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Temos na verdade, várias denominações, para um objetivo. Qual, afinal, é esse objetivo?
Buscar sempre a otimização dos recursos tecnológicos e humanos. No ambiente inicialmente
existente nas organizações de modo geral, o que se via era a cada dia crescerem regras e
procedimentos, o controle rígido, a escravização das pessoas.
Hoje, qualquer pessoa, por menor que seja sua escolaridade, sabe que não é pela imposição,
pelo controle e punição, que se obtém o melhor de cada um. Os empregados e funcionários
passaram a ser vistos como colaboradores.
Com o avanço da tecnologia, no final do século XX e início deste século, a produção de bens e
serviços a serem oferecidos aos clientes passou a ter maior exigência de conhecimentos e de
recursos tecnológicos. Estas características estão presentes na chamada Economia do
Conhecimento (STEWART, 2002, p. 49) e têm alterado as relações de trabalho entre
funcionários e empresas.
O trabalhador, que por ocasião da chamada Era Industrial era considerado como um fator de
produção (FISCHER, 2002, p.172) passou a ser entendido como o Trabalhador do
Conhecimento (DRUCKER, 2002, p. 68).
Em tempos em que copiar é o mais fácil e ágil, todos os produtos e serviços seriam iguais, se
não fossem as pessoas, que constituem o verdadeiro diferencial de cada organização.
Motivação e reconhecimento são fatores essenciais, que a par da formação técnica, vão
construir o patrimônio de habilidades de qualquer instituição.
Postura correta
• Mantenha uma postura correta.
Se organize
• Seja organizado.
• Seja participativo.
Em oposição a CLT, existem funcionários que são regidos por outras normas
legislativas do trabalho, como aqueles que trabalham como pessoa jurídica (PJ),
profissional autônomo, ou ainda como servidor público pelo regime jurídico
estatutário federal.
A CLT é considerada uma das principais vilãs quando o assunto é o desemprego, pois,
entendem os empresários que ela torna complicada a contratação de pessoas,
principalmente por empresas de pequeno e médio porte. Além disso ela reflete a
realidade de oferta e demanda do bem mão de obra. Como as leis econômicas
explicam, quando um bem sofre muita demanda, porém tem oferta limitada, seu
preço no mercado sobe. Já ficou claro que sem as leis trabalhistas essas forças de
mercado fariam com que os salários subissem conforme o desemprego caísse, efeito
Apesar das críticas que vem sofrendo, a CLT cumpre seu papel, especialmente na
proteção dos direitos do trabalhador. Entretanto, pelos seus aspectos burocráticos e
excessivamente regulamentador, carece de uma atualização, especialmente para
simplificação de normas aplicáveis a pequenas e médias empresas.
O contrato por prazo determinado de que trata a Lei no 9.601/1998 tem duração
máxima de 2 anos.
Trabalho Temporário
Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física a uma empresa para atender
à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou ao
acréscimo extraordinário de serviços.
JORNADA DE TRABALHO
O homem e a pedra.
Certa vez um homem encontrou uma enorme pedra em seu caminho, e ficou
pensando como poderia passar por ela. Após avaliar resolveu começar a quebrá-la, e
após longo período do dia não atingiu seu objetivo – que era ver o tamanho da pedra
reduzido o suficiente para seguir seu caminho - assim resolveu desistir e voltou
exausto para sua casa.
Após esse dia pensou: mais vale um pouco por dia com bons resultados, que um dia
todo sem resultado algum. (Natanael do Lago)
Regular o período de trabalho é algo essencial para o ser humano, seja pela ordem
econômica, social ou biológica. Sua relevância é destaque no contexto mundial, e pela
importância a Declaração Universal dos Direitos do Homem de 1948 destaca no artigo
XXIV - Todo homem tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das
horas de trabalho e a férias remuneradas periódicas.
Registra-se que na época do século XIX (1801) a jornada chegava a atingir períodos de
12 a 16 horas, mesmo entre os menores e as mulheres. Não existia nenhuma
limitação, como atualmente nosso ordenamento jurídico prevê.
Porém, foi na Conferência das Nações Aliadas, em Paris, que houve inspiração para
estabelecer jornada de 8 horas diária ou de 48 horas semanal de trabalho.
