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17/11/2023

Curso de Especialização Tecnológica


Técnico Especialista em Exercício Físico

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

Aula 4

Sumário:
Revisões da aula 3.
Anatomia Funcional: Membro superior e membro inferior.

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PARTICULARIDADES E DESENVOLVIMENTO

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1. SISTEMA ÓSTEO – ARTICULAR DO MS

2. MÚSCULOS DO MS

3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA DO MS

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PÁGINA 111

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RÊN
REFE

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RÊN
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1. SISTEMA ÓSTEO – ARTICULAR DO MS

• Binómio mobilidade – estabilidade

• Complexo articular do ombro e funcionalidade do braço

• Características da gleno-umeral

• Características da cintura escapular

• Ritmo escápulo-umeral

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1. SISTEMA ÓSTEO – ARTICULAR DO MS

• Estabilidade dinâmica do ombro

• Coifa dos Rotadores - Rotator Cuff

• Risco de conflito subacromial - subacromial impingement

• Risco na elevação do braço acima dos 90º

• Risco para praticantes que realizam ações de lançamento

• Grande aceleração de rotação interna do braço

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Complexo Articular do Ombro


Grupos Grupo 1 Grupo 2
Articulações Gleno- Sub- Escápulo- Esterno- Acrómio-
Umeral Deltóide* Toráxica* Clavicular Clavicular
Extremidade Face anterior da Superfície articular da Faceta da
Superfícies Cabeça do úmero e superior do omoplata e face extremidade esternal da clavícula e faceta
em contato cavidade glenóide úmero e arco posterior da clavícula e do acrónimo
da omoplata coraco- grelha costa incisura clavicular do
acromial manúbrio do esterno
Critério Móvel
Movimento Móvel Móvel Móvel Móvel
Critério Não se aplica Epifiartrose Artródia
Morfológico Enartrose Não se aplica
Critério Não se aplica
Funcional Tri-axial Não se aplica Bi-axial Não se aplica
Flexão (180º) Elevação e Elevação da clav (45º)
Extensão (45º-50º) Não se depressão, Depressão da clav (10º)
Abdução (180º) aplica retração e Protração (30º) Pequenos
Movimentos Adução protração e Retração (30º) deslizamentos
Permitidos RI (110º) e rotação sup e Rotação superior (45º)
RE (80º) inf da omoplata Rotação inferior (0º)

Observações: * Articulação falsa

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1. SISTEMA ÓSTEO – ARTICULAR DO MS

The Process is Simple

Lose thoracic mobility, get neck and


shoulder pain, or low back pain

Cook, G & Boyle, M (2007)

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1. SISTEMA ÓSTEO – ARTICULAR DO MS

No MS, o ombro desempenha um papel essencial,


pelo facto de funcionar como charneira na
transmissão de energia cinética entre o tronco e a
extremidade distal – antebraço e mão.

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2. MÚSCULOS DO MS

GRANDE
DENTADO

DELTÓIDE

GRANDE
PEITORAL

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2. MÚSCULOS DO MS
SUPRAESPINHOSO

PEQUENO REDONDO
INFRAESPINHOS
O

GRANDE
REDONDO
SUBESCAPULAR

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Porque é que os músculos da coifa


dos rotadores são essencialmente
estabilizadores???

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2. MÚSCULOS DO MS
CORACO- TRÍCIPETE
BRAQUIAL BRAQUIAL

BÍCIPETE BRAQUIAL
BRAQUIAL ANTERIOR

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2. MÚSCULOS DO MS
ROTADORES INTERNOS DO OMBRO ROTADORES EXTERNOS DO OMBRO
Deltóide anterior Deltóide posterior
Grande peitoral Infraespinhoso
Grande dorsal Pequeno redondo
Grande redondo
Subescapular

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2. MÚSCULOS DO MS

Grupos Musculares Rácio de Equilíbrio Muscular


Rotadores internos e externos do ombro 3:2
Flexores e extensores do ombro 2:3
Extensores e flexores do cotovelo 1:1

Para os músculos RI / RE do ombro,


um rácio de 66 a 75% seria o ideal.

