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Tema: Interpretação, leitura e escrita descomplicada

FARJ

Docente: Pablo Rios


Licenciado em Letras – FACE, Valença-BA
Especialista em Estudos Linguísticos e Literários – UCaM – RJ
Graduando em Filosofia – Instituto Ítalo Brasileiro – RJ
Mestrando em Educação e Diversidade – UNEB Campus IV
ettorepablo@live.com
(74) 98118 9928

Aula 1 – Leitura e Interpretação de Textos

Título - Leitura

Há pelo menos quatro significados:


 Atribuição de sentidos, isto é, diante de qualquer ato de linguagem (escrito ou oral), é
possível atribuir-lhe sentido: é o que você entende.
 Concepção, ou seja, uma ideia que se tem a respeito de algo. É neste sentido que
dizemos leitura do mundo: como você entende.
 Em termos acadêmicos, entende-se por leitura a construção de um aparato teórico e
metodológico que permite compreender algum assunto: como você chegou ao
entendimento.
 E emprega-se o termo leitura vinculando-o à atividade aprendida durante a
alfabetização: B + A = BA
Embora sejam várias as acepções da palavra leitura, todas estão ligadas à ideia de
interpretação e compreensão

Mas tudo o que sai desse processo de interpretação e compreensão depende do:

Ponto de Vista

Título – Interpretação

Existem várias definições.

Consiste em estabelecer, simultânea ou consecutivamente, comunicação verbal ou não verbal


entre duas entidades. O termo pode se referir tanto ao processo quanto ao fim.
Dicionário.com.br – Determinar com certeza o sentido de um texto. Ex: interpretar a
Constituição. Explicar o que é obscuro. Ex: interpretar um sonho.
Ação de perceber o sentido de algo ou de atribuir um sentido a algo.
A leitura é exclusivamente produzida pelo leitor. Por isso ela faz parte de um processo de
atribuição de sentidos, chamado de interpretação.
Essa atribuição de sentidos se relaciona com o contexto ideológico, histórico, econômico, etc.
do leitor.
Além disso, os variados modos de leitura aliados a estes aspectos surtem efeitos diversos em
cada leitor, a depender de sua época, nível intelectual e segmento social.
Para sermos bons leitores, é preciso aceitar uma posição ativa em relação ao que se lê,
valorizando conhecimentos prévios e ousando em relação aos ditos e aos não ditos.
Seguindo esse caminho poderemos ultrapassar uma leitura razoável e nos aproximar de uma
leitura que ultrapasse os sentidos encontrados.

“Você pode escutar perfeitamente errado aquilo o que é dito, só vai depender da forma que
você ouve e interpreta as palavras” Eduardo Jorge Vieira Leite de Lima

No fim das contas, como a leitura e a interpretação pertencem ao leitor, cabe aquele velho
clichê: Eu sou responsável pelo que eu digo, não pelo que você entende
Obs: ainda que seja assim, o texto pode ser escrito de forma que conduza o leitor a uma
interpretação predeterminada sem aberturas para outras interpretações. Como nos
exemplos a seguir.
Título: Hermenêutica

A interpretação de texto é um assunto tão sério que existe até uma área da filosofia focada em
desvendar os seus mistérios.
Uma ciência que estuda a arte, a prática e o treino de interpretação de textos sagrados,
Mas que atualmente é utilizado para todo e qualquer tipo de interpretação.
Segundo a ciência, existem três etapas para que haja um entendimento eficaz de uma leitura:
pré-compreensão, compreensão e interpretação.

Título: Pré-compreensão

Nesta fase, supondo que o leitor tenha algum conhecimento prévio do assunto, entende-se
que haverão menos dificuldades para interpretar o texto.
Por outro lado, caso parta para uma leitura avançada sem conhecimento do tema, podem
surgir problemas para se fazer uma interpretação correta.

EX:

Olá amigos! Estamos aqui mais uma vez para mais um duelo espetacular. Os Arquibaldos1 de
sempre estão lotando o lugar como sempre. O plantel2 está preparado e como sempre vindo
com raça. As notícias de que um suposto caldeirão3 estava sendo armado não abalaram o
moral do elenco, pois aqui não tem nenhum gaveteiro4. Pipoqueiro5 tem alguns, japoneses6 e
bondes7 também, mas gaveteiro não. A principal estrela, Dudu, apesar de ser um verdadeiro
borboleta8 não é só um Marta Rocha9. Ele sabe fintar10 como ninguém e quase todas as suas
tijoladas11 vão parar no véu da noiva12.

É um verdadeiro colecionador de gols de placa13.

1. Torcedor que fica na arquibancada;


2. Time, equipe;
3. Esquema para subornar jogadores;
4. Jogador que se vende;
5. Jogador que vacila;
6. Jogador ruim
7. Perna de pau
8. Jogador que troca mito de time. Vira casaca;
9. Jogador bonito;
10. Driblar;
11. Chute potente;
12. Rede;
13. Gol depois de uma jogada bonita.

