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Trabalho de Farmacologia
Trabalho de Farmacologia
A partir de 1962, a agência reguladora norte americana (Food and Drug Administration – FDA)
passou a exigir estudos não clínicos e clínicos mais rigorosos dos fabricantes de medicamentos.
Em 1968, a Organização Mundial de Saúde (OMS) iniciou a fase piloto do Programa
Internacional de Monitorização de Reações Adversas a Medicamento, com a participação de
dez países. Desde 1978, o Programa é operacionalizado pelo Uppsala Monitoring Centre
(UMC), na Suécia, e reúne hoje mais de 130 países.
A farmacovigilância é uma atividade que tem como objetivo detectar, analisar e prevenir a
ocorrência de reações adversas a medicamentos, queixas técnicas ou qualquer outro evento
relacionado ao uso de medicamentos. A detecção de eventos relacionados ao uso de
medicamentos representa um passo essencial para qualificar o cuidado em saúde, subsidiando
a elaboração de um sistema de informação e evitando a recorrência de erros e suas
consequências.
Por sua vez, evento adverso é qualquer ocorrência médica indesejável relacionada ao uso de
medicamento, sem que necessariamente exista relação causal com o tratamento, podendo ser
qualquer sinal desfavorável e não intencional, sintoma ou doença temporalmente associado
ao uso.
Geral:
•História da farmacovigilância;
Notificações
Funções
Específico:
Fundamentação
Métodos em Farmacovigilância
Todos os profissionais de saúde podem fazer notificações de suspeitas de RAM, uma vez que
são considerados por parte da OMS como a melhor fonte de relatos.
Para que uma notificação de suspeita de RAM seja avaliada, algumas informações são
consideradas essenciais, e devem estar contidas na Ficha de Notificação, para que a
investigação prossiga.
Todas as notificações recebidas por parte dos profissionais de saúde são de caráter
confidencial, e em hipótese alguma os dados poderão ser utilizados para fins de punição ou
outra finalidade. Os dados das notificações oriundas dos serviços de saúde compõem o banco
de dados nacional.
Papel da farmacovigilância
Segundo o Jornal de Angola públicado em 17 Outubro 2023, mostra que o País está a fazer
uma aposta no reforço da farmacovigilância, para garantir o acesso á medicamentos de
qualidade e a melhoria da assistência medicamentosa a população. Angola tem vindo a
realizar uma série de iniciativas que incluem a criação e aprovação de políticas que orientam a
farmacovigilância, o reforço da fiscalização da venda e consumo de medicamentos, bem como
a implementação do sistema de compras únicas e fidedignas de medicamentos, com o apoio
de parceiros estratégicos, incluindo a OMS.
Segundo o Secretário de Estado Para a Área Hospitalar, Dr Leonardo Europeu que discursava
durante o 2º Encontro Nacional de Farmacovigilância, Angola está a trabalhar para reforçar o
sistema regulatório de medicamentos e garantir o acesso à medicamentos de qualidade para a
população.
Com o objectivo de proceder o balanço das acções realizadas durante o ano, analisar as
estratégias, harmonizar as acções implementadas, bem como dinamizar o diálogo e
intercâmbio para operacionalização dos seus compromissos, a Agência Reguladora de
Medicamentos (ARMED), realizou na província de Benguela, o 2º Encontro Nacional Anual de
Farmacovigilância, com a participação dos principais parceiros da saúde.
Para que um novo medicamento seja registrado na Anvisa, sua qualidade, eficácia e segurança
devem ser comprovadas por meio de estudos clínicos realizados de acordo com padrões de
evidência científica. Entretanto, embora retratem o perfil do medicamento de maneira
satisfatória, esses estudos possuem certas limitações, especialmente no que se refere ao
conhecimento sobre a segurança do produto. Isso porque existe uma limitação no número de
indivíduos que participam de tais estudos e no tempo de exposição dos indivíduos ao
tratamento. Ademais, alguns grupos populacionais, como crianças, gestantes e idosos são
excluídos desses estudos devido a questões éticas. Após a comercialização do medicamento e
a sua utilização por uma grande quantidade de indivíduos, eventos raros e eventos
decorrentes de uma exposição em longo prazo passam a ocorrer.
AS FORMAS FARMACÊUTICAS
Há muitas formas nas quais uma substância activa pode ser disponibilizada visando ao
tratamento eficaz e conveniente da doença. Geralmente, o fabricante disponibiliza um
fármaco em várias formas farmacêuticas e concentrações . ( Linardi,2016)
Formas farmacêuticas:
NISTATINA
A nistatina está disponível em cremes, pomadas, supositórios e outras formas para aplicação
na pele e nas mucosas. Não é absorvida em grau significativo pela pele, mucosas ou trato
gastrintestinal. Em consequência, a nistatina apresenta pouca toxicidade, embora o uso oral
com frequência seja limitado pelo sabor desagradável.