A CF 1988 art. 7º inciso XIII e CLT art. 58, passaram a determinar que a jornada de
trabalho não ultrapassasse as
8 hs DIÁRIAS e 44 hs SEMANAIS
A limitação da jornada de trabalho, atualmente vigente, não impossibilita que ela seja
menor, apenas assegura um limite máximo. Embora, ainda, exista uma extensão
através do regime de compensação e prorrogação das horas.
Nota: Para se compor as horas trabalhadas por dia, não se deve computar o período de
intervalo concedido ao empregado. Exemplo: das 8:00 às 17:00 com 1:00 hora de
intervalo temos 9hs na empresa, mas 8hs de trabalho excluindo o intervalo.(CLT art.
71§2)
Temos registrados na ordem econômica do trabalho uma jornada especial com regime
de 12 x 36; ou seja, 12 horas de trabalho e 36 horas de descanso. Essa jornada, embora
não prevista na lei, tem sido adotada por diversas normas coletivas (Sindicato) e
tolerada pela jurisprudência pela típica necessidade das empresas com alguns
seguimentos específicos, tais como área de saúde e segurança. Devo ressaltar que a
justiça aceita tal prática mediante a existência da norma coletiva e a impossibilidade
da empresa em implantar outro horário. Caso não exista a norma coletiva criando este
horário, a empresa sofrerá com as penalidades previstas e a possibilidade de arcar com
o pagamento das horas extras.
Importante! Não é aceito pela legislação pátria a alteração da jornada de trabalho com
prejuízos ao empregado. Será nulo, todo e qualquer acordo entre as partes, mesmo
que seja reduzida na proporção do salário e com declaração expressa do empregado. É
fundamental, diante de um quadro necessário à redução a participação por negociação
coletiva (Sindicato) e Delegacia Regional do Trabalho (DRT).
Dessa forma a legislação definiu que às 7 (sete) horas noturnas trabalhadas equivalem
a 8 (horas). Nesse caso um trabalhador só pode ter mais 1 (uma) hora acrescida à sua
jornada, visando o período para descanso ou refeição.
Destarte, o empregado trabalha 7 (sete) horas, mas recebe 8 (oito) horas para todos os
fins legais. Foi uma forma encontrada pelo legislador para repor o desgaste biológico
O Estado, entendo que é impossível que algumas funções não sejam exercidas no
horário noturno, acresceu à jornada diurna um adicional para compensar o exercício
penoso nesse horário.
O empregado pode exercer horas extras no período noturno, devendo ser remunerado
com base nas regras das horas extras e acrescido dos 20% do adicional noturno.
Porém esse fenômeno não ocorre isolado, ele é parte de um acordo escrito pré-
estabelecido entre o empregador e o empregado, denominado como Acordo de
Prorrogação.
A legislação do trabalho (CLT art. 59) visando garantir proteção ao empregado e não
deixar o limite do tempo por conveniência do empregador, procurou limitar esta
prorrogação a 2 horas diárias
Poderá ser substituído o acordo individual entre as partes, pelo acordo coletivo de
trabalho; ou seja, havendo previsão nesse acordo não há necessidade de termo de
prorrogação entre as partes.
Dentro desse aspecto, o legislador constituinte tratou de criar mecanismo que pudesse
dar vantagem também ao empregado, pois num primeiro momento o excedente
estaria apenas atingindo a atividade econômica do empregador. Assim a CLT art. 59 §
1º determinou que a duração das horas extras fosse acrescida de no mínimo
A fórmula para calcular tal adicional sobre as horas normais pode ser assim
considerada:
Nota:O limite de 2 (duas) horas pode ser rompido quando a empresa encontra-se em
situação de emergência, entendida como tal, aquela que coloque em risco as
atividades econômicas da empresa, podendo acarretar prejuízos manifestos.
Apresentando esse quadro, o empregador deverá comunicar o órgão do trabalho local
competente (normalmente a DRT) num prazo de 10 (dez) dias, e pagará o adicional das
horas extras no percentual de 25% (vinte e cinco por cento). Mas de forma nenhuma
deverá ultrapassar 12 (doze) horas total de trabalho diário. CLT art. 61 §§ 1º e 2º.
As variações entre 5 (cinco) e 10 (dez) minutos diários não serão computadas como
horas extras (CLT art. 58 § 1º).
O empregado comissionado também recebe horas extras, calculando sobre o valor das
comissões a elas referentes (TST - Súmula 340).
