcanhares e nos deixando para se vestir.

— Eu voltarei. Desculpe por isso, — digo a Camila. Ela oferece um sorriso e


descansa no colchão, os olhos brilhando como o oceano do lado de fora da
janela.
— Vá falar com ele. Estaremos aqui quando você terminar. — Ethan assente,
apontando para a porta. Ele sabe que esta conversa estava chegando e que eu
teria que fazer isso mais cedo ou mais tarde, mas ele não parece preocupado.
Ele sabe como me sinto. Nada pode mudar meu amor por ele.

Quando entro na cozinha, encontro Camden sentado no balcão. Ele tem a


seção de negócios do jornal espalhada no balcão e parece imerso em qualquer
coisa que esteja lendo. Ao lado dele há uma caneca de café preto fumegante.
Como meu irmãozinho se tornou quase tão construído e alto quanto eu da
noite para o dia? É como se eu tivesse piscado e o garotinho se transformasse
em um homem.

— Você bebe café agora, Cam? — questiono, enchendo minha caneca. Viro-
me para encarar meu irmão e prendo-o com um olhar fixo.

— Sim, imaginei que deveria fazer o meu próprio já que você estava
comendo boceta no café da manhã. — Ele encolhe os ombros, e não consigo
evitar me encolher com o pensamento do que ele viu.

— Ouça...

— Ei, tudo bem. Você é um adulto e eu não sou o papai. Não preciso saber
onde sua boca tem estado. — Ele levanta os olhos do jornal para me encarar,
e algo em seu olhar confiante me diz que ele vai governar a porra do mundo
um dia.

— Eu sei que você não é papai, mas quero que você saiba, isso é algo que eu
vou falar com Hayden e Nix quando voltar para casa em breve.

Seu olhar se fixa no meu, procurando, perguntando, mas ele não expressa
suas preocupações. Não que ele devesse ter qualquer uma, mas depois do que
viu, deve haver algo que ele queira perguntar.
— Então, você e Ethan, — ele finalmente diz, pegando sua caneca e tomando
um gole, seus olhos nunca deixando os meus.

— Sim, — respondo. A coisa sobre o nosso relacionamento é que Camden


nunca se meteu na minha vida. Ele estava lá para mim quando eu me
queixava de nossos pais, ou de Hayden, ou até mesmo de Nixon. Embora
saiba que às vezes ele não entendia por que eu estava com raiva, ele apenas
escutava. E isso significava mais para mim do que qualquer coisa jamais
poderia.

— Eu acho que é legal. Você sair totalmente do armário e essa merda, — ele
me diz com um simples encolher de ombros. Arqueia uma sobrancelha e eu
não consigo parar a risada que ressoa no meu peito.

— Não sou gay, sou bi, — digo. — Também gosto de garotas.

— Então era isso que a linda princesa bronzeada estava fazendo sentada em
seu rosto. — Sua resposta me faz estremecer. Nenhum irmão deveria ver algo
assim.

— Sim, ok, você pode esquecer isso agora?

— Não. Isso é o que eu chamo de material de chantagem, mano. —

Ele ri então, uma gargalhada profunda.

— Você não está incomodado por eu estar em um relacionamento com


Camila e Ethan? — questiono, esperando a incerteza, mas não é isso que
recebo.

Em vez disso, Camden sorri. — Brock, sério, não procure aprovação. Eu não
me importo, contanto que você esteja feliz, e pelo que parece, você está.

— Você é muito velho para o seu próprio bem, Cam. — Enrolo meu braço
em volta do seu pescoço, puxando-o para mais perto e dando um
beijo no topo de sua cabeça como eu costumava fazer quando éramos
crianças.

— Cuidado com o cabelo, cara, — ele me repreende, e sei que meu


irmãozinho ficará bem.

Mesmo que nossos pais tenham partido, nós quatro passamos a ter boas
vidas. Somos fortes, responsáveis e estamos lentamente encontrando nosso
caminho no mundo.

Por mais que sinta falta do meu pai, a morte dele nos aproximou -

nos mostrou que ninguém fode com um Pearson. — É melhor eu fazer as


malas, — diz Cam. — Meu voo é daqui a três horas.

— Vou levá-lo para o aeroporto.

Ele acena e desaparece pelos degraus. Isso foi mais fácil do que achei que
seria. Mas Camden sempre foi mais compreensivo que os outros dois. Agora,
preciso planejar como dizer a Nixon e Hayden. Mesmo que eu tenha a
sensação de que eles já sabem, cabe a mim garantir que eles percebam que
sou feliz.

Ethan e Camila são minha nova família, minha família estendida, e tenho que
mostrar isso para ambos os meus outros irmãos. Estou pronto. Com um
sorriso, subo as escadas para encontrar Ethan e Camila deitados em sua cama.

O olhar do meu melhor amigo encontra o meu, e eu ofereço-lhe um aceno de


aprovação e um sorriso. Um já foi, faltam apenas dois.
Capítulo Dezenove

Ethan

Empurrando a porta, entro e ouço risadas vindas de dentro da casa. Brock


está bem atrás de mim enquanto entramos na minha casa de infância. Há um
grito de algum lugar no corredor, e logo depois a voz gentil de Kristyn. O
choro da minha irmãzinha é logo acalmado. Ambas emergem do corredor
parecendo radiantes.

— Eeeeee! — O grito de Brynn é alto, saltando em torno de nós como som


stereo. Graças a Deus não estamos de ressaca.

— Aí está a minha princesa. — Eu a pego em meus braços, dando um beijo


na bochecha de Krystin.

— Como você está, Ethan? — Minha linda madrasta sorri.

— Bem. Senti sua falta. — Então concentro minha atenção em Brynn e giro
ao redor. Ela joga seus braços minúsculos em volta do meu pescoço,
segurando-se por sua vida. Quando finalmente paro, planto um beijo molhado
em sua testa.

