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A presente tradução foi efetuada pelo grupo Warriors Angels of Sin (WAS),
de modo a proporcionar ao leitor o acesso à obra, incentivando à posterior
aquisição. O objetivo do grupo é selecionar livros sem previsão de publicação
no Brasil, traduzindo-os e disponibilizando-os ao leitor, sem qualquer forma
de obter lucro, seja ele direto ou indireto.
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download se destina exclusivamente ao uso pessoal e privado, abstendo-se de
o divulgar nas redes sociais bem como tornar público o trabalho de tradução
do grupo, sem que exista uma prévia autorização expressa do mesmo.
Eu tinha feito planos, pensei que estava na direção certa, e então uma bala
parou não apenas o coração do meu pai, mas o meu também.
E encontrei alguém que me deu um amor que nunca pensei ser possível.
As pessoas presumem que serei outro herdeiro do nosso império, mas o meu
coração pertence a outro lugar.
Dedicatória
Para as minhas safadas obscuras que pediram dois alfas quentes para devorar.
Espero que aproveitem o passeio!
Prólogo
Brock
O tempo passou.
Eu?
Eu fodo.
Eu bebo.
Observá-los lentamente seguir em frente com suas vidas me faz pensar se vou
chegar lá. Nixon está todo apaixonado por Rowan e Erica. Hayden tem Katie
e está administrando a Four Father's Freight. O
único que ainda me segura é meu irmãozinho Camden, mas, vendo bem, ele é
o mais novo.
Hayden não estava feliz por eu sair de casa, ou que quisesse estar tão longe,
mas eu não sou ele. Ele assumiu o negócio e eu não queria isso para mim.
Tenho saudades do meu pai. No final, os quatro garotos Pearson ainda estão
de pé. Depois de toda a merda que aconteceu quando meu pai foi brutalmente
assassinado, eu saí. Arrumei minhas malas e saí. No começo, apenas daquela
casa horrível que guardava lembranças tão cruéis, mas quando a faculdade
começou, parti para sempre.
Agora, moro em uma bela cobertura de praia com meu melhor amigo - a
única pessoa com quem posso sempre contar. E ele é o único que me conhece
melhor do que eu mesmo.
Ele faz o seu caminho pela praia em direção ao prédio onde moramos no
último andar. Ter dinheiro oferece certos privilégios. E ter pais como os
nossos - ou, no meu caso, ter tido - significa que somos mimados com luxos
que outras crianças da escola não têm. Onde a maioria das crianças está em
dormitórios apertados, estamos vivendo vidas melhores do que homens com
o dobro da nossa idade.
Antes de chegarmos ao que acontece depois. Antes de lhe contar tudo sobre
quem eu sou, preciso apresentá-lo a ele. Mesmo que eu tenha quatro irmãos,
apesar de ter um pai que eu amava mais do que qualquer coisa neste mundo e
uma mãe que foi morta antes mesmo que eu soubesse o que era afeto, ele
estava na minha história.
Foi ele quem ficou ao meu lado nos meus dias mais sombrios.
Meu Salvador.
Ethan Kingston.
Capítulo Um
Ethan
Passei minha vida em torno de um homem que eu admirava, meu pai, Levi
Kingston, um dos mais notórios playboys idiotas na Flórida. Ele costumava
foder qualquer coisa com uma boceta apertada e um par de peitos, até que
conheceu minha madrasta. Kristyn é linda. A primeira vez que a encontrei foi
um despertar surpreendente. Suas curvas estavam em exibição quando entrei
na minha casa de infância para encontrá-la nua e tudo em um espetáculo para
mim. Meu pai definitivamente tem muito bom gosto para mulheres.
Ela é mais nova que ele - muito mais nova - mas ele mudou desde que está
com ela. A única vez que me lembro dele mostrando afeto foi com minha
mãe. Quando ela morreu, ele se fechou. Eu era um adolescente raivoso que
culpava meu pai por estragar as coisas, mas no fundo, sabia que se ele tivesse
a escolha de ter minha mãe de volta ou viver sua vida de solteiro, ele a
escolheria sem pensar duas vezes.
Desde que a linda morena entrou em sua vida, ele é o homem de quem me
lembro dos meus anos de juventude. Um pai carinhoso e 1 University
Southern California – Universidade SoCal
amoroso com um bebê que o vem mantendo acordado durante toda a noite. A
garota tem dois pais amorosos e tenho orgulho de ter uma irmãzinha para
cuidar.
Vou para a cozinha, minha mente ainda no pai e Kristyn, e bato em uma loira
bonita. Seus grandes olhos azuis estão arregalados enquanto ela observa meu
corpo quase nu.
Assim que ela sai, suspiro, pego uma caneca e a preencho com um forte café
colombiano. O apartamento que temos perto do campus é perfeito. Com vista
para o mar e para o nosso próprio terraço que nos oferece espaço para
churrasco e para entreter os amigos da escola, nunca me senti tão feliz.
Enquanto tomo meu café, espio a loirinha saindo sem nem dizer adeus e sei
que Brock deve estar desmaiado ou amamentando uma ressaca. Desde que
viemos morar juntos, as coisas têm sido uma montanha-russa. Depois de
perder o pai há dois anos, ele vem trabalhando muito. Não muito tempo atrás,
eles tiveram que lidar com o fato de ter aparecido o verdadeiro pai de Nixon,
irmão de Brock, e foi aí 2 Lourinha
que ele me disse que achava que não queria voltar para casa depois de se
formar.
Acho que ele só gosta da liberdade que LA oferece. Nós surfamos sempre
que temos dias de folga, ficamos bêbados, transamos com garotas bonitas e
ocasionalmente ficamos chapados. Mesmo que o conheça toda a minha vida,
foi só quando o pai dele foi assassinado por aquele idiota, Jax Wheeler, que
eu realmente conheci Brock Pearson. Rapidamente formamos uma amizade
em torno de nosso amor por festas e convivência com ressacas perpétuas.
Uma vez que Eric e meu pai eram melhores amigos, era fácil ver como Brock
e eu caímos na mesma rotina.
Apesar de todo o drama ter acabado em torno dos Pearsons, Brock ainda está
inflexível em viver na Costa Oeste depois da faculdade. Acho que é sua
prioridade fumar maconha e beber tiros de vodka dos umbigos das dançarinas
no clube de strip local.
— Eu te disse para sair, — ele murmura para o travesseiro sem olhar para
mim. Levantando minha caneca, tomo um gole do meu café e dou risada.
— Foda-se você.
Ele murmura outra palavra incoerente, que acho que é alguma maldição.
— Ah, e diga às suas vadias para manter os olhos na cabeça da próxima vez
que virem o meu pau, — replico, oferecendo-lhe um olhar de lado.
Agora, vamos lá. Não sinto vontade de me atrasar para a aula do professor
Chilton.
— Estamos indo para a festa hoje à noite? — Brock pergunta antes de eu sair
do seu quarto.
Não posso dizer não para ele. Nós sempre nos divertimos, então eu me viro
para meu melhor amigo e sorrio. — Desde que compartilhemos o jantar desta
vez, estou dentro.
Como eu disse.
Tal pai, tal filho.
Capítulo Dois
Brock
Raiva.
Frustração.
E muita tristeza.
Minha cabeça lateja como um maldito tambor enquanto tento abrir meus
olhos e olhar para o meu reflexo. O sol bate no meu peito a partir da janela
aberta com vista para o oceano, o calor não está ajudando minha ressaca. O
baque constante parece um ritmo de metal pesado em repetição entre meus
ouvidos.
— Sim, sim, estou indo, — respondo sem olhar para ele. Não é a primeira
vez que ele me encontra nesse estado. Normalmente, ele estaria ao meu lado,
ou enrolado em torno da garota entre nós, mas hoje, ele está no momento
com o tom de um estudante sério tentando tirar boas notas.
Tenho boas notas. Meu GPA3 é perfeito, estudo pra caralho, e Ethan sabe
disso, mas ele gosta de me dizer quando estou agindo como um idiota. Culpo
meu pai por isso.
Por mais que ele me frustre quando está nesse humor, Ethan Kingston é meu
melhor amigo e o único que me entende. Desde que meu pai levou uma bala
fatal, posso ter ido ao fundo do poço algumas vezes.
Foda-se.
Assim que volto para o quarto, sinto seus olhos em mim. Puxo a cueca até
minhas coxas. Virando-me para encontrar os olhos escuros de Ethan, eu lhe
ofereço uma piscadela arrogante antes de colocar uma camiseta.
— Saia da porra do meu quarto, cara, a menos que você queira um pedaço
disso? — Eu pego minha virilha, e nós dois rimos.
Jogo o travesseiro nele, que facilmente pega e joga de volta, batendo na parte
de trás da minha cabeça. — Sua bunda feia precisa estar na aula. Nós temos
um exame hoje, — diz, girando no calcanhar de seu tênis chique.
Uma coisa que posso dizer sobre um dos melhores amigos do meu pai é que
ele tem um gosto incrível para bocetas. A mulher é nada menos que uma
supermodelo. E quando ela estava grávida, não muito tempo atrás, ela parecia
ainda mais atraente. Quem diabos imaginaria?
Empurrando o travesseiro para longe, visto meu jeans e ando até à cozinha
para encontrar Ethan no balcão tomando café. Apesar de discutirmos, há algo
muito maior entre nós - algo que eu nunca soube que existia. Ele me tirou da
escuridão que me consumia.
As imagens que passavam pela minha mente à noite, toda vez que fechava
meus olhos, me assombravam. Ver o corpo sem vida de meu pai olhando para
mim foi o suficiente para me enviar ao limite, mas foi Ethan
quem ficou ao meu lado. Ele acalmou as emoções erráticas que me atacaram.
Ele arrastou minha bunda para a academia diariamente. Sem reclamar, sem
sequer um julgamento pronunciado, ele estava ali a cada episódio. Foi
quando começamos a compartilhar mulheres. Quando eu precisava de um
lançamento, ele convidava qualquer coisa com um par de peitos e pernas
longas e ágeis para sua casa. A casa dos Kingston era meu santuário, e agora,
meu santuário é aqui.
Mas é mais que isso. Ethan estava lá em tudo que superei. Ele estava lá para
aliviar a agonia.
Cerveja.
Boceta.
Não é isso que você deveria fazer na faculdade - festejar seus dias até que
consiga um emprego em tempo integral e começar a agir como um adulto?
— Nada. Organize sua merda, Brock — ele fala, e sou tentado a mandá-lo se
foder. Mas conhecendo Ethan, ele provavelmente responderá com algum
comentário sarcástico.
Nossa amizade é mais profunda do que jamais imaginei. Nunca quis ninguém
no meu canto. Meu coração parou de bater quando meu pai morreu. Mesmo
estando perto dos meus irmãos, perder meu pai doeu mais do que eu poderia
imaginar. Foi uma dor tão profunda que roubou minha vontade de seguir em
frente.
E por mais que eu queira negar isso, não nego, porque, por mais zangado que
estivesse com ele por tomar Rowan como se fosse sua, eu nunca poderia
odiá-lo. E agora estou aqui sem ninguém para ficar com raiva, então Ethan é
o único que suporta o peso da minha merda. Felizmente, ele ainda não
desistiu.
Capítulo Três
Ethan
Quando minha mãe morreu, meu pai praticamente bateu algum senso em
mim quando eu queria passar mais tempo surfando na praia do que indo para
a escola. Mas com meu melhor amigo, é diferente. Ele testemunhou a morte
brutal de seu pai, viu sua vizinha grávida levando uma bala no estômago, e
então, para piorar a situação, descobriu que sua mãe não tinha fugido e estava
enterrada a poucos metros da piscina que passamos a maior parte dos dias. A
merda que desceu na residência de Pearson era fodida.
