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Dor e Inflamação
Dor e Inflamação
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Sumário
NOSSA HISTÓRIA..................................................................................................... 2
INTRODUÇÃO................................................................................................. 3
INFLAMAÇÃO ............................................................................................... 11
CONCLUSÕES.............................................................................................. 20
REFERÊNCIAS: ............................................................................................ 22
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NOSSA HISTÓRIA
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INTRODUÇÃO
A dor muscular, assim como o dano muscular provocado pelo exercício físico,
pode ocorrer em diferentes magnitudes, dependendo do tipo de contração, mas com
ênfase nas ações musculares excêntricas (FOSCHINI, PRESTES, CHARRO, 2007).
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Segundo ALBERT (apud NETO, PREIS, 2005), nos últimos anos nenhum outro
aspecto de carga muscular tem sido mais descrito, discutido ou investigado na
literatura cientifica e prática clínica do que o movimento excêntrico.
Várias são as teorias para a dor muscular, mas quase todas elas citam que há
um aumento significativo dos leucócitos, pois são eles que atuam na defesa de
materiais estranhos que entram no corpo, migrando até o tecido afetado. No tecido
afetado monócitos se tornam macrófagos e são responsáveis pela remoção de tecido
necrótico.
Dessa forma, este contexto tem como finalidade relacionar algumas causas
fisiológicas da dor muscular tardia e relacionar alguns danos e lesões musculares
causados pelo exercício físico.
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A Dor muscular a DMIT, caracterizada como sendo uma sensação de
desconforto e ou dor na musculatura esquelética, sendo estabelecido que o músculo
esquelético é formado pelas células ou fibras musculares, e que cada fibra possui
subunidades denominadas miofibrilas. Uma miofibrila contém um padrão de
estriações no qual são regiões mais densas e escuras, as bandas A (de anisotrópica)
que contém os filamentos grossos que se alternam com regiões menos densas e
portanto mais claras, as bandas I (de isotrópicas).
Cada banda contém no centro uma fina região escura, a linha Z. O segmento
compreendido entre as duas linhas Z sucessivas representa a unidade fundamental
da fibra muscular, o sarcômero (DOUGLAS, 2002), assim, podendo entender mais
sobre a dor muscular e os danos musculares.
A DMIT ocorre após oito horas do exercício realizado, e com o passar das
horas aumenta a intensidade da dor nas primeiras 24 horas alcançando até 72 horas.
Após esse período há um declínio progressivo da dor, de modo que de 5 a 7 dias após
a carga de exercício ele desaparece completamente (WILMORE, COSTILL, 2001;
TRICOLI, 2001; FOSCHINI, PRESTES, CHARRO, 2007).
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A dor muscular de início tardio é causado principalmente pela ação excêntrica
e está relacionado a uma lesão muscular real (WILMORE, COSTILL, 2001, p. 97).
CLEBIS e NATALI (2001, p.52), através de exercícios excêntricos de treinamento com
pesos, definem que: as contrações do tipo excêntricas são frequentemente utilizadas,
pois provocam inúmeras microrupturas nas fibras musculares, induzindo a dor, após
o treinamento.
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A inflamação é uma resposta ao exercício realizado, caracterizada pela
movimentação de fluidos, de proteínas plasmáticas e de leucócitos, em direção ao
tecido afetado (MACINTYRE, D.L. 1995 apud TRICOLI, 2001).
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Em conclusão o autor associa a DMIT ao processo inflamatório responsável
pelo reparo do tecido danificado, e o tempo entre o estímulo, liberação de subprodutos
e a sinalização dos receptores de dor, podem explicar o porquê do surgimento tardio
da dor.
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de força quando as fibras musculares são ativadas para encurtar (WILMORE,
COSTILL, 2001).
Antes do exercício foram realizadas biopsias nos indivíduos, assim como entre
24 e 48 horas após o exercício e os estudos mostraram que muitos sarcômeros
estavam rompidos logo após o exercício e que houve uma desorganização nos
miofilamentos, assim o material que compõe a linha Z move-se para o sarcômero
(lesões focais).
Aproximadamente 30 horas após o exercício, 6% apresentavam lesões focais,
23% lesões externas, 28% lesões muito extensas, e 45% parecem normais. Após este
mesmo período também foi constatado que os tipos de danos eram praticamente os
mesmos apresentados no período anterior, porém houve diminuições das áreas focais
e aumento das áreas difundidas, atingindo mais sarcômeros, portanto lesões focais
observadas imediatamente após o exercício seriam os precursores de lesões
extensas, observadas em biopsias mais tardias (CLEBIS, NATALI, 2001).
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DANOS NA ESTRUTURA MUSCULAR E O MODELO DE DOR
MUSCULAR TARDIA
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Um acúmulo adicional de histaminas e quininas no interstício, como resultado
da fagocitose e da necrose celular, bem como uma pressão tecidual elevada,
decorrente do edema no local, poderiam, então, ativar os receptores de dor e resultar
na sensação de dor e desconforto, causado pelo fenômeno da dor muscular tardia.
Similar sequência de eventos foi também proposta por Smith (1991).
INFLAMAÇÃO
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Inflamação é a resposta dos tecidos corporais à infecção ou à lesão. A
inflamação é caracterizada pela movimentação de fluidos, de proteínas plasmáticas e
de leucócitos, em direção ao tecido afetado.
