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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas

EXPERIMENTOS XII

Determinação da acidez de uma amostra de água

BRUNA LETÍCIA DE FREITAS HOLANDA


DÉBORA CRISTINA BRAGANTE COSTA
JONATHAN JOSÉ COSTA CARVALHO
RAÍSSA DOS SANTOS SILVA

Maceió – AL, 16 de Novembro de 2023.


BRUNA LETÍCIA DE FREITAS HOLANDA
DÉBORA CRISTINA BRAGANTE COSTA
JONATHAN JOSÉ COSTA CARVALHO
RAÍSSA DOS SANTOS SILVA

EXPERIMENTOS XII

Determinação da acidez de uma amostra de água

Relatório requerido pelos Professores


Alan John Duarte de Freitas e Daniel Ribeiro de
Mendonça da disciplina de Química Analítica
Quantitativa para a obtenção de nota parcial no
curso de Química Subsequente - 3° período.

Maceió – AL, 16 de Novembro de 2023.


SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 4
2. OBJETIVOS................................................................................................................... 6
3. MATERIAIS, EQUIPAMENTOS, REAGENTES E SOLUÇÕES .............................. 7
4. METODOLOGIA .......................................................................................................... 8
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................... 9
5.1.CALCULANDO A ACIDEZ ................................................................................... 10
5.2.CALCULANDO O DESVIO PADRÃO ................................................................... 12
6. CONCLUSÃO .............................................................................................................. 13
7. REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 14
8. EXERCÍCIOS .............................................................................................................. 15
1. INTRODUÇÃO.
A água é um recurso indispensável para a existência da vida em nosso planeta. Nesse
sentido, a análise da qualidade da água é de grande relevância, uma vez que pode apresentar
impactos substanciais na saúde, no meio ambiente e em operações industriais. Entre os
diversos fatores que podem afetar a qualidade da água, a acidez se destaca como um fator
crítico. Esta propriedade da água é definida como sua capacidade de reagir quantitativamente
com uma base ou álcali até alcançar um valor de pH específico, devido à presença de ácidos
fortes (ácidos minerais: clorídrico, sulfúrico, nítrico, etc.), ácidos fracos (orgânicos: ácido
acético, por exemplo, e inorgânicos: ácido carbônico, por exemplo) e sais que apresentam
caráter ácido (sulfato de alumínio, cloreto férrico, cloreto de amônio, por exemplo),
(PIVELLI, [s.d]).
O dióxido de carbono (CO2) é um elemento comum na acidez das águas naturais. É
importante notar que o CO2 dissolvido na água se converte em ácido carbônico. Embora o
dióxido de carbono por si só não seja capaz de causar níveis profundos de acidez na água, sua
presença é um componente significativo devido à sua constante presença. Segundo Pivelle
[s.d], O parâmetro “acidez” não se constitui, apesar de sua importância, em qualquer tipo de
padrão, seja de potabilidade, de classificação das águas naturais ou de emissão de esgotos; o
efeito da acidez é controlado legalmente pelo valor do pH. Os resultados de acidez das
amostras são expressos em mg/L de CaCO3. Esta forma de expressão é utilizada pois a
acidez representa um conjunto de substâncias, e não necessariamente uma única. Por isso, é
necessário utilizar-se um soluto como referência, para transformar dados de concentração
molar em mg/L, sendo que o CaCO3 é universalmente usado, permitindo a comparação entre
resultados em mg/L.
A determinação da acidez consiste em uma titulação de neutralização ácido/base,
usando solução de hidróxido de sódio a 0,02 mols/L como titulante. O final da reação pode
ser indicado de duas formas: potenciometricamente (imergindo-se o eletrodo do pH-metro na
amostra e anotando os volumes gastos de NaOH). E também o ponto final ser determinado
utilizando-se indicadores colorimétricos. Um indicador bastante utilizado é a fenolftaleína,
que apresenta ponto de viragem em pH de cerca de 8,3 e o alaranjado de metila, cuja viragem
ocorre em pH de cerca de 4,5. É necessário titular-se até o pH 8,3, pois somente neste valor de
pH garante-se a total neutralização do gás carbônico presente na amostra, prevalecendo
apenas o equilíbrio entre bicarbonatos e carbonatos.