Horas Extras Habituais: “O cálculo do valor das horas extras habituais, para efeito de
reflexos em verbas trabalhistas, observará o número das horas efetivamente prestadas
e sobre ele aplica-se o valor do salário-hora da época do pagamento daquelas verbas”.
(TST Súmula 347). Observa-se que na apuração do cálculo das verbas trabalhistas não
se considera o valor recebido a época do pagamento das horas extras, mas a
quantidade de horas extras realizadas.
Procurou ainda o legislador (CLT art. 59 § 2º) limitar o período, sendo válido a
compensação que vigore por 1 ano.
O período anual será contado a partir do momento que o acordo for firmado entre as
partes empresa e sindicato ou implantação do regime de compensação, caso haja
previsão na norma coletiva. O acordo, então, prestigiará aqueles presente no
momento da celebração e recepcionarão os demais admitidos, mediante anuência, no
decurso do período.
II. O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver norma
coletiva em sentido contrário.
Não caracteriza regime de sobreaviso o fato de o empregado ser chamado para prestar
serviços de urgência, quando estes não decorrem da obrigatoriedade de permanência
em sua residência para os respectivos atendimentos... não tolhido o empregado em
sua liberdade de locomoção, dispondo portando, de tempo para se dedicar às suas
ocupações, e,a te mesmo, ao seu lazer (TST, RR 378.825/97.1, João Orestes Dalazen,
Ac. 1ª T., 9.4.99).
Hora Descanso ou Intervalo: (CLT art. 66 a 72) Há essa hora atribui-se o tempo
utilizado pelo empregado para repouso ou alimentação. Essa duração de descanso
pode se dar dentro do seu horário contratual (9:00 às 12:00 – para 1 hora – 13:00 às
18:00), ou ainda de uma jornada de trabalho de um dia, pela jornada de trabalho de
outro dia (trabalha no dia 20/09/01 – das 09:00 às 18:00 horas e só volta no dia
21/09/01 às 9:00 horas) tempo, nesse exemplo 15 (quinze) horas de descanso.
Na CLT as previsões dos intervalos são determinadas, e caso não haja previsão em
norma coletiva, os intervalo concedidos pela empresa devem ser considerados como
horário de trabalho normal. O entendimento se dá pela fato de não haver previsão
legal e o empregado se encontrar à disposição do empregador. Exemplo: intervalo
para o café manhã ou tarde.
Importante! Uma empresa pode permitir que o intervalo seja superior à 1:00 hora,
podendo chegar até 2 (duas) (CLT art. 71) podendo existir intervalo superior, devendo
ser consentido através de acordo ou convenção coletiva. A legislação, ainda, orienta
que o descanso semanal deve ser, preferencialmente aos domingos da semana, ou no
mês, obrigatoriamente, um domingo no mínimo.
Nota: Se o intervalo para descanso for suprimido, o período trabalhado deverá ser
remunerado como acréscimo de horas extras.
Súmula 90 do TST:
III - A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de horas "in
itinere".
Dessa forma temos algumas opções que podem ser adotadas, e cada qual requer um
procedimento diferente e adoção de controle específico, sempre visando o
cumprimento da lei.
Manual: É o controle feito de forma transcrita pelo empregado diretamente num livro
ou folha individual de presença apropriados para o registro. É imprescindível que os
dados do empregador (nome, CNPJ e endereço) e do empregado (nome, cargo,
horário de trabalho contratual, número de registro, período a que se refere o
apontamento e espaço para assinatura). Deve o registro transcrito ser fiel ao fato; ou
seja, a justiça não tolera registro com hora fictícia, pré-assinalada; por exemplo,
empregado que registra ter entrado todos os dias às 8:00 horas, o que é impossível na
prática.
A legislação selecionou duas funções (CLT art. 62 inciso I e II) que passaram a requerem
forma diferenciada no seu tratamento, seja pela impossibilidade de registrar ou da
autoridade no trabalho. A fato é que se o empregador manter em quadro as funções
de
Atividade Externa: nesse caso devem ser entendidas as situações que não são
combatíveis como fixação de horário, aquelas que impossibilitam a fiscalização pela
empresa. A impossibilidade pode ser de natureza geográfica, operacional, percursos,
período e assemelhados. Não se vincula exclusivamente a função, mas ao fato que
impede o empregado registrar o seu horário. Algumas funções se aproximam desse
caso (caminhoneiro, viajantes, motorista de praça, corretor de seguro externo, etc.).
