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Eu disse a ela que seria sensato ficar longe de mim e essa é a verdade.
Não importa o quão bonita seja.
Como ela seria perfeita para mim. Eu vi o medo em seus olhos quando
disse quem eu era. Ela está certa em ter medo de mim.
Cinco anos atrás, matei meu pai e assumi a posição de Alfa, e desde
então não parei de matar. Fiz o que tinha que fazer e não tenho vergonha
disso.
Meu lobo interior está chateado por eu tê-la deixado do jeito que fiz.
Ele queria que eu a reivindicasse assim que a visse. Eu nem sei se quero
uma companheira.
Meu lobo rosna com esse pensamento e eu agarro o volante com tanta
força que meus dedos ficam brancos.
— Tudo bem, Alfa? — Toby pergunta do banco de trás.
Eu apenas aceno que sim e isso é o suficiente para encerrar qualquer
conversa. Eu paro em um pequeno hotel de beira de estrada a cerca de
cinco minutos do bar.
Assim que fazemos o check-in, vou para o meu quarto e bato a porta
atrás de mim.
Eu me deito na cama de merda do hotel e fecho os olhos. Logo,
memórias de infância invadem minha mente.
Minha pobre mãe. Ela tinha um coração tão bom; que Deusa descanse
sua alma. Eu sei que ela anda com a lua agora. Tentei salvá-la, mas
simplesmente não era forte o suficiente.
Minha mãe sempre me disse que minha companheira seria minha
salvação, que ela seria a cura para as minhas feridas.
Minha mente vagueia de volta para o bar, e aquele homem ignorante
que a insultou. Meu lobo queria o sangue daquele humano e tenho
certeza que ele saiu com o braço quebrado.
Achei que isso com certeza iria assustá-la, mas ela parecia mais
preocupada comigo do que qualquer coisa.
Ela limpou o sangue dos meus dedos de forma tão titubeante e
carinhosa, como se ela quisesse cuidar de mim.
Porra! Eu estraguei tudo antes mesmo de conhecê-la. Tenho certeza
que ela pertence a Matilha de Northridge. Talvez eu não a encontre
amanhã.
Talvez se ela souber o que é bom para ela, ela ficará longe de mim.
Eu nunca poderia me permitir machucá-la.
Eu estabeleço contato mental com meu Gama e guerreiros e digo a
eles para me encontrarem no estacionamento às 9h da manhã em ponto.
Não sei o que vai acontecer amanhã, mas tenho que manter minha
mente atenta.
Não posso deixá-la atrapalhar meu propósito de estar aqui. Vou
adquirir aquelas terras de uma forma ou de outra. Minha matilha precisa
disso. Finalmente adormeço e tenho um sono agitado, cheio de pesadelos
de infância.
Abrindo meus olhos, noto que ainda está escuro lá fora. Eu saio da
cama e procuro o celular em minhas calças.
Finalmente encontro e verifico a hora: 4 da manhã.
Acho que velhos hábitos não morrem.
Pego algumas roupas de uma das sacolas que trouxe ontem à noite e
entro no banheiro para tomar um banho rápido.
Depois de me arrumar, saio do hotel e vou tomar café da manhã na
lanchonete do outro lado da rua.
Abrindo a porta e entrando, vejo Toby sentado em uma mesa
conversando com a garçonete.
— Bom dia, Alfa, — diz ele quando me aproximo dos dois.
Eu tomo a cadeira vazia no lado oposto da mesa.
— Bom dia, — eu respondo.
A garçonete sorri educadamente ao anotar nossos pedidos e depois vai
embora.
— Dormiu bem? — pergunto.
— Mais ou menos isso, — diz ele, sorrindo. Conhecendo-o, ele
encontrou uma fêmea para passar a noite, mas eu nem quero saber.
Toby e eu éramos inseparáveis no passado.
Nascemos com dois dias de diferença, vinte e oito anos atrás. Fomos
para a escola juntos, treinamos juntos e lutamos lado a lado para nos
defendermos.
As pessoas sempre achavam que éramos irmãos em vez de melhores
amigos.
Ele é a única pessoa que realmente sabe o que meu pai era e a única
que entendeu por que eu tive que matá-lo.
Depois que peguei o título Alfa de meu pai, nos distanciamos. Nada
mais foi o mesmo para mim depois disso.
A garçonete volta com duas xícaras e um bule de café. Depois de nos
servir, ela sai novamente e nos sentamos em silêncio por alguns
momentos antes de ele falar.
— Então, aquela no bar na noite passada era sua companheira? — ele
pergunta, tomando um gole de café.
Eu aceno que sim e passo a mão pelo meu cabelo.
— O que você vai fazer com ela? — ele continua.
— Eu não sei, — eu respondo honestamente.
Toby ainda não encontrou sua companheira. Ele costumava viajar
para diferentes matilhas quando éramos mais jovens.
Ele tentou encontrá-la por muito tempo. Eu me sentia tão mal toda
vez que ele voltava pra casa com aquele olhar desconsolado no rosto.
Depois de um tempo, ele simplesmente desistiu.
Ele olha para o seu café e não diz mais nada.
A garçonete traz nossa comida e comemos em silêncio. Quando
finalmente saímos da lanchonete, é hora de partir para o bando de
Northridge.
Atravessamos a rua de volta e vemos Jay e Damon esperando ao lado
do carro.
No caminho para o território da Matilha de Northridge, só consigo
pensar em uma coisa. Ela.
Capítulo 5
Alexia
Hoje tudo correu bem, tão bem que eu sabia que não iria durar muito.
Dava para notar o desgosto em seu rosto quando ela viu minhas
costas, não que eu estivesse tentando esconder. Ela as teria visto mais
cedo ou mais tarde. As cicatrizes que meu pai deixou para trás são
horríveis, então não posso dizer que não esperava essa reação. Não tenho
vergonha delas porque me xinguei. Aquele merda nunca vai machucar
outra alma.
Eu desço as escadas com ela me seguindo logo atrás. Percebo que ela
quer dizer algo, mas espero que não diga.
Não preciso que ela me julgue e definitivamente não quero sua pena.
Eu vou até o local onde minha matilha organizou a recepção. O cheiro de
churrasco preenche o ar e o som das conversas e risadas chega aos meus
ouvidos.
Eu faço um gesto para que ela me siga, levando-a para a frente da
matilha. Estou tentando ao máximo me concentrar no agora e não ficar
no passado.
Minha matilha fica em silêncio com a nossa entrada, todos os olhos
voltados exclusivamente para sua Luna. Chegamos à frente e posso ouvir
o coração de Alexia batendo de forma acelerada em seu peito.
Dou um pequeno aperto em sua mão e ela fica tensa no início, mas
depois de alguns segundos, ela relaxa.
— Obrigado a todos por terem vindo, — eu me dirijo ao meu bando.
— Como vocês sabem, eu encontrei minha companheira enquanto
visitava a Matilha de Northridge.
As felicitações e aplausos da minha matilha me enchem de orgulho.
Eu puxo Alexia para que ela fique na minha frente.
— Esta é Alexia Moon, sua Luna.
Os lobos fazem ainda mais barulho, a excitação preenche o clima
quente da noite. Ela dá um pequeno aceno e se coloca ao meu lado como
se isso fosse protegê-la de todos os olhares curiosos. Eu levanto minha
mão para silenciar meus lobos.
— Todos vocês terão a chance de conhecê-la depois, mas por agora
vamos comer.
Eu pego a mão da minha mulher e a levo para uma enorme mesa cheia
de comida. Todos os tipos de carnes e vegetais são servidos e ouço seu
estômago roncar. É costume o Alfa comer primeiro, então minha matilha
se alinha atrás de mim.
Pego dois pratos e os encho com costelas bovinas e carne de porco
desfiada. Ela me segue até a mesa do Alfa e eu coloco os pratos na mesa.
Puxando sua cadeira, faço um gesto para que ela se sente.
Eu me acomodo na cabeceira da mesa e ela do meu lado direito. Pego
uma garfada de carne de porco desfiada e levo até sua boca. Eu olho ao
redor e percebo que minha matilha parece genuinamente chocada.
Ela hesita por uma fração de segundo, seus olhos cheios de incerteza,
mas ela finalmente dá a mordida. Eu rosno, grato por não ter que
envergonhá-la na frente do bando batendo em sua bunda.
A conversa aumenta ao nosso redor novamente e todos começam a
comer. Jantamos em silêncio até que ela descansa o garfo e pigarreia.
— Eu não queria te chatear mais cedo, — ela sussurra enquanto estou
terminando meu prato. Eu apenas aceno com a cabeça, não querendo
tocar nesse assunto aqui.
Ela entende a dica, sem dizer mais nada. Quase me sinto mal por
censurá-la, mas não é isso que ela está fazendo comigo?
Depois que terminamos de comer, passamos as próximas horas
deixando os membros de nossa matilha se apresentarem a ela. Ela parece
genuinamente feliz pela primeira vez desde que chegou aqui.
Ela se encaixa muito bem com meus lobos.
Eu me afasto para deixá-la conhecer a todos, e não posso deixar de
admirar o quão bonita ela é.
Seu sorriso ilumina seu rosto e seus olhos fazem a lua cheia parecer
feia. Nunca vi nada mais lindo do que aquele sorriso. Porra, eu sabia que
isso ia acontecer. Ela não pode sair sozinha, não com todos os malandros
vagando por aí, e eu duvido que vá aceitar isso, mas não vou deixar nada
acontecer com ela.
A noite finalmente está acabando e muitos da matilha foram para
casa. Estou perdido em pensamentos, absorvendo cada pedacinho dela
enquanto posso, quando ela se vira e fala comigo.
— Alfa Stone?
Eu aceno para ela para que ela saiba que estou ouvindo.
— Posso correr hoje à noite? Eu realmente preciso deixar minha loba
sair, — ela diz nervosamente. Ela esfrega as mãos e me olha com
esperança.
Porra, eu sabia que isso ia acontecer. Ela não pode sair sozinha, não
com todos os malandros vagando por aí, e eu duvido que vá aceitar isso,
mas não vou deixar nada acontecer com ela.
— Você pode, — eu digo a ela, e ela suspira de alívio.
— Com uma condição. Eu vou com você.
— Por que? Eu disse que não preciso de uma babá, — ela diz,
estreitando os olhos.
— Há coisas perigosas nesta floresta. Coisas que não hesitarão em
rasgar sua garganta. Ou eu vou com você ou você não vai. Ponto final. —
eu digo em meu tom Alfa.
— Tudo bem, — diz ela, revirando os olhos.
— Cuidado como você fala, pequena loba ou vou pintar sua bunda de
vermelho. Agora, eu sugiro que você seja uma boa menina. — Seus cílios
se arregalam e suas bochechas ficam em um tom profundo de rosa. Ela
fica em silêncio, o que provavelmente é a melhor ideia que ela já teve.
— Vamos, — digo, e ela me segue rapidamente, tentando acompanhar
meus passos largos.
Eu a levo até o começo da floresta, onde campos abertos encontram
uma linha de árvores densas e suntuosas. Eu começo a tirar minhas
roupas para me transformar e minha pequena fêmea me encara
profundamente.
Ela pode me negar tudo o que ela quiser, mas não a maneira como seu
corpo responde ao meu.
Eu chamo meu lobo e ele vem mais rápido do que nunca. Ele vai
direto até ela e começa a cheirá-la, inalando-a profundamente. Ele lambe
suas bochechas algumas vezes e se deita aos seus pés ansioso para ver sua
companheira.
Ele pode ser mortal para qualquer outro lobo, mas ele morreria por
ela.
Ela vacila, parecendo pesar os prós e os contras e quase acho que ela
vai desistir. Meu lobo choraminga e isso parece convencê-la. Ela tira a
roupa rapidamente e se transforma sem esforço, um pelo grosso de ônix
aparece, substituindo o que era sua pele.