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Segundo Almeida (2010), a acidez da água pode ser influenciada por diversos fatores,
desde fenômenos naturais como também a introdução de poluentes provenientes de atividades
industriais e agrícolas. A chuva ácida é um dos fenômenos naturais que contribui
significativamente para o aumento da acidez da água, ela é caracterizada pela precipitação da
água com alta acidez, indicando uma concentração elevada de ácidos, como o dióxido de
enxofre. Suas consequências incluem tornar o solo mais ácido, poluir os cursos d'água, reduzir
a biodiversidade, danificar monumentos e afetar a saúde dos seres vivos (SOUZA, 2023).
Essa chuva apresenta um grau de acidez devido à presença de óxidos na atmosfera. Essa
acidez pode ser quantificada por meio de uma escala numérica conhecida como pH. Todas as
chuvas são ácidas, mesmo em ambientes sem poluição. Porém, as chuvas tornam-se um
problema ambiental quando o seu pH é abaixo de 4,5.
O pH é de extrema importância na química e na ciência em geral, pois ele mede a
acidez ou alcalinidade de uma solução aquosa. É uma sigla que simboliza o potencial
hidrogeniônico, e sua escala pode variar de 0 a 14, (BATISTA, [s.d.]). Soluções ácidas
possuem excesso de íons hidrônio e pH menor do que 7. Soluções básicas possuem excesso
de íons hidroxila (OH-) e valores de pH superiores a 7. Uma água que possui excesso de íons
hidrogênio, pode afetar a sobrevivência dos seres aquáticos e a qualidade dos ecossistemas.
Além disso, é importante notar que a acidez da água tem implicações diretas para o consumo
humano, pois uma água ácida pode ser corrosiva para as tubulações e potencialmente
prejudicial à saúde.
Conforme estabelecido na Portaria GM/MS Nº 888, de 2021, que define os padrões de
potabilidade da água, a faixa de pH aceitável para água potável situa-se entre 6,0 e 9,0. Isso
significa que a água potável pode variar de ligeiramente ácida (pH 6,0) a ligeiramente alcalina
(pH 9,0) e ainda ser considerada segura para o consumo humano. Controlar acidez significa
adicionar substâncias neutralizadoras, as mesmas indicadas para a elevação de pH.

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2. OBJETIVO.
 Determinar acidez em uma amostra de água;
 Verificar a potabilidade conforme os normativos legais.

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3. MATERIAIS, EQUIPAMENTOS, REAGENTES E SOLUÇÕES.
 Suporte universal;
 1 Pipeta graduada de 1,0 mL;
 Garra para bureta;
 1 Pipeta volumétrica de 25 mL;
 Bureta de 50 mL ou 25 mL;
 1 Pêra pipetadora
 3 Erlenmeyers de 250 mL;
 Proveta de 50 mL;
 2- Béqueres de 100 mL;
 Solução indicadora de fenolftaleína;
 Solução padronizada de Hidróxido de sódio 0,02 N.

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4. METODOLOGIA.
Inicialmente, identificaram-se os Erlenmeyers de 250 mL de “A” a “C” para realizar o
experimento em triplicata. Com o auxílio de uma pipeta volumétrica, transferiu-se 50 mL da
amostra de água coletada da residência do docente Daniel Mendonça e, em seguida,
adicionou-se 3 gotas do indicador Fenolftaleína em cada amostra. Ao prevalecer a coloração
incolor, preencheu-se a Bureta com 50 mL da solução padronizada de NaOH 0,02 N e titulou-
se até que a solução atingisse a coloração rósea.