Gerente: A doutrina tem admitido como gerente aquele que tem cargo de gestão,
entendendo como tal àquele com poderes para admitir, demitir, comprar, vender, ter
subordinados, o que se apresenta como empregador. É o executivo que pela natureza
de suas funções, preposto, viagens, reuniões, fica impedido de cumprir a marcação de
ponto. Normalmente ter poderes de comando com procuração e na ausência do
proprietário é a figura mais próxima frente a terceiros. A questão não é ser gerente,
mas ter poderes de proprietário.
Ementa: Gerente – Horas Extras. Para que fique o gerente excepcionado dos preceitos
relativos à duração do trabalho, necessária a inequívoca demonstração de que exerça
típicos encargos de gestão, pressupondo esta que o empregado se coloque em posição
de verdadeiro substituto do empregador ou “cujo exercício coloque em jogo – como diz
Maria de La Cueva – a própria existência da empresa, seus interesses fundamentais,
sua segurança, e a ordem essencial do desenvolvimento de sua atividade” (TST, RR
17.988/90.3, Cnéa Moreira, Ac. 1ª T. 2.686/91).
Nota: Nos demais casos, não há fundamentação legal para liberar o empregado da
marcação de ponto, devendo ser a mesma realizada normalmente, evitando
problemas trabalhista e fiscais.
FALTAS e ATRASOS
Podemos admitir, do ponto de vista contratual, que faltas e atrasos do empregado são
ausências no cumprimento do período do contrato de trabalho. Ocorre que essas
ausências se traduzem para o empregador em dificuldade na administração dos seus
negócios, pois a realidade das empresas atuais e da mão-de-obra exata, não prevendo
a ausência do empregado, o que na prática prejudica a produção do empregador . Por
Há ausências que podem ser suportadas pelo Empregador, nada obsta esta faculdade.
Assim, podemos dividir faltas e atrasos em quatro grupos:
Legais: são aquelas com amparo na lei ou convenção coletiva de trabalho.(CLT art. 473
e normas coletivas do sindicato)
Justificadas: mediante comprovante, não amparado por lei, mas liberado pelo
empregador.
Primeiro é preciso diferenciar uma coisa da outra, pois trabalhar em casa tem um
sentido muito amplo e perfeitamente aplicável a muitas rotinas que de fato devem ser
feitas em casa, já o termo emprego em casa trata-se desta nova modalidade de
trabalho onde uma pessoa é empregada em uma empresa, mas desenvolve seu
trabalho em sua residência sem precisar estar presencialmente na empresa. Seja qual
for o caso, os parâmetros abaixo levam em consideração tanto quem trabalha em
casa, como autônomo, por exemplo e quem tem carteira assinada.
Trânsito
Sair fora do trânsito é uma coisa que muita gente gostaria de fazer, afinal, acordar em
uma segunda-feira e não precisar pegar trânsito para ir ao trabalho contribuiria
significativamente para a qualidade de vida das pessoas. Este é um dos motivos que irá
certamente incentivar o trabalho em casa.
Custo de deslocamento
Conveniência
Os fatores acima já são suficientes para convencer as pessoas de que vale a pena
pensar neste novo modelo de trabalho, mas além disso tem ainda outros itens de
conveniência como: horários flexíveis, o conforto de casa, em alguns casos poder fazer
outras atividades domésticas em paralelo e por ai vai.
Tecnologia
Naturalmente que ter um emprego em casa não é viver isolado do mundo, você terá
de se comunicar com clientes, fornecedores, as demais pessoas da própria empresa,
entre outros. Neste caso a tecnologia precisa estar presente e contribuir de forma
efetiva para a comunicação eficiente. Telefone, Skype, internet e outros recursos são
aliados neste processo.
Legislação
Uma coisa é quando você trabalha em casa como autônomo e outra coisa é quando
tem um emprego formal, mas desenvolve o trabalho em casa. Este segundo caso ainda
é bastante complicado de ser praticado no Brasil, especialmente por falta de uma
legislação que dê amparo a este tipo de atividade. Mas com o crescimento deste setor,
certamente haverá ajustes na atual legislação a fim de regular o modelo de homework
e permitir seu desenvolvimento efetivo por aqui.
Mas nem tudo são flores no trabalho em casa, afinal dividir o espaço entre moradia e
trabalho não é para todos e a disciplina é fundamental para separar as coisas.