Supositórios
Os supositórios têm, geralmente, a forma de uma ogiva, para adn1inistração no reto. São
feitos de excipientes graxos (gordurosos ceras, manteiga de cacau), ou miscíveis (que se
misturam) com a água (polietilenoglicóis - PEGs), e embalados de forma individualizada.
Pomadas
As pomadas são preparações semissólidas para uso tópico (uso externo e local); agem na
região do corpo onde foram administradas (pele ou membranas mucosas). São feitas,
comumente, com excipientes gordurosos, como vaselina e lanolina; de constituição gordurosa,
não têm muita penetração na pele, sendo indicadas para problemas mais superficiais, nos
quais não se necessite da absorção do princípio ativo. Como fican1 na superfície da pele e
dificultam a sua respiração normal (chamada perspiração), é dito que elas são oclusivas.
As lesões tratadas pelas pomadas são as cronicas e secas. Para as pomadas oftálmicas, os
cuidados devem ser os mesmos que os relacionados em "colírios" .
Vias de administração
Vias de acesso do medicamento ao organismo.
Mucosas ( sublingual)
Antigamente, a palavra mucosa significava local com muco (secreção). Hoje pode ser
entendida como um tecido mais delicado que a epiderme normal e que possuí comunicação
com estruturas internas do organismo (a mucosa sublingual comunica-se com a laringe e o
interior do tubo digestive).
Mucosa sublingual: o medicamento, que deve ter desintegração imediata, é colocado
debaixo da língua, e o princípio ativo é absorvido rapidamente (em alguns minutos), através
dos vasos sanguíneos dessa região. Daí esta via ser utilizada comumente para medicamentos
cardiovasculares, que precisam de um efeito muito rápido (lsordil Sublingual, por exemplo). A
resposta rápida para a administração sublingual é devida ao fato de o nledicamento não
precisar passar pelo tubo digestivo (estômago, intestino, fígado), não sofrendo, também, a
ação dos sucos digestivos que poderão até inativá-lo. Não ocorre, pela via sublingual, o efeito
de primeira passagem, situação que causa perda de parte do princípio ativo, e que é própria da
administração por via oral. O efeito de primeira passagem é a modificação que o fánnaco sofre
no fígado (antes de passar para a circulação sistêmica), quando é adn1inistrado por via oral.
Essa biotransformção pode produzir compostos mais ativos ou menos ativos. A perda de
atividade é a situação mais comum e faz com que se tenha menos fármaco disponível para a
resposta farmacológica.
Mucosa retal: as formas farmacêuticas usadas para a administração retal são os
supositórios (sólidos) e os clisteres ou enemas (líquidos). A via retal tem uma resposta mais
rápida que a via oral, pois o medicamento não precisa passar pelo estômago/intestino, onde
sofreria a ação dos sucos digestivos. Pela via retal, o efeito de primeira passagem ocorre
apenas em parte.
Além do efeito rápido, a via retal diminui muito as náuseas e vômitos que podem acontecer
pela via oral; no entanto, a absorção é irregular - não se sabe exatamente quanto do
medicamento será efetivamente aproveitado. Também podem ocorrer irritação e
sangramento da mucosa retal, no caso de administrações repetidas.
Pela via retal podem ser utilizados medicamentos de efeito apenas local, com:
Via tópica
Nossa pele é uma barreira natural de proteção a agressões e substâncias estranhas. Ela é
impermeável à água (senão, ao entrarmos em uma piscina, estouraríamos!) e às gorduras, mas
permite a absorção de formulações emulsivas bem finas. Medicamentos Pastosos. Assim, o
medicamento chega a atingir a corrente sanguínea, exercendo uma ação sistêmica.
Ao administrar uma pomada, creme ou gel é bom saber que não adianta passar uma camada
espessa do produto, achando que assim haverá um efeito melhor. Deve -se aplicar uma
camada fina, massageando suavemente o local a ser tratado.
Tópica
Vias de extração:
Tópica :Pele
Sublingual: Mucosa
Rectal: anus
Conclusão
Todos os profissionais de saúde podem fazer notificações de suspeitas de RAM, uma vez que
são considerados por parte da OMS como a melhor fonte de relatos. A Farmacovigilância visa
melhorar a segurança dos medicamentos, em defesa do utente e da Saúde Pública, através da
deteção, avaliação e prevenção de reações adversas a medicamento(s).
Farmacovigilância nos permite antecipar riscos que não haviam sido identificados nos estudos
clínicos, avaliar a necessidade de atualização da bula e, até mesmo, se é necessária a
implementação de alguma campanha educativa para profissionais de saúde e pacientes com o
objetivo de orientar sobre o uso adequado do medicamento.