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Em ambos os estudos, altos níveis de glóbulos brancos no sangue e nos
tecidos corporais foram interpretados como uma indicação de dano na estrutura
muscular e do desencadeamento de um processo inflamatório agudo.
Por outro lado, Croisier et al. (1996) não puderam identificar uma elevação
significante na concentração de prostaglandinas PGE2 (substância relacionada a
processos inflamatórios) em sujeitos do sexo masculino, apesar da presença de dano
estrutural na musculatura e dor severa (24-48 horas após a carga de exercício),
causados por contrações excêntricas intensas.
SENSAÇÃO DE DOR
Receptores de dor são terminações nervosas livres que são excitadas por
estímulos mecânicos, químicos e tér micos (10, 32). No tecido muscular, diversas
substâncias bioquímicas, liberadas pelas células danificadas, podem ativar receptores
químicos e causar dor.
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O espasmo muscular é uma resposta motora involuntária que pode estimular
os receptores de dor constantemente e causar isquemia local; portanto, o espasmo
tem sido associado a uma possível causa da dor muscular tardia; contudo, Bobbert,
Hollander e Huijing (1986) não detectaram aumentos no sinal eletromiográfico (EMG)
de repouso, apesar da dor muscular localizada.
Os resultados indicaram que não houve dor muscular induzida por espasmos,
uma vez que o EMG não se alterou entre as condições de pré- e pós-exercício. Foi
sugerido que a formação de edema, mais do que a ocorrência de espasmos, foi
responsável pelo aumento no volume da perna pós-exercício e na percepção de dor.
Conclusões similares foram obtidas por Friden, Sfakianos e Hargens (1986).
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As limitações impostas pela dor muscular tardia, tais como: diminuição da força
muscular, diminuição da amplitude do movimento, edema local, e o fator psicológico
que vem junto com a dor fazendo com que o indivíduo tenha menos possibilidades de
executar os movimentos necessários (Cheung, e colaboradores, 2003; Garret e
colaboradores, 2003), fizeram com que vários estudos fossem desenvolvidos a fim de
amenizar, recuperar rapidamente, ou até mesmo evitar o aparecimento destes sinais
e sintomas, principalmente por causa dos atletas que
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Os resultados dos estudos sugeriram que a massagem esportiva reduziu a dor
muscular tardia e concentrações de creatina quinase quando administrada 2 horas
após o término do exercício excêntrico, isto pode acontecer devido à redução na
migração de neutrófilos para o local da lesão, e/ou aumento nas concentrações de
cortisol.
A análise dos resultados mostrou que não houve diferença significativa nos
grupos em relação aos fatores mencionados, exceto a redução da intensidade da dor
48 horas depois devido à massagem administrada 2 horas depois do exercício.
Ernest (1998), afirmou que, através de uma revisão feita em estudos sobre dor
muscular tardia, a terapia de massagem pode ser promissora no tratamento da dor
muscular tardia, porém são necessários vários outros estudos para garantir esta
afirmação.
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Em ambos experimentos, foram medidas a concentração de creatina quinase
no plasma e a dor muscular antes do exercício e nos 7 dias seguintes. No segundo
experimento o alongamento passivo diário do quadríceps (3 séries de 30s de duração,
com intervalo de 30s entre elas) foi incluído no protocolo, e foi realizado antes e
imediatamente depois do exercício excêntrico, e antes das medidas das variáveis nos
7 dias seguintes.
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acupuntura e o outro não recebeu qualquer tipo de tratamento. Os valores foram
reavaliados 24, 48, e 72 horas depois do exercício. Houve menor percepção de dor
às 72 horas depois do exercício no grupo submetido ao tratamento, porém não houve
diferença entre os grupos na concentração de creatina quinase no plasma.
A dor foi avaliada por uma escala de analogia visual, após a indução da dor
muscular tardia e após o tratamento no primeiro dia, nos dias subsequentes pré e pós-
tratamento.
Após a análise dos dados concluiu-se que a acupuntura tem pouco efeito sobre
os sinais e sintomas da dor muscular tardia, pelo menos nas condições desse estudo.
Utilizando-se de agentes farmacológicos, Leconte e colaboradores, (1998) tentaram
determinar o efeito do Naproxen (um tipo de analgésico e antiinflamatório não
esteroidal) como atenuante dos sintomas e sinais da dor muscular tardia, através de
um estudo duplo-cego, com 2 fases cuja duração foi de 8 dias cada, e um intervalo
entre elas de 7 dias.
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muscular tardia, o naproxen reduziu a percepção de dor no terceiro dia de tratamento,
quando o nível de inflamação muscular estava mais alto.
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CONCLUSÕES
O dano por si só pode nem sempre resultar em dor, uma vez que numerosas
condições de miopatia, nas quais danos musculares são evidentes, não apresentam
sinais de dor.
Novamente, parece que o dano à célula muscular, por si só, não provoca a
sensação dolorosa. Se fosse assim, a lesão causada no tecido do grupo muscular
exercitado seria imediatamente seguida pela percepção de dor.
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Deve ser enfatizado que o treinamento físico periódico e altamente específico,
não somente para o grupo muscular envolvido no exercício, mas também para o tipo
de contração e padrão de movimentos executados, provavelmente irão aumentar a
resistência da fibra muscular ao dano estrutural.
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REFERÊNCIAS:
529-538. 3.
75-81.
22
Garret, Jr; William, E; Kirkendall, Donald T. A Ciência do Exercício e dos
Esportes. Porto Alegre: Artmed, 2003: 431-441.
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