Heyward (2010)
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2. MÚSCULOS DO MS
Perfil muscular do Ombro dos Lançadores
Desequilíbrio entre a Força
Músculos Rotadores Internos x Músculos Rotadores Externos
Reduzida Amplitude de Rotação Interna x Elevada Amplitude de Rotação Externa

PERDA DE ESTABILIDADE DINÂMICA DA G-U


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AVALIAÇÃO
TESTE DE JOBE
TESTE DE YOCUM
TESTE DE NEER
TESTE DE PATTE
TESTE DE HAWKINS
TESTE DE GERBER
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TESTE DE JOBE TESTE DE NEER TESTE DE HAWKINS

TESTE DE YOCUM TESTE DE PATTE TESTE DE GERBER

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA DO MS

AVALIAR A PRESENÇA DO
SÍNDROME CRUZADO SUPERIOR
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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA DO MS

Caraterizado por: Cifose dorsal


aumentada, omoplatas abduzidas,
em rotação superior, ombros em
rotação interna, protração e
elevados, aumento da lordose
cervical e cabeça anteriorizada.

Disfunções típicas nas articulações:


occipital-atloideia, C4-C5, C7-D1,
gleno-umeral e D4-D5.

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA DO MS

PRINCÍPIOS ESTRATÉGICOS

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA DO MS

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA DO MS

Princípio 1: Antes da força muscular, desenvolver a


mobilidade da articulação gleno-umeral e do tórax

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA DO MS


Princípio 2: Escolher exercícios para os músculos responsáveis pela estabilidade
dinâmica do ombro

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Em movimentos rápidos com o membro


superior, no caso dos ombros, o controlo da
“desacelaração” é auto-organizado e como tal a
sobrecarga quantitativa é inútil…

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(Greenfield et al, 1990; Reinold et al, 2004; Marta et al, 2013)


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É o que apresenta a solicitação mais


intensa do IE e do PR
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Replica a posição do braço presente na fase


principal das ações de lançamento…mas aumenta o
risco de conflito subacromial e diminui a solicitação
do IE e do PR
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É preferível pois é realizado no plano da omoplata, reduz a


probabilidade de conflito subacromial e permite potenciar a
força de rotação externa e a intervenção do IE e do PR
devido a um comprimento desses músculos mais favorável
na relação comprimento-força

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- Posição 0º de abdução do ombro é uma forma segura e intensa


- Diminui o risco de conflito subacromial
- Diminui a tensão na cápsula articular
- Deve ser feito com elástico para anular o efeito da gravidade
quer aumenta a solicitação dos flexores do cotovelo
(Greenfield et al, 1990; Reinold et al, 2004; Marta et al, 2013)
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- Sugestão 1: Seleccionar a altura do elástico para alinhamento


com o eixo de rotação do cotovelo

- Sugestão 2: Usar toalha para evitar a tendência para a


extensão do cotovelo ou a abdução do ombro
(Greenfield et al, 1990; Reinold et al, 2004; Marta et al, 2013)
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- Metodologia comum a todos:

Potenciação da fase excêntrica que se garante com uma execução


realizada a um ritmo lento e controlado nessa fase na medida em que
quando a CR é solicitada para frenar movimentos de rotação interna
do ombro, é com este tipo de contração que estes músculos
intervêm…
(Greenfield et al, 1990; Reinold et al, 2004; Marta et al, 2013)
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(Oatis, 2004)
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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA DO MS


Exercícios para os músculos rotadores externos do ombro

Posição neutra permite maior ativação do deltóide posterior e infra-espinhoso

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Princípio 3: Importante selecionar exercícios que


solicitem o TI, TM e GD e minimizem a intervenção do TS

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA DO MS

• Sujeitos com patologia do ombro apresentam frequentemente


durante os movimentos do braço:

1) Atraso na intervenção do Trapézio Inferior quando há alterações


súbitas

2) Menor ratio de ativação do Trapézio Inferior e Médio / Trapézio


Superior

3) Menor ratio Ativação Grande Dentado / Trapézio

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A. Flexão do ombro em decúbito lateral


B. Rotação externa do ombro em decúbito
lateral
C. Extensão do ombro em decúbito ventral

(Cools et al, 2007,; Andersen et al, 2012; Marta et al, 2013)