Seu lobo é impressionante, incrível.
Ela lambe meu focinho e nos revezamos esfregando nossos corpos um
contra o outro, compartilhando nossos cheiros. Eu mordo seu pescoço
suavemente, sem machucá-la, apenas o suficiente para que ela saiba
quem eu sou. Ela oferece o pescoço para mim, em seguida, me belisca de
brincadeira.
Ela foge, e meu lobo não consegue resistir à perseguição. Eu corro
atrás dela, mordendo sua cauda.
Ela corre para o meio da floresta, pulando sobre árvores caídas com
graça, mas ela não é páreo para mim. Eu pulo sobre ela e rolamos vários
metros, beliscando levemente um ao outro.
Ela se levanta, sabendo que foi pega, e levanta o rabo para o meu lobo.
Ele imediatamente a monta.
Eu me afasto, desejando que ele pare, mas é tarde demais. Ele afunda
os dentes profundamente em seu pescoço, reivindicando-a como sua.
Eu sinto o vínculo de companheiro se aprofundar ainda mais, alguma
parte oculta do meu coração se mostra, uma parte que eu pensei que não
existia.
Depois que ele finalmente está saciado, ele a solta e eu me transformo
instantaneamente. Ela faz o mesmo e começa a voltar por onde viemos.
— Alexia, — eu grito para ela, mas ela me ignora.
Eu a sigo, sem saber o que dizer. Eu não pude pará-lo. Sua loba o
convidou totalmente, e ele viu sua chance e aproveitou. Finalmente
conseguimos voltar e ela começou a se vestir rapidamente. Eu começo a
dizer algo, qualquer coisa, mas meu beta nos interrompe antes que eu
tenha a chance de terminar.
Eu rosno alto, não gostando de outro homem perto da minha mulher
enquanto ela ainda está seminua.
— Alfa Stone. sinto muito incomodá-lo, — diz ele, sem fôlego. Eu fico
na frente da minha mulher e ele continua com seus olhos fixos em mim.
— Um bandido foi pego a alguns quilômetros da fronteira sul. Ele
passou pelos primeiros guardas de alguma forma e atacou uma de nossas
mulheres. Nós o colocamos em uma das celas.
— Por que você não fez contato mental comigo? — eu grito. Estou
muito puto, por não ter sido informado dessa merda imediatamente.
— Sinto muito. Alfa. Eu tentei, porém não consegui.
Tenho certeza de que a culpa está evidente no meu rosto quando
penso no que estava fazendo quando isso aconteceu.
— A garota, ela está viva? — eu pergunto a ele em voz baixa. Ele
balança a cabeça de um lado para o outro lentamente.
Eu tremo de raiva, meu lobo e eu irritados por não termos protegido
outro membro da matilha.
Eu uivo, meu corpo vibrando de pura fúria. Eu tento ficar calmo pelo
bem da minha mulher, mas não há como me conter agora. Este bandido
vai morrer esta noite pelas minhas mãos. Vou arrancar sua garganta e
terei grande alegria com isso.
Eu olho para ela e não acredito no que vejo. Esperava ver uma mulher
acuada pelo medo, mas ela permanece imóvel, completamente silenciosa.
— Certifique-se de que sua Luna volte para o meu quarto em
segurança, — digo a ele, e ele acena com a cabeça.
— Claro, Alfa. — Eu me viro e vou para as celas da matilha. Caralho,
essa vai ser uma noite longa.
Capítulo 13
Alexia
Entro no prédio mal iluminado e desço até as celas. Meu lobo rosna
quando o cheiro fresco de bandido invade meu nariz.
— Quem é você e por que está no meu território? — eu pergunto ao
homem quando chego em sua cela.
— Meu líder pediu que lhe trouxesse uma mensagem, — ele rosna.
— E do que se trata?
— Ele quer conhecer seu irmão mais novo, é claro, — ele diz enquanto
me olha. — Você se parece muito mais com ele do que eu imaginava.
— Eu não tenho um irmão. Eu não tenho mais família, — eu solto.
— Ah, tem sim, lobo. Não há como negar.
— CHEGA! — eu grito. — Não quero mais ouvir suas besteiras. — Eu
saio imediatamente para não matá-lo como fiz com o último. Ele pode
ser útil mais tarde. Volto para as escadas e vejo Alexia parada ali,
provavelmente me espionando.
— Por que você me seguiu?! — eu pergunto a ela em voz alta. — Você
não consegue seguir instruções simples?!
Ela abre a boca para falar, mas eu agarro seu braço e a arrasto para
fora do prédio e de volta para casa da matilha. A pego e a jogo por cima
dos meus ombros, subo as escadas e vou para o meu quarto. Eu a coloco
no chão logo que entramos e bato a porta atrás de mim.
— Você me desrespeitou pela última vez, pequena loba. — eu digo a
ela, tirando meu cinto.
Ela me olha horrorizada, eu a agarro novamente e a curvo sobre a
cama. Ela se contorce em protesto, mas eu a seguro e puxo suas calças
para baixo. Assim que sua bunda redonda perfeita é exibida diante de
mim, minha raiva se dissipa e todo o sangue do meu corpo corre direto
para o meu pau.
Eu pressiono uma mão contra suas costas para segurá-la e uso minha
outra mão para bater com o cinto em sua bunda. Ela grita e se contorce,
sua bunda ficando em um bonito tom de vermelho.
Eu coloco minha mão sobre a vermelhidão e aperto suavemente antes
de arrastar devagar meus dedos por sua pele.
Eu a ouço suspirar suavemente e eu fico ainda mais duro. Eu quero
essa mulher enrolada em volta de mim, me apertando por todos os lados.
Eu bato com o cinto de novo, com mais força desta vez. Ela se
contorce debaixo de mim, então eu corro minha mão sobre o local
suavemente. Eu levo minhas mãos por sua bunda até seu o meio de suas
pernas.
Meus dedos mal raspam sob sua calcinha de renda preta, provocando
o mais lindo gemido vindo dela.
Deusa, ela está encharcada, mel escorregadio cobrindo meus dedos
quando eu os puxo para inspecioná-los.
Eu gemo alto, meu pau latejando dolorosamente no meu jeans.
Pegando-a, eu a viro para me encarar. O desejo permanece em seus
olhos, mas ainda vejo uma pitada de medo.
Eu sei que não posso tê-la ainda, mas quero que ela me sinta. Não
quero nada mais neste momento do que dar prazer a minha fêmea. Eu
seguro sua nuca e a puxo para perto. Meus lábios tocam sua mandíbula e,
em seguida, sua orelha levemente.
— Deixe-me cuidar de você. Eu prometo que não vou fazer nada
enquanto você não estiver pronta. — eu sussurro.
Verdade seja dita, não há nada que eu não faria por esta mulher,
mesmo ela sendo tão irritante.
Ela já conquistou meu coração de alguma forma e aconteceu tudo tão
rapidamente. Ela lambe os lábios nervosamente e acena com a cabeça.
Eu corro meus dedos por seu cabelo escuro e o agarro suavemente.
Abaixando minha cabeça, eu toco meus lábios nos dela. Eu a beijo e
ela abre a boca, me convidando para entrar.
Ela traça sua língua sobre a minha, nossos lábios se movendo em
perfeita sincronia. O sabor dela me preenche completamente, sendo
marcado com fervor em minha memória. Eu sei que este é um momento
do qual vou lembrar até o dia em que encontrar a lua.
Agarrando sua cintura, eu a puxo para mim e a beijo com mais força.
Suas mãos percorrem minha barriga antes de tirar minha camisa.
Eu corro ambas as mãos por sua blusa e sob suas curvas, fazendo
arrepios correrem por sua pele macia. Correndo meus polegares por cima
de seus seios, eu removo sua camiseta rapidamente e a jogo para o lado.
Suas mãos se movem para desabotoar minha calça, mas eu agarro seu
punho rapidamente.
— Agora não, lobinha, — digo a ela. — Deixe-me vê-la.
Eu dou um passo para trás e minha boca enche de água ao vê-la
vestida com nada além de uma pequena calcinha de renda preta. Seus
seios fartos e redondos são perfeitos e seus lindos mamilos se contraem,
mostrando sua excitação.
Eu lambo minha boca enquanto meus olhos percorrem sua cintura
sinuosa até suas coxas grossas, coxas que eu quero enroladas em mim
com força.
Eu a empurro de volta para a cama e ela se deita, sem tirar os olhos de
mim.
— Abra suas pernas para mim. bebê. Eu quero ver você, — eu digo a
ela. Ela abre as pernas lentamente, exibindo-se para mim, o pequeno
pedaço de renda esconde suas dobras rosas e escorregadias.
Eu gemo alto e acaricio meu pau enquanto a admiro. Ela é linda pra
caralho, tão linda.
Eu subo entre suas pernas e beijo a parte interna de seu joelho antes
de me dirigir para entre suas coxas, o lugar onde ela mais precisa de mim.
Ela suspira quando eu beijo sua parte mais sensível e delicada e chupo
levemente.
Leva apenas um minuto lambendo-a até que ela se contraia e inunde
meu rosto com sua essência. Eu vou para cima dela e a beijo com força, o
gosto dela ainda na minha língua. Ela desabotoa minhas calças e as baixa
até a metade antes que eu possa impedi-la novamente. Agarrando seus
dois punhos, eu os prendo acima de sua cabeça e me inclino ao lado de
sua orelha.
— É melhor você parar, lobinha, você ainda não está pronta para isso,
— eu digo enquanto esfrego meu membro duro contra seu corpo. Que
bom que ainda estou de cueca ou eu já estaria dentro dela.
Ela se curva e eu não posso deixar de também me curvar de volta para
ela. Em pouco tempo, estou me esfregando nela, uma fina camada de
roupa é a única coisa bloqueando meu caminho.
Eu mexo meus quadris uma última vez antes de sentir meu pau
quente pulsar, um líquido espesso vaza pelo tecido da minha cueca e cai
na barriga dela, seus olhos reviram enquanto eu a domino novamente.
— Porra, — eu gemo alto descansando minha cabeça em seu peito.
Consigo escutar meu coração bater forte e meu pau ainda pulsa a cada
batida. Eu saio de cima dela e deito ao seu lado na cama, ainda
respirando com dificuldade por causa do esforço. Nenhum de nós diz
nada por um tempo até que ela quebra o silêncio.
— Sinto muito por me intrometer mais cedo.
Quase me esqueci disso. Essa danadinha vai me dar mais problemas
do que eu imaginava.
— Você vai me obedecer. Senão da próxima vez, sua punição será
muito pior, — digo a ela, sabendo que nunca poderia machucá-la de
verdade. Ela fica em silêncio por um instante e eu acho que finalmente
ela entendeu.
— Vai me contar sobre você? — ela pergunta baixinho.
— Não há muito o que saber.
— Como você se tornou Alfa? — ela continua.
— Como você acha que me tornei Alfa? — eu questiono de volta,
percebendo que ela já sabe a resposta. Ela fica quieta, então eu continuo e
confirmo suas suspeitas.
— Eu matei meu pai há cinco anos e tomei seu título. Meu único
arrependimento é não ter feito isso antes.
— Como você pode matar sua própria família? — ela pergunta ainda
mais baixinho do que antes.
— Não fale sobre o que você não entende, lobinha.
— Então me ajude a entender, — ela sussurra.
Eu não quero pensar sobre isso agora.
Memórias de meu pai batendo em minha mãe até a morte passam
pela minha mente e a tristeza enche minha alma por completo.
— Você pode me dizer, — ela diz calmamente e um olhar de
preocupação brota em seus olhos.