Título: Compreensão

Passada a fase da pré-compreensão, a pessoa terá novas informações para assimilar e/ou
identificar as que já possui.
Assim, ao juntar o que já sabia com as novas informações, o leitor conseguirá entender o
tema.
Eu lembro da moça bonita
Da praia de Boa Viagem
E a moça no meio da tarde
De um domingo azul.
Azul era Belle de Jour
Era a bela da tarde

Seus olhos azuis como a tarde


Na tarde de um domingo azul
La Belle de Jour!

La Belle de Jour
Era a moça mais linda
De toda a cidade
E foi justamente pra ela
Que eu escrevi o meu primeiro blues
Mas Belle de Jour
No azul viajava.

Seus olhos azuis como a tarde


Na tarde de um domingo azul
La Belle de Jour!

Pesquise as referências que Alceu Valença teve para escrever La Belle de Jour.

Título – Interpretação

Aqui é onde acontece a mágica. Quando você interpreta (ou descobre) o significado de um
texto, um novo horizonte se abre. Na hermenêutica, o diálogo entre o leitor e o texto se
chama fusão de horizontes, que é quando o leitor consegue a capacidade de explicar um texto
após a sua leitura. Para quem conhece a bíblia, por exemplo, será mais fácil compreender o
poema abaixo:

Figos
(Pablo Rios)

Venham ver
como estão viçosas as minhas muitas folhas.
Vejam que copa frondosa e
exuberante tenho sobre mim.
De longe podem me ver
e dizer admirados:
quem há melhor do que você?
Mas é no meu frutificar
que mostro a minha verdade.
Me conhecerão pelo que digo e faço,
e é isso que eu sou.
No meio de tanta beleza
a minha fonte jorra veneno.

Texto – Dicas para interpretar bem

Leia o texto sem pressa - Quem aí já terminou de ler um texto e teve que relê-lo porque, ao
final dele, não tinha a menor ideia do que estava escrito? Isso acontece porque, muitas vezes,
lemos mais rápido do que deveríamos.
Portanto, a dica de ouro é leia devagar e sem interrupções. É claro que no dia da prova, você
vai querer ler o mais rápido possível para ganhar tempo. Muita calma nessa hora, afinal a
leitura atenta evita retrabalho.

Releia o texto e marque as palavras desconhecidas - Como você interpreta texto de inglês?
Com certeza a canetinha colorida fica louca para marcar as palavras desconhecidas, não é
mesmo? Por que você não utiliza a mesma metodologia na língua portuguesa?
Isso porque é impossível conhecer todas as palavras de língua. Dessa forma, na segunda leitura
você já sabe do que o texto trata e, portanto, é possível ler de forma mais detalhe. Não
esqueça de riscar as palavras desconhecidas, ok?

Consulte as novas palavras no dicionário - Leia com um dicionário do lado! Anote os sinônimos
e até mesmo a explicação do sentido do novo verbete. É claro que aqui estamos falando dos
treino e execução de exercícios de fixação.
No entanto, com certeza, essa consulta também vai refletir em seu desempenho no dia da
prova. Afinal, esse processo ajuda na interpretação de texto eficaz, mas também amplia o
vocabulário.
Você lembra que uma das maiores dificuldades de aprender uma nova língua é ampliar o
vocabulário? Pois é, quando aprendemos mais palavras nosso vocabulário enriquece e a
comunicação torna-se mais fácil.

Faça resumos por parágrafo - Esta dica consiste em dividir o texto em vários parágrafos. Anote
do lado de cada um qual a ideia central ou, se preferir, faça um resumo do que leu.
Agindo dessa forma você estará melhorando a sua capacidade de interpretação de texto. E não
se esqueça de fazer os passos anteriores. Tirar conclusões precipitadas sobre um tema só faz
com que você perca mais tempo.

Faça perguntas ao texto - Depois da primeira leitura, experimente fazer uma pergunta para
cada parágrafo: o que o narrador quis dizer com isso? Como os cientistas descobriram essa
nova bactéria? Onde está o ângulo desta reta? São alguns exemplos de perguntas que você
pode fazer para o texto.
Quando você experimenta uma leitura atenta e menos passiva, percebe que havia muito mais
conteúdo para ser aprendido. Bom trabalho!