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D. Dynamic Hug

E. Push-Up Plus

F. Press-Up partindo da posição de sentado


numa cadeira

(Cools et al, 2007,; Andersen et al, 2012; Marta et al, 2013)


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(Cools et al, 2007,; Andersen et al, 2012; Marta et al, 2013)


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(Cools et al, 2007,; Andersen et al, 2012; Marta et al, 2013)

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(Cools et al, 2007,; Andersen et al, 2012; Marta et al, 2013)

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The standard PUP exercise elicited high EMG activity of the SA. Participants generated
higher SA and lower UT EMG activity when they performed the PUP exercise on a
stable surface in full elbow extension, with the hands placed shoulder-width apart,
shoulder-flexion angles of 110º or 120º, and the ipsilateral lower extremity lifted.

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

Princípio 4: Escolher exercícios de elevação do braço

Exercícios que incluem movimentos que procuram elevar a mão e


que são realizados nos planos frontal (abdução) e sagital (flexão),
bem como em todos os planos intermédios entre eles.

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA


Princípio 4: Escolher exercícios de elevação do braço

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA


Princípio 4: Escolher exercícios de elevação do braço

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA


Princípio 4: Escolher exercícios de elevação do braço

Evitar a deslocação do braço acima de 90º, amplitude articular a partir da qual a


probabilidade de conflito sub-acromial aumenta...

Esse risco é ainda maior se o braço se encontrar em rotação interna!

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA


Princípio 4: Escolher exercícios de elevação do braço

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA


Princípio 4: Escolher exercícios de elevação do braço

A elevação do braço deverá ser realizada no plano da omoplata (posição do


braço a 30º anterior ao plano frontal), em que a relação comprimento-força dos
músculos abdutores e rotadores do braço, bem como a congruência articular são
optimizadas.

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA


Princípio 4: Escolher exercícios de elevação do braço

POSIÇÃO NEUTRA DA OMOPLATA:

- 5 a 10 graus de “tilt” anterior


- Ligeira rotação superior
- 20 a 30 graus de rotação interna

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA


Princípio 5: Escolher exercícios de Puxar e Empurrar

Puxar Vs Empurrar

Outras ações: Lifting, Reaching…

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA


Princípio 5: Escolher exercícios de Puxar e Empurrar

CADEIA CINÉTICA CADEIA CINÉTICA


ABERTA FECHADA
aproximar um objecto aproximar o nosso
externo ao nosso corpo corpo em relação a um
que se encontra fixo objecto externo

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA


Princípio 5: Escolher exercícios de Puxar e Empurrar

QUE TIPO DE CLIENTE DEVE PRIVILEGIAR ESTE


PADRÃO DE MOVIMENTO?

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA


Princípio 5: Escolher exercícios de Puxar

EXTENSÃO, ADUÇÃO OU ABDUÇÃO


HORIZONTAL
RETRAÇÃO DA OMOPLATAS
FLEXÃO DOS COTOVELOS

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA


Exercícios de puxar

Ações de puxar com pega


mais fechada (mãos à
Ações de puxar com pega largura dos ombros)
mais aberta (mãos mais
afastadas)
Movimento do braço altera-
se para uma extensão, o que
Braço é colocado inicialmente favorece outros músculos...
mais próximo de abdução
horizontal e o seu movimento
tem uma componente de
adução. Deltóide Posterior
Grande Peitoral (GP)
-----
Grande Dorsal
Grande Redondo Pega neutra ou pronada
favorece ainda mais o GP

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Modificações para Exercícios de Ombro

Exercícios Modificações

Ao puxar para baixo a barra, deixar que ela passe à


Lat Pull frente da cabeça do cliente, a fim de minimizar a
Down tensão anterior no ombro. Usar uma pega supinada
para reduzir o stress na articulação do ombro.