— Meu pai tinha muito orgulho de seu bando, mas de mim e minha
mãe, nem tanto. Ele é a razão das cicatrizes nas minhas costas. Ele me
dava duas chicotadas com um chicote de prata todos os dias quando era
mais jovem. Ele disse que isso me deixaria mais resistente, — eu digo,
minha voz tensa enquanto me lembro da minha infância.
— Ele batia na minha mãe também, até que um dia ele só parou
quando ela já não respirava mais. Ele a matou bem na minha frente,
mesmo eu implorando para ele parar. Eu simplesmente não era forte o
suficiente para detê-lo. Ele disse ao nosso bando que foi um bandido que
a matou, — eu continuo enquanto a raiva cresce dentro de mim.
— Depois que ele fez isso, treinei todos os dias durante quatro anos.
Dia e noite, eu ia até nosso complexo de treinamento e dava tudo de
mim. Então, um dia, quando meu pai tentou me bater com o chicote
novamente, eu rasguei sua garganta com minhas próprias mãos.
Eu observo uma lágrima solitária caindo pela sua bochecha. Eu
estendo a mão e a seco com meu polegar antes de me inclinar e beijar
suavemente em sua testa.
— Tenho trabalho a fazer. Seu antigo Alfa enviou a escritura da terra e
eu tenho que ligar para os empreiteiros para começar a construção da
casa da matilha. Será que você consegue ficar longe de problemas? — eu
pergunto e levanto uma sobrancelha para ela.
Ela acena com a cabeça que sim, então eu coloco minhas roupas de
volta e faço o meu caminho para o meu escritório. Eu tenho que
construir esta casa de matilha e garantir meus lobos em segurança.
Eu ainda não consigo tirar da cabeça o que aquele bandido me disse.
Eu não tenho mais ninguém da minha família.
E o outro bandido disse que ele estava vindo para tomar o que era seu
por direito.
Preciso descobrir isso o mais rápido possível.
Capítulo 15
Alexia
Rainier ergue uma sobrancelha para Lucas. — O que quer que você
precise me dizer, você pode dizer na frente de sua Luna.
Lucas me olha com desconfiança, mas logo se liga quando Rainier dá
um rosnado baixo de repreensão.
— Eu só queria ter certeza que você sabia da reunião da matilha que
ela convocou, — ele diz, apontando para mim. Que diabos? Ele
concordou quando eu pedi a ele para convocar a reunião da matilha mais
cedo. Eu não sei porque, de repente, ele cismou comigo.
Rangendo os dentes, rosno para o beta dissimulado.
Rainier cruza os braços sobre o peito largo e estreita os olhos.
— Eu sabia, — ele diz. — Você tem algum problema com isso?
— Você realmente acha que é uma boa ideia deixá-la dar as cartas? —
Lucas diz, nem mesmo tentando esconder o tom inconformado em sua
voz.
Eu me levanto da mesa e fico na frente dele.
— Qual é o seu problema comigo? — eu pergunto. — Por que não fala
na minha cara em vez de chorar para o seu Alfa? — Pra começo de
conversa, eu não sei porque ele simplesmente não disse que tinha alguma
coisa contra mim. Estar puto é um eufemismo agora.
O olhar frio de Lucas viaja dos meus pés por todo meu corpo até que
se fixam no meu rosto.
— Eu não pensei que Alfa concordaria em deixar você dar ordens, —
ele rosna.
Droga, esse cara decidiu ficar arrogante de repente. Antes que eu
tenha a chance de responder, Rainier dá um passo na minha frente,
bloqueando minha visão de Lucas.
— Em primeiro lugar. — ele diz. — você nunca mais vai olhar para a
minha mulher do jeito que você olhou, a menos, claro, que deseje
morrer. E em segundo lugar, por que você achou que eu não concordaria
com isso? — Lucas levanta as mãos e olha para Rainier como se a
resposta fosse óbvia.
— Ela é uma mulher. Você realmente acha que a matilha vai ouvi-la?
O rosto de Rainier se enche de fúria e, de repente, ele está frente a
frente com seu beta.
— Minha matilha sabe que sempre farei apenas o que for melhor para
eles, — ele grita, a apenas alguns centímetros de distância. Lucas desvia
os olhos e dá alguns passos lentos e trêmulos para trás, mas meu
companheiro não desiste. — Quando você desrespeita sua Luna, você me
desrespeita. Se eu não confiasse na capacidade de Alexia, você realmente
acha que eu colocaria a vida da minha matilha nas mãos dela?
— Não, Alfa, — diz ele humildemente, virando os olhos para mim. —
Ela é sua Luna agora. Somos iguais e você a tratará como tal. Você
entendeu?
Lucas diz que sim com a cabeça antes de sair e me deixar sozinha com
meu companheiro novamente.
— Que merda, — diz ele, Virando-se para mim. Ele passa as mãos pelo
cabelo desgrenhado e suspira.
— Por que ele tem tanto ódio pelas mulheres? — eu pergunto, com
meu sangue ainda fervendo por causa da situação.
— Não é que ele odeie as mulheres, — Rainier responde.
— Fomos ensinados que as mulheres não eram tão fortes ou
inteligentes quanto os homens. Nossos pais nos ensinaram que as fêmeas
não serviam para nada além de procriar. Na época em que meu pai era
Alfa, minha mãe não tinha voz em nada que envolvesse a matilha.
Meus olhos se arregalam de surpresa.
— É uma maneira repulsiva de pensar, — digo a ele. — Seu pai era
desprezível.
Ele acena concordando.
— Nem todos os meus lobos pensam assim, mas acho que é hora de
fazer as coisas de forma um pouco diferente por aqui.
Não quero admitir que me sinto magoada com o que Lucas disse.
Sinto raiva mais do que qualquer coisa, mas, principalmente magoada.
Decidida a não deixar alguns idiotas sexistas me deter, eu levanto meu
queixo sem medo do desafio.
— Vou provar a todos quem sou e do que sou capaz.
— Essa é minha garota, — ele diz com um olhar orgulhoso no rosto.
Ele se vira e me beija apaixonadamente e suas ações falam mais alto
do que palavras enquanto sua língua explora minha boca com fervor.
Quando ele se afasta, o olhar de devoção que vejo em seus olhos me
deixa sem ar. O sorriso que ele me dá ilumina todo o seu rosto, fazendo
seus olhos brilharem ainda mais.
— Venha. — ele diz. — Vamos para a reunião da matilha antes de eu
levá-la de volta ao nosso quarto e mantê-la lá por alguns dias.
*
— Você foi bem na sua estreia — Rainier diz quando saímos da
reunião da matilha.
Depois do incidente com Lucas, eu estava preocupada que o bando
fosse me causar mais problemas. Apesar disso, tudo correu bem.
Rainier estica os braços sobre a cabeça e faz uma cara de dor enquanto
subimos as escadas de volta ao nosso quarto.
Pela expressão em seu rosto, ele pode ter se esforçado demais por
hoje.
— Vou dar uma olhada em Gennie, — digo a ele. — Volte para o nosso
quarto e descanse. Não vou demorar. — Dou-lhe um selinho rápido
antes de subir para o quarto de Gennie.
Quando chego lá, fico surpresa ao ver Ardon saindo e fechando a
porta.
— O que você estava fazendo lá? — eu pergunto a ele, colocando as
minhas mãos na cintura. Ele olha para o chão antes de me dar um sorriso
tímido. — Eu estava trazendo algo para sua amiga comer. Achei que ela
pudesse estar com fome.
Eu olho para o prato vazio em suas mãos e sorrio para mim mesma.
Ardon é um homem tão atencioso; sua companheira era uma loba
sortuda.
— Obrigado por cuidar dela. Gennie já passou por muita coisa, — digo
a ele. Conversamos por mais alguns minutos antes de começar a sentir
falta do meu próprio companheiro, então digo-lhe boa noite.
Perdida em meus pensamentos, eu subo os degraus de volta ao nosso
quarto, mas paro do lado de fora da porta quando ouço uma voz familiar
lá dentro.
— Pense no que você está fazendo, Alfa. Você sabe que as mulheres
não podem ser mantidas em uma posição tão elevada de comando. Seu
pai ficaria desapontado.
Através da porta, ouço alguns passos pesados antes de ouvir o som de
alguém sendo sufocado.
— Se você não está feliz com minha decisão, Lucas, você é mais que
bem-vindo para deixar sua posição como beta. Eu estou farto de suas
besteiras. E se você falar do meu pai de novo, eu mesmo vou acabar com
a sua raça. Não quero ouvir mais nenhuma palavra sobre isso. Agora, dê o
fora do meu quarto.
Um estrondo forte segue e eu me afasto da porta assim que ela se
abre. Lucas sai segurando sua garganta, me dando um olhar cruel antes
de passar por mim e eu não posso evitar o rosnado que sobe do meu
peito.
— Talvez ser um pedaço de merda machista foi o que você aprendeu
enquanto crescia e eu odeio que alguém demorou tanto para te contar,
mas uma mulher pode liderar um bando tão bem quanto um homem.
Lunas trabalham junto com seus alfas para fazer o melhor por sua
matilha.
Ele se vira para me encarar e eu o olho profundamente nos olhos.
— Então cale a boca e guarde seus comentários ignorantes para si
mesmo. Existe uma ameaça real lá fora e se você não está conosco, você
está contra nós.
Quando termino, respiro fundo antes de entrar no quarto, batendo a
porta atrás de mim. Nunca estive perto de um homem tão iludido quanto
aquele beta. E eu aqui pensando que meu companheiro que era ruim.
Homens e mulheres eram respeitados sem distinção em minha
matilha. Estou cansada de ser considerada fraca. Vou ganhar meu
respeito como Luna e provar meu valor para todos que duvidam de mim.
Uma Semana depois
Os últimos dias foram um turbilhão completo.
Do nascer ao pôr do sol, tenho treinado até sentir meu corpo chegar
ao limite.
Eu até fui derrotada por alguns dos guerreiros mais fortes, mas posso
dizer que minhas técnicas estão melhorando a cada vez que entro para
lutar.
— Deu por hoje? — Ardon pergunta. Ele me oferece a mão para
levantar logo depois de me vencer. Aceitando sua ajuda, eu levanto e
limpo a poeira das costas.
— Por que? O pobre lobinho está cansado? — eu provoco.
Lentamente, eu o rodeio mais uma vez e ele revira os olhos, mas mesmo
assim assume uma posição defensiva.
— Sim, na verdade, estou cansado, — diz ele. — Estamos aqui desde às
seis da manhã. Todo mundo já foi embora.
Eu aproveito sua distração momentânea como uma chance de atacar.
Movendo-me o mais rápido que posso, uso meu impulso para
derrubá-lo no chão.
Ele luta contra o meu peso enquanto eu me viro e jogo minha perna
em volta de sua garganta, usando minha outra perna para travá-la no
lugar. Ele tenta se desvencilhar por um segundo antes de bater na minha
coxa, como um aviso de desistência. Soltando minhas pernas, eu o puxo
do chão.
— Eu nunca deveria ter te ensinado isso, — ele suspira. — Por falar
nisso, agora deu por hoje.
Dando tapinhas nas costas dele, dou um sorriso cansado.
— Ok, mas volto pela manhã no mesmo horário. Precisamos treinar
tanto quanto possível.
— Estarei aqui, — diz ele com um sorriso. — Boa noite, Luna.
Entrando na casa da matilha, subo os degraus lentamente, sentindo a
tensão em cada músculo do meu corpo.
Quando chego, nosso quarto está vazio e presumo que Rainier ainda
esteja em seu escritório. Não o tenho visto muito nos últimos dias,
andamos extremamente ocupados. Indo para o banheiro, jogo meu
cabelo para cima em um coque bagunçado e tiro minhas roupas suadas.
Abro a torneira o mais quente possível e encho a banheira o máximo
que posso, sem o perigo de transbordar.