Nossa amizade significa muito para mim, mesmo que eu nunca diga isso na
cara do idiota. Ele já é muito arrogante para o seu próprio bem. Tal pai, tal
filho. Mas me preocupo com ele, talvez mais do que deveria ou gostaria de
admitir. Nos últimos anos, os sentimentos mudaram entre nós. Há muito mais
entre mim e Brock do que qualquer um de nós estava disposto a admitir.
— Estou pronto, — ele sai de seu quarto, parecendo que está prestes a ir para
uma sessão de fotos. Com sua pele bronzeada, olhos azuis e cabelos escuros,
ele se parece mais com Eric a cada dia -
um playboy em formação.
Sigo Brock até ao jipe parado na minha vaga no estacionamento. Assim que o
motor ronca, ele liga o som, aumentando o volume até quase ao máximo, e
me pergunto o que aconteceu com a ressaca. A menos que ele tenha tomado
alguns analgésicos. Não pergunto. Em vez disso, acompanho a batida do rock
dos alto-falantes enquanto me misturo no trânsito em direção à escola.
Porra.
— Uma pequena coisa que tenho estado de olho nas últimas semanas, —
digo-lhe, um sorriso curvando meus lábios. — O que você acha? — Lancei
meu olhar para Brock, que está olhando para ela.
A garota em questão é pequena, vestida com uma calça jeans rasgada que
abraça suas coxas esbeltas. Sua blusa é branca, justa e oferece uma visão
inebriante de seus seios. A suave pele cor caramelo sugere um bronzeado
natural, e quando ela se vira, tenho um vislumbre da bunda que venho
imaginando na minha frente enquanto a fodo por trás.
— Cara, — Brock grita, — você está ficando com tesão ao meu lado?
— Vamos, — diz Brock. Ele está fora do carro em segundos, mas eu não me
movo. Veho-o andar até à garota com uma arrogância que me diz que está se
sentindo confiante demais. Há algo nela que me faz pensar que ela não vai
cair nessa merda.
Saindo do veículo, vou até onde ela ainda está parada, segurando uma pilha
de livros e olhando em volta como se estivesse perdida. Não preciso de muito
tempo para alcançá-la e, quando o faço, o cheiro de coco e de oceano emana
dela. Minhas duas coisas favoritas.
— Uma surfista, — digo, assim que ela vira seus grandes olhos azuis para
mim. São luminosos contra sua pele bronzeada. Ela é exótica e estou louco
para sentir seu gosto.
— E você sabe disso como? — Ela se vira, voltando toda sua atenção para
mim.
— Então, você ama as ondas também? — Ela enruga o nariz quando olha
para mim, o sol brilhando em seu colar de ouro e um pequeno pingente de
golfinho pendurado entre seu decote.
— Bem, diga a ele que não deveria tentar isso quando beber. Não é atraente.
— Suas palavras fazem outra risada roncar no meu peito.
Mas quando olho para Camila, não vejo nada que precise ser encoberto. Ela é
perfeita como é. Vejo beleza em suas roupas casuais e no fato de que ela não
usa maquiagem. É refrescante, diferente, e meu pau concorda, latejando ao
ver seu sorriso.
— Bem, meu pai se mudou para cá da Espanha quando eu tinha dez anos, —
ela me informa, com um sorriso suave nos lábios. Seus olhos brilham quando
olha para mim.
Concordo. — Venha. Ele não é tão ruim quanto você pensa que é.
Capítulo Quatro
Brock
Eu o vejo flertar e não posso deixar de sorrir. Quando a vi, ofereci a opção de
compartilhar e, se sei de alguma coisa, é que meu melhor amigo não pode
recusar um trio com uma mulher bonita.
Começou com uma noite sem planejamento. A química estava lá e eu fui com
ela. Somos jovens, experimentamos e eu gosto disso - ele também. Meus
irmãos têm suas suposições sobre minha sexualidade. Eu sei que eles têm,
mas eles supercomplicaram algo que é bem simples.
Nunca neguei que há algo entre Ethan e eu, mesmo que nunca tenhamos dito
isso em voz alta. Sempre esteve lá e, com o tempo, só se tornou mais óbvio.
Sim, gostamos de foder a mesma mulher ao mesmo tempo, mas nunca nos
aventuramos mais do que isso. Não por conta própria.
Quando ele passeia em direção ao prédio com ela ao lado dele, sei que está
no saco. Minha cabeça ainda está batendo quando eles se aproximam de mim,
mas pisco para longe a ressaca violenta e ofereço-lhe um sorriso.
Olá.
— Eu sou o babaca, — digo-lhe, pegando a mão dela na minha, levantando-a
aos meus lábios e pressionando um beijo em seus dedos. —
— Onde é sua próxima aula? — Ethan revira os olhos para mim, então
arrasta o olhar para ela. Ele está intrigado pela beleza dela, excessivamente.
— Ela olha na minha direção, persistente antes de levantar para o meu olhar.
Com Ethan à sua esquerda e eu à sua direita, nós a conduzimos para o grande
edifício onde encontramos estudantes circulando. Ela nos conta sobre seu
amor pelo oceano, como veio para cá estudar e surfar, e não posso deixar de
sorrir quando penso em seu corpinho firme em trajes de banho.
— Você vai ter que ir a uma das nossas festas na piscina, — eu ofereço,
olhando para o meu melhor amigo.
— É isso? — Ela parece quase nervosa. Sua inocência é como uma droga que
estou morrendo de vontade de provar.
— Nos veremos depois, certo? — Ethan sorri. Ele sempre foi tão relaxado e
as garotas adoram.
— Isso é legal. Tchau, Brock. Tchau, Ethan. — Ela acena timidamente e nos
deixa encarando sua bunda firme naqueles jeans apertados.
— Jesus, as coisas que eu quero fazer com aquela bunda, — sorrio, meu pau
já pulsando com o pensamento de deslizar entre suas bochechas.
— Vamos lá, cara. — Ethan me puxa para a nossa sala de aula, e longe da
linda menina que estou morrendo para sentir o gosto. — Você é um
prostituto, — meu melhor amigo ri.
Olha, Monique...
— Lauren, não estamos juntos e nunca vamos estar juntos, então pare de
tentar, querida, — informo-a, mantendo meu tom baixo, esperando como o
inferno que esteja sendo bem claro.
— Você não precisa ser um babaca, — ela bufa, suas bochechas ficando rosa
brilhante. Meu olhar cai para seus falsos lábios carnudos e
não posso evitar a repulsa que flui através de mim. Ela me lembra das
mulheres que meu pai costumava foder - bonecas Barbie falsas. Por mais que
eu não queira ser como meu pai, sempre acabo na cama com essas garotas
falsas e pegajosas. Não percebo isso até que acordo na manhã seguinte e me
arrependo de cada momento. E nesses momentos, eu só queria ter a coisa real
- uma mulher de verdade que conseguisse manter uma conversa inteligente.
— Confie em mim, querida, eu sei. Sou um idiota. Então, sugiro que você
gire os seus saltos foda-me e me deixe em paz. — Sem mais palavras ditas.
Ela gira o que suponho deveria ser sedutor, mas está longe disso, e eu não
posso deixar de balançar a cabeça. Sento no meu lugar ao lado de Ethan
quando sinto seu olhar em mim. — O quê?
— Nada.
— Não me dê essa merda. Diga o que você quer dizer. — Arrastando meu
olhar para o dele, encontro seus olhos castanhos escuros.
Ele encolhe os ombros, girando o lápis entre os dedos. — Você sabe que está
igual a ele. Você às vezes perde o foco em quem você é.
— Foda-se, Ethan.
— Mais tarde. — Ele sorri quando nosso professor entra na sala de aula, e
meu peito aperta na expectativa de que ele estaria disposto que algo
acontecesse entre nós também. Meu pau pulsa no jeans com o pensamento.
Olhando para frente, tento me acalmar, mas sei que nada vai limpar minha
mente dos pensamentos que agora correm pela minha cabeça.
Capítulo Cinco
Ethan
O sol bate nas minhas costas enquanto atravesso a água cristalina, minha
mente cheia de pensamentos de nossa nova conquista -
A maioria das garotas que compartilhamos estava procurando por isso. Elas
não se importavam em ter ambos - era exatamente o que elas queriam - mas
tenho a sensação de que Camila é diferente. Ela vai precisar de persuasão.
Talvez um encontro com cada um de nós antes de jogá-la no fundo do
oceano.
O que me traz de volta aos meus sentimentos. Ainda não lhe contei sobre
Brock. Pelo menos, não contei a ninguém que sou bi. Papai não se importaria.
Ele não é do tipo que me rejeita por algo tão trivial, mas preciso contar-lhe,
porque a cada dia que estou aqui, morando com meu melhor amigo, percebo
que meus sentimentos estão muito mais
profundos do que esperava. Mesmo que Brock e eu não tenhamos dado esse
passo fisicamente, espero que o façamos.
Há momentos em que eu gostaria que meu pai não tivesse sido tão idiota
enquanto eu crescia. Tempos em que me pergunto o que teria acontecido se
minha mãe estivesse viva, se ela o tornaria mais como pai do que como
sargento. Ainda me lembro de quando ela estava por perto, como o fazia
sorrir.
Mesmo que Kristyn tenha chutado o rabo dele, não achei que ele mudasse,
mas com minha irmãzinha, Brynn, ele se tornou novamente o pai que eu
lembro. Passa muito mais tempo em casa, o que é um bom sinal. Mas não
tenho ido para casa há algum tempo, o que preciso corrigir em breve. O
problema é que eu preciso abordar o assunto com Brock.
É aqui que ele é mais ele mesmo do que em qualquer outro lugar.
O lugar é uma pequena choupana não muito longe de onde estamos surfando.
Quando ele me oferece um sorriso, um que conheço muito bem, eu aceno.
Ele tem algo em mente.
Caminhamos, molhados, em direção ao pequeno café. Depois de cravar a
ponta das nossas pranchas na areia, eu o sigo até ao balcão, onde ele pede
duas águas de coco e dois pratos de batatas fritas.
— Não, quero dizer… porra, eu só não quero que eles fiquem bravos, ou
alguma merda. Você sabe? Hayden não ficou feliz por eu querer estudar tão
longe de casa e morar aqui permanentemente... — sua voz diminui, e sei
exatamente o que ele quer dizer - finalmente teríamos que falar sobre nossas
emoções ou o que está acontecendo entre nós, porque definitivamente há algo
entre nós. Ele olha para mim, seus olhos segurando toda a emoção que está
sentindo - que eu estou sentindo.
— Dois pratos de batatas fritas, — uma voz doce familiar vem em direção a
nossa mesa, interrompendo a conversa. Nós dois olhamos para cima, e lá, em
um avental branco, está a nossa beleza desta manhã. — Oh, oi. — Ela sorri,
fazendo meu peito doer. Quando olho para Brock, ele está sorrindo de orelha
a orelha.
— Você ama meu pau, — ele brinca enquanto afoga seu almoço em ketchup.
Ele dá de ombros antes de devorar suas batatas fritas. O desejo tácito entre
nós está no ponto máximo. Talvez eu deva fazer a jogada. Se
eu fizesse isso, a pressão acabaria. Nossa brincadeira lúdica não é mais
apenas diversão, tornou-se mais.
***
Levi.
Bem. Estamos pensando em voltar para casa em algumas semanas, assim que
tivermos uma folga.
— Acho que você deveria, — diz ele. — Sei que Kristyn gostaria de ver
você, e Brynn precisa lembrar como seu irmão se parece. — Eles ficaram
divididos entre os nomes logo antes de Kristyn dar à luz, mas assim que ela
nasceu, o nome Brynn surgiu. Tem um bom som nele. Brynn Kingston. Ela
tem apenas seis meses e já envolveu meu pai em seu dedo mindinho.
Eu aceno porque sinto falta da pequena munchkin4. — Sim. Vou levar-lhe
algo da loja no caminho. Vou perguntar a Kristyn o que ela precisa.
— Cuidado com a boca e não amaldiçoe perto de Brynn quando você chegar
aqui, — ele grunhe, sempre o pai amoroso.
