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Disciplina: Direito Constitucional

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Professor: Karl Schleu

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Noções de Direito Constitucional: Da aplicabilidade das normas constitucionais: normas de

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eficácia plena, contida e limitada; normas programáticas. Princípios fundamentais. Dos

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direitos e garantias fundamentais: dos direitos e deveres individuais e coletivos; dos direitos

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sociais; dos direitos de nacionalidade; dos direitos políticos. Dos partidos políticos. Da
organização político-administrativa: da União. Das competências da União, Estados e

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Municípios. Da Administração Pública: disposições gerais; dos servidores públicos. Da

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organização dos Poderes. Do Poder Executivo: do Presidente e do Vice-Presidente da

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república. Das atribuições e responsabilidades do Presidente da República. Do Poder

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Legislativo: do processo legislativo. Da fiscalização contábil, financeira e orçamentária. Do

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Poder Judiciário: disposições gerais; do Supremo Tribunal Federal; do Conselho Nacional
de Justiça: organização e competência. Do Superior Tribunal de Justiça. Do Tribunal

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Superior do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho e dos Juízes do Trabalho. Das
funções essenciais à Justiça: do Ministério Público; da Advocacia Pública; da Advocacia e

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da Defensoria Pública.

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1. NORMAS CONSTITUCIONAIS: APLICABILIDADE DAS

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NORMAS CONSTITUCIONAIS: NORMAS DE EFICÁCIA PLENA,
CONTIDA E LIMITADA; NORMAS PROGRAMÁTICAS.
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1.1 Conceito
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A palavra norma, segundo Raul Machado Horta, designa um mandamento, uma prescrição, uma
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ordem. Sob o ângulo da norma jurídica, conforme assinala Kelsen, a norma confere poderes,
permissões e opera derrogações. Uma outra característica da norma jurídica é determinar o
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comportamento externo do indivíduo, distinguindo-se da norma religiosa e da norma ética, na


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medida em que estas buscam fixar o seu comportamento interior.


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Guilherme Pena de Moraes conceitua as normas constitucionais como:


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“significações extraídas de enunciados jurídicos, caracterizada pela superioridade hierárquica,


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natureza da linguagem, conteúdo específico e caráter político, com diferentes tipologias.”


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Na definição do autor as normas constitucionais são revestidas de quatro características


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essenciais: a superioridade hierárquica que denota o seu caráter de lei maior, representando o
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fundamento de validade de todas as demais normas legais que integram o mesmo ordenamento
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jurídico; a natureza da linguagem que traduz a maior abertura e menor densidade das normas
constitucionais, havendo frequentemente uma necessidade de concretização da norma. Nesse
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sentido é dado ao intérprete maior liberdade de conformação da norma à realidade apresentada; o


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conteúdo específico acentua que as normas constitucionais prescrevem a divisão territorial e


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funcional do exercício do poder político, assim como garantia de exercício dos direitos
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fundamentais e as metas a serem alcançadas pelo Estado na ordem econômica e social; o caráter
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político demonstra a legitimação e limitação do poder político.


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1.1. Regras e Princípios


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As normas jurídicas são classificadas pela doutrina moderna em princípios e regras jurídicas.
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Ambos são dotados de valor normativo, jurídico e são imperativos. Em relação aos princípios
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pode-se dizer que estes são dotados de um alto grau de generalidade e abstração e baixa densidade
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normativa, pois, necessitam, via de regra, de outras normas para que possam ser aplicados. Além
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disso, são normas consideradas como informadoras do ordenamento jurídico. Ex.: arts. 1°, 2°, 3°,
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4°, 5°, caput, incisos I e II, 37, caput. 170 e 206. Já as regras possuem um menor grau de

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generalidade e abstração e alta densidade normativa. Ex.: arts. 57 e 242, § 2°.

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Nesse sentido, Raul Machado Horta ressalta que “ a norma jurídica poderá exteriorizar-se no

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princípio e na regra. O princípio é a norma dotada de um grupo de abstração relativamente

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elevado, enquanto a regra dispõe de abstração relativamente reduzida. O princípio constitucional

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impõe aos órgãos do Estado a realização de fins, a execução de tarefas, a formulação de programa.

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A regra se introduz no domínio da organização e do funcionamento de órgãos, serviços e

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atividades do Estado e do Poder. ”

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Os princípios por sua vez, diferentemente das regras, conforme adverte Inocêncio Mártires

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Coelho, "não se apresentam como imperativos categóricos, mas apenas enunciam motivos para

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decidir num certo sentido".

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Os conflitos existentes entre princípios são resolvidos pelo critério de peso, preponderando o de

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maior valor no caso concreto. Ex. a discussão entre a liberdade de informação e de expressão e a

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tutela da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas (CF, art. 220, § 1°). Neste

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particular, Inocêncio Mártires Coelho sustenta que os princípios sem impor ao seu intérprete-
aplicador uma única decisão concreta, admitem convivência e conciliação com outros princípios
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eventualmente concorrentes, num complexo sistema de freios e contrapesos muito semelhante ao
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que, nos regimes democráticos, regula a distribuição de funções entre os Poderes do Estado.
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Conflitos de regras, de outro modo, são resolvidos pelos critérios tradicionais de interpretação:
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considera-se a norma dotada de superioridade hierárquica (hierárquico), a lei posterior revoga a


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anterior (cronológico), a lei específica prevalece sobre a regra geral (especialidade).


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Dentro deste contexto, deve-se ter presente que todo ordenamento jurídico, aí incluída a
Constituição, é formado por um conjunto de normas jurídicas, sejam estas apresentadas sob a
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forma de princípios, seja sob a vestimenta de regras jurídicas, ou ambos os casos, já que estes não
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são excludentes entre si. Nesse sentido, há Estados cujo ordenamento constitucional é
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eminentemente principiológico, como é o caso dos Estados Unidos da América. De outro lado,
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há Constituições que, embora consagrem inúmeros princípios em seu texto, preocupam-se,


também, por estabelecer regras específicas na própria Carta. É o caso da Constituição brasileira.
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A Constituição é a norma suprema do Estado, constituindo o vértice de todo o ordenamento. Neste


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tom, tem-se que a norma constitucional, conforme acentua Raul Machado Horta, "é a norma
primária do ordenamento jurídico, ocupando o lugar mais elevado na pirâmide do sistema
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jurídico. É a norma fundamental do ordenamento jurídico".


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Não por outra razão, a posição hierarquicamente suprema da norma constitucional, na visão do
mesmo jurista, desencadeia a sanção da inconstitucionalidade, quando se verificar o conflito entre
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a norma fundamental e primária e as normas ordinárias e secundárias.


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1.2 Classificação quanto à aplicabilidade das normas constitucionais.


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As normas constitucionais são, segundo José Afonso da Silva:


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A) NORMAS CONSTITUCIONAIS DE EFICÁCIA PLENA: São aquelas que são bastantes


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em si, dotadas de aplicabilidade direta e imediata. Ou seja, reúnem todos os elementos necessários
para produção de efeitos concretos imediatos possíveis.
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Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e
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o Judiciário.
Art. 5º (...)
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XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento

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do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante

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o dia, por determinação judicial;

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Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto,

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com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

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(...)

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§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar

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obrigatório, os conscritos.

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Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a

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soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da

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pessoa humana e observados os seguintes preceitos:

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(...)
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.

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Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas,

NO
assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e
garantindo-lhes o direito à vida.
(...) ILA
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§ 2º Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade dos transportes coletivos
urbanos.
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B) NORMAS CONSTITUCIONAIS DE EFICÁCIA CONTIDA: Nascem com eficácia plena,


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reúnem todos os efeitos necessários para a produção de efeitos jurídicos concretos e imediatos,
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mas terão seu âmbito de eficácia contido restringido, reduzido pelo legislador infra constitucional.
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O Legislador constituinte regulou suficientemente os interesses relativos a determinada matéria,


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mas deixou margem à atuação restritiva por parte da competência discricionária do poder público,
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nos termos que a lei estabelecer ou nos termos de conceitos gerais nelas enunciados.
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Aplicabilidade direta, imediata, mas não integral, porque sujeitas a restrições que limitem sua
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eficácia e aplicabilidade.
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Restrições:
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Legislador infraconstitucional:
NO

Art. 5º. (...)


VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica
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ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a
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cumprir prestação alternativa, fixada em lei;


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(...)
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações
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profissionais que a lei estabelecer;


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Por outras normas constitucionais:


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Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de


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Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais
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restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente
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instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.


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(...)
I - restrições aos direitos de:
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a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;


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b) sigilo de correspondência;
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;
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Uso na norma constitucional de conceitos, que comportam um variável grau de indeterminação.

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Ex.: ordem pública, segurança nacional, integridade nacional, bons costumes, necessidade ou

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utilidade pública, perigo público iminente.

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XXII - é garantido o direito de propriedade;

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XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade

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particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;

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XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou

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utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em

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dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;

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C) NORMAS CONSTITUCIONAIS DE EFICÁCIA LIMITADA: São as únicas que,

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definitivamente, não são bastantes em si, pois elas não vão reunir todos os efeitos necessários

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para a produção de efeitos jurídicos imediatos. São normas que têm aplicabilidade
indireta/mediata.
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Elas vão precisar de regulamentação por parte dos Poderes Públicos para reunirem todos os efeitos
necessários a fim de produzir efeitos jurídicos imediatos. Essas normas só vão ter aplicabilidade
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direta e imediata se forem reguladas, complementadas pelo legislador infra constitucional.


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Art. 37, inciso VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei
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específica;
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Art. 7º. Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
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melhoria de sua condição social:


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(...)
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XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente,


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participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;


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Eficácia das normas programáticas.


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- Eficácia limitada.
- Requerem dos órgãos estatais uma determinada atuação.
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- Estabelecem um programa, um rumo inicialmente traçado pela Constituição.


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- São voltadas para os órgãos estatais.


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Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
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I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o
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patrimônio público;
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II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de


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deficiência;
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III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os
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monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;


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IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de


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valor histórico, artístico ou cultural;


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Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e
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incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu


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preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.


(...)
NO

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Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de

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colaboração seus sistemas de ensino.

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(...)

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Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes
da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações

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culturais.

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(...)

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Art. 218. O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa e a

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capacitação tecnológicas.

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02. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS (Art.01º ao 04º).

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Institui-se forma do nosso Estado e de seu governo, proclama-se o regime político democrático

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fundado na soberania popular e institui-se a garantia da separação de funções entre os poderes.

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Valores e os fins mais gerais orientadores de nosso ordenamento constitucional.

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Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e

NO
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:
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Esse primeiro artigo da Constituição é rico em conceitos técnicos. São eles:
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a) Forma de Governo (origem do governo).


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República (do latim res publica = coisa pública) é a forma de governo na qual o chefe de Estado,
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normalmente designado presidente da República, é eleito pelos cidadãos, na maioria dos casos
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pelo voto livre e secreto, ou por seus representantes, para exercer o cargo por um período
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determinado.
A

Dependendo do sistema de governo, se presidencialista ou parlamentarista, pode acumular a


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função de chefe de Estado com a de chefe do governo (executivo).


BR

Então postulado republicano é caracterizado a partir dos seguintes aspectos:


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VA

 Representação do titular do poder feita em poderes constituídos legitimada, em regra, a


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partir de eleições;
 Temporariedade do mandato dos representantes;
LA

 Existência de regime de responsabilidades e o consequente dever de prestação de contas.


MI
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O principio republicano foi introduzido no Brasil por meio da Constituição de 1891, a partir do
declínio do modelo imperial outorgado e vigente desde 1824.
0
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26

b) Sistema de Governo (quem chefia).


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Presidencialismo - Legitimidade popular direta do Chefe do Poder Executivo (77, 28, caput e 29,
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I e II, CF): escolhido pelo majoritário em dois turnos com exceção da dupla vacância nos dois
últimos anos do mandato, em que a eleição é indireta. Unipessoalidade da Chefia do Executivo
A

(84, CF): o Presidente da República exerce a chefia de Estado e a Chefia de Governo. Separação
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entre Poder Executivo e Poder Legislativo (2o, CF): não há entre eles relação de confiança. O
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Legislativo não pode demitir o Presidente por quebra de confiança, nem o Presidente pode
dissolver o Congresso.
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c) Forma de estado.
NO

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Federalismo, que é uma aliança ou união de Estados, baseada em uma constituição onde os

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Estados que ingressam na federação pedem sua soberania no momento mesmo do ingresso,

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preservando, contudo uma autonomia política limitada.

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 Unidades dotadas de autonomia política;

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 Pessoas jurídicas de direito público autônomas e encontram-se sujeitos ao princípio da

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indissolubilidade do vínculo federativo;

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 Auto-organização, competências legislativas e administrativas e autonomia financeira.

46
 Cláusula pétrea - (CF, art. 60, § 4.°, I).

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d) União indissolúvel.

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Essa locução informa que as partes materialmente componentes da Republica não poderão dela

BR
se dissociar, o que implica dizer que qualquer tentativa separatista é inconstitucional. É importante

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notar que a União não faz parte desse rol por não ter ela existência material, mas apenas jurídica,
ou, nos termos do art. 18, político-administrativa.

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e) Princípio Democrático.

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O ideal democrático representa uma conquista do constitucionalismo do final do século XVIII.
AM
Atualmente sua configuração diz respeito à vontade popular materializada em grande medida por
intermédio de representantes, normalmente eleitos.
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Na democracia moderna, que é de cunho participativo e pluralista, exige-se respeito ao decidido


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e reivindicado pela maioria sem que se desrespeite os interesses de minorias.


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O Estado democrático brasileiro assume o modelo de Estado de direito uma vez que é estruturado
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sobre o princípio da legalidade e da constitucionalidade. Nesse contexto, a vontade do povo é


instrumentalizada por meio de normas que orientam a sociedade e se impõem ao próprio Estado.
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Este artigo também indica os cinco fundamentos da República. Fundamentos são os alicerces,
BR

as bases ideológicas sobre as quais está construída a República Federativa do Brasil. São eles:
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I. Soberania;
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- O poder do Estado brasileiro, na ordem interna, é superior a todas as demais manifestações de


poder.
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- Não é superado por nenhuma outra forma de poder.


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- Âmbito internacional - igualdade com os demais Estados independentes.


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II. Cidadania;
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- Atribuição formal de direitos políticos ativos e passivos aos brasileiros que atendam aos
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requisitos legais.
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- Poder Público – Atuante - Efetiva participação política dos indivíduos.


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- Integração irrestrita do indivíduo na sociedade política organizada.


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III. Dignidade da pessoa humana - O Brasil é estruturado com base na consciência de que o
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valor da pessoa humana, enquanto ser humano é insuperável. Em vários artigos a Constituição
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mostra como pretende assegurar o respeito à condição de dignidade do ser humano, como por
exemplo no art. 5º, III, onde se lê que ninguém será submetido a tortura ou a tratamento desumano
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ou degradante, ou no art. 6º, onde se encontra uma lista de direitos sociais da pessoa;
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- Organização centrada no ser humano, e não em qualquer outro referencial.


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- Pessoa humana - O direito à vida, à intimidade, à honra e à imagem.

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IV. Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa: o trabalhador foi visto e entendido, por

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muito tempo, como uma espécie de engrenagem num mecanismo de produção de riqueza. A atual
Constituição não aceita esse entendimento, e impõe que o trabalho seja, além de gerador de

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riquezas para o empregador e para o Brasil, instrumento do trabalhador para obter todos os direitos

26
sociais que estão assegurados no art.6º;

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- Nas relações entre capital e trabalho será reconhecido o valor social deste último.

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- Art. 170 - “a ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre-iniciativa,
tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social”.

A
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V. Pluralismo político: Além da liberdade de expressar sua concepção política, reunindo-se

BR
com seus iguais em qualquer partido político, o brasileiro também pode exercer o direito ao
pluralismo político reunindo-se em associações, em sindicatos, em igrejas, em clubes de serviço;

ES
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Nossa sociedade deve reconhecer e garantir a inclusão, nos processos de formação da vontade

NO
geral, das diversas correntes de pensamento e grupos representantes de interesses existentes no
seio do corpo comunitário.
ILA
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Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos
ou diretamente, nos termos desta Constituição.
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O parágrafo único assegura o princípio básico das democracias ocidentais. O povo é o titular
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primeiro e único do poder do Estado. Esse poder pode ser exercido através de representantes que
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esse mesmo povo, agora cidadão, elege (deputados, senadores, governadores, prefeitos,
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vereadores, Presidente da República), ou também pode o povo exercer o poder de que é titular
diretamente, sem intermediários, nas formas previstas no art.14, que são o sufrágio, o plebiscito,
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o referendo e a iniciativa popular;


A
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Art.2º São poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo
BR

e o Judiciário.
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O artigo em questão traz em seu caput o Princípio da Separação de Poderes, que representa um
VA

conquista do constitucionalismo moderno. Advém do declínio do regime monárquico absolutista


NO

e integra o núcleo material das constituições.


LA

Deve ser compreendido a partir de duas vertentes: divisão orgânica e especialização funcional,
MI

ou seja, órgãos distintos exercem funções diferentes.


KA

Essa lógica, no entanto, deve ser ponderada pelo sistema de freios e contrapesos em que as
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relações entre os órgãos do Estado devem ser pautadas por um regime de controles recíprocos,
56

caracterizado pelo fato de que os poderes do Estado não exercem suas funções típicas de modo
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exclusivo.
3
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4

De fato, a fim de evitar o arbítrio e o desmando, remanesce parcela da atividade típica ficando
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como atípica para outra estrutura de poder. Nesse contexto, o poder legislativo atua na seara
A

administrativa e julgadora. O poder judiciário tem atividade administrativa e normativa e o poder


AG

executivo julga e normatiza. Essa mesma lógica deve ser observada por todos os poderes
BR

constituídos.
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Objetivos fundamentais.
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- Assegurar a igualdade material entre os brasileiros;


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- Iguais oportunidades para alcançar o pleno desenvolvimento de sua personalidade;

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- Autodeterminar e lograr atingir suas aspirações materiais e espirituais, condizentes com a

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dignidade inerente a sua condição humana.

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Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

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I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;

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II - garantir o desenvolvimento nacional;

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III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades soiais e regionais;

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IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e qualquer

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outras formas de discriminação.

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Princípios nas relações internacionais.

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Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:

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I - independência nacional;

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II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não intervenção; ILA
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V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
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VII - solução pacífica dos conflitos;


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VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;


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IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;


23

X - concessão de asilo político.


46

Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política,


00

social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-
A

americana de nações.
AG
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Aqui se trata dos princípios que vão reger a atuação da República brasileira no plano
internacional, ou seja, nas suas relações com outros Estados soberanos.
S


E

Independência nacional
VA

 Prevalência dos direitos humanos



NO

Autodeterminação dos povos


 Não intervenção é princípio fundamental de Direito Internacional Público, e foi
LA

mencionada pela primeira vez no século XVIII, por Christian Wolff e Emmanuel Kant.
MI

Consagrada nas Cartas da ONU (art. 2º, alínea 7) e da OEA (art. 18), a não-intervenção não escapa
KA

de seu perfil mais político do que jurídico, e parece dar razão ao comentário formulado no início
deste século, segundo o qual a justificação da intervenção é o seu sucesso.
0

 Igualdade entre os Estados, para nós, não é uma igualdade absoluta, mas relativa, na
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medida de suas desigualdades, que são mais claras no plano econômico, sendo que o GATT
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(Acordo Geral de Tarifas e Comércio) é uma tentativa de diminuir essa distância entre uns e outros
3
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Estados. Como premissa fundamental de Direito Internacional Público, a igualdade está


4

intimamente associada ao princípio da reciprocidade. Celso de Albuquerque Mello, citando


00

Decaux, explica que pode-se dizer que a reciprocidade é o meio e a igualdade é o resultado, e,
A

mais, que a igualdade não é uma igualdade estática, mas uma igualdade obtida por reação, após
AG

uma troca ou ma resposta, pelo que a reciprocidade é a igualdade dinâmica. A igualdade entre os
BR

Estados está citada em várias passagens dos documentos supremos da ONU e da OEA,
principalmente no art. 2º, nº 1 (ONU) e no art. 9º (OEA), e também no item I da Ata de Helsinque,
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de 1970.
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Defesa da paz
 Solução pacífica dos conflitos
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 Repúdio ao terrorismo e ao racismo pode ser entendido como a rejeição a essas duas

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espécies de condutas vis. As definições do que sejam terrorismo e racismo não são, contudo,

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desprovidas de dificuldades. Terrorismo é a arma do fraco, e mistura-se com freqüência a

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elementos políticos e, dependendo do ângulo pelo qual se olhe, pode-se chamar o mesmo
movimento de terrorista ou de guerrilha. Por isso não há uma definição jurídica clara do que seja,

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exatamente, o terrorismo, ficando-se apenas para fins didáticos, na constatação, enunciada por

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Sottile, de que caracteriza-se ele pelo uso de método criminoso e violência, visando a atingir um

23
fim determinado. No plano internacional (principalmente na Europa, a partir de 1977, por ato do

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Conselho da Europa), são identificadas três áreas de terrorismo reprimidas por tratados: o

00
seqüestro de embaixadores, a tomada de reféns e o apoderamento ilícito de aeronaves. Já o
racismo encontra definição no art. 1º de uma convenção da ONU de 1966, onde se lê que a

A
discriminação racial significará qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência baseadas

AG
em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objetivo ou efeito anular

BR
ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício num mesmo plano, em igualdade de condições,
de direitos humanos e liberdades fundamentais.

ES
 Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade é princípio que impõe,

VA
de plano, uma limitação aos conceitos de soberania e de independência nacional, uma vez que

NO
cooperar é interagir.
 Concessão de asilo político, ou melhor, de asilo diplomático. Esse asilo é concedido a
ILA
quem esteja sendo perseguido por motivos políticos ou de opinião. Tal estrangeiro, a Constituição
AM
brasileira, no art. 5º, LII, faz inextraditável, justamente para garantir o instituto do asilo
diplomático ou político. A Declaração Universal dos Direitos do Homem há prevê essa figura no
0K

seu art. XIV. No continente americano, o asilo diplomático está tratado no documento da
56

convenção de Caracas, de 1954, onde se lê que todo Estado tem o direito de conceder asilo, mas
26

não se acha obrigado a concedê-lo, nem a declarar porque o nega.


23
46

3. DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS.


00

Noções Gerais
A
AG

Atualmente tem-se cobrado nas provas de Direito Constitucional a análise, conhecimento e


interpretação dos Direitos e Garantias Fundamentais.
BR
S

Desta forma, toda leitura destes direitos fundamentais deve partir do pressuposto fático de que os
E

direitos e garantias fundamentais constituem um dos pilares do tripé do Estado de Direito, ao lado
VA

do enunciado da Legalidade e do Princípio da Separação de Poderes.


NO

Segundo José Afonso da Silva para quem “são aquelas prerrogativas e instituições que o Direito
LA

Positivo concretiza em garantias de uma convivência digna,livre e igual de todas as pessoas” .


MI
KA

Exatamente devido à esta natureza essencial se faz mister reconhecer as seguintes características:
0
56

Imprescritibilidade - os direitos fundamentais não desaparecem pelo decurso do tempo;


26

Inalienabilidade - Não há possibilidade de transferência dos direitos fundamentais a outrem;


3

Irrenunciabilidade - Não podem ser objeto de renúncia;


62

Inviolabilidade - Impossibilidade de sua não observância por disposições infraconstitucionais ou


4
00

por atos das autoridades públicas;


Universalidade - Devem abranger todos os indivíduos, independentemente de sua nacionalidade,
A

sexo, raça, credo ou convicção político-filosófica;


AG

Efetividade - A atuação do Poder Público deve ter por escopo garantir a efetivação dos direitos
BR

fundamentais;
Interdependência - Possuem diversas intersecções para atingirem suas finalidades;
ES

Complementaridade - Os direitos fundamentais não devem ser interpretados isoladamente, mas


VA

sim de forma conjunta com a finalidade de alcançar os objetivos previstos pelo legislador
NO

constituinte;
9
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
Relatividade ou limitabilidade - Os direitos fundamentais não têm natureza absoluta.

IL A
AM
Por outro lado, nem todo direito fundamental sempre foi expressamente previsto nas

0K
Constituições, ainda que a grande maioria ali esteja.

56
Neste sentido, extrai-se da Carta de 1988 o exemplo de que a mesma não trata de alguns direitos

26
da personalidade, como o nome. Exatamente para que não fosse entendida tal previsão como uma

23
lacuna, o próprio art. 5° contemplou o §2° com a admissão de que existiriam outros decorrentes

46
dos sistemas adotados pelo país.

00
Ademais, esta discriminação não se deu na Constituição de forma exaustiva ou taxativa, ex vi o

A
parágrafo segundo do próprio artigo. Trata-se, na verdade, de rol apenas exemplificativo:

AG
BR
“§2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do
regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República

ES
Federativa seja parte.”

VA
NO
Evolução Histórica
ILA
AM
Como estes direitos fundamentais foram sendo reconhecidos pelos textos constitucionais e o
ordenamento jurídico dos países de forma gradativa e histórica, os autores começaram a
0K

reconhecer as gerações destes, podendo assim ser sintetizado tal pensamento:


56
26

Direitos de primeira geração: Surgidos no século XVII, eles cuidam da proteção das liberdades
públicas, ou seja, os direitos individuais, compreendidos como aqueles inerentes ao homem e que
23

devem ser respeitados por todos os Estados, como o direito à liberdade, à vida, à propriedade, à
46

manifestação, à expressão, ao voto, entre outros.


00

Como afirma ALEXANDRE DE MORAES, “essas idéias encontravam um ponto fundamental


A
AG

em comum, a necessidade de limitação e controle dos abusos de poder do próprio Estado e de


BR

suas autoridades constituídas e a consagração dos princípios básicos da igualdade e da legalidade


como regentes do Estado moderno e contemporâneo”.
ES
VA

Direitos de segunda geração: Os ora chamados direitos sociais, econômicos e culturais, onde
passou a exigir do Estado sua intervenção para que a liberdade do homem fosse protegida
NO

totalmente (o direito à saúde, ao trabalho, à educação, o direito de greve, entre outros). Veio
LA

atrelado ao Estado Social da primeira metade do século passado.


MI

Liberdades positivas, reais ou concretas, e acentuam o princípio da igualdade entre os homens


KA

(igualdade material).
0
56

A natureza do comportamento perante o Estado serviu de critério distintivo entre as gerações, eis
26

que os de primeira geração exigiam do Estado abstenções (prestações negativas), enquanto os de


3
62

segunda exigem uma prestação positiva.


4
00

Direitos de terceira geração: os chamados de solidariedade ou fraternidade, voltados para a


proteção da coletividade. As Constituições passam a tratar da preocupação com o meio ambiente,
A
AG

da conservação do patrimônio histórico e cultural, etc..


BR

A partir destas, vários outros autores passam a identificar outras gerações, ainda que não
S

reconhecidas pela unanimidade de todos os doutrinadores.