A água escaldante queima quando eu entro, mas meus músculos
começam a relaxar, fazendo-me soltar um suspiro trêmulo antes de
fechar os olhos. O perfume masculino do meu companheiro enche o ar
ao meu redor logo depois e eu relaxo ainda mais na água.
Quando eu abro meus olhos, ele está ao lado da banheira
completamente nu com uma esponja na mão.
Eu desencosto e ele desliza atrás de mim, seu corpo enorme
preenchendo quase todo o pequeno espaço. Ele me coloca em seu colo e
começa a me ensaboar. Começando no meu pescoço, ele passa a esponja
com sabonete pelo meu corpo, deixando as pontas dos dedos roçarem
minha pele a cada movimento que ele faz.
Inclinando-me para trás, deixo meu corpo esparramar no dele
enquanto seus lábios chegam bem perto de minha orelha.
— Estou orgulhoso de você, — diz ele, provocando um arrepio pela
minha espinha. Virando minha cabeça, eu olho para ele sem entender.
— Pelo que?
Ele me dá um pequeno sorriso.
— Por estar lá quando mais precisei de você; por ser a Luna que eu sei
que você estava destinada a ser. — Tocando meu queixo suavemente, ele
encosta seus lábios nos meus antes de continuar. — Você me deu mais
esperança na vida do que eu jamais tive. Antes de você, a raiva e ódio
vindas do meu pai era tudo que eu conhecia. Agora, só consigo pensar
em um futuro com você. Eu me pego pensando em como nossos filhotes
serão, com quem eles se parecerão mais. Eu quero tudo com você.
Meus olhos lacrimejam quando sinto a sinceridade em suas palavras.
Ele mudou muito desde que cheguei. Talvez sua experiência de quase
morte tenha colocado as coisas em perspectiva para ele. O que quer que
tenha causado a mudança em sua atitude, sou grata por isso.
Depois de terminar o banho. Rainier e eu nos revezamos nos
enxugando antes de eu vestir uma de suas enormes camisetas e deitar na
cama.
De onde estou, eu observo curiosamente quando Rainier vai para o
closet e pega uma pequena caixa. Ele a coloca na minha frente antes de
subir do outro lado da cama.
Ele abre a caixa e a primeira coisa que meus olhos veem é a foto de
uma mulher. E caramba, ela é linda.
Capítulo 24
Rainier
Uma dor profunda ocupa meu coração enquanto olho para a foto de
minha mãe. Já faz muito tempo desde que vi seu rosto pela última vez.
É difícil para mim imaginá-la de outra forma que não seja sendo
espancada ou machucada.
Nesta foto, ela está de pé com um sorriso genuíno no rosto, seus
longos cabelos negros caindo sobre os ombros e seus olhos ferozes
idênticos aos meus.
— Ela é linda, — diz Alexia em voz baixa. — Você se parece tanto com
ela.
Limpando a lágrima dos meus olhos, eu sorrio tristemente. Eu odeio
me sentir vulnerável assim.
Isso é extremamente difícil para mim, mas sei que é o próximo passo
em direção ao meu futuro com minha companheira. Por mais difícil que
seja para mim, não quero esconder nada dela. Pego as fotos restantes da
caixa e mostro a ela. Enquanto ela observa, eu me lembro do real motivo
pelo qual peguei a caixa.
Eu levanto o colar lentamente, o pequeno pingente da lua balança
enquanto fica pendurado em meus dedos.
Esta joia antiga tem pelo menos duzentos anos e foi passada de
geração em geração até chegar até mim. Minha mãe era uma mulher
muito espiritual, nunca deixando de fazer suas orações à Deusa.
Ela usou o colar como um símbolo de sua fé até o último suspiro.
O colar e algumas fotos são tudo que me restaram dela.
— Isso era da minha mãe, — digo a ela, tirando sua atenção das fotos.
— Eu quero que você fique com ele... ela gostaria que isso fosse seu. —
Desde meu encontro com a própria Deusa, sinto que minha
companheira deveria usar o colar.
Seus olhos se enchem de lágrimas quando eu coloco em volta de seu
pescoço e beijo seu ombro levemente.
— Minha mãe teria te amado, — eu digo a ela com sinceridade.
Ela coloca a caixa de lado e sobe no meu colo antes de envolver os
braços em volta de mim.
— Obrigada. Eu irei guardá-lo para sempre, — ela diz. — Eu gostaria
de tê-la conhecido.
— Eu também gostaria que você a tivesse conhecido, lobinha, — eu
digo, beijando o topo de sua cabeça.
— Pensei muito nisso na semana passada e quero deixar meu passado
para trás. Isso é sobre nosso futuro agora. Assim que meu irmão e seus
bandidos não forem mais uma ameaça, nós realmente começaremos
nossas vidas. — Eu paro por um momento antes de continuar.
— Eu estive pensando... quando tudo isso acabar, eu quero fazer uma
cerimônia especial para comemorar nosso vínculo de companheiro. Nós
nunca fizemos isso aqui, mas eu testemunhei algumas dessas em outras
matilhas que visitei. Você ficaria feliz com isso? — Ela acena com
entusiasmo.
— Tínhamos cerimônias assim em Northridge. Não eram muito
frequentes, mas eram sempre muito especiais quando aconteciam. Você
podia sentir a conexão dos companheiros de longe.
Eu sorrio um pouco mais quando ela traz seus lábios aos meus e me
beija suavemente, o calor dela me envolvendo em um estado de êxtase.
Sentindo a necessidade de me aproximar dela, eu a pego e a coloco de
costas.
Ela suspira satisfeita enquanto eu cubro seu corpo com o meu peso
pressionando-a contra o colchão.
Nosso beijo logo se torna ardente, nossas bocas ficam presas em uma
batalha pelo controle. Meu pau endurece por ela, uma sensação de
excitação me toma quando ela envolve suas pernas macias em volta da
minha cintura. Só estive dentro dela uma vez e parece que foi há muito
tempo.
Estive pensando sobre isso a semana toda e agora que estou quase
totalmente curado, não há nada que me impeça, meu lobo até rosna em
aprovação.
Inclinando-me, tiro sua camiseta expondo as curvas suaves de seus
seios. Eu mergulho minha cabeça em seu pescoço e respiro fundo, seu
cheiro natural é insanamente erótico. Ela suspira de prazer quando eu
coloco seu seio em minha boca, sugando e girando minha língua até que
seu mamilo endurece completamente.
Sem pressa, faço o mesmo com o outro, mordendo levemente e
puxando-o na minha boca antes de soltar com um pop.
Eu me apoio em meus antebraços enquanto meus lábios percorrem
sua barriga, deixando pequenas mordidas de amor à medida que o cheiro
de sua excitação quase me deixa entorpecido.
Meu lobo rosna admirado quando coloco minha cabeça entre suas
pernas e quase perco o controle quando inalo seu cheiro ainda mais
fundo.
— Porra, seu cheiro é incrível, — eu grito, mal contendo meu lobo.
Pegando meus dedos, eu abro seus lindos lábios rosados e uso minha
língua para lambê-la do começo até o fim de sua fenda molhada.
Pequenos ruídos de gemidos vibram em sua garganta quando me
concentro em seu pequeno clitóris que treme levemente, deixando-me
saber o efeito que estou tendo sobre ela. Deslizando um único dedo
dentro de sua pequena boceta carnuda, eu o mexo para cima, acariciando
o local que a fez empurrar seus quadris para cima em minha direção.
Eu posso sentir ela apertando meu dedo, me levando ao quase êxtase
Ela grita quando eu chupo seu pequeno botão em minha boca e
mordisco, meus dentes afundando na carne macia e isso é tudo o que
basta. Seu corpo convulsiona quase violentamente quando ela desfalece
na minha boca, fazendo meu pau latejar dolorosamente enquanto eu,
inconscientemente, esfrego meu corpo contra os lençóis, tentando
encontrar algum tipo de alívio.
Quando seu corpo para de tremer, eu afasto meus dentes e beijo meu
caminho de volta até sua boca. Quando eu a olho novamente, algo
profundo passa entre nós, me enchendo de tanta emoção que tenho que
conter as lágrimas que ameaçam estragar o momento.
Seus olhos procuram os meus intensamente, minha alma exposta
enquanto eu meto contra sua entrada molhada.
Não consigo tirar os olhos dela enquanto a penetro lentamente, suas
expressões faciais transmitem o quanto ela precisa de mim. Nós dois
exalamos um suspiro de alívio quando estou totalmente acomodado
dentro dela, minha cintura se esticando e preenchendo-a perfeitamente.
E neste momento que realmente sinto que encontrei meu lugar.
Finalmente, minha alma pertence a algo.
Movendo meus quadris lentamente, me mexo em um ritmo silencioso
e a pulsação rítmica dentro dela me traz mais perto do ápice. Sem tirar
meus olhos dela, eu vejo uma devoção genuína em seu rosto fazendo algo
brotar bem dentro de mim.
Isto é amor. Nada mais pode explicar a maneira como ela me faz
sentir.
— Eu te amo, lobinha, — digo a ela enquanto olho profundamente em
seus olhos. Uma lágrima escorre por sua bochecha e sua boca se abre
ligeiramente quando ela olha para mim. Então, eu sinto sua doce fenda
me apertar com força. Seu corpo treme e vibra enquanto ela goza em
torno do meu pau, fazendo meus músculos tensionaram de desejo.
Beijando-a com força, engulo seus deliciosos gemidos enquanto ganho
velocidade.
Eu envolvo meu braço em volta de seus ombros, segurando-a no lugar
enquanto o outro passa por seu cabelo e dá uma puxada. Eu bombeio
mais forte, mais rápido, tão perto que posso sentir meu corpo tenso, mais
do que pronto para ir além do limite.
Eu gemo alto enquanto empurro profundamente dentro dela, meu
corpo inteiro tremendo enquanto eu cubro seu interior com minha
semente.
Abaixando minha cabeça até seu pescoço, meus dentes se alongam
antes de cravarem profundamente. Ela grita novamente, fincando suas
unhas compridas e afiadas nas minhas costas enquanto ela espreme até a
última gota de mim.
Ela segura meu rosto enquanto minha língua lentamente traça a dela,
deixando a última das ondas de choque se moverem através de nossos
corpos. Depois de um momento, ela se afasta e olha para mim.
— Eu também te amo. Rainier. — ela sussurra. — Eu te amava mesmo
antes de te conhecer.
Eu encosto meus lábios sobre sua testa antes de virar para o lado. Eu a
puxo para o meu peito e envolvo meus braços em volta dela com força,
mantendo-me totalmente situado dentro dela. Eu faço amor com ela
várias vezes antes de cair no sono mais tranquilo que já tive na vida.
Capítulo 25
Alexia
Um mês depois
Minhas patas enormes batem contra o chão úmido enquanto eu
ganho velocidade, as árvores densas cobrindo a maior parte do sol
poente.
Pequenos feixes laranja e amarelo refletem como manchas no chão da
floresta ao meu redor enquanto eu salto rapidamente sobre um arbusto
de rosas. O cheiro de minha companheira me impele para frente
enquanto eu entro em uma clareira a alguns quilômetros da fronteira sul
do território da minha matilha.
Tenho um rápido vislumbre de pelos negros voando para o mato, e
faço uma curva fechada para a esquerda para dar a volta e tentar cortar a
frente dela. Quando eu a encontro do outro lado, ela foge novamente,
suas patas se movendo rapidamente. Sua cauda chicoteia contra meu
focinho enquanto eu fico logo atrás dela, perseguindo-a até a beira de um
pequeno lago que fica no território da minha matilha.
Eu a belisco de brincadeira, meu rabo balançando com tanta força que
sacode todo o meu corpo com ele. Um ronronar profundo vibra em meu
peito enquanto ela expõe sua garganta em submissão, e eu reconheço
isso com uma leve beliscada em seu pescoço antes de baixar minha
cabeça em submissão a ela.