— Eeeeeee! — Ela grita para Brock, estendendo a mão para ele também.

— Doce menina, — ele responde, dando-lhe um beijo na testa. Antes que ele
se afaste, faz uma cócega sob seus braços, o que a faz se mexer para se
libertar, mas sou muito forte, e logo, há risinhos e gritinhos que soam como
um fodido show de Justin Bieber.

— Ok, ok. — A voz de Levi vem do corredor, e ele aparece momentos


depois. — Quem está matando minha menininha?
Se Brynn pudesse falar, aposto que nos entregaria ao velho por fazer cócegas
nela. Seus braços minúsculos se estendem para ele e vejo quando meu pai ri.
Ele a tira de mim e ela se aconchega nos braços dele.

— Está tudo bem. Vou cuidar deles para você. — Ele pisca para ela, o amor
brilhando em seus olhos claros. Ele está feliz. Estou feliz que ele tenha
encontrado isso novamente - amor, um senso de responsabilidade que ele
perdeu quando a mãe morreu.

Kristyn nos leva para a sala de estar. Seus longos cabelos estão presos em um
coque bagunçado, e ela parece não estar conseguindo dormir, mas fora isso,
ela está brilhando de felicidade. Fico feliz em ver que meu pai a está tratando
corretamente - não que eu duvidasse dele.

— Rapazes, — ela sorri, me puxando para um abraço agora que estou livre
de Brynn, então ela se move para Brock para cumprimentá-

lo. — Vocês fizeram uma boa viagem?

— Sim. Voo fácil, sem atrasos, o que é sempre bom — respondo, caindo no
sofá. Ela se acomoda ao lado do meu pai no sofá oposto enquanto Brock fica
confortável ao meu lado.

— Bebidas? — Ela oferece, e eu aceno. Enquanto Kristyn se ocupa na


cozinha, paro um pouco para observar meu pai. Ele tem Brynn em seus
braços e ela já tem olhos caídos. Sua excitação está lentamente
desaparecendo, e vê-lo com ela, segurando-a como tenho certeza que ele me
segurou, faz meu coração inchar de felicidade.

— Como está a faculdade? — Papai olha para cima, afastando sua atenção de
Brynn, seu olhar escuro pousando em mim.

— Nada mal. Estou pronto para acabar com isso. — Meu pai sabe que eu
odeio estudar. Eu preferiria muito mais estar na praia, cavalgando as ondas.
— Logo, Ethan, e você, Brock? — Seu tom é sério, dominante, como
qualquer pai seria, e quando eu olho para o meu amigo, sei que ele está
pensando em seu próprio pai.

— Realizando meus exames, Sr. Kingston. Mal posso esperar para entrar no
mundo dos negócios. — Brock está mais animado com a vida adulta do que
eu. Mesmo que ele seja um animal de festas, seu diploma em marketing será
algo que o levará longe.

— Então, você está de volta para finalmente nos dizer tudo? — O

sorriso de Kristyn é lindo. Ilumina seu rosto e percebo por que meu pai está
tão apaixonado por ela. Ela põe a bandeja de limonada gelada que sei que ela
fez, na mesa.

Pegando um copo, eu o encho e tomo um longo gole, tentando me acalmar.


Não posso acreditar que estou preocupado. — Acho que sim. —

Sento-me para a frente, a energia nervosa me atravessando. — Conheci uma


garota, — começo, observando o choque em ambos os rostos. — O

nome dela é Camila. É espanhola, — continuo. — Ela, Brock e eu...

— Estamos tentando algo novo, — finaliza Brock por mim. Não achei que
seria tão difícil finalmente dizer a eles. Mesmo que ambos sejam bastante
abertos sobre as coisas, isso não é algo que pensei que estaria dizendo ao meu
pai.

— Vocês três? — Papai pergunta. Nós dois concordamos. — E ela sabe que
vocês são... — Ele acena com o dedo entre nós, e percebo que meu pai não
precisa que eu lhe diga. Mesmo que isso provavelmente não seja como ele
me imaginou vivendo minha vida, ele ainda me ama. Vejo isso quando ele
olha para mim.

— Ela sabe que Brock e eu estamos juntos, — termino por ele.


— Bom, desde que ela aceite. — Ele senta para trás, Brynn agora desmaiada
na terra dos sonhos.

— Estou tão feliz por vocês dois e por Camila, — Kristyn diz, levantando um
copo em nossa direção. — Vocês dois formam um casal quente. — Ela pisca
maliciosamente, ganhando uma pancada na coxa do meu pai.

— Cuidado aí, Kismet, — ele murmura, baixo e dominador.

— Você vai contar a Hayden e Nixon? — Ela pergunta, balançando a cabeça


para a demonstração de domínio do meu pai.

— Sim. Está na hora. Desde que conhecemos Camila, precisamos ter isso em
aberto. Nós gostaríamos de trazê-la para casa no Dia de Ação de Graças e
Natal, e nós preferiríamos que todos soubessem antes de jogá-la no meio
disso.

— Essa é uma boa ideia, — ela concorda com Brock.

— Vocês dois ficarão aqui enquanto estiverem na cidade? — Papai pergunta,


tomando sua bebida e então franzindo o rosto. — Isso não tem nenhum
uísque, — ele diz a Kristyn com um grunhido.

— Basta beber, Levi, — ela o repreende, e não posso deixar de rir.

— Só esperem, — diz papai, levantando o copo para mim e para Brock. —


Vocês logo estarão na palma da mão também. As mulheres assumem sua vida
quando você se apaixona. — Desta vez, seu peito ronca com uma risada.

— E ele não gostaria disso de outra maneira. — Minha madrasta sorri.

Brynn geme alto na camisa de nosso pai, sua pequena mão segurando o
tecido como se ele fosse sua tábua de salvação. Durante
muito tempo, não achei que ele fosse a minha. Depois que minha mãe
morreu, senti o oposto, mas agora vejo o quanto ele me segurou.