E
VA
NO

10
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
Direitos de quarta geração: Prof. Paulo Bonavides - Direito à democracia, o direito à informação

IL A
e o direito ao pluralismo jurídico.

AM
Prof. Norberto Bobbio - Avanços da engenharia genética, que colocam em risco a própria

0K
existência humana, pela manipulação do patrimônio genético.

56
Direitos da quinta geração: defendida por apenas poucos autores para tentar justificar os avanços

26
tecnológicos, como as questões básicas da cibernética ou da internet.

23
46
Vale observar que ainda que se fale em gerações, não existe qualquer relação de hierarquia entre

00
estes direitos, mesmo porque todos interagem entre si, de nada servindo um sem a existência dos
outros. Esta nomenclatura adveio apenas em decorrência do tempo de surgimento, na eterna e

A
constante busca do homem por mais proteção e mais garantias, com o objetivo de alcançar uma

AG
sociedade mais justa, igualitária e fraterna, como defendia NOBERTO BOBBIO. Por isto, a mais

BR
moderna doutrina defende o emprego do termo dimensões no lugar de gerações.

ES
Ainda para prestigiar sua importância, em geral, os direitos e garantias fundamentais têm

VA
aplicabilidade imediata (art. 5º §1º CRFB), dependendo naturalmente da forma que foi

NO
enunciada pela Constituição para que seja afirmada se a mesma será de eficácia plena ou limitada.

ILA
Destinatários
AM
0K
56

Pessoas Pessoas
26

jurídicas naturais
23
46
00
A
AG
BR

Pessoas
ES
VA

estatais
NO
LA

Conflitos ou Colisão
MI
KA

Não existe hierarquia entre direitos fundamentais!!! O intérprete deverá realizar um juízo de
0

ponderação, consideradas as características do caso concreto. O intérprete deverá lançar mão do


56

princípio da concordância prática ou da harmonização!!


26
3
62

Renúncia
4
00

O titular de um direito fundamental não tem poder de disposição sobre ele, não pode abrir mão
A

de sua titularidade. Exceção: A renúncia temporária e excepcional a direito fundamental.


AG
BR

Aplicabilidade Imediata
ES

Art. 05º (...)


VA

§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.


NO

11
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
OBS: Embora a regra seja a aplicabilidade imediata dos direitos e garantias fundamentais, alguns

IL A
deles encontram-se previstos em normas constitucionais de eficácia limitada, dependentes de

AM
regulamentação para a produção de seus efeitos essenciais.

0K
Enumeração aberta e interpretação.

56
26
A enumeração dos direitos fundamentais não é exaustiva, fechada.

23
Art. 05° (...)

46
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do

00
regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República
Federativa do Brasil seja parte.

A
AG
Restrições e suspensões admitidas constitucionalmente

BR
ES
Em situações excepcionais e gravíssimas de estado de defesa e estado de sítio, existe a

VA
possibilidade de restrições ou suspensões temporárias de direitos fundamentais, sem necessidade
de autorização prévia do Poder Judiciário.

NO
ILA
Art. 136. (...)
§ 1º O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especificará
AM
as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a
0K

vigorarem, dentre as seguintes:


I - restrições aos direitos de:
56

a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;


26

b) sigilo de correspondência;
23

c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;


46
00

Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, só poderão ser
tomadas contra as pessoas as seguintes medidas:
A
AG

I - obrigação de permanência em localidade determinada;


II - detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns;
BR

III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à


S

prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei;


E

IV - suspensão da liberdade de reunião;


VA

V - busca e apreensão em domicílio;


NO

VI - intervenção nas empresas de serviços públicos;


VII - requisição de bens.
LA
MI

Tratado e Convenções Internacionais com força de Emenda


KA

Constitucional
0
56
26

Art. 05°. (...)


3

§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em


62

cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos
4
00

membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.


A

Tribunal Penal Internacional


AG
BR

Art. 05° (...)


S

§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha


E

manifestado adesão.
VA
NO

12
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
Princípio da complementaridade!! Situações gravíssimas, em que o Estado soberano se mostre

IL A
incapaz ou sem disposição política para processar os crimes apontados no Estatuto de Roma.

AM
0K
Direitos e Deveres Individuais e Coletivos

56
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos

26
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,

23
à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

46
00
STF - Valem igualmente para os estrangeiros que se encontrem em território nacional, submetidos
às leis brasileiras, sejam eles residentes ou não no Brasil.

A
AG
 DIREITO À VIDA – ART. 5º, CAPUT.

BR
ES
A Constituição protege a vida de forma geral, não só a extrauterina como também a intrauterina.

VA
Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico:

NO
I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante;
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou,
quando incapaz, de seu representante legal. ILA
AM

- Direito de não ser morto – Privado da vida, direito de continuar vivo. - Direito à sobrevivência
0K

física. Direito à integridade física e psíquica.


56
26

Art. 5(...)
23

XLVII - não haverá penas:


46

a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
00

– Direito a uma vida digna – Garantindo-se as necessidades vitais básicas do ser humano e
A

proibindo qualquer tratamento indigno, como a tortura, penas de caráter perpétuo, trabalhos
AG

forçados, crueis, etc. Direito a condições materiais e espirituais mínimas necessárias a uma
BR

existência condigna à natureza humana.


ES

 DIREITO À LIBERDADE.
VA
NO

Direitos fundamentais de primeira geração - Liberdades públicas. Liberdade física – Locomoção.


Liberdade de crença, de convicções, de expressão de pensamento, de reunião, de associação.
LA
MI

 PRINCÍPIO DA IGUALDADE.
KA

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
0
56

brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,


26

à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:


3

I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
462

Igualdade material – Tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida de suas


00

desigualdades.
A
AG

A CF/88 não veda que a lei estabeleça tratamento diferenciado entre pessoas que guardem
BR

distinções de grupo social, de sexo, de profissão, de condição econômica ou de idade, entre outras.
Não veda o tratamento discriminatório entre indivíduos, quando há razoabilidade para a
ES

discriminação.
VA
NO

13
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
Não impede, tratamento discriminatório em concurso público, desde que haja razoabilidade para

IL A
a discriminação:

AM
0K
- Fixação de idade mínima e máxima e de altura mínima;
- Previsão de vagas exclusivamente para determinado sexo.

56
26
É imprescindível prévia autorização fixada em lei!!!

23
46
Súmula 683 do STF. O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em

00
face do art. 7.°, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições
do cargo a ser preenchido.

A
AG
Não se pode cogitar de ofensa ao princípio da igualdade quando as discriminações são previstas

BR
no próprio texto constitucional. A própria CF estabelece as desigualdades:

ES
- Em relação aos homens e mulheres em direitos e obrigações:

VA
NO
Art. 5º. (...)
ILA
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos
AM
durante o período de amamentação;
0K

Art. 7º. (...)


56

XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e
26

vinte dias;
23

XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;


46

Art. 143. O serviço militar é obrigatório nos termos da lei.


00

§ 1º - às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço alternativo aos que, em
A

tempo de paz, após alistados, alegarem imperativo de consciência, entendendo-se como tal o
AG

decorrente de crença religiosa e de convicção filosófica ou política, para se eximirem de


BR

atividades de caráter essencialmente militar.


§ 2º - As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço militar obrigatório em tempo de
ES

paz, sujeitos, porém, a outros encargos que a lei lhes atribuir.


VA
NO

O regime democrático faz desabrochar a legalidade e a igualdade como princípios fundamentais


para o Direito.
LA
MI

Sendo a lei expressão jurídica da vontade geral, nela todos se fazem iguais. E esta igualdade se
KA

opera na medida em que todos participam de sua elaboração, observância e aplicação.


0

Não se trata de demagogia a afirmação de que "todos são iguais perante a lei". Trata-se de um
56

discurso objetivo, incorporado ao universo jurídico, cuja enunciação implica fiel observância da
26

parte de todos, notadamente do Estado.


3
62
4

O Direito constata que no mundo real as pessoas não recebem o mesmo tratamento. A realidade
00

social resulta da confluência de forças políticas, econômicas, culturais, morais, religiosas, étnicas,
A

e tantas outras que moldam sistemas e estruturas onde a igualdade nem sempre é elemento
AG

integrante. Daí a relevante participação do Direito: garantir à organização social um instrumento


BR

de verificação prática daquela igualdade tão aclamada.


S

Se no mundo real não somos iguais, no mundo do Direito nos fazemos iguais. Evidentemente,
E
VA

não se está afirmando que o Direito não pertença ao mundo real, mas que possui elementos que
lhe conferem autonomia suficiente para condicionar a realidade.
NO

14
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
IL A
Para o Direito, o conceito de Estado confunde-se com o de lei (ordenamento jurídico). Assim,

AM
nada mais significativo que a própria lei declarar que somos todos iguais.

0K
Por mais fortes que sejam os vetores extrajurídicos, não são eles capazes de ilidir a força do

56
Direito. Necessário se faz, porém, que o titular do direito à igualdade exija o tratamento jurídico

26
condizente com o princípio magno.

23
46
Não há utopia na declaração de que "todos são iguais perante a lei".

00
O que existe é inércia e alienação da parte do titular do direito, que não reclama, perante as

A
autoridades instituídas, o respeito ao princípio-norma. O direito objetivo (direito posto) não pode

AG
exercer o papel que pertence ao titular do direito subjetivo que é o de invocar a atuação do direito

BR
objetivo.

ES
STF - Não autoriza o Poder Judiciário a estender vantagens concedidas a um grupo determinado

VA
de indivíduos a outros grupos, não contemplados pela lei!!!

NO
Súmula Vinculante 37
ILA
37 - Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de
AM
servidores públicos sob o fundamento de isonomia.
0K

 PRINCÍPIO DA LEGALIDADE – ART. 5º, II.


56
26

II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
23

- Particular – Pode-se fazer tudo que a lei não proibe – Princípio da autonomia da vontade,
46

ponderando-se esse valor com o da dignidade da pessoa humana.


00

- Administração – Só poderá fazer o que a lei permitir – Andar nos trilhos da lei.
A
AG

Princípio da legalidade - Submissão e o respeito à lei, ou a atuação dentro da esfera estabelecida


BR

pelo legislador.
E S
VA

Princípio da reserva legal - O texto constitucional exige expressamente regulação mediante lei
NO

para uma matéria específica.


LA

 PROIBIÇÃO DA TORTURA – ART. 5º, III.


MI
KA

III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;


0

- STF – HC 89.429 – “O uso legítimo de algemas não é arbitrário, sendo de natureza excepcional,
56

a ser adotado nos casos e com as finalidades de impedir, prevenir ou dificultar a fuga ou reação
26

indevida do preso, desde que haja fundada suspeita ou justificado receio de que tanto venha a
3
62

ocorrer e para evitar agressão do preso contra os próprios policiais, contra terceiros ou contra
4

si mesmo. O emprego dessa medida tem como balizamento jurídico necessário os princípios da
00

proporcionalidade e da razoabilidade”. Ministra Cármen Lúcia.


A
AG

- Súmula Vinculante n. 11/2008. “Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado
receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de
BR

terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar


S

civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se


E
VA

refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado".


NO

15
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
 LIBERDADE DA MANIFESTAÇÃO DE PENSAMENTO – ART. 5º, IV E V.

IL A
AM
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

0K
Pode manifestar o que pensa, desde que não o faça sob o manto do anonimato!!!

56
26
Exercício da manifestação = Dano material, moral ou à imagem = Direito de resposta,

23
proporcional ao agravo, além de indenização. Direito de resposta não afasta o direito à

46
indenização.

00
A vedação ao anonimato serve para possibilitar a responsabilização de quem cause danos a

A
terceiros em decorrência da expressão de juízos ou opiniões ofensivos, levianos, caluniosos,

AG
difamatórios, etc.

BR
STF - Afastou a exigência do diploma de jornalismo e do registro profissional no Ministério do

ES
Trabalho como condição para o exercício da profissão de jornalista - AMPLA LIBERDADE DE

VA
EXPRESSÃO!!!!

NO
STF - Afastou a exigência de autorização prévia (da pessoa biografada, ou de seus familiares, em
ILA
caso de pessoas falecidas) para obras biográficas ou audiovisuais.
AM

E a denuncia anônima? O STF não admite é a instauração de procedimento formal - processo


0K

administrativo disciplinar, processo penal etc. - com fundamento, exclusivamente, em delações


56

apócrifas.
26
23

V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano


46

material, moral ou à imagem;


00

Critério da proporcionalidade - Direito de resposta não afasta o direito à indenização.


A
AG

 LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA, CRENÇA E CULTO – ART. 5º, VI E VIII.


BR

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos


E S

cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; -
VA

(Estado laico!)
NO

VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e
LA

militares de internação coletiva;


MI
KA

VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica
ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a
0

cumprir prestação alternativa, fixada em lei;


56
26

Escusa de consciência ou objeção de consciência - Recursar cumprir determinadas obrigações ou


3
62

praticar atos que conflitem com suas convicções religiosas, políticas ou filosóficas!!
4
00

Estado laico, ou também denominado de leigo.


A
AG

 LIBERDADE DE ATIVIDADE INTELECTUAL, ARTÍSTICA, CIENTÍFICA OU


BR

DE COMUNICAÇÃO.
ES
VA
NO

16
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,

IL A
independentemente de censura ou licença;

AM
Independentemente de censura ou licença!!!

0K
56
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o

26
direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

23
46
00
Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer
forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta

A
Constituição.

AG
§ 1º - Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de

BR
informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art.
5º, IV, V, X, XIII e XIV.

ES
§ 2º - É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.

VA
§ 3º - Compete à lei federal:

NO
I - regular as diversões e espetáculos públicos, cabendo ao Poder Público informar sobre a
natureza deles, as faixas etárias a que não se recomendem, locais e horários em que sua
apresentação se mostre inadequada; ILA
AM
II - estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de se
defenderem de programas ou programações de rádio e televisão que contrariem o disposto no
0K

art. 221, bem como da propaganda de produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à
56

saúde e ao meio ambiente.


26

§ 4º - A propaganda comercial de tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos e


23

terapias estará sujeita a restrições legais, nos termos do inciso II do parágrafo anterior, e
46

conterá, sempre que necessário, advertência sobre os malefícios decorrentes de seu uso.
§ 5º - Os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de
00

monopólio ou oligopólio.
A

§ 6º - A publicação de veículo impresso de comunicação independe de licença de autoridade.


AG
BR

 INVIOLABILIDADE DA INTIMIDADE, DA VIDA PRIVADA, DA HONRA E DA


IMAGEM DAS PESSOAS.
ES
VA

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o
NO

direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;


LA
MI

Indenização
KA

Dano material! Dano moral!


cumulativa.
0
56
26
3
62

Pessoas jurídicas também têm direito à indenização por danos morais, em razão de fato ofensivo
4

à sua honra e à imagem.


00

Poder Judiciário e CPI´s – Têm poderes de investigação.


A
AG
BR

STF - Reconheceu a impossibilidade de coação do possível pai para realizar o exame do DNA!!
S

STF – Necessidade de autorização judicial para a quebra do sigílo. Ministério Público é


E
VA

incompetente para determinar a quebra do sigilo bancário, devendo solicitar autorização ao Poder
Judiciário.
NO

17
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
IL A
Causa provável (fundada suspeita) e ordem judicial!

AM
Lei Complementar 105/2001, editada pela União, autoriza a quebra de sigilo bancário por agentes
do fisco – Discussão sobre a constitucionalidade.

0K
56
Garantia de inviolabilidade do sigilo bancário pode ser afastada:

26
23
Por determinação judicial;

46
Por determinação do Poder Legislativo, mediante aprovação pelo Plenário da

00
Câmara dos Deputados, do Senado Federal, ou do plenário de suas respectivas comissões
parlamentares de inquérito - CPI;

A
Por determinação das autoridades e agentes fiscais tributários da União, dos

AG
estados, do Distrito Federal e dos municípios, quando houver processo administrativo

BR
instaurado ou procedimento fiscal em curso e tais exames forem considerados
indispensáveis pela autoridade administrativa competente (LC 105/2001, arts. 5." e 6.°).

ES
VA
STF - Ministério Público é incompetente para determinar a quebra do sigilo bancário, devendo

NO
solicitar autorização ao Poder Judiciário.

 A Inviolabilidade do Domicílio. ILA


AM

XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento
0K

do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante
56

o dia, por determinação judicial;


26
23

Conceito de domicílio: Conforme entendimento emanado pelo Supremo Tribunal Federal,


“domicílio, numa extensão conceitual mais larga, abrange até mesmo o local onde se exerce a
46

profissão ou a atividade, desde que constitua um ambiente fechado ou de acesso restrito ao


00

público, como é o caso típico dos escritórios profissionais”.


A
AG

STF - Qualquer compartimento privado não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou
BR

atividade, compreendendo - os escritórios e consultórios profissionais, as dependências privativas


da empresa, o quarto de hotel etc.
ES
VA

STF - A entrada forçada em domicílio sem mandado judicial só é lícita, mesmo em período
NO

noturno, quando amparada em fundadas razões, devidamente justificadas a posteriori, que


indiquem que dentro da casa ocorre situação de flagrante delito, sob pena de responsabilidade
LA

disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade dos atos praticados.


MI
KA

STF - Validou o ingresso de autoridade policial em recinto profissional durante a noite, para o
fim de instalar equipamentos de captação acústica (escuta ambiental) e de acesso a documentos
0

no ambiente de trabalho do acusado.


56
26

Previsão Constitucional: Conforme disposto no art. 5º, XI, da Constituição Federal de 1988, o
3
62

ingresso em domicilio alheio, sem o consentimento do responsável, imprescinde de determinação


4

judicial.
00

- Por determinação judicial – Somente durante o dia;


A
AG

- Em flagrante delito, desastre, ou para prestar socorro – Não precisa do consentimento do


BR

morador, durante o dia ou à noite.


S

 SIGILO DE CORRESPONDÊNCIA E COMUNICAÇÕES.


E
VA
NO

18
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das

IL A
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma

AM
que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;

0K
A garantia da inviolabilidade das correspondências também não é absoluta. “Carta confidencial”

56
remetida pelo sequestrador à família do sequestrado certamente poderá ser violada e utilizada em

26
juízo como prova.

23
46
Existem circunstâncias excepcionais que admitem a restrição dessas garantias, como o estado de

00
defesa e o estado de sítio (CF, arts. 136, § l.°, e 139)

A
Art. 136. (...)

AG
§ 1º O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especificará

BR
as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a
vigorarem, dentre as seguintes:

ES
I - restrições aos direitos de:

VA
a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;

NO
b) sigilo de correspondência;
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;
ILA
AM
Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, só poderão ser
tomadas contra as pessoas as seguintes medidas:
0K

(...)
56

III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à


26

prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei;


23
46

Requisitos necessários para a interceptação telefônica:


00

a) uma lei que preveja as hipóteses e a forma em que pode ocorrer a interceptação telefônica,
A

obrigatoriamente no âmbito de investigação criminal ou instrução processual penal;


AG

b) a existência efetiva de investigação criminal ou instrução processual penal;


BR

c) a ordem judicial específica para o caso concreto.


ES

STF - Inadmissível a interceptação telefônica no curso de processo de extradição.


VA

STF - Uma vez obtidas as provas autorizada pelo juízo competente no curso de instrução
NO

processual penal ou de investigação criminal, poderá o seu uso ser ulteriormente compartilhado
para instruir processo de outra natureza.
LA
MI

Escuta telefônica e gravação telefônica não se sujeitam à inarredável necessidade de ordem


KA

judicial prévia e podem, a depender do caso concreto (situação de legítima defesa, por
exemplo), ser utilizadas licitamente como prova no processo.
0
56

 LIBERDADE DE PROFISSÃO.
26
3
62

XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações


4

profissionais que a lei estabelecer;


00

Exame da OAB(art. 8º, IV da Lei n. 8.06/94) – STF – Decidiu a favor do exame.


A
AG

Diploma de jornalista para exercer a profissão – STF derrubou a exigência.


BR

Norma de eficácia contida


S

 LIBERDADE DE INFORMAÇÃO.
E
VA
NO

19
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando

IL A
necessário ao exercício profissional;

AM
0K
Informações que possam ser de interesse público ou geral.
Sigilo da fonte - Profissionais do jornalismo.

56
26
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular,

23
ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de

46
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade

00
e do Estado;

A

AG
LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO.

BR
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos
termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;

ES
(...)

VA
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de

NO
autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente
militar, definidos em lei;
ILA
AM
 LIBERDADE DE REUNIÃO.
0K

XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
56

independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente


26

convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
23
46

Requisitos:
Finalidade pacífica;
00

Ausência de armas;
A

Locais abertos ao público;


AG

Não frustração de outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local;


BR

Desnecessidade de autorização;
Necessidade de prévio aviso à autoridade competente.
ES
VA

Qual o instrumento jurídico adequado à sua garantia? Mandado de segurança!!


NO

STF - Validou manifestações e eventos públicos na defesa da descriminalização do uso de drogas,


LA

ou de qualquer substância entorpecente específica.


MI


KA

DIREITO DE ASSOCIAÇÃO.
0

XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
56

Obs: As únicas restrições constitucionais referem-se ao objeto da associação, que deve ser lícito,
26

e à proibição expressa de associações paramilitares, qualquer que seja o seu fim.


3
462

XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de


00

autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;


A
AG

XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades


BR

suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;


• Suspensão – Decisão judicial
S

• Dissolução compulsória – Decisão judicial seja definitiva - Transitada em


E
VA

julgado.
NO

20
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

IL A
AM
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para

0K
representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;

56
Representação processual X substituição processual (art. 5.°, XXI e LXX; art. 8.°, III).

26
23
XXI do art. 5.° - “as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade

46
para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente”.

00
Titular do direito for representado.

A
Representante - Atua em nome do representado, e na defesa de alegado direito do representado.

AG
Na representação judicial, é necessário que o representado expressamente autorize o representante

BR
a ajuizar a ação.

ES
LXX do art. 5.° - “o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por” “associação

VA
legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de

NO
seus membros ou associados”.

Legitimação ativa extraordinária- substituição processual. ILA


AM
O substituto ajuíza a ação em seu próprio nome, mas na defesa de alegado direito alheio (direito
do substituído)
0K

Não é necessário que o substituído autorize expressamente o substituto a ajuizar a ação.


56
26

 DIREITO DE PROPRIEDADE.
23
46

XXII - é garantido o direito de propriedade;


- Não mais é cabível essa concepção da propriedade como um direito absoluto.
00
A

XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;


AG

- Dever de uso adequado da propriedade.


BR

- Não pode o proprietário de terreno urbano mantê-lo não edificado ou subutilizado;


- Não pode o proprietário de imóvel rural mantê-lo improdutivo.
ES
VA

XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade


NO

pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os
casos previstos nesta Constituição;
LA

- Desapropriação.
MI
KA

XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade
particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;
0

- Requisição administrativa.
56

- Ao Estado é outorgada a prerrogativa de utilizar propriedade privada, de forma compulsória e


26

gratuita. O proprietário só fará jus à indenização se houver dano; inexistindo dano, não há que se
3
62

falar em indenização; existindo indenização, será ela sempre ulterior.


4
00

XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família,
A

não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva,
AG

dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;


BR

 PROPRIEDADE INTELECTUAL.
ES
VA

XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas
obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
NO

21
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
IL A
Lei 9.610/1998, art. 7.° - Define “obras intelectuais protegidas” como “as criações do espírito,

AM
expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido
ou que se invente no futuro”,

0K
56
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:

26
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz

23
humanas, inclusive nas atividades desportivas;

46
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que

00
participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e
associativas;

A
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua

AG
utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de

BR
empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento
tecnológico e econômico do País;

ES
VA
 DIREITO DE HERANÇA E ESTATUTO SUCESSÓRIO.

NO
XXX - é garantido o direito de herança;
- Reforço do direito de propriedade! ILA
AM

XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em
0K

benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei
56

pessoal do "de cujus";


26


23

DEFESA DO CONSUMIDOR E DIREITO DE INFORMAÇÃO.


46

XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;


00

- Regras protetivas para o consumidor, tendo em vista a disparidade econômica entre as partes!!
A

Ao consumidor, que representa o lado mais fraco, hipossuficiente, deve ser assegurado um
AG

arcabouço jurídico que compense essa desigualdade fática.


BR

- Consumidores como titulares de direitos constitucionais fundamentais.


- STF – Relações de consumo de natureza bancária ou financeira estão protegidas pelo Código de
ES

Defesa do Consumidor.
VA


NO

DIREITO DE INFORMAÇÃO.
LA

XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular,
MI

ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
KA

responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade


e do Estado;
0

- Publicidade da atuação da Administração Pública.


56

- Não é absoluto.
26
3
62

 DIREITO DE PETIÇÃO E OBTENÇÃO DE CERTIDÕES.


4
00

- Direito de petição – Aos poderes públicos em defesa de direito ou contra ilegalidade ou abuso
A

de poder. Qualquer pessoa, física ou jurídica, nacional ou estrangeira, pode - sem necessidade de
AG

assistência advocatícia - peticionar aos poderes públicos.


Obtenção de certidões – Em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de
BR

situações de interesse pessoal. Não pode ser invocada por quem pretenda obter cópia de
S

documentos a respeito de terceiro.


E
VA
NO

22
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
Exercício das prerrogativas democráticas – Levar ao poder público a informação ou notícia de

IL A
um ato ou fato ilegal, abusivo ou contra direitos.

AM
0K
Não sendo atendido o direito de certidão, por ilegalidade ou abuso de poder, o remédio cabível
para a devida reparação será o MANDADO DE SEGURANÇA, e não o habeas data.

56
26
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:

23
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso

46
de poder;

00
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de
situações de interesse pessoal;

A
AG
 PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO OU DE AMPLO

BR
ACESSO AO PODER JUDICIÁRIO.

ES
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;

VA
NO
- Direito de ação – Princípio do livre acesso ao judiciário. Obsta que o Legislativo ou o Executivo
reduzam o campo de atuação do Judiciário!!! A lei está impedida de excluir determinadas matérias
ou controvérsias da apreciação do Judiciário!!! ILA
AM

- Não se admite a jurisdição condicionada ou instância administrativa de curso forçado. O


0K

esgotamento da via administrativa não é condição indispensável para a busca da tutela perante o
56

Poder Judiciário.
26

- Ex. CCP (Comissão de Conciliação Prévia)


23
46

STF - E inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade de


ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário.
00

Súmula Vinculante 28: É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de


A

admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito


AG

tributário.
BR

 DO DIREITO ADQUIRIDO, ATO JURÍDICO PERFEITO E COISA JULGADA.