Nunca fui submisso a ninguém, desde criança, nem mesmo quando
apanhava do meu pai. Minha garota, porém, domina meu coração e
minha alma em todos os aspectos. As batalhas que eu travava dentro de
mim não tem chance contra ela.
Uma alma que nunca pensei que encontraria; ela é muito mais do que
eu esperava.
Ela era a parte de mim que eu nunca soube que estava faltando até
encontrá-la. Esfrego meu corpo grande contra o dela, nossos cheiros já
tão profundamente entrelaçados que se confundem. Pinheiros e
orquídeas. Chuva fresca e amoras.
Eu observo como ela se transforma facilmente, sua linda pele macia
substituindo seu pelo de obsidiana. Eu me transformo logo depois com a
necessidade incontrolável de senti-la. Gentilmente, eu a puxo e envolvo
meus braços em torno de seu corpo delicado.
Um suspiro suave e satisfeito escapa de seus lábios enquanto eu passo
meus dedos por seu longo cabelo e inclino sua cabeça para trás para que
eu possa ver seu lindo olhar esmeralda.
— Seu beta deve estar procurando por você, — ela brinca enquanto
pressiona seu corpo contra mim. Suas mãos sobem pelo meu peito e ao
redor do meu pescoço enquanto eu mordisco a marca em sua garganta.
— Toby pode esperar. — eu rosno, o tom grave da minha voz envia um
arrepio através ela. — Eu, entretanto, não posso.
— E a Matilha Lobos? — ela questiona. — Eles chegarão a qualquer
minuto. Precisamos estar presentes para recebê-los.
Esta noite é a nossa cerimônia de acasalamento, que não foi
necessária porque já estávamos acasalados, mas ambos queríamos uma,
pois é uma ocasião tão especial.
É uma festa da nossa união, que merece ser comemorada. Ela até me
convenceu a convidar a Matilha Lobos na esperança de que alguns de
nossos lobos solteiros encontrassem suas respectivas companheiras.
— Isso vai levar apenas alguns minutos, — digo a ela, fazendo-a rir.
Ela geme quando eu me inclino e puxo seu lábio inferior entre meus
dentes, o gemido me fazendo endurecer contra ela. Nossos lábios se
encontram, sua língua macia se movendo contra a minha em perfeita
sincronia, mas antes que eu possa ir longe demais, ela me empurra de
volta.
Meu olhar confuso encontra o dela antes que suas próximas palavras
me surpreendam completamente.
— Estou grávida, Rainier, — ela deixa escapar, fazendo-me congelar.
Meu coração quase para por um momento enquanto suas palavras são
registradas em minha mente.
— O que você disse? — eu pergunto, com minha voz agora séria.
— Você vai ser pai, — ela confirma, e o orgulho logo cresce em meu
peito.
Eu vou ser pai.
— NÓS vamos ser pais!
Meu lobo uiva, sua alegria e excitação são nítidas. Abaixando-me, dou
um leve beijo em sua barriga antes de fazer o mesmo em seus lábios.
— Esta é uma notícia incrível, — digo a ela. segurando seu rosto em
minhas mãos. — Você me faz muito feliz, lobinha.
— Estou um pouco nervosa, — ela sussurra contra meus lábios
quando tento beijá-la novamente.
— Por que você está nervosa? — eu pergunto a ela suavemente.
Seus olhos mantêm contato com os meus enquanto ela responde:
— Tudo, eu acho. Trabalho de parto, o parto em si, ser uma boa mãe.
Pode escolher.
Puxando-a em meus braços, pressiono meus lábios no topo de sua
cabeça.
— É normal ficar um pouco nervosa, mas saiba que estarei lá em todos
os momentos. Você é forte e sei que será uma mãe incrível. Estamos nisso
juntos e pretendo ser o melhor pai e companheiro que puder.
Ela relaxa instantaneamente, o vínculo de companheiro enviando
minhas vibrações calmantes direto para ela.
— Eu quero isso com você, — eu digo a ela honestamente. — O amor
que tenho por você e nossos futuros filhotes é infinito. Este é o começo
do nosso futuro e, além de você, acho que nunca vi nada tão brilhante e
promissor.
Quando voltamos para o limite da floresta, colocamos nossas roupas
de volta enquanto o som de rock pesado explode no ar.
— Parece que Toby está se divertindo. — eu rio enquanto fazemos
nosso caminho na direção da música.
Nós viramos a esquina da casa da matilha, e parece que a festa está em
pleno andamento quando vejo meu beta conversando com um grande
homem que presumo ser o Alfa da Matilha Lobos. Toby está com o braço
em volta de uma pequena mulher.
— Alfa Stone, Luna, — o Alfa nos cumprimenta quando nos
aproximamos deles. — Obrigado por nos convidar.
— O prazer é meu, — eu respondo. — Desculpe, estamos um pouco
atrasados.
Alfa Eridian sorri.
— Sem problemas. Eu entendo. Parece que nossa visita já está valendo
a pena. — Ele acena para o meu beta, que parece mais feliz do que eu
jamais o vi.
— Esta é minha companheira, Camille, — Toby afirma com orgulho
enquanto apresenta a fêmea.
Minha garganta se aperta com a felicidade que sinto por meu amigo
mais antigo.
Depois de anos de busca, ele finalmente encontrou sua outra metade
e devo agradecer à minha companheira por isso.
— Prazer em conhecê-la, Camille, — diz Alexia, fazendo a fêmea sorrir
timidamente.
— Prazer em conhecê-la também, Luna, — ela diz.
O cheiro de churrasco de repente flutua no ar, fazendo com que
minha mulher se anime ainda mais.
— Estou morrendo de fome, — ela diz. Eu sorrio para mim mesmo
enquanto me viro e dou um beijo em sua testa.
— Bem, vamos encontrar algo para comer, — digo a ela. — Não posso
deixar meu filhote ficar com fome, não é mesmo?
— Filhote? — Toby pergunta confuso enquanto ouve o que eu disse.
— Você acabou de dizer filhote?
Envolvendo meu braço em volta da minha mulher, eu aceno com
orgulho.
— Isso mesmo. Vamos ter um filhote.
— Caralho, eu vou ser tio!? — ele exclama em voz alta enquanto me
abraça. — Eu encontro minha companheira, e descubro que vou ser tio
tudo num dia. Tem como essa noite ficar melhor?
— Sim, você vai ser tio, — eu rio enquanto bato em seu ombro
algumas vezes. — Agora, vamos buscar algo para sua Luna comer.
Eu preparo um prato para nós dois e nos sentamos em uma das mesas
que foram colocadas fora da casa da matilha. Pego uma grande garfada de
carne de veado defumada, levo até sua boca e ela come rapidamente.
— Mmmmm, — ela geme. — Isso é tão bom! — Eu continuo a
alimentá-la e em pouco tempo, ela termina seu prato e metade do meu.
— Estou cheia, — ela diz enquanto esfrega sua barriga ligeiramente
arredondada. Seus olhos procuram os rostos ao nosso redor antes de
falar novamente. — Você viu Ardon ou Gennie? — ela pergunta. Olhando
em volta, eu os vejo em uma mesa próxima.
— Parece que eles estão ficando confortáveis na presença um do
outro, — digo a ela enquanto aponto para eles. Ele envolve o braço em
volta dela enquanto a alimenta também.
— Estou feliz, — ela diz, um olhar nostálgico passando rapidamente
por seus olhos. — Ambos merecem ser felizes. Eu só queria que meu
irmão pudesse estar aqui para comemorar conosco. — Inclinando seu
queixo para cima, eu limpo uma lágrima solitária com meu polegar
enquanto ela cai por sua bochecha.
— Seu irmão está aqui, — digo a ela suavemente. — Ele vive através
das memórias que você guarda dele. Ele sempre estará com você em seu
coração. — Ela sorri tristemente antes de enxugar o resto de suas
lágrimas.
— Você está certo, — diz ela enquanto inspira profundamente. — Eu
te amo, Rainier.
— Eu também te amo, bebê, — digo a ela antes de me levantar e puxá-
la pela mão. — Agora, vamos acabar com isso para que eu possa levar
você de volta para o nosso quarto. — Ela sorri tristemente antes de
enxugar o resto de suas lágrimas.
*
A lua cheia paira bem alto no céu noturno enquanto caminhamos
para a plataforma de madeira à luz de velas que geralmente usamos para
reuniões da matilha.
Estamos diante de nossa matilha e de nossos convidados, e todos eles
ficam em silêncio quando chegamos.
— Quero agradecer a todos por terem vindo esta noite, — digo a eles.
— É uma ocasião muito especial para a sua Luna e para mim, e significa
muito para nós que todos vocês quisessem fazer parte dela.
Meu beta se levanta e caminha para a plataforma pronto para oficiar a
cerimônia conforme planejado.
— Vocês estão prontos? — ele pergunta.
Nós dois acenamos com a cabeça quando me viro para minha mulher
e pego suas mãos.
— Alexia, você é minha lua, meu amor, minha alma e a mãe de meus
futuros filhotes. Prometo amar e proteger você e nossos filhotes com
tudo que há em mim. Serei tudo o que você precisa que eu seja e sempre
tratarei você como minha igual.
Lágrimas brotam de seus olhos, seu lindo sorriso conforta minha
alma.
— Rainier, você é minha rocha e a força que sempre precisei. Você me
fez ver coisas em mim que eu nem sabia que existiam. Quando olho para
você vejo todo o meu futuro e não poderia estar mais orgulhosa de tê-lo
como meu companheiro. Meu coração é seu. Sempre foi.
Limpando as lágrimas dos meus olhos, eu me inclino e dou um beijo
suave e doce em seus lábios.
— Sob a luz da lua cheia, peço à Deusa que abençoe esta união de
almas, — diz Toby. — Que vocês dois vivam muito e prosperem. Agora
você pode reivindicar sua companheira.
Sem perder tempo, eu a puxo para mim e deixo minha cabeça descer
até seu pescoço.
Meus dentes afundam profundamente em seu ombro e, ao mesmo
tempo, os dela se cravam na pele logo acima da minha clavícula, fazendo
com que ambos se desequilibrem ligeiramente enquanto o vínculo do
companheiro corre através de nós. Um coro de aplausos ecoa ao nosso
redor enquanto seu perfume percorre meus sentidos. Não tenho certeza
do que esperar do resto da minha vida, mas enquanto ela estiver comigo,
sei que vou ficar bem.
— Eu te amo, minha mulher, — digo enquanto ela olha para mim com
adoração. Inclinando-me, descanso minha mão em sua barriga e sussurro
suavemente: — E eu te amo, meu pequenino.
Capítulo 31
Alexia
Não se passaram muitas luas desde a última vez que tirei uma vida.
Admitindo-se que a maioria das vidas que tirei foi em uma situação
em que era matar ou morrer, a tristeza e o arrependimento que
geralmente sinto por devolver uma alma à lua não estão em lugar
nenhum agora.
O homem que tentou estuprar Artemis não era digno de sua vida, não
merecia andar livre sobre a terra.
Eu sei em meu coração que nenhum homem deve machucar uma
mulher. A mulher é a fonte da vida, aquela que traz a própria vida a este
mundo.
É a única coisa que me lembro dos ensinamentos da minha mãe, mas
é algo que nunca esquecerei.
Eu estava vivo há apenas cinco verões quando fui levado dela. Minha
infância foi frustrada pelo próprio diabo, me forçando a lutar e com
punições extremas quando recusava por anos.
Isso eventualmente nublou tanto minha memória dela que eu nem
consigo mais me lembrar de como ela é.
Meu lobo, sentindo-se vitorioso ao matar o inimigo de sua fêmea, uiva
alto na minha cabeça, me trazendo de volta ao presente, enquanto ele
deseja confortá-la.