— Você vai respeitar ela e Kristyn, — retruca. Jesus, meu pai pode ser um
idiota às vezes.
— Diga oi para Brock, — me diz. — Deixe-me saber quando você virá para
que eu possa ter certeza que o quarto de hóspedes esteja arrumado para ele.
— Eu aviso. Tchau, pai. — desligo, sabendo que ele queria dizer que Kristyn
vai garantir que tudo esteja pronto para a nossa visita. Assim que Eric foi
assassinado, e eles encontraram o corpo da mãe de Brock em seu quintal,
meu melhor amigo praticamente se mudou para nossa casa. Ele viveu lá por
tanto tempo, que se tornou parte da nossa família.
Volto minha atenção para a tela, me concentrando. Se essa merda não for
feita, vou tirar uma nota ruim, e essa é a última coisa que eu preciso ouvir
Levi reclamar.
Brock
— Acho que vai fazê-la se sentir mais confortável com a gente e, em seguida,
gentilmente empurrá-la na direção de um trio, — diz ele, soando como se
estivesse planejando isso.
— Certo, quando?
— Esta noite? Eu, você e Ethan — digo-lhe, apontando para o jipe. Posso
sentir os olhos do meu melhor amigo em mim, me queimando. — Nós
gostaríamos de conhecer você.
— Isso soa bem. Envie-me o endereço, — ela me diz com um daqueles
sorrisos largos, seus olhos brilhando de excitação.
— Talvez você esteja certo, — ele diz, ligando o carro. Não posso esconder o
choque no meu rosto. Às vezes, nós discutimos sobre meus métodos, mas
agora, estou sorrindo como um idiota porque ele realmente concorda comigo.
— Sim. O que você quer? — Ele ri. — Acha que se eu fizer alguma massa
ela vai ficar impressionada e nos oferecer seu corpo doce?
— Ah! Você está soando cada vez mais como eu o tempo todo, —
eu rio.
— Brock, — meu irmão diz em um tom que combina com o do meu pai.
Desde que ele assumiu a empresa, mudou um pouco, e é por isso que eu
nunca quis fazer isso. Nunca me vi de terno e gravata todos os dias sentado
atrás de uma mesa.
— Como você está?
— Bem. Queria saber quando você está planejando voltar para casa,
— Sim. Nós queremos voltar para casa, — sufoco quando a mão do meu
melhor amigo encontra minha virilha. Meus jeans estão ficando
insuportavelmente apertados quando ele aperta meu pau através do material,
fazendo um gemido roncar no meu peito. Meu coração bate nas minhas
costelas enquanto o desejo queima através de mim, aquecendo meu sangue,
fazendo meu pau endurecer. Claro, nos tocamos em ocasiões em que levamos
garotas para a cama, mas esta é a primeira vez que somos apenas nós.
Óbvio que, sendo Ethan, ele escolheria o momento exato em que estou no
telefone com meu irmão para fazer um movimento. Ele está fazendo um
movimento, certo? Ou ele está zoando comigo? Viro meu olhar para ele,
afastando sua mão, mas sua resposta é uma risada baixa.
Ele não me olha diretamente, e tenho certeza que está apenas brincando
comigo, até que finalmente encontra o meu olhar. Os olhos escuros de Ethan
queimam com luxúria. Por mim. Meu pau pulsa em seu aperto com a fome
em seu olhar.
um pouco calmo demais. Ele sabe. Eu sei que ele sabe. Meu irmão não é
burro.
— Sim, claro. Ele vai amar isso, — respondo-lhe enquanto Ethan massageia
meu pau sólido como pedra através do material que me separa da mão dele.
Minha mente gira enquanto tento me concentrar na conversa com meu irmão.
Porra, estamos fazendo isso. Ele está fazendo isso. Não há brincadeira. Meu
melhor amigo está acariciando meu pau através do meu jeans e não há uma
mulher à vista.
Nossos lábios se moldam juntos, o calor queimando através de mim, sua mão
ainda me apertando enquanto a minha livre encontra seu eixo rígido. O calor
me consome, selvagem e incinerador. Então, rapidamente, ele me leva ao
ponto em que sinto que posso explodir. Ninguém nunca teve um efeito tão
intenso sobre mim.
Ethan
O calor do seu beijo me queima até à alma. Eu sabia isso. Sempre soube
disso, mas nunca admiti. Só me permiti pensar sobre isso. Eu sabia que um de
nós tinha que fazer a jogada. E decidi que seria eu. Por que escolhi fazer isso
enquanto ele estava falando com seu irmão está além de mim, mas eu fiz isso,
e ele não me afastou. Sua carranca, aquela tensão que une seus músculos me
fez querer vê-lo sorrir, e a única coisa que consegui pensar foi em tocá-lo,
senti-lo duro na minha mão.
Nós já fodemos antes com uma garota entre nós, mas isso é diferente. Eu o
quero. Sozinho. Apenas nós dois. Enquanto suas mãos percorrem cada
cavidade e cume do meu peito e estômago, percebo que sempre o quis e nada
vai mudar isso.
— Isto é...
— Você quer isso? — Empurro meu jeans para baixo e saio deles, mas não
baixo o meu olhar. Estou trancado nele. Meu pau está grosso e duro em
minha boxer, pronto para algo - para ele.
Ele remove seus jeans facilmente, permitindo que eles se agrupem no chão, e
vejo quando ele sai deles.
Caindo de joelhos, puxo a cueca de Brock para baixo e pego seu pau duro,
nunca querendo algo tanto como isto na minha vida. Minha mão o segura
com firmeza e começo a movê-la devagar, para cima e para baixo,
masturbando meu melhor amigo. A excitação brilha na ponta e me inclino
para ele - algo que nunca fiz antes.
O suco salgado reveste minha língua enquanto o chupo na minha boca, bem
devagar. Meu olhar se fixa no dele, encontrando aquelas esferas azuis. Eu o
levo mais fundo, me deleitando com sua dureza sedosa na minha língua. Um
gemido de Brock ressoa em minha direção, seus
olhos brilhando com desejo desenfreado. Eu o vi foder, o vi fazer a mulher
gritar seu nome, mas isso... É muito mais.
— Toque-se, — ele implora, sua voz rouca e gotejando com a sedução que
normalmente oferece às garotas que sorriem para ele. Minha mão segura meu
pau, acariciando-o, sentindo-o e eu pulso com prazer.
Movo minha boca para cima e para baixo, mais e mais rápido, até que ele
agarra meu cabelo, me segurando firme. Permitindo que minha boca saia de
seu pênis, ele sorri para mim e balança a cabeça.
— Brock.
— Na minha boca, — ele diz, em seguida, me leva até sua garganta. Olhos
azuis brilham e eu não posso me segurar. Meu corpo se sobrepõe à minha
mente enquanto atiro jato após jato de gozo na boca do meu melhor amigo.
Camila
Minhas mãos estão trêmulas, as palmas suadas. Parece clichê, mas todas as
emoções que Brock e Ethan provocaram em mim me deixaram tremendo. Eu
ouvi rumores sobre eles. Quando mencionei o nome de Brock para uma das
minhas colegas de classe, ela disse que eles têm uma reputação de
compartilhar meninas, e eu me pergunto se é isso que eles querem comigo.
Quando penso sobre Brock e Ethan, no entanto, me pego sorrindo como uma
idiota, como se eu estivesse animada por estar me aventurando em um
caminho que nunca pensei em tomar. Algo novo e diferente. Imaginando
como isso funcionaria com os dois, inalo profundamente tentando acalmar
meus nervos, o que não ajuda em nada, duvido que qualquer coisa possa
ajudar nesse estágio.
Os caras não estavam nos meus planos porque eu queria focar nos estudos,
mas também quero me divertir e aproveitar o meu tempo aqui. Quem vai
dizer que não posso ter tudo? A princípio, achei que
gostava de Ethan, mas depois Brock apareceu e agora estou confusa. Gosto
de ambos. E parece que eles estão bem com isso.
Possivelmente.
— Começaram a festa sem mim? — Ele brinca, inclinando-se, sua boca está
tão perto da minha, mas não toca.
Suas mãos encontram as curvas de meus quadris e ele me puxa para mais
perto. Seus lábios encontram os meus em um beijo suave e ainda assim
abrasador. Sua língua pede entrada com uma sonda gentil, e eu dou-lha.
Eu queria beijá-lo desde que ele andou até mim há alguns dias atrás, mas
nada poderia ter me preparado para as borboletas descontroladamente
vibrando no meu estômago. Ele tem gosto de refrigerante e doce - e quero
muito mais.
A mão de Brock passa pelo meu braço, arrastando minha atenção para ele.
Com um sorriso torto, ele me diz: — Se alguma coisa parecer desconfortável,
você nos avisa, ok?
— Aviso.
— Promete? — Ele está falando sério, tão sério, e isso faz meu coração
disparar.
Momentos depois, estamos todos à mesa, pratos cheios e dois pares de olhos
em mim. — Conte-nos sobre você, — diz Ethan, um brilho curioso em seus
olhos.
— Bem, eu tenho uma irmã, e não sou exatamente o tipo que sai, então gasto
a maior parte do meu tempo lendo ou surfando, — eu começo, enchendo meu
garfo com macarrão antes de colocá-lo na minha
boca. Quando os sabores tocam minha língua, não posso deixar de gemer de
prazer. — Isso está incrível.
Minha mãe... — suas palavras desaceleram, e tenho a sensação de que ele vai
me dizer algo ruim. — Ela morreu quando eu era muito jovem, — ele
continua depois de tomar um gole do refrigerante ao lado de seu prato.
— Sinto muito.
Ele sacode a cabeça. — Tudo bem. Quer dizer, meu pai foi bom para mim,
apesar de muitas vezes não nos entendermos.
— Quatro irmãos, um mais velho, dois mais novos. Minha mãe e meu pai não
estão mais por perto. — Quando ele diz isso, meu coração dói. Há uma
tristeza em seu olhar que entristece meu peito. — Não há realmente muito
para contar. — Ele dá de ombros, e eu posso ver a dor em seus olhos. Não
insisto, permitindo que o assunto mude quando Ethan me pergunta sobre o
que eu pretendo fazer depois da faculdade.
— Ainda não estamos juntos, mas nos importamos um com o outro. Se é isso
que você queria saber. — Ethan me tira da minha miséria com a resposta
dele.
Brock
Ela olha para mim estranhamente por um momento. Não de um jeito ruim,
mas quase como se ela estivesse tentando me decifrar. A única pessoa que já
foi capaz de fazer isso é Ethan. Seus olhos são únicos, quase em forma de
gato, e são azuis, mas não como os meus. Os dela são profundos, sem fim e
me lembram do oceano.
elogio de Ethan faz com que suas bochechas escureçam ainda mais. Ela é
linda pra caralho. Muitas vezes, ao longo dos anos, eu estive com garotas,
mulheres, e eu diria que elas eram gostosas, ou comíveis, ou algo assim, mas
Camila não é nenhuma dessas coisas.
Sendo como meu pai, eu sempre fui do tipo “foder e largar”, mas com ela,
acho que posso me tornar um viciado em seu gosto, seu sorriso e nessa pele
caramelo incrivelmente sexy. Imagino que ela tenha um gosto muito doce.
— Não sou puritana, mas nunca estive com dois caras, — ela sussurra. Não
há julgamento, apenas inocência pura.
Ela sorri timidamente, seus longos cílios escuros tremulando contra as maçãs
de suas bochechas. Jesus, ela é incrível.
Ela sorri, e meu coração se enche com algo que eu só sinto quando estou com
Ethan. Estranhamente, isso não me faz temer o que sinto, é quase libertador.
Talvez tenha sido assim que meu pai se sentiu quando olhou pela primeira
vez para Rowan. Eu certamente nunca me senti assim sobre a minha ex-
namorada. Quando o pai a “roubou” de mim, não fiquei realmente
machucado sobre isso. Consegui o carro que me prometeu e ele ficou com a
garota. Meu orgulho sofreu um golpe por cerca de um dia, mas toda vez que
eu acelerava o motor, sabia quem realmente tinha vencido.