ES
VA

XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
NO

A Constituição Federal, em seu art. 5º, XXXVI, afirma que a lei não prejudicará o direito
LA

adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. Estes institutos surgiram da necessidade de
MI

impedir a retroatividade das leis, obstando os seus efeitos onde há uma situação jurídica
KA

consolidada, tudo em prol da segurança jurídica, pois fere mortalmente o equilíbrio moral e
material do indivíduo se, após a incorporação de um direito em seu patrimônio, houver a abrupta
0

modificação do mesmo. Deste modo, surgem como limites à retroatividade das leis os institutos
56

que passamos a analisar.


26
3
62

Segundo o art. 6 da LINDB:


4

1 – Direito adquirido – Direito que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer como aquele
00

cujo começo do exercício tenha termo prefixo, ou condição preestabelecida inalterável, a arbítrio
A

de outrem;
AG

2 – Ato jurídico perfeito: Ato já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou;
Súmula vinculante n.1: “ofende a garantia constitucional do ato jurídico perfeito a decisão que,
BR

sem ponderar as circunstâncias do caso concreto, desconsidera a validez e a eficácia de acordo


S

constante de termo de adesão instituído pela Lei Complementar n. 110/2001”


E

3 – Coisa julgada: Decisão judicial de que não caiba mais recurso.


VA
NO

23
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
Direito adquirido:

IL A
AM
Segundo Celso Bastos, constitui-se num dos recursos de que se vale a constituição para limitar a

0K
retroatividade da lei. Com efeito, esta está em constante mutação; o Estado cumpre o seu papel
exatamente na medida em que atualiza as suas leis. No entanto, a utilização da lei em caráter

56
retroativo, em muitos casos, repugna porque fere situações jurídicas que já tinham por

26
consolidadas no tempo, e esta é uma das fontes principais de segurança do homem na terra.

23
46
O que subjaz a esse raciocínio é a nítida diferença entre direito adquirido, direito consumado,

00
expectativa de direito e simples faculdade legal. Direito adquirido é a consequência do fato
aquisitivo realizado por inteiro. Direito consumado é aquele que já produziu todos seus efeitos

A
concretos. Expectativa de direito é a simples esperança, resultante do fato aquisitivo incompleto.

AG
BR
Meras faculdades legais são poderes concedidos aos indivíduos, dos quais eles não fazem nenhum
uso.

ES
VA
Ora, ao se dizer que inexiste direito adquirido a regime jurídico de instituto de direito não se está

NO
indo de encontro à garantia estampada no art.5º, inc. XXXVI, da Constituição. Isto porque fatos
realizados por inteiro, simples esperanças ou meras possibilidades legais não se enquadram no
citado inc. XXXVI. ILA
AM

Logo, se a lei nova mudar regime jurídico de instituto de direito, alicerçado num direito
0K

consumado, numa expectativa de direito ou numa simples faculdade legal, esta alteração se
56

aplicará imediatamente. Não há direito adquirido nesses casos”. O professor Uadi Lammêgo na
26

verdade quer nos dizer que há uma diferença muito grande entre direito adquirido e expectativa
23

de direito. A diferença entre direito adquirido e expectativa de direito está na existência, em


46

relação ao direito adquirido, de fato aquisitivo especifico já configurado por completo, enquanto
na expectativa de direito ainda faltam alguns requisitos a serem preenchidos. Podemos apontar o
00

exemplo referente à aposentadoria dos servidores públicos; para aqueles que já completaram os
A

requisitos para a aposentadoria ( 60 ano de idade e 35 anos de contribuição , se homem, e 55 anos


AG

de idade e 30 anos de contribuição, se mulher), e optam por continuar em atividade, há o direito


BR

adquirido à aposentadoria pelas regras anteriores, quer dizer, lei posterior não poderá alterar a
situação jurídica dos mesmos pois há o direito adquirido. No entanto, para aqueles que ainda não
ES

possuem os requisitos completos para a aposentadoria, há mera expectativa de direito, pois ainda
VA

não concluíram os requisitos necessários para adquirir o direito. Merece atenção o previsto no art.
NO

3º da emenda constitucional 41/2003, neste artigo vemos que o legislador constituinte derivado
agiu acertadamente ao preservar o direito adquirido daqueles que já tinham cumprido todos os
LA

requisitos de aposentação na data da publicação da emenda, vejamos: “É assegurada a concessão,


MI

a qualquer tempo, de aposentadoria aos servidores públicos, bem como pensão aos seus
KA

dependentes, que, até a data de publicação desta Emenda, tenham cumprido todos os requisitos
para obtenção desses benefícios, com base nos critérios da legislação então vigente.” É este o
0

posicionamento do Supremo Tribunal Federal.


56
26

Ato jurídico perfeito:


3
62
4

É aquele ato que se aperfeiçoou, que reuniu todos os elementos necessários à sua formação,
00

debaixo da lei velha. O ato jurídico perfeito possui definição normativa presente no Art. 6º da Lei
de Introdução ao Código Civil. “Art. 6º - A lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados
A
AG

o ato jurídico perfeito, direito adquirido e a coisa julgada, § 1º - Reputa-se ato jurídico perfeito o
já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou”.
BR
S

Coisa Julgada:
E
VA
NO

24
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
Coisa julgada material é a qualidade da sentença que torna imutáveis e indiscutíveis seus efeitos

IL A
substanciais. Verifica-se após o trânsito em julgado da decisão, ou seja, quando há a

AM
impossibilidade de se manejar qualquer recurso. Já a coisa julgada formal ocorre quando há a

0K
impossibilidade de, no mesmo processo, voltar a ser discutida a decisão. Todavia, aquele que se
encontra insatisfeito com a decisão ainda poderá recorrer da decisão proferida. Entende-se que a

56
proteção constitucional aplica-se apenas à coisa julgada material.

26
23
 PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL OU LEGAL.

46
00
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;

A
AG
- Inarredável necessidade de predeterminação do juízo competente. Garantir a atuação imparcial

BR
do Poder Judiciário!
- Designação ou criação, por deliberação legislativa ou outra, de tribunal para julgar, determinado

ES
caso, tenha ele ocorrido ou não.

VA
- Não abrange a justiça especializada, nem tribunais de ética, como o da OAB.

NO
- “Juiz sem rosto” – Vara de execuções criminais.

 TRIBUNAL DO JÚRI. ILA


AM

XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
0K

a) a plenitude de defesa;
56

b) o sigilo das votações;


26

c) a soberania dos veredictos;


23

d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;


46

Tribunal do Júri é composto:


00

1. Um juiz togado,
A

2. Seu presidente,
AG

3. Por vinte e cinco jurados que serão sorteados dentre os alistados, sete dos quais
BR

constituirão o Conselho de Sentença em cada sessão de julgamento.


S


E

PRINCÍPIO DA LEGALIDADE PENAL E DA RETROATIVIDADE DA LEI


VA

PENAL MAIS FAVORÁVEL.


NO

XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
LA

XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;


MI
KA

Irretroatividade da lei penal. Lei penal benigna é sempre lei retroativa.


0


56

PRÁTICAS DISCRIMINATÓRIAS, CRIMES INAFIANÇÁVEIS E


INSUSCETÍVEIS DE GRAÇA OU ANISTIA E CRIMES INAFIANÇÁVEIS E
26

IMPRESCRITÍVEIS. (ART. 5º. XLI A XLIV)


3
62
4

XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;
00

XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de


A

reclusão, nos termos da lei;


AG


BR

TORTURA, TRÁFICO DE ENTORPECENTES, TERRORISMO, CRIMES


HEDIONDOS E AÇÃO DE GRUPOS ARMADOS CONTRA A ORDEM
S

CONSTITUCIONAL.
E
VA
NO

25
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da

IL A
tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes

AM
hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se

0K
omitirem;

56
GRAÇA é o perdão da pena de um condenado, que se destina a um ou mais condenados, desde

26
que devidamente individualizados. O motivo pode ter incidências diversas, como um ato

23
humanitário, por exemplo.

46
00
ANISTIA atinge todos os efeitos penais decorrentes da prática do crime, referindo-se, assim a
fatos e não a pessoas.

A
AG
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares,

BR
contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;

ES
 PESSOALIDADE DA PENA.

VA
NO
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano
e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra
ILA
eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
AM

Obs: A pena é personalíssima.


0K
56

 PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA; PENAS ADMITIDAS E


26

PENAS VEDADAS.
23
46

XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:


a) privação ou restrição da liberdade;
00

b) perda de bens;
A

c) multa;
AG

d) prestação social alternativa;


BR

e) suspensão ou interdição de direitos;


E S

A lei poderá adotar outras modalidades de pena, desde que não incida nas proibições expressas
VA

do art. 5.°, XLVII, da Constituição Federal. Não é exaustiva!


NO

XLVII - não haverá penas:


LA

a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
MI

b) de caráter perpétuo;
KA

c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
0

e) cruéis;
56
26

 DIREITOS ASSEGURADOS AOS PRESOS.


3
62
4

XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito,
00

a idade e o sexo do apenado;


A
AG

XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;


BR

L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos
S

durante o período de amamentação;


E
VA

(...)
NO

26
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente

IL A
ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;

AM
0K
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-
lhe assegurada a assistência da família e de advogado;

56
26
STF - Qualquer pessoa que seja objeto de investigações administrativas, policiais, penais ou

23
parlamentares, ostentando, ou não, a condição formal de indiciado - ainda que convocada como

46
testemunha -, possui o direito de permanecer em silêncio e de não produzir provas contra si

00
própria.

A
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu

AG
interrogatório policial;

BR
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade

ES
provisória, com ou sem fiança;

VA
NO
 EXTRADIÇÃO

ILA
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum,
AM
praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
0K
56

Brasileiro nato - Nunca será extraditado.


26
23

Brasileiro naturalizado - Será extraditado:


46

1) Em caso de crime comum, praticado antes da naturalização;


2) Em caso de comprovado envolvimento em tráfico de entorpecentes e drogas afins,
00

praticado antes ou depois da naturalização.


A
AG

Condenado no país solicitante à pena de morte (salvo guerra declarada)!! Só será concedida
BR

extradição se o país previamente comprometer-se a realizar a comutação, isto é, substituir a pena


de morte por pena privativa de liberdade.
ES
VA

Condenado no país solicitante à prisão perpétua!! O Supremo Tribunal Federal exige a redução
NO

da pena ao limite máximo de prisão admitido no Brasil, que é de trinta anos.


LA

LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;
MI

Estrangeiros poderão ser extraditados, exceto em caso de crime político ou de opinião.


KA

 DEVIDO PROCESSO LEGAL


0
56

LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
26
3
62

 CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA.


4
00

LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são


A

assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;


AG
BR

Contraditório - Tomar conhecimento e contraditar tudo o que é levado pela parte adversa ao
processo.
S

Ampla defesa - Trazer ao processo, administrativo ou judicial, todos os elementos de prova


E
VA

licitamente obtidos para provar a verdade.


NO

27
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
STF - Supremo Tribunal Federal, no âmbito do processo criminal, a garantia constitucional do

IL A
contraditório não é exigível na fase do inquérito policial.

AM
0K
Súmula vinculante nº. 14. É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo
aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão

56
com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.

26
23
 VEDAÇÃO À PROVA ILÍCITA.

46
00
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;

A
STF - É lícita a prova obtida por meio de gravação de conversa própria, feita por um dos

AG
interlocutores, se quem está gravando está sendo vítima de proposta criminosa do outro.

BR
Ponderação de valores constitucionais em conflito!! Gravação pela própria vítima de atos

ES
criminosos, como o diálogo com sequestradores ou estelionatários.

VA
NO
STF - É lícita a gravação de conversa realizada por terceiro, com a autorização de um dos
interlocutores, sem o consentimento do outro, desde que para ser utilizada em legítima defesa.
ILA
AM
STF - É válida a prova de um crime descoberta acidentalmente durante a escuta telefônica
autorizada judicialmente para apuração de crime diverso, desde que haja conexão entre os delitos.
0K
56

STF - A confissão sob prisão ilegal é prova ilícita e, portanto, inválida a condenação nela fundada.
26
23

STF - É ilícita a prova obtida por meio de conversa informal do indiciado com policiais, por
constituir “interrogatório” sub-reptício, sem as formalidades legais do interrogatório no inquérito
46

policial e sem que o indiciado seja advertido do seu direito ao silêncio.


00
A

STF - É lícita a prova obtida mediante gravação de diálogo transcorrido em local público.
AG
BR

 PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA. (NÃO CULPABILIDADE) (ART. 5º, LVII).


E S

LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal
VA

condenatória;
NO

- Inversão do ônus da prova – Cabe ao MP ou à parte acusadora provar a culpa.


LA
MI

STF - A simples existência de investigações policiais ou de persecuções criminais em curso, sem


KA

o trânsito em julgado, não basta, só por si, para a caracterização de maus antecedentes do réu ou
para justificar a exasperação da pena.
0
56

STF - A condenação criminal recorrível não pode ser causa impeditiva da participação de
26

candidato em concursos públicos ou cursos de formação.


3
62
4

 IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL (ART. 5º, LVIII).


00
A

LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses
AG

previstas em lei;
BR

A identificação civil é atestada por carteira de identidade, carteira de trabalho, carteira


S

profissional, passaporte, carteira de identificação funcional ou outro documento público que


E
VA

permita a identificação do indiciado.


NO

28
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
- Processo datiloscópico, fotográfico e folha de antecendentes.

IL A
- Salvo em casos excepcionais.

AM
- Ação penal privada subsidiária da pública. (art. 5º, LIX).

0K
 AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA.

56
26
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo

23
legal;

46
00
Ação Penal
Direito de pedir ao Estado-Juiz a aplicação do direito penal.

A
Quem pode pedir???????

AG
BR
 PUBLICIDADE DOS ATOS PROCESSUAIS. (ART. 5º, LX).

ES
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade

VA
ou o interesse social o exigirem;

NO
 Regras sobre a prisão.
ILA
AM
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de
autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente
0K

militar, definidos em lei;


56
26

- As prisões em flagrante delito podem ser efetuadas por qualquer pessoa, sendo uma faculdade
23

para o popular e um dever para a autoridade policial.


46

Importantes disposições constitucionais:


00
A

- Durante o estado de defesa e o estado de sítio, a CF admite a prisão administrativa, a ser


AG

decretada pelo executor dessas medidas excepcionais, sem necessidade de prévia autorização
BR

judicial (arts. 136, § l.°, e 139).


- A prisão em flagrante não poderá ser adotada contra o Presidente da República (CF, art. 86, §
E S

3.°).
VA
NO

LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;


LA

LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade
MI

provisória, com ou sem fiança;


KA

LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento
0

voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; -


56
26

Entendimento do STF – Contrário – Para o STF o depositário infiel não pode ser preso.
3
62

IMPORTANTE!!!!! Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos. Convenção Americana


4

sobre Direitos Humanos - Pacto de San José da Costa Rica.


00
A

Súmula Vinculante n°. 25. É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a
AG

modalidade do depósito.
BR

OBS: Se o não pagamento, da obrigação alimentícia, se der em razão de um motivo de força maior
S

(o desemprego, quando o indivíduo não possuir nenhuma outra fonte de renda, por exemplo), não
E
VA

há que se falar em prisão do devedor.


NO

29
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
 ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA INTEGRAL E GRATUITA. (ART. 5º, LXXIV).

IL A
AM
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem

0K
insuficiência de recursos;

56
- Defensoria pública – Orientação jurídica e defesa dos necessitados. Devem comprovar que sua

26
situação econômica não lhe permite pagar os honorários advocatícios e custas judiciais.

23
46
 ERRO JUDICIÁRIO. (ART. 5º, LXXV).

00
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além

A
do tempo fixado na sentença;

AG
BR
 GRATUIDADE DAS CERTIDÕES DE NASCIMENTO E DE ÓBITO (ART. 5º,
LXXVI).

ES
VA
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:

NO
a) o registro civil de nascimento;
b) a certidão de óbito;
ILA
AM
STF – ADI 1.800 – Isenta a todos, independentemente de sua condição ou situação econômica.
Considerou válida previsão legal de gratuidade do registro civil de nascimento, do assento de
0K

óbito, bem como da primeira certidão respectiva, para todos os cidadãos (e não somente para os
56

reconhecidamente pobres).
26


23

CELERIDADE PROCESSUAL.
46

LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do


00

processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.


A
AG

 PROTEÇÃO DE DADOS.
BR

LXXIX - é assegurado, nos termos da lei, o direito à proteção dos dados pessoais, inclusive nos
ES

meios digitais.
VA
NO

Remédios Constitucinais
LA

 Habeas corpus.
MI
KA

LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer
violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
0
56
26

Ilegalidade ou abuso de poder - Direito de locomoção.


3
62

LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos
4

necessários ao exercício da cidadania.


00
A

Pode ser:
AG

a) repressivo (liberatório), quando o indivíduo já teve desrespeitado o seu direito de locomoção


BR

(já foi ilegalmente preso, por exemplo); ou


b) preventivo (salvo-conduto), quando há apenas uma ameaça de que o seu direito de locomoção
ES

venha a ser desrespeitado (o indivíduo está na iminência de ser preso, por exemplo).
VA
NO

A legitimação ativa: UNIVERSAL.


30
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
A legitimação passiva: O habeas corpus será impetrado contra um ato do sujeito coator, que tanto

IL A
poderá ser autoridade pública (delegado de polícia, promotor de justiça, juiz, tribunal etc.), quanto

AM
particular, para fazer cessar uma coação ilegal.

0K
Ofensa indireta ao direito de locomoção: Quando o ato que se esteja impugnando possa resultar

56
em um procedimento que, ao final, acarrete detenção ou reclusão do impetrante.

26
Ex: Atacar (ou impedir) a quebra de sigilo bancário.

23
46
- Autor: Impetrante

00
- Indivíduo em favor do qual se impetra: Paciente.
- Autoridade que pratica a ilegalidade ou abuso de poder: Autoridade coatora e impetrado.

A
- Impetrante pode ser qualquer pessoa física.

AG
- OBS: Trancar ação penal ou inquérito policial.

BR
Em face de particular. Ex: Hospital psiquiátrico que priva o paciente de sua
liberdade.

ES
VA
 Mandado de segurança.

NO
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado
ILA
por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder
AM
for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder
Público;
0K
56

Características:
26

- Rito sumário especial;


23

- Utilizada quando direito líquido e certo do indivíduo for violado;


46

- Por ato de autoridade governamental ou de agente de pessoa jurídica privada que esteja no
exercício de atribuição do Poder Público.
00

- Natureza residual, subsidiária - Somente é cabível quando o direito líquido e certo a ser protegido
A

não for amparado por outros remédios judiciais (habeas corpus ou habeas data, ação popular etc.).
AG

- Direito líquido e certo:


BR

Aquele que pode ser demonstrado de plano mediante prova pré-constituída, sem a necessidade
de dilação probatória.
ES

- Ilegalidade ou abuso de poder: Atos ilegais ou praticados com abuso de poder.


VA

Atos ilegais: Ato vinculado;


NO

Abuso de poder: Ato discricionário.


LA

Legitimação ativa:
MI

01. As pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, domiciliadas ou não no Brasil;


KA

02. As universalidades reconhecidas por lei, que, embora sem personalidade jurídica, possuem
capacidade processual para defesa de seus direitos (o espólio, a massa falida, o condomínio de
0

apartamentos, a herança, a sociedade de fato, a massa do devedor insolvente etc.);


56

03. Os órgãos públicos de grau superior, na defesa de suas prerrogativas e atribuições;


26

04. Os agentes políticos (governador de estado, prefeito municipal, magistrados, deputados,


3
62

senadores, vereadores, membros do Ministério Público, membros dos tribunais de contas,


4

ministros de estado, secretários de estado etc.), na defesa de suas atribuições e prerrogativas;


00

05. O Ministério Público, competindo a impetração, perante os tribunais locais, ao promotor de


A

justiça, quando o ato atacado emanar de juiz de primeiro grau de jurisdição.


AG
BR

Legitimação passiva:
01. Autoridades públicas de quaisquer dos Poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e
S

dos municípios, sejam de que categoria forem e sejam quais forem as funções que exerçam;
E
VA

02. Os representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores de entidades


autárquicas;
NO

31
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
03. Os dirigentes de pessoas jurídicas de direito privado, integrantes ou não da administração

IL A
pública formal, e as pessoas naturais, desde que eles estejam no exercício de atribuições do Poder

AM
Público, e somente no que disser respeito a essas atribuições.

0K
Espécies:

56
- Repressivo;

26
- Preventivo - Evitar a prática de um ato ilegal ou arbitrário), não há que se falar em prazo

23
decadencial de cento e vinte dias para sua impetração, porque não há um ato coator apto a marcar

46
o termo inicial de contagem.

00
- Prazo: 120 dias contado da ciência, pelo interessado, do ato a ser impugnado.

A
Duplo grau de jurisdição:

AG
OBRIGATÓRIO - Concedida a segurança, a sentença estará sujeita obrigatoriamente ao duplo

BR
grau de jurisdição (reexame necessário). Não há duplo grau de jurisdição obrigatório se a decisão
foi proferida por tribunal do Poder Judiciário, no uso de competência originária.

ES
VA
 Mandado de segurança coletivo.

NO
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
ILA
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
AM
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em
funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;
0K
56

Impetrante - partido político, organização sindical, entidade de classe ou associação. Substituto


26

processual na relação jurídica. Não se exige a autorização expressa dos titulares do direito.
23

OBJETO – DIREITOS:
46

I - coletivos, assim entendidos os transindividuais, de natureza indivisível, de que seja titular


00

grupo ou categoria de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica
A

básica;
AG

II - individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem comum e da atividade


BR

ou situação específica da totalidade ou de parte dos associados ou membros do impetrante.


S


E

Mandado de injunção.
VA

LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne
NO

inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à


nacionalidade, à soberania e à cidadania;
LA
MI

Função: Assegurar a plena eficácia e aplicabilidade dos dispositivos da CF.


KA

Requisitos constitucionais:
0

- Norma constitucional de eficácia limitada, prescrevendo direitos liberdades constitucionais e


56

prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.


26

- Falta de norma regulamentadora, tornando inviável o exercício dos direitos, liberdades e


3
62

prerrogativas.
4
00

Legitimação: Qualquer pessoa, física ou jurídica.


A

Objeto: Direito cujo exercício esteja sendo efetivamente impedido pela falta da norma
AG

regulamentadora.
BR

Pressupostos do mandado de injunção:


S

a) falta de norma regulamentadora de um preceito constitucional de natureza mandatória;


E
VA
NO

32
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
b) inviabilização do exercício de um direito ou liberdade constitucional, ou prerrogativa inerente

IL A
à nacionalidade, à soberania e à cidadania, decorrente (a inviabilização) dessa falta da norma

AM
regulamentadora; e

0K
c) o transcurso de razoável prazo para a elaboração da norma regulamentadora.

56
Descabimento:

26
a) Se já existe norma regulamentadora do direito previsto na Constituição, ainda que

23
defeituosa.

46
b) Diante da falta de norma regulamentadora de direito previsto em normas

00
infraconstitucionais;
c) Diante da falta de regulamentação dos efeitos de medida provisória não convertida em lei

A
pelo Congresso Nacional;

AG
d) Se a Constituição Federal outorga mera faculdade ao legislador para regulamentar direito

BR
previsto em algum de seus dispositivos.

ES
Legitimação passiva: Órgãos ou autoridades públicas que têm a obrigação de legislar, mas estejam

VA
omissos quanto à elaboração da norma regulamentadora.

NO
Decisões:
• ILA
MI 721/DF – Inércia em relação ao art. 40, § 4º - Exercício do direito à
AM
aposentadoria especial.
• MI 695/MA – Mora do Legislativo em regulamentar o art. 7º, XXI da CF/88.
0K

Aviso-prévio constitucional.
56
26

 Habeas data.
23
46

LXXII - conceder-se-á habeas data:


00

a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes


de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
A

b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou
AG

administrativo;
BR

Pretensão jurídica:
ES

a) direito de acesso aos registros relativos à pessoa do impetrante;


VA

b) direito de retificação desses registros e


NO

c) direito de complementação dos registros.


LA

STF - O habeas data é instrumento adequado para a obtenção de informações fiscais do impetrante
MI

em poder dos órgãos de arrecadação tributária.


- Legitimidade ativa: Qualquer pessoa física ou jurídica – Ter acesso às informações a seu
KA

respeito.
0
56

- Legitimidade passiva: Pessoa jurídica componente da administração direta e indireta do Estado.


26

 Ação popular.
3
462

LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo
00

ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao


A

meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé,
AG

isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;


BR

Legitimidade ativa:
S

Cidadão – Brasileiro nato ou naturalizado.


E
VA

Legitimidade passiva:
NO

33
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
a) todas as pessoas jurídicas, públicas ou privadas, em nome das quais foi praticado o ato ou

IL A
contrato a ser anulado;

AM
b) todas as autoridades, os funcionários e administradores que houverem autorizado, aprovado,

0K
ratificado ou praticado pessoalmente o ato ou firmado o contrato a ser anulado, ou que, por
omissos, permitiram a lesão;

56
26
Instrumento de democracia direta e participação política.

23
Proteção dos interesses difusos – res publica.

46
- Requisitos: Lesividade

00
Situações em que se tem utilizado a ação popular:

A
(a) anulação de concessão de aumento abusivo de subsídios dos vereadores pela respectiva câmara

AG
municipal;

BR
(b) anulação de venda fraudulenta de bem público;
(c) anulação de contratação superfaturada de obras e serviços;

ES
(d) anulação de edital de licitação pública que apresente flagrante favoritismo a determinada

VA
empresa;

NO
(e) anulação de isenção fiscal concedida ilegalmente;
(f) anulação de autorização de desmatamento em área protegida pelo patrimônio ambiental;
ILA
(g) anulação de nomeação fraudulenta de servidores para cargo público etc.
AM

Direitos Sociais
0K
56

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o


26

transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a


23

assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.


46

Parágrafo único. Todo brasileiro em situação de vulnerabilidade social terá direito a uma renda
00

básica familiar, garantida pelo poder público em programa permanente de transferência de


renda, cujas normas e requisitos de acesso serão determinados em lei, observada a legislação
A

fiscal e orçamentária
AG
BR

- Estado Social de Direito.


- Direitos de segunda dimensão – Prestações positivas a serem implementadas pelo Estado.
ES

- Busca de melhores condições de vida.


VA

- Omissão legislativa – Mandado de Injunção ou ADO (Ação Direta de Inconstitucionalidade por


NO

omissão).
Art. 5º (...) § 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação
LA

imediata.
MI
KA

 Direito à educação.
0
56

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e
26

incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu


3

preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.


462

- Súmula vinculante n. 12/STF: “a cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas


00

viola o dispositivo no art. 206, Iv da Constituição Federal”.


A

- ADO – Ação direta de incostitucionalidade por omissão – 1698/1997.


AG

- Declaração de inconstitucionalidade em razão da inércia governamental na área da educação.