Meu ser me diz que esta mulher é minha para proteger, e sei que, do
fundo da minha alma, faria qualquer coisa para fazer exatamente isso.
Achei que era de mim que ela precisava se proteger, mas agora não
tenho tanta certeza.
Eu olho para ela, meu coração apertando dolorosamente enquanto eu
observo o sangue emaranhado em seu cabelo e manchando seu rosto.
Se eu tivesse atrasado mais alguns minutos, ela certamente não estaria
sentada aqui olhando para mim com aqueles olhos de fogo que
cresceram tanto sobre mim nos últimos dias.
— Você o matou? — Ela me pergunta, com seus olhos se arregalando
de horror e descrença.
Eu fico em silêncio enquanto ela pula da cama e balança algumas
vezes antes de eu estender a mão e gentilmente estabilizá-la.
Ela se afasta do meu alcance e rapidamente caminha até a pequena
janela em seu quarto e olha para fora com expectativa.
— Eu não vi ninguém ainda, — ela diz preocupada. — Você contou a
alguém, J?
— Não, — ele diz enquanto esfrega a mão no rosto. — Eu estava
patrulhando quando ouvi você gritar. Vim aqui o mais rápido que pude.
Achei que o gigante aqui tivesse feito algo com você.
Ele acena para mim enquanto fala, e eu rosno com a acusação.
O rosto do homem empalidece enquanto eu caminho até ele, com a
fúria de mais cedo ainda fervendo dentro de mim.
— Eu nunca a machucaria, seu tolo, — eu rosno para ele. — E eu vou
matar qualquer um que tentar.
— Isso é o suficiente, — Artemis sibila enquanto ela se posiciona entre
nós. — O que está feito está feito. Agora tenho que descobrir como
consertar isso.
— Jackson, você vai pegar o corpo de Byron? Traga-o aqui para que
não fique apenas exposto. Vou precisar de algum tempo para dar um jeito
nisso.
— Você não pode estar falando sério, — ele zomba. — Precisamos
contar ao seu pai. Aquela besta acabou de matar um Alfa!
— Aquele porco nojento não é digno de ser chamado de Alfa, — ela
ferve, com os dentes cerrando com tanta força que tenho medo de que
possa quebrá-los.
— Ele tentou me estuprar e definitivamente teria me matado depois.
A única razão pela qual estou viva é por causa dessa besta.
Eu assisto completamente pasmo enquanto ela me defende deste
homem. Nunca tive ninguém me defendendo antes.
Há uma força nesta fêmea que posso sentir, a mesma força que posso
sentir em outros machos Alfa.
Assim que as palavras saem de sua boca, a expressão de seu amigo
muda para uma de preocupação.
— Eu sinto muito, A, — ele afirma com simpatia enquanto estende a
mão e toca seu ombro.
Eu mordo de volta a raiva que ameaça me engolfar quando ele toca
minha mulher, mas consigo segurá-la por causa dela.
— Vou buscá-lo, — diz ele gravemente, — mas temos que contar ao
seu pai logo de manhã. Estamos em uma merda profunda agora.
Ela acena com a cabeça uma vez e então ele vai embora, deixando-nos
sozinhos na escuridão de seu quarto.
O silêncio do espaço ao nosso redor faz pouco para acalmar meus
pensamentos, e começo a me preocupar se ela está com raiva de mim,
embora não tenha certeza do porquê.
Logo, esses pensamentos são colocados de lado quando ela coloca a
mão no meu peito nu.
— Obrigada, — ela diz baixinho enquanto uma lágrima desliza por
sua bochecha.
Alcançando seu rosto, eu limpo a umidade com meu polegar antes de
levantar seu queixo com meu dedo.
— Por favor, não chore, — digo a ela, e sem pensar, eu me inclino e
pressiono meus lábios nos dela.
A eletricidade pura flui entre nossas bocas pelo momento fugaz em
que se unem, e é nesse momento que sei que não posso deixá-la.
O gosto dela me deixa sem fôlego de uma maneira que eu nunca
conheci ou experimentei. Seu doce perfume corre em minhas veias
enquanto a inspiro, com meu corpo ansiando por algo que nunca teve.
Quando me afasto, seus olhos estão arregalados com uma emoção que
ainda não entendi muito bem, mas tenho certeza de que é a mesma que
estou sentindo agora.
Eu nunca estive tão perto de uma mulher, nunca realmente tive o
desejo de estar tão perto de uma mulher até que a conheci.
Seu corpo suaviza contra o meu enquanto eu a puxo com força para
mim, com apenas um toque dela acalmando meus medos e preocupações
mais profundos.
— Por que você saiu? — Ela pergunta baixinho, com sua voz abafada
ao pressionar seu rosto no meu peito.
— Achei que estava fazendo a coisa certa, — digo a ela. — Eu pensei
que estava te protegendo.
— Me protegendo do quê? — Ela pergunta enquanto eu passo meus
dedos por seu cabelo escuro e macio.
Eu sei que vou ter de dizer a ela se pretendo ficar por aqui. Ela precisa
saber contra o que estou lutando, contra o que estamos lutando.
— De mim, — eu finalmente digo. — Daqueles que certamente estão
me caçando agora.
Ela se inclina para trás e olha para mim, com preocupação gravada em
seu lindo rosto.
— Diga-me, — ela diz. — Diga-me quem está te caçando. Eu preciso
saber tudo. — Olhando para ela, decido que é agora ou nunca, e se ela me
odiar depois de descobrir tudo de que sou culpado, que seja, mas quero
que ela saiba quem eu sou. O verdadeiro eu.
— Eu sou um monstro, — digo a ela lentamente.
— Uma besta que foi criada para lutar. Eu não tenho liberdade. Meu
único propósito é obedecer ao meu mestre, lutar e matar. Minha alma
não é minha há muito tempo.
Ela se agarra a cada palavra enquanto eu falo, com seus olhos ficando
mais arregalados a cada segundo.
Por um momento, temo ter cometido um erro. Eu percebo o quão
insano isso deve soar para ela, para alguém que fala de matilhas e
companheiros pacíficos.
Antes que eu tenha a chance de continuar, o som da porta da frente se
abrindo chama minha atenção. Alguns segundos depois, Jackson entra na
sala.
— Espero que você tenha descoberto alguma coisa, — ele diz
freneticamente através da respiração ofegante. — Daniel estava
patrulhando na fronteira sudeste e ouviu você gritar. Ele alertou o Alfa, e
ele está vindo para cá com seus guerreiros agora.
Capítulo 12
ACALMANDO A DOR
Artemis
Eu quase não registro o que Jackson diz quando ele irrompe em meu
quarto, mas minha mente está girando com o que Aeros acabou de me
dizer.
Estou ainda mais confusa agora do que quando não sabia nada sobre
ele.
Acho que uma pequena parte disso tem a ver com aquele beijo porque,
mesmo que tenha sido breve, acendeu um fogo dentro de mim diferente
de tudo que eu já senti.
Estou começando a aprender que o vínculo do companheiro e sua
química estranha são muito reais.
Seu perfume masculino único ainda permanece no meu nariz, e a
forma como seus lábios macios traem o resto dos planos ásperos e duros
de seu corpo, eu simplesmente não consigo pensar direito.
— O que nós vamos fazer? — Jackson pergunta apressadamente,
efetivamente quebrando minha linha de pensamento atual. Sua
expressão tem pânico estampado em tudo, mas por algum motivo, o
pânico não me atinge.
— Saia, J, — eu digo a ele calmamente. — Você não teve nada a ver
com isso.
— Mas, A, — ele começa a argumentar, mas eu o interrompo e o
chamo em direção à pequena janela do meu quarto.
— Pode ir, — eu digo enquanto abro a janela. — Não se preocupe
comigo. Tudo ficará bem.
Ele me dá uma olhada, deixando-me saber que ele não concorda, mas
ele sobe de qualquer maneira a janela do tamanho exato de seu corpo
grande, e ele desaparece na escuridão da noite.
— Por que ele está tão preocupado? — Aeros me pergunta enquanto
eu me viro para encará-lo. — Esse homem não é mais uma ameaça para
você. — Não tenho tempo de responder porque minha porta da frente se
abre, fazendo a velha casa tremer com a força disso.
— ARTEMIS!? — A voz do meu pai ecoa pela sala de estar.
— Aqui, pai, — eu grito de volta para ele enquanto deslizo minha mão
da mão muito maior do meu companheiro.
Ele me segue até a sala de estar onde meu pai e oito de seus guerreiros
estão e, ao que parece, eles estão prontos para lutar assim que meu pai
der a ordem.
Assim que meu pai me vê, seu rosto se contorce de raiva e
preocupação. — O que aconteceu?! — Ele berra, com sua raiva rastejando
ainda mais em sua voz. — Quem fez isso com você?!
Ele nem parece notar o enorme macho ao meu lado enquanto ele
percebe meus ferimentos, e estou grata que Aeros permanece em
silêncio.
— Byron, — digo a ele. — Ele estava bêbado e tentou me estuprar.
— Aquele filho da puta! — Meu pai grita enquanto se vira para seus
guerreiros. — Encontre-o e traga-o para mim agora! Ele terá sorte de ver
amanhã! — Seus guerreiros obedecem e se dispersam rapidamente, e
quando ele se vira, sua expressão se desfaz enquanto ele estende a mão
para tocar minha bochecha inchada.
— Sinto muito, querida, — ele me diz, e é então que Aeros faz sua
presença ser conhecida como um rosnado baixo retumbando em seu
peito.
— Está tudo bem, — digo ao meu companheiro suavemente. — Este é
meu pai. Ele não vai me machucar.
A tensão em seu rosto diminui quando nossos olhos se encontram, e
ele acena com a cabeça uma vez enquanto meu pai olha, perplexo.
— Quem é você? — Meu pai pergunta. — O que está acontecendo,
Artemis?
Algo que quase parece orgulho, junto com um monte de nervosismo,
toma conta de mim quando apresento meu companheiro ao meu pai
pela primeira vez.
— Pai, este é Aeros, — digo a ele ansiosamente. — Meu companheiro.
— Seu companheiro? — Ele pergunta enquanto a raiva em sua voz
diminui. — Como isso aconteceu?
Como vocês se conheceram?
Respirando fundo, engulo o nó na minha garganta enquanto me
preparo para sua reação.
— Eu o encontrei perto do limite da fronteira da matilha, — eu digo.
— Eu acho que ele pode ser o prisioneiro da matilha Gorion. Ele estava
quase morto quando o encontrei. Eu acredito que eles o machucaram,
até o torturaram.
— Há quanto tempo você o encontrou? — Ele pergunta enquanto
estuda o gigante ao meu lado, e eu fico tensa sabendo que ele não vai
gostar da minha resposta.
— Há mais de uma semana, — quase sussurro, e sinto Aeros apertar
minha mão de maneira tranquilizadora.
— Por que você não me contou? — Ele pergunta, sua voz ficando mais
alta com cada palavra. — Ele cheira a um dos sem matilha.
Meu pai rosna o nariz ao dizer isso, e a raiva que de repente me
domina é quase tangível.
— E daí se ele não tiver matilha? — Eu pergunto enquanto cruzo
meus braços sobre o peito. — É exatamente por isso que eu não te contei.
— Ele pode ser perigoso, Artemis, — ele responde, nunca tirando os
olhos do meu homem. Depois de alguns momentos de silêncio
desconfortável, um de seus guerreiros volta.
— Encontramos Byron, senhor, — diz ele. — Lamento informar que
ele já está morto. — Meu pai olha para mim e depois de volta para Aeros,
e eu sei que ele sabe.
— Diga-me exatamente o que aconteceu, — ele diz severamente, e eu
faço exatamente isso.
