Inteligência Emocional

UFCD 9208 - Inteligência emocional
Carga Horária: 25 horas Formador: Tiago Lopes Lino

Objectivos Gerais
 Identificar as próprias emoções;
 Definir a importância da inteligência emocional nas
relações interpessoais e no quotidiano.
 Reconhecer a importância das emoções no
relacionamento intrapessoal e interpessoal;
 Identificar os estilos comunicacionais;
 Desenvolver a assertividade;
 Desenvolver a escuta activa e a empatia;
 Reforçar a capacidade de gerir conflitos.
 Dotar os participantes da capacidade de lidar com as
frustrações provenientes do insucesso profissional.
 Aumentar a capacidade de resiliência face às
adversidades laborais.
Conteúdos Programáticos
 Inteligência emocional
 Funcionamento da inteligência emocional
 Importância do relacionamento intrapessoal e interpessoal
 Competências emocionais
 Desenvolvimento das competências emocionais
 Inteligência emocional e criatividade na capacidade de comunicar
 A mais-valia da inteligência emocional na habilidade de comunicar
 Desenvolvimento de competências emocionais nas relações com os outros
 Desenvolvimento de competências de escuta na relação com os outros
 Identificação e desenvolvimento do seu nível de empatia com os outros
 Estilos de relacionamento interpessoal
 Passivo
 Agressivo
 Manipulador
 Assertivo
 O reforço da capacidade de dinamização de grupos
 Estratégias de motivação de grupos
 Competências emocionais e gestão de conflitos em grupos (de trabalho / de formação)

Conceito de Emoção
 Deriva do verbo latim motere que significa «mover»,

mais o prefixo «e», para dar o resultado «mover para».
 Sugere, então, uma tendência para agir, o que está

implícito em todas as emoções.
Inteligência Emocional
Conceito de Emoção
 É um estado particular de um organismo que sobrevem

em condições bem definidas, acompanhado de uma
experiência subjectiva e de manifestações somáticas e
viscerais.
 É uma reacção a determinado estímulo ambiental, esta

reacção por sua vez desenvolve-se em três tipos de
componentes, fisiológica, psicológica e
comportamental.
Conceito de
Inteligência
 A Inteligência Humana, caracteriza-

se por “funções psicológicas ou
conjuntos de funções graças às
quais o organismo se adapta ao seu
meio produzindo combinações
originais de condutas, adquire e
explora conhecimentos novos e,
eventualmente, raciocina e resolve
os problemas de uma maneira
conforme às regras destacadas
pelas formalizações da lógica”
(Doron & Parot, 2001).
Conceito de Inteligência
 A inteligência é um conjunto de funções que o homem

inatamente possui, que ao longo da vida vai
desenvolvendo e crescendo, que o ajudam a adaptar-se
ao meio em que vive bem como a tomar decisões e a
escolher perante os obstáculos que se apresentam.
 O raciocínio, a memória, a linguagem e a emoções são

componentes da inteligência humana, sem os quais o
humano não se tornaria autónomo e apto a sobreviver.
Inteligência
Emocional
 É definida como a capacidade de