BR

- Reconhecimento da omissão do governo na erradicação do analfabetismo.


- Prazo de 30 dias para adoção de medidas efetivas.
ES

- STF julgou improcedente o pedido.


VA


NO

Direito à saúde.
34
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
IL A
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e

AM
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e

0K
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
- Acesso universal e igualitário.

56
26
 Direito à alimentação.

23
46
PEC 21/2001 – “o direito à alimentação foi reconhecido pela Comissão de Direitos Humanos da

00
ONU, em 1993, em reunião realizada na cidade de Viena. Integrada por 52 países, e contando
com o voto favorável do Brasil, registrando apenas um voto contra (EUA), a referida Comissão

A
da ONU com essa decisão histórica enriqueceu a Carta dos Direitos de 1948, colocando em

AG
primeiro lugar, entre os direitos do cidadão, a alimentação”.

BR
- EC n. 64/2010 – introduziu o direito à alimentação como direito social.

ES
VA
 Direito ao trabalho.

NO
- Instrumento para assegurar uma existência digna.
ILA
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa,
AM
tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados
os seguintes princípios:
0K

(...)
56

VIII - busca do pleno emprego;


26
23

- O Estado deve fomentar uma política econômica não recessiva.


46

 Direito à moradia.
00
A

- Previsto pela EC n. 26/2000.


AG

- Porém desde a promulgação da Constituição o direito à moradia já estava amparado, senão


BR

vejamos:
ES

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: (...)
VA

IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais


NO

e de saneamento básico;
LA

- Lei 8.009/90 – Impenhorabilidade do bem de família.


- Fiador em contrato de aluguel – Ressalva da lei – Não proteção à moradia.
MI

STF: “o único imóvel (bem de família) de uma pessoa que assume a condição de fiador em
KA

contrato de aluguel pode ser penhorado, em caso de inadimplência do locatário” – RE 407.688;


0

AI 576.544-AgR-AgR).
56
26

 Direito ao lazer.
3
462

Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como direito
00

de cada um, observados: (...)


A

§ 3º - O Poder Público incentivará o lazer, como forma de promoção social.


AG


BR

Direito à segurança.
S

Art. 5º x Art. 6º.


E
VA

- Art. 5º - Garantia individual.


- Art. 6º. Segurança pública – Direito e responsabilidade de todos.
NO

35
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida

IL A
para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através

AM
dos seguintes órgãos:

0K
 Direito à previdência social.

56
José Afonso da Silva – “é um conjunto de direitos relativos à seguridade social. Como

26
manifestação desta, a previdência tende a ultrapassar a mera concepção de instituição do Estado-

23
providência.”

46
00
 Proteção à maternidade e à infância.

A
- Natureza de direito previdenciário e natureza de direito assistêncial.

AG
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter

BR
contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro
e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:

ES
(...)

VA
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante;

NO
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de
contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
ILA
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
AM
- Art. 7º., XVIII e XIX – Licença à gestante (120 dias) e licença paternidade(05 dias).
- Adoção – Legislação infraconstitucional.
0K

- Lei 11.770/2008 – Programa Empresa Cidadã – prorrogação da licença maternidade por 60 dias.
56
26

 Assistência aos desamparados.


23
46

Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de
contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
00
A

 DIREITOS SOCIAIS INDIVIDUAIS DOS TRABALHADORES.


AG
BR

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de
ES

sua condição social:


VA

I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de
NO

lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;


II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
LA

III - fundo de garantia do tempo de serviço;


MI

IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas


KA

necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde,
lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe
0
56

preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
26

V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;


VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
3
62

VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração
4

variável;
00

VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
A

IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;


AG

X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;


BR

XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e,


excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
S

XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos
E
VA

da lei;
NO

36
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro

IL A
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou

AM
convenção coletiva de trabalho;

0K
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento,
salvo negociação coletiva;

56
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

26
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do

23
normal;

46
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário

00
normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e

A
vinte dias;

AG
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;

BR
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos
da lei;

ES
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos

VA
termos da lei;

NO
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;
ILA
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na
AM
forma da lei;
XXIV - aposentadoria;
0K

XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de
56

idade em creches e pré-escolas;


26

XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;


23

XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;


46

XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a


indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
00

XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional
A

de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção
AG

do contrato de trabalho;
BR

a) (Revogada).
b) (Revogada).
ES

XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por


VA

motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;


NO

XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do


trabalhador portador de deficiência;
LA

XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os


MI

profissionais respectivos;
KA

XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de


qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de
0

quatorze anos;
56

XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o


26

trabalhador avulso
3
62

Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos


4

previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV,
00

XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a


A

simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes


AG

da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e
BR

XXVIII, bem como a sua integração à previdência social. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 72, de 2013)
ES
VA

Exercício imediato:
• garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
NO

37
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
• proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;

IL A
• duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais,

AM
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção

0K
coletiva de trabalho;
• remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do

56
normal;

26
• redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;

23
• reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;

46
• proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por

00
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
• proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do

A
trabalhador portador de deficiência;

AG
• proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer

BR
trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze
anos.

ES
VA
Exercício diferido (condicionado ao atendimento de condições estabelecidas em lei):

NO
• relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de
lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
• seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; ILA
AM
• fundo de garantia do tempo de serviço;
• remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
0K

• salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da


56

lei;
26

• assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade
23

em creches e pré-escolas;
• seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que
46

este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.


00
A

 DIREITOS SOCIAIS COLETIVOS DOS TRABALHADORES (ART. 8º A 11º).


AG
BR

Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:


I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o
ES

registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na


VA

organização sindical;
NO

II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa


de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos
LA

trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um


MI

Município;
KA

III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria,
inclusive em questões judiciais ou administrativas;
0

IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional,


56

será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical


26

respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei;


3
62

V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;


4

VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;


00

VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;
A

VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a


AG

cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o
BR

final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.


Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e
S

de colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer.


E
VA

Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a


oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
NO

38
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
§ 1º - A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das

IL A
necessidades inadiáveis da comunidade.

AM
§ 2º - Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.

0K
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos
órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de

56
discussão e deliberação.

26
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um

23
representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os

46
empregadores.

00
Da Nacionalidade

A
AG
BR
Nacionalidade é o vínculo jurídico-político de direito público interno, que faz da pessoa um dos

ES
elementos componentes da dimensão do Estado.

VA
 Conceitos:

NO
ILA
NAÇÃO é o agrupamento humano cujos membros, fixados num território, são ligados por laços
históricos, culturais, econômicos e linguísticos.
AM
0K

POVO é o conjunto de pessoas que fazem parte de um Estado.


56

POPULAÇÃO o conjunto de residentes de um território, quer sejam nacionais, quer sejam


26

estrangeiros.
23
46

NACIONAIS são todos aqueles que se encontram presos ao Estado por um vínculo jurídico que
00

os qualifica como seus integrantes.


A
AG

CIDADÃO é conceito restrito, para designar os nacionais (natos ou naturalizados) no gozo dos
direitos políticos e participantes da vida do Estado.
BR
S

ESTRANGEIROS são todos aqueles que não são tidos por nacionais, em relação a um
E

determinado Estado.
VA
NO

POLIPÁTRIDA é aquele que possui mais de uma nacionalidade.


LA

APÁTRIDA é aquele que, dada a circunstância de seu nascimento, não adquire nacionalidade.
MI
KA

 ESPÉCIES DE NACIONALIDADE
0

PRIMÁRIA (DE ORIGEM OU ORIGINÁRIA) SECUNDÁRIA (ADQUIRIDA)


56
26
3
62

Resulta de fato natural (nascimento), a partir do É a que se adquire por ato volitivo, depois do
4

qual, de acordo com os critérios adotados pelo nascimento (em regra, pela naturalização).
00

Estado (sanguíneos ou territoriais), será


A

estabelecida.
AG

 CRITÉRIOS DE ATRIBUIÇÃO DE NACIONALIDADE:


BR
S

ORIGEM SANGUÍNEA - IUS SANGUINIS ORIGEM TERRITORIAL - IUS SOLIS


E
VA
NO

39
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
IL A
Funda-se no vínculo do sangue, segundo o qual Atribui a nacionalidade a quem nasce no território

AM
será nacional todo aquele que for filho de do Estado que o adota, independentemente da
nacionais, independentemente do local de nacionalidade dos ascendentes.

0K
nascimento

56
26
23
CF/88 - Regra - critério ius solis - Existem situações de preponderância do critério ius

46
sanguinis.

00
BRASILEIROS NATOS. (AQUISIÇÃO ORIGINÁRIA)

A
AG
Art. 12. São brasileiros:

BR
I - natos: (IMPORTANTE – LER COM ATENÇÃO)

ES
VA
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que

NO
estes não estejam a serviço de seu país;

Ius solis (origem territorial) ILA


AM
Exceção: Exclui-se da nacionalidade brasileira os filhos de pais estrangeiros
que estejam a serviço de seu país.
0K
56

b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles
26

esteja a serviço da República Federativa do Brasil;


23
46

Critério ius sanguinis;


O pai ou a mãe brasileiros (ou ambos, evidentemente), natos ou naturalizados,
00

estejam a serviço da República Federativa do Brasil (critério funcional).


A
AG

c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam


BR

registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa


do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade
ES

brasileira; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007)


VA
NO

II - naturalizados:
LA

Sempre mediante manifestação de vontade do interessado.


MI

Naturalização tácita X Naturalização expressa.


KA

Constituição Federal só contempla hipóteses de naturalização expressa


0

a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de


56

países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
326
62

b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há


4

mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a
00

nacionalidade brasileira.(Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)


A
AG

§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor


de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos
BR

nesta Constituição.(Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)


ES
VA

§ 2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos
casos previstos nesta Constituição.
NO

40
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
§ 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos:

IL A
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;

AM
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;

0K
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;

56
V - da carreira diplomática;

26
VI - de oficial das Forças Armadas.

23
VII - de Ministro de Estado da Defesa(Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)

46
00
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao

A
interesse nacional;

AG
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (Redação dada pela Emenda Constitucional

BR
de Revisão nº 3, de 1994)
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (Incluído pela Emenda

ES
Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)

VA
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado

NO
estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos
civis; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
ILA
AM
PERDA DA NACIONALIDADE
0K
56
26

Só poderá ocorrer nas hipóteses expressamente previstas na Constituição Federal!!!!!


23
46

STF - O ato de naturalização de estrangeiro como brasileiro somente pode ser anulado por via
00

judicial, e não por mero ato administrativo.


A
AG

Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.


BR

§ 1º - São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo


nacionais.
S

§ 2º - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.


E
VA

Dos Direitos Políticos


NO
LA

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto,
MI

com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:


KA

I - plebiscito;
II - referendo;
0
56

III - iniciativa popular.


26
3
462
00
A
AG
BR
ES
VA
NO

41
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
DIREITO AO SUFRÁGIO.

IL A
AM
0K
Capacidade de votar e de ser votado!!

56
Capacidade eleitoral ativa: Representa o direito de votar.

26
Capacidade eleitoral passiva: Consiste no direito de ser votado.

23
46
00
A
AG
Sufrágio Universal - Quando assegurado o direito de votar a todos os nacionais!!

BR
ES
VA
Voto direto seja periódico e secreto!!

NO
ILA
Todo aquele que possui a capacidade eleitoral passiva (elegibilidade) possui, também, a
AM
capacidade eleitoral ativa (alistabilidade)!!
0K

CARACTERÍSTICAS DO VOTO: (Segundo Alexandre de Moraes).


56
26

1. Direito político subjetivo (que não pode ser abolido, sequer por emenda à Constituição, por
23

força do art. 60, § 4.°, II, da CF);


46

2. Personalidade (só pode ser exercido pessoalmente, não há possibilidade de se outorgar


00

procuração para votar);


3. Obrigatoriedade formal do comparecimento (ressalvados os maiores de setenta anos e os
A
AG

menores de dezoito anos, é obrigatório o comparecimento às eleições);


4. Liberdade (comparecendo às eleições, o cidadão é livre para a escolha do candidato);
BR

5. Sigilosidade (o voto não deve ser revelado nem por seu autor, tampouco por terceiro
S

fraudulentamente);
E

6. Direto (os eleitores elegerão, no exercício do direito de sufrágio, por meio do voto, por si);
VA

7. Periodicidade;
NO

8. Igualdade.
LA

§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são:


MI

I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;


KA

II - facultativos para:
0

a) os analfabetos;
56

b) os maiores de setenta anos;


26

c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.


3

§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço


62

militar obrigatório, os conscritos.


4
00

§ 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei:


I - a nacionalidade brasileira;
A

II - o pleno exercício dos direitos políticos;


AG

III - o alistamento eleitoral;


BR

IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;


V - a filiação partidária;
ES

VI - a idade mínima de:


VA

a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;


NO

b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;


42
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-

IL A
Prefeito e juiz de paz;

AM
d) dezoito anos para Vereador.

0K
§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos

56
e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para

26
um único período subseqüente.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997)

23
46
§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de

00
Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis
meses antes do pleito.

A
AG
§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes

BR
consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de
Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja

ES
substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e

VA
candidato à reeleição.

NO
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
ILA
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
AM
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito,
passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
0K
56

§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua


26

cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de


23

mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições


46

contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego


na administração direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº
00

4, de 1994)
A
AG

§ 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias
BR

contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico,


corrupção ou fraude.
ES
VA

§ 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o


NO

autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.


LA

§ 12. Serão realizadas concomitantemente às eleições municipais as consultas populares sobre


MI

questões locais aprovadas pelas Câmaras Municipais e encaminhadas à Justiça Eleitoral até
KA

90 (noventa) dias antes da data das eleições, observados os limites operacionais relativos ao
número de quesitos.
0
56

§ 13. As manifestações favoráveis e contrárias às questões submetidas às consultas populares


26

nos termos do § 12 ocorrerão durante as campanhas eleitorais, sem a utilização de propaganda


3
62

gratuita no rádio e na televisão.


4
00

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos
A

casos de:
AG

I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;


BR

Perda do direito;
ES

Volta à condição de estrangeiro;


VA

Deixar de ostentar a nacionalidade brasileira.


NO

43
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
IL A
II - incapacidade civil absoluta;

AM
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;

0K
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art.
5º, VIII;

56
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.

26
23
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não

46
se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. (Redação dada pela

00
Emenda Constitucional nº 4, de 1993)

A
STF - Não admite terceiro mandato consecutivo de prefeito, ainda que em municípios distintos.

AG
BR
STF - Súmula Vinculante 18: A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do
mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no § 7.° do artigo 14 da Constituição Federal.

ES
VA
TSE – STF - Se o Chefe do Executivo renunciar seis meses antes da eleição, seu cônjuge,

NO
parentes ou afins até segundo grau poderão candidatar-se a todos os cargos eletivos da
circunscrição.
ILA
AM
Dos Partidos Políticos
0K
56

Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a
26

soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da


23

pessoa humana e observados os seguintes preceitos: Regulamento


46

I - caráter nacional;
00

II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou


de subordinação a estes;
A
AG

III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;


IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
BR

§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e
S

estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e


E

provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o


VA

regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições
NO

proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional,


estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e
LA

fidelidade partidária. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017)


MI

§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil,


KA

registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.


§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à
0
56

televisão, na forma da lei, os partidos políticos que alternativamente: (Redação dada pela
26

Emenda Constitucional nº 97, de 2017)


3
62

I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos
4
00

votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um
mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou (Incluído
A

pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017)


AG

II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um
BR

terço das unidades da Federação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017)
ES

§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.


VA
NO

44
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
§ 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos previstos no § 3º deste artigo é

IL A
assegurado o mandato e facultada a filiação, sem perda do mandato, a outro partido que os

AM
tenha atingido, não sendo essa filiação considerada para fins de distribuição dos recursos do

0K
fundo partidário e de acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 97, de 2017)

56
26
§ 6º Os Deputados Federais, os Deputados Estaduais, os Deputados Distritais e os Vereadores

23
que se desligarem do partido pelo qual tenham sido eleitos perderão o mandato, salvo nos

46
casos de anuência do partido ou de outras hipóteses de justa causa estabelecidas em lei, não

00
computada, em qualquer caso, a migração de partido para fins de distribuição de recursos do
fundo partidário ou de outros fundos públicos e de acesso gratuito ao rádio e à televisão.

A
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021)

AG
BR
§ 7º Os partidos políticos devem aplicar no mínimo 5% (cinco por cento) dos recursos do fundo
partidário na criação e na manutenção de programas de promoção e difusão da participação

ES
política das mulheres, de acordo com os interesses intrapartidários. (Incluído pela

VA
Emenda Constitucional nº 117, de 2022)

NO
§ 8º O montante do Fundo Especial de Financiamento de Campanha e da parcela do fundo
ILA
partidário destinada a campanhas eleitorais, bem como o tempo de propaganda gratuita no
AM
rádio e na televisão a ser distribuído pelos partidos às respectivas candidatas, deverão ser de
no mínimo 30% (trinta por cento), proporcional ao número de candidatas, e a distribuição
0K

deverá ser realizada conforme critérios definidos pelos respectivos órgãos de direção e pelas
56

normas estatutárias, considerados a autonomia e o interesse partidário. (Incluído pela


26

Emenda Constitucional nº 117, de 2022)


23
46

04. ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA DO ESTADO:


00

ESTADO FEDERAL BRASILEIRO, UNIÃO, ESTADOS, DISTRITO


A

FEDERAL, MUNICÍPIOS E TERRITÓRIOS.


AG
BR

 Noções Gerais.
E S

Segundo os ensinamentos de José Afonso da Silva, a autonomia das entidades federativas


VA

pressupõe repartição de competências para o exercício e desenvolvimento de sua atividade . Esta


NO

distribuição constitucional de poderes é o ponto nuclear da noção de Estado federal. São notórias
as dificuldades quanto a saber que matérias devem ser entregues à competência da União, as que
LA

competirão aos Estados e quais as que se indicarão aos Municípios.


MI
KA

Os limites da repartição regional e local de poderes dependem da natureza e do tipo histórico de


federação. Numas a descentralização é mais acentuada, dando-se aos Estados
0
56

federados competências mais amplas, como nos Estados Unidos. Noutras a área de competência
26

da União é mais dilatada, restando limitado campo de ação aos Estados-membros, como tem sido
3

no Brasil, onde a existência de competências exclusivas dos Municípios comprime ainda mais a
62

área estadual. A Constituição de 1988 estruturou um sistema que combina competências


4
00

exclusivas, privativas e principiológicas com competências comuns e concorrentes, buscando


reconstruir o sistema federativo segundo critérios de equilíbrio ditados pela expectativa histórica.
A
AG

 O Princípio da Predominância do Interesse


BR

O princípio geral que norteia a repartição de competência entre as entidades componentes do


ES

Estado federal é o da predominância do interesse, segundo o qual à União caberão aquelas


VA

matérias e questões de predominante interesse geral, nacional, ao passo que aos Estados tocarão
NO

as matérias e assuntos de predominante interesse regional, e aos Municípios concernem os


45
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
assuntos de interesse local, tendo a Constituição vigente desprezado o velho conceito do peculiar

IL A
interesse local que não lograra conceituação satisfatória em um século de vigência.

AM
0K
Acontece que, no Estado moderno, se torna cada vez mais problemático discernir o que é interesse
geral ou nacional do que seja interesse regional ou local. Muitas vezes, certos problemas não são

56
de interesse rigorosamente nacional, por não afetarem a Nação como um todo, mas não são

26
simplesmente particulares de um Estado, por abrangerem dois ou mais deles. Os problemas da

23
Amazônia, os do polígono da seca, os do Vale do São Francisco e do Vale do Paraná-Uruguai,

46
são exemplos que se citam na Federação brasileira.

00
 Técnicas de repartição de competências

A
AG
As constituições solucionavam o problema mediante a aplicação de três técnicas, que conjugam

BR
poderes enumerados e poderes reservados ou remanescentes, que consistem: (a) na enumeração
dos poderes da União, reservando-se aos Estados os poderes remanescentes; é a técnica

ES
predominante (EUA, Suíça, Argentina, ex-URSS e Iugoslávia, México e Austrália são federações

VA
que a adotam); (b) naatribuição dos poderes enumerados aos Estados e dos remanescentes à

NO
União, ao inverso, pois, do sistema anterior, e que é empregado quase só pela Federação do
Canadá; (c) na enumeração das competências das entidades federativas (índia e Venezuela
ILA
podem ser indicadas como exemplos, compreendendo ambas poderes concorrentes e atribuição
AM
de poderes residuais à União). Esse sistema de enumeração exaustiva de poderes para as entidades
federativas vigora também no Brasil para a repartição de rendas tributárias, com competência
0K

residual para a União (arts. 145 a 162).


56
26

À vista, porém, das dificuldades acima apontadas, da evolução do federalismo e da ampliação das
23

tarefas do Estado contemporâneo, outras técnicas de repartição de competências foram surgindo


46

a par do abandono do dualismo que separa as entidades federativas em campos exclusivos


mutuamente limitativas, para acolher formas de composição mais complexas que procuram
00

compatibilizar a autonomia de cada uma com a reserva de campos específicos que designem áreas
A

exclusivas ou simplesmente privativas com possibilidade de delegação, áreas comuns em que se


AG

prevêem atuações paralelas e setores concorrentes em que a competência para estabelecer


BR

políticas gerais, diretrizes gerais ou normas gerais cabe à União, enquanto se defere aos Estados
a competência suplementar. É o sistema que se reconhece na República Federal da Alemanha
ES

(Constituição, arts. 70 a 75) e agora no Brasil em termos que se anotarão em seguida.


VA


NO

Sistema da Constituição de 1988.


LA

A nossa Constituição adota esse sistema complexo que busca realizar o equilíbrio federativo, por
MI

meio de uma repartição de competências que se fundamenta na técnica da enumeração dos


KA

poderes da União (arts. 21 e 22), com poderes remanescentes para os Estados (art. 25, § l°) e
poderes definidos indicativamente para os Municípios (art. 30), mas combina, com essa reserva
0

de campos específicos (nem sempre exclusivos, mas apenas privativos), possibilidades de


56

delegação (art. 22, parágrafo único), áreas comuns em que se prevêem atuações paralelas da
26

União, Estados, Distrito Federal e Municípios (art. 23) e setores concorrentes entre União e
3
62

Estados em que a competência rara estabelecer políticas gerais, diretrizes gerais ou normas gerais
4

cabe à União, enquanto se defere aos Estados e até aos Municípios a competência suplementar.
00


A

Classificação das competências.


AG
BR

Competência é a faculdade juridicamente atribuída a uma entidade ou a um órgão ou agente do


Poder Público para emitir decisões. Competências são as diversas modalidades de poder de que
S

se servem os órgãos ou entidades estatais para realizar suas funções.


E
VA
NO

46
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
Isso permite falar em espécies de competências, visto que as matérias que compõem seu conteúdo

IL A
podem ser agrupadas em classes, segundo sua natureza, sua vinculação cumulativa a mais de uma

AM
entidade e seu vínculo a função de governo. Sob esses vários critérios, podemos classificar as

0K
competências primeiramente em dois grandes grupos com suas subclasses: (1) competência
material, que pode ser: (a) exclusiva (art. 21); e (b) comum, cumulativa ou paralela (art. 23); (2)

56
competência legislativa, que pode ser: (a) exclusiva (art. 25, §§ l° e 2°); (b) privativa (art. 22); (c)

26
concorrente (art. 24); (d) suplementar (art. 24,§2°).

23
46
Essas competências, sob outro prisma, podem ser classificadas quanto à forma, conteúdo,

00
extensão e origem.

A
A - Quanto à forma (ou o processo de sua distribuição), a competência será: (a) enumerada, ou

AG
expressa, quando estabelecida de modo explícito, direto, pela Constituição para determinada

BR
entidade (arts. 21 e 22, p. ex.); (b) reservada ou remanescente e residual, a que compreende toda
matéria não expressamente incluída numa enumeração, reputando-se sinônimas as expressões

ES
reservada e remanescente com o significado de competência que sobra a uma entidade após a

VA
enumeração da competência de outra (art. 25, § l°: cabem aos Estados as competências não

NO
vedadas pela Constituição), enquanto a competência residual consiste no eventual resíduo que
reste após enumerar a competência de todas as entidades, como na matéria tributária, em que a
ILA
competência residual — a que eventualmente possa surgir apesar da enumeração exaustiva —
AM
cabe à União (art. 154,1); (c) implícita ou resultante (ou inerente ou decorrente, porque decorreda
natureza do ente), quando se refere à prática de atos ou atividades razoavelmente considerados
0K

necessários ao exercício de poderes expressos, ou reservados; por exemplo, no silêncio da


56

Constituição de 1891, o STF decidiu que a expulsão de estrangeiros era da competência da União,
26

embora isso não estivesse dito naquela Carta Magna.


23
46

B - Quanto ao conteúdo, a competência distingue-se em econômica, social, político-


administrativa, financeira e tributária. É cabível falar-se, tam bem, numa área de competência
00

internacional: direitos de paz e guerra, de legação e de fazer tratados, que, no Estado federal, é,
A

por princípio, exclusiva da União, se bem que se permite aos Estados federados, geralmente
AG

autorizados por órgãos federais (Senado, no caso brasileiro, art. 52, V), realizar certos negócios
BR

externos.
ES

C - Quanto à extensão, ou seja, quanto à participação de uma ou mais entidades na esfera da


VA

normatividade ou da realização material, vimos que a competência se distingue em: (a) exclusiva,
NO

quando é atribuída a uma entidade com exclusão das demais (art. 21); (b) privativa, quando
enumerada como própria de uma entidade, com possibilidade, no entanto, de delegação (art. 22 e
LA

seu parágrafo único) e de competência suplementar (art 24 e seus parágrafos); a diferença entre
MI

a exclusiva e privativa está nisso, aquela não admite suplementariedade nem delegação; (c)
KA

comum, cumulativa ou paralela, reputadas expressões sinônimas, que significa a faculdade de


legislar ou praticar certos atos, em determinada esfera, juntamente e em pé de igualdade,
0

consistindo, pois, num campo de atuação comum às várias entidades, sem que o exercício de uma
56

venha a excluir a competência de outra, que pode assim ser exercida cumulativamente (art. 23);
26

(d) concorrente, cujo conceito compreende dois elementos: (d.l) possibilidade de disposição sobre
3
62

o mesmo assunto ou matéria por mais de uma entidade federativa; (d.2) primazia da União no que
4

tange à fixação de normas gerais (art. 24 e seus parágrafos); (e) suplementar? que é correlativa
00

da competência concorrente, e significa o poder de formular normas que desdobrem o conteúdo


A

de princípios ou normas gerais ou que supram a ausência ou omissão destas (art. 24, §§ I°a4°).
AG
BR

D - Quanto à origem, a competência pode ser: (a) originária, quando desde o início é estabelecida
em favor de uma entidade; (b) delegada, quando a entidade recebe sua competência por delegação
S

daquela que a tem originariamente; sua possibilidade consta do parágrafo único do art. 22, que
E
VA

comete à lei complementar autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias
relacionadas nesse artigo, e também do parágrafo único do art. 23, que determina à lei
NO

47
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
complementar fixar normas para a cooperação entre a União e os Estados, Distrito Federal e os

IL A
Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.