— Vocês dois vão para o seu quarto. Vamos limpar aqui.

Já é tarde e me levanto, colocando o copo na bandeja. Isso é uma coisa que


tenho a dizer sobre a dama na vida do meu pai, ela é tudo que ele poderia
precisar e muito mais.

— Nós vamos ver você de manhã.

— E não façam sexo barulhento enquanto estamos apenas a algumas portas


de distância, — Levi adverte enquanto seguimos pelo corredor em direção ao
meu antigo quarto.

Balançando a cabeça, abro a porta e encontro com meu velho eu. Tudo aqui
era da minha adolescência raivosa e agora tenho o homem que amo aqui
comigo. Brock esteve no meu quarto tantas vezes antes, mas nunca assim.
Nunca como meu parceiro. É bem adequado que a primeira vez que
transemos seja no meu quarto de infância, considerando que foi aqui onde eu
senti pela primeira vez as vibrações por querer tal coisa com o meu melhor
amigo.

— Isso é diferente.

— É, — eu concordo. Fechando a porta, avanço mais quando ele cai na


minha cama, sua camisa subindo em seu estômago tonificado. Vamos ter que
tentar ficar quietos.
Capítulo Vinte

Brock

Ele rasteja sobre mim, desejo nadando em seus olhos. Isso é realmente muito
diferente de como costumávamos ser neste quarto. Esse espaço contém tantas
lembranças, e eu não gostaria que fosse diferente. A boca de Ethan se fecha
na minha. Sua língua dispara e a minha duela com a dele mais uma vez. O
sabor da limonada misturado com o sabor do homem pelo qual eu me
apaixonei é inebriante.

Mesmo que Camila não esteja aqui, ainda estou além de carente por ele - pelo
seu toque, seu corpo. Cada centímetro dele. Somos um amontoado de braços
e pernas, tentando nos livrar do material que cobre o que mais queremos. Pele
na pele.

— Estamos fazendo isso, — grunhe Ethan, sua voz grossa de desejo, pesado
com a necessidade. Suas mãos estão em mim, no meu peito. Seu toque não é
macio e terno como o de Camila. É violento e forte. Sexo puro.

— Estamos, — concordo. Estendo a mão, encontrando seu comprimento


rígido, apertando e acariciando-o. Posso sentir seu coração batendo no eixo
de aço enquanto o sangue pulsa através dele. Não há nada mais do que prazer
animalesco percorrendo minhas veias quando a mão de Ethan bate no meu
pau nu e sobe e desce, fazendo com que meu corpo queime só por ele.

— Preciso dizer uma coisa, — ele se afasta, olhando para mim como se
estivesse perfurando minha alma com seus olhos escuros. Eu espero,
minha respiração para por um momento. Para ser honesto, não tenho certeza
do que ele vai me dizer.

Silêncio.

Meu coração bate descontroladamente.

— Eu estou apaixonado por você, — ele finalmente diz quando minha mão
aperta seu pau como se as palavras fossem gravadas no meu peito. Ele arrasta
a ponta dos dedos sobre a minha carne, então agarra meu pescoço, me
puxando impossivelmente mais perto dele, e desta vez, eu permito que ele
domine. Sua coxa se move entre as minhas e meus quadris se movem
involuntariamente contra ele. Precisando de atrito. Fodendo sua perna como
um animal.

— Porra, Ethan, — eu encontro palavras entre os nossos movimentos, e então


ele está de joelhos, seu pênis na minha cara, e eu não penso duas vezes antes
de tomá-lo na minha boca. O pré-sêmen salgado da ponta reveste minha
língua e degusto o seu sabor.

Nossos olhos estão trancados enquanto o engulo em minha garganta, e ele


amaldiçoa humildemente. Neste ponto, não me importo quem nos ouve.
Estou perdido em tudo que esse homem é. Minha cabeça balança para cima e
para baixo, enquanto eu lambo e chupo seu eixo latejante.

De novo e de novo.

Sua mão me alcança, acariciando-me no ritmo dos meus movimentos. Estou


tão perto, mas fecho os olhos, respirando através do desejo, fazendo isso
durar o quanto for humanamente possível. Preciso transar com ele. Preciso
estar dentro dele agora mesmo. Tiro minha boca de seu pênis e olho para
cima.

— Quero estar dentro de você.


Ele acena, indo até à mochila que trouxemos do carro e pega um frasco de
lubrificante. Segundos depois, está na cama. Ele me entrega o frasco e se
move de mãos e joelhos na minha frente. Movo-me atrás dele e logo o líquido
frio está brilhando em sua pele. Trabalho seu corpo como eu faria com
qualquer outra pessoa. Meus dedos exploram o anel apertado de músculo,
provocando e estimulando-o, sentindo-o tenso, depois relaxando, fazendo
com que os rosnados baixos roncassem em seu peito.

— Eu também estou apaixonado por você, — rosno enquanto empurro a


cabeça do meu pau lentamente, centímetro por centímetro torturante, em sua
bunda. Ele é tão apertado, não sei como vou aguentar. Lentamente,
delicadamente, eu afundo nele, no meu melhor amigo, sabendo que isso está
certo. Eu quero isso. Preciso disso.

Centímetro por centímetro, eu me enterro totalmente, bolas profundas. As


mãos de Ethan apertam o lençol e seu corpo estremece abaixo de mim, e
então me movo, puxando meus quadris para trás e deslizando para dentro
dele. Porra. O prazer não é nada comparado à euforia que sinto.

Meus olhos estão tão fechados que vejo estrelas. Meus dedos cravam em seus
quadris, segurando-o perto, precisando dele mais perto. Quero mergulhar
dentro dele e conhecê-lo completamente, e quero que ele faça o mesmo
comigo. Levo a mão para a frente e aperto seu pau, acariciando-o, cada vez
mais rápido enquanto meus quadris bombeiam nele. Não demora muito para
ele rosnar seu orgasmo, cobrindo meu punho. Não posso segurar e esvazio
minhas bolas dentro de Ethan segundos depois.