reconhecer os nossos sentimentos
e os dos outros, de nos
motivarmos e de gerirmos bem as
emoções em nós e nas nossas
relações.
 É um conjunto de características
e propriedades, que podem e
devem contribuir para um bom
desempenho profissional,
independentemente do patamar
hierárquico a exercer.
Principais Emoções
 Ira
 Tristeza
 Medo
 Prazer/bem-estar
 Amor
 Surpresa
 Aversão
 Vergonha
Principais
Emoções
 Ira
 Fúria, ressentimento, cólera,
indignação, aborrecimento,
irritabilidade, ódio e violência;
 O sangue flui para as mãos,
tornando mais fácil pegar numa
arma ou bater num inimigo;
 O ritmo cardíaco aumenta e uma
descarga de hormonas como a
adrenalina, gera uma onda de
energia suficientemente forte
para permitir a acção.
Principais
Emoções
 Tristeza
 Dor, pena, desânimo,
desalento, melancolia, solidão,
abatimento, desepero ou
depressão profunda;
 Ajuda-nos a adaptarmo-nos a
uma perda significativa;
 Acarreta uma quebra de
energia e de entusiasmo pelas
actividades da vida e à medida
que se acentua, abranda o
metabolismo do corpo.
Principais
Emoções
 Medo
 Ansiedade, apreensão, nervosismo,
preocupação, consternação, receio,
precaução, aflição, desconfiança,
pavor, horror, terror, fobia e pânico;
 O sangue corre para os grandes
músculos esqueléticos, como as
pernas, facilitando a fuga e
empalidecendo a face, devido à perda
de fluxo sanguíneo. Nesta altura surge
a sensação de «frio»;
 O corpo fica imobilizado dirante
breves segundos, desencadeando de
seguida, um fluxo de hormonas que
colocam o organismo em estado de
alerta geral.
Principais
Emoções
 Prazer/bem-estar
 Felicidade, alegria, alívio,
contentamento, satisfação,
delícia, divertimento, orgulho,
prazer sensual, excitação,
êxtase, agrado, euforia,
gratificação, entusiasmo e
mania;
 Existe uma actividade acrescida
de um centro do cérebro que
inibe os sentimentos negativos e
favorece um aumento da energia
disponível.
 Todo o organismo é invadido por
uma sensação de calma e
tranquilidade geral.
Principais
Emoções
 Amor
 Aceitação, amizade, confiança,
bondade, afinidade, devoção,
adoração e fascinação;
 Sentimentos de ternura e
satisfação sexual provocada por
uma excitação parassimpática
ou «resposta de relaxamento»;
 Existe um conjunto de reacções
ao nível de todo o corpo que
geram um estado geral de
calma e contentamento.
Principais
Emoções
 Surpresa
 Choque, espanto, assombro e
admiração;
 O arquear das sobancelhas é a
reacção fisiológica mais
comum, o que permite o
alargamento do campo visual e
a entrada de mais luz na
retina;
Principais
Emoções
 Aversão
 Desprezo, desdém, repugnância,
nojo, desagrado, repulsa.
 Dá-se quando algo ofende algum
dos sentidos (paladar, tacto,
olfacto, visão ou audição);
 A expressão mais comum é a
facial (lábio superior repuxado
para os lados e nariz levemente
franzido), sugerindo um “tapar”
espontanêo das narinas.
Principais
Emoções
 Vergonha
 Culpa, embaraço, desgosto,
remorso, humilhação,
arrependimento e
mortificação.
 É caracterizada pela rubor
facial, com o aumento do fluxo
sanguíneo na face.
Inteligência emocional -
Domínios
Gerir relacionamentos
Conhecer as nossas próprias emoções Reconhecer as

emoções dos outros
Motivarmo-nos a nós próprios Gerir as emoções
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Domínios da Inteligência
Emocional
1. Conhecer as nossas próprias emoções
 A autoconsciência é a pedra-base da inteligência emocional
e caracteriza-se pelo reconhecimento de um sentimento
enquanto ele está a acontecer.
2. Gerir as emoções
 Lidar com as sensações de modo apropriado é uma
capacidade que nasce do autoconhecimento
3. Motivarmo-nos a nós próprios
 A autocontrolo emocional, o adiar a recompensa e dominar
a impulsividades, está subjacente a todo o tipo de
realizações.
Domínios da Inteligência
Emocional
4. Reconhecer as emoções dos outros
 A empatia é a capacidade mais fundamental das «aptidões
pessoais»
5. Gerir relacionamentos
 A arte de nos relacionarmos é a aptidão para gerir as
emoções dos outros.
Conceito de Empatia
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 Deriva da palavra empáthos (com estado de alma).
 Significa a capacidade psicológica para se colocar no

lugar do outro, conseguindo sentir o mesmo que este
nas situações e circunstâncias por esse outro
vivenciadas.
Simpatia e Antipatia
 Simpatia é uma tendência natural
que atrai duas pessoas, uma para a
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outra, buscando a atracção

interpessoal e afinidade de ideias
e/ou valores.
 Antipatia significa aversão

espontânea entre duas pessoas,
repulsa.
Actividade - Dinâmica da
observação
A Comunicação Não Verbal
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 A comunicação não verbal, consiste em comunicar