AM

0K
Sistema de Execução de Serviços.

56
Outro problema que integra a estrutura do federalismo é o da execução dos serviços de

26
competência das entidades que compõem o Estado federal. É que, neste, como se sabe, as

23
entidades autônomas têm organização administrativa e serviços que se incluem nas respectivas

46
competências. Mas sua execução nem sempre será feita por funcionários próprios. A indagação a

00
ser respondida consiste, pois, em saber quem executa tais serviços: funcionários próprios ou de
outra entidade federativa?

A
AG
Sobre o assunto distinguem-se três sistemas: (a) sistema imediato, segundo o qual a União e os

BR
Estados mantêm, cada qual, sua própria administração, com funcionários próprios, independentes
uns dos outros e subordinados aos respectivos governos, como é nos EUA, na Argentina, na

ES
Venezuela e no México; (b) sistema mediato, pelo qual os serviços federais, em cada Estado, são

VA
executados por funcionários deste, mantendo a União pequeno corpo de servidores incumbidos

NO
da vigilância e fiscalização desses serviços; assim, ocorre predominantemente na República
Federal da Alemanha, na ex-URSS, na Índia; (c) sistema misto, que, combinando os dois
ILA
anteriores, permite que certos serviços federais sejam executados por funcionários estaduais e
AM
outros por funcionários federais e, vice-versa, certos serviços estaduais são executados por
funcionários federais; é o que se dá na Suíça e na Áustria.
0K
56

O sistema brasileiro é o de execução imediata. União, Estados, Distrito Federal e Municípios


26

mantêm, cada qual, seu corpo de servidores públicos, destinados a executar os serviços das
23

respectivas administrações (arts. 37 e 39).


46

A Constituição, porém, como vimos, incumbe à lei complementar fixar normas para a cooperação
00

entre essas entidades, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito


A

nacional (art. 23, parágrafo único).


AG
BR

ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
S
E

Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a


VA

União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta
NO

Constituição.
§ 1º Brasília é a Capital Federal.
LA

§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou


MI

reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.


KA

§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem


a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população
0

diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.


56

§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei


26

estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de


3
62

consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação
4

dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.


00
A

Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
AG

I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou


BR

manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na


forma da lei, a colaboração de interesse público;
S

II - recusar fé aos documentos públicos;


E
VA

III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.


NO

48
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
STF - O Plenário do Supremo Tribunal Federal declarou constitucional, por 6 votos a 5, o ensino

IL A
religioso confessional na rede pública de ensino brasileira.

AM
0K
OPÇÕES DO LEGISLADOR CONSTITUINTE:
Forma federativa de Estado;

56
Forma republicana de governo;

26
Enumeração dos entes federativos que compõem a federação brasileira.

23
46
 Características da Federação.

00
Descentralização política: Núcleos de poder político (autônomos);

A
Repartição de competência: Autonomia entre os entes federativos (equílibrio).

AG
Constituição rígida como base jurídica

BR
Inexistência do direito de secessão: Princípio da indissolubilidade do vínculo federativo.

ES
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:

VA
I - manter a integridade nacional;

NO
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado; ILA
AM

Soberania do Estado federal: Autonomia x Soberania.


0K

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
56

Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem


26

como fundamentos:
23

I - a soberania;
46

Intervenção: Situações de crise – Assegurar o equilíbrio federativo.


00

Auto-organização dos Estados-membros: Elaboração das constituições estaduais.


A
AG

Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem,
BR

observados os princípios desta Constituição.


S

Órgão representativo dos Estados-membros – Senado Federal - Art. 46. Zelar pelos direitos
E
VA

constitucionais do povo, julgar o Presidente da República e analisar e votar projetos de lei.


NO

Guardião da Constituição: no Brasil o STF.


Repartição de receitas: Equilíbrio entre os entes federativos.
LA
MI

 União Federal.
KA

Entidade federativa autônoma em relação aos estados-membros e municípios;


0

Exerce as prerrogativas da soberania do Estado brasileiro, quando representa a República


56

Federativa do Brasil nas relações internacionais.


26

A União ora atua em nome próprio (intemamente), ora atua em nome de toda a Federação, quando
3
62

representa a República Federativa do Brasil (externamente).


4
00

Art. 20. São bens da União:


A

I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;


AG

II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções


BR

militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;


III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem
S

mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro
E
VA

ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;


NO

49
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as

IL A
ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto

AM
aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art.

0K
26, II;
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;

56
VI - o mar territorial;

26
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;

23
VIII - os potenciais de energia hidráulica;

46
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;

00
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.

A
§ 1º É assegurada, nos termos da lei, à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios

AG
a participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para

BR
fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território,
plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira

ES
por essa exploração.

VA
§ 2º A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres,

NO
designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional,
e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.
ILA
AM
Competências da União Federal – Administrativa, legislativa e tributária.
0K

Art. 21. Compete à União:


56

I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais;


26

II - declarar a guerra e celebrar a paz;


23

III - assegurar a defesa nacional;


46

IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo
território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
00

V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal;


A

VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico;


AG

VII - emitir moeda;


BR

VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira,


especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência
ES

privada;
VA

IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de


NO

desenvolvimento econômico e social;


X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;
LA

XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de


MI

telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de
KA

um órgão regulador e outros aspectos institucionais;


XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:
0

a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens;


56

b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água,


26

em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;


3
62

c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária;


4

d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras


00

nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território;


A

e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;


AG

f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;


BR

XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos
Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios;
S

XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a polícia militar e o corpo de bombeiros
E
VA

militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a
execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio;
NO

50
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de

IL A
âmbito nacional;

AM
XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de

0K
rádio e televisão;
XVII - conceder anistia;

56
XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente

26
as secas e as inundações;

23
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de

46
outorga de direitos de seu uso;

00
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico
e transportes urbanos;

A
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação;

AG
XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;

BR
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio
estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o

ES
comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:

VA
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e

NO
mediante aprovação do Congresso Nacional;
b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos
para pesquisa e uso agrícolas e industriais; ILA
AM
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, a comercialização e a utilização de
radioisótopos para pesquisa e uso médicos;
0K

d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa;


56

XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;


26

XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em


23

forma associativa.
46

XXVI - organizar e fiscalizar a proteção e o tratamento de dados pessoais, nos termos da lei.
00

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:


A

I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial
AG

e do trabalho;
BR

II - desapropriação;
III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;
E S

IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;


VA

V - serviço postal;
NO

VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais;


VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores;
LA

VIII - comércio exterior e interestadual;


MI

IX - diretrizes da política nacional de transportes;


KA

X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial;


XI - trânsito e transporte;
0

XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;


56

XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização;


26

XIV - populações indígenas;


3
62

XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros;


4

XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões;


00

XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da


A

Defensoria Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes;


AG

XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais;


BR

XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular;


XX - sistemas de consórcios e sorteios;
S

XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação,


E
VA

mobilização, inatividades e pensões das polícias militares e dos corpos de bombeiros militares;
XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais;
NO

51
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
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Professor: Karl Schleu

V
NO
XXIII - seguridade social;

IL A
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;

AM
XXV - registros públicos;

0K
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;
XVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as

56
administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal

26
e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de

23
economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III;

46
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização

00
nacional;
XXIX - propaganda comercial.

A
XXX - proteção e tratamento de dados pessoais.

AG
BR
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões
específicas das matérias relacionadas neste artigo.

ES
VA
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

NO
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o
patrimônio público;
ILA
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de
AM
deficiência;
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os
0K

monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;


56

IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de


26

valor histórico, artístico ou cultural;


23

V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e


46

à inovação;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
00

VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;


A

VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;


AG

IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais


BR

e de saneamento básico;
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração
ES

social dos setores desfavorecidos;


VA

XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de


NO

recursos hídricos e minerais em seus territórios;


XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
LA

Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os
MI

Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do


KA

bem-estar em âmbito nacional.


0

Concorrente – Art. 24 da CF.


56

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
26

I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;


3
62

II - orçamento;
4

III - juntas comerciais;


00

IV - custas dos serviços forenses;


A

V - produção e consumo;
AG

VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos
BR

naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;


VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
S

VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor
E
VA

artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;


NO

52
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e

IL A
inovação;

AM
X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;

0K
XI - procedimentos em matéria processual;
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;

56
XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;

26
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;

23
XV - proteção à infância e à juventude;

46
XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.

00
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer
normas gerais.

A
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência

AG
suplementar dos Estados.

BR
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa
plena, para atender a suas peculiaridades.

ES
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no

VA
que lhe for contrário.

NO
- Tributária expressa – Art. 153.
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: ILA
AM
I - importação de produtos estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
0K

III - renda e proventos de qualquer natureza;


56

IV - produtos industrializados;
26

V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;


23

VI - propriedade territorial rural;


46

VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.


00

- Tributária residual – Art. 154, I.


A

Art. 154. A União poderá instituir:


AG

I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-
BR

cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta
Constituição;
ES
VA

- Tributária Extraordinária – Art. 154, II.


NO

II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não


em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas
LA

de sua criação.
MI
KA

- Regiões administrativas ou de desenvolvimento.


Art. 43. Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um mesmo complexo
0

geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais.


56

(...)
26

§ 2º - Os incentivos regionais compreenderão, além de outros, na forma da lei:


3
62

I - igualdade de tarifas, fretes, seguros e outros itens de custos e preços de responsabilidade do


4

Poder Público;
00

II - juros favorecidos para financiamento de atividades prioritárias;


A

III - isenções, reduções ou diferimento temporário de tributos federais devidos por pessoas físicas
AG

ou jurídicas;
BR

IV - prioridade para o aproveitamento econômico e social dos rios e das massas de água
represadas ou represáveis nas regiões de baixa renda, sujeitas a secas periódicas.
S

§ 3º - Nas áreas a que se refere o § 2º, IV, a União incentivará a recuperação de terras áridas e
E
VA

cooperará com os pequenos e médios proprietários rurais para o estabelecimento, em suas


glebas, de fontes de água e de pequena irrigação.
NO

53
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
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Professor: Karl Schleu

V
NO
IL A
 Estados-Membros.

AM
Autônomos – Auto-organização, autogoverno, autoadministração e autolegislação.

0K
Auto-organização:
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados

56
os princípios desta Constituição.

26
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta

23
Constituição.

46
§ 2º - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás

00
canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação
§ 3º - Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas,

A
aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes,

AG
para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse

BR
comum.

ES
- Autogoverno – Poder Legislativo:

VA
NO
Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da
representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será
ILA
acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.
AM
§ 1º - Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras
desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de
0K

mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas.


56

§ 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembléia
26

Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie,
23

para os Deputados Federais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III,
46

e 153, § 2º, I.
§ 3º - Compete às Assembléias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços
00

administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos.


A

§ 4º - A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.


AG
BR

Autogoverno: - Poder Executivo.


ES

Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de 4 (quatro)


VA

anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de


NO

outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus


antecessores, e a posse ocorrerá em 6 de janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao mais,
LA

o disposto no art. 77 desta Constituição.


MI

§ 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração


KA

pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o


disposto no art. 38, I, IV e V.
0

§ 2º Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado serão fixados


56

por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º,
26

150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.


3
462

Autogoverno – Poder Judiciário.


00

Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta
A

Constituição.
AG

§ 1º - A competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado, sendo a lei de


BR

organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça.


(...)
S

§ 7º O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais


E
VA

funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se


de equipamentos públicos e comunitários.
NO

54
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
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Professor: Karl Schleu

V
NO
IL A
- Formação dos Estados-membros.

AM
- Regra geral:

0K
Art. 18.

56
§ 3º - Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se

26
anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação

23
da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei

46
complementar.

00
A
Fusão

AG
BR
ES
Cisão Desmembramento

VA
NO
ILA
AM
- Formação dos Estados-membros:
0K

- Plebiscito – População interessada – Condição prévia, essencial e prejudicial à fase


56

seguinte;
26

- Propositura de projeto de lei complementar – Qualquer das Casas do Congresso


23

Nacional;
- Audiência das Assembléias Legislativas – Parecer das Assembléias Legislativas dos
46

Estados não é vinculativo;


00

- Aprovação pelo Congresso Nacional – Não está obrigado a aprovar o projeto de lei, nem
A

o Presidente da República está obrigado a sancioná-lo – Poder discricionário.


AG
BR

• Fusão:
- União geográfica – Formação de um terceiro Estado;
ES

- Distinto dos Estados anteriores.


VA

- População interessada – População de cada um dos Estados.



NO

Cisão:
- Estado que já existe subdivide-se;
LA

- Formando-se dois ou mais Estados-membros novos (que não existiam);


- População interessada – População do referido Estado.
MI
KA

• Desmembramento:
0

- Um ou mais Estados cederem território geográfico para formar um novo estado, ou se anexar a
56

um Estado que já existia;


26

- Estado originário não desaparece – Ex: Goiás em relação a Tocantins e com o Mato Grosso em
3
62

relação ao Mato Grosso do Sul.


4

- Modalidades de desmembramento:
00

• Desmembramento anexação – Parte desmembrada vai anexar-se a um Estado que


A

já existe.
AG

• Desmembramento formação – Parte desmembrada se transformará em um ou


BR

mais de um Estado novo. Ex: Carajás e Tapajós.


S

- Bens dos Estados-membros:


E
VA

Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:


NO

55
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
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Professor: Karl Schleu

V
NO
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste

IL A
caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;

AM
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas

0K
sob domínio da União, Municípios ou terceiros;
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;

56
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.

26
23
- Competências dos Estados-membros:

46
- Não-legislativa (administrativa ou material):

00
- Comum – Art. 23 da CF/88;

A
AG
- Residual – Art. 25. § 1º.

BR
ES
- Legislativa.

VA
- Expressa – Art. 25, caput – Constituição e leis que adotarem;

NO
- Residual – Art 25, § 1º.
- Delegada pela União – Art. 22, parágrafo único.
ILA
AM
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
0K

(...)
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões
56

específicas das matérias relacionadas neste artigo.


26

- Concorrente: Art. 24 – União – normas gerais; Estados – normas específicas.


23

- Suplementar: Art. 24, §§ 1º ao 4º - Inércia do Estado.


46

- Tributária expressa: Art. 155.


00

 Municípios.
A
AG

- Pessoa jurídica de direito interno e autônoma.


BR

- Divergência
- Possuem auto-organização, autogoverno, autoadministração e autolegislação.
ES
VA

Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
NO

(...)ar a observância dos seguintes princípios constitucionais:


LA

(...)
c) autonomia municipal;
MI
KA
0
56
26

Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o
- Autorganização.
3
62

interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da
4

Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos


00

nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes


A
AG

- Autogoverno preceitos:
BR
S

I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de


E
VA

quatro anos, mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País;


NO

56
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
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Professor: Karl Schleu

V
NO
IL A
AM
0K
I - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano

56
anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso

26
de Municípios com mais de duzentos mil eleitores;

23
46
III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro do ano subseqüente ao da eleição;

00
- Autoadministração e autolegislação – Art. 30. Compete ao Municípios:

A
AG
- Formação dos Municípios:

BR
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta

ES
Constituição

VA
(...)

NO
4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei
estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de
ILA
consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação
AM
dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. . (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 15, de 1996) Vide art. 96 – ADCT
0K
56

01º. Lei complementar federal Período e procedimento.


26
23

02º. Estudo de viabilidade municipal Apresentado, publicado e divulgado.


46

03º. Plebiscito - Desde que positivo o estudo de viabilidade;


00

- Convocado pela Assembleia Legislativa;


A

- Ainda que favorável o legislador estadual terá


AG

discricionariedade para aprovar ou rejeitar o projeto de lei de


BR

criação do novo Município.


S

Para criação – O Governador poderá vetá-la.


E

04º. Lei Estadual


VA
NO

- Competências não legislativas (administrativas ou materiais).


- Comum (cumulativa ou paralela).
LA

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
MI

Municípios:
KA

I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar
o patrimônio público;
0

II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras


56

de deficiência;
26

III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e


3
62

cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológico.


4
00

- Privativa (enumerada).
A

Art. 30. Compete aos Municípios:


AG

(...)
BR

III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas,
sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos
S

fixados em lei;
E
VA

IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;


NO

57
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os

IL A
serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter

AM
essencial;

0K
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de
educação pré-escolar e de ensino fundamental;

56
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de

26
educação infantil e de ensino fundamental;

23
VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de

46
atendimento à saúde da população;

00
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante
planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;

A
IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação

AG
e a ação fiscalizadora federal e estadual.

BR
- Competências legislativas.

ES
- Expressa:

VA
Art. 30. Compete aos Municípios:

NO
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; (Suplementar).
- Competência tributária expressa: ILA
AM
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
I - propriedade predial e territorial urbana;
0K

II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por
56

natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem
26

como cessão de direitos a sua aquisição;


23

III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei
46

complementar.
00

 Distrito Federal.
A

- Distrito Federal – Brasília


AG

Situa-se dentro do território;


BR
SE
VA

Capital da república Federativa do Brasil;


NO
LA

Sede do governo do Distrito Federal;


MI

- Unidade federada autônoma – Auto-organização, autogoverno, autoadministração e


KA

autolegislação.
0

Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica,
56

votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara
26

Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.


3
62
4

§ 2º - A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 77, e dos


00

Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para mandato
A

de igual duração.
Auto-organização
AG

§ 3º - Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27.


BR

Autogoverno
S

- Características importantes:
E

• Impossibilidade de divisão do Distrito Federal em Municípios – Art. 32.


VA

• Autonomia parcialmente tutelada pela União:


NO

58
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
IL A
§ 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, da polícia civil, da

AM
polícia penal, da polícia militar e do corpo de bombeiros militar.

0K
Art. 21. Compete à União:

56
(...)

26
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos

23
Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios;

46
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do

00
Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução
de serviços públicos, por meio de fundo próprio;

A
AG
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:

BR
(...)
XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da

ES
Defensoria Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes;

VA
NO
• FCDF – Fundo Constitucional do Distrito Federal

ILA
AM
Prover os recursos necessários
0K
56

- Competências do Distrito Federal.


26

- Não legislativas (administrativas ou materiais) – Comum.


23

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
46

- Legislativas.
00

Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica,
A

votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara
AG

Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.


BR

§ 1º - Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e


Municípios.
S
E
VA

• Expressa – Art. 32, caput – Elaboração da própria lei orgânica;


NO

• Residual:
LA

Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem,
MI

observados os princípios desta Constituição.


KA

§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição.
0
56

• Delegada:
26

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:


3
62

Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre


4

questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.


00


A

Concorrente:
AG

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente
BR

sobre:
S

• Suplementar:
E
VA

Art. 24. (...)


NO

59
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a

IL A
estabelecer normas gerais.

AM
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a

0K
competência suplementar dos Estados.
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência

56
legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.

26
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei

23
estadual, no que lhe for contrário.

46
00
• Interesse local:
Art. 30. Compete aos Municípios:

A
I - legislar sobre assuntos de interesse local;

AG
• Competência tributária expressa – Art. 155 da CF/88.

BR

ES
Territórios Federais.
- Primeiro território federal foi o ACRE.

VA
- Natureza jurídica: Trata-se de mera descentralização administrativa territorial da União, qual

NO
seja, uma autarquia que, conforme expressamente previsto no art. 18, § 2º, integra a União.

ILA
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a
AM
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta
Constituição.
0K

(...)
56

§ 2º - Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou


26

reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.


23
46

Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios.
§ 1º Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no que couber,
00

o disposto no Capítulo IV deste Título.


A

§ 2º As contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer


AG

prévio do Tribunal de Contas da União.


BR

§ 3º Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na
forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros
ES

do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a
VA

Câmara Territorial e sua competência deliberativa.


NO

05. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: DISPOSIÇÕES GERAIS;


LA

SERVIDORES PÚBLICOS
MI
KA

Administração pública (ou gestão pública) é, em sentido orgânico ou subjetivo, o conjunto de


0

órgãos, serviços e agentes do Estado, bem como das demais pessoas coletivas públicas (tais como
56

as autarquias locais) que asseguram a satisfação das necessidades coletivas variadas, tais como a
26

segurança, a cultura, a saúde e o bem estar das populações.


3
62

A administração pública pode ser definida objetivamente como a atividade concreta e imediata
4
00

que o Estado desenvolve para assegurar os interesses coletivos e subjetivamente como o conjunto
de órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a Lei atribui o exercício da função administrativa do
A

Estado.
AG
BR

Sob o aspecto operacional, administração pública é o desempenho perene e sistemático, legal e


técnico dos serviços próprios do Estado, em benefício da coletividade.
ES
VA
NO

60
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
A administração pública pode ser direta, quando composta pelas suas entidades estatais (União,

IL A
Estados, Municípios e DF), que não possuem personalidade jurídica própria, ou indireta quando

AM
composta por entidades autárquicas, fundacionais e paraestatais.

0K
Administração Pública tem como principal objetivo o interesse público, seguindo os princípios

56
constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

26
23
A administração pública é conceituada com base nos seguintes aspectos: orgânico, formal e

46
material.

00
Segundo ensina Maria Sylvia Zanella Di Pietro o conceito de administração pública divide-se em

A
dois sentidos: "Em sentido objetivo, material ou funcional, a administração pública pode ser

AG
definida como a atividade concreta e imediata que o Estado desenvolve, sob regime jurídico de

BR
direito público, para a consecução dos interesses coletivos. Em sentido subjetivo, formal ou
orgânico, pode-se definir Administração Pública, como sendo o conjunto de órgãos e de pessoas

ES
jurídicas aos quais a lei atribui o exercício da função administrativa do Estado".

VA
NO
Em sentido objetivo é a atividade administrativa executada pelo Estado, por seus órgãos e agente,
com base em sua função administrativa. É a gestão dos interesses públicos, por meio de prestação
ILA
de serviços públicos. É a administração da coisa pública (res publica).
AM

Já no sentido subjetivo é o conjunto de agentes, órgãos e entidades designados para executar


0K

atividades administrativas.
56
26

Assim, administração pública em sentido material é administrar os interesses da coletividade e


23

em sentido formal é o conjunto de entidade, órgãos e agentes que executam a função


46

administrativa do Estado.
00

As atividades estritamente administrativas devem ser exercidas pelo próprio Estado ou por seus
A

agentes.
AG
BR

Dentro da organização da Administração Pública do Brasil, integram o Poder Executivo Federal


diversas carreiras estruturadas de servidores públicos, entre elas as de:
ES
VA

• Auditoria (Receita Federal, Previdência Social e Ministério do Trabalho);



NO

Ciclo de Gestão (Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, Analistas


de Orçamento e Planejamento, Técnico do IPEA, Analista de Finanças e Controle);
LA

• Diplomacia (Diplomatas);

MI

Militares (Forças Armadas);



KA

Regulação Federal (Especialista em Regulação das Agências Reguladoras Federais -


ANATEL, ANCINE,ANEEL, ANP, ANAC, ANTAQ, ANTT, ANVISA, ANS e ANA);
0

• Segurança Pública (cargos de Delegado, Perito, Papiloscopista, Escrivão e Agente da


56

Polícia Federal e Analista de Informações da ABIN);


26

• Supervisão do Mercado Financeiro e de Capitais (Analista do Banco Central do Brasil,


3
62

Analistas e Inspetor da CVM, Analista da SUSEP).


4
00

Há, ainda, os servidores não estruturados em carreiras (integrantes do Plano de Classificação de


A

Cargos de 1970), temporários, empregados públicos e terceirizados via convênio.


AG
BR

- Administração direta e indireta.


S

Administração direta é aquela composta por órgãos ligados diretamente ao poder central, federal,
E
VA

estadual ou municipal. São os próprios organismos dirigentes, seus ministérios e secretarias.


NO

61
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
Administração indireta é aquela composta por entidades com personalidade jurídica própria, que

IL A
foram criadas para realizar atividades de Governo de forma descentralizada. São exemplos as

AM
Autarquias, Fundações, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista.

0K
As características das entidades pertencentes à administração indireta são:

56
26
- Autarquias: serviço autônomo, criado por lei específica, com personalidade jurídica de direito

23
público, patrimônio e receitas próprios, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão

46
administrativa e financeira descentralizada (conf. art 5º, I, do Decreto-Lei 200/67);

00
- Fundação pública: entidade dotada de personalidade jurídica de direito público, sem fins

A
lucrativos, criada em virtude de lei autorizativa e registro em órgão competente, com autonomia

AG
administrativa, patrimônio próprio e funcionamento custeado por recursos da União e de outras

BR
fontes (conf. art 5º, IV, do Decreto-Lei 200/67);

ES
- Empresa pública: entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio

VA
próprio e capital exclusivo da União, se federal, criada para exploração de atividade econômica

NO
que o Governo seja levado a exercer por força de contingência ou conveniência administrativa
(conf. art 5º, II, do Decreto-Lei 200/67);
ILA
AM
Conforme dispõe o art 5º do Decreto-Lei nº 900, de 1969: Desde que a maioria do capital votante
permaneça de propriedade da União, será admitida, no capital da Empresa Pública, a participação
0K

de outras pessoas jurídicas de direito público interno, bem como de entidades da Administração
56

Indireta da União, dos Estados, Distrito Federal e Municípios.


26
23

- Sociedades de economia mista: entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado,


46

instituída mediante autorização legislativa e registro em órgão próprio para exploração de


atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto
00

pertençam, em sua maioria, à União ou a entidade da Administração indireta (conf. art 5º, III, do
A

Decreto-Lei 200/67).
AG
BR

Empresas controladas pelo Poder Público podem ou não compor a Administração Indireta,
dependendo de sua criação ter sido ou não autorizada por lei. Existem subsidiárias que são
ES

controladas pelo Estado, de forma indireta, e não são sociedades de economia mista, pois não
VA

decorreram de autorização legislativa. No caso das que não foram criadas após autorização
NO

legislativa, elas só se submetem às derrogações do direito privado quando seja expressamente


previsto por lei ou pela Constituição Federal, como neste exemplo: "Art. 37. XII, CF - a proibição
LA

de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas,


MI

sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou


KA

indiretamente, pelo poder público".


