Você está na página 1de 16

AVC

Lisiane Vilar Santos r2 me GHC


INTRODUÇÃO
O AVC é a principal causa de incapacidade e a quinta principal causa de morte nos Estados
Unidos.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 15 milhões de pessoas sofrem AVC
em todo o mundo a cada ano. Destes, 5 milhões morrem e outros 5 milhões ficam
permanentemente incapacitados.
Anualmente, ocorrem aproximadamente 795.000 casos de AVC, com quase três quartos
ocorrendo em pessoas com mais de 65 anos. Para cada década acima dos 55 anos, o risco de
ter um AVC é mais do que duplicado.
Os fatores de risco são: Idade avançada, raça negra, sexo masculino, HF, HAS, DM,
Tabagismo, Obesidade, Dislipidemia ( LDH), Doença cardiovascular, Etilismo,
Sedentarismo, AIT prévio ( sugere trombose), AVC prévio

Acidente vascular cerebral é um termo clínico para a perda aguda de perfusão para os territórios
vasculares do cérebro de insultos hemorrágicos ou isquêmicos, resultando em isquemia e perda da
função neurológica nas áreas afetadas.
CLASSIFICAÇÃO
Os AVCs são grosseiramente classificados como isquêmicos (cerca de 80%) e hemorrágicos (cerca de 20%).

AVCi ocorre na grande maioria das vezes por oclusão tromboembólica das artérias cerebrais.

A oclusão do fluxo sanguíneo inicia uma cascata isquêmica que, se não for controlada, resultará em infarto
irreversível.

A morte celular induzida por hipóxia causa inchaço inflamatório, que pode alterar a arquitetura do cérebro,
produzindo um deslocamento da linha média

AVCh ocorre quando o sangramento ocorre diretamente no parênquima cerebral (HIP) ou ao redor dele (HSA)

Ocasionam déficits neurológicos focais semelhantes àqueles com AVCi, exceto que pacientes com AVCh tendem
a parecer mais doentes e mostrar sinais de aumento da pressão intracraniana.

As etiologias comuns incluem traumatismo craniano, extravasamento de pequenas artérias intracerebrais


secundárias à hipertensão crônica, ruptura de aneurismas ou malformações arteriovenosas, anticoagulação
iatrogênica, abuso de cocaína e amiloidose cerebral.
AVALIAÇÃO INICIAL

Pré-hospitalar: escala de Cincinnati

Hospitalar: clínica + NIHSS

Tempo porta agulha preconizado que seja em 1h, TC em 20min!


AVALIAÇÃO INICIAL HOSPITALAR
Estabilização do paciente ABCDE

Anamnese orientada

Aplicação da escala do NIHSS

NIH desenvolveu uma escala de AVC que não apenas permite a quantificação do comprometimento
neurológico, mas também fornece informações sobre a localização de lesões vasculares, está correlacionada
com os resultados de acidentes vasculares cerebrais isquêmicos e identifica candidatos à terapia trombolítica.

Os pontos são atribuídos com base no desempenho do paciente em 6 áreas principais: nível de consciência,
função visual, função motora, função sensorial, função cerebelar e linguagem.

A escala é usada na primeira apresentação do paciente e pode ser repetida ao longo do hospital para avaliar
a evolução do AVC ao longo do tempo

Imagem (TC de crânio) em 20 min


CLÍNICA
IMAGEM

A TC de crânio e o exame de escolha para distinguir lesão isquêmica de hemorrágica.

Deve ser realizada em até 20min da chegada no hospital.

Em período muito inicial, os AVCi podem não estar bem delimitados, mas alterações
na substância branca e cinzenta podem ser sugestivas.

Ressonância magnética (RM) permite a detecção mais precoce de lesão cerebral do


que a tomografia computadorizada.
TRATAMENTO

As terapias para o AVC isquêmico dependem da localização da lesão, do tempo desde


o início e das condições médicas concomitantes. Para pacientes que se apresentam
dentro de 3 a 4,5 horas do início dos sintomas sem cirurgia recente ou problemas de
sangramento, a trombólise com alteplase é uma medida comprovada.

O uso de t-PA versus placebo reduz a incapacidade dos pacientes, com base na Escala
de Incapacidade Global de Rankin

0,9mg/kg: 10% em bolus e 90% em 1h.

Trombólise mecânica preferível em até 6h


TROMBÓLISE
Critérios elegíveis para trombólise:
AVCi com déficit mensurável.
Inicio dos sintomas dentro de 3,5h a 4 horas.
NIHSS > 4 Exceto alteração importante na fala.

Critérios de exclusão:
Idade superior há 80 anos
AVC extenso NIHSS > 25
AVC extenso >/= 1/3 área cerebral
Uso de anticoagulante, INR<1,7 em uso de varfarina pode ser considerada
História de hemorragias nos últimos 3 meses.
Neoplasia
CUIDADOS DURANTE TROMBÓLISE

Monitorização cardíaca e pressórica.


monitore PA a cada 15min nas 2 primeiras horas
cada 30 minutos da 3 a 8 hora
cada 1 hora da 9 até 24h do início do tratamento
Alvo < 180/105 mmHg.
Controle rígido da temperatura e glicemia(ensaio SHINE) .
Não utilizar antitrombóticos, antiagregantes e heparina nas próximas 24 horas após uso do
trombolítico
Não realizar passagem de sondas e cateteres nas primeiras 24h
Realizar tomografia de cranio e Hb, Ht, TP, TTPA entre 12-24 horas, para controle evolutivo.
Profilaxia de TVP e dieta após 24 hora
CONSIDERAÇÕES

Dupla antiagregação plaquetária mostrou beneficio para AIT e AVCi Minor e usar por
21 dias.

Doses terapêuticas de heparina não mostraram beneficio .

Usa-se doses de heparina apenas para profilaxia de TV


OBRIGADA!!!!!

Você também pode gostar