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5. RESULTADOS E DISCUSSÕES.
Inicialmente, precisamos compreender que acidez e alcalinidade são propriedades
diferentes da definição de substâncias ácidas e básicas. Enquanto os termos “substâncias
ácidas” e “substâncias básicas” estão relacionados com a quantificação do potencial
hidrogeniônico, medido em uma escala de 0 a 14, as propriedades “Acidez” e “Alcalinidade”
medem a resistência que o meio apresentará as alterações de pH. Ambas podem ser obtidas
por análises titulométricas, utilizando uma base ou um ácido forte, onde o ponto final,
relacionado ao ponto de equivalência em uma titulação, é observado pela alteração de cor da
solução.
Acidez é a propriedade relacionada a resistência que o meio apresenta em elevar o seu
pH. Para determinar a acidez de uma amostra, o ensaio titulométrico consiste em gotejar uma
base forte, geralmente o hidróxido de sódio é utilizado, até que o pH atinja um valor
determinado de 8,3. Para tal, a fenolftaleína é utilizada como indicadora do ponto final,
fazendo com que a solução deixe de ser transparente e assuma uma coloração rósea quando
chegar ao valor de pH determinado. Dessa forma, podemos depreender que, quanto mais
ácidez tiver a amostra, mais resistência ela vai apresentar na elevação do seu pH, ou seja, mais
base será utilizada até que a coloração rósea seja percebida, e assim vice versa.
Nesse sentido, o objetivo do experimento, na determinação da acidez, é descobrir o
quanto de base é utilizada para elevar o pH da amostra.
Na água, o grande responsável pela acidez é o ácido carbônico (H2 CO3 ), produzido
pela reação entre o gás carbônico (𝐶𝑂2 − 𝐷𝑖ó𝑥𝑖𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑟𝑏𝑜𝑛𝑜) com a água (H2 O), como
representado na seguinte reação.

𝐂𝐎𝟐 + 𝐇𝟐 𝐎 → 𝐇𝟐 𝐂𝐎𝟑

Entretanto, é importante lembrar que o ácido carbônico não é o único responsável pela
acidez da água. Outros ácidos compostos por minerais fortes, como o ácido sulfúrico e o ácido
clorídrico, também ocasionam a acidez, por isso existem faixas de classificação da acidez da
água, ao reagir com esses outros ácidos.

CLASSIFICAÇÃO DA ACIDEZ DA ÁGUA:

 ACIDEZ MINERAL: pH entre 0 e 4,5;


 ACIDEZ CARBÔNICA: pH entre 4,5 e 8,3;
 ACIDEZ LIVRE (ACIDEZ AUSENTE): pH acima de 8,3;

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 ACIDEZ TOTAL: Soma da ACIDEZ MINERAL com a ACIDEZ CARBÔNICA
(levada em consideração nas análises de água).

A partir desse pressuposto, podemos calcular a acidez da água. Tanto a alcalinidade


quanto a acidez são medidas em mg/L de 𝐶𝑎𝐶𝑂3 .

5.1. CALCULANDO A ACIDEZ.


A acidez é calculada levando em consideração o quanto de base foi utilizado para que
o valor de pH da amostra aumentasse, mediante a seguinte equação:

𝐕𝐠𝐚𝐬𝐭𝐨 × 𝐍𝐍𝐚𝐎𝐇 × 𝟓𝟎. 𝟎𝟎𝟎


𝐀𝐜𝐢𝐝𝐞𝐳 =
𝐕𝐚𝐦𝐨𝐬𝐭𝐫𝐚
Onde:

 𝑽𝒈𝒂𝒔𝒕𝒐 = Volume de base gasto na titulação (mL);


 𝑵𝑵𝒂𝑶𝑯 = Normalidade do hidróxido de sódio = 0,02 N;
 𝟓𝟎. 𝟎𝟎𝟎 = Equivalente-grama do 𝐶𝑎𝐶𝑂3 e correção para miligramas;
 𝑽𝒂𝒎𝒐𝒔𝒕𝒓𝒂 = Volume da amostra ensaiada (mL) = 50 mL.