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

Execução com a barra a


passar num plano anterior
à cabeça, com os cotovelos
colocados à frente da linha
dos ombros (+/-30º)

Vantagem Mecânica

Permite deslocar uma


carga superior àquela que é
movimentada quando a
puxada é realizada com a
barra atrás da cabeça

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

Deslocação da barra por trás da


cabeça

Coloca muita tensão nas estruturas


passivas da região anterior da G-U

Posiciona o braço em RE

Produz encurtamento do pequeno


redondo e do infraespinhoso

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA


Princípio 5: Escolher exercícios de Puxar e Empurrar

CADEIA CINÉTICA
FECHADA
CADEIA CINÉTICA Afastar do nosso corpo
ABERTA em relação a um objeto
Afastar objetos do externo
nosso corpo

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA


Princípio 5: Escolher exercícios de Puxar e Empurrar

OS CLIENTES COM SÍNDROME CRUZADO SUPERIOR


PODERÃO REALIZAR ESTE PADRÃO DE MOVIMENTO?

PUSH UPS EXCÊNTRICAS!

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA


Princípio 5: Escolher exercícios de Puxar e Empurrar

Regredir mantendo a
tensigridade!

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Linha Superficial Anterior

Quando as coxo-femurais estão em


extensão, funciona como uma linha
miofascial contínua e integrada!

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Linha Superficial Posterior


Quando os joelhos estão em
extensão, funciona como uma linha
miofascial contínua e integrada!

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA


Princípio 5: Escolher exercícios de Puxar e Empurrar

Ações de empurrar
Ações de empurrar com pega mais
com pega mais aberta fechada (mãos à
(mãos mais afastadas) largura dos ombros)

Movimento do braço é de Movimento do braço é de


adução horizontal flexão

Grande Peitoral PC do Grande Peitoral


Deltóide Anterior Deltóide anterior
Coraco-braquial Coraco-braquial

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA


Exercícios de empurrar

Pessoas com instabilidade Pessoas com instabilidade


na parte anterior da cápsula na parte posterior da
da articulação G-U cápsula da articulação G-U

PEGA MAIS FECHADA PEGA MAIS ABERTA

INDIVIDUALIZAÇÃO

Modificações para Exercícios de Ombro

Exercícios Modificações
Ao baixar a barra, os clientes com disfunção do
ombro não devem permitir que a barra toque o tórax
no seu ponto mais baixo para minimizar o stress
Bench Press anterior do ombro. Manter os braços perto do corpo
para limitar a abdução horizontal e diminuir o stress
nos ombros.

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA


Exercícios de empurrar

SUPINO COM HALTERES


Evitar que os cotovelos desçam muito e a
abdução horizontal seja muito pronunciada,
pois existe a possibilidade de compressão
anterior da articulação!

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA


Exercícios de empurrar

- Relação risco-benefício – posições extremas de abdução horizontal


(onde existe um excessivo alongamento muscular com consequente
diminuição da sobreposição dos miofilamentos de actina sobre os de
actina), conjugadas com o incremento do braço da alavanca poderão
levar a um aumento da relação risco benefício. A manipulação do
braço de alavanca poderá atenuar este aumento.

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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Modificações para Exercícios de Ombro

Exercícios Modificações
Durante a fase excêntrica, os clientes com disfunção do
ombro não devem permitir que as almofadas passem
Pec Deck para trás da linha do corpo na sua posição mais
posterior para minimizar o stress anterior do ombro.

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Modificações para Exercícios de Ombro

Exercícios Modificações
Ao baixar a barra, deixar a barra passar na frente da
Shoulder Press cabeça do cliente, para minimizar o stress anterior do
ombro.

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA


Exercícios de empurrar

O valor máximo de força na reação ao solo, expresso em % do peso


corporal, mostrou:

1. Um valor de 41% quando o exercício foi realizado com as mãos


posicionadas num plano 61cm elevado em relação aos pés

2. Um valor de 64% quando o exercício foi realizado com as mãos e pés


apoiados no solo ao mesmo nível.

3. Um valor de 74% quando o exercício foi realizado com os pés


posicionados 61cm mais elevados em relação às mãos.

