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NOÇÕES DE

FARMACOLOGIA
AULA 1
-Introdução à Farmacologia e conceitos básicos;
-Formas farmacêuticas;
-Vias de administração de medicação;

Prof. Enf. Anderson Lima.


@enf_andersonlima
Introdução
O que é a
FARMACOLOGIA?

Drogas

Interação
Estudo com o
organismo

Farmacologia
Introdução

REMÉDIO OU VENENO?

“... Todas as substâncias são


venenos, não existe nenhuma que
não seja. A dose correta é que
diferencia um remédio de um
veneno.”
(Paracelso 1443-1541)
Introdução
Fatos Históricos
➢ (2.700 a.C.) – Pen Tsao (chineses);
➢ (1.550 a.C.) – Papiros de Eber (Egito antigo);
➢ Grécia antiga;
➢ Culturas indígenas das Américas;
➢ (1493-1541) Paracelsus – ingredientes ativos;
➢ (1805) Sertüner – isolou a morfina a partir do ópio (1º isolamento do principio
ativo);
Introdução
Fatos Históricos
➢ (1847) Buchheim – 1º Laboratório de pesquisa de medicamentos;
➢ Schmiedeberg - Inclusão da farmacologia como disciplina independente;
➢ Jacob Abel (pai da farmacologia americana);
➢ 1º Farmacologistas - subst. extraídas de plantas, como: quinina, digitálicos, atropina,
efedrina;
Introdução
Fatos Históricos
➢ Séc XX – química sintética
• Ehrlich (1909) - desenvolveu a quimioterapia
• Fleming (1928) – desenvolveu a penicilina
➢ Séc XXI – DNA recombinante e Biofármacos (anticorpos, enzimas, proteínas
reguladoras, hormônios e fatores de crescimento).
Introdução
Conceitos básicos

DROGA FÁRMACO

MEDICAMENTO REMÉDIO
Introdução
Conceitos básicos
➢ DROGA: Toda substância, natural ou sintética que ao ser
introduzida no organismo modifica suas funções,
com exceção dos alimentos.
Introdução
Conceitos básicos
➢ FÁRMACO: Substância química conhecida e de estrutura

química definida dotada de propriedade


farmacológica.
Introdução
Conceitos básicos
➢ MEDICAMENTO: Produto farmacêutico, uma forma farmacêutica que
contém o fármaco, geralmente em associação com
adjuvantes. Apresenta propriedade benéficas
comprovadas cientificamente.
Introdução
Conceitos básicos
➢ REMÉDIO: Qualquer substância ou recurso utilizado para

obter cura ou alívio.


Introdução
Conceitos básicos
➢ MEDICAMENTOS
Introdução
Conceitos básicos
➢ MEDICAMENTOS

Referência Similar Genérico


Introdução
Conceitos básicos
➢ Placebo: São tratamentos que não possuem nenhuma propriedade
farmacológica e, consequentemente, não atuam diretamente nas
doenças.
➢ Nocebo: É a sensação de que está ocorrendo os eventos colaterais que
são esperados com o medicamento ativo, mas quando a pessoa recebe
o placebo.
➢ Efeito Colateral: É qualquer tipo de resposta diferente do organismo às
substâncias contidas no medicamento, que são paralelas às que são
desejadas ou esperadas pelo fármaco. (reações positivas ou negativas
não esperadas).
➢ Efeito adverso: Qualquer resposta do remédio que seja indesejada ou
prejudicial ao paciente. (efeitos negativos esperados)
➢ Resistência: Não tem o máximo de eficiência ou não tem efeito.
➢ Fitoterápico: Medicamento “natural” feito a base de plantas.
Introdução
Conceitos básicos
➢ Princípio Ativo: São moléculas de uma substância que possuem efeito
terapêutico.
➢ Excipiente: São as substâncias que existem nos medicamentos e que
completam a massa ou volume especificado.
➢ Ação terapêutica: Tratar problemas.
➢ Ação Profilática: Ação/efeito PREVENTIVO.
➢ Posologia: é a forma de utilizar os medicamentos, ou seja, o número
de vezes e a quantidade de medicamento a ser utilizada a cada dia;
➢ Veneno: Substância tóxica que altera ou destrói as funções vitais.
➢ Toxina: Entidade química capaz de causar dano a um sistema biológico,
alterando uma Função ou levando o à morte, sob certas condições de
exposição.
Introdução
Conceitos básicos
➢ Dose:
• De ataque - elevar rapidamente a concentração de um fármaco na corrente
sanguínea, a fim de que se obtenha o resultado terapêutico mais
rapidamente.
• De manutenção – administrada em intervalos regulares capaz de manter a
concentração de um fármaco na quantidade desejada para que seja alcançado
o efeito terapêutico.
• Mínima - É a menor dose eficaz de um fármaco que pode ser administrada a
uma pessoa e pode ser observado o resultado terapêutico.
• Máxima - É a dose máxima de um fármaco que pode ser administrada a um
paciente na qual não são observados efeitos tóxicos.
• Letal - É a quantidade de fármaco que se for administrada a um paciente leva
à morte, também é uma “overdose”.
• Tóxica - É a dose de um fármaco acima do dose máxima, que se for
administrada a um paciente onde já podem observados efeitos de toxicidade,
é uma “overdose”.
Introdução
Conceitos básicos
Diluição Reconstituição
• Ocorre quando • A reconstituição consiste em
acrescentamos solvente retornar um medicamento em
(geralmente a água) a forma de pó (liofilizado) para
alguma solução, com isso sua forma original líquida. Para
o volume da solução isso, são adicionados diluentes
aumenta e sua como água estéril, cloreto de
concentração diminui, sódio 0,9% e glicose 5% ao
porém a massa do soluto recipiente com o pó
permanece inalterada. medicamentoso.