através dos nossos gestos, posturas, expressões faciais;
 Comunicamos, igualmente, através da roupa que

vestimos e dos objectos que estão à nossa volta.
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 É através da comunicação não verbal que transmitimos

muitas das nossas emoções e sentimentos.
 Muitas vezes, a linguagem não verbal, que acompanha a

linguagem verbal, oferece um significado mais profundo
e verdadeiro.
26
 Os elementos não verbais ajudam o sujeito a verificar e

a certificar-se das intenções da pessoa que fala,
reforçando a mensagem verbal.
 Podemos impedir a comunicação, simplesmente não

utilizando a linguagem verbal, porém não podemos
impedir a comunicação não verbal.
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 O timbre e o volume da voz afectam a linguagem falada

e permite atribuir-lhe significações diferentes;
 Uma simples palavra, como «sim» pode, consoante o

modo como é pronunciada, exprimir frustração, cólera,
desinteresse, resignação, etc.
Escuta
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 Significa dar atenção a alguém ou fazer por ouvir.
 Centra-se na capacidade de ouvir apenas, tendo em

conta aquilo que nos interessa ouvir.
 Quando ouvimos temos tendência a desprezar um

estímulos e a dar mais relevância a outros.
Escuta Activa
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 Implica escutar o outro, tendo em conta o seu ponto de

vista e compreender os sentimentos associados.
 É uma das habilidades para a resolução de um conflito.
Benefícios da Inteligência
Emocional
Emocional
 Autoconsciência Emocional
 Maior capacidade de reconhecer e identificar as próprias

emoções;
 Melhorar a compreensão das causas dos sentimentos;
 Reconhecer a diferença entre sentimentos e acções.
Emocional
 Gestão das Emoções
 Melhorar a tolerância à frustração e melhorar o controlo
da ira;
 Maior capacidade para expressar a ira sem utilizar a
agressividade;
 Redução dos comportamentos agressivos ou
autodestruidores;
 Mais sentimentos positivos a respeito de si mesmo e do
ambiente que o rodeia;
 Maior capacidade de lidar com o stress;
 Menos solidão e ansiedade social.
Emocional
 Controlar produtivamente as Emoções
 Mais responsabilidade;
 Maior capacidade de concentração na tarefa entre mãos e

mais atenção;
 Menos impulsividade, mais autocontrolo;
 Maior sucesso profissional e pessoal.
Emocional
 Empatia: ler emoções
 Maior capacidade de aceitar a perspectiva dos outros;
 Mais empatia e sensibilidade aos sentimentos dos outros;
 Maior capacidade de escutar os outros.
Emocional
 Gerir Relacionamentos
 Maior capacidade de analisar e compreender
relacionamentos;
 Maior capacidade de resolver conflitos e negociar
desacordos;
 Maior capacidade para resolver problemas de
relacionamento;
 Mais abertura e capacidade de comunicação;
 Maior interesse por parte dos colegas e amigos;
 Maior pró-sociabilidade e harmonia em grupo;
 Mais partilha e cooperação;
 Mais democracia na maneira que se relaciona com os
outros.
Processos Psicológicos do
Medo
 O medo é um sentimento/emoção que se traduz num
estado de alerta demonstrado pelo receio de fazer
alguma coisa, geralmente por se sentir ameaçado, tanto
fisicamente como psicologicamente.
 O pavor é a ênfase do medo.
 O medo pode provocar reações físicas como descarga de
adrenalina, aceleração cardíaca e tremor.
 Pode provocar atenção exagerada a tudo que ocorre ao
redor, depressão e pânico.
MORTE
POBREZA
Medos Básicos
FALHAR MUDANÇA/INCERTEZA
Como lidamos com o medo
“Frozen” (congelar)
“Flight” (voar)
“Fight” (lutar)
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Actividade – “O meu maior
medo é…”
 Cada um deverá completar a frase: “O meu maior medo
é…”
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DETECTAR MEDOS SUBTIS
Medo de falhar Desejo: ter um negócio próprio.
Obstáculo: falta de dinheiro para
começar.
Medo de confrontação: podem
recusar-me o empréstimo e posso
não ter condições para pagar;
posso perder tudo o que tenho.
FRACASSO AFASTAR MEDOS NOCIVOS