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA


Princípio 6: Dar especial atenção à Mão e Pulso

A Importância do “grip”

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1. Informação proprioceptiva na palma da mão


2. Apertar como se fosse esmagar o equipamento a utilizar
3. Em contato com o solo, distribuir a pressão pela ponta dos 5 dedos, pelas
cabeças dos metacarpos e pelas zonas tenar e hipotenar
4. Em cadeia fechada, a mão deve manter um arco

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Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

Sabem porque é que as barras de


elevações devem apresentar este
formato???
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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA


Princípio 7: Importância da força reativa
no MS - CMAE

1. Eliminar a fase de desaceleração


2. Aumentar a taxa inicial de ativação
muscular
3. Aumentar a taxa de produção de força
4. Aumentar a velocidade da fase
concêntrica, potenciando o
desenvolvimento da potência muscular

(Newton et al, 1996; 1997)

3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA


Princípio 7: Importância da força reativa
no MS - CMAE

Capacidade de produzir o máximo valor de força concêntrica após


uma ação excêntrica

- MECANISMOS REFLEXOS
- ELASTICIDADE MUSCULAR

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA DO MS

CLAP PUSH-UP
Bater das palmas permite o aumento da fase aérea através de um
melhor aproveitamento da fase excêntrica

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A
FORÇA

Princípio 8: Repensar a utilização de


instabilidade em exercícios de força do
membro superior

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UTILIZAÇÃO DE INSTABILIDADE EM EXERCÍCIOS DE


FORÇA DO MEMBRO SUPERIOR

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA


CONTEXTO POSIÇÃO
Estável Vs Instável Sentado Vs Em pé

Menor valor de 1 RM, mas


maior ativação do DA e DM

INSTABILIDADE DISTAL

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

Utilização de Instabilidade no
“Press de Ombros”
a) Para o mesmo valor relativo de carga
(% RM), a instabilidade permite maior
ativação dos músculos agonistas e
estabilizadores.

b) Se a produção de força é o objetivo


(output mecânico), a estabilidade é
imprescindível.

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A
FORÇA

Princípio 9: Utilizar O Negativo - Ativo

- Tornar ativa a fase excêntrica dos exercícios para ativar


toda a musculatura antagonista

- Ex: Press de ombros com halteres (imaginar que está a


executar uma remada / pull vertical)

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

Princípio 10: Em todos os exercícios considerar os fatores


biomecânicos

ÚLTIM
A
AULA

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Movimento do Ombro e
Orientações para a Prescrição

Diagnóstico Contra-Indicações Exercícios Contra- Exercícios


sobre o Movimento Indicados Sugeridos
- Press de ombros - Exercícios de
Movimentos acima do- Laterais com halteres força para a coifa
com RI dos ombros dos rotadores
Conflito plano da cabeça com - Remada alta acima da
Sub- o ombro em RI ou
linha dos ombros - Exercícios sem
Acromial amplitudes dolorosas - Supino plano inclinado sintomas
dolorosos

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

Movimento do Ombro e
Orientações para a Prescrição
Diagnóstico Contra-Indicações Exercícios Contra- Exercícios Sugeridos
sobre o Movimento Indicados
- Anterior: Combinação - Supino Plano* - Exercícios de
de RE com abdução - “Peck Deck”* força para a coifa
superior a 90º; Abdução - “Push-ups”* dos rotadores
horizontal - Puxador dorsal à nuca
- Press de ombros
Instabilidade - Exercícios de
- Posterior: Combinação * Utilizar uma pega fechada
de RI, adução horizontal (no máximo à largura dos força escapular
e flexão ombros) evitando os
últimos 10º-20º de extensão - Estabilização
- Inferior: Elevação dos ombros estática e dinâmica
completa

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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17/11/2023

Movimento do Ombro e
Orientações para a Prescrição

Diagnóstico Contra-Indicações Exercícios Contra- Exercícios


sobre o Movimento Indicados Sugeridos
Patologia da Movimentos Exercícios dolorosos e Exercícios de força
Coifa dos resistidos acima do para a CR (a começar
ações excêntricas
Rotadores 4-6 semanas após
plano da cabeça precocemente cirurugia)

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

MEMBRO INFERIOR
PARTICULARIDADES E DESENVOLVIMENTO

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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17/11/2023

1. SISTEMA ÓSTEO – ARTICULAR do MI

2. MÚSCULOS DO MI

3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA DO MI

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

1. SISTEMA ÓSTEO – ARTICULAR

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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17/11/2023