Camila pega sua bebida, engolindo o vinho, olha para Ethan, então encontra
meus olhos azuis com os seus azuis. Seus lábios estão molhados com o
líquido vermelho, e estou tentado a lambê-los, sugá-los e fazê-la choramingar
enquanto mordo a carne gorda.
Camila se levanta e leva seu prato para a cozinha. Quando regressa, vai até à
janela para ver as ondas à distância.
— Que tal relaxarmos na sala de estar por um tempo? — sugiro uma vez que
todos os pratos estão limpos e as taças de vinho vazias.
— Certo. Não posso ficar fora até tarde, no entanto. Meu pai não vai gostar,
— Camila nos informa.
— Posso pedir uma coisa? — O tom dela é ofegante, deixando claro que ela
adora ficar entre nós.
— Claro. — Eu aceno.
beijar-se?
Sua pergunta me deixa imóvel por um momento. Essa era a última coisa que
eu esperava que ela dissesse. Olho para o meu melhor amigo e ele dá de
ombros. Após o nosso avanço recente, isto será um passeio no parque. Eu me
afasto de Camila e vou em direção a Ethan, mas pelo canto do meu olho, vejo
seus lábios cheios se abrir em um suspiro quando Ethan
aperta minha nuca, puxando-me para mais perto. Áspero, vigoroso e puro
macho alfa.
Minha língua duela com Ethan, quente e úmida. Meu pau lateja, endurecendo
por ele - pelo meu melhor amigo.
— Toque sua calcinha bonita para nós, baby, — diz Ethan, sua voz baixa,
pingando desejo. A corrente elétrica ao nosso redor está me consumindo e
estou perdido nesta cena.
Ela timidamente move a mão para baixo do seu corpo magro em direção a
sua boceta. O gemido de Camila faz meu pau pulsar e seus dedos delicados
desaparecem entre suas coxas.
— Por dentro da calcinha, quero ver o quanto você está molhada, —
digo-lhe.
Faz apenas alguns dias desde que conhecemos a pequena beleza espanhola,
mas há algo mais acontecendo entre nós três, e mal posso esperar para
finalmente experimentá-la. Quando quebro o beijo, inclino-me mais perto
dela, inalando seu doce perfume. Ethan me imita, encapsulando-a.
Estou prestes a puxá-la entre nós quando um celular toca de algum lugar da
casa. Camila corre até ele, deixando-nos olhando para ela. Quando pega o
telefone, franze a testa para a mensagem, depois olha para nós dois. — Eu
não quero ir, mas meu pai está preocupado comigo,
— diz Camila.
— Está tudo bem. Eu estou com meu carro, — diz, sorrindo, e nós dois nos
aventuramos em direção a ela.
— Logo, nós vamos devorar você, mas quanto mais lenta a jornada, mais
explosiva será a chegada, — eu lhe prometo, porque mal posso
esperar por ela. Estremece com minhas palavras e eu sorrio. Eu a quero, eu
quero isso. E nós vamos ter isso muito em breve.
Capítulo Dez
Ethan
— Quer pegar algumas ondas? — A voz de Camila vem de trás de mim. Ela
sorri, a mão na prancha na areia ao lado dela - uma visão sob o sol quente. A
areia está quente sob os pés, e posso sentir o olhar de Brock me seguindo por
trás. Ele está na espreguiçadeira depois de uma hora no oceano, observando a
paisagem.
Sendo este o nosso último ano na faculdade, os nossos horários são mais
intensos e carregados, por isso estamos ocupados. Mas ambos estamos
ansiosos para ver mais dela.
Sua pele cintila na luz do sol, fazendo-a parecer que está brilhando, e tenho
que afastar o olhar novamente para que não acabe com um tesão
enorme. Uma onda se forma não longe de nós, e seu grito é o suficiente para
me dizer que ela está prestes a pegá-la.
— Vamos. — Pegando minha prancha, corro atrás dela enquanto ela sobe até
Brock. Assim que o alcança, ela balança seus longos cachos sobre ele,
pingando água fria por todo seu bronzeado, suas costas lisas.
— Porra!
Ela sempre tem algo interessante para nos dizer, e gosta de nos contar sobre
suas aulas, novos livros que está lendo, ou até mesmo discutir suas
atribuições de História da Arte com tanta confiança quanto se ela estivesse
falando sobre surfe. Seu amor pelo oceano me deixa maravilhado.
Pelo tempo em que a conhecemos, nem Brock nem eu olhamos para outra
mulher. Nós nem falamos sobre ir a nenhum dos clubes.
Vi uma mudança nele nas últimas duas semanas, e espero que isso seja Brock
seguindo em frente. Ele esteve no escuro por muito tempo, e me dói vê-lo
assim, ver sua dor.
Nunca pensei que seria capaz de ver uma mulher que me interessa com outro
homem, mas Brock me mudou de maneiras profundas. Meu pai e Eric
costumavam brincar assim. Fazer as mesmas coisas que
fazemos. Mas eles não queriam amor. Eles estavam apenas molhando seus
paus, enquanto Brock e eu nos importamos um com o outro, e nos
importamos com Camila.
Seus grandes olhos azuis voam entre mim e meu melhor amigo, e um
pequeno sorriso curva seus lábios perfeitos. A resposta está escrita em todo o
seu rosto, mas ela precisa verbalizá-la. Quero ouvi-la dizer as palavras.
— Para a tentação? — Ela brinca, uma risada suave e nervosa caindo dela.
Ele olha para ela enquanto coloca seus dedos nos dela. — Existe algum outro
lugar? — Ele ri e suas bochechas escurecem com a insinuação.
— Não quando você está entre nós, — eu sussurro ao longo de seu ombro nu,
causando arrepios por sua pele. Seguimos pelo apartamento em direção ao
banheiro. Brock libera Camila para ligar as duas duchas no box para quatro
pessoas. Mesmo que tenhamos vivido aqui por um tempo, nunca usamos isso
assim. Cada vez que estivemos com uma garota, nós a tivemos em nossos
quartos ou no sofá.
Mas isso é diferente. Eu me importo com essa garota. Quero fazê-la feliz, vê-
la sorrir e mostrar-lhe prazer. E quando Brock olha para mim, sei que ele
também.
Ele a puxa para baixo do spray e eu sigo. O calor da água e o calor entre nós
três parecem ferver como um bule em erupção. E nada do que fizermos agora
pode impedir isso. Isso ia acontecer, independentemente de quando e onde.
Puxo a corda do biquíni dela, deixando o material cair, e pela primeira vez
desde que olhei para ela, não tenho mais dúvidas. Seus seios são um pequeno
punhado, perfeitos, atrevidos. Seus mamilos são castanhos escuros, e eles se
endurecem ao olhar aquecido que Brock lhe oferece.
Os sons do desejo ecoam para mim, e Camila olha por cima do ombro para
mim. — Por favor, — ela murmura. — Me beije.
Eu me levanto rapidamente, querendo nada mais do que dar a ela tudo o que
precisa e quer. Sua excitação está na minha língua, nos meus lábios, e bato
minha boca na dela.
O jeito gentil de moldar seus lábios aos meus me faz querer consumi-la ainda
mais. Fodê-la bem aqui, entre o meu corpo e o de Brock. Quero senti-la
estremecer e se arrepiar quando nós dois deslizarmos para dentro dela. O jeito
que suas mãos deslizam sobre meus ombros, me segurando, me faz sentir
mais forte, mais no controle do que eu jamais estive.
As mãos de Brock nos seus quadris a seguram firme. Nós não nos movemos
por um instante. Seu pau deve estar doendo tanto quanto o meu. Ela se afasta,
os olhos brilhando de desejo.
— Você tem um gosto tão doce, baby, — ele murmura sobre sua pele.
Capítulo Onze
Camila
Ethan se inclina para beijar Brock, e meu corpo contrai com vontade e
necessidade. Observá-los se tocando, suas línguas lutando e dançando tão
sensualmente, faz o meu núcleo pulsar. Sempre amei ver pessoas
apaixonadas, e não há dúvida de que eles são completamente obcecados um
pelo outro.
— Isso é tão quente, — digo, fazendo com que eles se voltem para mim.
Mesmo que eles estivessem apenas se beijando, suas mãos nunca se
afastaram de mim. Ménage à trois sempre me fazia pensar se a terceira
pessoa se sentia excluída, como estar à margem, mas eles não me fazem
sentir assim.
Ethan me puxa ainda mais perto, seu corpo duro atrás do meu. As mãos de
Brock estão em meus seios, seus olhos azuis elétricos enquanto toma cada
centímetro meu. Sua boca trava no meu mamilo, puxando e sugando, fazendo
meu clitóris pulsar. Como se Ethan pudesse ler minha mente, seus dedos
encontram minha boceta, circulando o nó duro, pressionando-o, fazendo-me
choramingar. Seus lábios se arrastam ao longo do meu pescoço, sugando a
carne, mordendo com força.
Ele está me marcando e eu não posso pará-lo. Sou argila nas mãos de dois
escultores e não há outro lugar onde eu prefira estar. Temos uma conexão,
algo mais do que apenas uma foda rápida, e do jeito que eles me tratam,
como uma princesa, parece que viram isso também.
— Estamos seguros, — começa Brock, olhando profundamente em meus
olhos. — Por favor, me diga que você está tomando pílula. — É um apelo.
Ele quer isso tanto quanto eu - tanto quanto Ethan.
Ethan desliza dois dedos no meu calor, mergulhando e puxando para fora,
lento e suave, e meus joelhos quase se dobram sob o peso do prazer. A boca
de Brock viaja pelos meus seios, pelo meu estômago, e quando ele chega na
minha boceta, ele provoca meu clitóris enquanto o dedo de Ethan me fode
com abandono.
Meus gritos são de outro mundo. Estou implorando. Estou suplicando. Estou
gozando duro. Minhas pernas tremem e oscilam. Meu corpo é apenas uma
marionete em uma corda.
— Confia em mim, baby? — Eu aceno para Ethan. Não posso mais falar. E
então sinto a pressão. Um dedo faz seu caminho para dentro de mim, o que
faz Brock rosnar enquanto eu o aperto mais forte na intrusão.
Mais líquido fresco encharca a minha entrada traseira, depois ele se move
rapidamente, porque assim que seus dedos saem, algo muito maior e mais
duro me cutuca. A dor lancinante que acompanha a ponta do seu pênis faz
com que eu grite bem alto enquanto um prazer agudo me atravessa como um
choque elétrico.
Segundos depois, sinto calor quando os dois se esvaziam dentro de mim e sei
que nunca mais serei a mesma.
Capítulo Doze
Brock
— Oi, Brock. — Ela sorri, e me vejo com fome por mais deles. Seu rosto se
ilumina, e a malícia brilha em seus olhos. Ela pode jogar o cartão inocente,
mas há uma pequena tigresa escondida sob o exterior tímido.
Ele suspira, passando os dedos pelo cabelo rebelde e bagunçado. Ele deve ter
estado na piscina porque está ainda mais escuro que o normal e pingando em
seus ombros nus.
— Ok, — respondo com um longo suspiro. — Espero que ele não esteja
bebendo. É muito jovem.
— O que você quer dizer com isso? — Assim que a pergunta sai dos meus
lábios, me deparo com uma série de risadas da porta. Quando me viro,
encontro meu irmão mais novo com duas universitárias, uma em cada braço.
Elas estão praticamente nuas, seus mamilos espreitando e aparecendo através
de seus biquínis brancos.
Não preciso de uma babá. — Suas feições escurecem e sua mandíbula aperta.
Às vezes, por trás de seus sorrisos brincalhões, algo se esconde. E
A culpa ainda me atinge por esquecê-lo no aeroporto. Sou tão idiota. Prometi
a mim mesmo que nunca me transformaria em
papai. Foda-se isso. Puxando-o em meus braços, dou ao meu irmãozinho -
— Senti sua falta, — digo-lhe, sentindo as lágrimas ardendo nos meus olhos.