Sem controle.
É isto.

Isto é perfeito.

Isto é amor.
Capítulo Vinte e Um

Ethan

O sol brilha através da janela. Ouço Brynn e Kristyn na cozinha, mas sei que
meu pai ainda está dormindo. É sábado e algumas coisas nunca mudam.
Mesmo quando era criança, lembro-me dele dormindo nos fins de semana.

Brock ainda está descansando ao meu lado. Seus olhos estão fechados e eu o
observo. É estranho saber que finalmente demos esse salto final para um
relacionamento real. Nós confessamos nossos sentimentos e fizemos sexo, só
nós dois. É real agora. Não que não tenha sido antes, mas quando você diz a
alguém que você o ama, é isso. E sei que uma vez que voltarmos para LA,
não demorará muito para que eu diga o mesmo para Camila.

— Assustador, — Brock murmura ao meu lado, sua voz rouca de sono.

— Foda-se, — atiro de volta, só para ganhar uma risada. Uma batida suave
na porta me diz que é Kristyn. Meu pai teria entrado. Ele é idiota assim. —
Entre, — digo para ela.

— Bom dia, meninos. — Ela sorri quando entra no quarto, chutando a porta
fechada. Usando um vestido branco que a faz parecer mais como uma mãe do
que qualquer coisa que já a vi usar. Talvez meu pai esteja estabelecendo
algumas regras, isso me faz rir. Ela coloca a bandeja sobre a mesa contra a
parede, em seguida, se vira para olhar para nós.

— Você nos trouxe café? Você não tem que fazer isso, — digo, subindo na
cama, mantendo minha virilha coberta. Eu a vi nua, mas ela
nunca teve o prazer de me ver nu e tenho que me comportar já que ela é
casada com meu pai e tecnicamente minha mãe. Isso me faz estremecer um
pouco.

— Eu quis. É preciso muita coragem para nos dizer o que você disse na noite
passada, e queria falar que estou orgulhosa de vocês dois. — Seu olhar flui
entre nós, carinho claro em suas feições.

— Obrigado, Kris. — sorrio.

— Sim, obrigado, — responde Brock. — Acho que contar a vocês é mais


fácil do que contar aos meus irmãos.

Ela balança a cabeça. — Eles vão te amar, não importa o que aconteça. Você
sabe disso, certo?

— Eu sei. Acho que estou apenas nervoso em finalmente dizer a todos que
estou apaixonado pelo meu melhor amigo, — ele lhe diz. Minha mão
encontra a dele e entrelaço nossos dedos. Minha madrasta sorri, e meu
coração se enche de felicidade agora nesta casa. A tristeza foi uma residente
permanente por tanto tempo, mas foi eliminada e só há sorrisos e amor.
Finalmente sinto que este é um lar novamente.

— Maaa, — o tom doce de Brynn vem do outro lado da porta soando como
se ela estivesse prestes a dizer sua primeira palavra, mas sei que é cedo
demais para isso. O som de seu chocalho no chão é uma indicação clara de
que ela está rastejando em nossa direção e, logo, há um baque na porta. Ela
provavelmente está tentando empurrá-la, mas não consegue alcançar a
maçaneta e a porta está fechada. — Eeeeee! — Algo que eu espero que em
breve seja ela chamando meu nome é gritado, e sei que meu pai vai acordar
com isso.
— Brynn, — sua voz profunda filtra através da porta, — venha aqui.

— Pequenas mãos e pés tamborilam no piso junto com o chocalho, e ela se


foi.

— É melhor eu ir buscar o café da manhã desse homem antes que ele


resmungue. — Kristyn sorri. — Quando vocês estiverem prontos, fiz um
pouco de comida, então comam antes de ir para a casa de Nixon, —

ela nos diz, mas está falando principalmente com Brock, que está claramente
nervoso hoje.

Se ele sente algo parecido com o que senti ontem à noite, duvido que a
comida lhe faça bem.

— Você está pronto? — pergunto a ele, levantando meu café enquanto ele
toma um gole do dele. Aqueles olhos azuis encontram os meus, e posso ver a
ansiedade dentro deles.

— Acho que sim. — Ele me oferece um sorriso nervoso. — Não vou mudar
de ideia, então se você acha que vai se livrar de mim tão facilmente, está
completamente errado, — ele brinca, colocando a caneca para baixo.

Engulo o último gole e rastejo sobre ele. — Acho que é hora de você me
mostrar o quanto você me ama, — digo-lhe, minha voz um sussurro baixo.
Ele se abaixa sem palavras, agarrando meu pau nu e acariciando até que sou
de aço sólido em sua mão.

— Acho que é hora de você pegar o que está salivando desde que fomos
morar juntos, — ele retruca. Rio com o imbecil arrogante.

Levantando de joelhos, eu o vejo rolar. Ele é esculpido em todos os lugares


certos, músculos flexionando quando se move. Escalo sua cintura, meu pau
aninhado em sua bunda, e não posso deixar de rolar meus quadris, fazendo-
nos gemer.
Pego o lubrificante e despejo uma quantidade generosa na pele lisa, então
massageio a abertura dele como fiz com Camila.

— Você está pronto para isso, mano? — rosno, meus dedos provocando-o, e
ele facilmente se move de joelhos. Quando os olhos de cobalto encontram os
meus, vejo o brilho do desejo. Trabalhando meus dedos nele, gentilmente os
deslizo, garantindo que ele esteja relaxado, solto e pronto para o meu pau.

— Apenas me foda, — ele rosna, perto de perder o controle.