Reescreva o texto - Reescrever o texto com o resumo dos parágrafos e as várias perguntas
respondidas é uma forma excelente de ampliar a sua capacidade de compreensão e ainda
treinar a escrita. Faça isso usando as suas próprias palavras e tenha o cuidado de não colocar
informações que não foram ditas pelo escritor.
Faça paráfrases - No início do texto falamos sobre as três fases da interpretação de texto e
também apresentamos como dica reescrever o texto. Esse processo é chamado de paráfrase e
é uma ferramenta eficaz para atingir o nível de compreensão. Existem três tipos de paráfrases:

 Paráfrase-resumo - você pode iniciar marcando as partes principais para criar um


resumo depois. Lembre-se que reescrever não é pegar várias frases destacadas e
montar um novo texto, mas sim escrever o texto com as suas próprias palavras e
sem alterar as informações transmitidas pelo autor;

 Paráfrase-resenha - o início desse processo pode ser o mesmo da paráfrase-resumo.


A diferença aqui é que você inclui comentários como, por exemplo, questionar o
estilo e a forma com que um autor escreveu o livro, artigo e outros gêneros textuais;

 Paráfrase-esquema - é o famoso mapa mental. Depois de sublinhar as partes


principais do texto. Monte um esquema com setas, frases e palavras-chave para
atingir a etapa de interpretação de texto. Aqui vale usar a criatividade para montar
esquemas que ajudem você de fato a compreender a leitura.

Aula 2 - O que é dissertação? Como é que se faz?

Título – Dissertar
Sub-título – todos fazemos isso

Dissertar é um ato praticado pelas pessoas todos os dias. Elas procuram justificativas para a
elevação dos preços, para o aumento da violência nas cidades, para a repressão dos pais.
Muitas vezes, em casos de divergência de opiniões, cada um defende seus pontos de vista em
relação ao futebol, ao cinema, à música.
A vida cotidiana traz constantemente a necessidade de exposição de ideias pessoais, opiniões
e pontos de vista. Em alguns casos, é preciso persuadir os outros a adotarem ou aceitarem
uma forma de pensar diferente. Em todas essas situações e em muitas outras, utiliza-se a
linguagem para dissertar, ou seja, organizam-se palavras, frases, textos, a fim de, por meio da
apresentação de ideias, dados e conceitos, chegar-se a conclusões.
Em suma, dissertação implica discussão de ideias, argumentação, organização do pensamento,
defesa de pontos de vista, descoberta de soluções.
Título – Conhecimento
“A maior fortuna que o ser humano pode ter e jamais será roubado é seu conhecimento,
tendo como estudo a garimpagem da riqueza” A. Oliveira

O homem é, por natureza, curioso. Desde que nasce interage com a natureza e os objetos à
sua volta, interpretando o universo a partir das referências sociais e culturais do meio em que
vive.
Apropria-se do conhecimento através das sensações, que os seres e os fenômenos lhe
transmitem. A partir dessas sensações elabora representações.
Contudo essas representações, não constituem o objeto real. O objeto real existe
independentemente de o homem o conhecer ou não.
O conhecimento humano é na sua essência um esforço para resolver contradições, entre as
representações do objeto e a realidade do mesmo. Assim, o conhecimento, dependendo da
forma pela qual se chega a essa representação, pode ser classificado de popular (senso
comum), teológico, mítico, filosófico e científico.

Título – Senso comum


A nossa vida desenvolve-se em torno do senso comum. Adquirido através de ações não
planejadas, ele surge instintivo, espontâneo, subjetivo, acrítico, permeado pelas opiniões,
emoções e valores de quem o produz.
Assim, o senso comum varia de acordo com o conhecimento relativo da maioria dos sujeitos
num determinado momento histórico.
Um dos exemplos de senso comum mais conhecido foi o de considerar que a Terra era o
centro do Universo e que o Sol girava em torno dela. Galileu ao afirmar que era a Terra que
girava em volta do Sol quase foi queimado pela Inquisição. Portanto, o senso comum é uma
forma específica de conhecimento.
A cultura popular é baseada no senso comum. Apesar de não ser sofisticada, não é menos
importante sendo crescentemente reconhecida.

Título – Conhecimento Científico

O conhecimento científico surge com Galileu Galilei (1564-1642).


Os gregos já distinguiam no século VII a. C. a diferença entre o conhecimento racional
(científico, mediado pela razão) e o conhecimento mítico, este inspirado pelos deuses e do
qual se fala sem nenhuma preocupação em relação à prova dos acontecimentos.
O conhecimento científico surge a partir:
 da determinação de um objeto específico de investigação; e
 da explicitação de um método para essa investigação.

Título – Argumentação

A base de uma dissertação é a fundamentação de seu ponto de vista, sua opinião sobre o
assunto. Para tanto, deve-se atentar para as relações de causa/consequência e pontos
favoráveis e desfavoráveis, muito usadas nesse processo. Existem expressões chamadas
conectivos de coesão que se devidamente usadas, trarão um formato mais compreensível de
escrita.