1. Qual a pior coisa que me pode
acontecer se ficar com este
medo?
2. O que é que pode acontecer se
esse medo se concretizar?
3. Qual é o melhor resultado que eu,
ou os outros, podemos obter se
esse medo não se concretizar e
ultrapassarmos os obstáculos?
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sucesso
fracasso
resiliência
frustração
Gestão de expectativas face
ao desempenho
Estratégias para lidar com o
fracasso e com o sucesso
Aumentar o Não levar o

Manter a nível de fracasso
concentração e consciência demasiado a
reflexão peito
Nunca
avançará
sozinho
Aprender a
dizer “Eu
consigo!”
Estar
Deixar de preparado
Ser usar a
criativo palavra
“fracasso”
Limitações internas
Bases Neurológicas das Emoções
Sistema Límbico
 É a unidade responsável pelas emoções.

 Constitui-se de uma região constituída de neurónios, células que formam
uma massa cinzenta denominada de lobo límbico.
 Originou-se a partir da emergência dos mamíferos inferiores.
 Através do sistema nervoso autónomo, ele que comanda certos
comportamentos necessários à sobrevivência de todos os mamíferos,
interferindo positiva ou negativamente no funcionamento visceral e na
regulamentação metabólica de todo o organismo.
Amígdala
 É caracterizada por um grupo de estruturas interligadas em forma de

“amêndoa” empoleirada por cima do tronco cerebral, próximo da orla
inferior do anel límbico;
 Existem duas amígdalas, uma de cada lado do cérebro, localizadas na

profundidade de cada lobo temporal anterior, funcionando de modo
íntimo com o hipotálamo.
 É o centro identificador de perigo, gerando medo e ansiedade e

colocando o indivíduo em situação de alerta, apontando-se para fugir ou
lutar.
 Funciona como armazém de memória emocional, sem ela, a vida fica

despojada de significados pessoais.
 A amígdala reage instantaneamente, como detonador neuronal, enviando

uma mensagem de crise a todas as partes do cérebro.
 Quando soa o alarme, desencadeia a secreção de hormonas que preparam

o indivíduo para “luta-fugir”, mobiliza os centros de movimento e activa
o sistema cardiovascular, os músculos e os intestinos.
 Por outro lado, indicam ao tronco cerebral que dê ao rosto a expressão de

medo, congele todos os movimentos não relacionados que os músculos
tenham em curso, acelere o ritmo cardíaco, aumente a pressão arterial e
abrande a respiração.
 As lágrimas, um sinal emocional único da espécie humana, são

desencadeadas pela amígdala e por uma estrutura que lhe fica próximo, o
gyrus angulado.
 Sem amígdala, não há lágrimas nem dor.

 A lesão da amígdala faz com que o indivíduo perca o sentido afetivo da

percepção de uma informação vinda de fora, como a visão de uma pessoa
conhecida. Ele sabe quem está vendo mas não sabe se gosta ou desgosta
da pessoa em questão.
 Nos animais, a destruição experimental das amígdalas faz com que o

animal se torne dócil, sexualmente indiscriminativo, afetivamente
descaracterizado e indiferente às situações de risco.
Hipocampo
 Está envolvido com os fenómenos da aprendizagem e memória de longo

prazo.
 Quando ambos os hipocampos (direito e esquerdo) são destruídos, nada
mais é gravado na memória.
 Um hipocampo intacto possibilita ao indivíduo comparar as condições de
uma ameaça actual com experiências passadas similares, permitindo-lhe,
assim, escolher qual a melhor opção a ser tomada para garantir sua
preservação.
Auto-conceito
55
 É a percepção que o indivíduo tem de si próprio.
 Inicialmente o auto-conceito era definido com o SELF,

que se “divide” em duas partes:
 EU, sujeito enquanto sujeito;
 ME, sujeito enquanto objecto.
Auto-conceito
56
Partindo deste pressuposto:
 O EU interessa-se por si próprio, analisa-se e observar-se;
 O ME é o objecto do olhar do EU.
Auto-conceito
57
 A capacidade de auto-análise vai evoluindo com o

crescimento, porque:
 A realidade interna do sujeito muda;
 A capacidade de se auto-analisar e descrever também
muda.
 Logo, a descrição que uma criança de 6 anos faz de si é

diferente da descrição de uma criança de 10 anos.
Auto-conceito
58
 O auto-conceito está estritamente ligado à pergunta:

“Quem sou eu?”
 Ao respondermos a esta questão, surgem sentimentos

de vergonha e orgulho poderão ser facilitadores e
inibidores do comportamento e desempenho social.
Auto-conceito
59
 O ser humano depende dos outros nas suas múltiplas

variáveis, assim o auto-conceito depende:
1. o que os outros pensam acerca de nós e nos apreciam;
2. do significado atribuído ao nosso comportamento e ao que

os outros dizem de nós.
Auto-conceito
60
1. O que os outros pensam acerca de nós e nos apreciam:
• Durante os primeiros anos de vida, as pessoas mais

significativas para o EU, são os pais e os professores;
• Posteriormente os grupo-pares;
• Amigos, Colegas e Chefes.
Auto-conceito
61
2. Do significado atribuído ao nosso comportamento e ao

que os outros dizem de nós:
 As pessoas respondem ao meio, coisas e pessoas em função
da forma com entendem e interpretam esse meio;
 Na interacção o que mais interessa é o modo como o

sujeito entende essas atitudes
 SELF mais valorizado – resultados positivos
 SELF mais desvalorizado – resultados negativos
Auto-estima
62
 É o grau em que o sujeito gosta de ser como é,

corresponde aos aspectos avaliativos e emocionais do
indivíduo.
 Está estritamente ligada ao auto-conceito, logo a

desvalorização de um implica uma auto-conhecimento
desfavorável do outro.
Auto-estima
63
 Pensa-se que a auto-estima é caracterizada mais cedo

que o auto-conceito, porque é um conceito mais ligado
com a afectividade do que com a cognição.
 Em determinada situação, se um indivíduo se apercebe

que não consegue ter resultados positivos em dada
valência, tende a desvalorizar a mesma e a valorizar
outras valências.
Atitudes motivacionais
1. Crie uma imagem
2. Deseje e alargue a
sua visão
3. Alargue a sua visão
aos outros Desejo de
4. Prepare-se para os Ganhar
obstáculos
5. Reaja com
alternativas
6. Mantenha um ritmo
de maratona
Medo de Perder
Perfis Comunicacionais
Perfis
Comunicacionais
Passivo Agressivo Manipulador Assertivo

 Não Controla o tempo quando está a falar
 Olha fixamente o seu interlocutor
 Sorri ironicamente
 Manifesta por mimica o seu desprezo pelos outros
 Recorre a imagens chocantes ou brutais, para

provocar impacto
Origens:
 Uma elevada taxa de frustração no passado (uma
pessoa que tenha vivenciado numerosas situações de
elevada violência e agressividade no passado, teme o
mundo que o rodeia)
 Os seus medos e receios levam a uma elevada
generalização do medo
 Os seus sentimentos de defesa, centram-se no ataque
 Vive constantemente numa postura de rivalidade
 Nunca se esquece de quando se sentiu humilhado
Expressões:
 “Está errado…”
 “Faça isto…”
 “Despache-se lá com isto!”
 “Neste mundo é preciso um homem saber impor-se!”
 “Estou cercado por idiotas e imbecis!”
 “Só os fracos e sensíveis é que se sentem ofendidos e
maltratados por mim!”
Consequências:
 Não consegue estabelecer relações íntimas e de

confiança
 Desperdício de energia devido a um sentimento de

alerta permanente
 Raiva e impaciência perante a “Natureza Humana”
 Os outros sentem-se ameaçados

Origens:
 Teve uma educação severa e rígida

 Teve um ambiente familiar particularmente difícil e
disfuncional
 A frustração é uma constante nos membros do
agregado familiar
 Falsa representação da realidade
 Má apreciação e interpretação das relações de
poder e de influência
 Imagina o outro com muito mais poder do que na
realidade tem
 Desvalorização das suas capacidades para resolver
problemas
 Os modelos de imitação são quase sempre
disfuncionais
Expressões:
 “É preciso deixar as pessoas à vontade!”