A acidez da água também pode ser calculada pela seguinte relação:

𝐦𝐠
𝐝𝐞 𝐂𝐚𝐂𝐎𝟑 = 𝟐𝟎 × 𝐀
𝐋

Onde:

 𝑨 = Volume gasto na titulação.

PRIMEIRA TITULAÇÃO (SOLUÇÃO A):

Dados:

 𝑽𝒈𝒂𝒔𝒕𝒐 = 1,2 mL;

1,2 mL × 0,02 × 50.000


𝐀𝐜𝐢𝐝𝐞𝐳𝟏 = = 𝟐𝟒 𝐦𝐠/𝐋 𝐝𝐞 𝐂𝐚𝐂𝐎𝟑
50 mL

𝐦𝐠
𝐝𝐞 𝐂𝐚𝐂𝐎𝟑 = 20 × 1,2 = 𝟐𝟒 𝐦𝐠/𝐋 𝐝𝐞 𝐂𝐚𝐂𝐎𝟑
𝐋

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SEGUNDA TITULAÇÃO (SOLUÇÃO B):

Dados:

 𝑽𝒈𝒂𝒔𝒕𝒐 = 2,1 mL;

2,1 mL × 0,02 × 50.000 𝐦𝐠


𝐀𝐜𝐢𝐝𝐞𝐳𝟐 = = 𝟒𝟐 𝐝𝐞 𝐂𝐚𝐂𝐎𝟑
50 mL 𝐋

𝐦𝐠
𝐝𝐞 𝐂𝐚𝐂𝐎𝟑 = 20 × 2,1 = 𝟒𝟐 𝐦𝐠/𝐋 𝐝𝐞 𝐂𝐚𝐂𝐎𝟑
𝐋

TERCEIRA SOLUÇÃO (SOLUÇÃO C):

Dados:

 𝑽𝒈𝒂𝒔𝒕𝒐 = 1,5 mL;

1,5 mL × 0,02 × 50.000


𝐀𝐜𝐢𝐝𝐞𝐳𝟑 = = 𝟑𝟎 𝐦𝐠/𝐋 𝐝𝐞 𝐂𝐚𝐂𝐎𝟑
50 mL

𝐦𝐠
𝐝𝐞 𝐂𝐚𝐂𝐎𝟑 = 20 × 1,5 = 𝟑𝟎 𝐦𝐠/𝐋 𝐝𝐞 𝐂𝐚𝐂𝐎𝟑
𝐋

Tabela 1: Valores de acidez das amostras.

𝐀𝐜𝐢𝐝𝐞𝐳𝟏 𝐀𝐜𝐢𝐝𝐞𝐳𝟐 𝐀𝐜𝐢𝐝𝐞𝐳𝟑

24 mg/L de CaCO3 42 mg/L de CaCO3 30 mg/L de CaCO3

 Média das acidezes:

Calculando a média teremos:

̅ = ∑ 𝐱𝐢 = 24 + 42 + 30 = 32 𝐦𝐠/𝐋 𝐝𝐞 𝐂𝐚𝐂𝐎𝟑
𝐗
𝐧 3

Tabela 2: Valores das acidezes e médias das acidezes..

𝐀𝐜𝐢𝐝𝐞𝐳𝟏 𝐀𝐜𝐢𝐝𝐞𝐳𝟐 𝐀𝐜𝐢𝐝𝐞𝐳𝟑 Média das acidez

24 mg/L de CaCO3 42 mg/L de CaCO3 30 mg/L de CaCO3 32 mg/L de CaCO3

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5.2. CALCULANDO O DESVIO PADRÃO.