Cetoconazol shampoo Benzetacil + AD


Formas farmacêuticas

Muito prazer,
me chamo
Comprimido!

➢ As formas farmacêuticas
são as formas físicas de
apresentação do
medicamento, e elas
podem ser classificadas
em sólidas, líquidas,
semi- sólidas e gasosas.
Formas farmacêuticas
(Importância)

FACILITAR A ADMINISTRAÇÃO;

GARANTIR A PRECISÃO DA DOSE;

PROTEGER A SUBSTÂNCIA DURANTE O PERCURSO


PELO ORGANISMO;

GARANTIR O EFEITO NO LOCAL DE AÇÃO;

FACILITAR A INGESTÃO DA SUBSTÂNCIA ATIVA.


Formas farmacêuticas
➢ CÁPSULAS – Tem consistência ➢ COMPRIMIDOS – É a forma sólida
sólida, e é constituída por um de um pó medicamentoso,
invólucro duro ou mole (de preparado por compressão,
gelatina), que contém em seu adicionado ou não de substâncias
interior, a substância ativa (em pó), aglutinantes.
por via oral.
Formas farmacêuticas
➢ SUPOSITÓRIOS - O supositório de ➢ GEL - Semissólido com a maior parte
glicerina é um medicamento com de sua composição feita por água.
efeito laxante que é muito ➢ CREME - Semissólido com sua
utilizado em casos de prisão de composição feita água e óleo.
ventre. ➢ POMADA - Comumente, são feitas
com excipientes gordurosos, como
vaselina e lanolina.
Formas farmacêuticas
➢ PÓ/GRANULOS ➢ SOLUÇÃO - É a forma farmacêutica líquida;
límpida e homogênea, que contém um ou
mais princípios ativos dissolvidos em um
solvente adequado ou numa mistura de
solventes miscíveis.
Formas farmacêuticas
➢ ELIXIR – São formulações ➢ XAROPE – São preparações a
preparadas a partir de um base de água, concentradas de
produto da natureza dissolvidos açúcar e que contém as
em álcool e água. substâncias ativas.

OBS.:Teor álcoolico 9,5% OBS.: Contraindicado para


(máximo permitido é 5,0%). diabéticos.
Formas farmacêuticas
➢ SUSPENSÃO – São formas ➢ EMULSÃO – Corresponde à
líquidas estruturadas a partir de 1 preparação de 2 líquidos na
líquido + 1 sólido, estando um forma de óleo/água.
sólido disperso no líquido.
Formas farmacêuticas
➢ AEROSSÓIS – São formas farmacêuticas que , se submetidas a pressão se
transformam em gases, normalmente administrados por nebulizadores.
Formas farmacêuticas
➢ ADESIVO TRANSDÉRMICO – ➢ IMPLANTE –Forma farmacêutica
Sistema destinado a produzir um sólida e estéril contendo um ou mais
efeito sistêmico pela difusão princípios ativos e de tamanho e
do(s) princípio(s) ativo(s) em uma formato adequados para ser inserido
velocidade constante por um em algum tecido do corpo. EX.:
tempo prolongado. Implanon.
-Eu: Tudo certo até aqui turma? Compreenderam?
-Vocês: Tudo certo prof. Compreendemos!
-A cara de vocês:
Vias de administração dos fármacos
➢ O que são as vias de administração de um fármaco e
como ela é escolhida?