Depois de contar toda a história, meu pai esfrega a mão no rosto,
cansado.
— Obrigado, — ele diz a Aeros sinceramente, — por proteger minha
filha quando eu não pude. Estou muito grato por isso, mas isso poderia
muito bem iniciar uma guerra.
— O pai de Byron vai no mínimo desafiá-lo, e essa batalha será uma
luta até a morte.
— Ele estava apenas me defendendo daquele idiota, — eu interrompi.
— Ele não deveria ser desafiado por isso, por tentar proteger sua
companheira! Se alguém deve ter alguma culpa em alguma coisa, sou eu.
— Eu o trouxe aqui, afinal, e o mantive em segredo. Ele é minha
responsabilidade. Sou eu quem deveria ser desafiada!
— De jeito nenhum, — ele diz. — Nada disso é culpa de ninguém, e
até onde eu sei, a justiça foi feita, mas o fato de ele não ter matilha e
acabar de matar o filho de um Alfa, ele será desafiado como tal.
— Ele precisa vir comigo agora até que eu consiga resolver isso. Eu
preciso ter certeza de que ele não é um perigo para o resto da matilha.
Aeros endurece ao meu lado com sua declaração, e eu sei que isso não
será uma possibilidade agora.
— Não, — digo com firmeza, — ele fica comigo. Eu realmente não
acredito que ele seja um perigo para ninguém. Seu coração é bom,
mesmo se ele não tiver matilha, e mesmo isso não é culpa dele. — Ele não
é como o resto de nós, e ele não é como os outros de quem você me
falou. Ele não sabe nada sobre a vida da matilha. Ele foi mantido contra
sua vontade por muito tempo, disso eu sei. Ele precisa de sua
companheira agora. Ele precisa de mim!
Eu viro minha cabeça quando termino de falar, não sendo mais capaz
de manter contato visual com o Alfa, que é meu pai.
— Ok, ele pode ficar, — ele diz, seu tom suavizando, antes de se virar
para Aeros, — por enquanto. Se fosse eu, eu sei que provavelmente teria
matado aquele desgraçado também, então não vou usar isso contra você.
— Eu tenho um mau pressentimento sobre ele desde que ele chegou
aqui, mas seu pai e eu somos aliados e não acreditava que ele fosse
perigoso.
— Quanto a quem está te caçando, vou designar dois de meus
guerreiros para ficar de guarda do lado de fora, e se algo acontecer,
acredite em mim, eu serei o primeiro a saber. Falaremos mais sobre isso
amanhã.
Eu dou um suspiro de alívio e aceno com a cabeça, grata por meu pai
ter sido tão compreensivo. Depois de um pouco mais, ele beija minha
testa antes de ir embora.
— Venha, — Aeros diz assim que estamos sozinhos, com o tom de
barítono profundo de sua voz vibrando em meus pensamentos e se
estabelecendo nas partes mais profundas de mim.
Ainda me sinto um pouco tonta do que tenho certeza que é uma
concussão, mas o sigo até meu banheiro e me sento na lateral da
banheira enquanto ele abre a torneira.
A pequena sala se enche de vapor quente enquanto ele enche a
banheira e, quando ele termina, ele me agarra por baixo dos meus braços
e me levanta para que eu fique na frente dele.
Eu realmente nem tenho tempo para pensar enquanto ele se abaixa e
levanta minha camisa para cima e sobre a minha cabeça.
— O que você está..., — eu começo, mas meus pés rapidamente
deixam o chão quando ele me levanta novamente, desta vez com um
braço em volta das minhas costas e o outro sob minhas coxas. Então, sou
suavemente colocada na água morna.
Afundando um pouco mais, fecho meus olhos e suspiro, grata pelo
calor que se infiltra em meu crânio dolorido.
Depois de alguns minutos de molho, me sinto melhor e me sento para
ver que Aeros ainda está parado no mesmo lugar, parecendo um tanto
desconfortável.
— Você está bem? — Eu pergunto enquanto meus olhos baixam, e só
então eu vejo porque ele parece tão desconfortável. É muito difícil não
perceber.
Os shorts de ginástica que ele está vestindo faz muito pouco para
esconder o que eu acabei de ver latejando.
O tamanho dele deve ser o suficiente para me fazer encolher, mas eu
juro que só faz minha barriga treme, pois deseja ser preenchida por ele.
Quando meu olhar encontra o dele novamente, ele quase parece
envergonhado.
— Estou bem, — diz ele depois de limpar a garganta, e noto que sua
voz está ainda mais grave do que o normal.
— Quantos anos você tem? — Eu pergunto.
— Vinte e seis verões.
— Você já esteve com uma mulher?
— Não, nunca, — diz ele. — Eu te disse. Antes da minha última
transformação, minha pele não via a luz do dia há muito tempo.
— Quanto tempo? — Eu questiono, genuinamente curiosa para saber
mais sobre ele.
— Já se passaram pelo menos dez verões desde minha última
transformação antes de conhecer você, — ele responde, e eu franzo a
testa com a dor em seu rosto enquanto ele tenta se ajustar discretamente
através dos shorts.
— Isso é natural, — digo a ele casualmente enquanto aponto para a
metade inferior de seu corpo.
— Eu sou sua companheira. Sem falar que estou completamente nua.
— Eu pensaria que algo está errado se você não tivesse essa reação.
Não precisa ficar envergonhado.
— Eu não vou mentir, — ele murmura enquanto seus olhos
penetrantes permanecem na minha pele nua. — Meu lobo está me
dizendo para afundar meus dentes tão profundamente em sua garganta
para que fique permanentemente marcada. — Ele para de falar por um
momento, como se para se recompor, e eu mordo meu lábio com força
enquanto ele se abaixa e aperta seu membro inchado através do tecido
fino.
— Meus instintos me dizem que você é minha. Eles me dizem que eu
deveria estar dentro de você. Tão profundamente dentro de você que eu
não posso dizer onde você começa e eu termino.
Capítulo 13
ALIVIANDO A TENSÃO
Aeros
Instinto.
Esse desejo inato e primordial tem sido a força motriz que me
manteve vivo pela maior parte da minha vida, mas, neste momento,
parece mais uma fome insaciável.
É como uma sede profunda, o que esta mulher despertou tão
profundamente dentro de mim.
Esse sentimento é tão estranho para mim, com sua mera presença
como uma chama ameaçando engolfar meu próprio ser. Nunca vi a pele
nua de uma mulher até ela, e sei que nunca vou querer ver outra.
Sua pele nua é tão provocantemente bela, seus seios fartos e redondos
mal escondidos sob o comprimento de seu cabelo comprido e escuro.
Sem ela dizer uma palavra, posso sentir suas curvas suaves implorando
pelo meu toque. Eu anseio por estar dentro dela de todas as maneiras
possíveis, ser um com ela, fazer seu corpo e alma serem meus.
— Meus.
O animal dentro de mim repete isso indefinidamente na minha
cabeça como um mantra.
Ele me implora para marcá-la com meus dentes, para marcar
permanentemente sua pele delicada, pois só então ela será nossa
completamente, mas eu nunca poderia infligir-lhe tanta dor.
Respirando fundo, tento empurrar a besta ainda mais para trás em
minha mente enquanto ele tenta assumir o controle, pois me preocupo
em não ter nenhum poder sobre ele depois que ele o fizer, e não vou
deixá-lo machucá-la.
Não aquela que me mostrou a única bondade que já conheci.
— Aeros..., — sua doce voz sussurra suavemente, tirando-me dos
pensamentos caóticos que passam pela minha cabeça.
Eu engulo em seco quando ela se levanta de seu banho, com meus
olhos seguindo cada gota de água que rola de seu corpo.
Minha respiração fica superficial quando ela dá alguns passos para
mais perto de mim e a dor entre minhas pernas acelera, fazendo-me
apertar o apêndice latejante novamente na esperança de algum tipo de
alívio.
— Eu não quero te machucar, — eu engasgo enquanto sinto meus
dentes se alongarem em pontas afiadas.
Mordendo meu lábio com pontas de navalha, o gosto acobreado de
sangue enche minha boca, mas não faz nada para aliviar a dor que está
passando por mim.
— Você não vai, — ela responde com sinceridade, e não posso deixar
de pensar que lobinha corajosa ela é.
Há uma verdade em sua voz que me faz querer acreditar nela. Ela não
me deu nenhuma razão para não acreditar nela, mas não é ela. Sou eu em
quem não confio.
Afastando-me dela, coloco minhas mãos na parede e me preparo, com
minha cabeça baixa enquanto tento dominar meu lobo.
Depois de algumas respirações profundas, enrijeço-me quando sinto
suas mãos percorrerem minhas costas, com o menor toque dela fazendo
a besta dentro de mim enlouquecer novamente.
— Não, — eu digo a ela, com minha voz afiada e tensa.
— Eu posso te ajudar, — diz ela de forma tranquilizadora, seu corpo
tão perto do meu que posso sentir o calor dela nas minhas costas. —
Deixe-me ajudá-lo.
Embora eu tenha medo do que pode acontecer, fico em silêncio e
imóvel enquanto ela envolve seus braços em volta de mim, com meu
estômago apertando enquanto suas mãos se movem lentamente do meu
peito para o lugar que mais dói.
— Artemis, — eu sibilo com os dentes cerrados, minha voz mal
reconhecível aos meus próprios ouvidos enquanto seus dedos macios
roçam meu comprimento inchado através do pedaço de pano que me
cobre. — Por favor.
Seus lábios roçam nas minhas costas enquanto ela desliza a mão
dentro dos shorts e me liberta, com meus quadris empurrando para
frente enquanto ela me agarra com força, e eu mantenho minhas mãos
firmemente plantadas na parede à minha frente para me equilibrar.
— Se você não gostar, eu paro, — ela respira enquanto começa a me
acariciar lentamente.
Sua mão macia parece incrível ao meu redor, com a sensação de um
calor escaldante se espalhando lentamente pelo meu corpo, apenas
esperando para ser liberado.
— Por favor, — eu grito. — Não pare.
Meu pedido não passa despercebido porque seu aperto aumenta ainda
mais, e um pequeno gemido escapa de seus lábios enquanto eu me
empurro em sua mão com mais força, mais rápido, cada golpe me
trazendo mais perto do alívio que procuro.
Hipnotizado, eu observo enquanto meu comprimento se move para
frente e para trás, a substância pegajosa vazando da ponta cobrindo sua
mão e me fazendo deslizar sem esforço em suas mãos.
Depois de mais alguns momentos, eu viro minha cabeça para olhar
para ela, com meu olhar indo de seus lábios entreabertos até onde sua
mão livre está atualmente situada entre suas coxas.
Eu gemo quando seus dedos se movem dentro dela, os dedos
brilhantes e úmidos com seu desejo.
Não sendo capaz de me impedir, eu chego para trás e substituo seus
dedos pelos meus, com a carne lisa e aveludada dentro dela se contraindo
quase imediatamente quando eles entram nela. Ela grita enquanto pulsa
em volta do meu dedo, com o som dela fazendo o calor se transformar
em pura eletricidade enquanto rasga meu corpo em uma chama
consumidora.
— Artemis! — Eu rugi enquanto meus quadris sacudiam
descontroladamente, meu comprimento latejando e pulsando enquanto
minha semente derrama em sua mão.
— Puta merda, — ela sussurra após a última das ondas de choque
passar por mim. — Isso foi tão bom.
Virando-me, limpo minha garganta, incapaz de formar qualquer
palavra coerente, então me inclino e pressiono meus lábios contra sua
testa.
*
Um tempo depois, de volta à escuridão de seu quarto, ela veste uma
camisa e se arrasta para a cama.
— Devíamos dormir um pouco, — diz ela com um bocejo. — Seja o
que for que traga amanhã, provavelmente não será nada bom.