Conectivos de Causa:
Por causa de você, não iremos viajar.
Estou aqui graças aos esforços de meus pais.
Em virtude de motivos de força maior, o evento será adiado.
Precisamos pensar em alguma premiação em vista de seus esforços.
Devido ao desabamento alguns móveis foram inutilizados.
Por motivo de greve dos funcionários, não podemos entregar os pedidos.

Conectivos de Consequência:
Uma noite sem sono. Consequentemente, um dia de sono.
Em decorrência de seus estudos, veio a aprovação.
Como resultado de seus desmandos, estamos nessa situação horrível.
Os números atuais são efeito de novas atitudes.

Conectivo de Oposição:
Algumas expressões que podem ser usadas para abordar temas com divergência de opiniões:
A equipe é bem coesa, em contrapartida, o líder é um fraco.
Se por um lado o governo aumenta o salário mínimo, por outro aumenta também os preços.
Enquanto uns afirmam que Neymar é um ótimo jogador, outros dizem que não passa de um
mascarado.

Título – Partes de uma Dissertação

Numa dissertação o autor escreve sobre determinado tema, conceituando e expondo todo o
conhecimento que possui sobre ele. O intuito desses textos é, por meio de uma análise
objetiva dos fatos, fazer com que o leitor considere as informações coerentes.
Título – Introdução
É o parágrafo inicial do texto e deve ter, em média, 5 linhas. É composta por uma síntese do
assunto a ser tratado no texto. Não é o momento das explicações. Todas as ideias devem ser
apresentadas de forma sintética, pois é no desenvolvimento que serão detalhadas.
A construção da introdução pode ser feita de várias maneiras:

Constatação do problema
Ex.: O aumento progressivo dos índices de violência nos grandes centros urbanos está
promovendo uma mobilização político-social.
Delimitação do assunto
Ex.: A cidade do Rio de Janeiro, um dos núcleos urbanos mais atrativos turisticamente no
Brasil, aparece nos meios de comunicação também como foco de violência urbana.
Definição do tema
Ex.: Como um dos mais problemáticos fenômenos sociais, a violência está mobilizando não só
o governo brasileiro, mas também toda a população num esforço para sua erradicação.

Delimitar um aspecto acerca do tema proposto é importante para uma boa abordagem do
assunto. Não se poderá fazer uma análise aprofundada se o tema for amplo, por isso
especifica-se o assunto a ser tratado.
A escolha do aspecto, entretanto, não pode restringir demais o tema ou corre-se o risco da
falta de ideias.
Essa delimitação deve ser feita na introdução e, a partir daí, o leitor sabe que aquele aspecto
será explorado no decorrer do texto e a conclusão fará menção direta a ele.
O tema é como o corpo humano, o assunto, um dedo.
Título – Parágrafos

São blocos de texto, cuja primeira linha inicia-se em margem especial, maior do que a margem
normal do texto. Concentram sempre uma ideia núcleo relacionada diretamente ao tema da
redação.

Não há moldes rígidos para a construção de um parágrafo.

O ideal é que em cada parágrafo haja dois ou três períodos, usando pontos continuativos (na
mesma linha) intermediários.

A divisão em parágrafos é indicativa de que o leitor encontrará, em cada um deles, um tópico


do que o autor pretende transmitir.

Essa delimitação deve estar esquematizada desde antes do rascunho, no momento do


planejamento estrutural, assim a redação apresentará mais coerência.

Na construção da introdução, a utilização de um dos métodos apresentados não seria


suficiente. Deve-se, num segundo período, lançar as ideias a serem explicitadas no
desenvolvimento. Para tanto pode-se:
levantar 3 argumentos,

causas e consequências,

prós e contras.

Lembre-se de que as explicações e respectivas fundamentações de cada uma dessas ideias


cabem somente ao desenvolvimento.

A televisão –

Se por um lado esse popular veículo de comunicação pode influenciar o espectador, também
se constitui num excelente divulgador de informações com potencial até mesmo pedagógico.

As três ideias:

1. manipulador de opiniões

2. divulgador de informações

3. instrumento educacional

Escassez de energia elétrica –

Destacam-se como fatores preponderantes para esse processo o aumento populacional e a má


distribuição de energia que podem acarretar novo racionamento.

As três ideias:

1. crescimento da população e da demanda de energia

2. problemas com distribuição da energia gerada no Brasil

3. a consequência do racionamento do uso de energia

Título – Desenvolvimento

Esta segunda parte de uma redação, também chamada de argumentação, representa o corpo
do texto.

Aqui serão desenvolvidas as ideias propostas na introdução. É o momento em que se defende


o ponto de vista acerca do tema proposto. Deve-se atentar para não deixar de abordar
nenhum item proposto na introdução.

Pode estar dividido em 2 ou 3 parágrafos e corresponde a umas 20 linhas, aproximadamente.

A abordagem depende da técnica definida na introdução: 3 argumentos, causas e


consequências ou prós e contras.