FATORES QUE INFLUENCIAM NA ESCOLHA DA VIA DE ADMINISTRAÇÃO


Efeito local ou sistêmico da droga
Forma farmacêutica
Idade do paciente
Conveniência
Tempo necessário para início do tratamento
Duração do tratamento
Aceitação do paciente ao regime terapêutico
Vias de administração dos fármacos

➢ OBS.: A via enteral O contato do fármaco vai partir do trato gastrointestinal


(TGO).
➢ OBS.: A via parenteral introduz o fármaco diretamente na circulação
sistêmica.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO: REGRAS
GERAIS
➢ Todo medicamento requer prescrição médica.
➢ O ideal é que a prescrição seja feita por escrito. Prescrições por ordem
verbal somente devem ocorrer em situações de risco de morte.
➢ Todo medicamento deve ter rótulo.
➢ Todo medicamento deve estar dentro do prazo de validade.
➢ Não administrar medicamento preparado por outro profissional.
➢ Informar ao paciente sobre ação, dose e efeitos colaterais dos
medicamentos.
➢ Em situações duvidosas, não administrar o medicamento.
➢ Manter os medicamentos em condições especiais para uso, como
refrigeração e fotossensibilidade.
➢ Os medicamentos devem ser armazenados em locais apropriados.
➢ Medicamentos controlados devem ser segregados.
Os 13 Certos para administração de
medicamentos
1. Prescrição certa
2. Paciente certo
3. Medicamento certo
4. Validade certa
5. Forma / apresentação certa
6. Dose certa
7. Compatibilidade certa
8. Orientação certa
9. Via de administração certa
10. Horário certo
11. Tempo de administração certo
12. Ação certa
13. Registro certo
O que são medicamentos injetáveis ?
➢ O que devemos considerar na administração de medicamentos?
De acordo com algumas situações:

• Objetivo
• Propriedade
• Condições clínicas
• Indicação para via de administração específica
• Vantagens
• Desvantagens
Angulação via parenteral

(POTTER et al., 2018)


Vias de administração dos fármacos
Via Intradérmica (ID)
Administrados na derme, logo abaixo da epiderme.

Indicações: Teste de alergia, aplicações de


anestésicos locais e vacina BCG.

⮚ Absorção : lenta
⮚ Locais de aplicação: Parte superior do tórax,
região escapular e a face interna dos antebraços
(testes), região do deltoide (vacina).
⮚ Volume: 0,1 a 0,5 ml (volume máximo)
⮚ Angulação: de 10 a 15° graus com o bisel
voltado para cima.
(POTTER et al., 2018)
Via Intramuscular (IM)
➢ Inserção da agulha através da epiderme, derme, tecido
subcutâneo até o músculo.

➢ Cuidados gerais:

• Manter técnica asséptica durante todo o procedimento, se houver


dúvida quanto possível contaminação considere-o contaminado;
• Trocar a agulha após a aspiração da solução;
• Observar a condição do músculo para aplicação;
• Utilizar agulha de comprimento suficiente para atingir o músculo
escolhido e de adequado calibre.

(POTTER et al., 2018)


Locais de administração IM
1 3

1 = Deltoide
2 = FALC (vasto
lateral)
3 = Dorso glútea
4 = Ventro Glútea 4

2
Via Intramuscular (IM)

Músculo Deltoide
➢ Utilizado usualmente para aplicação de vacinas.

➢ VANTAGENS:

• Fácil acesso
• Boa aceitação

➢ DESVANTAGENS:

• Massa muscular menor que as outras;


• Limita o volume de líquido a ser infundido;
• Risco potencial para lesões neurovasculares (devido a
localização interna da artéria braquial e nervos axilar,
radial, braquial e ulnar).
Via Intramuscular (IM)
➢ Músculo Deltoide
Algumas orientações:
➢ Contraindicações
• Posicionamento do paciente: braço
• Pacientes com pequeno paralelo ao corpo ou fletido sobre o
desenvolvimento abdômen;
muscular; • Localizado 3-4 cm abaixo da articulação
• Caquéticos; do ombro;
• Realizar a prega cutânea;
• Volume superior a 3ml; • Introduzir a agulha num ângulo de 90°,
• Injeções consecutivas. na parte central do músculo;
• Solte o músculo e aspire (só administre
se não houver retorno sanguíneo; Exceto
na administração de vacinas).

(POTTER et al., 2018)


Via Intramuscular (IM)
Ventro-glútea
➢ Relativamente livre de nervos importantes e estruturas vasculares,
por isso é um local bem definido e seguro.

⮚ Corresponde ao glúteo médio e situa-se em


local profundo e afastado dos nervos e vasos importantes.

⮚ Volume:
- Crianças de 3 a 6 anos: 1,0 ml;
- Crianças de 6 a 14 anos: 1,5ml;
- Adolescentes: 1,5 - e 2,0ml;
- Adultos: 4,0 ou 5 ml.
Via Intramuscular (IM)
Ventro-glútea
É localizando colocando-se a palma da mão na porção lateral do
trocanter maior, o dedo indicador na espinha ilíaca anteroposterior e
estendendo o dedo médio até a crista ilíaca.