Fórmula do Desvio Padrão

̅ )𝟐
∑(𝐗 𝐢 − 𝐗
𝐒=√
𝐧−𝟏
Dados necessários:
 Acidez 1: 24 mg/L de CaCO3
 Acidez 2: 42 mg/L de CaCO3
 Acidez 3: 30 mg/L de CaCO3
 Média das acidezes: 32 mg/L de CaCO3

Mediante os dados apresentados, podemos calcular o desvio padrão da seguinte forma:

∑(|(24 − 32|)2 + (|42 − 32|)2 + (|30 − 32|)2


𝑆= √
3−1

(| − 8|)2 + (|10|)2 + (|−2|)2 64 + 100 + 4


𝑆=√ =√
2 2

168
𝑆=√ = √84 = 9,1651 …
2

𝑺 ≅ 9,1651 𝑥 100 = 𝟗𝟏𝟔, 𝟓𝟏, %

A acidez mineral é responsável por alterações organolépticas da água, como cor, gosto
e odor. Enquanto que a acidez carbônica pode causar um desgaste acelerado nos sistemas de
distribuição de água, corroendo as tubulações, peças, válvulas e outros equipamentos que
compõem o sistema. Além do fato de que, controlar a acidez da água é importante para evitar
interações com produtos coagulantes utilizados no tratamento.
Não existe praticamente alguma relação entre o gás carbônico, sob o ponto de vista da
saúde pública. Os ácidos minerais que possivelmente teriam, são identificados pela
manifestação de sabor azedo, em concentrações relativamente baixas, e por esses motivos a
água já se configura inapropriada pela população usuária.

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6. CONCLUSÃO.
Com a realização dos métodos experimentais analisados podemos concluir que a
alcalinidade e a acidez estão ligadas à capacidade de uma substância resistir a alterações no
pH. Enquanto a acidez se refere à resistência a mudanças para valores de pH mais baixos, a
alcalinidade mede a resistência a mudanças para valores mais altos. Ambas são determinadas
por análises titulométricas, usando ácidos ou bases fortes, notadas pela mudança de cor na
solução para identificar a neutralidade. Essas propriedades são cruciais para compreender a
estabilidade da água e sua qualidade, essencial para vários fins, desde usos industriais até a
preservação dos ecossistemas naturais.
O experimento foi realizado com amostras de água retiradas da residência do
professor, ministrante da aula. E, após a realização dos métodos experimentais e os cálculos
valores de acidez foram determinados para as amostras, onde na primeira titulação (Solução
A), o resultado obtido foi de 24 mg/L de CaCO3, na segunda titulação (solução B), o
resultado obtido foi de 42 mg/L de CaCO3 e na terceira titulação (solução C) o resultado
obtido foi de 30 mg/L de CaCO3, tendo como média das acidezes um valor de 32 mg/L de
CaCO3.
O desvio padrão entre as análises foi 916,51 % evidenciando que houve valores
discrepantes entre as análises volumétricas. De acordo com os parâmetros estabelecidos pelo
o Ministério da Saúde e pela Portaria 888/2021, é determinado que os valores de pH devem
estar entre 6,0 e 9,0, dessa forma, quanto a esse parâmetro a água está própria para o consumo
humano. Podemos concluir que os objetivos do experimento foram alcançados com êxito e os
métodos utilizados foram eficazes para seu resultado final.
A acidez na água pode ser mineral ou carbônica, e é responsável por características
organolépticas, como cor, sabor e odor. A acidez carbônica pode acelerar o desgaste dos
sistemas de distribuição de água, corroendo tubulações e equipamentos. Controlar a acidez é
crucial para evitar interações prejudiciais com produtos usados no tratamento. Embora o gás
carbônico não represente uma ameaça significativa à saúde pública, ácidos minerais em
concentrações baixas podem manifestar um sabor azedo na água, tornando-a imprópria para
consumo.

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7. REFERÊNCIAS.

ANDRADE, João. Química Analítica Básica: Os instrumentos básicos de laboratório,


Chemkeys, 2011.

DE ALMEIDA, Otávio Álvares. Qualidade da água de irrigação. Cruz das Almas: Embrapa
Mandiocae Fruticultura, 2010.

PORTARIA n°888/2021, Ministério da Saúde 2021. Disponível


em:<https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-gm/ms-n-888-de-4-de-maio-de-2021-
318461562> Acesso em: 07 de novembro de 2023.