O conceito de argumento é importante, pois ele é a base da dissertação. Causa, consequência,


pró, contra são todos tipos de argumentos; logo pode-se apresentar 3 causas, por exemplo,
num texto.
Veja algumas maneiras de fazer o seu desenvolvimento

3 argumentos - um parágrafo explica cada um dos argumentos.


Agrupam-se causas e consequências, constituindo 2 parágrafos;
Ou associa-se uma causa a uma consequência e constroem-se 2 ou 3 parágrafos.
Prós e contras - são as mesmas opções da técnica de causas e consequências, substituídas por
prós e contras.
Abordagem histórica - compara-se o antes e o hoje, elucidando os motivos e consequências
dessas transformações. Cuidado com dados como datas, nomes etc. de que não se tenha
certeza.
Abordagem comparativa - usam-se duas ideias centrais para serem relacionadas no decorrer
do texto. A relação destacada pode ser de identificação, de comparação ou as duas ao mesmo
tempo.

Título – Conclusão

Representa o fechamento do texto e vai gerar a impressão final do avaliador

Deve conter, assim como a introdução, em torno de 5 linhas.


Pode-se fazer uma reafirmação do tema e dar-lhe um fecho ou apresentar possíveis soluções
para o problema apresentado.
Evite começar com palavras e expressões como: concluindo, para finalizar, conclui-se que,
enfim...
Proponha uma solução para o problema em questão.

Resumindo
Parte 3 – Coesão textual

A coesão é entendida como um conceito semântico que se refere às relações de sentido que se
estabelecem entre os enunciados que compõem o texto. Desse modo, para interpretar um
elemento, é preciso interpretar o outro.

Referência: é a função pela qual um signo linguístico se relaciona a um objeto extralinguístico.


São três os tipos de referência: pessoal, que são pronomes pessoais e possessivos;
demonstrativa, que são pronomes demonstrativos e advérbios indicativos de lugar; e
comparativa, que se dá por via indireta, por meio de identidades ou similaridades.
Substituição: é a colocação de um item no lugar de outro ou de uma oração inteira. Pode ser
nominal e verbal. A nominal é feita por meio de pronomes pessoais, numerais, indefinidos e
nomes genéricos, como “coisa”, “gente” e “pessoa”. Já a verbal se dá no verbo “fazer”, que é
substituto dos causativos, e no verbo “ser”, o substituto existencial.

Elipse: é a omissão de um item lexical recuperável pelo contexto, ou seja, a substituição por
zero. Pode ocorrer elipse de elementos nominais, verbais e oracionais.

Conjunção: tem natureza diferente das outras relações coesivas por não se tratar
simplesmente de uma relação anafórica. Os elementos conjuntivos são coesivos não por si
mesmos, mas indiretamente. Isso ocorre em virtude das relações específicas que se
estabelecem entre orações, períodos e parágrafos. Essas diferentes relações conjuntivas
possuem uma série de equivalentes estruturais. Os principais tipos de elementos conjuntivos
são: advérbios e locuções adverbiais; conjunções coordenativas e subordinativas; locuções
conjuntivas, preposições e locuções prepositivas; itens continuativos como “então”, “daí”, etc.

Coesão lexical: é obtida pela reiteração de itens lexicais idênticos ou que possuem o mesmo
referente. Também se dá pelo uso de nomes genéricos cuja função coesiva está no limite entre
as coesões lexical e gramatical. Esses nomes estão a meio caminho do item lexical, membro de
um conjunto aberto, e do item gramatical, membro de um conjunto fechado. A colocação
também é um fator de coesão lexical. Ela resulta da associação de itens lexicais que
regularmente ocorrem.

Título – Coesão Referencial

Expressões que retomam ou antecipam nossas ideias

ONDE – Indica noção de lugar.


São Paulo é uma cidade ONDE a poluição atinge níveis muito altos.
QUE – pode substituir (e evitar a repetição de) palavras ou de uma oração inteira.
Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil, o QUE permitiu aos portugueses ampliarem seus
impérios.
CUJO – pode estabelecer uma relação de posse entre dois substantivos.
Raul Pompeia é um escritor CUJAS obras lemos com prazer
ESSE(A), ISSO – Podem conectar duas frases, apontando para uma ideia que já foi mencionada
no texto.
O presidente de uma ONG tem inúmeras funções a cumprir. ESSAS responsabilidades, no
entanto, podem ser divididas com outros membros da diretoria.
ESTE (A), ISTO – podem conectar duas frases, apontando para uma ideia que será mencionada
no texto.
O que me fascina em Machado de Assis é ISTO: sua ironia.
Elementos de referência: pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos e advérbios de
lugar.
Ex:
Foi à Europa e LÁ foi feliz.
O presidente pretende anunciar as novas medidas que mudarão o imposto de renda, mas não
deverá fazer isso nesta semana.
Fazer isso: no lugar de “mas não deverá anunciá-las”

Título – Coesão Lexical

Permite evitar a repetição de palavras e, também, unir partes de um texto

SINÔNIMOS – palavras diferentes com significados semelhantes que podem ser usadas em
diferentes contextos, mas sem alterar o que o texto pretende transmitir.