(POTTER et al., 2018)


Via Intramuscular (IM)
Dorso-glútea
⮚ Quadrante superior externo da região glútea.
Porção superior dorsal dos músculos glúteos.
⮚ Volume:

-Criança de 3 a 6 anos: 1,0 ml


-Criança de 6 a 14 anos: 1,5-2,0 ml
-Adolescentes: 2,0 – 2,5 ml
-Adultos: até 5,0 ml.

(POTTER et al., 2018)


Via Intramuscular (IM)
Dorso-glútea
➢ VANTAGENS:
• Larga massa muscular;
• Paciente não vê a agulha;
• Volume de até 5 ml.

➢ DESVANTAGEM:
• Perigo de danos para nervos maiores – principalmente nervo ciático.

➢ CONTRA INDICAÇÕES:
• Pacientes com atrofia de musculatura glútea (idosos);
• Pacientes com parestesia ou paralisia de membros inferiores;
• Crianças de 0 a 2 anos;
Via Intramuscular (IM) -FALC
➢ Localizado na região da Face anterolateral da coxa, é administrado no
músculo vasto lateral, longe de vasos sanguíneos e nervos. Local de
escolha para lactentes, visto que representa a sua maior massa
muscular.

⮚ Volume:
-Prematuros: 0,5 ml
-Neonatos: 0,5 ml
-Lactentes: 1,0 ml
-Criança de 3 a 6 anos: 1,5 ml
-Criança de 6 a 14 anos: 1,5 ml
-Adolescentes: 2,0 – 2,5 ml
-Adultos: 5,0 ml

(POTTER et al., 2018)


Técnica em Z

(POTTER et al., 2018)


Via Endovenosa (EV/IV)
⮚ É a via onde se tem a mais rápida ação do fármaco administrado,
em que há a introdução da medicação diretamente na veia.
• Ação imediata do medicamento;
• Grandes volumes para hidratação;
• Avaliar a perviedade do acesso;
• Coleta de sangue;
• Dispositivos de infusão
intermitentes periférico ou central.

(POTTER et al., 2018)


Via Endovenosa (EV/IV)
⮚ Conceitos quanto ao tempo de administração:

• Bolus (tempo menor ou igual a 1 minuto);


• Infusão rápida (entre 1 e 30 minutos);
• Infusão lenta (entre 30 e 60 minutos);
• Infusão contínua (superior a 60 minutos, ininterrupta);
• Infusão Intermitente (superior a 60 minutos, não contínua).

(POTTER et al., 2018)


Via Endovenosa (EV/IV)
Quanto a escolha do acesso, deve-se EVITAR:

(POTTER et al., 2018)


Locais de administração (EV/IV)
Locais de administração SC

(POTTER et al., 2018) LIPOHIPERTROFIA


Via Subcutânea (SC)
• Administração de medicamentos na região hipodérmica.

Volume:
-Criança: 0,5 ml
-Adultos 1,5

Absorção:
-Mais lenta que a via IM

Indicações:
-Medicamentos solúveis e potentes o suficiente para serem eficazes em
pequenos volumes. (Ex.: Insulina, heparina).
(POTTER et al., 2018)
Dispositivo de Infusão

Scalp / cateter agulhado


Jelco / Cateter sobre agulha

Seringa
Dispositivo de Infusão

Scalp/cateter agulhado
Dispositivo de Infusão

Jelco / Cateter sobre agulha


Dispositivo de Conexão

Torneira de três vias


(Thre- Way) Equipo
Polifix
Dispositivo de Conexão
Equipo Fotossensível
Seringa
Seringa
As agulhas mais utilizadas são:
Agulha 40/12
Ela é utilizada na aspiração e no preparo das medicações.

Agulha 30/7
Serve para aplicação de medicação IM em paciente adulto (OBESO).

Agulha 30/8
Usamos para aplicar medicações intramuscular em paciente adulto (OBESO).
Podendo ser substituído por calibres menores em casos de idosos ou crianças.

Agulha 25/7 Serve para aplicação de medicação IM em paciente adulto.

Agulha 20/5
Usada para administração em crianças.
Agulha 13/4,5
Ela é utilizada na administração de medicação nas vias intradérmica e
subcutânea.
Vias de administração dos fármacos
FIM DA AULA 1

“Guardem o conhecimento no coração de


vocês e permitam que ele seja o guia para o
sucesso.”
Autor desconhecido.
MATERIAS PARA AULA PRÁTICA
➢ Roupa branca, jaleco e sapato fechado.
➢ touca, máscara;
➢ 3 pares de luva de procedimento;
➢ 2 flaconetes de água destilada;
➢ 2 flaconetes de SF 0,9%;
➢ 2 seringa de 1ml;
➢ 3 seringas de 5ml;
➢ 2 jelcos (n° 24);
➢ 2 scalps (n° 25);
➢ Garrote.
OBS.: Unhas curtas/cortadas.

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