QUALIDADE DA ÁGUA, Portal de tratamento da água, 2023. Disponível em:


<https://tratamentodeagua.com.br/artigo/qualidade-da-agua/> Acesso em: 07 de novembro de
2023.

SOUSA, Rafaela. "Chuva ácida"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/geografia/chuvaacida.htm. Acesso em 07 de novembro de
2023.

FERNANDA, M. et al. Avaliação de potabilidade da água subterrânea obtida em poço


tubular localizado no munícipio de soledade. Paraíba. [s.l: s.n.]. Disponível em:
<https://editorarealize.com.br/editora/anais/conapesc/2021/TRABALHO_EV161_MD4_SA_I
D1684_01112021135947.pdf>. Acesso em: 16 nov. 2023.

ROQUE, P.; PIVELI. CURSO: “QUALIDADE DAS ÁGUAS E POLUIÇÃO:


ASPECTOS FÍSICO-QUÍMICOS” AULA 6 CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS DAS
ÁGUAS: ph, ACIDEZ, ALCALINIDADE E DUREZA. [s.l: s.n.]. Disponível em:
<http://www.leb.esalq.usp.br/disciplinas/Fernando/leb360/Fasciculo%206%20-
%20Alcalinidade%20e%20Acidez.pdf>. Acesso em 14 nov. 2023.

FÁBIO. Conteúdos Ambientais. AULA PRÁTICA E TEÓRICA: ACIDEZ E


ALCALINIDADE. YouTube, 20 de jul. de 2021. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=LxCZq1UaO1s&t=586s.

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8. EXERCÍCIOS.

Lista de Exercícios:

1. Calcule Acidez (mg/L em 𝑪𝒂𝑪𝑶𝟑 ) = A x 20.

Volumes de Hidróxido de sódio utilizados:


 𝑽𝟏 = 1,2 mL;
 𝑽𝟐 = 2,1 mL;
 𝑽𝟐 = 1,5 mL.

PRIMEIRO ENSAIO:
mg/L de CaCO3 = 20 × 𝐴
mg/L de CaCO3 = 20 × 1,2
mg/L de CaCO3 = 24 mg/L de CaCO3

SEGUNDO ENSAIO
mg/L de CaCO3 = 20 × 𝐴
mg/L de CaCO3 = 20 × 2,1
mg/L de CaCO3 = 42 mg/L de CaCO3

TERCEIRO ENSAIO
mg/L de CaCO3 = 20 × 𝐴
mg/L de CaCO3 = 20 × 1,5
mg/L de CaCO3 = 30 mg/L de CaCO3

2. Pode uma água natural conter acidez e alcalinidade ao mesmo tempo? Justifique.
Uma água natural pode conter tanto acidez quanto alcalinidade, dependendo das
substâncias dissolvidas nela. A acidez e alcalinidade são propriedades relacionadas ao pH da
água, que é uma medida da concentração de íons de hidrogênio (H+) na água.
Águas naturais podem conter ácidos e bases dissolvidos, resultando em diferentes
níveis de acidez ou alcalinidade. A escala de pH varia de 0 a 14, sendo 7 considerado neutro.
Valores de pH abaixo de 7 indicam acidez, enquanto valores acima de 7 indicam alcalinidade.
Alguns fatores que podem influenciar a acidez ou alcalinidade da água incluem a
presença de minerais, íons de carbonato, bicarbonato, sulfato, entre outros. Por exemplo,
águas que fluem sobre rochas calcárias podem se tornar alcalinas devido à presença de

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carbonatos. Portanto, é possível que uma água natural tenha características ácidas e alcalinas,
dependendo da composição química específica dessa água.

3. Expresse as concentrações em mol/L e %.

CONCENTRAÇÃO EM mol/L
PRIMEIRO ENSAIO:
a) Acidez 1 = 24 mg/L de CaCO3 ;
b) Massa molar do carbonato = 100,09 g/mol;
c) Volume de água utilizado = 50 mL/1000 = 0,05 L;

 PARTE 1 – Relação massa volume:

24 mg/L
mg/L para g/L = = 0,024 g/L
1000

 PARTE 2 – Número de mols presentes em 0,024 g.