Eu as afasto, engolindo a emoção. Quando dou um passo para trás, percebo
que o garoto que vi crescer agora é um homem. Não posso negar que ele vai
quebrar alguns corações, se já não tiver feito isso. — E pare de malhar tanto.
Você pode ficar maior que eu um dia, mas sempre serei capaz de chutar sua
bunda.
Queria ver em que tipo de problema você está se metendo aqui na costa oeste.
— Ele sorri maliciosamente para mim.
— E você tem certeza que veio aqui por causa do amor fraterno? —
o provoco, apontando para as duas garotas que ainda estão de olho no meu
irmão.
— Imaginei. Apenas não beba, e não faça nada que eu não faria, —
— Isso é uma coisa boa ou ruim? — Ela sorri docemente e, mais uma vez,
estou sem fôlego por sua beleza.
— Sendo que fui filho único por um longo tempo, descobri que estar com os
Pearsons me deu uma ideia de como é ter irmãos, e por mais que eu não ache
que gostaria de ter irmãos mais novos, tenho que ser o irmão mais velho
agora, — Ethan ri. Quando Camila o observa com um olhar questionador, ele
explica. — Meu pai se casou novamente e agora tenho uma irmãzinha.
— E como você se sente sobre isso? — Sua pergunta paralisa a ambos. Não
porque Ethan não seja feliz, mas porque havia tensão entre ele e seu pai há
anos.
— Estou feliz por ele. — Seu olhar encontra o meu, honestidade brilhando, e
eu sorrio. — Ele encontrou alguém para amar, ele uma filha e eu tenho minha
família aqui. — Meu melhor amigo olha para mim.
Camila sorri, olhando para nós dois enquanto toma sua bebida. — Para ser
honesta, eu estava com medo... Bem... — ela medita sobre suas palavras,
inclinando a cabeça para o lado, — nervosa, mas nunca estive mais à vontade
com duas pessoas. Nunca.
ainda não. Mesmo que já tivéssemos estado dentro dela, tocando-a, transando
com ela, essa conversa precisava acontecer. Precisamos fazê-la ver que isso
nunca foi apenas por diversão, porque eu me importo com ela, e Ethan
também.
— E essa é a beleza de ter uma conexão. Escute-me, Camila, você não é um
caso de uma noite só para nós. Você é...
— O quê? — Ela ofega, aqueles grandes olhos azuis voando entre mim e ele.
— Uau. — Sua voz está cheia de choque. — Nunca pensei sobre isso.
— Você não está assustada? — Minha pergunta faz com que a cabeça dela
incline na minha direção. O silêncio paira entre nós e, quando tenho certeza
de que vai recusar, ela encolhe os ombros.
— Não. Não é isso, — ela começa, abaixando o olhar enquanto decide como
nos dizer o que a está incomodando. — Eu só... Quero dizer, você sabe que
eu te disse que meu pai é rigoroso, ele é...
Precisamos conversar sobre como você se sente sobre isso. Se você está
disposta a tentar, podemos sempre conquistar a aprovação do seu pai. Confie
em mim, — eu pisquei habilmente, — Ethan é ótimo em ser o
cara legal. — Roubo a garrafa e deixo Ethan com a garota que roubou nossos
corações.
Capítulo Treze
Ethan
A lua está alta no céu escuro. Bebo minha cerveja enquanto olho para a água,
ouvindo os retardatários dizer boa noite a Brock que está fechando a porta
atrás deles. A única pessoa que resta é Camila. Depois do nosso bate-papo,
ela saiu e eu a deixei para refletir sobre nossa proposta. Ela está descansando
na piscina, seus pés na água. Quero ir até ela, mas em vez disso, eu me
divirto observando-a girar os pés na piscina iluminada.
— Você acha que ela vai dizer sim? — Brock pergunta ao meu lado.
Assentindo, eu respondo. — Ela vai. Quer dizer, ela queria isso conosco. Não
acho que o nervosismo dela seja sobre estar entre nós, mas sim sobre a
família dela.
— Onde está Cam? Ainda apreciando a vista com aquelas duas garotas? —
Olho para Brock.
Uma risada suave cai de seus lábios brilhantes. — Realmente não foi tão
ruim quanto você deu a entender que seria. E acho que devemos adiar o pós-
festa. Seu irmão está aqui, — ela diz. Sua confiança me faz sorrir.
Meu melhor amigo acena e eu chego mais perto dela, movendo-me entre suas
pernas. — Há momentos em que as festas ficam um pouco fora de controle.
— Colocando minhas mãos em suas coxas, acaricio sua pele lisa, atingindo a
borda do seu biquíni, e um gemido de endurecer o pau cai de seus lábios
carnudos.
Precisamos ir devagar, porque sinto que estou me apaixonando por ela. Como
posso querer os dois? Isso não é ser egoísta? Há pessoas lá fora que só
encontram uma alma gêmea, uma pessoa que as completa, como é que eu
encontrei duas?
Levanto meus olhos em direção a Brock, dizendo a ele com um olhar o que
eu penso, e ele concorda. Fizemos isso muitas vezes antes, mas Camila é
muito diferente. Quero que nosso tempo juntos seja especial. Sua cabeça cai
para trás e ela fecha os olhos enquanto eu me inclino e planto um beijo suave
em sua boceta. Outro miado macio atravessa a noite escura, flutuando entre
nós três enquanto meu melhor amigo captura seu mamilo na boca sobre o
material de seu biquíni. Ele trabalha, provocando, e pega seu outro seio,
tateando e acariciando. Seus quadris rolam, tentando se aproximar do meu
rosto. Continuamos a atacar o seu corpo até ela estar choramingando e
estremecendo. Nossas
mãos estão sobre ela, firmando-a enquanto ela prolonga o prazer. Quando
finalmente olha para mim novamente, seu olhar está brilhando de desejo.
Ela lança o olhar entre nós, subitamente sem saber por que estamos
mandando ela para casa. A coisa é, se ela ficar mais tempo, eu vou rasgar
esse maldito biquíni de seus quadris bonitos e comer sua boceta até que ela
esteja gritando tão alto que toda a maldita LA vai ouvi-la.
— Será algo novo para todos nós. Mas se você ficar aqui, vamos apenas
distraí-la e obrigá-la a concordar. — Eu pisco para ela, fazendo-a rir. O som é
lindo e melódico, e quero ouvir novamente. Quero ouvir isso em repetição.
Para sempre.
— Você quer dizer que eu vou cozinhar e você vai beber? — arqueio uma
sobrancelha para ele, provocando outra risada de Camila.
— Sem pressão para dizer sim. Se tudo que você quer é curto prazo,
O brilho nos olhos dela me diz que ela já tem uma responda. E tenho certeza
de que é sim. Mas o tempo dirá.
— Boa menina. — sorrio. — Brock vai te levar para casa. Já tomei cervejas
demais. — Aprendemos da maneira mais difícil que nossas festas
tendem a ficar selvagens, então um de nós é normalmente o adulto designado
e, hoje à noite, é a vez de Brock.
Capítulo Quatorze
Brock
— Ethan sussurra em seu ouvido, movendo seus cachos de seu pescoço. Ele
chupa a carne doce e caramelada, lambendo e provando-a. Observá-los me
deixa mais duro que uma rocha.
Momentos depois, estamos no carro e ela me passa seu endereço. Por algum
motivo, ao vê-la trabalhando no restaurante, achei que talvez ela precisasse
do dinheiro, mas quando chego à mansão que me lembra a casa da minha
infância, fico chocado com o tamanho.
— Você me pegou, — ela ri, um som bonito, melódico que vem direto de seu
intestino.
Ela balança a cabeça, saindo do carro. Eu espero até vê-la desaparecer atrás
dos portões altos. Pergunto-me por que diabos ela estaria trabalhando quando
é tão rica quanto Ethan e eu. Balançando a cabeça, volto para a estrada e faço
o meu caminho para casa.
Momentos depois, estou andando pela sala de estar, minha mente ainda em
Camila. Ethan está descansando no sofá com a TV ligada, o volume está tão
baixo que não há nem um zumbido no fundo, com calças de moletom cinza
penduradas nos quadris. Ele é tonificado e bronzeado, esculpido com um
rastro escuro de cabelo que vai de debaixo de seu umbigo até seu pau grosso.
Tudo sobre ele exala sexo. Do sorriso que curva seus lábios carnudos até à
maneira como ele agarra a garrafa de cerveja em sua mão. Seus dedos podem
fazer uma mulher gritar seu nome, sua boca pode fazer com que elas
descubram sua religião, mas são seus olhos que não escondem o que ele
realmente está sentindo - eles detêm malícia e dor.
Nós nos conectamos com essa dor. Foi o que nos uniu e, ao longo dos anos,
tornou-se mais do que isso. Eu não acho que meus irmãos me entendam. Não
achei que alguém o faria, e então ele veio e me mostrou
que há vida após a morte. Não importa as circunstâncias dessa morte, aqueles
que vivem continuarão sua jornada pelos altos e baixos da vida.
Ele se inclina para mim, sua mão atrás da minha cabeça, e me puxa em
direção a ele. Nossos lábios batem um contra o outro como uma tempestade
rolando. O trovão golpeia quando nossas línguas se enroscam, e eu estou
pronto para levar isso para o quarto, ou onde quer que possamos continuar.
Desde que nos beijamos e depois chupamos um ao outro, isso me acertou em
cheio. Eu sabia que seria diferente com ele, mas o que eu sentia, o que meu
corpo precisava, era muito mais.
Toda a minha vida eu sabia que era diferente, que não queria apenas
mulheres, mas foi só quando passei mais tempo com Ethan que percebi que
era ele. Sempre foi ele. Não duvidei nem por um momento que, quando
finalmente déssemos esse passo, não haveria como voltar atrás. E eu sei que
ele sente o mesmo.
— Que porra é essa? — Ouço o estrondo profundo da voz de meu pai. Sei
que ele sai com outras mulheres. Eu o vi na cidade, sem esconder o fato de
que ele tinha a mão na bunda de uma loira magra. Estremecendo com a
memória, aproximo-me do quarto deles.
— Você vem fazendo isso há anos, Eric, — mamãe assobia com raiva. Sua
mão voa, batendo no meu pai em sua bochecha. Parece que ele esteve fora a
noite toda. Sua camisa, normalmente passada na perfeição, está amarrotada
e ele parece um inferno.
— Oh? Como o quê? Você queria filhos. Você queria essa porra de casa,
agora sou deixada aqui sozinha.
Afasto-me, não querendo saber mais sobre a dor em nossa casa. Do lado de
fora, é lindo, imaculado, mas a feiura dentro dessas paredes me deixa
doente.
Eu odeio as mentiras.
Todas elas.
E algo me diz, que se eu o fizesse, eles nem sequer sentiriam minha falta.
Nem Hayden, nem Nixon, nem meus pais. A única coisa que me impede de
sair é meu irmão mais novo, Camden.
Capítulo Quinze
Ethan
Apesar de ter sido há anos, ainda há uma dor que parece perdurar. É como se
ela estivesse me lembrando de que me ama. Ao contrário da mãe de Brock, a
minha era amorosa e passava todo o tempo comigo. Ela estava lá para mim
durante os momentos em que aprendi o que amava - meu amor pela arte,
surfar - e ela me deu o amor que meu pai não pode oferecer quando ela se foi.
Quando ela morreu, eu fiquei com raiva. Culpei meu pai por ela nos deixar,
mesmo sabendo que não era culpa dele. Ela estava doente. Vê-la murchar foi
mais doloroso do que morrer, porque ela era muito forte e, à medida que
ficava mais fraca, doía mais do que eu poderia ter imaginado. Levei anos para
perceber que meu pai sofreu também.