1. SISTEMA ÓSTEO-ARTICULAR DO MI

• Binómio mobilidade – estabilidade

• Cintura pélvica e coxo-femural

• Joelho e tornozelo

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

Articulação Coxo-Femural (ou Anca)


Superfícies em contato Cabeça do fémur e cavidade cotilóide do osso coxal
Critério Movimento Móvel
Critério Morfológico
Enartrose
Critério Funcional
Tri-axial
Movimentos Permitidos Flexão (90º - 120º) e extensão (10º - 20º), abdução (45º) e adução
combinada (30º), rotação interna (30º - 40º) e externa (60º)

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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17/11/2023

Complexo Articular do Joelho


Articulações
Fémuro-Tibial Fémuro-Rotuliana
Superfícies em Côndilos femurais e cavidades Tróclea femural e facetas
contato glenóides da tíbia posteriores da rótula
Critério Movimento Móvel Móvel
Critério Morfológico Bi-condilo-menisco-artrose
Condilartrose
Critério Funcional
Bi-axial Uni-axial
Movimentos Flexão (140º) e hiper-extensão Deslizamento superior e inferior. A sua
Permitidos (5º) e rotação interna (15º) e função é o aumento da força de alavanca
externa do joelho (30º) que músculo quadricípete femural exerce
sobre a tíbia

Articulação Tíbio-Társica (ou do Tornozelo)


Superfícies em contato Epífises inferiores da tíbia e do perónio
e a tróclea do astrágalo
Critério Movimento Móvel
Critério Morfológico
Trocleartrose
Critério Funcional
Uni-axial
Movimentos Permitidos
Flexão-plantar (50º) e dorsi-flexão (20º) do tornozelo

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Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

The Process is Simple

Lose ankle mobility, get knee pain

Lose hip mobility, get low back pain

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17/11/2023

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

Anca >>> Joelho >>> Pé

Pé >>> Joelho >>> Anca

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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Como está a mobilidade do vosso hálux????

Apoio Consciente do Pé

“Tripé”

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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17/11/2023

Apoio Consciente do Pé

“Foot drills”

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

COMPONENTES DO MOVIMENTO

Força da Gravidade

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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17/11/2023

COMPONENTES DO MOVIMENTO

“Ground Reaction Force”


Força de reação do solo

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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17/11/2023

2. MÚSCULOS DO MI
Rotadores Internos da Coxa
PEQUENO
MÉDIO GLÚTEO
GRANDE GLÚTEO
GLÚTEO TFL

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

2. MÚSCULOS DO MI
• A fraqueza do médio e do pequeno glúteo
afeta a estabilidade da anca durante a
locomoção, gerando compensações e sobre-
ativação no psoas – ilíaco e pectíneo, com
alteração da biomecânica e stress das
estruturas anteriores da anca.

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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17/11/2023

2. MÚSCULOS DO MI
Músculos da Cintura Pélvica

Rotadores Externos da Coxa

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

QUADRICÍPETE
2. MÚSCULOS DO MI FEMURAL

ADUTORES

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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17/11/2023

2. MÚSCULOS DO
MS
Grupos Musculares Rácio de Equilíbrio Muscular
Extensores e flexores do anca 1:1
Flexores e extensores joelho 3:2

A força dos músculos posteriores da


coxa deve corresponder à 60-70% da
força dos músculos anteriores.

Heyward (2010)

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

2. MÚSCULOS DO MI TRÍCIPETE
SURAL
PERONEAIS
LATERAIS

TIBIAL
ANTERIOR

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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17/11/2023

3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

ANTES DE…

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

ANTES DE…

PRINCÍPIOS ESTRATÉGICOS
Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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17/11/2023

3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

AVALIAR A PRESENÇA DO
SÍNDROME CRUZADO INFERIOR

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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17/11/2023

3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

1. Aperfeiçoar a Mobilidade 3D da coxo-


femural (anterior, posterior, externa e
interna)

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

FRONT HIP

Linha
Espiral

Linha Superficial Anterior Linha Lateral

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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17/11/2023

BACK HIP

Linha
Espiral

Linha Superficial Anterior Linha Lateral

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

BACK HIP

Linha Superficial Anterior Linha Lateral

Linha
Espiral

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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17/11/2023