0

- Agências reguladoras e executivas


56
26

As agências executivas e reguladoras fazem parte da administração pública indireta, são pessoas
3
62

jurídicas de direito público interno e consideradas como autarquias especiais. Sua principal função
4

é o controle de pessoas privadas incumbidas da prestação de serviços públicos, sob o regime de


00

concessão ou permissão.
A
AG

- Agências reguladoras: Sua função é regular a prestação de serviços públicos, organizar e


BR

fiscalizar esses serviços a serem prestados por concessionárias ou permissionárias, com o objetivo
garantir o direito do usuário ao serviço público de qualidade. Não há muitas diferenças em relação
S

à tradicional autarquia, a não ser uma maior autonomia financeira e administrativa, além de seus
E
VA

diretores serem eleitos para mandato por tempo determinado.


NO

62
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
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Professor: Karl Schleu

V
NO
Essas entidades têm as seguintes finalidades básicas: a) fiscalizar serviços públicos (ANEEL,

IL A
ANTT, ANAC, ANTAQ); b) fomentar e fiscalizar determinadas atividades privadas (ANFINE);

AM
c) regulamentar, controlar e fiscalizar atividades econômicas (ANP); d) exercer atividades típicas

0K
de estado (ANVS, ANVISA e ANS).

56
- Agências executivas: São pessoas jurídicas de direito público ou privado, ou até mesmo órgãos

26
públicos, integrantes da Administração Pública Direta ou Indireta, que podem celebrar contrato

23
de gestão com objetivo de reduzir custos, otimizar e aperfeiçoar a prestação de serviços públicos.

46
Seu objetivo principal é a execução de atividades administrativas. Nelas há uma autonomia

00
financeira e administrativa ainda maior. São requisitos para transformar uma autarquia ou
fundação em uma agência executiva: a) tenham planos estratégicos de reestruturação e de

A
desenvolvimento institucional em andamento; b) tenham celebrado contrato de gestão com o

AG
ministério supervisor.

BR
José dos Santos Carvalho Filho cita como agências executivas o INMETRO (uma autarquia) e a
ABIN (apesar de ter o termo "agência" em seu nome, não é uma autarquia, mas um órgão público).

ES
VA
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos

NO
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
ILA
AM
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os
requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
0K

II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso


56

público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo


26

ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão


23

declarado em lei de livre nomeação e exoneração;


46

III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por
igual período;
00

IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em


A

concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos
AG

concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;


BR

V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo,


e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
ES

percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e


VA

assessoramento;
NO

VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;


VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;
LA

VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de
MI

deficiência e definirá os critérios de sua admissão;


KA

IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a


necessidade temporária de excepcional interesse público;
0

X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente


56

poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada
26

caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;
3
62

XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da


4

administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União,
00

dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos
A

demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos


AG

cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não


BR

poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal,
aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito
S

Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos


E
VA

Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos


Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos
NO

63
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito

IL A
do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores

AM
e aos Defensores Públicos;

0K
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser
superiores aos pagos pelo Poder Executivo;

56
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito

26
de remuneração de pessoal do serviço público;

23
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem

46
acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores;

00
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis,
ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153,

A
§ 2º, I;

AG
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver

BR
compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;

ES
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

VA
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões

NO
regulamentadas;
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias,
ILA
fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades
AM
controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;
XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de
0K

competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;


56

XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
26

empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar,


23

neste último caso, definir as áreas de sua atuação;


46

XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades


mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa
00

privada;
A

XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações


AG

serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições
BR

a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as


condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de
ES

qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.


VA

XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
NO

atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras


específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma
LA

integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da


MI

lei ou convênio.
KA

§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá
ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes,
0

símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.


56

§ 2º A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição
26

da autoridade responsável, nos termos da lei.


3
62

§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e


4

indireta, regulando especialmente:


00

I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a


A

manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna,


AG

da qualidade dos serviços;


BR

II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo,


observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII;
S

III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego


E
VA

ou função na administração pública.


NO

64
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
§ 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a

IL A
perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e

AM
gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

0K
§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente,
servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de

56
ressarcimento.

26
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços

23
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,

46
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

00
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da
administração direta e indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas.

A
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração

AG
direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus

BR
administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para
o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:

ES
I - o prazo de duração do contrato;

VA
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade

NO
dos dirigentes;
III - a remuneração do pessoal.
ILA
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista,
AM
e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.
0K
56

§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou


26

dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os
23

cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão


46

declarados em lei de livre nomeação e exoneração. (Incluído pela Emenda Constitucional


nº 20, de 1998) (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
00
A

§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do
AG

caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. (Incluído pela
BR

Emenda Constitucional nº 47, de 2005)


ES

§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao
VA

Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei
NO

Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de
Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos
LA

Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos
MI

subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores. (Incluído pela Emenda
KA

Constitucional nº 47, de 2005)


0

§ 13. O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para exercício de cargo
56

cujas atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que tenha sofrido em
26

sua capacidade física ou mental, enquanto permanecer nesta condição, desde que possua a
3
62

habilitação e o nível de escolaridade exigidos para o cargo de destino, mantida a remuneração


4

do cargo de origem. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)


00
A

§ 14. A aposentadoria concedida com a utilização de tempo de contribuição decorrente de cargo,


AG

emprego ou função pública, inclusive do Regime Geral de Previdência Social, acarretará o


BR

rompimento do vínculo que gerou o referido tempo de contribuição. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)
ES
VA

§ 15. É vedada a complementação de aposentadorias de servidores públicos e de pensões por


morte a seus dependentes que não seja decorrente do disposto nos §§ 14 a 16 do art. 40 ou que
NO

65
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
não seja prevista em lei que extinga regime próprio de previdência social. (Incluído pela

IL A
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

AM
0K
§ 16. Os órgãos e entidades da administração pública, individual ou conjuntamente, devem
realizar avaliação das políticas públicas, inclusive com divulgação do objeto a ser avaliado e

56
dos resultados alcançados, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de

26
2021)

23
46
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de

00
mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo,

A
emprego ou função;

AG
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe

BR
facultado optar pela sua remuneração;
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as

ES
vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e,

VA
não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;

NO
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de
serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
ILA
V - na hipótese de ser segurado de regime próprio de previdência social, permanecerá filiado a
AM
esse regime, no ente federativo de origem.
0K

DOS SERVIDORES PÚBLICOS


56
26

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua
competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração
23

pública direta, das autarquias e das fundações públicas. (Vide ADI nº 2.135)
46
00

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política
A

de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos


AG

respectivos Poderes. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Vide
BR

ADI nº 2.135)
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório
S

observará:
E
VA

I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada


carreira;
NO

II - os requisitos para a investidura;


LA

III - as peculiaridades dos cargos.


§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo para a formação e o
MI

aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos


KA

requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou


0

contratos entre os entes federados.


56

§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX,
26

XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos
3
62

diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.


4

§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários


00

Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única,
vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação
A
AG

ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.
§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá estabelecer a
BR

relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer
S

caso, o disposto no art. 37, XI.


E

§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os valores do subsídio


VA

e da remuneração dos cargos e empregos públicos.


NO

66
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará a aplicação de

IL A
recursos orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão,

AM
autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e

0K
produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização
do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade.

56
§ 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos

26
termos do § 4º.

23
§ 9º É vedada a incorporação de vantagens de caráter temporário ou vinculadas ao exercício de

46
função de confiança ou de cargo em comissão à remuneração do cargo efetivo.

00
Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá

A
caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de

AG
servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o

BR
equilíbrio financeiro e atuarial.
§ 1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência social será aposentado:

ES
I - por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que estiver investido, quando

VA
insuscetível de readaptação, hipótese em que será obrigatória a realização de avaliações

NO
periódicas para verificação da continuidade das condições que ensejaram a concessão da
aposentadoria, na forma de lei do respectivo ente federativo;
ILA
II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta)
AM
anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar;
III - no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, e aos 65 (sessenta e
0K

cinco) anos de idade, se homem, e, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
56

na idade mínima estabelecida mediante emenda às respectivas Constituições e Leis Orgânicas,


26

observados o tempo de contribuição e os demais requisitos estabelecidos em lei complementar


23

do respectivo ente federativo.


46

§ 2º Os proventos de aposentadoria não poderão ser inferiores ao valor mínimo a que se refere
o § 2º do art. 201 ou superiores ao limite máximo estabelecido para o Regime Geral de
00

Previdência Social, observado o disposto nos §§ 14 a 16.


A

§ 3º As regras para cálculo de proventos de aposentadoria serão disciplinadas em lei do


AG

respectivo ente federativo.


BR

§ 4º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de benefícios em


regime próprio de previdência social, ressalvado o disposto nos §§ 4º-A, 4º-B, 4º-C e 5º.
ES

§ 4º-A. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e
VA

tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores com deficiência,


NO

previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e


interdisciplinar.
LA

§ 4º-B. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e
MI

tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de ocupantes do cargo de agente


KA

penitenciário, de agente socioeducativo ou de policial dos órgãos de que tratam o inciso IV do


caput do art. 51, o inciso XIII do caput do art. 52 e os incisos I a IV do caput do art. 144.
0

§ 4º-C. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e
56

tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores cujas atividades sejam


26

exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou
3
62

associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação.


4

§ 5º Os ocupantes do cargo de professor terão idade mínima reduzida em 5 (cinco) anos em


00

relação às idades decorrentes da aplicação do disposto no inciso III do § 1º, desde que
A

comprovem tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino
AG

fundamental e médio fixado em lei complementar do respectivo ente federativo.


BR

§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta


Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta de regime próprio de
S

previdência social, aplicando-se outras vedações, regras e condições para a acumulação de


E
VA

benefícios previdenciários estabelecidas no Regime Geral de Previdência Social.


NO

67
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
§ 7º Observado o disposto no § 2º do art. 201, quando se tratar da única fonte de renda formal

IL A
auferida pelo dependente, o benefício de pensão por morte será concedido nos termos de lei do

AM
respectivo ente federativo, a qual tratará de forma diferenciada a hipótese de morte dos

0K
servidores de que trata o § 4º-B decorrente de agressão sofrida no exercício ou em razão da
função.

56
§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente,

26
o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei.

23
§ 9º O tempo de contribuição federal, estadual, distrital ou municipal será contado para fins de

46
aposentadoria, observado o disposto nos §§ 9º e 9º-A do art. 201, e o tempo de serviço

00
correspondente será contado para fins de disponibilidade.
§ 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício.

A
§ 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade, inclusive

AG
quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras

BR
atividades sujeitas a contribuição para o regime geral de previdência social, e ao montante
resultante da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável na

ES
forma desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração,

VA
e de cargo eletivo.

NO
§ 12. Além do disposto neste artigo, serão observados, em regime próprio de previdência social,
no que couber, os requisitos e critérios fixados para o Regime Geral de Previdência Social.
ILA
§ 13. Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em
AM
lei de livre nomeação e exoneração, de outro cargo temporário, inclusive mandato eletivo, ou de
emprego público, o Regime Geral de Previdência Social.
0K

§ 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por lei de iniciativa do
56

respectivo Poder Executivo, regime de previdência complementar para servidores públicos


26

ocupantes de cargo efetivo, observado o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
23

Previdência Social para o valor das aposentadorias e das pensões em regime próprio de
46

previdência social, ressalvado o disposto no § 16.


§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 oferecerá plano de benefícios
00

somente na modalidade contribuição definida, observará o disposto no art. 202 e será efetivado
A

por intermédio de entidade fechada de previdência complementar ou de entidade aberta de


AG

previdência complementar.
BR

§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos § § 14 e 15 poderá ser
aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de
ES

instituição do correspondente regime de previdência complementar.


VA
NO

§ 17. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do benefício previsto no §


3° serão devidamente atualizados, na forma da lei.
LA

§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo


MI

regime de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do
KA

regime geral de previdência social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido
para os servidores titulares de cargos efetivos.
0

§ 19. Observados critérios a serem estabelecidos em lei do respectivo ente federativo, o servidor
56

titular de cargo efetivo que tenha completado as exigências para a aposentadoria voluntária e
26

que opte por permanecer em atividade poderá fazer jus a um abono de permanência equivalente,
3
62

no máximo, ao valor da sua contribuição previdenciária, até completar a idade para


4

aposentadoria compulsória.
00

§ 20. É vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social e de mais de um


A

órgão ou entidade gestora desse regime em cada ente federativo, abrangidos todos os poderes,
AG

órgãos e entidades autárquicas e fundacionais, que serão responsáveis pelo seu financiamento,
BR

observados os critérios, os parâmetros e a natureza jurídica definidos na lei complementar de


que trata o § 22.
ES
VA
NO

68
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
§ 22. Vedada a instituição de novos regimes próprios de previdência social, lei complementar

IL A
federal estabelecerá, para os que já existam, normas gerais de organização, de funcionamento e

AM
de responsabilidade em sua gestão, dispondo, entre outros aspectos, sobre:

0K
I - requisitos para sua extinção e consequente migração para o Regime Geral de Previdência
Social;

56
II - modelo de arrecadação, de aplicação e de utilização dos recursos;

26
III - fiscalização pela União e controle externo e social;

23
IV - definição de equilíbrio financeiro e atuarial;

46
V - condições para instituição do fundo com finalidade previdenciária de que trata o art. 249 e

00
para vinculação a ele dos recursos provenientes de contribuições e dos bens, direitos e ativos de
qualquer natureza;

A
VI - mecanismos de equacionamento do deficit atuarial;

AG
VII - estruturação do órgão ou entidade gestora do regime, observados os princípios

BR
relacionados com governança, controle interno e transparência;
VIII - condições e hipóteses para responsabilização daqueles que desempenhem atribuições

ES
relacionadas, direta ou indiretamente, com a gestão do regime;

VA
IX - condições para adesão a consórcio público;

NO
X - parâmetros para apuração da base de cálculo e definição de alíquota de contribuições
ordinárias e extraordinárias.
ILA
AM
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.
0K

§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:


56

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;


26

II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;


23

III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei


46

complementar, assegurada ampla defesa.


§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o
00

eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a


A

indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração


AG

proporcional ao tempo de serviço.


BR

§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em


disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
S
E

aproveitamento em outro cargo.


VA

§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de


NO

desempenho por comissão instituída para essa finalidade.


LA

06. PODER EXECUTIVO: ATRIBUIÇÕES E


MI

RESPONSABILIDADES.
KA
0
56

a) Forma de Governo (origem do governo).


26
3

República (do latim res publica = coisa pública) é a forma de governo na qual o chefe de Estado,
62

normalmente designado presidente da República, é eleito pelos cidadãos, na maioria dos casos
4
00

pelo voto livre e secreto, ou por seus representantes, para exercer o cargo por um período
determinado.
A
AG

Dependendo do sistema de governo, se presidencialista ou parlamentarista, pode acumular a


BR

função de chefe de Estado com a de chefe do governo (executivo).


ES

Então postulado republicano é caracterizado a partir dos seguintes aspectos:


VA
NO

69
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
• Representação do titular do poder feita em poderes constituídos legitimada, em regra, a partir

IL A
de eleições;

AM
• Temporariedade do mandato dos representantes;
• Existência de regime de responsabilidades e o consequente dever de prestação de contas.

0K
56
O principio republicano foi introduzido no Brasil por meio da Constituição de 1891, a partir do

26
declínio do modelo imperial outorgado e vigente desde 1824.

23
46
b) Sistema de Governo (quem chefia).

00
Presidencialismo - Legitimidade popular direta do Chefe do Poder Executivo (77, 28, caput e 29,

A
I e II, CF): escolhido pelo majoritário em dois turnos com exceção da dupla vacância nos dois

AG
últimos anos do mandato, em que a eleição é indireta. Unipessoalidade da Chefia do Executivo

BR
(84, CF): o Presidente da República exerce a chefia de Estado e a Chefia de Governo. Separação
entre Poder Executivo e Poder Legislativo (2o, CF): não há entre eles relação de confiança. O

ES
Legislativo não pode demitir o Presidente por quebra de confiança, nem o Presidente pode

VA
dissolver o Congresso.

NO
c) Forma de estado.
ILA
AM
Federalismo, que é uma aliança ou união de Estados, baseada em uma constituição onde os
Estados que ingressam na federação pedem sua soberania no momento mesmo do ingresso,
0K

preservando, contudo uma autonomia política limitada.


56
26

• Unidades dotadas de autonomia política;


• Pessoas jurídicas de direito público autônomas e encontram-se sujeitos ao princípio da
23
46

indissolubilidade do vínculo federativo;


• Auto-organização, competências legislativas e administrativas e autonomia financeira.
00

• Cláusula pétrea - (CF, art. 60, § 4.°, I).


A
AG

Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros
BR

de Estado.
S

CONCEITO: “Executivo é o poder responsável pela função administrativa do Estado”. (BULOS,


E
VA

2010, P. 1209). A doutrina aduz que a expressão “Poder Executivo” tem significado variado, nela
NO

se confundindo o Poder e o governo. Ora ela exprime função ou atribuição de um Poder (art. 2º
da CF), ora o órgão (cargo e ocupante, a teor do art. 76, da CF). Contempla atividades diversas e
LA

variadas, que envolvem atos típicos da Chefia de Estado (manter relações com Estados
MI

estrangeiros) e atos relativos à Chefia do governo (vetar projeto de lei) e de Administração federal
KA

(nomear o AGU). (MENDES, 2008, p. 905).


0

Além da função típica, que é administrar, o Poder Executivo também legisla, por meio de medida
56

provisória, e julga, no contencioso administrativo, exercendo, assim, funções atípicas.


326
62

Obs: A edição de Medida provisória representa exercício de função atípica por parte do PE, mas
4

a edição de lei delegada é uma exceção ao princípio da indelegabilidade e não exercício de função
00

atípica.
A
AG

OBS: o regime/sistema de governo não é uma cláusula pétrea.


BR

Os requisitos para ser Presidente da República estão previstos no art. 12 a 15, da CF.
S

No Brasil, o Presidente e o Vice são eleitos conjuntamente e são eleitos pelo sistema eleitoral
E
VA

majoritário, pelo qual, valoriza-se o candidato registrado por partido político. O candidato que
tiver o maior número de votos registrados será eleito.
NO

70
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
IL A
Existem 2 espécies de sistemas majoritários:

AM
- absoluto (=com 2º turno de votação): a CF exige, para que o candidato seja eleito, que ele atinja,

0K
no mínimo, a maioria absoluta dos votos válidos. Se, no 1º turno, nenhum dos candidatos atingir
essa maioria, teremos, necessariamente, 2º turno de votação. São eleitos pelo sistema majoritário

56
absoluto: Presidente, Governador, Prefeito de Municípios com mais de 200.000 eleitores.

26
23
- simples: a CF se contenta com qualquer maioria. Será eleito o candidato mais votado,

46
independentemente do percentual de votos. São eleitos pelo sistema majoritário simples: Prefeito

00
de Municípios com menos de 200.000 eleitores e Senador.

A
O art. 106, CE, que prevê a contagem dos os votos brancos não foi recepcionado. O Presidente e

AG
o Vice tomam posse em 01/01 do ano subsequente às eleições, em sessão conjunta no Congresso

BR
Nacional, oportunidade em que prestam compromisso de manter e defender a CF. Art. 78, CF.

ES
Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á,

VA
simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de

NO
outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial
vigente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997)
ILA
AM
§ 1º A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado.
0K

§ 2º Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver
56

a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.


26
23

§ 3º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição
46

em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados
e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.
00
A

§ 4º Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de
AG

candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.


BR

§ 5º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um


E S

candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso.


VA
NO

Art. 78. O Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão posse em sessão do Congresso


Nacional, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as
LA

leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência
MI

do Brasil.
KA

Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-
0

Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.
56
26

Art. 79. Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice-


3
62

Presidente.
4
00

Parágrafo único. O Vice-Presidente da República, além de outras atribuições que lhe forem
A

conferidas por lei complementar, auxiliará o Presidente, sempre que por ele convocado para
AG

missões especiais.
BR

Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos


S

cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara


E
VA

dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal.


NO

71
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
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Professor: Karl Schleu

V
NO
Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição

IL A
noventa dias depois de aberta a última vaga.

AM
0K
§ 1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos
os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.

56
26
§ 2º Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores.

23
46
Art. 82. O mandato do Presidente da República é de 4 (quatro) anos e terá início em 5 de janeiro

00
do ano seguinte ao de sua eleição.

A
Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso

AG
Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo.

BR
Qual é o prazo máximo para o Presidente e o Vice tomarem posse? Até 10 dias do dia 01/01, ou

ES
seja, até 11/01. Assim, até o dia 11, um dos dois tem que tomar posse, sob pena dos cargos serem

VA
declarados vagos. Quem declara esses cargos vagos se nenhum dos dois tomar posse? O

NO
Congresso Nacional, salvo motivo de força maior.

ILA
Linha sucessória do Presidente: sucessão é o gênero. Ela se divide em duas espécies:
AM

- sucessão em sentido restrito: ocorre nos casos de vacância, que é definitiva. Exemplo de
0K

vacância: morte, renúncia, condenação pela prática de crime de responsabilidade.


56
26

- substituição: é temporária. Ocorre nos casos de impedimento. Exemplo de impedimento: férias,


23

licença para tratamento médico, viagens, etc.


46

A importância disso é que, na linha sucessória (em sentido lato) do Presidente estão: Vice,
00

Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente do Senado Federal e presidente do STF. Só o


A

Vice assume definitivamente o Presidente, nos casos de vacância. Já Presidente da Câmara,


AG

Presidente do Senado e presidente do STF só assumem temporariamente, em caso de substituição.


BR

O Presidente da Câmara vem antes na linha sucessória porque na Câmara estão os representantes
ES

do povo, ou seja, há maior legitimidade, representatividade.


VA
NO

Se o Presidente da Câmara tiver menos de 35 anos, em caso de substituição, ele poderá assumir a
Presidência da República? 2 posições:
LA
MI

1ª posição: não, pois a CF deu importância ao princípio da idade mínima de 35 anos.


KA

2ª posição: sim, uma vez que, as condições de elegibilidade para o cargo de deputado federal
foram preenchidos, de forma que exercerá todos os ônus e bônus do cargo.
0
56

Ao vice cabe substituir o Presidente, no caso de impedimento, e sucedê-lo no caso de vaga (art.
26

79, da CF). A lei complementar a que se refere o parágrafo único do art. 79 ainda não foi editada.
3
62
4

O mandato do Presidente é de 4 anos, com possibilidade de reeleição. Dividimos o mandato do


00

Presidente em 2 períodos. Vagando o cargo nos 2 primeiros anos do mandato, em 90 dias, deverá
A

ocorrer nova eleição direta; se estiver nos 2 últimos, anos, assume o Presidente da Câmara, e
AG

deverá ocorrer eleições indiretas. Vale dizer que este é o único caso de eleições indiretas. Art. 81,
BR

CF.
S

Atribuição:
E
VA
NO

72
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
As atribuições privativas do Presidente da República (art. 84, da CF) partem do princípio de que

IL A
no Brasil existe uma concentração de funções, pois o nosso presidencialismo é do tipo

AM
monocrático (art. 76), eis que há comulação das funções de chefe do Estado e do governo.

0K
Chefe de Estado – art. 84, VII, VIII, XIV, XV, XVI, 1ª parte, XVIII, 2 ª parte, XIX, XX, XXI, e

56
XXII;

26
Chefe de governo – art. 84, I, III, IV, V, IX, X, XI, XII, XIII, XIV, XVIII, 1ª parte, XXIII, XXIV

23
e XXVII;

46
Chefe da Administração federal – art. 84, II, VI, XVI, 2 ª parte, XXIV e XXV.

00
Atribuições outras: Art. 84, XVII;
Delegação de atribuições constitucionais: art. 84. Parágrafo único.

A
AG
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:

BR
I - nomear e exonerar os Ministros de Estado;
II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal;

ES
III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;

VA
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos

NO
para sua fiel execução;
V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
VI - dispor, mediante decreto, sobre: ILA
AM
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de
despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;
0K

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;


56

VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos;
26

VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso


23

Nacional;
46

IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;


X - decretar e executar a intervenção federal;
00

XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da


A

sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar


AG

necessárias;
BR

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em
lei;
ES

XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha,
VA

do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que


NO

lhes são privativos;


XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal
LA

e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República,


MI

o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei;


KA

XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União;


XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-Geral da
0

União;
56

XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII;
26

XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional;


3
62

XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou
4

referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas
00

condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional;


A

XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional;


AG

XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas;


BR

XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo
território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
S

XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes


E
VA

orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição;


NO

73
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
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Professor: Karl Schleu

V
NO
XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da

IL A
sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;

AM
XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;

0K
XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62;
XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição.

56
XXVIII - propor ao Congresso Nacional a decretação do estado de calamidade pública de âmbito

26
nacional previsto nos arts. 167-B, 167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-G desta Constituição.

23
Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos

46
incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da

00
República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas
delegações.

A
AG
Responsabilidade do Presidente da República:

BR
A marca distintiva mais forte do princípio republicano é a possibilidade de responsabilização dos

ES
agentes públicos por seus atos. Aliás, no sistema presidencial de governo, a responsabilidade do

VA
Presidente é a regra.

NO
A CF/88 prevê dois tipos de responsabilidade do Presidente da República: uma política e outra
ILA
penal. A política abrange os crimes de responsabilidade (art. 85, da CF), que são infrações de
AM
natureza política-administrativa, que podem levar ao impeachment do Presidente da República,
como ocorreu com o Collor. A responsabilidade penal compreende infrações comuns (CP e
0K

legislação penal especial).


56
26

Só a União pode legislar sobre crimes de responsabilidade (súmula 722 do STF).


23
46
00

A lei prevista no parágrafo único, do art. 85 é a Lei 1.079/50, que foi recepcionada, em parte,
pela nova CF/88. Entretanto, ela não regula todos os 07 incisos do artigo 85. Ex: “livre exercício
A

do ministério público”.
AG
BR

Aos crimes acima descritos, por serem de responsabilidade, o Presidente da República responde
perante o Senado Federal, em ato presidido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal. No
ES

referido julgamento, o chefe do executivo federal só poderá ser condenado caso haja a
VA

concordância de 2/3 dos membros do Senado, cabendo ao presidente do ato (presidente do STF)
NO

apenas exarar a condenação, a qual compreenderá a perda do cargo, com inabilitação por oito
anos, para o exercício de função pública, sem prejuízos das demais sanções judiciais cabíveis.
LA
MI

Qualquer cidadão é parte legítima para oferecer a acusação contra o presidente da república à
KA

câmara dos deputados, pela prática do crime de responsabilidade.


0
56

O julgamento da câmara é eminentemente político e tange à conveniência e oportunidade. Se a


26

câmara admitir a acusação, o senado não pode emitir novo juízo de admissão (efeito vinculante).
Deve promover o julgamento.
3
462

A apresentação de renúncia após iniciado o julgamento não paralisa o processo de impeachment.


00

Se absolvido o agente, a renúncia terá seus efeitos normais, se condenado não terá qualquer efeito
A

sobre as sanções aplicadas.