 “Não sou o único a lamentar-me”
 “Não quero dramatizar a situação”
 “É preciso fazer concessões”
 “Não sei bem…”
 “Para mim qualquer coisa dá… decide tu”
Consequências:
 É explorado e rebaixado pelos outros

 Sentimentos de que os outros abusam
 Irritação
 Baixa auto-estima
 Autocomiseração (ter pena de si próprio)
 Sentimentos de desespero e de culpa
Origens:
 Comportamentos manipuladores dos pais perante

os filhos, com o intuito de alcançar o poder total
sobre os mesmos
Expressões:
 Utilização do “nós” em substituição do “eu”, com o

intuito de comprometer o outro com as suas
próprias atitudes
 “Diz que disse…”

Consequências:
 Cria uma péssima comunicação com o outro, pois

difunde rumores
 Quando “desmascarados” dificilmente irão ter a
confiança do outro
Origens:
 Educação com base na confiança e no respeito

mútuo
Expressões:
 “Eu prefiro…”
 “Sinto que…”
 “Sou desta opinião…”
 “Penso desta forma…”
 “Sinto que isto tem de ser feito desta maneira”
Consequências (vantagens):
 Comunicação boa e eficaz
 Relação de maior confiança
 Sentimento de controlo da vida
 Diminuição de tensões
 Aumenta as reações positivas dos outros
 Aumenta a auto-estima
 Favorece as relações interpessoais
 Aumenta a Empatia (capacidade para se colocar no
lugar do outro)
“Tem de ficar hoje até às 20:00h a trabalhar!”
Passivo – “Sim Senhor!”
Agressivo – “Desculpe! Nem Pensar!”
Manipulador – “Sim eu posso ficar! Mas o Paulo é

Excelente a fazer esse trabalho”
Assertivo – “Hoje não posso, tenho de ir buscar a minha

filha! Amanhã, poderei organizar-me de outra forma e
ficar até mais tarde!”
A Assertividade Aprende-se?
A assertividade não é uma característica inata.
As aprendizagens que se fazem ao longo da vida

conduzem a que em determinado momento, se tenha
ou não a capacidade de nos comportarmos de forma
assertiva
Como agir assertivamente
É preciso ter conhecimento dos direitos que assistem a
cada um:
 Direito ao respeito e tratamento de igual para igual
 Direito a ter valores próprios
 Direito a exprimir os sentimentos e opiniões
 Direito de expressar as necessidades e pedir o que
quer
 Direito de dizer não sem sentimento de culpa
 Direito de pedir ajuda e de expressar se quer prestar
ajuda a outrem
 Direito de se sentir bem consigo próprio, sem sentir a

necessidade de se justificar perante os outros
 Direito a mudar de opinião
 Direito de pensar antes de agir ou tomar uma decisão

 Direito de dizer “não estou a perceber” e pedir para
ser esclarecido ou ajudado
 Direito a errar sem se sentir culpado
 Direito de fixar os seus próprios objetivos e lutar

para que as suas expetativas sejam realizadas,
desde que respeite os direitos dos outros
Para agir assertivamente devem-se evitar “alguns
pensamentos bloqueadores da assertividade” como:
Pensamentos sobre direitos - Não tenho o direito de recusar pedidos aos

e responsabilidades meus amigos
- Não tenho o direto de fazer pedidos às
outras pessoas
- Não tenho o direito de discordar dos outros
- Não tenho o direito de ficar zangado,
principalmente com as pessoas de quem gosto
Pensamentos sobre a - Tenho que ser amado ou admirado por todos