Ele apenas mostrou de uma maneira diferente. Caiu em uma vida de mulheres
e trabalho. Mesmo que ele me desse tudo, me comprando o que eu precisasse,
ele não podia lidar com um adolescente rebelde que acreditava que sabia
tudo.
— Me desculpe ter esquecido, — diz Brock, virando-se para mim. O
calor da mão dele na minha coxa não está ajudando a limpar a minha cabeça.
Entre a tristeza de hoje e a maneira como meu corpo reage a ele, sou um
tornado de emoções.
Brock vira sua atenção para mim. — Há tantas razões pelas quais não sinto
vontade de voltar para casa, — ele finalmente admite o que sei que o tem
incomodado. — Mas eu sei que preciso fazê-lo.
Eu o queria.
Transando a seco com meu melhor amigo, não posso impedir o gemido que
ressoa no meu peito pelo atrito que sua coxa oferece ao meu pau. Dois corpos
fortes e esculpidos esmagados em uma enxurrada de necessidades. Sua mão
aperta meu pau e a minha retorna o favor.
Não há sons na sala de estar. Sem música. Sem conversa. Só nós. Respiração.
Calor queima no olhar de Brock, e eu sei que estou lhe oferecendo o mesmo
olhar de volta. Está feito. Nós somos algo mais agora, e não há mais como
negar isso.
— Eu acho que nós somos, idiota, — rio, colocando a garrafa sobre a mesa.
— Então nós vamos ter que dizer a Camila no que ela está se metendo, — diz
ele, sorrindo, os olhos brilhando de malícia.
— Você acha que ela vai se importar? Eu não acho. Não podemos mais negar
isso.
— Eu sei. Meu pai sabe — digo. Levi não é idiota. Ele sabe há muito tempo.
— Hayden e Nix definitivamente sabem, mesmo que eu não tenha dito nada
ainda.
— Eu achei que seria uma coisa de uma vez só, — dou de ombros, sentando-
me para a frente, meus cotovelos descansando em meus joelhos.
Eu pareço um prostituto? — Ele ri. — Não vou foder meu melhor amigo e
nunca mais fazer isso de novo, você deveria saber disso agora. E, além disso,
— ele para na entrada do longo corredor, — você sabe que nós nunca vamos
ser um caso de uma noite só. — Com isso, ele me deixa sozinho na sala de
estar com os meus pensamentos.
Capítulo Dezesseis
Camila
Dois rapazes. Jovens, bonitos e ricos demais para seu próprio bem. Por mais
que eu devesse correr e me esconder, eles me intrigam. Depois de conhecer
os dois e passar algum tempo com eles, como amigos e depois como amantes,
não consigo pensar em mais nada.
Desde que falaram comigo naquele dia, as coisas tem sido intensas, mas eu
não mudaria nada. Brilha mais forte e intenso a cada dia. Brock e Ethan são
tão diferentes, mas também muito parecidos. Eu não sei o que eles viram em
mim, mas a oferta de um relacionamento real é algo que pensei antes mesmo
deles mencionarem.
Não é normal. Mas por outro lado, nunca fui normal. Ser única, ser diferente,
faz sentido. Meu pai pode nunca aceitar minha escolha de estar com eles, mas
tenho idade suficiente para tomar minhas próprias decisões.
Visto a saia que escolhi para esta noite, percebendo como ela abraça meus
quadris, bunda e coxas. Vai até o meio da coxa, e o azul
suave combina com os meus olhos. O top que estou usando, da cor da noite,
com botões na frente, é folgado, mas oferece uma sugestão do decote. Não
que eu tenha muito. E não posso deixar de me perguntar se Brock irá rasgá-
lo. Ethan é mais gentil quando me toca e me beija, enquanto Brock é rude e
seu aperto é feroz. Eles fazem o par perfeito, e estar entre eles é como voar. O
suave e duro, o áspero e gentil, e o prazer que eles me deram é algo que
nunca pensei ser possível.
Ela diz, acenando com a mão para cima e para baixo, referindo-se à minha
roupa.
— Ele não é da sua conta, Manuela, — rosno, saindo do seu alcance. Meu
sangue ferve, aguardando seu ataque. A frustração de ser pressionada,
observada como um falcão é algo que sempre sinto ao seu redor. Se ela
vivesse sua vida e me ignorasse, eu ficaria feliz. Só que isso não vai
acontecer. Não quando ela é odiada pela minha família.
Quem me dera poder partir. Estar longe dela seria meu objetivo final. Meu
pai sentiria minha falta, mas é hora de eu encontrar um lugar só meu. Ou…
Talvez eu pudesse perguntar a Brock e Ethan se posso ficar em seu quarto de
hóspedes. Pergunto-me se é algo que eles
considerariam. Se eu não estivesse com tanto medo de perguntar, faria isso
amanhã.
Pode parecer estranho, mas há algo entre nós os três, e não consigo esquecer
o modo como os sinto. Perto de mim. Tocando-me. Beijando-me.
Espero que, quando eu disser sim, eles me dêem o alívio pelo qual meu corpo
sofre.
***
— Lá está ela, — uma voz profunda vem de trás de mim. Estive olhando as
ondas por longos momentos, decidindo como lhes dizer. Viro-me para
encarar os dois homens.
um gesto íntimo, algo que me diz que isso significa mais para eles.
Os dois homens olham para mim e posso ver o medo em seus olhos, talvez
apreensão, que eu vá me afastar. Faz meu coração trovejar no meu peito me
sentir tão querida e adorada. Passo meus dedos através dos de Brock, depois
de Ethan, e lidero o caminho de volta para seu apartamento. O silêncio entre
nós é palpável. Há tensão rolando deles em ondas.
— Seu irmão ainda está aqui? — questiono Brock, que balança a cabeça.
— Ele saiu com algumas pessoas que conheceu na festa na noite passada para
comer pizza e ver um filme. Voltará mais tarde.
Mas assim que estivermos no quarto, vou finalmente dar voz às minhas
palavras.
Capítulo Dezessete
Ethan
Sim, fomos incríveis juntos, mas eu sempre tive um problema com amor,
com afeição. Já faz um longo tempo, no entanto. Brock atravessou minhas
paredes e agora Camila parece ter quebrado os tijolos restantes.
A porta se fecha e nós três olhamos uns para os outros. Isso é tão novo para
nós quanto é para Camila, e eu não a culpo por estar com medo. Ou nervosa.
Mas não quero que ela recuse nossa oferta. O fato é que nós não apenas a
queremos, mas precisamos dela.
Brock faz um trabalho rápido com sua calcinha, e logo ela está nua. Deslizo
meus dedos sobre sua pele, apreciando quão afetada ela fica por este simples
toque.
Quando ela olha de volta para mim, planto um beijo em seus lábios, em
seguida, sussurro em voz baixa: — Isto não é um jogo. Isso não vai acabar.
— Não estou apenas prometendo isso para ela, também estou prometendo ao
meu melhor amigo. Um sorriso no rosto dele, depois no dela, me diz que eles
entendem.
Ela choraminga quando as mãos de Brock a abrem. Sua língua corre ao longo
do meu pau - o que é realmente incrível - até sua boceta, e depois provoca sua
bunda. O prazer em seu rosto mostra o quão perdida
em sua necessidade por isso ela está. Uma menina doce que estava longe de
ser inocente quando a fodemos e oferecemos tudo o que ela precisava.
— Cavalgue, menina, — Brock geme quando sua mão livre prende meu pau,
segurando-me no lugar e guiando a pequena boceta apertada de Camila sobre
a ponta. Ela afunda em mim, puxando um profundo gemido de prazer do meu
peito. Suas paredes pulsam ao meu redor quando estou totalmente dentro
dela.
— Por favor, — ela me implora, e sei que no momento em que ela perder o
controle, eu vou me esvaziar dentro dela. Brock se desloca, escarranchando
minhas pernas. Eu olho nos olhos azuis de Camila, observando sua expressão
enquanto ele entra nela. É lento, intenso, e seu rosto só muda
infinitesimalmente quando ele se aproxima. Assim que ele está dentro, sinto
seu pau através da fina barreira do corpo dela.
— Oh, Brock, Ethan, — Camila grita de prazer, e espero que, Deus me ajude,
Camden não tenha voltado enquanto seu corpo vibra com seu orgasmo. Não
consigo segurar. Meu aperto em seus quadris é sólido, e meus quadris
levantam, bombeando para dentro dela, transando com ela como um animal
enlouquecido.
Brock se move mais rápido, seu pau deslizando contra o meu dentro dela. Ele
está perto. Nós nos movemos em sincronia, reivindicando essa garota,
possuindo cada centímetro dela.
— Foda-se, sim, — Brock rosna, e meu corpo responde. Jato após jato de
esperma quente enche Camila, sua bocetinha e cu marcados por nós dois.
Capítulo Dezoito
Brock
A mão de Ethan está entre suas coxas, mas seus lábios deslizam ao longo do
meu pau junto com a dela. Ambos estão me sugando num frenesi que não
acho que possa controlar. A delicada mão de Cami envolve meu saco,
segurando minhas bolas enquanto as massageia suavemente.
— Oh foda, — ela grita, então o som é abafado. Segundos depois, Ethan está
no final da cama com um travesseiro no colo, e Camila está cobrindo seu
corpo nu com o lençol preto da cama de Ethan. Quando abro meus olhos,
encontro Camden encostado no batente da porta, os braços cruzados na frente
do peito com um sorriso no rosto.
— Saia da porra do meu quarto, — grito, mas por ser meu irmão mais novo,
ele apenas ri. Isso é o que eu tive que lidar enquanto crescia, só que, foi meu
pai que me pegou no ato. Lembro-me do dia em que ele pegou Rowan de
joelhos prestes a chupar meu pau. O dia em que ele a levou de mim. Camden
com certeza não está levando nenhum desses dois.
— Não é o seu quarto. Não consegui encontrá-lo, então imaginei que você
estaria no quarto de Ethan — Camden me diz com confiança, e sei que
preciso falar com ele.
— Você bebe café agora, Cam? — questiono, enchendo minha caneca. Viro-
me para encarar meu irmão e prendo-o com um olhar fixo.
— Sim, imaginei que deveria fazer o meu próprio já que você estava
comendo boceta no café da manhã. — Ele encolhe os ombros, e não consigo
evitar me encolher com o pensamento do que ele viu.
— Ouça...
— Ei, tudo bem. Você é um adulto e eu não sou o papai. Não preciso saber
onde sua boca tem estado. — Ele levanta os olhos do jornal para me encarar,
e algo em seu olhar confiante me diz que ele vai governar a porra do mundo
um dia.
— Eu sei que você não é papai, mas quero que você saiba, isso é algo que eu
vou falar com Hayden e Nix quando voltar para casa em breve.
Seu olhar se fixa no meu, procurando, perguntando, mas ele não expressa
suas preocupações. Não que ele devesse ter qualquer uma, mas depois do que
viu, deve haver algo que ele queira perguntar.
— Então, você e Ethan, — ele finalmente diz, pegando sua caneca e tomando
um gole, seus olhos nunca deixando os meus.
— Eu acho que é legal. Você sair totalmente do armário e essa merda, — ele
me diz com um simples encolher de ombros. Arqueia uma sobrancelha e eu
não consigo parar a risada que ressoa no meu peito.
— Então era isso que a linda princesa bronzeada estava fazendo sentada em
seu rosto. — Sua resposta me faz estremecer. Nenhum irmão deveria ver algo
assim.
Em vez disso, Camden sorri. — Brock, sério, não procure aprovação. Eu não
me importo, contanto que você esteja feliz, e pelo que parece, você está.
— Você é muito velho para o seu próprio bem, Cam. — Enrolo meu braço
em volta do seu pescoço, puxando-o para mais perto e dando um
beijo no topo de sua cabeça como eu costumava fazer quando éramos
crianças.
Mesmo que nossos pais tenham partido, nós quatro passamos a ter boas
vidas. Somos fortes, responsáveis e estamos lentamente encontrando nosso
caminho no mundo.