𝑚 0,024 𝑔
𝒏= = ≅ 0,00024 𝑚𝑜𝑙
𝑀𝑀 100,09 𝑔/𝑚𝑜𝑙 (𝑀𝑀 ≅ 𝑑𝑜 CaCO3 )

 PARTE 3 – Cálculo da Concentração de cálcio:

𝑛 (𝑚𝑜𝑙 ) 0,00024 𝑚𝑜𝑙


𝐂= = = 𝟎, 𝟎𝟒𝟖 𝐦𝐨𝐥/𝐋
𝑉 (𝐿 ) 0,05 𝐿

SEGUNDO ENSAIO:
a) Acidez 2 = 42 mg/L de CaCO3 ;
b) Massa molar do carbonato = 100,09 g/mol;
c) Volume de água utilizado = 50 mL/1000 = 0,05 L;

 PARTE 1 – Relação massa volume:

42 mg/L
mg/L para g/L = = 0,042 g/L
1000

 PARTE 2 – Número de mols presentes em 0,042 g.

𝑚 0,042 𝑔
𝒏= = ≅ 0,00042 𝑚𝑜𝑙
𝑀𝑀 100,09 𝑔/𝑚𝑜𝑙 (𝑀𝑀 ≅ 𝑑𝑜 CaCO3 )

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 PARTE 3 – Cálculo da Concentração de cálcio:

𝑛 (𝑚𝑜𝑙) 0,00042 𝑚𝑜𝑙


𝐂𝐜á𝐥𝐜𝐢𝐨 = = = 𝟎, 𝟎𝟎𝟖𝟒 𝐦𝐨𝐥/𝐋
𝑉 (𝐿 ) 0,05 𝐿

TERCEIRO ENSAIO:
a) Acidez 3 = 30 mg/L de CaCO3 ;
b) Massa molar do carbonato = 100,09 g/mol;
c) Volume de água utilizado = 50 mL/1000 = 0,05 L;

 PARTE 1 – Relação massa volume:

30 mg/L
mg/L para g/L = = 0,03 g/L
1000

 PARTE 2 – Número de mols presentes em 0,03 g.

𝑚 0,03 𝑔
𝒏= = ≅= 0,0003 𝑚𝑜𝑙
𝑀𝑀 100,09 𝑔/𝑚𝑜𝑙 (𝑀𝑀 ≅ 𝑑𝑜 CaCO3 )

 PARTE 3 – Cálculo da Concentração de cálcio:

𝑛 (𝑚𝑜𝑙) 0,0003 𝑚𝑜𝑙


𝐂𝐜á𝐥𝐜𝐢𝐨 = = = 𝟎, 𝟎𝟎𝟔 𝐦𝐨𝐥/𝐋
𝑉 (𝐿 ) 0,05 𝐿

CONCENTRAÇÃO EM %

𝐦𝟏
𝐓(%) = × 𝟏𝟎𝟎
𝐕

PRIMEIRO ENSAIO:
a) Massa 1 = 0,024 g
b) Volume de água utilizado = 50 mL/1000 = 0,05 L;

Substituindo os dados, temos que:

0,024 g
T(%) = × 100 = 𝟎, 𝟎𝟒𝟖 %
50 mL

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SEGUNDO ENSAIO:
c) Massa 2 = 0,042 g
d) Volume de água utilizado = 50 mL/1000 = 0,05 L;

Substituindo os dados, temos que:

0,042 g
T(%) = × 100 = 𝟎, 𝟎𝟖𝟒 %
50 mL

TERCEIRO ENSAIO:
e) Massa 2 = 0,03 g
f) Volume de água utilizado = 50 mL/1000 = 0,05 L;

Substituindo os dados, temos que:

0,03 g
T(%) = × 100 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟔 %
50 mL