Cutucando sua bunda, empunho meu pau, posiciono a ponta e lentamente


empurro para dentro dele. O anel apertado me envolve, apertando e pulsando.
Tenho que fechar meus olhos para me concentrar. As sensações passando por
mim são diferentes de tudo que eu já senti.

Espirais de calor atravessam todos os nervos do meu corpo.

Assisto com admiração quando meu pau desaparece em seu corpo e tremo
quando choques elétricos correm através de mim. Quero rosnar, gritar meu
prazer, mas não o faço. Em vez disso, continuo a me mover dentro dele,
entrando e saindo. Imito suas ações da noite passada, segurando seu pau
grosso, masturbando-o enquanto ele agarra os lençóis. Tapa de pele,
grunhidos ferozes e prazer - isso é tudo o que existe neste momento, e não
demoramos muito para encontrarmos a libertação.

O corpo de Brock estremece abaixo de mim, e o meu segue o exemplo


enquanto me esvazio dentro dele. Não quero me mexer. Tudo que preciso é
ficar ligado a ele pelo resto da minha vida.
Capítulo Vinte e Dois

Brock

Nixon está na piscina de sua casa nova quando dou a volta com Ethan um
passo atrás de mim. Está descansando ao sol, observando Rowan e Erica na
água, e não posso deixar de sorrir. Eles não nos viram chegar, e estou tentado
a pular só para jogar água em cima dele, mas me contenho.

— Nixon, Ro, — chamo quando estamos mais perto. Ele ergue a cabeça,
empurrando os óculos de sol, e levanta o olhar para me avaliar.

— Ei, Brock. Achei que você só chegaria mais tarde?

— Nós voamos um dia antes, — explico. Ele se levanta e se inclina para me


puxar para um abraço fraternal, batendo nas minhas costas antes de apertar a
mão de Ethan.

— Como você está, Ethan?

— Bem. É bom estar de volta, — meu melhor amigo ri.

— Oh, Brock. — Rowan sorri enquanto caminha em minha direção. Ela


parece incrível, e posso ver porque meu irmão e meu pai se apaixonaram por
ela. Mesmo que tivéssemos namorado, e eu me importasse profundamente
com ela, nunca a amei da maneira que ela merecia. Ela sai da piscina com a
mão de Erica na dela.

— Brock e Ethan estão aqui, — ela murmura para a pequena versão dela.

— Oi. — O sorriso radiante de Erica derrete meu coração enquanto eu a pego


em meus braços.
Rowan dá um beijo suave na minha bochecha e imita a ação na de Ethan.
Estar em casa novamente é bom. Eu deveria voltar mais vezes, e assim que
terminarmos a faculdade, vou visitar mais.

— É tão bom ver vocês dois, — Rowan sorri, a felicidade brilhando em seus
olhos, mas eu sei que ela ainda deve sentir falta do meu pai. Toda vez que
olhar para Erica, haverá uma pontada de tristeza, porque eu sinto isso.

— É bom estar em casa, — digo-lhe, enquanto a pequena mão de Erica bate


na minha camisa. Está encharcada, mas eu não me importo, apenas segurá-la
significa muito para mim. Ela é parte do meu pai e sinto que ele está aqui,
olhando para nós com orgulho. Engulo a emoção e ofereço um sorriso. —
Nix, e aí, cara?

— Entre. Vou pegar algumas cervejas, — responde com um sorriso.


Seguimos Nixon para dentro da casa, e mesmo que não seja a nossa casa de
infância, ainda me faz lembrar os meus anos de juventude e das festas na
piscina que tivemos. A única diferença é que há alguns brinquedos por aí, que
meu irmão pega quando entramos mais no espaço. Isso é algo que não
mudou. Ele sempre foi meticuloso, organizado, onde eu costumo deixar
minha merda por todo lado.

Assim que entramos na cozinha, a porta se abre e Camden entra com Hayden
- o mais velho dos quatro, e ele parece assim. Todo crescido, a imagem do
nosso pai em seu terno.

— Brock, Ethan. — Ele sorri, apertando a mão do meu melhor amigo, em


seguida, agarra meu ombro já que estou com Erica no meu colo. Ela
silenciosamente nos observa com aqueles olhos curiosos.

— Como estão os negócios? — questiono, e o olhar no rosto de Hayden diz


tudo.
— Bem. Vivendo a vida que papai pretendia, — ele me informa friamente.
Ele me queria ao lado dele no Four Fathers Freight, mas com o tempo, ele
chegou a um acordo que não ia acontecer.

— Tenho certeza que ele está orgulhoso de você, — digo a ele, ganhando um
aceno de cabeça.

— Como está a bela señorita5? — Camden fala, com um sorriso malicioso no


rosto. Idiota. Fixando-o com um olhar de advertência, balanço minha cabeça.

— Señorita? — Pergunta de Ro. — Existe uma garota que não conhecemos?

— Sim, ela é linda. — Meu irmão mais novo decide me jogar bem no fundo
do poço antes que eu possa responder.

— Obrigado, Cam, — reviro os olhos em frustração com o meu irmão mais


novo, dando as notícias que eu queria contar a eles.

As orelhas de Hayden se animam com isso. Ele se inclina para a frente, os


cotovelos no balcão do café da manhã.

— Nós voltamos para casa para conversar com todo mundo, — eu começo,
olhando de volta para Ethan por um momento, então permitindo que meu
olhar caia em cada um dos meus irmãos, depois Rowan. —

Camila é minha namorada. — Minha voz é cautelosa, e espero por um


segundo antes de continuar. — E Ethan e eu... — permito que minhas
palavras diminuam, esperando que eles entendam, mas nenhum deles se
move. Quando olho para Camden, ele levanta uma sobrancelha e seus lábios
se curvam com um sorriso mal disfarçado.

— Sim?

5 Señorita é o equivalente honorífico em espanhol de Miss ou Lady, o


equivalente feminino de Señor.
— Bem, Ethan, Camila e eu… estamos em um relacionamento, —

finalmente cuspo.