imagem que se quer aqueles que me rodeiam
transmitir de si próprio - Tenho que ser perfeito e nunca cometer
erros
Pensamentos sobre as -Se eu criticar uma pessoa X coisas terríveis
consequências prováveis poderão acontecer
do meu comportamento
 A EQUIPA E OS CONFLITOS
Visão negativa dos conflitos
- Destrutivos e prejudiciais para o relacionamento interpessoal.
- Sinal de incompetência e desorganização.
- Consequências das pessoas que, por serem conflituosas, deviam ser marginalizadas.
- Associados a sentimentos e comportamentos indesejáveis.
- Reveladores da frustração dos trabalhadores.
• Visão positiva dos conflitos
- Motores do progresso e desenvolvimento organizacional.
- Causas de mudanças positivas.
- Reanimadores das equipas e das relações interpessoais.
- Sinal de consciência crítica e conhecimentos diversificados.
- Sinal de tomada de consciência dos problemas.
- Intensificador da comunicação nas relações interpessoais.
O QUE PODE PROVOCAR O
CONFLITO
Experiências de Diferentes
frustração de Personalidades
uma ou ambas Pessoas qua
as partes acham que tem
Limitação sempre razão e
pessoal, técnica que as suas
ou ideias são
comportamental sempre corretas
O QUE PODE PROVOCAR O
CONFLITO
Objetivos Falta de
Diferentes informação ou
Metas/objetivos distorção
a serem origina
atingidos geram perceções
tensões diferentes
Intrapessoais – O que são?
Atração – Atração
Repulsão - Repulsão
Atração- Repulsão
Interpessoais – O que são?
Diferenças Limitações de Diferenciação

Individuais Recursos de Papéis
Idade, Quem
Financeiros manda?
sexo…
Atitudes, Técnicos e É aceite ou

crenças… Humanos não?
Organizacionais – O que são?
Numa organização é a estrutura que constitui a fonte
potencial de conflito, porque:
•Trabalham pessoas com funções e responsabilidades
diferentes;
•A informação pode ser pouco partilhada;
•As perspetivas, valores, interesses e objetivos podem ser
diferentes;
•Nem sempre consideram a empresa como um simples local de
trabalho;
•Regras impostas nem sempre entendidas;
•Aumento do espírito critico e maior aspiração profissional.
Desqualificar ou Mentiras e boatos
menosprezar ideias
Fazer papel de Cinismo, agir de má

vitima fé
Duvidar dos outros Não cumprir

promessas
Brincadeiras de Não deixar que os

mau gosto outros falem
A Inteligência Emocional no
dia a dia 1. Escute até ao fim a ideia do
seu interlocutor;
2. Mostre-se interessado na sua
mensagem;
 Seja um bom ouvinte;
3. Não interrompa;
 Compreenda as reacções
4. Faça perguntas para que o
dos outros;
interlocutor clarifique o
 Conheça os outros; pensamento e argumentos;
 Não veja só os seus 5. Esteja atento às suas

expressões faciais;
interesses;
6. Diga com frequência “eu
 Aceite o sucesso dos compreendo...”;
outros;
7. Conquiste o direito a ser
 Conheça-se a si mesmo; ouvido;
 Não tenha mudanças 8. Fale de forma serena e calma;
repentinas no seu 9. Não imponha as suas ideias,
comportamentos. mas proponha-as;
10. Revele empatia e
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disponibilidade para chegar a
uma solução de consenso.
conclusão
10 passos Sabedoria emocional

1. Faça dos cuidados com o 6. Tenha atitudes – faça
seu corpo uma coisas que o levem a
prioridade. sentir-se útil e relevante.
2. Procure os sentimentos 7. Ouça com empatia
no corpo, não na cabeça
8. Manifeste os seus
3. Desenvolva o músculo sentimentos
emocional todos os dias
reservando algum tempo 9. Utilize a mudança como
para se concentrar na uma oportunidade para
experiência emocional. crescer.
4. Esteja receptivo a tudo o 10. Assuma uma dose de
que sente. humor onde quer que se
encontre.
5. Abra o coração aos outros
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bibliografia
 Adams, Raymond D. (1996) Neurologia, (5ª ed.), México,

