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1-O texto examina a legalidade dos acordos entre empreendedores e lojistas em shopping

centers no Brasil, apresentando três abordagens:

a) Contrato de Locação Comum: Defensores desse ponto de vista propõem tratar os acordos
como contratos de aluguel convencionais, aplicando regras padrão devido à visão de uma
relação local, limitada à cessão de espaço no shopping.

b) Contrato de Sociedade em Conta de Participação Atípica: Uma terceira vertente, liderada por
Alexandre Agra Belmonte, sugere considerar a relação como um contrato de sociedade em
conta de participação atípica. Destaca-se a colaboração conjunta para o sucesso do
empreendimento. A doutrina do Contrato Atípico é vista como a mais adequada para a
complexidade das relações em shopping centers.

2- Com base no texto, os contratos entre empreendedores e lojistas, especialmente os de


locação em shopping centers, são considerados contratos de adesão, pois os lojistas
geralmente aderem aos contratos formulados pelos empreendedores. Destaca-se que as
Normas Gerais.

3-Complementares são elaboradas pelo responsável pelo shopping, e o lojista deve aderir
explicitamente a elas no contrato. Na minha perspectiva, apesar da profissão dos lojistas, estão
em posição desfavorável e necessitam da proteção legal oferecida pelo Código de Defesa do
Consumidor.
Principais Cláusulas Contratuais:

a) Aluguel Mínimo e Percentual: O contrato permite definir o aluguel como uma porcentagem
do faturamento, sendo essa prática considerada legítima pela jurisprudência. Pode ser
estipulado um "aluguel mínimo". O aluguel percentual não está vinculado a variações
econômicas.

b) Fiscalização das Contas do Lojista: Autoriza o empreendedor a fiscalizar as finanças do


lojista, especialmente com aluguel baseado no faturamento. A fiscalização deve ser razoável,
sem prejudicar a operação do lojista, sob pena de rescisão contratual.

c) Pagamento duplicado em Dezembro: Determina aumento do aluguel em dezembro devido


aos gastos extras do empresário nesse período, comparável a práticas em aluguéis de
temporada.

d) Expectativa Reservada: Refere-se a um contrato de reserva durante a construção, debatido


legalmente, mas visto como compensação ao empresário.

e) Proibição de Transferência do Contrato: Debate sobre cláusulas que impedem a


transferência do contrato, argumentando que a proibição é injusta, considerando a legislação.
A recusa do proprietário deve ser explicada e razoável.

f) Fixação do Setor Comercial: Cláusula que impede a alteração do setor para manter a
uniformidade e equilíbrio competitivo.

g) Planos de Instalação e Decoração da Loja: Obriga o lojista a seguir as diretrizes do


empresário para manter a harmonia do empreendimento.

h) Associação de Comerciantes e Fundo de Promoções: Estabelece a contribuição dos


comerciantes para o fundo de promoções coletivas do shopping, visando financiar campanhas
e eventos promocionais. A gestão do fundo geralmente é feita pela Associação de
Comerciantes.

i) Despesas Internas e Contribuição para o Fundo de Gestão: O empresário, como


administrador, arca com dívidas relacionadas à gestão interna do shopping. Essas despesas são
similares às despesas condominiais e são responsabilidade dos lojistas, contribuindo para o
fundo de gestão.

j) Cláusula Proibitiva de Abertura de Loja Próxima: Reconhecida com base nos princípios da
liberdade contratual e da autonomia da vontade.

4-Deve existir um contrato formalizado por escrito entre o locatário (lojista) e o locador
(empreendedor do shopping). O contrato deve ter um prazo definido, mínimo de 5 anos, e o
lojista deve operar no mesmo setor no espaço por pelo menos 3 anos para a renovação
compulsória. Outros critérios podem ser requeridos,

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