Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
NOME DO ALUNO: Nº
E.M
DISCIPLINA: Língua
PROFESSOR: Daniela Cremasco VALOR DA AVALIAÇÃO: 4,0
Portuguesa/Gramática
DATA: INÍCIO: TÉRMINO: NOTA:
ATENÇÃO
• Usar APENAS caneta preta ou azul; outra cor ou a lápis, IMPEDEM a revisão da correção;
• Colocar o nome completo e identificação do número de chamada no cabeçalho;
• Corretivo e rasuras devem ser usados de maneira moderada;
Letra legível.
AVALIAÇÃO BIMESTRAL
TISO, Wagner. Cuitelinho. Intérprete: Pena Branca & Xavantinho. In: ______. Cio da Terra. [S.l.]: Warner,
1987. 1 CD. Faixa 2.
Na última estrofe, se a forma do verbo atrapalhar estivesse flexionada de acordo com a norma-
padrão, haveria algum tipo de incoerência com o texto? Explique.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
O "internetês" na escola
O "internetês" – expressão grafolinguística criada na internet pelos adolescentes na última
década – foi durante algum tempo um bicho de sete cabeças para gramáticos e estudiosos da
língua. Eles temiam que as abreviações fonéticas (em que "casa" vira "ksa"; e "aqui" vira "aki")
comprometessem o uso da norma culta do português para além das fronteiras cibernéticas. Mas
ao que tudo indica, o temido "internetês" não passa de um simpático bichinho de uma cabecinha
só.
Ainda que a maioria dos professores e educadores se preocupe com ele (alertando os alunos
em sala), a ocorrência do "internetês" nas provas escolares, em vestibulares e em concursos
públicos é insignificante.
RAMPAZZO, Fabiano. O internetês na escola. Revista Língua Portuguesa. São Paulo, ano 3, n. 40, p. 28, 2009.
Marque a declaração que apresenta opinião semelhante à expressa no texto lido sobre a variante
linguística denominada "internetês".
Após a leitura do texto, assinale a alternativa que considera a variação linguística como
fenômeno natural.
a. "Veja: E onde se fala o pior? Pasquale: São Paulo que fala "dois pastel" e "acabou as
ficha" é um horror. Não acredito que o fato de ser uma cidade com grande número de
imigrantes seja uma explicação suficiente para esse português esquisito dos paulistanos.
Na verdade, é inexplicável." [...] SABINO, Mario. Língua enrolada. Veja. São Paulo, 10
set. 1997. Disponível em: http://veja.abril.com.br. Acesso em: 24 mar. 2015.
b. "'Fiat lux. E a luz se fez...' E a luz se fez. Clareou este mundão cheinho de jecas-tatus
[...] Falamos o caipirês. Sem nenhum compromisso com a gramática portuguesa. Vale
tudo: eu era, tu era, nós era, eles era." SQUARISI, Dad. Correio Braziliense, 22 jun.
1996.
c. "Essas crenças sobre a superioridade de uma variante ou falar sobre os demais é um dos
mitos que se arraigam na cultura brasileira. Toda variedade regional ou falar é, antes de
tudo, um instrumento identitário, isto é, um recurso que confere identidade a um grupo
social." BORTONI-RICARDO, Stella Maris. Educação em língua materna: a
sociolinguística na sala de aula. São Paulo: Parábola Editorial, 2004.
d. "[...] os deslizes listados acima se incorporam à língua falada e são cometidos com
frequência até mesmo por pessoas de nível (aqui sim) universitário. 'Existem pessoas que
estudaram muito, mas ainda assim se expressam mal em português', diz o jornalista e
estudioso da língua Josué Machado." CIPRO NETO, Pasquale. Fuja do "a nível de".
Veja. São Paulo, 17 mar. 1999. Disponível em: http://veja.abril.com.br. Acesso em: 24
mar. 2015.
A nossa instrução pública cada vez que é reformada, reserva para o observador surpresas
admiráveis. Não há oito dias, fui apresentado a um moço, aí dos seus vinte e poucos anos, bem
posto em roupas, anéis, gravatas, bengalas etc. O meu amigo Seráfico Falcote, estudante, disse-
me o amigo comum que nos pôs em relações mútuas.
O Senhor Falcote logo nos convidou a tomar qualquer coisa e fomos os três a uma confeitaria.
Ao sentar-se, assim falou o anfitrião:
— Caxero traz aí quarqué cosa de bebê e comê.
Pensei de mim para mim: esse moço foi criado na roça, por isso adquiriu esse modo feio de
falar. Vieram as bebidas e ele disse ao nosso amigo:
— Não sabe Cunugunde: o veio tá i.
O nosso amigo comum respondeu:
— Deves então andar bem de dinheiros.
— Quá ele tá i nós não arranja nada. Quando escrevo é aquela certeza. De boca, não se cava...
O veio óia, oia e dá o fora.
[...]
Esse estudante era a coisa mais preciosa que tinha encontrado na minha vida. Como era
ilustrado! Como falava bem! Que magnífico deputado não iria dar? Um figurão para o partido
da Rapadura.
O nosso amigo indagou dele em certo momento:
— Quando te formas?
— No ano que vem.
Caí das nuvens. Este homem já tinha passado tantos exames e falava daquela forma e tinha tão
firmes conhecimentos!
O nosso amigo indagou ainda:
— Tens tido boas notas?
— Tudo. Espero tirá a medáia.
BARRETO, Lima. Quase doutor.
Eu tinha o medo imediato. E tanta claridade do dia. O arrojo do rio e só aquele estrape, e o
risco extenso d'água, de parte a parte. Alto rio, fechei os olhos. Mas eu tinha até ali agarrado
uma esperança. Tinha ouvido dizer que, quando canoa vira, fica boiando, e é bastante a gente
se apoiar nela, encostar um dedo que seja, para se ter tenência, a constância de não afundar, e
aí ir seguindo, até sobre se sair no seco. Eu disse isso. E o canoeiro me contradisse: — “Esta é
das que afundam inteiras. É canoa de peroba. Canoa de peroba e de pau-d'óleo não
sobrenadam...” Me deu uma tontura. O ódio que eu quis: ah, tantas canoas no porto, boas canoas
boiantes, de faveira ou tamboril, de imburana, vinhático ou cedro, e a gente tinha escolhido
aquela... Até fosse crime, fabricar dessas, de madeira burra!
ROSA, Guimarães. Grande sertão: veredas. p. 88-89.
Diz Alfredo Bosi a respeito de Guimarães Rosa: “Grande sertão: veredas e as novelas de
Corpo de baile incluem e revitalizam recursos da expressão poética: células rítmicas,
aliterações, onomatopeias, rimas internas, ousadias mórficas, elipses, cortes e deslocamentos
de sintaxe, vocabulário insólito, arcaico ou de todo neológico, associações raras, metáforas,
anáforas, metonímias, fusão de estilos, coralidade”.
BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira, p. 430.
Do ponto de vista da língua, o que varia entre "côração" e "córação" é o mesmo que entre
"macaxeira", "aipim" e "mandioca"? E entre "as menina vai" e "as meninas vão"? O que faz
você pensar assim?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
O humor desse cartum é construído a partir da divergência entre o motivo atribuído pela moça
de azul para o choro da amiga e o real motivo do choro. Explique essa divergência.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________