Nueva Editorial Interamericana.
 Blas, V. (2015) Inteligência Otimista, São Pedro Estoril,
4Estações Editora.
 Doron, Roland & Parot, Françoise (2001), Dicionário de
Psicologia, Lisboa, Climepsi Editores.
 Goleman, Daniel (1995) Inteligência Emocional, Lisboa,
Temas e Debates, lda.
 Malkani, Vikas (2004) Tudo o que sempre quis saber sobre
Auto-motivação, S. Paulo, Paulus Editora.
 Segal, Jeanne (1997) Como Desenvolver a Inteligência
Emocional, Lisboa, Temas e Debates.
 Sternberg, Robert J. (2000), Psicologia Cognitiva, Porto
Alegre, Artmed Editora.
www.alento.pt

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UFCD 9208 - Inteligência emocional

Carga Horária: 25 horas Formador: Tiago Lopes Lino

 Funcionamento da inteligência emocional

 Importância do relacionamento intrapessoal e interpessoal

 Desenvolvimento das competências emocionais

 Inteligência emocional e criatividade na capacidade de comunicar

 A mais-valia da inteligência emocional na habilidade de comunicar

 Desenvolvimento de competências emocionais nas relações com os outros

 Desenvolvimento de competências de escuta na relação com os outros

 Identificação e desenvolvimento do seu nível de empatia com os outros

 Estilos de relacionamento interpessoal

 O reforço da capacidade de dinamização de grupos

 Estratégias de motivação de grupos

 Competências emocionais e gestão de conflitos em grupos (de trabalho / de formação)

 Deriva do verbo latim motere que significa «mover»,

 Sugere, então, uma tendência para agir, o que está

 É um estado particular de um organismo que sobrevem

 É uma reacção a determinado estímulo ambiental, esta

 A Inteligência Humana, caracteriza-

 A inteligência é um conjunto de funções que o homem

 O raciocínio, a memória, a linguagem e a emoções são

 É definida como a capacidade de

Conhecer as nossas próprias emoções Reconhecer as

Motivarmo-nos a nós próprios Gerir as emoções

 Deriva da palavra empáthos (com estado de alma).

 Significa a capacidade psicológica para se colocar no

outra, buscando a atracção

 Antipatia significa aversão

 A comunicação não verbal, consiste em comunicar

 Comunicamos, igualmente, através da roupa que

 É através da comunicação não verbal que transmitimos

 Muitas vezes, a linguagem não verbal, que acompanha a

 Os elementos não verbais ajudam o sujeito a verificar e

 Podemos impedir a comunicação, simplesmente não

 O timbre e o volume da voz afectam a linguagem falada

 Uma simples palavra, como «sim» pode, consoante o

 Significa dar atenção a alguém ou fazer por ouvir.

 Centra-se na capacidade de ouvir apenas, tendo em

 Quando ouvimos temos tendência a desprezar um

 Implica escutar o outro, tendo em conta o seu ponto de

 É uma das habilidades para a resolução de um conflito.

 Maior capacidade de reconhecer e identificar as próprias

 Melhorar a compreensão das causas dos sentimentos;

 Reconhecer a diferença entre sentimentos e acções.

 Maior capacidade de concentração na tarefa entre mãos e

 Menos impulsividade, mais autocontrolo;

 Maior sucesso profissional e pessoal.

 Maior capacidade de aceitar a perspectiva dos outros;

 Mais empatia e sensibilidade aos sentimentos dos outros;

 Maior capacidade de escutar os outros.

FRACASSO AFASTAR MEDOS NOCIVOS

Aumentar o Não levar o

 É a unidade responsável pelas emoções.

 É caracterizada por um grupo de estruturas interligadas em forma de

 Existem duas amígdalas, uma de cada lado do cérebro, localizadas na

 É o centro identificador de perigo, gerando medo e ansiedade e

 Funciona como armazém de memória emocional, sem ela, a vida fica

 A amígdala reage instantaneamente, como detonador neuronal, enviando

 Quando soa o alarme, desencadeia a secreção de hormonas que preparam

 Por outro lado, indicam ao tronco cerebral que dê ao rosto a expressão de

 As lágrimas, um sinal emocional único da espécie humana, são

 Sem amígdala, não há lágrimas nem dor.

 A lesão da amígdala faz com que o indivíduo perca o sentido afetivo da

 Nos animais, a destruição experimental das amígdalas faz com que o