INNER HIP
Linha
Lateral

Linha
Linha Superficial Espiral
Anterior

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

OUTER HIP
Linha Lateral

Linha
Linha Superficial Espiral
Anterior

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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17/11/2023

3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

2. Aperfeiçoar a Mobilidade
3D e estabilidade (primordial)
do complexo articular do
joelho

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

3. Privilegiar os EXERCÍCIOS ISOMÉTRICOS nas articulações mais instáveis

ELASTICIDADE MUSCULAR

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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17/11/2023

3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

3. Privilegiar os EXERCÍCIOS ISOMÉTRICOS nas articulações mais instáveis

ELASTICIDADE MUSCULAR

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

4. Aperfeiçoar a Mobilidade 3D (dorsiflexão)

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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17/11/2023

3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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17/11/2023

3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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17/11/2023

3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

5. Aperfeiçoar a estabilidade da
articulação do tornozelo (evitando a
inversão excessiva)

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

6. Aperfeiçoar a Postura do pé, no sentido de


garantir um óptimo apoio plantar distribuído
por três pontos de contato com o solo

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

7. NO DESENVOLVIMENTO DE FORÇA MUSCULAR, DEVER-


SE-Á PRIVILEGIAR OS EXERCÍCIOS NO PLANO SAGITAL

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

8. EQUILIBRAR OS RÁCIOS DE FORÇA MUSCULAR

A força dos músculos posteriores da


coxa deve corresponder à 60-70% da
força dos músculos anteriores.

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

8. EQUILIBRAR OS RÁCIOS DE FORÇA MUSCULAR

COLOCAR O FOCO
NOS FLEXORES DO
JOELHO

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

9. UTILIZAR DIVERSOS PADRÕES GLOBAIS DE MOVIMENTO

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

LUNGING

Ação de nos movermos repentinamente através de um passo


para um determinado ponto no espaço e regresso ao ponto
original utilizando como “driver” (guia do movimento)
primeiramente o pé, ao qual foi aplicada uma certa pressão.

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

LUNGING
Este padrão de movimento é funcionalmente determinante para muitas
ações do quotidiano (ex: apanhar objetos do solo), bem como imprescindível
para várias ações técnico-táticas de diversas modalidades.

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

LUNGING

De forma simplista visto que podem ser explorados múltiplos


planos intermédios, este padrão de movimento poderá ser
realizado em duas direções por cada plano de movimento...

...dando origem ao designado lunge comum e lunge não comum


em cada plano de movimento (Gray Institute, 2015), sendo que
nenhum deles é necessariamente mais funcional do que o outro.

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

LUNGING

No entanto, deve referir-se que no lunging a fase


excêntrica do movimento é de especial importância
pois é na fase excêntrica que o exercício tem relação
com o momento de desaceleração da locomoção,
fundamental em diversas situações diárias e
desportivas.

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

Este foco é particularmente


importante em:

- Idosos

- Clientes com elevado risco


de queda (ex: doentes de
Parkinson)

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

SQUATING

Ação de nos agacharmos e subir ou subir da posição de


agachamento, sendo o deslocamento realizado pela bacia
enquanto “driver” (guia do movimento) ao longo do eixo
vertical.

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

SQUATING

O agachamento total pode começar a ser treinado desde muito cedo, promove
desenvolvimento da eficiência neuro-muscular, aumenta a força dos membros inferiores,
mantém a mobilidade e permite a melhoria da “performance" (para qualquer pessoa, em
qualquer faixa etária).

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

SQUATING

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

SQUATING

Comparação da cinemática nas articulações do joelho, coluna vertebral dorsal e lombar no exercício de
agachamento com e sem restrição do deslocamento anterior do joelho, ou seja, no movimento em que
joelho não pode ultrapassar ou pode ultrapassar a linha dos pés respetivamente.

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

SQUATING
1. ROM da flexão do tronco aumenta sempre que se evita em absoluto que joelho ultrapasse linha dos
pés. Deste modo, pode-se prever que há mais stress na região lombar num agachamento com a restrição
absoluta.