4. Quais os limites aceitáveis previstos em legislação?


A acidez carbônica depende do pH, pois é devido ao CO2, que estará presente somente
em pH na faixa de 4,5 - 8,3. No parâmetro de acidez carbônica o valor médio encontrado
foi de 32 mg/L, estando acima de 10 mg/L, o que é exigido pela legislação, portanto, nesse
parâmetro a água está própria para o consumo.
Orientações detalhadas sobre estes aspectos podem ser encontradas, entre outros, no
Regulamento do Ministro da Saúde de 7 de dezembro de 2017 sobre a qualidade da água
destinada ao consumo humano. (No entanto, esta lei diz respeito apenas à água potável, não às
águas naturais de nascente e minerais). O regulamento indica claramente que a água potável
deve ter um pH na faixa de 6,5 a 9,5.
São exceções a esta regra:
 Água engarrafada – sua acidez pode ser 4,5,

 Água gaseificada – pode ter um pH inferior a 4,5.

5. Sua amostra encontra-se dentro dos limites aceitáveis? Em não estando justifique as
possíveis causas.

Ver resposta do item anterior.

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6. Apresentes as equações químicas do processo e explique como reage o indicador
fenolftaleína no ponto final da titulação.

A fenolftaleína é um indicador de pH que é frequentemente utilizado em soluções


alcalinas. Ela é incolor em soluções ácidas e se torna rosa em soluções alcalinas. A reação
entre a fenolftaleína e o hidróxido de sódio (NaOH) pode ser representada da seguinte
maneira:

 NaOH em solução aquosa:

NaOH(aq) → Na(aq) + + OH − (aq)

Aqui, o hidróxido de sódio se dissocia em íons sódio (Na⁺) e íons hidroxila (OH⁻) na
solução.

 Reação com a fenolftaleína:

𝐼𝑛𝑑𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟𝑖𝑛𝑐𝑜𝑙𝑜𝑟 + 𝑂𝐻(𝑎𝑞) − → 𝐼𝑛𝑑𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟(𝑟𝑜𝑠𝑎) − + 𝐻2 𝑂

Nesta reação, a fenolftaleína (𝐼𝑛𝑑𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟𝑖𝑛𝑐𝑜𝑙𝑜𝑟 ) incolor interage com o íon hidroxila


(OH⁻) formando a forma ionizada colorida da fenolftaleína (𝐼𝑛𝑑𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟(𝑟𝑜𝑠𝑎)− ), resultando na
mudança de cor de incolor para rosa.

Assim, a reação completa seria:

NaOH(aq) + 𝐼𝑛𝑑𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟𝑖𝑛𝑐𝑜𝑙𝑜𝑟 → 𝑁𝑎(𝑎𝑞) + + 𝐼𝑛𝑑𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟(𝑟𝑜𝑠𝑎) − + 𝐻2𝑂

Esta mudança de cor é frequentemente usada como um indicador visual para


determinar a presença de bases (nesse caso, o hidróxido de sódio) em uma solução.
A fenolftaleína é comumente utilizada como indicador de pH em titulações ácido-base.
Ela é incolor em soluções ácidas e adquire uma coloração rosa em meio alcalino. A mudança
de cor ocorre em torno de um determinado intervalo de pH, tornando-a útil para identificar o
ponto final da titulação.
Quando a titulação atinge o ponto final, significa que a quantidade de ácido ou base
adicionada à solução alvo é suficiente para neutralizar completamente a outra espécie reativa.
No caso da fenolftaleína em uma titulação ácido-base, o ponto final ocorre quando a solução
alvo passa de ácida para alcalina ou vice-versa.

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Durante a titulação, à medida que a base é adicionada ao ácido (ou vice-versa), a
fenolftaleína permanece incolor até que todo o ácido tenha reagido. Nesse ponto, o último
incremento de base adicionado faz com que a solução fique alcalina o suficiente para
converter a fenolftaleína para sua forma colorida (rosa). Essa mudança abrupta de cor indica o
ponto final da titulação.

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