AG
BR

Para que o Presidente da República possa ser julgado tanto pelo STF (crime comum) como pelo
Senado (crime de responsabilidade), necessita-se, previamente, de autorização da Câmara dos
S

Deputados, que deverá ocorrer por votação de 2/3 de seus membros (art. 86, da CF).
E
VA

O Vice-Presidente não pratica crime de responsabilidade enquanto não assumir a presidência.


NO

74
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
IL A
O Presidente será suspenso de suas funções caso:

AM
- pratique infração penal comum e a denúncia ou queixa venha ser recebida pelo STF;
- nos crimes de responsabilidade, após instrução do processo de “impeachment” no Senado.

0K
56
No que diz respeito ao mérito, a decisão do Senado é definitiva e não se sujeita a qualquer tipo de

26
controle ou grau de apelação. Há possibilidade de provocação do judiciário se forem feridas

23
garantias processuais (art. 5º, XXXV do da CF).

46
00
Os processos contra o Presidente têm que ser julgados no prazo máximo de 180 dias, pois, se
assim não ocorrer no STF ou no Senado, cessará o afastamento do Presidente.

A
AG
BR
PRISÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA: nos crime comuns somente poderá ser preso

ES
depois da sentença condenatória. Nos crimes de responsabilidade não há hipótese de prisão,
porque não há prisão para o caso do impeachment.

VA
NO
IMUNIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA: é imunidade somente penal. Decorrido o
mandato, ele poderá se responsabilizado, o que demonstra a relativização da imunidade que não
ILA
é absoluta. E a prescrição corre? ROBÉRIO: não corre porque é anti-republicano, observe-se
AM
que a prescrição penal não pode correr enquanto o processo estiver suspenso, é uma decorrência
lógica de todo o ordenamento jurídico, há previsões de suspensão da prescrição na CF
0K

(parlamentares federais), no CP (artigo 366) e no PAES (suspensão da pretensão penal suspende


56

o prazo da prescrição).
26
23

Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra
46

a Constituição Federal e, especialmente, contra:


00

I - a existência da União;
A
AG

II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos


BR

Poderes constitucionais das unidades da Federação;


ES

III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;


VA
NO

IV - a segurança interna do País;


LA

V - a probidade na administração;
MI
KA

VI - a lei orçamentária;
0
56

VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.


26

Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de
3
62

processo e julgamento.
4
00

Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos
A

Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações
AG

penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.


BR

§ 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções:


ES
VA

I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal
Federal;
NO

75
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
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Professor: Karl Schleu

V
NO
IL A
II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.

AM
0K
§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o
afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.

56
26
§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da

23
República não estará sujeito a prisão.

46
00
§ 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por
atos estranhos ao exercício de suas funções.

A
AG
Poder Regulamentar:

BR
Cabe ao presidente da república expedir decretos e regulamentos para a fiel execução das leis.

ES
Não lhe cabe, a princípio, a expedição de ato normativo primário, mas somente secundário. Quer

VA
dizer que seus atos normativos não inovam o ordenamento, fazendo surgir direitos e obrigações;

NO
só explicitam o “modus faciendi” da administração pública. Só cabe poder regulamentar quando
a lei regulamentada se refira à matéria administrativa, não se admitindo regulamentação em
matéria de direito privado, por exemplo. ILA
AM

Decreto autorizado: cuida-se da prática de delegação mediante autorização legislativa. Por certo,
0K

a Lei Maior não comparece com delegações legislativas puras ou incondicionadas. Por outro lado,
56

também não se pode falar em delegação proibida de atribuições (ADI 2.378). Com isso, vê-se que
26

é possível o decreto autorizado, desde que fixado os “standards” mínimos. O que é


23

inconstitucional é a delegação em branco.


46

Decretos autônomos: A EC nº 32/01 inaugurou, no sistema constitucional de 88, a assim


00

chamado decreto autônomo (art. 84, VI), isto é, decreto de perfil não regulamentar, cujo
A

fundamento de validade decorre direitamente da CF.


AG
BR

Mas este decreto limita-se às hipóteses de “organização e funcionamento da administração


federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos, e
S

de extinção de funções ou cargos quando vagos”.


E
VA
NO

Nessas situações, a atuação do Executivo não possui força criadora autônoma, nem possui aptidão
para inovar decisivamente na ordem jurídica.
LA
MI

Poder regulador
KA

O administrador não tem capacidade legislativa e política, então, o poder regulamentar tem como
0

objetivo normatizar/regulamentar definindo regras complementares à previsão legal buscando sua


56

fiel execução.
26
3
62

Quando complementa lei, busca a sua fiel execução (sua melhor aplicação).
4

Ex.: A Lei n. 10.520/2002 (pregão) estabelece que o pregão deve ser utilizado para bens e serviços
00

comuns, que é aquele que pode ser conceituado com expressão usual de mercado. Essa lei depende
A

de complementação para saber o que é expressão usual de mercado. Um ato no exercício do poder
AG

regulamentar complementa essa previsão legal, permitindo a sua fiel execução.


BR

Regulamento executivo: complementa a lei buscando sua execução a lei, esse é o exercício do
S

poder regulamentar. Tem seu fundamento de validade na lei. Ex.: art. 84, IV da Constituição:
E
VA
NO

07. PODER LEGISLATIVO


76
LA
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KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
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Professor: Karl Schleu

V
NO
IL A
 DO PROCESSO LEGISLATIVO

AM
0K
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:

56
I - emendas à Constituição;

26
II - leis complementares;

23
III - leis ordinárias;

46
IV - leis delegadas;

00
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;

A
AG
VII - resoluções.
Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e

BR
consolidação das leis.

ES
 DA EMENDA À CONSTITUIÇÃO

VA
NO
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
II - do Presidente da República; ILA
AM
III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-
se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
0K

§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de


56

defesa ou de estado de sítio.


26

§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos,
23

considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos
46

membros.
00

§ 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do


Senado Federal, com o respectivo número de ordem.
A

§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:


AG

I - a forma federativa de Estado;


BR

II - o voto direto, secreto, universal e periódico;


III - a separação dos Poderes;
ES

IV - os direitos e garantias individuais.


VA

§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode
NO

ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.


LA

 DAS LEIS
MI
KA

Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão
da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da
0
56

República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da


26

República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.


§ 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
3
62

I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;


4

II - disponham sobre:
00

a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou


A

aumento de sua remuneração;


AG

b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e


BR

pessoal da administração dos Territórios;


c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos,
S

estabilidade e aposentadoria;
E
VA
NO

77
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
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Professor: Karl Schleu

V
NO
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas

IL A
gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do

AM
Distrito Federal e dos Territórios;

0K
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no
art. 84, VI;

56
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções,

26
estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva.

23
§ 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de

46
projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo

00
menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um
deles.

A
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas

AG
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.

BR
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
I - relativa a:

ES
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral;

VA
b) direito penal, processual penal e processual civil;

NO
c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus
membros;
ILA
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares,
AM
ressalvado o previsto no art. 167, § 3º;
II - que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo
0K

financeiro;
56

III - reservada a lei complementar;


26

IV - já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção


23

ou veto do Presidente da República.


46

§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos


nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se
00

houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.
A

§ 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a


AG

edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do §
BR

7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto
legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes.
ES

§ 4º O prazo a que se refere o § 3º contar-se-á da publicação da medida provisória,


VA

suspendendo-se durante os períodos de recesso do Congresso Nacional.


NO

§ 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das medidas
provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos
LA

constitucionais.
MI

§ 6º Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados de sua
KA

publicação, entrará em regime de urgência, subseqüentemente, em cada uma das Casas do


Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais
0

deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando.


56

§ 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no
26

prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas
3
62

Casas do Congresso Nacional.


4

§ 8º As medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos Deputados.


00

§ 9º Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas provisórias e


A

sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de cada
AG

uma das Casas do Congresso Nacional.


BR

§ 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido
rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.
S

§ 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até sessenta dias após a rejeição ou
E
VA

perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos


praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas.
NO

78
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
§ 12. Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória, esta

IL A
manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto.

AM
Art. 63. Não será admitido aumento da despesa prevista:

0K
I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República, ressalvado o disposto no art.
166, § 3º e § 4º;

56
II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara dos Deputados, do

26
Senado Federal, dos Tribunais Federais e do Ministério Público.

23
Art. 64. A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, do

46
Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores terão início na Câmara dos Deputados.

00
§ 1º - O Presidente da República poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua
iniciativa.

A
§ 2º Se, no caso do § 1º, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal não se manifestarem sobre

AG
a proposição, cada qual sucessivamente, em até quarenta e cinco dias, sobrestar-se-ão todas as

BR
demais deliberações legislativas da respectiva Casa, com exceção das que tenham prazo
constitucional determinado, até que se ultime a votação.

ES
§ 3º A apreciação das emendas do Senado Federal pela Câmara dos Deputados far-se-á no prazo

VA
de dez dias, observado quanto ao mais o disposto no parágrafo anterior.

NO
§ 4º Os prazos do § 2º não correm nos períodos de recesso do Congresso Nacional, nem se
aplicam aos projetos de código.
ILA
Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só turno de
AM
discussão e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou
arquivado, se o rejeitar.
0K

Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, voltará à Casa iniciadora.


56

Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente
26

da República, que, aquiescendo, o sancionará.


23

§ 1º Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou


46

contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis,
contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente
00

do Senado Federal os motivos do veto.


A

§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de


AG

alínea.
BR

§ 3º Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República importará sanção.


§ 4º O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento,
ES

só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores.
VA

§ 5º Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Presidente da
NO

República.
§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na ordem do
LA

dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.
MI

§ 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da República,
KA

nos casos dos § 3º e § 5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em igual
prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo.
0

Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de
56

novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros
26

de qualquer das Casas do Congresso Nacional.


3
62

Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a
4

delegação ao Congresso Nacional.


00

§ 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os


A

de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada


AG

à lei complementar, nem a legislação sobre:


BR

I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus


membros;
S

II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;


E
VA

III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.


NO

79
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
§ 2º A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso Nacional,

IL A
que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício.

AM
§ 3º Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em

0K
votação única, vedada qualquer emenda.
Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta.

56
26
 DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA.

23
46
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e

00
das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade,
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso

A
Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

AG
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que

BR
utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos
quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza

ES
pecuniária.

VA
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do

NO
Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer
ILA
prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;
AM
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores
públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e
0K

mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou
56

outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;


26

III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer
23

título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo


46

Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a
das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que
00

não alterem o fundamento legal do ato concessório;


A

IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão
AG

técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária,


BR

operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e


Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;
ES

V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União
VA

participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;


NO

VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio,


acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;
LA

VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas,
MI

ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira,


KA

orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;


VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas,
0

as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao
56

dano causado ao erário;


26

IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato
3
62

cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;


4

X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos
00

Deputados e ao Senado Federal;


A

XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.


AG

§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional,
BR

que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.


§ 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as
S

medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.


E
VA

§ 3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título
executivo.
NO

80
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
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Professor: Karl Schleu

V
NO
§ 4º O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório de suas

IL A
atividades.

AM
Art. 72. A Comissão mista permanente a que se refere o art. 166, §1º, diante de indícios de

0K
despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou de
subsídios não aprovados, poderá solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo

56
de cinco dias, preste os esclarecimentos necessários.

26
§ 1º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a Comissão

23
solicitará ao Tribunal pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias.

46
§ 2º Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar

00
dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacional sua
sustação.

A
Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito

AG
Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que

BR
couber, as atribuições previstas no art. 96.
§ 1º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre brasileiros que

ES
satisfaçam os seguintes requisitos:

VA
I - mais de trinta e cinco e menos de setenta anos de idade;

NO
II - idoneidade moral e reputação ilibada;
III - notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração
pública; ILA
AM
IV - mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os
conhecimentos mencionados no inciso anterior.
0K

§ 2º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos:


56

I - um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo dois
26

alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados


23

em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antigüidade e merecimento;


46

II - dois terços pelo Congresso Nacional.


§ 3° Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas,
00

impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça,


A

aplicando-se-lhes, quanto à aposentadoria e pensão, as normas constantes do art. 40.


AG

§ 4º O auditor, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos do


BR

titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal


Regional Federal.
ES

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema
VA

de controle interno com a finalidade de:


NO

I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de
governo e dos orçamentos da União;
LA

II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão


MI

orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem


KA

como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;


III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e
0

haveres da União;
56

IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.


26

§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer


3
62

irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de
4

responsabilidade solidária.
00

§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma
A

da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.


AG

Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à organização,
BR

composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como
dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios.
S

Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos,


E
VA

que serão integrados por sete Conselheiros.


NO

81
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BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
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Professor: Karl Schleu

V
NO
IL A
07. PODER JUDICIÁRIO.

AM
0K
- Introdução.
- Papel típico e principal

56
- Função jurisdicional – Resolver conflitos.

26
- Papel atípico – Campo Legislativo - Ex: Sentenças normativas - JT

23
- Afazeres executivo - Gestão administrativa de seu pessoal e de sua

46
estrutura interna.

00
A
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:

AG
I - o Supremo Tribunal Federal;
I-A o Conselho Nacional de Justiça;

BR
II - o Superior Tribunal de Justiça;

ES
II-A - o Tribunal Superior do Trabalho;

VA
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;

NO
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;

ILA
VI - os Tribunais e Juízes Militares;
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
AM
§ 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores
0K

têm sede na Capital Federal.


§ 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território
56

nacional.
26

Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o
23

Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:


46

I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público
00

de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases,
exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se,
A
AG

nas nomeações, à ordem de classificação;


BR

- Comprovação de prática jurídica para ingresso na carreira.


S

Reforma introduzida pela EC n. 45/2004.


E

03 anos de atividade jurídica.


VA

Resolução n. 75/2009 do CNJ - Qualifica a atividade jurídica:


NO

1. Aquela desempenhada privativamente por bacharel em Direito;


2. Advocacia, inclusive voluntária, com participação mínima em pelo menos 5 atos privativos
LA

de advogados em causas distintas;


MI

3. Cargo, emprego ou função não privativa de bacharel em direito, mas que reclame utilização
KA

preponderante de conhecimento jurídico;


4. Função de conciliador junto a tribunais, juizados e varas especiais, bem como em seus
0
56

respectivos anexos, com no mínimo dezesseis horas mensais e durante um ano;


26

5. Composição de litígios através da mediação ou arbitragem.


3
62

II - promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antigüidade e merecimento,


4
00

atendidas as seguintes normas:


a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas
A

em lista de merecimento;
AG

b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e


BR

integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antigüidade desta, salvo se não houver com
tais requisitos quem aceite o lugar vago;
ES

c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade


VA

e presteza no exercício da jurisdição e pela freqüência e aproveitamento em cursos oficiais ou


NO

reconhecidos de aperfeiçoamento;
82
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
d) na apuração de antigüidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto

IL A
fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada

AM
ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação;

0K
e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo
legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão;

56
III o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antigüidade e merecimento,

26
alternadamente, apurados na última ou única entrância;

23
IV previsão de cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados,

46
constituindo etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a participação em curso oficial ou

00
reconhecido por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados;
V - o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a noventa e cinco por

A
cento do subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal e os subsídios

AG
dos demais magistrados serão fixados em lei e escalonados, em nível federal e estadual,

BR
conforme as respectivas categorias da estrutura judiciária nacional, não podendo a diferença
entre uma e outra ser superior a dez por cento ou inferior a cinco por cento, nem exceder a

ES
noventa e cinco por cento do subsídio mensal dos Ministros dos Tribunais Superiores,

VA
obedecido, em qualquer caso, o disposto nos arts. 37, XI, e 39, § 4º;

NO
VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes observarão o disposto no
art. 40;
ILA
VII o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal;
AM
VIII - o ato de remoção ou de disponibilidade do magistrado, por interesse público, fundar-se-á
em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de
0K

Justiça, assegurada ampla defesa;


56

VIII A a remoção a pedido ou a permuta de magistrados de comarca de igual entrância


26

atenderá, no que couber, ao disposto nas alíneas a , b , c e e do inciso II;


23

IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas


46

todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados
atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a
00

preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público


A

à informação;
AG
BR

- Conferir transparência e fundamentação;


- Motivos formadores da livre convicção do juiz;
ES

- A regra é a publicidade dos atos judiciais;


VA

- Exceção – Direito à intimidade. Ex: Divórcio litigioso


NO

X as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as


LA

disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros;


MI

XI nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão
KA

especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das
atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno,
0

provendo-se metade das vagas por antigüidade e a outra metade por eleição pelo tribunal
56

pleno;
26

XII a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos e
3
62

tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense
4

normal, juízes em plantão permanente;


00

XIII o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial
A

e à respectiva população;
AG

XIV os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero
BR

expediente sem caráter decisório;


XV a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição.
ES
VA

Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e
do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais
NO

83
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
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Professor: Karl Schleu

V
NO
de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com

IL A
mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de

AM
representação das respectivas classes.

0K
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao
Poder Executivo, que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um de seus integrantes para

56
nomeação.

26
23
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:

46
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício,

00
dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver
vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;

A
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;

AG
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II,

BR
153, III, e 153, § 2º, I.
Parágrafo único. Aos juízes é vedado:

ES
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;

VA
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;

NO
III - dedicar-se à atividade político-partidária.
IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas,
ILA
entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;
AM
V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos
do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
0K
56

Art. 96. Compete privativamente:


26

I - aos tribunais:
23

a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das
46

normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o
funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos;
00

b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados,
A

velando pelo exercício da atividade correicional respectiva;


AG

c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva


BR

jurisdição;
d) propor a criação de novas varas judiciárias;
ES

e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, obedecido o disposto no art.
VA

169, parágrafo único, os cargos necessários à administração da Justiça, exceto os de confiança


NO

assim definidos em lei;


f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que
LA

lhes forem imediatamente vinculados;


MI

II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor
KA

ao Poder Legislativo respectivo, observado o disposto no art. 169:


a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores;
0

b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos
56

que lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes,
26

inclusive dos tribunais inferiores, onde houver;


3
62

c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores;


4

d) a alteração da organização e da divisão judiciárias;


00

III - aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e Territórios, bem
A

como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada


AG

a competência da Justiça Eleitoral.


BR

Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo
S

órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo


E
VA

do Poder Público.
NO

84
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
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Professor: Karl Schleu

V
NO
Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão:

IL A
I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a

AM
conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações

0K
penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo ,
permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas

56
de juízes de primeiro grau;

26
II - justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e

23
secreto, com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar

46
casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de

00
habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras
previstas na legislação.

A
§ 1º Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais no âmbito da Justiça

AG
Federal.

BR
§ 2º As custas e emolumentos serão destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos
às atividades específicas da Justiça.

ES
Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira.

VA
§ 1º Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados

NO
conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.
§ 2º O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete:
ILA
I - no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais
AM
Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais;
II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos Presidentes dos Tribunais
0K

de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais.


56

§ 3º Se os órgãos referidos no § 2º não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias


26

dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo


23

considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados


46

na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 1º


deste artigo.
00

§ 4º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem encaminhadas em desacordo


A

com os limites estipulados na forma do § 1º, o Poder Executivo procederá aos ajustes
AG

necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual.


BR

§ 5º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas


ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes
ES

orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos


VA

suplementares ou especiais.
NO

Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e
LA

Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica


MI

de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de


KA

casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este
fim.
0

§ 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários,


56

vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e


26

indenizações por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de


3
62

sentença judicial transitada em julgado, e serão pagos com preferência sobre todos os demais
4

débitos, exceto sobre aqueles referidos no § 2º deste artigo.


00

§ 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares, originários ou por sucessão hereditária,


A

tenham 60 (sessenta) anos de idade, ou sejam portadores de doença grave, ou pessoas com
AG

deficiência, assim definidos na forma da lei, serão pagos com preferência sobre todos os
BR

demais débitos, até o valor equivalente ao triplo fixado em lei para os fins do disposto no § 3º
deste artigo, admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante será pago na
S

ordem cronológica de apresentação do precatório.


E
VA
NO

85
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
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Professor: Karl Schleu

V
NO
§ 3º O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de precatórios não se aplica

IL A
aos pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas

AM
referidas devam fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado.

0K
§ 4º Para os fins do disposto no § 3º, poderão ser fixados, por leis próprias, valores distintos às
entidades de direito público, segundo as diferentes capacidades econômicas, sendo o mínimo

56
igual ao valor do maior benefício do regime geral de previdência social.

26
§ 5º É obrigatória a inclusão no orçamento das entidades de direito público de verba

23
necessária ao pagamento de seus débitos oriundos de sentenças transitadas em julgado

46
constantes de precatórios judiciários apresentados até 2 de abril, fazendo-se o pagamento até o

00
final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente.
§ 6º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao Poder

A
Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exequenda determinar o

AG
pagamento integral e autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente para os casos de

BR
preterimento de seu direito de precedência ou de não alocação orçamentária do valor
necessário à satisfação do seu débito, o sequestro da quantia respectiva.

ES
§ 7º O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou

VA
tentar frustrar a liquidação regular de precatórios incorrerá em crime de responsabilidade e

NO
responderá, também, perante o Conselho Nacional de Justiça.
§ 8º É vedada a expedição de precatórios complementares ou suplementares de valor pago,
ILA
bem como o fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução para fins de
AM
enquadramento de parcela do total ao que dispõe o § 3º deste artigo.
§ 9º Sem que haja interrupção no pagamento do precatório e mediante comunicação da
0K

Fazenda Pública ao Tribunal, o valor correspondente aos eventuais débitos inscritos em dívida
56

ativa contra o credor do requisitório e seus substituídos deverá ser depositado à conta do juízo
26

responsável pela ação de cobrança, que decidirá pelo seu destino definitivo.
23

§ 10. Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal solicitará à Fazenda Pública devedora,
46

para resposta em até 30 (trinta) dias, sob pena de perda do direito de abatimento, informação
sobre os débitos que preencham as condições estabelecidas no § 9º, para os fins nele
00

previstos.
A

§ 11. É facultada ao credor, conforme estabelecido em lei do ente federativo devedor, com auto
AG

aplicabilidade para a União, a oferta de créditos líquidos e certos que originalmente lhe são
BR

próprios ou adquiridos de terceiros reconhecidos pelo ente federativo ou por decisão judicial
transitada em julgado para:
ES

I - quitação de débitos parcelados ou débitos inscritos em dívida ativa do ente federativo


VA

devedor, inclusive em transação resolutiva de litígio, e, subsidiariamente, débitos com a


NO

administração autárquica e fundacional do mesmo ente;


II - compra de imóveis públicos de propriedade do mesmo ente disponibilizados para
LA

venda;
MI

III - pagamento de outorga de delegações de serviços públicos e demais espécies de concessão


KA

negocial promovidas pelo mesmo ente;


IV - aquisição, inclusive minoritária, de participação societária, disponibilizada para venda,
0

do respectivo ente federativo; ou


56

V - compra de direitos, disponibilizados para cessão, do respectivo ente federativo, inclusive,


26

no caso da União, da antecipação de valores a serem recebidos a título do excedente em óleo


3
62

em contratos de partilha de petróleo.


4
00

§ 12. A partir da promulgação desta Emenda Constitucional, a atualização de valores de


A

requisitórios, após sua expedição, até o efetivo pagamento, independentemente de sua natureza,
AG

será feita pelo índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança, e, para fins de
BR

compensação da mora, incidirão juros simples no mesmo percentual de juros incidentes sobre a
caderneta de poupança, ficando excluída a incidência de juros compensatórios.
S

§ 13. O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios a terceiros,
E
VA

independentemente da concordância do devedor, não se aplicando ao cessionário o disposto


nos §§ 2º e 3º.
NO

86
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
§ 14. A cessão de precatórios, observado o disposto no § 9º deste artigo, somente produzirá

IL A
efeitos após comunicação, por meio de petição protocolizada, ao Tribunal de origem e ao ente

AM
federativo devedor.

0K
§ 15. Sem prejuízo do disposto neste artigo, lei complementar a esta Constituição Federal
poderá estabelecer regime especial para pagamento de crédito de precatórios de Estados,

56
Distrito Federal e Municípios, dispondo sobre vinculações à receita corrente líquida e forma e

26
prazo de liquidação.

23
§ 16. A seu critério exclusivo e na forma de lei, a União poderá assumir débitos, oriundos de

46
precatórios, de Estados, Distrito Federal e Municípios, refinanciando-os diretamente.

00
§ 17. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aferirão mensalmente, em base
anual, o comprometimento de suas respectivas receitas correntes líquidas com o pagamento de

A
precatórios e obrigações de pequeno valor.

AG
§ 18. Entende-se como receita corrente líquida, para os fins de que trata o § 17, o somatório das

BR
receitas tributárias, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de contribuições e de serviços, de
transferências correntes e outras receitas correntes, incluindo as oriundas do § 1º do art. 20 da

ES
Constituição Federal, verificado no período compreendido pelo segundo mês imediatamente

VA
anterior ao de referência e os 11 (onze) meses precedentes, excluídas as duplicidades, e

NO
deduzidas:
I - na União, as parcelas entregues aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios por
determinação constitucional; ILA
AM
II - nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional;
III - na União, nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios, a contribuição dos servidores
0K

para custeio de seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da


56

compensação financeira referida no § 9º do art. 201 da Constituição Federal.


26

§ 19. Caso o montante total de débitos decorrentes de condenações judiciais em precatórios e


23

obrigações de pequeno valor, em período de 12 (doze) meses, ultrapasse a média do


46

comprometimento percentual da receita corrente líquida nos 5 (cinco) anos imediatamente


anteriores, a parcela que exceder esse percentual poderá ser financiada, excetuada dos limites
00

de endividamento de que tratam os incisos VI e VII do art. 52 da Constituição Federal e de


A

quaisquer outros limites de endividamento previstos, não se aplicando a esse financiamento a


AG

vedação de vinculação de receita prevista no inciso IV do art. 167 da Constituição Federal.


BR

§ 20. Caso haja precatório com valor superior a 15% (quinze por cento) do montante dos
precatórios apresentados nos termos do § 5º deste artigo, 15% (quinze por cento) do valor deste
ES

precatório serão pagos até o final do exercício seguinte e o restante em parcelas iguais nos cinco
VA

exercícios subsequentes, acrescidas de juros de mora e correção monetária, ou mediante acordos


NO

diretos, perante Juízos Auxiliares de Conciliação de Precatórios, com redução máxima de 40%
(quarenta por cento) do valor do crédito atualizado, desde que em relação ao crédito não penda
LA

recurso ou defesa judicial e que sejam observados os requisitos definidos na regulamentação


MI

editada pelo ente federado.