2. No pólo oposto, será também importante reportar que quando se restringe o deslocamento anterior do
joelho, reduz-se o torque no joelho. Chilling (2003)

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

SQUATING

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

SQUATING

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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17/11/2023

3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

SQUATING

Contrariamente ao padrão de movimento de lunging,


como veremos seguidamente, a realização do padrão
de movimento squating em 3D é mais limitada, pelo
que a alteração na variável relativa à posição dos
apoios é a opção mais sugerida.

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

SQUATING

No sentido de replicar funcionalmente as múltiplas formas de nos


agacharmos, é possível realizar este padrão de movimento de 7
(...) maneiras diferentes (basic, right, left, narrow, wide, internally
rotated and externally rotated feet squat) (Gray Institute, 2015).

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

JUMPING

Ação de saltar do chão, ou de uma base, desafiando a


gravidade, num ou em dois pés e aterrando a dois pés...

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA DO MI

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

GAIT

Locomoção (uma série de passos) com recurso aos membros


inferiores. A passada humana é bipedal, sendo uma propulsão
bifásica do centro de gravidade do corpo humano, na qual existe a
alternância de movimentos de diferentes segmentos.

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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17/11/2023

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA


10. Utilizar ações que envolvam o CMAE
- MECANISMOS REFLEXOS
- ELASTICIDADE MUSCULAR

ELASTICIDADE MUSCULAR

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA


CMAE
Capacidade de produzir o máximo valor de força concêntrica após uma ação excêntrica

ELASTICIDADE MUSCULAR

Força Reativa

ELASTICIDADE MUSCULAR

Reflexo Miotático

ELASTICIDADE
MUSCULAR

Treino Pliométrico

ELASTICIDADE MUSCULAR

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

Cerca de 30-40% da energia cinética produzida


durante a impulsão provém da energia armazenada
nos tendões

Músculos com fibras musculares curtas e tendões


longos têm maior capacidade de armazenar energia
elástica nos tendões

Vantagem dos músculos bi-articulares

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

Músculos mono-articulares são mais adaptados a produzir maior


nível de força máxima

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

Treino pliométrico

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

Séries de 10 reps
Altura da queda: 25 a 110 cm

Considerações Especiais sobre o treino pliométrico (TP):


Calcanhar não deve contactar o solo
Piso e calçado
Considerar o peso corporal do sujeito
Considerar o seguinte pré-requisito: níveis elevados de F máxima (Squat = 1,5 x PC)

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

3. FORMAS DE DESENVOLVER A FORÇA

Realizar previamente TP de baixa intensidade (multisaltos,


saltos a pé-coxinho, entre outros)

O objetivo do TP não é hipertrofia nem provocar alterações


na composição corporal

Os ganhos são neurais

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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17/11/2023

PROVA DOS 9

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

1. Quais os músculos que compõem a coifa dos rotadores (músculos considerados


estabilizadores do ombro):

A) Supraespinhoso, infraespinhoso, pequeno redondo e pequeno peitoral

B) Supraespinhoso, infraespinhoso, pequeno redondo e piramidal do ombro

C) Supraespinhoso, infraespinhoso, subescapular e pequeno peitoral

D) Supraespinhoso, infraespinhoso, pequeno redondo e subescapular

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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2. Relativamente aos princípios estratégicos para o trabalho da força muscular dos membros superiores, é
correto afirmar que:

A) Na prensa de ombros, a instabilidade permite uma maior ativação dos músculos antagonistas

B) Se o output mecânico é a prioridade, a estabilidade é a melhor solução, pelo que a prensa de ombros na posição
sentada poderá ser uma boa opção

C) Os exercícios com elevação do braço em rotação interna deverão ser prioritários em pessoas que tenham conflito
sub-acromial

D) Nenhuma das anteriores

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

3. Qual o músculo do membro inferior que realiza flexão da coxa e


extensão do joelho?

a) Psoas ilíaco
b) Reto anterior do quadricípete femural
c) Semitendinoso
d) Médio glúteo

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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Take Home Message

- Membro Superior e Inferior:

1. Sistema ósteo – articular

2. Músculos do membro superior e inferior

3. Formas de desenvolver a força dos membros (Princípios Estratégicos)

Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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Introdução à Biomecânica e Anatomia Funcional

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