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Discente: Hortência Silva Sousa

MEMORIAL

Falar sobre minha infância até os dias atuais é um pouco complicado pois, não me
lembro de quase nada. Tudo que sei praticamente, são histórias contadas por familiares.
No momento é importante falar sobre o contexto familiar, começando pelo meu pai
Hamilson nos seus auges dos 21 anos, tinha quase 5 anos morando em Uberlândia, de família
pobre veio de Teresina Piauí para tentar a vida melhor aqui. Ele estudou apenas até a 4ª série.
Aqui em Uberlândia conseguiu entrar no Exército pois jogava futebol muito bem, mas não seguiu
carreira por conta do governo de Fernando Collor.

Mais tarde conheceu minha mãe Adriana com 28 anos, que tinha separado de seu
primeiro casamento onde teve meus 2 irmãos, Romario e Geovani. Minha mãe veio de Luziânia
Goiás, onde viveu grande parte da infância e até seus 26 anos. Criada na roça, então não teve
condições de estudos, mas quando veio para Uberlândia terminou o ensino médio.
Ambos com sentimentos e desejo que alguém tivesse o prazer pelos estudos e que
através dele transformasse a vida. Eles sempre com pensamentos positivos, foram crescendo na
vida. Maior inspiração.

Depois de 2 anos juntos me geraram, e quando eu tinha 8 meses minha mãe começou
a trabalhar e assim eu ficava com meu irmão mais velho, e nesse período fiquei internada 2
vezes por desidratação.
Com 1 ano de idade fui para a creche, que não me adaptei, dizem que eu chorava assim
que via o portão. De lá fui indo de creche em creche, até que no final fiquei na casa de uma
mulher. Depois disso fui para uma escola municipal Eugênio, não tenho lembranças boas lembro
que vomitava toda vez, não gostava de jeito nenhum da escola (não sei o motivo).

Meu ensino fundamental foi praticamente todo na escola municipal Hilda Leão Carneiro
(1º ano até 8º ano), tenho boas memorias criadas e onde passei boa parte dos anos. No primeiro
ano foi a professora Amenaí, onde com seu amor e carinho nos ensinava, era muito meiga e
infelizmente quando eu estava no 6º ano ela veio a falecer e fizemos uma homenagem na época
para os filhos dela que ia para a escola junto com ela nas férias.
No 2º ano foi a professora Flora, onde era muito brava e tecnicista, mas foi uma
professora muito incrível para a aprendizagem. Sendo assim os anos seguintes foram marcantes,
mas não lembro de muita coisa.

No 9º ano foi quando mudei para a escola Caic Laranjeiras foi muito difícil, minha
primeira mudança em relação a tudo na vida. Mas foi libertador sair do casulo de onde estudei
grande parte da vida.

Meu ensino médio foi na Escola Estadual Frei Egídio, o meu segundo ano foi de fato o
melhor em relação as amizades, aquela que você sente no fundo da alma. E no terceiro veio a
pandemia, já se pode imaginar que não houve estudos.
Sempre tive uma relação muito boa com todos os professores era a aula que se sentava
na primeira carteira em frente o professor para dialogar. Amava ir à escola, era o momento que
mais gostava, e claro com incentivo de meus pais que não colocou pressão mais mostrando a
importância da escola.
Em relação as matérias se sou de exatas ou humanas, eu nunca me classifiquei. Tenho
conteúdos em ambos que tenho uma facilidade.

Quando eu era criança tinha um sonho de seguir teatro, pois me imaginava atuando em
novelas. Mas quando você passa a conhecer de fato percebemos que não é tão fácil seguir
carreira. Então decidi fazer administração mais ou menos no 9º ano, e no 2º ano do ensino
médio, me despertou uma paixão pela PRF.

Em janeiro de 2021 fiz o ENEM mais como não me sentia preparada, meus pais
decidiram que eu não perderia 1 ano atoa, assim me ingressei na faculdade particular para fazer
Administração. Depois que saiu a nota, eu tinha o suficiente para passar em pedagogia pois
possuía um amor pela graduação, já que eu tive uma educação e incentivo muito grande e assim
poder passar pelo menos 1/3 que aprendi.

Mas os meus pais não deixaram, por sobrecarregar demais e não conseguir realizar
nenhuma graduação e acabar estagnando no final. Me dediquei então a administração, e no
final do primeiro semestre meu pai veio a falecer onde fiquei mais de 1 mês parada sem fazer
nada. Logo nessa época saiu o programa de trilhas do futuro, para fazer curso técnico. Me
inscrevi, pois na minha cabeça seria o momento de me erguer e distrair a mente.

Fiz o Técnico de Sistemas de Energias Renováveis, onde também me encontrei como em


administração. Tive muito aprendizagem, professores com uma ótima didática, mas não foi
como eu imaginei que seria mais fácil lidar com o luto. Pelo ao contrário tive que pelejar com a
graduação, o técnico e o luto. Foi difícil.
Em novembro de 2022, resolvi fazer o ENEM para testar os conhecimentos. Acabou que
deu certo: passei para Pedagogia e hoje estou aqui. Então a minha motivação maior foi a família,
pois não tiveram as mesmas oportunidades e soube incentivar.

Estou tentando me encontrar ainda de fato na Pedagogia, mas está complicado já que
estou mais envolvida na Administração e fazendo estágio na área. Não pretendo parar por essas
graduações quero conhecer outras áreas, e claro passar no concurso da PRF.

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