Um suspiro suave de Rowan me faz arrastar meus olhos para os dela. —


Fantástico! Estou tão feliz por vocês! — Ela pula da cadeira,
inadvertidamente, acordando Erica, que agora está animadamente pulando no
meu colo vendo sua mãe se aproximando de nós. Rowan envolve seus braços
em volta de mim em um abraço materno, dando um beijo na minha bochecha.

— Eu sabia, — Nix se vangloria com um sorriso. — Eu sabia que você e


Ethan eram uma coisa. — Não há raiva, nem julgamento, apenas pura
felicidade em seu rosto. Nixon sempre foi o sério, um solitário, mas desde
que está com Rowan, algo nele mudou, mas apenas ligeiramente.

Viro meu olhar para Hayden, esperando que ele diga alguma coisa, qualquer
coisa. Mas ele só fica lá por um momento antes de finalmente sorrir. — Um
verdadeiro fodido Pearson, — diz ele. — Papai teria ficado orgulhoso por
você ter conseguido duas pessoas incríveis para compartilhar sua vida.

Meu peito dói com as palavras dele. A tristeza corre através de mim e tenho
que piscar as lágrimas. Sinto falta de Eric Pearson, o idiota que ele era, e
desejo todos os dias que ele ainda estivesse aqui.

— Obrigado, pessoal, e obrigado, Ro.

— Estou tão feliz que está fora do saco, — Cam ri. Ele leva um copo de
limonada aos lábios e toma um longo gole. Quando ele abaixa, os olhos de
todos estão nele. — O quê? Eu consigo guardar um segredo. — Desta vez,
ele nos oferece uma piscadela que nos faz rir.

Olho para Ethan, que está sorrindo amplamente. Rowan está abraçando-o,
mas seus olhos estão em mim.
— Então, quando vamos conhecer Camila? — Hayden pergunta, pegando
uma cerveja na geladeira.

— Em breve. Nós queríamos fazer isso primeiro, mas ela vai vir para casa no
Dia de Ação de Graças, — respondo. Quero que ela conheça a família,
conheça os Pearsons e os Kingston, porque logo ela fará parte de tudo isso.
Vamos apenas esperar que não a assustemos.
Capítulo Vinte e Três

Camila

Um mês depois

Desde que eles foram para casa, tem sido um redemoinho de faculdade,
passar o tempo no oceano com minha prancha de surfe e estar em minha nova
casa. Ethan e Brock voltaram de suas férias e me pediram para morar com
eles. Mesmo que estejamos indo devagar, o mês passado foi incrível.

Meu pai estava inseguro no início, mas quando ele conheceu os meninos,
pôde ver o quanto eles se importavam comigo. Não havia nada que pudesse
desaboná-los, e acredite em mim, ele tentou muito encontrar.

Santiago Álvaro não é um homem fácil de agradar, mas com as conexões de


Brock e Ethan com a Four Fathers Freight, ele estava visivelmente
interessado em fazer negócios com Hayden e Levi. O sol já está alto no céu
azul claro e não há uma nuvem à vista enquanto assisto Ethan e Brock
lutarem contra as ondas. Eles estão ambos em suas pranchas de surf, e eu me
acomodo em uma das cadeiras do pátio para ver meus dois homens se
divertindo.

Nunca pensei que estar em um relacionamento com eles seria tão gratificante.
Enquanto eu crescia, foi incutido em mim encontrar um bom menino
espanhol, casar e ter alguns filhos, então para mim, isso é muito fora do
normal. Eles me dão tudo o que eu preciso e mais, muito mais.

Observá-los juntos, tão apaixonados, só me faz amá-los mais. Ainda não


dissemos isso, mas sei que em breve essas palavras sairão dos meus
lábios e confessarei meus sentimentos por eles. Amo os dois em sua
singularidade. Brock, o arrogante, de olhos azuis, rude, e Ethan, o doce de
olhos castanhos.

Tão diferente em suas personalidades, mas tão parecidos na maneira como


me amam. E eu sei que eles amam. Vejo isso em suas ações, na maneira
como olham para mim, me tocam e na maneira como fazemos amor.

Eles estão andando em direção ao apartamento, ambos os olhos em mim, e


lhes ofereço um aceno. Momentos depois, a porta da frente se abre e fecha.

— Bom dia, querida, — Ethan cumprimenta, colocando um beijo suave na


minha bochecha, seu cabelo ainda pingando. Está quase na altura dos ombros
agora, e posso enredar meus dedos enquanto a cabeça dele está entre as
minhas pernas.

— Vocês pegaram boas ondas?

— Sim, — responde Brock enquanto beija minha testa. — Houve uma porra
de uma onda que chutou a minha bunda, — ele me diz, caindo na cadeira em
frente a mim. Seus olhos azuis são ainda mais penetrantes à luz do sol.

— Perdi isto, — faço beicinho, rindo quando ele me mostra o dedo. O que eu
mais amo neles é que eles não me tratam como uma menina frágil. Sou igual
a eles. Mesmo com todas as suas ações de macho alfa, eles me fazem sentir
como um deles. Eles respeitam minha opinião.

— O que vamos fazer hoje? — Brock questiona, olhando entre nós dois. São
apenas oito da manhã, e planejei ficar de bobeira e não fazer nada hoje.
— Nós poderíamos... — A voz de Ethan se reduz a um sussurro, e os dois
olhos estão em mim. Não há nada inocente em nenhum dos dois.

— O quê?

— Só pensando, — diz Brock.

Ethan pisca. — Sobre você.

— Nua, — termina seu melhor amigo.

— Oh? E o que aconteceria se eu estivesse? — Pergunto timidamente,


procurando um dos botões da camisa de Brock, meus dedos habilmente
desfazendo-os um por um, permitindo que ela se abra. Quando acordei esta
manhã em uma cama vazia, não me incomodei em me vestir, só coloquei uma
camisa.