Ex: O presidente de uma ONG tem inúmeras FUNÇÕES a cumprir. Essas RESPONSABILIDADES,
no entanto, podem ser divididas com outros membros da diretoria.

HIPERÔNIMOS – vocábulo de sentido mais genérico em relação a outro.

Ex: Lucinha estava na POLTRONA do cinema, esperando o filme começar, quando, de repente,
no ASSENTO ao lado, uma idosa desmaiou.

PERÍFRASES – Construção mais complexa para caracterizar uma expressão mais simples.

Ex: A VIGILÂNCIA POLICIAL nos estádios de futebol é sempre necessária, pois as torcidas às
vezes agem com violência. Nas verdade, não é mais possível a realização de qualquer
campeonato sem a PRESENÇA DE ELEMENTOS TREINADOS para garantir não só a ordem, mas
também proteger a segurança dos cidadãos que desejam acompanhar o jogo em
tranquilidades.

Metonímia é figura de linguagem do grupo das figuras de palavras ou tropos, quando há o


emprego do sentido figurado da palavra. Acontece metonímia quando há substituição lógica
de uma palavra por outra semelhante, mas mantendo uma relação de proximidade entre o
sentido de um termo e o sentido do termo que o substitui.

Ex: O presidente Barack Obama deverá reunir-se ainda esta semana com o presidente Luís
Inácio Lula da Silva. Fontes bem informadas acreditam, entretanto, que não será fácil que
Brasília ceda às pressões da Casa Branca.

Verbos Abstratos
Substantivos abstratos derivados de verbo fazem a coesão textual de forma neutra
Substantivos abstratos derivados de adjetivos fazem a coesão textual com julgamento.
Ex:
Comprar = verbo = compra
Vender = verbo = venda
Alegre = adjetivo = alegria
Feliz = adjetivo = felicidade
Ex:
O ex-presidente Itamar Franco namorou a modelo Lílian Ramos, no carnaval de 1994. Esse
Comportamento causou escândalo na imprensa oficial.
Os grandes campeões da Fórmula 1 compareceram ao enterro de Ayrton Senna. A Rede Globo
documentou essa presença.
Ex:
O ex-presidente Itamar Franco namorou a modelo Lílian Ramos, no carnaval de 1994. Essa
palhaçada causou escândalo na imprensa oficial.
Os grandes campeões da Fórmula 1 compareceram ao enterro de Ayrton Senna. A Rede Globo
documentou esse carinho póstumo.

Título – Coesão Sequencial

Estabelece relações lógicas entre as ideias do texto. Para tanto, utilizamos os chamados
conectivos (principalmente preposições e conjunções)

Consequência ou conclusão: Por isso, logo, portanto, pois, de modo que, assim, então, por
conseguinte, em vista disso.

Ex: Ela é muito competente, por isso conseguiu a vaga

Ex: Dedicou-se ao máximo no trabalho, portanto foi promovido.

Causa: Porque, pois, visto que, já que, dado que, como, uma vez que, porquanto, por, por
causa de, em vista de, em virtude de, devido a, por motivo de, por razões de.

Ex: Ela conseguiu a vaga, já que é muito competente.

Ex: Foi condenado em virtude de seus crimes.

Oposição: Entretanto, mas, porém, no entanto, todavia, contudo.


Ex: Paulo tinha tudo para ganhar a corrida, no entanto, no dia da prova, sofreu um acidente de
carro.

Ex: Amava muito o time, todavia, não sabia jogar.

Condição: Se, caso, desde que, contanto que.

Ex: Você pode ir brincar na rua, desde que faça todo o dever de casa.

Ex: Se parar de chover, iremos à praia.

Finalidade: Para que, a fim de que, com o objetivo de, com o intuito de.

Ex: Com o intuito de conseguir a vaga na faculdade, Silvia estudava oito horas todos os dias.

Ex: A fim de que todos pudesse participar, a diretoria fez uma consulta de novas datas.

Observe as frase abaixo:

• Os sem-terra fizeram um protesto em Brasília contra a política agrária do país,

• Consideram injusta a atual distribuição de terrar.

• O ministro da Agricultura considerou a manifestação um ato de rebeldia,

• O projeto de Reforma Agrária pretende assentar milhares de sem-terra.

Agora as mesmas frases em formato de texto sem os elementos de coesão necessários

“Os sem-terra fizeram um protesto em Brasília contra a política agrária do país, consideram
injusta a atual distribuição de terrar. O ministro da Agricultura considerou a manifestação um
ato de rebeldia, o projeto de Reforma Agrária pretende assentar milhares de sem-terra”.