Por mais que sinta falta do meu pai, a morte dele nos aproximou -
Ele acena e desaparece pelos degraus. Isso foi mais fácil do que achei que
seria. Mas Camden sempre foi mais compreensivo que os outros dois. Agora,
preciso planejar como dizer a Nixon e Hayden. Mesmo que eu tenha a
sensação de que eles já sabem, cabe a mim garantir que eles percebam que
sou feliz.
Ethan e Camila são minha nova família, minha família estendida, e tenho que
mostrar isso para ambos os meus outros irmãos. Estou pronto. Com um
sorriso, subo as escadas para encontrar Ethan e Camila deitados em sua cama.
Ethan
— Bem. Senti sua falta. — Então concentro minha atenção em Brynn e giro
ao redor. Ela joga seus braços minúsculos em volta do meu pescoço,
segurando-se por sua vida. Quando finalmente paro, planto um beijo molhado
em sua testa.
— Eeeeeee! — Ela grita para Brock, estendendo a mão para ele também.
— Doce menina, — ele responde, dando-lhe um beijo na testa. Antes que ele
se afaste, faz uma cócega sob seus braços, o que a faz se mexer para se
libertar, mas sou muito forte, e logo, há risinhos e gritinhos que soam como
um fodido show de Justin Bieber.
— Está tudo bem. Vou cuidar deles para você. — Ele pisca para ela, o amor
brilhando em seus olhos claros. Ele está feliz. Estou feliz que ele tenha
encontrado isso novamente - amor, um senso de responsabilidade que ele
perdeu quando a mãe morreu.
Kristyn nos leva para a sala de estar. Seus longos cabelos estão presos em um
coque bagunçado, e ela parece não estar conseguindo dormir, mas fora isso,
ela está brilhando de felicidade. Fico feliz em ver que meu pai a está tratando
corretamente - não que eu duvidasse dele.
— Rapazes, — ela sorri, me puxando para um abraço agora que estou livre
de Brynn, então ela se move para Brock para cumprimentá-
— Sim. Voo fácil, sem atrasos, o que é sempre bom — respondo, caindo no
sofá. Ela se acomoda ao lado do meu pai no sofá oposto enquanto Brock fica
confortável ao meu lado.
— Como está a faculdade? — Papai olha para cima, afastando sua atenção de
Brynn, seu olhar escuro pousando em mim.
— Nada mal. Estou pronto para acabar com isso. — Meu pai sabe que eu
odeio estudar. Eu preferiria muito mais estar na praia, cavalgando as ondas.
— Logo, Ethan, e você, Brock? — Seu tom é sério, dominante, como
qualquer pai seria, e quando eu olho para o meu amigo, sei que ele está
pensando em seu próprio pai.
— Realizando meus exames, Sr. Kingston. Mal posso esperar para entrar no
mundo dos negócios. — Brock está mais animado com a vida adulta do que
eu. Mesmo que ele seja um animal de festas, seu diploma em marketing será
algo que o levará longe.
sorriso de Kristyn é lindo. Ilumina seu rosto e percebo por que meu pai está
tão apaixonado por ela. Ela põe a bandeja de limonada gelada que sei que ela
fez, na mesa.
— Estamos tentando algo novo, — finaliza Brock por mim. Não achei que
seria tão difícil finalmente dizer a eles. Mesmo que ambos sejam bastante
abertos sobre as coisas, isso não é algo que pensei que estaria dizendo ao meu
pai.
— Vocês três? — Papai pergunta. Nós dois concordamos. — E ela sabe que
vocês são... — Ele acena com o dedo entre nós, e percebo que meu pai não
precisa que eu lhe diga. Mesmo que isso provavelmente não seja como ele
me imaginou vivendo minha vida, ele ainda me ama. Vejo isso quando ele
olha para mim.
— Estou tão feliz por vocês dois e por Camila, — Kristyn diz, levantando um
copo em nossa direção. — Vocês dois formam um casal quente. — Ela pisca
maliciosamente, ganhando uma pancada na coxa do meu pai.
— Sim. Está na hora. Desde que conhecemos Camila, precisamos ter isso em
aberto. Nós gostaríamos de trazê-la para casa no Dia de Ação de Graças e
Natal, e nós preferiríamos que todos soubessem antes de jogá-la no meio
disso.
Brynn geme alto na camisa de nosso pai, sua pequena mão segurando o
tecido como se ele fosse sua tábua de salvação. Durante
muito tempo, não achei que ele fosse a minha. Depois que minha mãe
morreu, senti o oposto, mas agora vejo o quanto ele me segurou.
Balançando a cabeça, abro a porta e encontro com meu velho eu. Tudo aqui
era da minha adolescência raivosa e agora tenho o homem que amo aqui
comigo. Brock esteve no meu quarto tantas vezes antes, mas nunca assim.
Nunca como meu parceiro. É bem adequado que a primeira vez que
transemos seja no meu quarto de infância, considerando que foi aqui onde eu
senti pela primeira vez as vibrações por querer tal coisa com o meu melhor
amigo.
— Isso é diferente.
Brock
Ele rasteja sobre mim, desejo nadando em seus olhos. Isso é realmente muito
diferente de como costumávamos ser neste quarto. Esse espaço contém tantas
lembranças, e eu não gostaria que fosse diferente. A boca de Ethan se fecha
na minha. Sua língua dispara e a minha duela com a dele mais uma vez. O
sabor da limonada misturado com o sabor do homem pelo qual eu me
apaixonei é inebriante.
Mesmo que Camila não esteja aqui, ainda estou além de carente por ele - pelo
seu toque, seu corpo. Cada centímetro dele. Somos um amontoado de braços
e pernas, tentando nos livrar do material que cobre o que mais queremos. Pele
na pele.
— Estamos fazendo isso, — grunhe Ethan, sua voz grossa de desejo, pesado
com a necessidade. Suas mãos estão em mim, no meu peito. Seu toque não é
macio e terno como o de Camila. É violento e forte. Sexo puro.
— Preciso dizer uma coisa, — ele se afasta, olhando para mim como se
estivesse perfurando minha alma com seus olhos escuros. Eu espero,
minha respiração para por um momento. Para ser honesto, não tenho certeza
do que ele vai me dizer.
Silêncio.
— Eu estou apaixonado por você, — ele finalmente diz quando minha mão
aperta seu pau como se as palavras fossem gravadas no meu peito. Ele arrasta
a ponta dos dedos sobre a minha carne, então agarra meu pescoço, me
puxando impossivelmente mais perto dele, e desta vez, eu permito que ele
domine. Sua coxa se move entre as minhas e meus quadris se movem
involuntariamente contra ele. Precisando de atrito. Fodendo sua perna como
um animal.
De novo e de novo.
Meus olhos estão tão fechados que vejo estrelas. Meus dedos cravam em seus
quadris, segurando-o perto, precisando dele mais perto. Quero mergulhar
dentro dele e conhecê-lo completamente, e quero que ele faça o mesmo
comigo. Levo a mão para a frente e aperto seu pau, acariciando-o, cada vez
mais rápido enquanto meus quadris bombeiam nele. Não demora muito para
ele rosnar seu orgasmo, cobrindo meu punho. Não posso segurar e esvazio
minhas bolas dentro de Ethan segundos depois.
Sem controle.
É isto.
Isto é perfeito.
Isto é amor.
Capítulo Vinte e Um
Ethan
O sol brilha através da janela. Ouço Brynn e Kristyn na cozinha, mas sei que
meu pai ainda está dormindo. É sábado e algumas coisas nunca mudam.
Mesmo quando era criança, lembro-me dele dormindo nos fins de semana.
Brock ainda está descansando ao meu lado. Seus olhos estão fechados e eu o
observo. É estranho saber que finalmente demos esse salto final para um
relacionamento real. Nós confessamos nossos sentimentos e fizemos sexo, só
nós dois. É real agora. Não que não tenha sido antes, mas quando você diz a
alguém que você o ama, é isso. E sei que uma vez que voltarmos para LA,
não demorará muito para que eu diga o mesmo para Camila.
— Foda-se, — atiro de volta, só para ganhar uma risada. Uma batida suave
na porta me diz que é Kristyn. Meu pai teria entrado. Ele é idiota assim. —
Entre, — digo para ela.
— Bom dia, meninos. — Ela sorri quando entra no quarto, chutando a porta
fechada. Usando um vestido branco que a faz parecer mais como uma mãe do
que qualquer coisa que já a vi usar. Talvez meu pai esteja estabelecendo
algumas regras, isso me faz rir. Ela coloca a bandeja sobre a mesa contra a
parede, em seguida, se vira para olhar para nós.
— Você nos trouxe café? Você não tem que fazer isso, — digo, subindo na
cama, mantendo minha virilha coberta. Eu a vi nua, mas ela
nunca teve o prazer de me ver nu e tenho que me comportar já que ela é
casada com meu pai e tecnicamente minha mãe. Isso me faz estremecer um
pouco.
— Eu quis. É preciso muita coragem para nos dizer o que você disse na noite
passada, e queria falar que estou orgulhosa de vocês dois. — Seu olhar flui
entre nós, carinho claro em suas feições.
Ela balança a cabeça. — Eles vão te amar, não importa o que aconteça. Você
sabe disso, certo?
— Eu sei. Acho que estou apenas nervoso em finalmente dizer a todos que
estou apaixonado pelo meu melhor amigo, — ele lhe diz. Minha mão
encontra a dele e entrelaço nossos dedos. Minha madrasta sorri, e meu
coração se enche de felicidade agora nesta casa. A tristeza foi uma residente
permanente por tanto tempo, mas foi eliminada e só há sorrisos e amor.
Finalmente sinto que este é um lar novamente.
— Maaa, — o tom doce de Brynn vem do outro lado da porta soando como
se ela estivesse prestes a dizer sua primeira palavra, mas sei que é cedo
demais para isso. O som de seu chocalho no chão é uma indicação clara de
que ela está rastejando em nossa direção e, logo, há um baque na porta. Ela
provavelmente está tentando empurrá-la, mas não consegue alcançar a
maçaneta e a porta está fechada. — Eeeeee! — Algo que eu espero que em
breve seja ela chamando meu nome é gritado, e sei que meu pai vai acordar
com isso.
— Brynn, — sua voz profunda filtra através da porta, — venha aqui.
ela nos diz, mas está falando principalmente com Brock, que está claramente
nervoso hoje.
Se ele sente algo parecido com o que senti ontem à noite, duvido que a
comida lhe faça bem.
— Você está pronto? — pergunto a ele, levantando meu café enquanto ele
toma um gole do dele. Aqueles olhos azuis encontram os meus, e posso ver a
ansiedade dentro deles.
— Acho que sim. — Ele me oferece um sorriso nervoso. — Não vou mudar
de ideia, então se você acha que vai se livrar de mim tão facilmente, está
completamente errado, — ele brinca, colocando a caneca para baixo.
Engulo o último gole e rastejo sobre ele. — Acho que é hora de você me
mostrar o quanto você me ama, — digo-lhe, minha voz um sussurro baixo.
Ele se abaixa sem palavras, agarrando meu pau nu e acariciando até que sou
de aço sólido em sua mão.
— Acho que é hora de você pegar o que está salivando desde que fomos
morar juntos, — ele retruca. Rio com o imbecil arrogante.
— Você está pronto para isso, mano? — rosno, meus dedos provocando-o, e
ele facilmente se move de joelhos. Quando os olhos de cobalto encontram os
meus, vejo o brilho do desejo. Trabalhando meus dedos nele, gentilmente os
deslizo, garantindo que ele esteja relaxado, solto e pronto para o meu pau.
Assisto com admiração quando meu pau desaparece em seu corpo e tremo
quando choques elétricos correm através de mim. Quero rosnar, gritar meu
prazer, mas não o faço. Em vez disso, continuo a me mover dentro dele,
entrando e saindo. Imito suas ações da noite passada, segurando seu pau
grosso, masturbando-o enquanto ele agarra os lençóis. Tapa de pele,
grunhidos ferozes e prazer - isso é tudo o que existe neste momento, e não
demoramos muito para encontrarmos a libertação.
