O documento discute como a transferência do aluno para o professor, conforme a teoria psicanalítica, pode afetar positiva ou negativamente a relação professor-aluno e o processo de ensino-aprendizagem. A transferência depende da relação prévia do aluno com os pais e pode gerar fechamento ao aprendizado se despertar sentimentos negativos no aluno em relação ao professor. O texto também apresenta o caso do menino Arthur, cuja transferência negativa da mãe para a professora dificultava seu desenvolvimento e aprendizagem.
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Título original
FÓRUM Psicologia do Desenvolvimento e Teorias da Aprendizagem
O documento discute como a transferência do aluno para o professor, conforme a teoria psicanalítica, pode afetar positiva ou negativamente a relação professor-aluno e o processo de ensino-aprendizagem. A transferência depende da relação prévia do aluno com os pais e pode gerar fechamento ao aprendizado se despertar sentimentos negativos no aluno em relação ao professor. O texto também apresenta o caso do menino Arthur, cuja transferência negativa da mãe para a professora dificultava seu desenvolvimento e aprendizagem.
O documento discute como a transferência do aluno para o professor, conforme a teoria psicanalítica, pode afetar positiva ou negativamente a relação professor-aluno e o processo de ensino-aprendizagem. A transferência depende da relação prévia do aluno com os pais e pode gerar fechamento ao aprendizado se despertar sentimentos negativos no aluno em relação ao professor. O texto também apresenta o caso do menino Arthur, cuja transferência negativa da mãe para a professora dificultava seu desenvolvimento e aprendizagem.
Psicologia do Desenvolvimento e Teorias da Aprendizagem.
Fórum de Discussão.
Texto: “CONTRIBUIÇÃO DA PSICANÁLISE PARA A EDUCAÇÃO: A
TRANSFERÊNCIA NA RELAÇÃO PROFESSOR/ALUNO”
1. A transferência Professor e Aluno é sempre positiva?
A relação professor-aluno, na seara do fenômeno ensino-aprendizagem, será inevitavelmente atingida pelo processo de transferência. Ora, o aluno traz em si uma bagagem de experiências, sentimentos e emoções surgidas e cultivadas inicialmente no convívio familiar, especialmente no que diz respeito à relação com os pais. Ao ingressar na escola, a criança irá se deparar com a segunda figura de autoridade de sua vida: o professor. E o modo como relacionou-se com a primeira figura de autoridade (pais) dirá muito sobre como se relacionará com esta figura do professor. Assim, percebe-se que o aluno passa a transferir para o professor as emoções, comportamentos, sentidos e experiências que teve com os pais, tornando o mestre quase como um segundo pai, e atribuindo a este os mesmos sentimentos e tratamentos que atribuiu aos pais, em casa. Entretanto, essa transferência nem sempre surtirá um efeito positivo, haja vista que dependerá de inúmeros fatores e, por conseguinte, do modo da relação anterior (pais- filho). Percebe-se que, quando a relação parental é extremamente conflituosa e gera na criança marcas negativas, tais marcas serão transferidas para a relação professor- aluno, o que não afetará apenas a relação interpessoal, mas sobretudo, o fenômeno ensino-aprendizagem. Um aluno que tem no professor uma figura que lhe desperta sentimentos negativos, tais como ódio e aversão, não terá a menor abertura para aprender os conteúdos repassados por este mestre. Outro aspecto delicado é aquele em que o aluno transfere ao professor sentimentos e experiências positivas, tais como amor, afeto, carinho, porém, o professor recusa-se a ocupar este espaço que lhe está sendo transferido. Tal atitude ocasionará também o fechamento ao aprendizado proposto por tal professor. Desta forma, percebe-se que a transferência professor-aluno poderá ter aspectos negativos quando, por conta de situação prévias ou do barramento da transferência, o fenômeno ensino-aprendizagem for interrompido ou, até mesmo, extinto.
2. Comente o caso do menino Arthur, trazido no texto.
O caso do menino Arthur traz uma análise de caso concreto, no qual a transferência aconteceu de modo negativo: o sentimento de medo e angústia despertado na experiência de Arthur com sua mãe, na educação domiciliar, era revivido na escola, pelo fato de professora demonstrar traços semelhantes aos da mãe no tocante à forma rígida de cobrar do aluno. É possível inferir deste caso o quanto a transferência negativa não se torna apenas um empecilho no processo ensino-aprendizagem, mas em todas as áreas de desenvolvimento da criança, uma vez que Arthur, sentindo-se aflito e angustiado, passava a transparecer esse sentimento não apenas no âmbito escolar ou nas atividades direcionadas ao aspecto educacional, mas principalmente nas relações interpessoais. Não se pode deixar de considerar a figura da professora de reforço escolar, a qual reforçava para Arthur atitudes amorosas e afáveis, as quais o tranquilizavam e faziam com que o processo ensino-aprendizagem pudesse ocorrer de modo suave.
A relação entre afetividade e inclusão escolar: uma abordagem sobre a importância da afetividade na relação professor-aluno, no desenvolvimento e na aprendizagem de alunos com necessidades educacionais especiais