— Nós teríamos que levá-la para a sala de estar, porque não queremos que
ninguém te veja, ou ouça você gritar nossos nomes. — A voz de Brock está
cheia de confiança aquecida.

— E depois? — pergunto, levantando da minha cadeira. Virando-me para o


apartamento, deslizo o material sobre os ombros e deixo cair no chão.

Dois grunhidos profundos ecoam atrás de mim, e não posso evitar guinchar
quando os braços envolvem minha cintura. Ethan. Ele me levanta e anda para
dentro de casa até que eu esteja no grande sofá. Quando ele me põe para
baixo, sua boca bate na minha em um beijo tão faminto e selvagem, que
rouba minha respiração.

— Sente-se, — ele ordena enquanto se afasta. Brock está atrás de mim nas
almofadas de pelúcia, acariciando-se através de seus shorts. Eu me acomodo
no colo de Brock, de costas para seu peito. Ethan posiciona meus pés, um de
cada lado das pernas de Brock, me abrindo para ele. Ele
deixa cair a cabeça entre as minhas coxas, e sua língua quente bate no meu
núcleo, lambendo e chupando meu clitóris.

Olho para baixo para ver aqueles olhos escuros me espreitando enquanto ele
me devora. É assim que eu acordo todas as manhãs, olhos azuis ou castanhos
me observando.

— Oh, oh, Deus, — grito quando Ethan mergulha dois dedos em mim e os
entorta para bater naquele ponto dentro de mim que faz meus dedos dos pés
curvarem e meus quadris rolar contra ele, montando seu rosto como se fosse
um de seus paus. Os dedos de Brock provocam e torturam meus mamilos, e
não posso segurar minha liberação.

O prazer percorre cada centímetro do meu corpo. Meus nervos estão acesos e
meu sangue ferve, queimando através de mim. Tudo se torna estática quando
Ethan libera o pau de seu melhor amigo e o cutuca contra minha boceta.

— Cavalgue-o, — ele ordena, sua boca trabalhando o pau de Brock e minha


boceta. A visão é tão ilícita, deslizo para baixo na ereção grossa, abrindo-me
ainda mais, esticando-me ao ponto de dor, mas está longe da agonia, é pura
felicidade.

Meu corpo sobe e desce enquanto eu pulo em seu pau como uma mulher
possuída. Estou carente e pingando na língua do homem que eu amo sendo
empalada pelo outro.

Três corações.

Três almas.

Um para sempre.

— Eu amo vocês dois, — grito enquanto meu corpo pulsa e molho os dois
homens com meus sucos. Ethan sorri para mim depois que ele bebe cada
gota.
— Nós também amamos você, — confirma Brock. Ethan acena com a cabeça
e estou perdida na euforia.
Epílogo

Ethan

Sempre foi apenas meu pai e eu. Ninguém mais poderia substituir o espaço
vazio que minha mãe deixou. Era o nosso mundo e ele me ensinou como
sobreviver nele. Pensei que me tornaria frio, e por um tempo eu fui.

Não pensei em amar alguém.

Nunca me vi encontrando uma sensação de felicidade permanente. Era muito


improvável, mas eu tinha apenas uma visão limitada. Meu para sempre não é
com um, mas dois corações.

Eles estão na água, ambos em suas pranchas de surfe, e eu a observo por um


momento. Camila entrou em nossas vidas quando precisávamos dela. Seu
longo cabelo solto flui quando cai por suas costas, parando logo acima de seu
pequeno traseiro. Seu minúsculo biquíni rosa mal a cobre, mas ela é
briguenta e não nos permite dizer-lhe o que pode ou não usar.

Seu sorriso é brilhante enquanto ela olha para o meu melhor amigo. E é isso
que eu amo nela. Aquele sorriso. Aqueles olhos. E sua personalidade forte.

Brock sempre me diz que eu o salvei, mas ele não percebe o quanto ele me
salvou. Como ele fez eu me apaixonar quando era a última coisa em minha
mente. Não foi aquele tipo de descoberta, onde seus olhos se encontram e é
isso. Não, nos tornamos gradualmente a prancha um do outro, resistindo às
ondas juntos.

Nós enfrentamos uma nova vida agora. Nós três. Para sempre com três
corações que não apenas amam incondicionalmente, mas três corpos
que experimentam o prazer de uma maneira que duas pessoas jamais
chegarão perto. Talvez eu seja tendencioso. Sim, acredito que sou.

Meu olhar voa para ele - Brock Pearson. Seu cabelo escuro está molhado,
brilhando à luz do sol enquanto olha para Camila -

nossa garota. Seu corpo está se preenchendo, tonificado, bronzeado, meu.

Não é convencional.

Não é o tipo de romance cotidiano.

Mas quando a maçã não cai longe da árvore, como Brock e eu poderíamos ter
algo menos que único?

***

Brock

É o aniversário de Ethan hoje. Eu queria fazer algo especial -

oferecer-lhe um presente que nunca esquecerá porque me deu algo de que


sempre me lembrarei. Ele me deu minha vida de volta. Quando meu coração
parou de bater naquele dia, depois que meu pai levou um tiro, foi Ethan quem
me trouxe de volta.

Nunca me vi em um relacionamento normal. Se for honesto, nunca me vi


como um cara do tipo para sempre. Eu queria ser o playboy despreocupado
que meu pai era. Ele sempre foi o meu modelo, e mesmo que eu tenha
passado a maior parte do tempo dentro de cada garota quente que consegui,
sempre havia ele.

Ethan era a única pessoa que era uma constante. Eu precisava dele para
respirar, sentir e experimentar coisas que nunca pensei serem possíveis. Não
esperava me apaixonar pelo meu melhor amigo. Apenas aconteceu. Foi a
coisa mais natural finalmente sentir seus lábios nos meus, suas mãos fortes
me segurando, me puxando para mais perto.
E apesar de termos encontrado amor um com o outro, encontramos um
terceiro coração para amar.

