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Análise Crítica - Estratégia do Oceano Azul (capítulos 01 a 03)

A obra “Estratégia do Oceano Azul”, a qual retrata uma nova maneira de pensar
sobre estratégia e como colocá-la em prática, foi escrita por W. Chan Kim e Renée
Mauborgne, representantes do The Blue Ocean Strategy Institute. Diante disso,
podemos dizer que os autores apresentam uma metáfora no livro, onde o “oceano azul”
representa uma criação de novos espaços, enquanto o “oceano vermelho”, sangrento,
representa uma separação da concorrência.
Nesse contexto, a estratégia do oceano azul é criar novos mercados a fim de
garantir uma vantagem competitiva, uma visão diferenciada, já que a maioria das
empresas tendem a focar na concorrência. Ou seja, o objetivo dessa estratégia é
redesenhar o cenário da empresa, avaliando riscos e benefícios, de forma que os
clientes sintam-se agradados e que a concorrência se torne irrelevante.
No primeiro capítulo do livro temos um exemplo de case de sucesso de
estratégia do oceano azul: Cirque du Soleil, “Reinvenção do Circo”. Isto porque a
empresa prosperou investindo em uma nova experiência de entretenimento, sem uso
de animais, enquanto o uso era algo comum nos circos tradicionais, e trazendo
performances diferenciadas e, a partir disso, atraiu públicos de outros mercados, como
o do teatro.
No capítulo 2, os autores apresentam um conjunto de ferramentas e modelos de
análise desenvolvidos para sistematizar e operacionalizar o processo de
desenvolvimento de estratégias para a exploração de oceanos azuis, tornando mais
tangíveis as oportunidades e parâmetros a serem analisados, como ocorre no estudo
de oceanos vermelhos. Entre essas ferramentas, destacamos:
● Matriz de avaliação de valor:
Permite a análise do ambiente de mercado e da concorrência. Sua
estrutura consiste de um eixo horizontal, onde são distribuídos atributos
dos concorrentes, e um eixo vertical representando a oferta de cada
atributo por cada um dos concorrentes, as características da concorrência
são plotadas no gráfico, gerando uma curva de valor. Dessa forma, é
possível identificar como a concorrência se distribui e o que caracteriza os
nichos atendidos pelo mercado, assim como identificar nichos que não
são atendidos, que podem representar oportunidades a serem
exploradas.

● Modelo das quatro ações e Matriz eliminar-reduzir-elevar-criar:


Essas duas ferramentas se complementam e auxiliam no processo de
identificação de uma nova curva de valor vinculada a um nicho de
mercado não atendido e traçar ações a serem feitas na preparação para a
exploração desse nicho. A utilização dessas ferramentas começa com
quatro perguntas:
○ Que atributos considerados indispensáveis pelo setor
devem ser eliminados?;
○ Que atributos devem ser reduzidos bem abaixo dos padrões
setoriais?;
○ Que atributos devem ser elevados bem acima dos padrões
setoriais?;
○ Que atributos nunca oferecidos pelo setor devem ser
criados?
A partir da exploração e das respostas dessas perguntas, uma
organização pode ter uma noção de como seria um produto ou serviço
que atende o novo nicho de mercado identificado.
No capítulo 3 o autor fala sobre a reconstrução das fronteiras do
mercado, que, muitas vezes, convergem competitivamente entre si, pois
comungam na mesma sabedoria convencional.
● Primeira fronteira: Examine os setores alternativos.
● Segunda fronteira: Examine os grupos estratégicos dentro dos
setores
● Terceira fronteira: Examine a cadeia de compradores
● Quarta fronteira: Examine as ofertas de produtos e serviços
complementares
● Quinta fronteira: Examine os apelos funcionais e emocionais dos
compradores
● Sexta fronteira: Examine o transcurso do tempo.
Ao raciocinar além das fronteiras convencionais da concorrência, vê-se como
empreender movimentos estratégicos que revolucionam as convenções e reconstroem
os limites do mercado, criando, em consequência, os oceanos azuis.

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