Observe o mesmo texto com os elementos de coesão necessários

“Os sem-terra fizeram um protesto em Brasília contra a política agrária do país, porque
consideram injusta a atual distribuição de terrar. Porém o ministro da Agricultura considerou a
manifestação um ato de rebeldia, uma vez que o projeto de Reforma Agrária pretende
assentar milhares de sem-terra”.

Exemplo de um texto não coeso, mas compreensível por licença poética.

(composição: Vanessa da Mata, feat. Bem Harper)

É só isso, não tem mais jeito.


Acabou, boa sorte.
Não tem o que dizer, são só palavras
E o que eu sinto não mudará.

É só isso, não tem mais jeito. Acabou, boa sorte. Não tem o que dizer, são só palavras e o
que eu sinto não mudará.
Mesmo texto com conectivos de coesão e outras palavras.
Se é só isso, então não tem mais jeito. Por isso acabou, desejo-lhe boa sorte. Não há mais o
que dizer, isso são só palavras, mas saiba que e o que eu sinto não mudará.

Pode faltar por erro de concordância


Ex: Os jogadores chegaram há dois dias. Ele deverá treinar ainda amanhã.
Ex: As reservas de bauxita foram encontradas em levantamento aéreo e possui alto teor de
pureza, avaliada em 25 milhões de toneladas.

Dicas importantes sobre Coesão


Não use MESMO e REFERIDO para recuperar na segunda frase uma expressão dita na
primeira

Errado: Pegue três maçãs. Coloque as mesmas sobre a mesa.


Certo: Pegue três maçãs. Coloque-as sobre a mesa.
Errado: Bento XVI esteve, ontem, em Varsóvia. Na referida cidade, o mesmo disse que a igreja
continua a favor do celibato.
Certo: Bento XVI esteve, ontem, em Varsóvia. Lá, ele disse que a igreja continua a favor do
celibato.
Certo: Bento XVI esteve, ontem, em Varsóvia. Onde disse que a igreja continua a favor do
celibato.
Certo: Bento XVI esteve, ontem, em Varsóvia. Na Capital da Polônia, o papa disse que a igreja
continua a favor do celibato.

Não use O QUAL, OS QUAIS, A QUAL e AS QUAIS para recuperar na segunda frase uma
expressão dita na primeira
Errado: Os candidatos de São Paulo os quais não possuem comprovante de inscrição deverão
trazer a cédula de identidade.
Certo: Os candidatos de São Paulo que não possuem comprovante de inscrição deverão trazer
a cédula de identidade.
Errado: O computador emitirá uma etiqueta de preço a qual deverá ser colocada no produto.
Certo: O computador emitirá uma etiqueta de preço que deverá ser colocada no produto.

Ao retomar termos usados anteriormente, você pode fazer de forma negativa ou positiva.
Negativa: Bento XVI esteve, ontem, em Varsóvia. Lá, o Papa da pedofilia disse que a igreja
continua a favor do celibato.
Negativa: Bento XVI esteve, ontem, em Varsóvia. Lá, sua Santidade disse que a igreja continua
a favor do celibato.

Título – Coerência
 Nexo entre ideias, acontecimentos e circunstâncias;
 Não contradição entre as partes do texto e do texto em relação ao mundo;
 Sentido completo do texto;
 Depende da interação do texto, do seu produtor e daquele que procura compreendê-
lo (receptor).
 Harmonia de sentido de modo a não ter nada ilógico, nada desconexo;
 Relação entre as partes do texto, criando uma unidade de sentido;
 As partes devem estar inter-relacionadas;
 Expor uma informação nova e expandir o texto (progressão).
 Semântica – Relação dos significados dos elementos das frases em sequência;
 Sintática – Refere-se a conectivos, pronomes;
 Estilística – Mistura de registros linguísticos. Ex: uso de gírias em textos acadêmicos;
 Pragmática – Sequência de atos e fala.
Ex: - Você pode me emprestar seu livro do Guimarães Rosa?
- Hoje eu comi um chocolate que é uma delícia.

Aula 4 – A Construção do Parágrafo

Título – O Parágrafo
Divisão de um texto escrito, indicada pela mudança de linha, cuja função é mostrar que as
frases aí contidas mantêm maior relação entre si do que com o restante do texto.
Dicionário Google

Título – Partes de um Parágrafo


Aula 5 – Referências Bibliográficas:

Dicas no Manual disponível nos materiais do curso.

Aula 6 – Escolha de Temas

Título – Tema
Como escolher? Material extraído do site: Pós-Graduando

Escolher um tema de pesquisa não é uma tarefa fácil. Seja para um trabalho de conclusão de
curso, para uma dissertação ou apenas para aquele experimento que vale nota na disciplina,
de repente, parece que tudo o que era realmente importante em qualquer campo do
conhecimento já foi estudado ou descrito.