KA

§ 21. Ficam a União e os demais entes federativos, nos montantes que lhes são próprios, desde
0
56

que aceito por ambas as partes, autorizados a utilizar valores objeto de sentenças transitadas
26

em julgado devidos a pessoa jurídica de direito público para amortizar dívidas, vencidas ou
vincendas:
3
62

I - nos contratos de refinanciamento cujos créditos sejam detidos pelo ente federativo que
4

figure como devedor na sentença de que trata o caput deste artigo;


00

II - nos contratos em que houve prestação de garantia a outro ente federativo; III - nos
A

parcelamentos de tributos ou de contribuições sociais; e


AG

IV - nas obrigações decorrentes do descumprimento de prestação de contas ou de desvio de


BR

recursos.
§ 22. A amortização de que trata o § 21 deste artigo:
S

I - nas obrigações vencidas, será imputada primeiramente às parcelas mais antigas;


E
VA

II - nas obrigações vincendas, reduzirá uniformemente o valor de cada parcela devida, mantida
a duração original do respectivo contrato ou parcelamento.
NO

87
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
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Professor: Karl Schleu

V
NO
IL A
4. Estrutura do Poder Judiciário.

AM
0K
- Órgão de cúpula – STF – Guardião do texto constitucional

56
- Lista sêxtupla – OAB e Ministério Público;

26
- Tribunais- Lista tríplice– –STJ,
Superiores – Poder
TST, TSE
Tribunal e STM.
Executivo (escolhe).

23
46
Competência originária e recursal própria, além de ascendência sobre os respectivos Tribunais

00
Regionais, Tribunais de Justiça e Conselhos ou Auditorias Militares.

A
AG
STJ

BR
ES
TST TSE STM

VA
NO
TRF TJs Tribunais ILA Tribunais
AM
Regionais Regionais
0K
56
26

Juízes Juízes de Juízes do Juízes Auditorias ou


23

Federais. Direito. Trabalho Eleitorais. Conselhos


46

Militares da
00

União
A
AG
BR
ES

STF
VA
NO
LA
MI
KA

Turmas Recursais
0
56
326
62
4

Juizados Especiais Cíveis e Criminais.


00
A
AG

Composição do STF.
BR

- 11 Ministros divididos em duas turmas (5 membros).


S

- O Presidente da Corte apenas participa das sessões do Pleno.


E
VA

- As 11 vagas são de nomeação livre do Presidente da República, após sabatina e aprovação por
maioria absoulta do Senado Federal.
NO

88
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
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Professor: Karl Schleu

V
NO
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:

IL A
(...)

AM
III - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha de:

0K
a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição;

56
Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos

26
com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico

23
e reputação ilibada.

46
Parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presidente da

00
República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.

A
- Requisitos para nomeação:

AG
1. Ter, no mínimo, 35 e, no máximo, 65 anos;

BR
2. Ser brasileiro nato;
3. Ser cidadão, ou seja, estar em pleno gozo de seus direitos políticos;

ES
4. Ter notável saber jurídico e reputação ilibada.

VA
- IMPORTANTE – NOTÁVEL SABER JURÍDICO.

NO
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição,
cabendo-lhe: ILA
AM
I - processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação
0K

declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;


56

b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do


26

Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República;


23

c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os


46

Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os


membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão
00

diplomática de caráter permanente;


A

d) o "habeas-corpus", sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o
AG

mandado de segurança e o "habeas-data" contra atos do Presidente da República, das Mesas da


BR

Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-


Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;
ES

e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, o Distrito


VA

Federal ou o Território;
NO

f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns
e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta;
LA

g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro;


MI

h) (Revogado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)


KA

i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o paciente for
autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo
0

Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância;
56

j) a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados;


26

l) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas


3
62

decisões;
4

m) a execução de sentença nas causas de sua competência originária, facultada a delegação de


00

atribuições para a prática de atos processuais;


A

n) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados,


AG

e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam
BR

direta ou indiretamente interessados;


o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre
S

Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal;


E
VA

p) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade;


NO

89
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do

IL A
Presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal,

AM
das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da União, de um dos

0K
Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal Federal;
r) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério

56
Público;

26
II - julgar, em recurso ordinário:

23
a) o "habeas-corpus", o mandado de segurança, o "habeas-data" e o mandado de injunção

46
decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;

00
b) o crime político;
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância,

A
quando a decisão recorrida:

AG
a) contrariar dispositivo desta Constituição;

BR
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.

ES
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. § 1.º A argüição de descumprimento

VA
de preceito fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal

NO
Federal, na forma da lei.
§ 1.º A argüição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituição, será
apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei. ILA
AM
§ 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações
diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão
0K

eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e
56

à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.


26

§ 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões


23

constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão
46

do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros.
00

- Repercussão geral.
A

- Lei n. 11.418/2006
AG

- Resolver a crise do STF e da Justiça.


BR

- Filtro constitucional – STF não julga processos destituídos de repercussão geral.


- Critério objetivo.
S
E
VA

O recurso deve impugnar decisão contrária a súmula ou jurisprudência dominante do


NO

Tribunal.
LA

- Critério subjetivo.
MI
KA

Requisito de admissibilidade do recurso extraordinário.


0
56

Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de


26

constitucionalidade:
I - o Presidente da República;
3
62

II - a Mesa do Senado Federal;


4

III - a Mesa da Câmara dos Deputados;


00

IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;


A

V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;


AG

VI - o Procurador-Geral da República;
BR

VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;


VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
S

IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.


E
VA

§ 1º O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de


inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal.
NO

90
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
§ 2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma

IL A
constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências

AM
necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias.

0K
§ 3º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma
legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou

56
texto impugnado.

26
23
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão

46
de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar

00
súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos
demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas

A
federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma

AG
estabelecida em lei.

BR
§ 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas,

ES
acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração

VA
pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre

NO
questão idêntica.

ILA
§ 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento
AM
de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de
inconstitucionalidade.
0K
56

§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que


26

indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a


23

procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará


46

que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso.
00

- STJ.
A
AG

- Tribunal superior com o maior número de integrantes.


BR

- 33 membros:
a) 1/3 de juízes provenientes do TRFs;
ES

b) 1/3 de desembargadores originários dos TJs;


VA

c) 1/3 de membros oriundos, em partes iguais, da advocacia, de um lado, e do MPF, MPE e


NO

MP/DF, de outro.
- STJ elabora uma lista tríplice – LIVREMENTE – Envia ao Presidente da República.
LA

O escolhido será sabatinado pelo Senado.


- ADV e MP – Lista sêxtupla e encaminha do STJ (tríplice) – Presidente da República.
MI
KA

- Requisitos: 1. No mínimo 35 anos e, no máximo 65 anos;


0

2. Ser brasileiro nato ou naturalizado;


56

3. Notável saber jurídico e reputação ilibada.


26
3
4 62

Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, trinta e três Ministros.
00

Parágrafo único. Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão nomeados pelo Presidente
A

da República, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de setenta anos de idade, de
AG

notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta
BR

do Senado Federal, sendo: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 122, de 2022)
I - um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e um terço dentre desembargadores
S

dos Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal;
E
VA

II - um terço, em partes iguais, dentre advogados e membros do Ministério Público Federal,


Estadual, do Distrito Federal e Territórios, alternadamente, indicados na forma do art. 94.
NO

91
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

IL A
I - processar e julgar, originariamente:

AM
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de

0K
responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito
Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos

56
Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros

26
dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que

23
oficiem perante tribunais;

46
b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos

00
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal;
c) os habeas corpus , quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na

A
alínea "a", ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou

AG
Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça

BR
Eleitoral;
d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I,

ES
"o", bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais

VA
diversos;

NO
e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados;
f) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas
decisões; ILA
AM
g) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre
autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre
0K

as deste e da União;
56

h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de


26

órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos


23

de competência do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça


46

Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal;


i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas
00

rogatórias;
A

II - julgar, em recurso ordinário:


AG

a) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais
BR

ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for
denegatória;
ES

b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais


VA

ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;
NO

c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e,


do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País;
LA

III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos
MI

Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios,
KA

quando a decisão recorrida:


a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
0

b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;


56

c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
26

§ 1º Funcionarão junto ao Superior Tribunal de Justiça:


3
62

I - a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados, cabendo-lhe, dentre


4

outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira;


00

II - o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão


A

administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão


AG

central do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante.
BR

§ 2º No recurso especial, o recorrente deve demonstrar a relevância das questões de direito federal
infraconstitucional discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que a admissão do recurso seja
S

examinada pelo Tribunal, o qual somente pode dele não conhecer com base nesse motivo pela
E
VA

manifestação de 2/3 (dois terços) dos membros do órgão competente para o julgamento.
§ 3º Haverá a relevância de que trata o § 2º deste artigo nos seguintes casos:
NO

92
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
I - ações penais;

IL A
II - ações de improbidade administrativa;

AM
III - ações cujo valor da causa ultrapasse 500 (quinhentos) salários mínimos;

0K
IV - ações que possam gerar inelegibilidade;
V - hipóteses em que o acórdão recorrido contrariar jurisprudência dominante do Superior

56
Tribunal de Justiça;

26
VI - outras hipóteses previstas em lei.

23
46
- TSE.

00
- Matéria eleitoral.
- 7 membros de origem heterogênea:

A
a) 3 ministros do STF;

AG
b) 2 ministros do STJ;

BR
c) 2 advogados de notável saber jurídico e comprovada idoneidade moral.

ES
- TST.

VA
- Lides trabalhistas.

NO
- 27 ministros escolhidos dentre brasileiros natos ou naturalizados, com mais de 35 e menos de
65 anos.
ILA
- Deve observar o quinto constitucional – Art. 111 – A, I da CF/88
AM
0K

Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho:


56

I - o Tribunal Superior do Trabalho;


26

II - os Tribunais Regionais do Trabalho;


23

IIII - Juizes do Trabalho.


46
00

Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compõe-se de vinte e sete Ministros, escolhidos
dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de setenta anos de idade, de notável saber
A

jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela
AG

maioria absoluta do Senado Federal, sendo:


BR

I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e
membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício,
ES

observado o disposto no art. 94


VA

II os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da


NO

carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior


§ 1º A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho.
LA

§ 2º Funcionarão junto ao Tribunal Superior do TrabalhoI a Escola Nacional de Formação e


MI

Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar


KA

os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira;


II o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a
0
56

supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de


26

primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito
vinculante.
3
62

§ 3º Compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar e julgar, originariamente, a


4

reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões.


00
A

Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por
AG

sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional
BR

do Trabalho.
S

Art. 113. A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição, competência, garantias e
E
VA

condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho.


NO

93
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:

IL A
I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da

AM
administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos

0K
Municípios;
II as ações que envolvam exercício do direito de greve;

56
III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e

26
entre sindicatos e empregadores;

23
IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado

46
envolver matéria sujeita à sua jurisdição;

00
V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no
art. 102, I, o;

A
VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de

AG
trabalho;

BR
VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos
de fiscalização das relações de trabalho; )

ES
VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus

VA
acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;

NO
IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.
§ 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.
ILA
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às
AM
mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça
do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao
0K

trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.


56

§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o


26

Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do


23

Trabalho decidir o conflito.


46

Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes,
recrutados, quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República
00

dentre brasileiros com mais de trinta e menos de setenta anos de idade, sendo:
A

I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e
AG

membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício,
BR

observado o disposto no art. 94;


II os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antigüidade e merecimento,
E S

alternadamente.
VA

§ 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de


NO

audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva


jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.
LA

§ 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, constituindo


MI

Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as


KA

fases do processo.
Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular.
0
56
26

- STM.
3
62

- 15 ministros:
4

- 10 militares de alta patente;


00

- 5 civis.
A
AG

- GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO PODER JUDICIÁRIO.


BR

a) Institucionais – Proteção do Poder Judiciário em sua totalidade:


S

a.1) Garantias de autonomia orgânico-administrativa;


E
VA

a.2) Garantias de autonomia financeira.


b) Funcionais ou de órgãos – Independência e a imparcialidade dos integrantes do Judiciário:
NO

94
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
b.1) Vitaliciedade – Proteção mais forte que a estabilidade;

IL A
b.2) Inamovibilidade – Impede a remoção do Juiz sem o seu consentimento;

AM
b.3) Irredutibilidade de subsídios;

0K
b.4) Garantias de imparcialidade ou vedações constitucionais.

56
- SÚMULAS VINCULANTES.

26
23
EC 45/2004.

46
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão

00
de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar
súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos

A
demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas

AG
federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma

BR
estabelecida em lei.
§ 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas,

ES
acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a

VA
administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de

NO
processos sobre questão idêntica.
§ 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento
ILA
de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de
AM
inconstitucionalidade;
§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que
0K

indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a


56

procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará


26

que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso.
23

- CNJ – CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA.


46

Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:


00

I - o Supremo Tribunal Federal;


A

I-A o Conselho Nacional de Justiça; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
AG

(...)
BR

§ 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm


sede na Capital Federal.
ES

(...)
VA

Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros com mandato de
NO

2 (dois) anos, admitida 1 (uma) recondução, sendo:


I - o Presidente do Supremo Tribunal Federal;
LA

II - um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo respectivo tribunal; III - um


MI

Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo respectivo tribunal;


KA

IV - um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;


V - um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;
0

VI - um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça;


56

VII - um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça;


26

VIII - um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho;
3
62

IX - um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho;


4

X - um membro do Ministério Público da União, indicado pelo Procurador-Geral da República;


00

XI um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da República


A

dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual;


AG

XII - dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
BR

XIII - dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara
dos Deputados e outro pelo Senado Federal.
S

§ 1º O Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal e, nas suas
E
VA

ausências e impedimentos, pelo Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal.


NO

95
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
§ 2º Os demais membros do Conselho serão nomeados pelo Presidente da República, depois de

IL A
aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.

AM
§ 3º Não efetuadas, no prazo legal, as indicações previstas neste artigo, caberá a escolha ao

0K
Supremo Tribunal Federal.
§ 4º Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário

56
e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições que

26
lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura:

23
I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura,

46
podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar

00
providências;

A
II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade

AG
dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo

BR
desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato
cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União;

ES
III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário,

VA
inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e

NO
de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da
competência disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares em
ILA
curso e determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos
AM
proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla
defesa;
0K

IV - representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública ou de


56

abuso de autoridade;
26

V - rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e membros de


23

tribunais julgados há menos de um ano;


46

VI - elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos e sentenças prolatadas, por


unidade da Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciário;
00

VII - elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias, sobre a situação
A

do Poder Judiciário no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar mensagem do


AG

Presidente do Supremo Tribunal Federal a ser remetida ao Congresso Nacional, por ocasião da
BR

abertura da sessão legislativa.


§ 5º O Ministro do Superior Tribunal de Justiça exercerá a função de Ministro-Corregedor e
ES

ficará excluído da distribuição de processos no Tribunal, competindo-lhe, além das atribuições


VA

que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura, as seguintes:


NO

I receber as reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos magistrados e aos


serviços judiciários;
LA

II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e de correição geral;


MI

III requisitar e designar magistrados, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de


KA

juízos ou tribunais, inclusive nos Estados, Distrito Federal e Territórios.


§ 6º Junto ao Conselho oficiarão o Procurador-Geral da República e o Presidente do Conselho
0

Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
56

2004)
26

§ 7º A União, inclusive no Distrito Federal e nos Territórios, criará ouvidorias de justiça,


3
62

competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou


4

órgãos do Poder Judiciário, ou contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao


00

Conselho Nacional de Justiça. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)


A
AG
BR

FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA.


ES

Funções essenciais à justiça:


VA

• MINISTÉRIO PÚBLICO
• ADVOCACIA PÚBLICA - AGU
NO

96
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
• PROCURADOR DA FAZENDA

IL A
• PROCURADOR ESTADUAL

AM
• PROCURADOR MUNICIPAL

0K
ADVOCACIA PRIVADA
• DEFENSORIA PÚBLICA

56
26
ADVOCACIA PÚBLICA

23
46
A instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial ou

00
extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua
organização, prevendo o ingresso nas classes inicias das carreiras da instituição mediante

A
concurso público – e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do

AG
Poder Executivo.

BR
A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação pelo

ES
Presidente da República, entre cidadãos maiores de 35 anos, de notável saber jurídico reputação

VA
ilibada, prevendo necessária relação de confiança entre representado (Presidente, como Chefe do

NO
Executivo Federal) e representante, que justifique a livre escolha.

ILA
Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal exercerão a representação judicial e a
AM
consultoria jurídica das respectivas unidades federadas e serão organizados em carreira, na qual
o ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos, trazendo a Emenda Constitucional
0K

n. 19/98 a inovação de que a Ordem dos Advogados do Brasil – OAB deve atuar em todas as
56

fases do processo.
26
23

rt. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão


46

vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei


complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria
00

e assessoramento jurídico do Poder Executivo.


A
AG

§ 1º - A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação


BR

pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável saber
jurídico e reputação ilibada.
E S
VA

§ 2º - O ingresso nas classes iniciais das carreiras da instituição de que trata este artigo far-se-
NO

á mediante concurso público de provas e títulos.


LA

§ 3º - Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação da União cabe à


MI

Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, observado o disposto em lei.


KA

Art. 132. Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, organizados em carreira, na qual
0

o ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos
56

Advogados do Brasil em todas as suas fases, exercerão a representação judicial e a consultoria


26

jurídica das respectivas unidades federadas. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
3
62

19, de 1998)
4
00

Parágrafo único. Aos procuradores referidos neste artigo é assegurada estabilidade após três
A

anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após
AG

relatório circunstanciado das corregedorias


BR

ADVOCACIA
S

Ao lado da magistratura e do Ministério Público, a Advocacia, enquanto instituição foi erigida


E
VA

pelo seu profissional, o advogado, em elemento indispensável à administração da justiça. O


NO

97
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
advogado é um profissional habilitado para o exercício do ius postulandi, ou seja, o direito de

IL A
postular em juízo.

AM
0K
A Constituição de 1988 tem como princípio constitucional a indispensabilidade e a imunidade do
advogado, prescrevendo em seu art. 133: “O advogado é indispensável à administração da Justiça,

56
sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.” Esta

26
previsão refere-se à necessidade de intervenção e participação da nobre classe de advogados na

23
vida de um Estado democrático de direito. Este é o reconhecimento constitucional de uma

46
realidade social.

00
Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e

A
manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.

AG
BR
Com base nela, o Estatuto da Advocacia (Lei n. 8.906/94), o consigna, ao declarar: “Art. 2º. O
advogado é indispensável à administração da justiça. - § 1º. No seu ministério privado, o advogado

ES
presta serviço público e exerce função social”.

VA
NO
DEFENSORIA PÚBLICA

ILA
A Constituição Federal de 1988, em seu art. 134, prevê ainda, a criação da Defensoria Pública,
AM
como instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica
e a defesa, em todos os graus e gratuitamente dos necessitados, impossibilitados de pagar
0K

honorários advocatícios.
56
26

Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do


23

Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático,


46

fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos


os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita,
00

aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal . (Redação
A

dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014)


AG
BR

§ 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos


Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carreira,
E S

providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus
VA

integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das atribuições


NO

institucionais. (Renumerado do parágrafo único pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)


LA

§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a


MI

iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes
KA

orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º . (Incluído pela Emenda


Constitucional nº 45, de 2004)
0
56

§ 3º Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias Públicas da União e do Distrito Federal.


26

(Incluído pela Emenda Constitucional nº 74, de 2013)


3
62
4

§ 4º São princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade, a indivisibilidade e a


00

independência funcional, aplicando-se também, no que couber, o disposto no art. 93 e no inciso


A

II do art. 96 desta Constituição Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 80, de


AG

2014)
BR

Art. 135. Os servidores integrantes das carreiras disciplinadas nas Seções II e III deste Capítulo
S

serão remunerados na forma do art. 39, § 4º. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
E
VA

19, de 1998)
NO

98
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
MINISTÉRIO PÚBLICO

IL A
MP NA CF

AM
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do

0K
Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses
sociais e individuais indisponíveis.

56
Defesa da ordem jurídica: não quer dizer que o MP tenha que atuar em todas as ações, quer dizer

26
que em todas as ações em que atuar, sua atuação será especial, porque estará sempre na defesa da

23
ordem jurídica.

46
00
Interesses individuais indisponíveis: o MP não pode defender o contribuinte, porque há
disponibilidade. A jurisprudência é unânime nesse sentido. Mensalidades escolares legitimam o

A
MP, porque há interesse social, que não vale para as questões tributárias.

AG
BR
§ 1º - São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a
independência funcional.

ES
VA
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO

NO
• Ministério Público Federal
• Ministério Público do Trabalho
• Ministério Público Militar ILA
AM
• Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (têm competência de MP
estadual)
0K
56

MINISTÉRIO PÚBLICO DOS ESTADOS - 26 porque o DF já está acima


26

MINISTÉRIO PÚBLICO DOS TRIBUNAIS DE CONTAS.


23
46

Os membros do MP somente estão submetidos à sua consciência e à lei. A estrutura do MP é


meramente administrativa. Como decorrência da independência funcional surge um outro
00

princípio importante: PRINCÍPIO DO PROMOTOR NATURAL.


A
AG

Princípio do promotor natural: a CF não traz expressamente o princípio do promotor natural, mas
BR

ele decorre do princípio da independência funcional e da inamovibilidade dos membros do MP.


Esse princípio proíbe designações casuísticas efetuadas pelo chefe da Instituição.
ES
VA

Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do


NO

Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses


sociais e individuais indisponíveis.
LA

§ 1º - São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a


MI

independência funcional.
KA

§ 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo,


observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos
0

e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a


56

política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e


26

funcionamento. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)


3
462

§ 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos
00

na lei de diretrizes orçamentárias.


A

§ 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo


AG

estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de


BR

consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente,


ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 3º. (Incluído pela Emenda
S

Constitucional nº 45, de 2004)


E
VA

§ 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com os
limites estipulados na forma do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para
NO

99
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
fins de consolidação da proposta orçamentária anual. (Incluído pela Emenda Constitucional

IL A
nº 45, de 2004)

AM
§ 6º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas

0K
ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos

56
suplementares ou especiais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

26
23
Art. 128. O Ministério Público abrange:

46
I - o Ministério Público da União, que compreende:

00
a) o Ministério Público Federal;
b) o Ministério Público do Trabalho;

A
c) o Ministério Público Militar;

AG
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;

BR
II - os Ministérios Públicos dos Estados.
§ 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado

ES
pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após

VA
a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato

NO
de dois anos, permitida a recondução.
§ 2º A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República,
ILA
deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal.
AM
§ 3º Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista
tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu
0K

Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois
56

anos, permitida uma recondução.


26

§ 4º Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão ser


23

destituídos por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei


46

complementar respectiva.
§ 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos
00

Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada


A

Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros:


AG

I - as seguintes garantias:
BR

a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença
judicial transitada em julgado;
ES

b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado
VA

competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada
NO

ampla defesa;
c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto nos arts.
LA

37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19,
MI

de 1998)
KA

II - as seguintes vedações:
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas
0

processuais;
56

b) exercer a advocacia;
26

c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;


3
62

d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério;
4

e) exercer atividade político-partidária; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45,


00

de 2004)
A
AG

f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades


BR

públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei. (Incluída pela Emenda


Constitucional nº 45, de 2004)
S

§ 6º Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto no art. 95, parágrafo único, V.
E
VA

(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)


NO

100
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:

IL A
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;

AM
II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos

0K
direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia;
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e

56
social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;

26
IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União

23
e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição;

46
V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas;

00
VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando
informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva;

A
VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada

AG
no artigo anterior;

BR
VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os
fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais;

ES
IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade,

VA
sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.

NO
§ 1º - A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não impede
a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei.
ILA
§ 2º As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, que
AM
deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição.
§ 3º O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e
0K

títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-
56

se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se, nas


26

nomeações, a ordem de classificação.


23

§ 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93. (Redação dada
46

pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)


00

§ 5º A distribuição de processos no Ministério Público será imediata. (Incluído pela Emenda


A

Constitucional nº 45, de 2004)


AG
BR

Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as
disposições desta seção pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura.
ES
VA

Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de quatorze membros


NO

nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do
Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma recondução, sendo: (Incluído
LA

pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)


MI
KA

I o Procurador-Geral da República, que o preside; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45,


de 2004)
0
56

II quatro membros do Ministério Público da União, assegurada a representação de cada uma de


26

suas carreiras; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)


3
462

III três membros do Ministério Público dos Estados; (Incluído pela Emenda Constitucional nº
00

45, de 2004)
A
AG

IV dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro pelo Superior Tribunal de
BR

Justiça; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)


S

V dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
E
VA

(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)


NO

101
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
VI dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos

IL A
Deputados e outro pelo Senado Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

AM
0K
§ 1º Os membros do Conselho oriundos do Ministério Público serão indicados pelos respectivos
Ministérios Públicos, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

56
26
§ 2º Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação administrativa

23
e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros,

46
cabendo lhe: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

00
I zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo expedir atos

A
regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências; (Incluído pela

AG
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

BR
II zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos

ES
atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Ministério Público da União e dos

VA
Estados, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências

NO
necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência dos Tribunais de Contas;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
ILA
III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da
AM
União ou dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência
disciplinar e correicional da instituição, podendo avocar processos disciplinares em curso,
0K

determinar a remoção ou a disponibilidade e aplicar outras sanções administrativas, assegurada


56

ampla defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)


26
23

IV rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membros do Ministério


46

Público da União ou dos Estados julgados há menos de um ano; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
00
A

V elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a situação do
AG

Ministério Público no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a mensagem prevista
BR

no art. 84, XI. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)


ES

§ 3º O Conselho escolherá, em votação secreta, um Corregedor nacional, dentre os membros do


VA

Ministério Público que o integram, vedada a recondução, competindo-lhe, além das atribuições
NO

que lhe forem conferidas pela lei, as seguintes: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)
LA
MI

I receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos membros do Ministério


KA

Público e dos seus serviços auxiliares; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
0

II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição geral; (Incluído pela Emenda
56

Constitucional nº 45, de 2004)


26
3
62

III requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando-lhes atribuições, e requisitar


4

servidores de órgãos do Ministério Público. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de


00

2004)
A
AG

§ 4º O Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil oficiará junto ao


BR

Conselho. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)


S

§ 5º Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do Ministério Público, competentes para
E
VA

receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Ministério


NO

102
LA
MI
KA
A
AG
BR
Disciplina: Direito Constitucional

S
AE
Professor: Karl Schleu

V
NO
Público, inclusive contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho

IL A
Nacional do Ministério Público.

AM
0K
56
26
23
46
00
A
AG
BR
ES
VA
NO
ILA
AM
0K
56
26
23
46
00
A
AG
BR
S
E
VA
NO
LA
MI
KA
0
56
326
62
4
00
A
AG
BR
ES
VA
NO

103
LA
MI
KA

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