Entrando nos lençóis macios atrás dela, eu envolvo meu braço em
tomo dela e a puxo para cima de mim. Com sua cabeça no meu peito, eu
enterro meu nariz em seu cabelo, com o cheiro dela infiltrando cada
célula do meu corpo.
— Aeros? — Ela chama com o sono pesado em sua voz. — Prometa-
me que se o pai de Byron desafiar você, você não o deixará vencer.
— Não se preocupe comigo, — digo a ela suavemente enquanto passo
meus dedos por seu cabelo. — As probabilidades estavam contra mim
durante toda a minha vida e, no entanto, aqui estou.
Eu não disse a ela apenas uma semana atrás que eu estava implorando
pela morte enquanto era arrastado para outra batalha para tirar outra
vida. Não importa o quanto eu implorasse, meu lobo não nos permitiria
perder.
A morte me acompanhou por toda a minha vida, mas de alguma
forma, sempre estou um passo à frente.
Finalmente sinto, pela primeira vez em minha existência solitária, que
tenho algo pelo que viver e lutar, e pretendo fazer exatamente isso.
Capítulo 14
UM VISITANTE INESPERADO
Artemis
Vulnerável.
Exposta.
Estimada.
Tantas palavras sem sentido que eu poderia usar para descrever as
emoções que estão surgindo através de mim agora, mas nenhuma faria
justiça ao meu coração.
Não sei como chegamos a esse ponto e definitivamente não imaginei
isso acontecendo em uma matilha estranha no meio do nada, mas talvez
seja assim que deveria ser.
Talvez seja isso que a Deusa planejou o tempo todo, ou talvez ela
encontre humor em tudo isso de alguma forma. Seja qual for o motivo,
fica para trás em minha mente com facilidade.
Tudo o que aconteceu na minha vida empalidece neste momento.
Todas as paredes que construí não tiveram chance contra ele.
Minha doce besta habitou as partes mais profundas de mim até que
não houvesse espaço para dúvidas e incertezas.
Estou apaixonada por ele.
Eu não tive tempo para reconhecer isso, mas eu soube no momento
em que deixei minha matilha para ele. Eu soube então que iria segui-lo
até os confins da terra, custasse o que custasse.
Nossas almas estão amarradas, presas pela bênção eterna da lua. Ele é
minha maior força e minha maior fraqueza.
Minha mais doce prorrogação e meu desejo mais sombrio.
Minha pulsação troveja em meus ouvidos, neste momento muito
intenso. Sinto-me exposta e não tenho onde me esconder. Eu o sinto em
meu coração, em minha mente, procurando e sondando por tudo o que
existe.
Minhas memórias, minhas esperanças, meus sonhos. Eles estão todos
expostos a ele, revelando minha própria essência.
Eu puxo uma respiração instável enquanto Aeros descansa sua testa
na minha, seu com olhar penetrante me mantendo cativa.
Então, um sorriso raro e lindo se espalha por seu rosto, e é quase o
suficiente para me colocar de joelhos.
Eu me inclino para seu toque enquanto sua mão vem para embalar
meu rosto, com seu polegar traçando um caminho suavemente sobre
meu lábio inferior.
— Eu te amo, Artemis, — ele diz, com sua voz cheia de emoção. — Eu
te amo mais do que a preciosa luz do dia. Você me mostrou seu coração.
O meu é seu para fazer o que quiser.
Inclinando-se para frente, ele passa seus lábios contra os meus, e eu os
abro para ele. Seu doce beijo me arrasta para baixo, a suave carícia de sua
língua um sussurro de seu amor eterno.
Quando uma lágrima escorre pela minha bochecha, digo a ele algo
que nunca disse a nenhum homem.
— Eu também te amo, Aeros. Diferente de tudo que eu já amei.
Ele me dá mais um beijo lento e demorado antes de ser retirada da
água, seus braços fortes são uma âncora calmante de conforto.
Vários passos longos depois, ele me deita em cima das peles macias
estendidas sobre a cama. Dando um passo para trás, sua expressão
escurece enquanto seus olhos se movem sobre minha carne nua.
— Você vai me dizer se eu for muito bruto, — ele rosna baixo. —
Agora, abra essas pernas bonitas para que eu possa te ver.
Engolindo em seco, faço o que ele diz, com o comando flagrante
fazendo meu coração martelar no meu peito. Minha pele queima, meus
mamilos instantaneamente endurecem sob seu olhar intenso.
Quando seus olhos viajam mais para baixo, ele para quando alcança
minhas partes mais íntimas. — Tão linda, — ele murmura, com seus
olhos dilatando até que eles iluminam com aquelas brasas de outro
mundo.
Ao mesmo tempo, as chamas da lareira atrás dele ganham vida, a luz
bruxuleante acariciando sua pele nua.
Como se estivesse em transe, meus lábios se separam enquanto eu o
considero pelo que parece ser a primeira vez.
Ele parece etéreo. Uma visão não destinada a olhos mortais.
O cabelo escuro e macio que emoldura suas feições marcantes, a linha
dura de sua mandíbula mal barbeada. Cada cicatriz em seu corpo parece
brilhar intensamente.
Meus olhos o bebem avidamente, daquele abdômen formidável à
tentadora linha escura de cabelo que se estende do umbigo até a virilha.
Quando finalmente chego ao fim dessa trilha escura, a lâmina de aço
grossa e ingurgitada que espera lá lateja como se exigisse minha atenção.
Aeros começa a acariciar aquela carne endurecida, com seus lábios se
curvando em um sorriso diabólico. — É isso que você quer, meu amor?
Um pequeno som de miado que eu nem mesmo reconheço sai da
minha garganta, a visão fazendo com que um calor líquido revestisse
minha parte interna das coxas.
Ele me dá um último sorriso sexy antes de se ajoelhar na cama diante
de mim. Levando minha perna à boca, ele pressiona um beijo suave
contra a parte interna do meu tornozelo.
Ele viaja para cima, dolorosamente lento, com sua língua deixando
uma faixa de prazer em seu rastro. Quando ele chega ao lugar onde estou
molhada para ele, ele faz uma pausa e inala profundamente.
— Eu queria provar você há tanto tempo, — ele respira, o calor de sua
respiração soprando em minha pele hipersensível.
Sem aviso, seus dedos me abrem e eu gemo quando sua língua faz seu
primeiro golpe através da minha carne escorregadia.
Um prazer puro se desdobra na minha barriga, cada golpe
subsequente de sua língua fazendo minhas pernas tremerem.
Suas mãos deslizam pela parte detrás das minhas coxas, empurrando
minhas pernas para trás e me expondo ainda mais. Um gemido de
apreciação ressoa em seu peito, e eu aperto as peles embaixo de mim com
a sensação avassaladora.
Cada movimento abrasador envia ondas de felicidade espiralando
através de mim, e quando ele suga meu botão inchado entre seus lábios,
um soluço estrangulado sai de minha garganta.
O orgasmo me consome de dentro para fora, meu corpo inteiro
tremendo com cada pulso elétrico disparado por mim.
Ainda estou tremendo quando seu corpo surge para cobrir o meu.
Abaixando a cabeça, ele me beija com tanta paixão que fico sem fôlego.
Com um braço o segurando, o outro envolve minha parte inferior das
costas e puxa meus quadris em direção a ele.
A grossa cabeça de sua carne endurecida se aninha entre meus lábios
inferiores, e um olhar de pura devoção brilha nos olhos de sua besta
enquanto ele lentamente empurra para dentro de mim.
— Eu te amo, minha rainha, — ele sussurra em meus lábios, e eu grito
quando a lâmina de sua carne penetra profundamente. Ele é tão grande,
tão grosso, que parece que estou sendo aberta.
Ele parece notar também, porque ele para momentaneamente apenas
para cobrir minha boca com a dele novamente.
Como a vazante e o fluxo do oceano azul profundo, ele toma seu
tempo enquanto explora minha boca.
Com cada golpe suave de sua língua, meu corpo começa a relaxar e,
após um impulso final, ele se embainha até o punho.
Sua mandíbula aperta com força enquanto ele se mantém lá, me
dando tempo para me ajustar ao tamanho dele.
Depois de um momento, ele lentamente se retira e nós dois exalamos
um suspiro trêmulo enquanto ele empurra de volta para dentro.
Minhas mãos logo se descobrem explorando as linhas curvas de
músculos em seus braços.
Cada um se curva e flexiona com cada movimento de seus quadris,
seus movimentos lentos e constantes enquanto ele encontra um ritmo
que faz meus dedos do pé se curvarem.
A cada segundo que passa, ele me deixa mais perto da conclusão. Mais
perto de casa.
Não demorou muito para seus quadris irem mais rápido, com mais
força, até que o único som na sala fosse o de suspiros suaves e a pele
escorregadia se encontrando.
Meus lábios procuram os dele fervorosamente com a necessidade de
estar conectados de todas as maneiras possíveis. Em vez do beijo gentil
com o qual me acostumei, sua boca domina completamente a minha.
Eu sinto minha loba se submetendo a ele.
Sinto que estou me submetendo a ele e, neste momento, parece mais
do que certo. É uma sensação incrível.
Cada impulso poderoso envia uma corrente de eletricidade por todas
as terminações nervosas do meu corpo.
Seus lábios escaldantes se movem pela minha mandíbula, descendo
pelo meu pescoço até os meus seios. Meu aperto nele aumenta, o
movimento requintado de sua língua contra o mamilo endurecido me faz
estremecer.
Seus dentes beliscam levemente minha pele antes de puxar meu seio
em sua boca, sugando e mordendo até que eu esteja uma bagunça de
contorções.
Eu estou tão perto de algo que sei que vai mudar minha vida, mudar
todo o meu mundo.
Seus braços estão amarrados em volta de mim, me levantando da
cama e me puxando para seu colo.
Eu fracamente registro minha própria voz enquanto repito seu nome
uma e outra vez, com seu aperto de ferro me segurando no lugar
enquanto ele bate em mim com estocadas fortes e impiedosas.
Eu o sinto engrossar dentro de mim, com seus movimentos ficando
cada vez mais frenéticos. Eu gemo quando sua mão segura meu cabelo,
inclinando minha cabeça para trás para expor minha garganta.
Uma pontada de dor aguda me faz engasgar quando seus dentes
afundam em minha carne, mas é rapidamente substituída por um êxtase
absoluto. Não estou mais acorrentada a este mundo terreno. Estou
subindo, voando em uma altitude que me consome completamente.
Um som gutural sai de seu peito enquanto meus músculos internos
convulsionam rapidamente em tomo dele. Ele enfia em mim uma última
vez, pulsando e latejando enquanto ele se libera nas minhas profundezas.
A frota de emoções que começa a empurrar meu coração e enche
minha alma de êxtase. Compará-los ao mero amor seria como comparar
um furacão a uma chuva de primavera.
Quando percebo que essas emoções não são minhas, as lágrimas se
acumulam em meus olhos antes de rolar pelo meu rosto em gotas
pesadas. Suas memórias passam pela minha mente rapidamente como
um filme que avança rápido, e antes que eu perceba, estou soluçando em
seu peito.
Tudo o que vejo confirma a vida torturada que ele viveu, mas, mais do
que tudo, vejo lembranças nossas.
Em cada encontro que já tivemos, ele os mantém perto de seu
coração, guardando-os para sempre. Ele me segura perto, passando as
mãos pelo meu cabelo suavemente até que meus soluços se transformem
em choros silenciosos. Então, sem quebrar nossa conexão, ele se deita na
cama, puxando-me com ele.
Não há palavras para descrever tudo o que acabou de acontecer, então
ficamos ali em silêncio, absorvendo a gravidade do momento.
Logo, eu ouço o ritmo de nossos corações sincronizarem, e o zumbido
suave que existe entre nós, me embala em um sono profundo e pacífico.
Fim
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