Camila.

Sua força, tenacidade e aquelas curvas incríveis me fazem querer estar dentro
dela o tempo todo. Mas mesmo que o físico seja tão perfeito, o que a torna
tão atraente é o fogo que queima em seus olhos.

Ela não atura a nossa merda. Ela nos repreende e nos torna responsáveis
quando precisamos. O que fazemos às vezes. A porta se abre e ela entra.

— Ei. — Sua saudação é acompanhada por um pequeno sorriso.

— Ei, menina, — respondo, observando-a colocar a mochila no chão. Ela


vem na minha direção e planta um beijo em meus lábios. Eles se moldam aos
meus, como se fossem destinados. — Então, estive pensando, — sussurro,
esperando que Ethan não chegue em casa ainda. Se ele ouvir o meu plano,
isso estragará a surpresa. — Hoje à noite, devemos sair para um jantar
especial.

— Oh? — Ela inclina a cabeça para o lado enquanto me atravessa. — Para o


aniversário de Ethan? — Assentindo, murmuro ao longo de seus lábios, —
Sim, e eu quero você naquele vestido vermelho.

— Acho que posso dar um jeito nisso. — Seu sorriso é brilhante.

— Vá. Nós vamos sair assim que ele chegar em casa e se trocar. Não deve
demorar muito. — Eu bato na bunda dela, e ela grita, o que não ajuda o
endurecimento do meu pau.

Vejo-a correr pelo corredor até ao quarto que todos comartilhamos.

Sorrindo, viro-me para o meu computador e termino meu trabalho. Hoje à


noite vou finalmente cimentar nosso relacionamento.

***
Camila

O jantar foi incrível. Os dois caras parecem ter saído das páginas de uma
revista da GQ. Brock usando uma camisa azul que combina com seus olhos, e
calças pretas, e Ethan em uma camisa cinza e calça preta. Sem gravatas, mas
com o vestido que eu uso, combinou.

Brock comprou para mim há uma semana. A parte de trás é reveladora, mas a
frente só oferece um pequeno vislumbre do meu decote. Tiras finas brilham
nos meus ombros e a bainha para no meio da coxa. É sexy, mas elegante.

— Eu queria fazer um brinde esta noite, — Brock começa, levantando a taça


de champanhe que o garçom encheu há apenas alguns minutos. Levanto a
minha e Ethan segue o exemplo. — Vocês são incrivelmente especiais para
mim e, claro, hoje é o aniversário de Ethan.

Nós batemos nossos copos, e dou a um dos meus homens um beijo na boca.
Seus lábios, cheios e macios, sentem-se quentes contra os meus.

— Então, — continua Brock, — em homenagem a esta noite especial, eu


preciso dizer algo sentimental, — ele ri. — Não faço isso frequentemente,
então prestem atenção.

— Cara, — Ethan começa com um sorriso, — não precisa ser emotivo, você
sabe que eu te amo.

— É por isso que preciso dizer isso. Então cale a boca e escute. —

Brock revira os olhos, e eu rio de ambos agindo como um alfa enquanto


mostra o quanto eles se importam. — Quero que sejamos para sempre. Ter
nossa própria família um dia.

— Nós vamos. — Minha garantia o faz sorrir aquele sorriso que sempre faz
meu estômago tremer descontroladamente quando me
presenteia. Brock Pearson é bonito, devastadoramente, e não posso acreditar
que ele me ama. Eu sou a garota tímida de uma família rigorosa que não
conseguia entender a minha escolha de viver com eles, mas aos poucos, eles
estão aceitando que este é o nosso amor e a nossa vida.

Não é convencional, não é algo que você ouvirá todos os dias, mas é real e é
meu.

Brock coloca duas caixas na mesa, uma na minha frente e uma na frente de
Ethan. Elas são iguais, ambas um veludo azul profundo. Meu coração acelera,
pulando na minha garganta.

— Abram-nas. — Ele aponta para os objetos com o queixo.

Eu abro a minha, e lá, em um elegante colar de prata, há um pingente - um


medalhão. Quando clico nele para abrir, dentro está uma foto minha entre os
dois homens. Estamos na praia, foi o nosso primeiro encontro de surf depois
que eles vieram da família Pearson, junto com Levi e Kristyn e logo eu
estarei lá ao lado deles nas ocasiões especiais como parte dessa família.

— É lindo.

— Você é linda, — ambos respondem em uníssono, e todos nós rimos.

Ethan abre sua caixa, e lá no veludo há uma corrente - mais grossa e larga
que a minha, mas tem um relógio de bolso. Quando ele bate na fechadura, ele
se abre e tem a mesma foto do meu medalhão.

— Somos nós. Felizes. Para sempre. E quando for a hora certa, tornaremos
oficial. Não tenho certeza de como, mas com o tempo, descobriremos isso.

Meu coração está cheio de amor e carinho. Às vezes ainda me pergunto como
isso funcionará e, embora nem todos saibam sobre nós
três, não escondemos o fato de que estamos juntos. Não há espaço na minha
vida para julgamento. Pode não ser convencional, mas é meu. É

real. Há amor entre nós que ninguém pode quebrar.

Sorrio quando Brock prende a corrente em volta do meu pescoço. É

perfeita, delicada, mas tem uma promessa de tudo que eu nunca pensei que
precisava, que se tornou tudo que eu sempre quis - ser aceita por quem sou,
pela verdadeira eu que sempre escondi da minha família.

Os dois garotos se beijam, suas línguas se enroscam. A visão é erótica,


sensual e eu não posso dizer o que me deixa mais excitada –

observar os dois ou eles se concentrando em mim.

— Não fique aí sentada. — Ethan me puxa para mais perto, e eu os aperto


através de suas roupas.

— Vamos jogar.
FIM

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