Brock
Nixon está na piscina de sua casa nova quando dou a volta com Ethan um
passo atrás de mim. Está descansando ao sol, observando Rowan e Erica na
água, e não posso deixar de sorrir. Eles não nos viram chegar, e estou tentado
a pular só para jogar água em cima dele, mas me contenho.
— Nixon, Ro, — chamo quando estamos mais perto. Ele ergue a cabeça,
empurrando os óculos de sol, e levanta o olhar para me avaliar.
— Brock e Ethan estão aqui, — ela murmura para a pequena versão dela.
— É tão bom ver vocês dois, — Rowan sorri, a felicidade brilhando em seus
olhos, mas eu sei que ela ainda deve sentir falta do meu pai. Toda vez que
olhar para Erica, haverá uma pontada de tristeza, porque eu sinto isso.
Assim que entramos na cozinha, a porta se abre e Camden entra com Hayden
- o mais velho dos quatro, e ele parece assim. Todo crescido, a imagem do
nosso pai em seu terno.
— Tenho certeza que ele está orgulhoso de você, — digo a ele, ganhando um
aceno de cabeça.
— Sim, ela é linda. — Meu irmão mais novo decide me jogar bem no fundo
do poço antes que eu possa responder.
— Nós voltamos para casa para conversar com todo mundo, — eu começo,
olhando de volta para Ethan por um momento, então permitindo que meu
olhar caia em cada um dos meus irmãos, depois Rowan. —
— Sim?
finalmente cuspo.
Viro meu olhar para Hayden, esperando que ele diga alguma coisa, qualquer
coisa. Mas ele só fica lá por um momento antes de finalmente sorrir. — Um
verdadeiro fodido Pearson, — diz ele. — Papai teria ficado orgulhoso por
você ter conseguido duas pessoas incríveis para compartilhar sua vida.
Meu peito dói com as palavras dele. A tristeza corre através de mim e tenho
que piscar as lágrimas. Sinto falta de Eric Pearson, o idiota que ele era, e
desejo todos os dias que ele ainda estivesse aqui.
— Estou tão feliz que está fora do saco, — Cam ri. Ele leva um copo de
limonada aos lábios e toma um longo gole. Quando ele abaixa, os olhos de
todos estão nele. — O quê? Eu consigo guardar um segredo. — Desta vez,
ele nos oferece uma piscadela que nos faz rir.
Olho para Ethan, que está sorrindo amplamente. Rowan está abraçando-o,
mas seus olhos estão em mim.
— Então, quando vamos conhecer Camila? — Hayden pergunta, pegando
uma cerveja na geladeira.
— Em breve. Nós queríamos fazer isso primeiro, mas ela vai vir para casa no
Dia de Ação de Graças, — respondo. Quero que ela conheça a família,
conheça os Pearsons e os Kingston, porque logo ela fará parte de tudo isso.
Vamos apenas esperar que não a assustemos.
Capítulo Vinte e Três
Camila
Um mês depois
Desde que eles foram para casa, tem sido um redemoinho de faculdade,
passar o tempo no oceano com minha prancha de surfe e estar em minha nova
casa. Ethan e Brock voltaram de suas férias e me pediram para morar com
eles. Mesmo que estejamos indo devagar, o mês passado foi incrível.
Meu pai estava inseguro no início, mas quando ele conheceu os meninos,
pôde ver o quanto eles se importavam comigo. Não havia nada que pudesse
desaboná-los, e acredite em mim, ele tentou muito encontrar.
Nunca pensei que estar em um relacionamento com eles seria tão gratificante.
Enquanto eu crescia, foi incutido em mim encontrar um bom menino
espanhol, casar e ter alguns filhos, então para mim, isso é muito fora do
normal. Eles me dão tudo o que eu preciso e mais, muito mais.
— Sim, — responde Brock enquanto beija minha testa. — Houve uma porra
de uma onda que chutou a minha bunda, — ele me diz, caindo na cadeira em
frente a mim. Seus olhos azuis são ainda mais penetrantes à luz do sol.
— Perdi isto, — faço beicinho, rindo quando ele me mostra o dedo. O que eu
mais amo neles é que eles não me tratam como uma menina frágil. Sou igual
a eles. Mesmo com todas as suas ações de macho alfa, eles me fazem sentir
como um deles. Eles respeitam minha opinião.
— O que vamos fazer hoje? — Brock questiona, olhando entre nós dois. São
apenas oito da manhã, e planejei ficar de bobeira e não fazer nada hoje.
— Nós poderíamos... — A voz de Ethan se reduz a um sussurro, e os dois
olhos estão em mim. Não há nada inocente em nenhum dos dois.
— O quê?
— Nós teríamos que levá-la para a sala de estar, porque não queremos que
ninguém te veja, ou ouça você gritar nossos nomes. — A voz de Brock está
cheia de confiança aquecida.
Dois grunhidos profundos ecoam atrás de mim, e não posso evitar guinchar
quando os braços envolvem minha cintura. Ethan. Ele me levanta e anda para
dentro de casa até que eu esteja no grande sofá. Quando ele me põe para
baixo, sua boca bate na minha em um beijo tão faminto e selvagem, que
rouba minha respiração.
— Sente-se, — ele ordena enquanto se afasta. Brock está atrás de mim nas
almofadas de pelúcia, acariciando-se através de seus shorts. Eu me acomodo
no colo de Brock, de costas para seu peito. Ethan posiciona meus pés, um de
cada lado das pernas de Brock, me abrindo para ele. Ele
deixa cair a cabeça entre as minhas coxas, e sua língua quente bate no meu
núcleo, lambendo e chupando meu clitóris.
Olho para baixo para ver aqueles olhos escuros me espreitando enquanto ele
me devora. É assim que eu acordo todas as manhãs, olhos azuis ou castanhos
me observando.
— Oh, oh, Deus, — grito quando Ethan mergulha dois dedos em mim e os
entorta para bater naquele ponto dentro de mim que faz meus dedos dos pés
curvarem e meus quadris rolar contra ele, montando seu rosto como se fosse
um de seus paus. Os dedos de Brock provocam e torturam meus mamilos, e
não posso segurar minha liberação.
O prazer percorre cada centímetro do meu corpo. Meus nervos estão acesos e
meu sangue ferve, queimando através de mim. Tudo se torna estática quando
Ethan libera o pau de seu melhor amigo e o cutuca contra minha boceta.
Meu corpo sobe e desce enquanto eu pulo em seu pau como uma mulher
possuída. Estou carente e pingando na língua do homem que eu amo sendo
empalada pelo outro.
Três corações.
Três almas.
Um para sempre.
— Eu amo vocês dois, — grito enquanto meu corpo pulsa e molho os dois
homens com meus sucos. Ethan sorri para mim depois que ele bebe cada
gota.
— Nós também amamos você, — confirma Brock. Ethan acena com a cabeça
e estou perdida na euforia.
Epílogo
Ethan
Sempre foi apenas meu pai e eu. Ninguém mais poderia substituir o espaço
vazio que minha mãe deixou. Era o nosso mundo e ele me ensinou como
sobreviver nele. Pensei que me tornaria frio, e por um tempo eu fui.
Seu sorriso é brilhante enquanto ela olha para o meu melhor amigo. E é isso
que eu amo nela. Aquele sorriso. Aqueles olhos. E sua personalidade forte.
Brock sempre me diz que eu o salvei, mas ele não percebe o quanto ele me
salvou. Como ele fez eu me apaixonar quando era a última coisa em minha
mente. Não foi aquele tipo de descoberta, onde seus olhos se encontram e é
isso. Não, nos tornamos gradualmente a prancha um do outro, resistindo às
ondas juntos.
Nós enfrentamos uma nova vida agora. Nós três. Para sempre com três
corações que não apenas amam incondicionalmente, mas três corpos
que experimentam o prazer de uma maneira que duas pessoas jamais
chegarão perto. Talvez eu seja tendencioso. Sim, acredito que sou.
Meu olhar voa para ele - Brock Pearson. Seu cabelo escuro está molhado,
brilhando à luz do sol enquanto olha para Camila -
Não é convencional.
Mas quando a maçã não cai longe da árvore, como Brock e eu poderíamos ter
algo menos que único?
***
Brock
Ethan era a única pessoa que era uma constante. Eu precisava dele para
respirar, sentir e experimentar coisas que nunca pensei serem possíveis. Não
esperava me apaixonar pelo meu melhor amigo. Apenas aconteceu. Foi a
coisa mais natural finalmente sentir seus lábios nos meus, suas mãos fortes
me segurando, me puxando para mais perto.
E apesar de termos encontrado amor um com o outro, encontramos um
terceiro coração para amar.
Camila.
Sua força, tenacidade e aquelas curvas incríveis me fazem querer estar dentro
dela o tempo todo. Mas mesmo que o físico seja tão perfeito, o que a torna
tão atraente é o fogo que queima em seus olhos.
Ela não atura a nossa merda. Ela nos repreende e nos torna responsáveis
quando precisamos. O que fazemos às vezes. A porta se abre e ela entra.
— Vá. Nós vamos sair assim que ele chegar em casa e se trocar. Não deve
demorar muito. — Eu bato na bunda dela, e ela grita, o que não ajuda o
endurecimento do meu pau.
***
Camila
O jantar foi incrível. Os dois caras parecem ter saído das páginas de uma
revista da GQ. Brock usando uma camisa azul que combina com seus olhos, e
calças pretas, e Ethan em uma camisa cinza e calça preta. Sem gravatas, mas
com o vestido que eu uso, combinou.
Brock comprou para mim há uma semana. A parte de trás é reveladora, mas a
frente só oferece um pequeno vislumbre do meu decote. Tiras finas brilham
nos meus ombros e a bainha para no meio da coxa. É sexy, mas elegante.
Nós batemos nossos copos, e dou a um dos meus homens um beijo na boca.
Seus lábios, cheios e macios, sentem-se quentes contra os meus.
— Cara, — Ethan começa com um sorriso, — não precisa ser emotivo, você
sabe que eu te amo.
— É por isso que preciso dizer isso. Então cale a boca e escute. —
— Nós vamos. — Minha garantia o faz sorrir aquele sorriso que sempre faz
meu estômago tremer descontroladamente quando me
presenteia. Brock Pearson é bonito, devastadoramente, e não posso acreditar
que ele me ama. Eu sou a garota tímida de uma família rigorosa que não
conseguia entender a minha escolha de viver com eles, mas aos poucos, eles
estão aceitando que este é o nosso amor e a nossa vida.
Não é convencional, não é algo que você ouvirá todos os dias, mas é real e é
meu.
Brock coloca duas caixas na mesa, uma na minha frente e uma na frente de
Ethan. Elas são iguais, ambas um veludo azul profundo. Meu coração acelera,
pulando na minha garganta.
— É lindo.
Ethan abre sua caixa, e lá no veludo há uma corrente - mais grossa e larga
que a minha, mas tem um relógio de bolso. Quando ele bate na fechadura, ele
se abre e tem a mesma foto do meu medalhão.
— Somos nós. Felizes. Para sempre. E quando for a hora certa, tornaremos
oficial. Não tenho certeza de como, mas com o tempo, descobriremos isso.
Meu coração está cheio de amor e carinho. Às vezes ainda me pergunto como
isso funcionará e, embora nem todos saibam sobre nós
três, não escondemos o fato de que estamos juntos. Não há espaço na minha
vida para julgamento. Pode não ser convencional, mas é meu. É
perfeita, delicada, mas tem uma promessa de tudo que eu nunca pensei que
precisava, que se tornou tudo que eu sempre quis - ser aceita por quem sou,
pela verdadeira eu que sempre escondi da minha família.
— Vamos jogar.
FIM