De modo geral, o cientista inicia o processo de pesquisa pela escolha de um tema, que por si
só não constitui um problema de pesquisa (Vianna, 2001).

O tema é o assunto que se deseja estudar e pesquisar. Sua escolha deve levar em conta
possibilidades, aptidões e tendências de quem irá elaborar a pesquisa (em conjunto com seu
orientador).

Ao formular perguntas sobre o tema, provoca-se sua problematização (Santos, 2015).

Note que existe diferença entre tema e problema de pesquisa. Do tema de pesquisa procede o
problema a ser investigado.

Desta forma, um tema pode resultar em vários problemas de pesquisa (Lakatos e Marconi,
2010).

O tema de pesquisa tem, portanto, caráter mais geral e mais abrangente que o problema de
pesquisa.

Escolha uma área de pesquisa que você goste e se identifique

Uma pesquisa científica exige dedicação, horas de trabalho e ainda mais horas de reflexão. E
sua empolgação com a pesquisa pode variar muito ao longo desse processo.

E quando temos afinidade com um campo do conhecimento, quando realmente estamos


curiosos para encontrar a resposta, a motivação é maior.

Além disso, escolher uma área que você sente prazer em estudar vai te dar ânimo extra para
quando for necessário, por exemplo, fazer aquela coleta de dados às 4h de uma madrugada de
sábado, ou passar aquela noite de sexta-feira trabalhando.

Leia muito e questione mais ainda

Um excelente ponto de partida para delimitar um tema de pesquisa é a bibliografia


básica (Andrade, 2014).

Comece pelos livros clássicos, que são referência na área, para compreender os conceitos
básicos.

A partir de uma base de conhecimento sólida, adote a postura de uma criança que está
aprendendo algo novo e pensando em todas as possibilidades, sob ângulos diferentes.

Procure pensar em novas formas de aplicação para determinado conceito, ou como uma
informação poderia ser utilizada para resolver um problema ainda sem solução.

Conheça as fronteiras do conhecimento dessa área

Os congressos científicos específicos de cada área são uma ótima oportunidade para conhecer
os rumos da pesquisa em determinado campo do conhecimento e conhecer novas
abordagens.
Procure descobrir os principais periódicos científicos da área que você possui maior afinidade,
e observe os temas dos artigos publicados.

Em muitos artigos, o último parágrafo do autor é uma sugestão sobre como a pesquisa
naquele tema poderia ser levada adiante.

Essa revisão de literatura também irá auxiliar a não pesquisar algo que já se possui um
consenso, contribuindo para a originalidade do seu trabalho.

Tenha em mente as linhas de pesquisa do programa de seu orientador

Além da orientação propriamente dita, você provavelmente irá precisar de recursos para
realizar sua pesquisa.

O apoio, o respaldo e as contribuições, tanto técnicas quanto científicas, provavelmente serão


maiores em pesquisas alinhadas ao pensamento do seu orientador e do seu programa de pós-
graduação.

Tenha certeza que isso faz muita diferença.

Cuidado com a sua ambição: seja prático e objetivo

Temas de pesquisa muito abrangentes podem demorar décadas para se obter uma resposta
satisfatória.

Certifique-se que a sua pesquisa possa ser concluída dentro do prazo para a conclusão do
curso. Verifique também os recursos necessários para a realização da pesquisa e a facilidade
para obtê-los.

Em tempos de cortes nos orçamentos, é preciso ter cautela na escolha do tema de pesquisa.

Por isso, limite seu tema de pesquisa de maneira que seja possível encontrar a resposta dentro
do prazo e das condições de infraestrutura disponíveis (Barros e Lehfeld, 2007).

Reflita sobre a relevância do seu tema de pesquisa

Este é o ponto em que muitos temas de pesquisa são descartados.

Afinal, para solicitar uma financiamento, defender a pesquisa perante a banca ou para publicar
os resultados da pesquisa em uma revista é preciso que a pesquisa tenha mérito científico.

Reflita sobre as aplicações e, principalmente, sobre como essa pesquisa contribuiria pra o
avanço do conhecimento em determinado campo.

Lembre-se que você não precisa “inventar a roda”. A tarefa não é tanto ver aquilo que
ninguém viu, mas também pensar o que ninguém pensou sobre aquilo que todo mundo vê.

Converse sobre o tema com outras pessoas

As melhores contribuições para as minhas pesquisas foram oferecidas por profissionais de


áreas completamente diferentes da minha.

Pessoas de outras áreas, com experiências e pontos de vista diferentes, são fundamentais no
momento de pensar um tema de pesquisa sob outro ângulo.

Ouça outras opiniões antes de começar o seu projeto de pesquisa.


Você se surpreenderá com as contribuições que surgirão.

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